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ESTUDO DIRIGIDO DE MICROBIOLOGIA CLÍNICA

1. Esquematize uma bactéria e aponte a função de cada estrutura.

R:
Membrana celular: Protege a célula contra a ação de diversos agentes; Controla as substâncias
que entram e saem da célula; Detecta sinais do meio externo; Em células vegetais, coordena a
síntese e o agrupamento das microfibrilas da parede celular.
Parede celular: Apresenta como principal função proteger a célula, reforçando-a externamente.
Diante disso, tem papel muito importante para evitar a plasmoptise (ruptura da célula devido
ao aumento de líquido em seu interior) em plantas e alguns protozoários, bactérias e fungos.
Cápsula: É uma estrutura grande presente em algumas células procariotas. É uma camada
rígida com bordas bem definidas, formada por uma série de polímeros orgânicos. Ela se
deposita no exterior da parede celular bacteriana. Inibem a capacidade dos macrófagos e
neutrófilos de fagocitose encapsular bactérias, permitindo assim a sua evasão da resposta
imune do hospedeiro.
Ribossomos: É auxiliar na produção e na síntese das proteínas nas células. Além dele,
participam desse processo as moléculas de DNA e RNA. Os ribossomos reúnem diversos
aminoácidos durante a síntese proteica através de uma ligação química chamada de ligação
peptídica.
Pilus: microfibrilas proteicas que se estendem da parede celular em muitas espécies
Gram-negativas. Têm funções de ancoramento da bactéria ao seu meio e são importantes na
patogénese. Um tipo especial de pilus é o pilus sexual, estrutura oca que serve para ligar duas
bactérias, de modo a trocarem plasmídeos.
Citoplasma: possível perceber a presença de apenas um tipo de organela: os ribossomos. Esses
ribossomos são menores que aqueles encontrados em células eucarióticas, mas desempenham
a mesma função, que é a síntese de proteínas.
Plasmídeo: São cadeias circulares duplas de moléculas de DNA capazes de se reproduzir
independentemente do DNA cromossômico. Ocorrem geralmente em bactérias e por vezes
também em organismos eucarióticos unicelulares e células de eucariotas superiores.
Flagelo: Pode ser considerado como sendo um nano-motor da célula bacteriana, o que dá
mobilidade a célula bacteriana, além disto também é um sensor mecânico que detecta
alterações no ambiente.
Nucleoide: São encontrados todos os genes necessários para que a célula seja capaz de realizar
suas atividades, ou seja, é nesse local que se encontra a informação genética essencial para a
sobrevivência do organismo.
2. Diferencie:
a) Virulência e patogenicidade
R: Patogenicidade – propriedade de um microrganismo provocar alterações fisiológicas no
hospedeiro, ou seja, capacidade de produzir doença. Virulência – Grau de patogenicidade,
determinada pelos fatores de virulência expressos pelas células.
b) Esporo bacteriano e esporo fúngico
R: Portanto, o esporo bacteriano é uma forma de sobrevivência encontrada pela espécie para
se perpetuar. Cada célula vira um esporo. Não possui fins reprodutivos.

Já o esporo fúngico tem essa função. Ao contrário das bactérias, cada colônia de fungo pode
produzir milhões de esporos. E cada esporo que encontrar um ambiente ideal, um novo fungo
se formará!
c) Esterilização e desinfecção
R: Desinfecção: eliminação de microrganismos, exceto esporulados, de materiais ou artigos
inanimados, através de processo físico ou químico, com auxílio de desinfetantes. Esterilização:
destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados, através de processo químico ou
físico.
d) Infecção, toxinfecção e intoxicação
R: São causadas por agentes externos. O organismo reage a entrada de micro-organismos como
vírus e bactérias, parasitas ou fungos. Nesse processo, as células de defesa tentam combater os
micro-organismos, o que normalmente dá origem ao aparecimento de pus. A toxinfeccao são
doenças que resultam da ingestão de alimentos que apresentam organismos prejudiciais à
saúde e que liberam substâncias tóxicas. Exemplo: cólera. Os sintomas das DTA variam de
acordo com o organismo ou a toxina encontrados no alimento e a quantidade do alimento
ingerido. Já a intoxicação é a introdução de uma substância tóxica no organismo. As
intoxicações podem ocorrer por medicamentos e por substâncias químicas. Existem vários
tipos de intoxicação, mas os acidentes em geral ocorrem com a ingestão de excesso de
medicamentos ou por substâncias químicas.
e) Micoses e micotoxinas
R: São infecções provocadas pelo crescimento excessivo de fungos e que podem afetar a pele,
o couro cabeludo, as unhas e áreas mais úmidas do corpo e as micotoxinas são são substâncias
químicas tóxicas produzidas por fungos. Na sua ação de decomposição dos alimentos, os
fungos são capazes de produzir metabólitos secundários, não essenciais para sua manutenção
primária, mas capazes de atingir outras espécies.
f) Endotoxinas e exotoxinas
R: Endotoxinas são os complexos lipopolissacarídeos-proteínas, responsáveis ​por formar parte
integrante da parede celular das bactérias gram-negativas. Exotoxinas são as proteínas
secretadas por algumas espécies de bactérias. Endotoxinas fazem parte das células. Exotoxinas
são liberadas da célula.
g) Probiótico e prebiótico
R: Os prebióticos são componentes alimentares não-digeríveis que afetam beneficamente o
hospedeiro pelo estímulo seletivo da proliferação ou atividade de populações de bactérias
desejáveis no cólon. Os prebióticos são encontrados em alguns leites e fórmulas lácteas, na
banana, cebola, alcachofra e cereais integrais.

Os probióticos são microrganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano intestinal


produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo. Existem no mercado saches e cápsulas de
vários tipos de probióticos e prebióticos. Nos alimentos encontrados no mercado, hoje temos
leites e bebidas fermentadas e iogurtes que contêm probióticos.

“Em palavras mais simples, os probióticos são as bactérias benéficas do nosso organismo e os
prebióticos são as fibras utilizadas por essas bactérias”,
3. Explique a curva de crescimento padrão bacteriana e a sua aplicação.
R: Curva de crescimento (cultura descontínua)
Quando uma cultura microbiana desenvolve-se em um sistema fechado, pode-se confeccionar
uma curva de crescimento. Esta pode ser dividida em diferentes etapas: lag, log, estacionária e
de declínio.
Lag: período variável, onde ainda não há um aumento significativo da população. Ao contrário,
é um período onde o número de organismos permanece praticamente inalterado. Esta fase é
apenas observada quando o inóculo inicial é proveniente de culturas mais antigas. A fase lag
ocorre porque as células de fase estacionária encontram-se depletadas de várias coenzimas
essenciais e/ou outros constituintes celulares necessários à absorção dos nutrientes presentes
no meio.
A fase lag também é observada quando as células sofrem traumas físicos (choque térmico,
radiações) ou químicos (produtos tóxicos), ou quando são transferidas de um meio rico para
outro de composição mais pobre, devido a necessidade de síntese de várias enzimas. Assim,
durante este período observa-se um aumento na quantidade de proteínas, no peso seco e no
tamanho celular.

Log ou exponencial: nesta etapa, as células estão plenamente adaptadas, absorvendo os


nutrientes, sintetizando seus constituintes, crescendo e se duplicando. Deve ser levado em
conta também que neste momento, a quantidade de produtos finais de metabolismo ainda é
pequena. A taxa de crescimento exponencial é variável, de acordo com o tempo de geração do
organismo em questão. Geralmente, procariotos crescem mais rapidamente que eucariotos.
Nesta fase são realizadas as medidas de tempo de geração. Geralmente, ao final da fase log, as
bactérias passam a apresentar fenótipos novos, decorrentes do processo de comunicação
denominado "quorum sensing".

Estacionária: Nesta fase, os nutrientes estão escasseando e os produtos tóxicos estão


tornando-se mais abundantes. Nesta etapa não há um crescimento líquido da população, ou
seja, o número de células que se divide é equivalente ao número de células que morrem. Na
fase estacionária que são sintetizados vários metabólitos secundários, que incluem antibióticos
e algumas enzimas. Nesta etapa ocorre também a esporulação das bactérias.
Foram detectados alguns genes (sur) que são necessários à sobrevivência das células na fase
estacionária. Além destes, existem outros genes (fatores s alternativos da RNA polimerase,
proteínas protetoras contra dano oxidativo).

Declínio: A maioria das células está em processo de morte, embora outras ainda estejam se
dividindo. A contagem total permanece relativamente constante, enquanto a de viáveis cai
lentamente. Em alguns casos há a lise celular.
Culturas descontínuas tendem a sofrer mutações que podem repercutir na população como
um todo. As próprias condições ambientais tendem a promover variações de caráter fenotípico
(reversível) nas culturas.
4. O que são, quais são os fatores de virulência bacteriana.
R: Chamamos de virulência a intensidade com que determinado patógeno vai provocar a
doença, e que é medida por seu potencial de causar danos e de invadir tecidos. Já
patogenicidade é a capacidade desse mesmo micro-organismo de causar doenças em seu
hospedeiro, que estão previamente susceptíveis. Os fatores incluem aderência, invasão,
produtos de metabolismo, toxinas, enzimas degradativas, proteínas citotóxicas, endotoxinas,
superantígenos, indução de excesso de inflamação, evasão do sistema imune, cápsula,
resistência aos antibióticos e crescimento intracelular.
5. Quais os principais métodos de controle do crescimento microbiano. Exemplifique.
R: O controle de microorganismos se refere às diferentes formas de matar ou remover os
microorganismos, reduzir o número e inibir o crescimento. Métodos físicos: Temperatura,
radiação, filtração. Dessecação, remoção de oxigênio e Vibração ultrassônica.
Métodos químicos: Desinfetantes, antissépticos preservativos usados em alimentos.Existe uma
variação muito grande em termos de sensibilidade entre os microrganismos e os endósporos
dos procariotos aos métodos físicos e químicos de controle.

Métodos físicos: Os métodos físicos são muito utilizados para promover a descontaminação, a
desinfecção e a esterilização. Os métodos mais utilizados para atingir estes objetivos usam
como princípio o calor, as radiações e a filtração.

Temperatura: Calor seco e úmido

O calor é um dos mais importantes métodos para o controle e eliminação dos microrganismos.
Acima da temperatura ideal de crescimento o calor vai promover a desnaturação de proteínas
estruturais e enzimas, levando a perda da integridade celular.

O calor seco elimina os microrganismos também por processo de oxidação. O calor úmido na
forma de vapor tem o maior poder de penetração e eliminar as formas vegetativas dos
procarióticos, vírus e fungos e seus poros. A morte por calor é uma função exponencial que
ocorre à medida que a temperatura menor será o valor D (maior temperatura, menor D). Deste
modo, são necessárias rápidas exposições à temperatura alta, para grande redução no número
dos microrganismos viáveis.

Métodos que empregam o calor úmido

Autoclave: Equipamento que emprega vapor d’água sob processo que produz a temperatura
mínima de 121ºC. Quanto maior a pressão da autoclave mais a temperatura, estes métodos
destroem as formas vegetativas e esporuladas a procariotos e fungos, promovendo a
esterilização. Os príons são uma exceção por serem agentes extremamente resistentes aos
métodos de desinfecção e esterilização. A autoclavação é um método muito usado em
laboratórios e hospitais.

Tipos de autoclaves:

Autoclave gravitacional

O ar é removido por gravidade e sai por um ralo na parte inferior da câmera à medida que o
vapor é injetado. O aquecimento é feito de fora para dentro.

Autoclave com sistema de vácuo

O ar é previamente removido por vácuo. Quando o vapor entra penetra instantaneamente os


artigos na ausência de ar residual.

Pasteurização

Método muito usados na indústria de alimentos, que só podem ser submetidos ao calor em
condições controlados para não desnaturar os nutrientes. Na pasteurização ocorre uma
redução no número dos microrganismos pela exposição breve a uma temperatura
relativamente alta.

Água em ebulição: É o vapor d’água livre (100ºc/20 min.). Destrói as formas vegetativas e
alguns endósporos (dependendo da temperatura e da espécie de bactérias).

Métodos que empregam calor seco

Estufa e formo: Tem menor poder de penetração do que o calor úmido, usam temperatura e
tempos maiores. A característica em comum entre os métodos é ausência de umidade, o que
torna o processo menos eficiente e demorado.
Flambagem: Ocorre combustão completa dos microrganismos em alças e agulhas
microbiológicas, as quais são aquecidas diretamente na cama do bico de Bunsen até ficarem
rubras.

Incineração: É a combustão completa para descontaminação de material hospitalar de uso


descartável (luvas, material plástico) e lixo contaminado em geral.

Baixas temperaturas: A baixa temperatura é um método de controle dos microrganismos


porque causa diminuição na taxa de crescimento e na atividade enzimática. Pode não causar a
morte celular. Os microrganismos patogênicos são geralmente mesofilos (não crescem a 5º C),
embora existam exceções como amostras de Clostridium botulinum que crescem a 5ºC.

Métodos que empregam baixa temperatura

Refrigeração: Nos microrganismos comuns (0-7ºC) a taxa metabólica da maioria dos


microrganismos é tão reduzida que eles não podem se reproduzir. A refrigeração comum tem
mais efeito bacteriostático, entretanto, microrganismos psicrófilos crescem lentamente em
baixas temperaturas, etc.
Métodos Químicos

São substâncias químicas de origem natural ou sintética usadas para eliminar ou inibir o
crescimento dos microrganismos. A resposta dos microrganismos aos agentes químicos varia
em relação a fatores tais como pH, temperatura, presença de matéria orgânica, fase de
multiplicação e mesmo presença de outros agentes químicos.

De acordo com seu efeito nos microrganismos podem apresentar:

Efeito estático (bacteriostático, fungistático ou virustático)- inibição do crescimento. Em


condições normais os microrganismos podem voltar a crescer.

Efeito microbicida (bactericida, fungicida, viruscida) – morte do microrganismo.

Os agentes químicos podem ser usados para descontaminação, desinfecção, anti-sepsia ou


esterilização. Têm maior efeito nas células vegetativas por terem metabolismo ativo.
Método da diluição de uso

Usado atualmente, determina a concentração apropriada do desinfetante e não compara com


nenhum outro desinfetante-padrão como o método do fenol.

Antissépticos: Antissépticos são agentes químicos para uso tópico em tecidos vivos. Não
podem ser ingeridos. Existe teste de toxicidade que são feitos em culturas de células para
verificar o nível de toxicidade.

Índice de toxicidade (I) : É uma medida da toxicidade seletiva do antisséptico. Os testes são
feitos em culturas de células e visam verificar a toxicidade do agente químico.

Agentes químicos: Desinfetantes e antissépticos

Agentes Alquilantes: Promovem a alquilação de grupos –COOH, -OH, -SH e –NH de enzimas e
ácidos nucléicos inativando-os. Em virtude da capacidade de romperem ácidos nucléicos,
podem causar câncer e não devem ser usado em situações nas quais possam afetas células
humanas etc.

6. A partir de uma amostra de urina como e quais são os procedimentos para a identificação de
enterobactérias.
R: O exame da coloração de Gram permite uma rápida diferenciação de bacilos gram-negativos
de outros patógenos. Entretanto, é difícil, pelos resultados da coloração de Gram, diferenciar a
infecção por enterobactérias de outros bacilos gram-negativos, como Pseudomonas
aeruginosa. Uma vez que seja identificada uma enterobactéria, é importante assegurar que
testes adequados de sensibilidade aos antibióticos tenham sido realizados.
7. Explique a técnica e a fundamentação da coloração de Gram.
R: A princípio, há diferentes graus de permeabilidade na parede dos microrganismos
Gram-positivos e Gram-negativos.
As bactérias Gram-positivas retém o cristal violeta devido à presença de uma espessa camada
de peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie
de malha na região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares,
apresentando-se na cor roxa.
Já as bactérias Gram-negativas possuem uma parede de peptidoglicano mais fina que não
retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no
processo de coloração final.
Para curiosidade:

PASSO A PASSO DA METODOLOGIA DE GRAM


Cubra o esfregaço com violeta-de-metila e logo após deixe por aproximadamente 15
segundos;
Adicione igual quantidade de água sobre a lâmina coberta com violeta-de-metila e então deixe
agir por mais 45 segundos;
Escorra o corante e lave em um filete de água corrente; Cubra a lâmina com lugol diluído
(1/20) e deixe agir por aproximadamente 1 minuto;
Escorra o lugol e lave em um filete de água corrente;
Adicione álcool etílico (99,5º GL) sobre a lâmina; descorando-a, até que não desprenda mais
corante;
Lave em um filete de água corrente;
Cubra a lâmina com safranina e deixe agir por aproximadamente 30 segundos;
Lave em um filete de água corrente;
Deixe secar ao ar livre, ou seque suavemente com o auxílio de um papel de filtro limpo;
Visualize no microscópio. Logo após leia em objetiva de imersão (100 X)

8. Quais os princípios e importância clínica dos antibiogramas.


R: Antibiograma, também conhecido por Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA), é um
exame que tem como objetivo determinar o perfil de sensibilidade e resistência de bactérias e
fungos aos antibióticos. Através deste exame se poderá observar a quais antibióticos a bactéria
encontrada no material analisado é sensível ou resistente, ou seja: o antibiograma permitirá a
identificação do antibiótico mais adequado para o tratamento da infecção apresentada pelo
paciente.
9. Como podemos fazer a contagem de bactérias (métodos: semeadura em superfície e em
profundidade)
R: Existem diversas técnicas que ajudam na quantificação do crescimento de microrganismos.
Alguns desses métodos laboratoriais trabalham para determinar o número exato de células
presentes, enquanto outros atuam diretamente na análise de toda a massa total de uma
população. Ou seja, é preciso definir seu objetivo para determinar qual a melhor técnica
laboratorial a ser utilizada.
contagem de microrganismos em placas de petri com meios de cultura é um dos métodos mais
utilizados em laboratórios, e ajuda a determinar o verdadeiro tamanho de uma população de
bactérias. A principal vantagem de utilizar essa técnica está na possibilidade de quantificar a
exata quantidade de células vivas presentes
Por outro lado, a contagem de microrganismos em placas apresenta a desvantagem do tempo
de incubação, já que são necessárias 24 horas para que as colônias visíveis apareçam de
maneira clara nas placas utilizadas. Esse período é considerado relativamente longo,
impedindo que a técnica seja utilizada em áreas que demandam maior agilidade — como
controle de qualidade de alimentos, que muitas vezes não podem esperar tanto por tipo de
análise.
10. Quais as principais características da microbiota normal, sua composição e importância clínica.
R: A microbiota saudável é capaz de produzir vitaminas, como a K e do complexo B, promove a
absorção de nutrientes e fermenta fibras que levam à produção de ácidos graxos de cadeia
curta (AGCC) que, não só melhoram a imunidade de barreira como geram energia para o corpo.
11. Quais as características principais de fungos. Como podemos realizar a identificação de fungos
causadores de micoses.
R: Todos os fungos são heterotróficos, ou seja, diferentemente das plantas, não são capazes de
produzir seu próprio alimento, nutrindo-se por absorção. Além de heterotróficos, os fungos são
seres eucarióticos e podem ser unicelulares, como no caso das leveduras, ou multicelulares,
como os cogumelos.
micose pode ser identificada por lesões de cor avermelhada, acastanhada ou esbranquiçada. É
comum a presença de descamação nas bordas. O tratamento para o fungo depende da região a
ser tratada.
12. Esquematize uma partícula viral completa e aponte a função de cada estrutura.

R:
Glicoproteínas: As glicoproteínas na superfície do envelope servem para identificar e se
vincular aos receptores de membrana na célula parasitada. Então, o envelope viral se funde à
membrana, permitindo que o genoma viral entre e infecte a célula hospedeira.
Envelope: Camada mais externa de diversos tipos de vírus. Ela protege o material genético
durante o seu ciclo vital, enquanto está transitando entre células hospedeiras. Nem todos os
vírus têm envelope
RNA: Vírus ARN ou Vírus RNA são vírus que têm RNA como material genético. Os vírus ARN são
mais propensos a sofrer mutações genéticas, se comparados aos vírus ADN.
Capsídeo: É um invólucro de origem proteica dos vírus formado por proteínas e que protege e
facilita sua proliferação, e além de proteger o ácido nucléico, tem a capacidade de se combinar
quimicamente com substâncias presentes na superfície celular.
Matriz: consiste em uma rede complexa de proteínas e cadeias de polissacarídeos secretados
pelas células. Sua disponibilidade é variada em diferentes tipos de tecido.
Transcriptase reversa: É uma enzima que realiza a transcrição inversa, produzindo DNA a partir
de RNA. Também é chamada de DNA polimerase RNA-dependente. Essa enzima permite uma
condição única, pois a transcrição ocorre, naturalmente, no sentido de RNA para DNA. A
transcriptase reversa é encontrada em retrovírus.

13. Quais as características principais dos vírus. Como ocorre a multiplicação. Como podemos
realizar a identificação desses agentes etiológicos em amostras clínicas.

R: Os vírus são considerados parasitas intracelulares obrigatórios por não possuírem


metabolismo próprio, sendo capazes de se reproduzir apenas em células hospedeiras.

Os vírus, como sabemos, podem reproduzir-se apenas em células hospedeiras, uma vez que
não possuem enzimas e as estruturas necessárias para a produção de proteínas. Desse modo,
podemos dizer que os vírus quando estão no ambiente sem parasitar nenhuma célula
funcionam apenas como uma estrutura que contém genes.

Os vírus reproduzem-se de maneiras variadas, mas geralmente passam por algumas etapas
básicas:

→ Adsorção: ocorre a interação entre a célula que será parasitada e os vírus, formando
ligações entre os seres invasores e os receptores na membrana da célula.

→ Penetração: acontece a entrada do vírus em sua totalidade ou parcialmente na célula.

→ Desnudamento: o ácido nucleico do vírus é liberado no interior da célula, separando-se do


seu capsídio.

→ Biossíntese: o material genético é duplicado e ocorre a síntese das proteínas necessárias


para formar o capsídio.
→ Morfogênese: acontece a organização das estruturas formadoras do capsídio e do material
genético.

→ Liberação: ocorre a lise da célula e a liberação dos vírus. No caso dos envelopados, ocorre o
brotamento desses organismos.

Vários exames podem detectar infecção, como hemograma, exame de urina, cultura de urina
ou sangue, marcadores inflamatórios como o PCR e VHS, pesquisa de vírus e bactérias no
sangue, dosagem de anticorpos, etc.

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