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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


LICENCIATURA EM FARMÁCIA

Vírus - Célula

Jorgina Marcelino Jorge

Unizambeze
Tete
2023
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
LICENCIATURA EM FARMÁCIA

Vírus – Célula

Cadeira: Biologia Celular e Molecular

Jorgina Marcelino Jorge

Docente: Dr. Manaque Mapotere

Unizambeze

Tete

2023
Índice
Págs.
Introdução...................................................................................................................................4

Objetivos.....................................................................................................................................4

Objectivo Geral:......................................................................................................................4

Objectivos específicos:...........................................................................................................4

Metodologia................................................................................................................................4

Desenvolvimento........................................................................................................................5

Célula..........................................................................................................................................5

Características gerais das células............................................................................................5

Vírus............................................................................................................................................5

Estrutura viral..........................................................................................................................6

O ciclo de Replicação.............................................................................................................6

Classificação dos vírus............................................................................................................8

Características dos vírus.........................................................................................................9

Conclusão..................................................................................................................................10

Referências Bibliográficas........................................................................................................11
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Introdução

Este trabalho insere-se no âmbito do curso de Licenciatura em Farmácia, da Cadeira de


Biologia Celular e Molecular, com o seguinte tema em análise: Vírus – Célula. Para a
realização deste mesmo trabalho baseou-se no seguinte objectivo principal: conhecer os
pressupostos dos vírus - Célula. Para determinar e conhecer assuntos relacionados com o tema
aplicou-se o método bibliográfico.

Objetivos

Objectivo Geral:

 Conhecer os pressupostos dos vírus - Célula.

Objectivos específicos:

 Descrever as características dos vírus;


 Explicar o ciclo de replicação dos vírus;
 Classificar os vírus;
 Conceituar vírus, célula.

Metodologia

 Pesquisa Bibliográfica

É desenvolvida com base em material já elaborado e publicado, constituído principalmente de


livros, teses, dissertações, periódicos científicos, etc. Quase todas as investigações utilizam-se
pesquisas bibliográficas, porém, há trabalhos desenvolvidos exclusivamente a partir de fonte
bibliográfica (GIL, 2002). Aplicou-se esse método para obtenção de todas as fontes e
elementos teóricos necessários a investigação, para valorizar e analisar os resultados e para a
obtenção de conhecimentos básicos que sustentarão a investigação, através de documentos
escritos. E a metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, por estar em
concordância e harmonia com o tema proposto. E baseado em autores que dominam bem o
assunto e a utilização de suas obras que deram suporte a este trabalho. A coleta foi feita
através de livros, materiais impressos e sites da internet. Prosseguindo-se, buscou-se a adoção
de alguns critérios para uma revisão bibliográfica com todo o material que foi coletado.
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Desenvolvimento

Célula

As células podem ser definidas como as unidades estruturais e funcionais de todos os seres
vivos. Essas estruturas são vivas, carregam a informação genética de um determinado
organismo e são capazes de transmitir essa informação no momento da divisão celular
(ROBERTIS & HIB, 2006).

Características gerais das células


Características Células Procariontes Células Eucariontes

Dinâmica da célula ≈ 1 mm 10 – 100 mm

Núcleo Ausente Presente

Organelas citoplasmáticas Ausente Presente

Citoesqueleto Ausente Presente

Cromossomos Uma única fita de DNA circular Múltiplas moléculas de DNA linear

Divisão celular Fusão Binaria Mitose e meiose

Vírus

De acordo com Lopes, Ho & Lahr (2014), os vírus são pequenas entidades visíveis em sua
imensa maioria apenas com microscópio eletrônico, e carregam uma quantidade mínima de
material genético constituído por uma ou várias moléculas de DNA ou RNA. O material
genético é protegido por um envoltório proteico, o capsídeo. Em alguns vírus há também mais
um envoltório externo ao capsídeo, composto de uma bicamada fosfolipídica e por proteínas
imersas nessa bicamada. Os vírus não possuem organização celular nem organelas ou
ribossomos, não são capazes de produzir sua própria energia metabólica e precisam
necessariamente invadir e controlar uma célula para poder se replicar e se dispersar, sendo
considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Aminoácidos, nucleotídeos, ribossomos e
energia metabólica são obtidos a partir de seus hospedeiros. Além disso, diferentemente dos
organismos formados por células, os vírus são incapazes de crescer em tamanho e de se
dividir autonomamente.
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Estrutura viral

A estrutura dos vírus é bastante simples quando o comparamos com qualquer organismo
possuidor de células. Podemos dizer que os vírus são partículas constituídas por material
genético envolto por uma camada proteica. Em alguns casos, observa-se ainda um envelope
membranoso envolvendo a cápsula de proteínas. Veja abaixo mais a respeito de cada uma
dessas partes:

 Material genético: nos vírus, encontramos DNA, RNA ou os dois combinados. Os vírus


que apresentam DNA são chamados de vírus de DNA e aqueles que possuem RNA são
chamados de vírus de RNA (BONAPARTE, 2021).
 Capsídio: o capsídio é uma cápsula formada por proteínas que envolvem o material
genético. Apresenta diferentes formatos e é formado por pequenas subunidades
denominadas de capsômeros.
 Envelope: os envelopes encontrados nos vírus são, geralmente, derivados da membrana
plasmática da célula onde o vírus reproduziu-se. Esse envelope apresenta fosfolipídeos e
proteínas da membrana, além de proteínas e glicoproteínas que possuem origem viral
(BONAPARTE, 2021).

O ciclo de Replicação

O vírus é incapaz de se reproduzir de maneira independente, sendo fundamental, assim, a


participação de uma célula. Cada vírus apresenta a capacidade de infectar um tipo específico
de célula e, portanto, diz-se que ele possui especificidade de hospedeiro. Inicialmente, o vírus
identifica a célula que será parasitada, e, posteriormente, ele garante que o genoma viral entre
na célula. Essa etapa varia de um vírus para outro, enquanto alguns injetam o material
genético no interior da célula hospedeira, outros, literalmente, entram na célula. Quando o
material viral está no interior da célula, ele passa a ser replicado pelo hospedeiro e,
posteriormente, os ribossomos sintetizam as proteínas virais. A célula hospedeira também
garante que o material genético do vírus seja produzido, assim como os capsômeros, que
formam os capsídios. Quando esses vírus estão prontos, eles saem da célula hospedeira,
causando a destruição dessa célula (BONAPARTE, 2021).

 Ciclo lítico: No ciclo lítico, observamos 5 etapas básicas: adesão; entrada do DNA do
fago e degradação do DNA do hospedeiro; síntese do material genético e proteínas do
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vírus; montagem e liberação. Na liberação, ocorre o rompimento da célula bacteriana e


a liberação dos novos vírus.
 Ciclo lisogênico: No ciclo lisogênico, ocorre a replicação do material genético viral,
porém não ocorre a destruição da célula hospedeira. O material genético viral passa a
fazer parte do DNA da célula infectada, e a cada divisão celular esse material viral é
repassado para as células-filhas (BONAPARTE, 2021).

Os vírus infectam todos os tipos de organismos vivos. A estratégia básica de um vírus pode
ser entendida em seis estágios principais:
a) Adesão do vírus à célula: a adesão é realizada por meio da utilização de proteínas
especiais do capsídeo, as quais interagem com proteínas da membrana plasmática da
célula alvo.
b) Penetração: após a adesão, a partícula viral insere seu material genético no interior da
célula. Diferentes vírus utilizam diferentes estratégias para alcançar esse objetivo.
Bacteriófagos injetam seu DNA na célula hospedeira. Em vírus envelopados, por
exemplo, toda a partícula viral pode ser englobada pela célula por endocitose
(processo pelo qual as células ingerem material formando vesículas chamadas
endossomos) ou poder haver fusão do envelope viral com a membrana plasmática da
célula hospedeira (LOPES, HO & LAHR, 2014).
c) Remoção do capsídeo: este estágio é necessário para os vírus que penetraram o meio
intracelular por endocitose ou fusão. A digestão do capsídeo por enzimas presentes no
citoplasma da célula invadida ou dentro da vesícula de fagocitose contendo o vírus
resulta na liberação do material genético viral dentro da célula hospedeira. Vírus como
os bacteriófagos não necessitam deste estágio uma vez que o material genético viral é
diretamente injetado na bactéria infectada (LOPES, HO & LAHR, 2014).
d) Biossíntese: nesta fase, o vírus impede a síntese de proteínas da célula hospedeira e
promove a transcrição e tradução de seu próprio material genético, utilizando a
maquinaria da célula hospedeira. Primeiramente, utiliza os nucleotídeos e as enzimas
destes para a produção de diversas cópias do seu próprio material genético (esse passo
é explicado mais detalhadamente abaixo). São utilizados ribossomos, enzimas e
aminoácidos da célula hospedeira para a síntese de proteínas, e outros componentes
virais para posterior composição de diversas outras partículas virais (LOPES, HO &
LAHR, 2014).
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e) Montagem de partículas virais: também chamada de maturação, esta fase consiste


na montagem de diversos componentes virais em partículas virais completas.
f) Dispersão: o último estágio da multiplicação viral consiste na dispersão das novas
partículas virais formadas, pela lise da célula hospedeira ou por brotamento. Na lise da
célula hospedeira mais comum em vírus não envelopados, os vírus promovem a
síntese da lisozima, uma enzima capaz de romper a membrana plasmática. O
rompimento resulta na morte da célula hospedeira e na liberação dos novos vírus
formados para o meio extracelular. Já o mecanismo de liberação por brotamento é
utilizado apenas por vírus envelopados (como o HIV), que saem para o meio
extracelular ao adquirir o envelope a partir da membrana plasmática da célula
hospedeira, ou por vesículas que se fundem com a membrana plasmática. Os novos
vírus são, assim, capazes de infectar novas células, repetindo o ciclo da multiplicação
viral. Quando o número de vírus liberados por brotamento é muito elevado, a célula
estoura e morre (LOPES, HO & LAHR, 2014).

Classificação dos vírus

 Vírus de DNA: o material genético é o DNA e o fluxo da informação genética é, em


linhas gerais:
DNA → RNA → proteínas.
Um exemplo desse grupo é a família Herpesviridae, em que os vírus são esféricos, com
envelope e medem de 150 a 200 nm de diâmetro. Causam uma doença chamada herpes.
Outros exemplos são vírus do gênero Orthohepadnavirus, pertencentes à família
Hepadnaviridae. São vírus envelopados, esféricos, de aproximadamente 42 nm de diâmetro.
Estão associados a doenças como hepatite B, cirrose e carcinomas hepatocelulares (LOPES,
HO & LAHR, 2014, p. 160).

 Vírus de RNA que não são retrovírus: o material genético é o RNA e não possuem a
enzima transcriptase reversa; o fluxo da informação genética é:

RNA→RNA→proteínas

A família Picornaviridae pertence a este grupo e inclui os gêneros Hepatovirus e Enterovirus.


O vírus da gripe Influenzavírus A, dentro da família Orthomyxoviridade, é outro exemplo
dentro deste grupo. São arredondados, mas podem ser filamentosos, envelopados e têm de 80
a 120 nm de diâmetro (LOPES, HO & LAHR, 2014, p. 160).
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 Vírus de RNA que são retrovírus: O material genético é o RNA e possuem a enzima
denominada transcriptase reversa, que produz primeiramente uma das cadeias do
DNA, que, por sua vez, serve de molde a outra cadeia. Ao final, esse processo gera
uma molécula de DNA, que poderá ser integrada ao genoma do hospedeiro no núcleo
e utilizada para a síntese de RNAm viral (LOPES, HO & LAHR, 2014, p. 160).

Características dos vírus

Os vírus, palavra derivada do latim virus que significa “veneno” ou “toxina”, são organismos


microscópicos extremamente pequenos que possuem um tamanho que pode variar de cerca
de 20 a 300 nm. Para se ter uma ideia desse tamanho, os vírus que possuem cerca de 20 nm
de diâmetro são menores que o ribossomo, uma pequena estrutura celular responsável pela
síntese de proteínas. Em razão desse pequeno tamanho, na maioria das vezes, só podem ser
vistos pelo microscópio eletrônico (BONAPARTE, 2021).

A característica mais marcante dos vírus é a ausência de células. Por isso, eles também não
possuem organelas importantes, por exemplo os ribossomos, que produzem proteínas; nem
mesmo enzimas, as quais são necessárias para a realização de diversas reações. Uma
característica interessante é o fato de que os vírus podem ser cristalizados, o que não é
observado nas células. Por conta da ausência de células e de uma maquinaria metabólica, os
vírus são incapazes de reproduzirem-se sozinhos, sendo fundamental, então, parasitar uma
célula para que isso possa acontecer. Em consequência dessa característica, os vírus são
chamados de parasitas intracelulares obrigatórios. Os vírus possuem material genético, na
maioria das vezes, ou RNA ou o DNA. No caso do Mimivírus, temos uma situação pouco
comum, já que nele são observados tanto DNA quanto RNA. Outra característica peculiar é
que o material genético dos vírus pode ser DNA de dupla-fita, DNA de fita simples, RNA de
dupla-fita ou RNA de fita simples (BONAPARTE, 2021).
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Conclusão

Conclui-se os vírus são organismos que se caracterizam por se reproduzirem apenas no


interior de células, sendo, por esse motivo, conhecidos como parasitas intracelulares
obrigatórios. Ao parasitar as células, os vírus podem desencadear doenças, provocando
diferentes sintomas. Os sintomas dessas doenças podem ser resultados de diferentes
processos, como a liberação de enzimas dos lisossomos após a destruição de uma célula, ou
ainda em decorrência de componentes tóxicos presentes no parasita.
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Referências Bibliográficas

 BONAPARTE, D; (2021). Vírus. Disponível em:


https://www.santos.sp.gov.br/?q=file/108386/download&token=n0cPEJME, acesso a 26
de Marco de 2023, as 15h56min.
 GIL, A. C. (2002). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª Ed. - São Paulo: Atlas.
 ROBERTIS, E.; & HIB, J. (2006). Biologia celular e molecular. 15ª Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan.
 LOPES, S. G. B. C; HO, F. F. C. & LAHR, D. J. G; (2014). Vida e Meio ambiente -
Diversidade biológica e filogenia. USP/Univesp/Edusp, São Paulo.

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