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Diferenças entre vírus, bactérias, fungos e protozoários

Antes de entender as diferenças entre cada um, é importante saber que vírus, bactérias,
fungos e protozoários são microrganismos, também conhecidos como micróbios. São
seres minúsculos, invisíveis a olho nu, unicelulares, habitam em todas as partes do
planeta e são importantes para a manutenção do equilíbrio da natureza.

Com o conhecimento desses organismos microscópicos, percebeu-se que não era possível
classificar os seres vivos apenas em animais e vegetais. Foi assim que surgiu o sistema
conhecido como Cinco Reinos, que começou com o Reino Protista para classificar
organismos microscópicos eucariontes, que é o caso dos protozoários. Em seguida, foi a
vez das bactérias ganharem espaço, quando surgiu o Reino Monera, que reunia os
organismos procariontes. Esses reinos foram propostos por Whittaker, em 1969, e até
hoje estão presentes na maioria dos livros didáticos, apesar de novas classificações terem
sido propostas.
Principais diferenças entre vírus, bactérias, fungos e protozoários

O que são vírus?


Não são células e, sim, partículas infeciosas. Parece difícil de acreditar que um
microrganismo visível apenas com o auxílio de um microscópio é capaz de mudar a rotina
das pessoas. Pois é! Foi o que aconteceu em 2020. O famoso coronavírus – o inimigo
invisível – é um exemplo real de como os vírus são capazes de alterar a normalidade do
mundo.

E, mesmo assim, para muitos cientistas, os vírus nem são considerados seres vivos.

Aqueles que defendem que os vírus não são seres vivos baseiam-se nas seguintes
evidências:

• Vírus não possuem células, ou seja, são acelulares. Isso contrapõe a teoria celular,
que diz que todos os seres vivos possuem células, dessa forma, os vírus não
poderiam ser considerados vivos.

• Vírus só conseguem reproduzir-se no interior de uma célula.

• Vírus não possuem metabolismo próprio.

Os que acreditam que os vírus são vivos baseiam-se nas seguintes ideias:

• Vírus apresentam material genético.

• Vírus são capazes de sofrer mudanças ao longo do tempo, ou seja, são capazes de
evoluir.

Alguns exemplos de vírus conhecidos:


Os vírus, palavra derivada do latim vírus que significa “veneno” ou “toxina”, são
organismos microscópicos extremamente pequenos que possuem um tamanho
que pode variar de cerca de 20 a 300 nm. Para se ter uma ideia desse tamanho, os
vírus que possuem cerca de 20 nm de diâmetro são menores que o ribossoma, uma
pequena estrutura celular responsável pela síntese de proteínas. Em razão desse
pequeno tamanho, na maioria das vezes, só podem ser vistos pelo microscópio
eletrónico.

A característica mais marcante dos vírus é a ausência de células. Por isso, eles
também não possuem organelas importantes, por exemplo os ribossomas, que
produzem proteínas; nem mesmo enzimas, as quais são necessárias para a
realização de diversas reações. Uma característica interessante é o facto de que os
vírus podem ser cristalizados, o que não é observado nas células.

Devido à ausência de células e de uma maquinaria metabólica, os vírus são


incapazes de se reproduzirem sozinhos, sendo fundamental, então, parasitar uma
célula para que isso possa acontecer. Em consequência dessa característica, os
vírus são chamados de parasitas intracelulares obrigatórios.

Os vírus possuem material genético, na maioria das vezes, ou RNA ou o DNA.


Existem também casos, menos comuns de vírus que apresentam DNA e RNA.

A estrutura dos vírus é bastante simples quando o comparamos com qualquer


organismo possuidor de células. Podemos dizer que os vírus são partículas
constituídas por material genético envolto por uma camada proteica. Em alguns
casos, observa-se ainda um envelope membranoso envolvendo a cápsula de
proteínas. A figura seguinte representa as principais partes da sua estrutura:
Reprodução dos vírus:
Inicialmente, o vírus identifica a célula que será parasitada, e, posteriormente, ele garante
que o genoma viral entre na célula. Essa etapa varia de um vírus para outro, enquanto
alguns injetam o material genético no interior da célula hospedeira, outros, literalmente,
entram na célula.

Quando o material viral está no interior da célula, ele passa a ser replicado pelo
hospedeiro e, posteriormente, os ribossomas sintetizam as proteínas virais. A célula
hospedeira também garante que o material genético do vírus seja produzido, assim como
os capsómeros, que formam os capsídeos. Quando esses vírus estão prontos, eles saem da
célula hospedeira, causando a destruição dessa célula. O esquema seguinte representa o
ciclo reprodutivo de um vírus bacteriófago.

O que são bactérias?


Consideradas organismos vivos, as bactérias possuem tudo que precisam para viver:
genoma e estruturas celulares que produzem proteínas que as abastecem com energia.
Assim o seu metabolismo simples é suficiente para que ela se multiplique.

Existem milhares de espécies de bactérias, sendo que muitas delas podem ser causadoras
de doenças. Porém, existem aquelas que nem sempre são prejudiciais e até são vitais para
a saúde humana, como por exemplo, as que compõem a flora intestinal e auxiliam na
digestão. A imagem seguinte representa a estrutura básica de uma bactéria:
As bactérias são seres unicelulares, ou seja, possuem uma única célula.

O diâmetro da maioria varia entre 0,2 e 2 micrómetros (unidade que representa 1 milésimo
de milímetro) e o comprimento entre 2 e 8 micrómetros. Podem ser visíveis a olho nu se
reunidas em colónias ou com auxílio de microscópios óticos.

O que são fungos?


Na biologia eles fazem parte do Reino Fungi, que inclui organismos bem diversificados,
que vivem em quase todos os ambientes terrestres e apresentam variações de formas e
tamanhos. Podem ser desde fungos microscópicos formados por uma única célula, até
seres com formas macroscópicas, como por exemplo, os cogumelos.

Além disso, são classificados como organismos eucariontes (com um núcleo celular) e
como heterotróficos, ou seja, que não produzem o próprio alimento, dependendo da
ingestão de matéria orgânica, viva ou morta, para sobreviverem.

Os fungos são constituídos por um emaranhado de tubos ramificados e envoltos por uma
parede de quitina. O emaranhado é denominado micélio e os tubos que o compõem são
chamados de hifas. É a partir desta estrutura cilíndrica e filamentosa, onde encontra-se o
material genético, que eles se desenvolvem.

Os fungos são seres vivos sem clorofila e podem ser unicelulares, como é o caso das
leveduras, ou pluricelulares, como os bolores e cogumelos.
O que são protozoários?
O termo protozoário deriva das palavras em latim proto “primitivo” e zoon “animal”, ou
seja, animal primitivo e, junto com as algas, pertencem ao Reino Protista. São seres
encontrados em ambientes húmidos, mas alguns são parasitas e vivem dentro do corpo de
outros seres vivos, inclusive dos humanos. A figura seguinte mostra alguns protozoários:

Os protozoários, na sua grande maioria, apresentam vida livre e são encontrados em


diferentes ambientes aquáticos e húmidos. Existem, no entanto, espécies que vivem em
associação com outros organismos, como é o caso dos parasitas.

São constituídos por uma única célula e não produzem seu próprio alimento, motivo pelo
qual são denominados de heterotróficos.

Quase todos os protozoários são microscópicos, mas alguns – muito poucos – podem ser
vistos a olho nu. O tamanho da maioria deles oscila entre 30 e 300 micrómetros.

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