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Republica de Angola

Escola Lucrécia Pain


Trabalho de Biologia
Tema:
Os Vírus

Anibal Magalhães José


Numéro: 35
Índice
Introdução………………………………………………………….........3
Vírus……………………………………………………………………...4
Origem…………………………………………………………………...5
Historia…………………………………………………………………...7
Estrutura dos vírus……………………………………………………...8
Reprodução dos vírus…………………………………………………..9
Doenças causadas por vírus…………………………………………..10
Aplicações……………………………………………………………….11
Bibliografia……………………………………………………………….12
Introdução
Os vírus são parasitas que se destacam principalmente pelas
doenças causadas no homem, entretanto, eles não parasitam
apenas as células humanas. Esses organismos, que só se
reproduzem no interior de células, podem infectar qualquer ser vivo,
desde uma bactéria até uma planta, por exemplo.
Os vírus são organismos pequenos e bastante simples que são
considerados seres vivos por alguns autores e não vivos por outros.
Para se ter ideia da dimensão desses organismos, o menor vírus de
que se tem registro possui apenas 20 nm de diâmetro, sendo ele,
portanto, menor que um ribossomo. Os vírus são conhecidos,
principalmente, por causarem várias doenças e serem considerados
parasitas intracelulares obrigatórios.
Vírus
As partículas virais são estruturas extremamente pequenas,
submicroscópicas. A maioria dos vírus apresenta tamanhos
diminutos, que estão além dos limites de resolução dos
microscópios ópticos, sendo comum para a sua visualização o uso
de microscópios eletrônicos. Vírus são estruturas simples, se
comparados a células, e não são considerados organismos, pois
não possuem organelas ou ribossomos, e não apresentam todo o
potencial bioquímico (enzimas) necessário à produção de sua
própria energia metabólica. Eles são considerados parasitas
intracelulares obrigatórios (característica que os impede de serem
considerados seres vivos), pois dependem de células para se
multiplicarem. Além disso, diferentemente dos organismos vivos, os
vírus são incapazes de crescer em tamanho e de se dividir. A partir
das células hospedeiras, os vírus obtêm: aminoácidos e
nucleotídeos; maquinaria de síntese de proteínas (ribossomos) e
energia metabólica (ATP).

Fora do ambiente intracelular, os vírus são inertes. Porém, uma vez


dentro da célula, a capacidade de replicação dos vírus é
surpreendente: um único vírus é capaz de multiplicar, em poucas
horas, milhares de novos vírus. Os vírus são capazes de infectar
seres vivos de todos os domínios (Eukarya, Archaea e Bactéria).
Desta maneira, os vírus representam a maior diversidade biológica
do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e
animais juntos. Quase 200 mil tipos diferentes de vírus se espalham
nos oceanos do mundo, de acordo com um estudo. A contagem de
2019 é 12 vezes maior do que o censo anterior de vírus marinhos
registrado em 2016.

Existem, individualmente, cerca de dez nonilhões (10³¹) de vírus no


planeta Terra, uma quantidade cem milhões de vezes maior que o
número de estrelas no universo observável.

Origem
A origem dos vírus não é totalmente clara, e provavelmente, esta
seja tão complexa quanto a origem da vida. Porém, foram propostas
algumas hipóteses. Além disso, o material genético viral
ocasionalmente se integra à linha germinativa dos organismos
hospedeiros, pela qual eles podem ser passados verticalmente para
os filhotes do hospedeiro por muitas gerações. Isso fornece uma
fonte inestimável de informações para os paleovirologia rastrearem
vírus antigos que existiam há milhões de anos. Existem três
hipóteses principais que visam explicar as origens dos vírus:

Hipótese regressiva: Os vírus podem ter sido células


pequenas que parasitaram células maiores. Com o tempo, os genes
não exigidos pelo parasitismo foram perdidos. As bactérias
rickettsia e clamídia são células vivas que, como os vírus, podem se
reproduzir apenas dentro das células hospedeiras. Eles apoiam
essa hipótese, pois sua dependência do parasitismo provavelmente
causou a perda de genes que lhes permitiram sobreviver fora de
uma célula. Isso também é chamado de 'hipótese da degeneração',
ou 'hipótese de redução';
Hipótese de origem celular: Alguns vírus podem ter evoluído a
partir de pedaços de DNA ou RNA que "escaparam" dos genes de
um organismo maior. O DNA escapado pode ter vindo de
plasmídeos (pedaços de DNA nu que podem se mover entre
células) ou transposons (moléculas de DNA que se replicam e se
movem para diferentes posições dentro dos genes da célula). Uma
vez chamados de "genes saltadores", os transposons são exemplos
de elementos genéticos móveis e podem ser a origem de alguns
vírus. Eles foram descobertos no milho por Barbara McClintock em
1950. Às vezes, isso é chamado de "hipótese da vaga",ou "hipótese
da fuga";
Hipótese de co-evolução: Isso também é chamado de
"hipótese do vírus primeiro" e propõe que os vírus podem ter
evoluído a partir de moléculas complexas de proteínas e ácidos
nucleicos ao mesmo tempo em que as células apareceram pela
primeira vez na Terra e que seriam dependentes da vida celular por
bilhões de anos. Os viróides são moléculas de RNA que não são
classificadas como vírus porque não possuem uma camada
protéica.
Eles têm características comuns a vários vírus e são
frequentemente chamados de agentes subvirais. Os viróides são
patógenos importantes das plantas. Eles não codificam proteínas,
mas interagem com a célula hospedeira e usam o mecanismo
hospedeiro para sua replicação. O vírus da hepatite delta em
humanos possui um genoma de RNA semelhante aos viróides, mas
possui uma camada protéica derivada do vírus da hepatite B e não
pode produzir um deles. É, portanto, um vírus defeituoso. Embora o
genoma do vírus da hepatite delta possa se replicar
independentemente uma vez dentro de uma célula hospedeira, ele
requer a ajuda do vírus da hepatite B para fornecer um revestimento
protéico para que possa ser transmitido para novas células.
No passado, havia problemas com todas essas hipóteses: a
hipótese regressiva não explicava por que mesmo os menores
parasitas celulares não se assemelham a vírus de forma alguma. A
hipótese de escape não explicou os capsídeos complexos e outras
estruturas nas partículas virais. A hipótese do primeiro vírus violou a
definição de vírus, na medida em que requerem células
hospedeiras. Os vírus agora são reconhecidos como antigos e
como tendo origens anteriores à divergência da vida nos três
domínios. Essa descoberta levou os virologistas modernos a
reconsiderar e reavaliar essas três hipóteses clássicas.

Historia
Em meados do século XIX, Louis Pasteur propôs a teoria
microbiana das doenças, na qual explicava que todas as doenças
eram causadas e propagadas por algum “tipo de vida diminuta” que
se multiplicava no organismo doente, se transmitia para outro e o
contaminava. Pasteur, no entanto, ao trabalhar com a raiva,
constatou que, embora a doença fosse contagiosa e transmitida
pela mordida de um animal raivoso, o micro-organismo não podia
ser observado. Pasteur concluiu que o agente infeccioso estava
presente mas era muito pequeno para ser observado através do
microscópio.

Em 1898, Friedrich Loeffler e Paul Frosch identificaram o primeiro


agente filtrável de animais, o vírus da febre aftosa (Aphtovirus). E
em 1901, Walter Reed identificou o primeiro vírus humano, o vírus
da febre amarela (Flavivirus). Em 1908, Vilhelm Ellerman e Olaf
Bang demonstraram o potencial oncogênico de um agente filtrável,
descobrindo o vírus da leucose aviária. E em 1911, Peyton Rous
transmitiu um tumor maligno de uma galinha para outra,
descobrindo o vírus do sarcoma de Rous, e demonstrando que o
câncer poderia ser transmitido por um vírus.
Em 1949, John Franklin Enders, Thomas Weller e Frederick
Robbins cultivaram o vírus da poliomielite em culturas de células
embrionárias humanas, o primeiro vírus a ser cultivado sem a
utilização de tecido animal sólido ou ovos.

As primeiras imagens de vírus foram obtidas após a invenção do


microscópio eletrônico em 1931 pelos engenheiros Ernst Ruska e
Max Knoll.

Estrutura do vírus
Os vírus são organismos que não possuem célula (acelulares),
sendo sua estrutura formada basicamente por proteínas e ácido
nucleico. A proteína forma um envoltório denominado de capsídio,
que é formado por vários capsômeros e pode ser usado como
forma de classificação dos vírus. De acordo com a simetria viral,
podemos classificá-los em icosaédricos, helicoidais e complexos.

A função principal dos capsídios é proteger o material genético,


que normalmente é de apenas um único tipo (DNA ou RNA), apesar
de alguns vírus apresentarem os dois tipos (citomegalovírus).
Diferente da maioria dos seres vivos, o genoma dos vírus é
bastante diferenciado, existindo organismos com DNA de dupla fita,
DNA de fita simples, RNA de dupla fita ou RNA de fita simples.
Independentemente do tipo de material genético observado, o
genoma é organizado, geralmente, na forma de uma única molécula
linear ou circular.

Reprodução
No capsídio e no envelope dos vírus envelopados, há proteínas
ligantes, que se ligam aos receptores encontrados na membrana da
célula que será infectada. Cada vírus é capaz de infectar um tipo de
célula, sendo assim, dizemos que os vírus possuem especificidade.
Os vírus multiplicam-se no interior das células infectadas graças à
inserção de seu material genético, que passa a comandar o
metabolismo da célula hospedeira. Cada vírus possui um
mecanismo diferente de multiplicação.

Após se multiplicarem, os vírus podem romper as células


infectadas para a liberação de novas estruturas, constituindo,
assim, um ciclo lítico. Outras vezes, o material genético viral pode
manter-se ligado ao da célula hospedeira, e a transmissão desse
material para novas células ocorre à medida que ela se divide,
caracterizando um ciclo lisogênico.

Os vírus podem ser encontrados em praticamente todos os locais e


infectar qualquer tipo de célula. As doenças causadas por eles são
chamadas de viroses e são tratadas com poucas drogas, sendo
recomendado normalmente repouso e boa alimentação. É
importante frisar que antibióticos não são eficazes no tratamento de
doenças virais.
O vírus só é capaz de reproduzir-se no interior de uma célula.

Doenças causadas por vírus


Como exemplos de doenças causadas por vírus, também
chamadas de viroses, podemos citar:

1) aids,
2) caxumba,
3) dengue,
4) ebola,
5) febre amarela,
6) gripe,
7) hepatites,
8) herpes,
9) HPV,
10) meningite,
11) raiva,
12) rubéola,
13) sarampo,
14) varicela,
15) covid-19.

Aplicações
Ciências da vida e medicina

Cientista estudando o vírus influenza H5N1


Os vírus são importantes para o estudo da biologia molecular e
celular, pois fornecem sistemas simples que podem ser usados
para manipular e investigar as funções das células. O estudo e o
uso de vírus forneceram informações valiosas sobre aspectos da
biologia celular. Por exemplo, os vírus têm sido úteis no estudo
da genética e ajudaram a entender os mecanismos básicos da
genética molecular, como replicação de DNA, transcrição,
Modificação pós-transcricional, tradução, transporte de proteínas
e imunologia.

A genética usa vírus como vetores para inserir genes nas


células que estudam. Isso é útil para fazer com que as células
produzam matérias estranhas ou para estudar o efeito da
inserção de novos genes no genoma. Da mesma forma, a terapia
de vírus usa vírus como vetores para tratar várias doenças,
porque pode atingir especificamente células e DNA. Usos
promissores são mostrados no câncer e na terapia genética. Os
cientistas da Europa Oriental têm usado a fagoterapia como uma
alternativa aos antibióticos há algum tempo, e o interesse nessa
abordagem está aumentando devido ao alto nível de resistência
a antibióticos em algumas bactérias patogênicas.

Também possui diversas aplicações com :


1. Armas
2. Ciência dos materiais e nanotecnologia
3. Vírus sintéticos

Bibliografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus
https://www.biologianet.com/biodiversidade/virus.htm
https://escolakids.uol.com.br/ciencias/virus.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/virus-2.htm

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