Você está na página 1de 21

RESUMO MICROBIOLOGIA PARA A2

 Microbiologia é o ramo que estuda os microrganismos, incluindo procariontes e


eucariontes unicelulares. Analisando suas funções, características,
metabolização, distribuição e seus efeitos.

 As especialidades biomédicas se dedicam ao estudo de microrganismos


patogênicos, responsáveis pelas doenças infecciosas, como a virologia,
bacteriologia e micologia.

 Célula unidade morfofuncional básica de qualquer organismo vivo.


 Requisitos básicos para considerar um ser vivo, possuir metabolismo
próprio, capacidade de sobrevivência, ter troca eficiente com o meio
externo e interno e reprodução, conseguir se duplicar.

 Procarionte: Respiração celular via anaeróbica, síntese proteica são ribossomos


livres, movimento celular através dos flagelos, reprodução podem ser fissão
binária (assexuada) e conjugação (sexuada).

 Eucarionte: Presença de diversas organelas, respiração celular via anaeróbica e


aeróbica presença de mitocôndria, movimentação celular através de cílios,
flagelos e pseudópodes, reprodução pode ser por divisão celular (mitose e
meiose) e fecundação (anfimixia).

 Diferença ente procarionte e eucarionte é a presença de membrana nuclear. O


eucarionte possui uma proteção do material genético, altamente condensado e
organizado e há presença de várias organelas que organizam o metabolismo da
célula. Já os procariontes não possuem núcleo organizado e nem a presença de
membrana, o material genético fica tudo no citoplasma da bactéria e a única
organela presente é o ribossomo.

 Membrana citoplasmática: Bicamada altamente dinâmica, constituição por


fosfolipídios, colesterol, proteínas de membrana. As proteínas de membrana
podem ser dividas em integrais (fluxo constante de micromoléculas) e
periféricas (Receptoras e tradutoras de sinais (transdução) via mensageiro
químico ou citoesqueleto).

 Glicocálice: São carboidratos associados às moléculas de membrana (lipídeos e


proteínas). Sua função é a proteção contra injúrias químicas e físicas,
reconhecimento tecidual, determinação de grupos sanguíneos e reconhecimento
imunológico.

 Mitocôndria: Centro de reações oxidativas para a síntese de ATP (piruvato e


ácidos graxos). Número varia de acordo com o tipo celular. Sua constituição é
por dupla membrana lipídica (cristas mitocondriais e citocromo c) e por uma
matriz mitocondrial (DNA, enzimas e ribossomos). Organela responsável pela
produção de energia e respiração celular.

 Lisossomo: Digestão Intracelular de Macromoléculas, participam do


processo de endocitose, fagocitose e pinocitose. Sua constituição é por única
membrana contendo (pH 5 – ácido), enzimas hidrolíticas ácidas, proteases,
glicosidades, fosfatases, nucleases, lipases e fosfolipases. Também realizam a
reciclagem de componentes celulares, como organoides envelhecidos
(autofagia).
 Proteossomos: Realizam a degradação de proteínas. Em casos de erros de
tradução, mal dobradas, desnaturadas, não funcionais, com aminoácidos
oxidados e incluindo as do RER. Enzimas do citosol marcam essas proteínas
com proteína sinalizadora ubiquitina, a degradação ocorre nos proteossomos e
não nos lisossomos. Ciclinas do controle do ciclo celular são degradadas nessa
via.

 Retículo endoplasmático: Maior volume citoplasmático e maior superfície por


extensão celular, túbulos de Retículo Endoplasmático Liso contínuos aos túbulos
do Rugoso.
 Retículo endoplasmático Liso: Túbulos de membrana lisa com volume de
lúmen reduzido. Abundante em tipos celulares que sintetizam os hormônios
esteroides, colesterol e triglicerídeos. São importantes na degradação de
substâncias tóxicas, sequestro de Ca2+ do citosol e síntese e degradação de
glicogênio.
 Retículo endoplasmático Rugoso: Cisternas paralelamente arranjas com
parede rica em ribossomos e ocorre a síntese constante de proteínas. São
importantes na síntese de proteínas transmembranas do plasmalema, reposição
do envoltório nuclear, síntese de proteínas lisossômicas e secretórias (Proteínas
mitocondriais, peroxissomais, citoesqueléticas, nucleares e citosólicas)
Sintetizadas em polirribossomos livres.

 Aparelho de Golgi: Pilha de cisternas achatadas em disco curvo, contém uma


polarização, subdivididas em Face CIS: entrada de vesículas e elementos
transicionais do RER e FACE TRANS: liberação de vesículas sinalizadas para
vias específicas. TGN (Trans Golgi Network - cisterna) responsáveis por
selecionar, separar, empacotar e enviar lipídios, proteínas e carboidratos e
contém uma SINALIZAÇÃO CELULAR ATIVA com Vesículas específicas,
sinais específicos para meio interno ou extracelular.

 Centríolos: Constituído de 9 trios de microtúbulos proteicos, essências na


coordenação dos movimentos cromossomais durante a divisão celular. Mitose
(equacional) e meiose (reducional.)
 Núcleo: Envoltório nuclear possui dupla camada lipídica com poros proteicos,
interligação direta ao RER. Para eventual endereçamento de proteínas para o
Golgi. Genoma protegido em cromossomos, são altamente codificáveis em
tradução proteica e o gel nuclear (Proteínas, enzimas, nucléolo).

 Nucléolo: Síntese de RNA ribossômico, montagem das subunidades


ribossômicas, montagem de proteínas SRP pois sinaliza polipeptídios recém-
sintetizados ao RER.

 Uso dos microrganismos na biotecnologia: Desenvolvimento de insulinas,


vacinas e medicamentos (benzetacil e antibiótico).
 Histórico da microbiologia: Antes do século XVII - doenças “castigo divino”.
Independentemente de qualquer religião/crença.

 Teoria Miasmática: Responsáveis pela teoria são o Thomas Sydenham e


Giovanni Lancisi. Origem das doenças nos miasmas, ou seja, os odores fétidos
da putrefação da matéria orgânica e odores exalam doenças no ar.

 Antonie van Leeuwenhoek (1632 – 1723): Pai da microbiologia. Primeiro a


descrever bactérias e protozoários, descreveu a ação do vinagre de vinho
sobre “os pequenos animais” – microrganismos.

 Louis Pasteur (1822 – 1895): Teoria Microbiológica da doença,


“Microrganismos são a causa de inúmeras doenças”. Metodologia da
pasteurização, eliminação de microrganismos do vinho e cerveja (industrial);
atribuição de função biológica aos microrganismos, fermentações microbianas.

 Robert Koch (1843 – 1910): Descoberta de agentes etiológicos – teoria dos


germes. Desenvolvimento dos meios de cultura, meios apropriados para
manutenção do crescimento de colônias de bactérias em laboratório.

 John Snow (1813 – 1858): Pai da epidemiologia, surto de cólera em Londres –


1854. Explicações viáveis com água contaminada com fezes, ingestão coletiva,
quebra da teoria miasmática da doença. Contribuições efetivas para
anestesiologia, uso do éter e clorofórmio e auxilio no parto da Rainha Vitória.

 Ignaz Semmelweis (1818 – 1865): Pai da assepsia, combateu a febre do parto,


lavagem das mãos com hipoclorito de cálcio, uso de cloro durante o parto e
diminuição da febre puerperal. Assepsia é um conjunto de instrumentos
capazes de eliminar a presença de microrganismos patológicos de um
determinado material.

 Patógeno: 2000 espécies diferentes, 10 bilhões de novas infecções/ano, 12


milhões de mortes. Maioria em países subdesenvolvidos.

 Virulência: Capacidade infecciosa de um determinado microrganismo


(Bactérias, fungos e vírus).

 Bactérias: Seres procariontes do reino monera. Não possuem organoides


membranosos, membrana nuclear e metabolismo próprio. Contém ribossomos
em grandes quantidades citoplasmáticas, intensa síntese de polipeptídios e
proteínas. Grandes diversidades de espécies viventes no planeta, classificação e
organização.
 Características macroscópica: Aparências em meio de cultura, especificidade
de ágar-ágar de acordo com a espécie.
 Características microscópicas: Tamanho, formato, configurações em colônias,
crescimento em função de respiração, com presença ou ausência de O2 e
coloração de Gram positiva ou negativa.
 Graças as estruturas simples, bactérias podem sobreviver em todos ambientes
da terra.
 Podem ser encontrados por exemplo no ar, no solo, na água, vulcão, no mar
profundo, nas fontes quentes, no gelo, no sal, na pele dos homens, etc.
 Em condições desfavoráveis algumas bactérias formam esporos, que podem
sobreviver milhões de anos.
 A principal diferença entre as bactérias (bactérias e cianobactérias) e as arqueas
está na constituição química da parede celular. As arqueas apresentam
polissacarídeos ou apenas proteínas em sua parede celular, enquanto as
bactérias possuem o peptideoglicano.

 Morfologia bacteriana

 Esféricas são os Cocos, forma de bastão são os Bacilos, forma espiral são os
Espiroquetas ou Espirilos, forma de virgula são os Vibrião. Cocos e Bacilos
podem unir-se as colônias.
 Cadeias (“estrepto“); Grupos (“estafilo“) e Pares (“diplo“).

 Classificação pela respiração:


 Anaeróbio ou anaeróbico (Clostridium tetani), podem crescer apenas na
ausência de oxigénio;
 Aeróbio ou aeróbico (Mycobacterium tuberculosis), podem crescer apenas na
presença de oxigénio;
 Anaeróbico facultativo (Maioria das bactérias), podem crescer tanto na
presença como na ausência de oxigénio;
 Capnofílicos, preferência por CO2.

 Classificação pelo metabolismo:


 Autótrofos: produzem seu próprio alimento. Como fotossíntese (obtêm a
energia na forma de luz) e quimiossíntese (obtêm energia pela oxidação de
compostos químicos);
 Heterótrofos: precisam de meios externos para sua alimentação;
 Saprófitos: matérias mortas ou em decomposição;
 Simbióticos: vivem por exemplo no intestino dos animais que comem plantas e
quebram celulose;
 Parasitas: envenenam o organismo do hospede com os seus produtos de
metabolismo.
 Cápsula: Formada pelo glicocálice, o qual consiste em uma substância
polissacarídica produzida no citoplasma e secretados para a superfície celular.
Funções da cápsula: impedir que a célula seja fagocitada por células de defesa,
promover a adesão das bactérias em diferentes substratos (dentes humanos, trato
respiratório, mucosa intestinal, etc.), proteger as bactérias contra desidratação e
choques mecânicos.
1. Cápsula estrutura morfologicamente definida;
2. Camada mucosa são substâncias poliméricas extracelulares. Ex: Goma
Xantânica e feita com substancias poliméricas extracelulares da bactéria

 Parede celular: Envoltório semi-rígido, o qual é alvo de muitos antibióticos,


composto por ácido diaminopimérico (DPA), ácido murâmico e ácido teicóico
além de aminoácidos, carboidratos e lipídeos. Uma macromolécula complexa
denominada peptideoglicano (Polímero de carboidratos associados à proteínas,
também chamada de mucopeptídeo ou mureína) forma a estrutura rígida da
parede.
 As bactérias podem ser divididas em dois grandes grupos, segundo a
composição química da parede celular:
1.Bactérias Gram-positivas ~ 15-50% peptideoglicano.
2. Bactérias Gram-negativas ~5% peptideoglicano.

 Gram-Positivas: Composta de proteínas, lipídeos, peptideoglicano e ácidos


teicóicos (cadeias de polifosfato com resíduos de ribitol e glicerol), essas
bactérias são sensíveis à lisozima e sua parede constitui o local de ação de
alguns antibióticos além de apresentar elementos básicos para identificação
sorológica.
 Gram-Negativas: A membrana externa é o que distingue as bactérias Gram-
negativas, servindo como uma barreira seletiva para a entrada e saída de
algumas substâncias da célula e podendo ainda causar efeitos tóxicos sérios em
animais infectados. A estrutura da membrana externa é composta por
fosfolipídios, lipoproteínas e lipopolissacarídeos (LPSs). Os
lipopolissacarídeos estão localizados exclusivamente na camada externa da
membrana, enquanto que os fosfolipídeos estão presentes quase completamente
na camada interna.

 Coloração de Gram: Técnica de coloração de parede celular de bactérias.


Gram positivas – coloração roxeada e Gram negativas – coloração rósea ou
avermelhada.
 Bactérias Gram positivo: Maior quantidade de peptídeoglicanos, parede celular
mais espessa, mais rígida (maior proteção), presença de ácidos teicóicos e
patogenicidade bacteriana.
 Bactérias Gram negativa: Menor quantidade de peptídeoglicanos, parede
celular mais delgada, mais flexível, ausência de ácidos teicóicos e pode causar
doenças.

 Ao tentar combater bactérias de Gram negativa, é mais complexa pois


confundem com a membrana plasmática dos animais. Devido a isso, causa
mais efeitos colaterais.

 Os LPSs são compostos por três segmentos ligados covalentemente: (1)


lipídeo A, firmemente embebido na membrana; (2) cerne do polissacarídeo,
localizado na superfície da membrana; e (3) antígenos O, que são
polissacarídeos que se estendem como pelos a partir da superfície da membrana
em direção ao meio circundante. A porção lipídica do LPSs é também
conhecida como endotoxina e pode atuar como um veneno, causando febre,
diarreia, destruição das células vermelhas do sangue e um choque
potencialmente fatal.
 Membrana celular: A membrana citoplasmática tem espessura de
aproximadamente 10 nm e separa a parede celular do citoplasma. É
constituída principalmente de lipídeos e proteínas, desempenhando importante
papel na permeabilidade seletiva da célula. Ela difere da membrana
citoplasmática das células eucarióticas por: não apresentar esteróides em
sua composição; ser local de numerosas enzimas do metabolismo
respiratório (mesmas funções das cristas mitocondriais) e controlar a
divisão bacteriana através dos mesossomos.
 O glicerol presente nas membranas das bactérias atua como uma
adaptação, impedindo o congelamento para não explodir as membranas. As
bactérias sobrevivem ao meio extremos devido ao glicerol presente.

 Funções importantes:
1. Transporte de solutos: Difusão facilitada, transporte ativo e translocação de
grupo;
2. Produção de Energia: Transporte de Elétrons e fosforilação oxidativa;
3. Biossíntese de Macromoléculas: Lipídios de Membrana, peptidoglicano,
ácido teicóico e ácido lipoteicóico, polissacarídeos extracelulares (LPS) e
duplicação do DNA;
4. Excreção de Enzimas hidrolíticas;
5. Taxia: Quimiotaxia / Fototaxia.

 Citoplasma: Hialoplasma ou citosol, possui 4/5 de água e 1/5 de substâncias


dissolvidas ou em suspensão (proteínas, carboidratos, lipídios, íons, etc). Possui
em seu conteúdo: Ribossomos (única organela), plasmídeos e o cromossomo
circular único (região do nucleóide).

 Plasmídeos: Algumas bactérias possuem moléculas menores de DNA, também


circulares, cujos genes não codificam características essenciais, porém muitas
vezes conferem vantagens seletivas à bactéria que as possuem. Essas
moléculas chamadas plasmídeos são capazes de autoduplicação independente
da replicação do cromossomo, e podem existir em número variável no
citoplasma bacteriano.
 Principais funções dos plasmídeos:
1. Apresentar genes que conferem resistência a diversos antibióticos.
2. Apresentar genes responsáveis por síntese de toxinas.
3. Apresentar genes que codificam enzimas que ativam a degradação de
carboidratos e substâncias como tolueno, cânfora e hidrocarbonetos do
petróleo.

 Endósporos: Estruturas de latência que exibem altíssima resistência tanto a


agentes físicos como químicos. Quando as bactérias com capacidade de
esporular se encontram em ambientes cujas condições tornam-se
inadequadas, estas iniciam o processo de esporulação, garantindo assim a
manutenção de seu material genético.
 Bactérias esporuladas podem permanecer dormentes por milhares de anos e
retornar ao seu estado ativo quando as condições ambientais se tornarem
favoráveis.
 Fímbrias e Pili sexuais: Fímbrias são apêndices que se estendem da membrana
plasmática passando pela parede celular e cápsula emergindo para o meio
externo. As fímbrias podem ocorrer em toda a superfície da célula.
 Função das fímbrias: Fixar as bactérias ao substrato e em outras células; Pili
sexuais normalmente são mais longos que as fímbrias, havendo um ou dois por
célula.
 Pilus vem do Latim, que significa pêlo, cabelo. Pili - Plural; Pilus - Singular.
 Funções dos pili: Responsável pela formação da ponte citoplasmática que
permite a transferência de informação genética durante o processo de
conjugação. (PLASMÍDEOS).

 Flagelos: são organelas especiais de locomoção, constituídas por uma estrutura


protéica denominada flagelina, formando longos filamentos delgados e
ondulados de 3-12 µm que partem do corpo da bactéria e se estendem
externamente à parede celular. Um flagelo tem três partes: o corpo basal
(estrutura composta por vários anéis que ancora o flagelo à membrana
citoplasmática), uma estrutura curta em forma de gancho e um longo
filamento helicoidal.
 Os flagelos das bactérias não provêm do centríolo como os flagelos de células
eucariotas. O número de flagelos é bastante variável entre as bactérias.

 Reprodução bacteriana semelhante à replicação celular humana (mitose),


PORÉM todos os processos ocorrem APENAS no citoplasma.

 Replicação Cromossômica: Semiconservativa; DNA polimerase, 88% de


regiões codificadoras, 1% de genes codificadores de rRNA e tRNA, 10% de
regiões regulatórias (promotores e operadores); Promotores: controlam a
expressão de um gene; Operadores: sinalizadores para parar ou prosseguir a
transcrição.

 Reprodução Bacteriana: Crescimento e extensão de componentes da parede


celular, alta síntese de proteínas, formação do septo ou parede transversal e
separação das células-filhas.
 Trocas Gênicas Bacterianas: Transferência de fragmento livre de DNA de uma
bactéria que sofreu lise para outra do mesmo gênero.

 Transdução: Fragmento de DNA carregado de uma bactéria para outra por


meio de um vírus bacteriófago.
 Conjugação: Transferência de plasmídeos por meio dos pilus.

 Assexuada: Bipartição ou cissiparidade - Nesse processo a célula bacteriana


duplica seu cromossomo e se divide ao meio, apoiado no mesossomo,
originando duas novas bactérias idênticas à original.

 Sexuada ou Transmissão genética: Conjugação - Consiste na passagem (ou


troca) de material genético entre duas bactérias através de uma ponte
citoplasmática formada pelas fímbrias. Transformação - A bactéria absorve
moléculas de DNA disperso no meio. Esse DNA pode ser proveniente, por
exemplo, de bactérias mortas. - Transdução - As moléculas de DNA são
transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores.

 Benefícios: Produção de alimentos e bebidas, degradação de lixo problemático,


produção de medicamentos e digestão (Escherichia coli).
 Patogenidade: Micróbio patogênico, corrosão e estrago dos alimentos.
 Fatores de Virulência Bacteriana: São moléculas sintetizadas por certas
bactérias que aumentam sua capacidade de infectar ou danificar tecidos
humanos. Os fatores de virulência podem ser codificados dentro do genoma
bacteriano, sendo aspectos inerentes à estrutura do organismo, ou podem ser
codificados dentro de elementos genéticos transmissíveis e, assim, adquiridos
do ambiente.

 Cápsulas inibem a capacidade dos macrófagos e neutrófilos de fagocitose


encapsular bactérias, permitindo assim a sua evasão da resposta imune do
hospedeiro. No entanto, o sistema imunológico pode desenvolver anticorpos
para antígenos capsulares que revestem e opsonizam bactérias encapsuladas,
permitindo sua fagocitose. As vacinas também podem ser geradas usando
açúcares capsulares e formam a base de vacinas conjugadas. As cápsulas de
polissacarídeo são detectadas com a "Quellung Reaction", que envolve o
tratamento de bactérias com anticorpos de ligação à cápsula. A ligação de
anticorpos faz com que a cápsula inche com água que pode ser detectada
microscopicamente

 Flagelos são filamentos proteicos longos, do tipo chicote, ancorados na parede


celular bacteriana e podem se estender várias vezes ao comprimento da própria
bactéria. A motilidade proporcionada pelos flagelos aumenta a capacidade das
bactérias se espalharem anatomicamente. Isso é mais bem observado no
contexto de infecções do trato urinário, onde bactérias flageladas podem
espalhar na uretra.

 Pili aumenta a capacidade das bactérias de aderir a certos tecidos humanos e,


assim, melhora a infecciosidade do organismo.

 Esporos são resistentes a condições adversas, incluindo calor, frio, radiação,


desidratação e detergentes. Os esporos podem germinar em bactérias
metabolicamente ativas quando expostos a um ambiente favorável anos, décadas
ou até milênios depois. Os esporos são a razão pela qual simplesmente ferver
objetos é insuficiente para a esterilização e requer autoclave, o que envolve calor
até 121 ° C sob pressões intensas.

 Exotoxinas são proteínas liberadas por certas bactérias que podem desregular
severamente os processos celulares críticos ou melhorar a capacidade das
proteínas de invadir os tecidos. Os efeitos de determinadas exotoxinas
bacterianas são discutidos com as bactérias individuais. As enterotoxinas são um
subconjunto de exotoxinas que afetam especificamente a digestão e geralmente
resultam em diarreia infecciosa.

 Ação da toxina botulínica- paralisia flácida. Tratamento cosmético da toxina


botulínica, para reduzir linhas finas e rugas, paralisando os músculos
subjacentes.

 Fases do Crescimento Bacteriano:


 Fase lag: Seleção natural junto ao meio e mutações e derivações genéticas;
 Fase exponencial: Conquista do meio e reprodução das bactérias selecionadas
naturalmente pelo meio;
 Fase estacionária: Manutenção constante da população bacteriana e recursos do
meio limitam o crescimento;
 Fase declínio: Atuação de fatores exógenos no controle de colônias e
antibióticos, pH.

 Os antibióticos são substâncias que matam ou inibem o crescimento de


bactérias;
 Os bacteriostáticos são substancias que impedem a proliferação bacteriana,
auxiliando o organismo a combater a infecção;
 Os bactericidas promovem a morte das bactérias.

 Propriedades que um antibiótico deve ter:


1- Toxicidade seletiva;
2- Atividade em amplo espectro de bactérias;
3- Fácil administração e concentração nos locais alvo;
4- Não apresentar efeitos colaterais;
5- Não afetar a microbiota;
6- Baixo custo-benefício.

 Os antibióticos podem ser classificados de acordo com:


 Origem: Naturais, Seminaturais e sintéticos;
 Ação no microrganismo: Bacteriostáticos(reversível) e bactericida
(irreversível);
 Espectro de ação: Apenas contra um determinado grupo ou amplo contra
diversos grupos distintos. O antibiótico de aspecto pequeno causa mais efeito
colateral, pois a membrana e DNA são parecidos. Causando efeitos tóxicos.

 Locais de ação: Cada antibiótico irá agir em um local especifico.


 Inibidores da síntese da parede celular: Ligam-se às proteínas que fazem a
ligação entre os açúcares da parede celular, pois inibem a formação do
peptideoglicano
ativam autolisinas e levam a enfraquecimento da parede celular com a entrada de
água rompe a bactéria.

 Tipos de inibidores da síntese da parede celular: Antibióticos que contém


anel B-lactâmico são as penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos
(Benzetacil, amoxil, cefamox);
 Penicilinas apresentam menor espectro de ação que as cefalosporinas afetam em
menor grau bactérias gram-negativas;

 Podem ser associados a outras drogas para inativação das enzimas B-lactamase
(responsável pela inativação do fármaco no interior bacteriano) são o Sulbactam,
Tazobactam e o Ácido clavulânico
 Há outras abordagens para inibição da síntese da parede celular. Piridina: inibe
síntese de lipídeos do ácido micólico (afeta micobactérias;

 Efeitos adversos:
Problemas de hipersensibilidade → choque anafilático
Altas doses podem levar a problemas neurológicos → convulsões
Afetam negativamente a microbiota → podem causar diarreia

 Inibição da Síntese de Proteínas: Inibem subunidades dos ribossomos


bacterianos, impedindo a tradução do RNA em proteínas.
Clorafenicol → se liga a 50S e impede a ligação do peptídeo
Tetraciclina → afeta a subunidade 30S - impede a ligação do tRNA e mRNA
Steptromicina → muda a forma da porção 30S e modifica a leitura do mRNA

 Inibição da Síntese de Proteínas – Aminoglicosídeos: Ligam-se a porção 30S


do ribossomo bacteriano induz a incorreta incorporação de aminoácidos →
inibe ação ribossomal amplo espectro das gram negativas e curto espectro das
gram positivas potencializados com o uso concomitante de B-lactâmicos
São nefrotóxicos e afetam a junção neuromuscular. Exemplos: Gentamicina,
Estreptomicina e Neomicina.

 Inibição da Síntese de Proteínas – Cloranfenicol: Apresentam muitos efeitos


colaterais → depressão a medula óssea, problemas fetais uso em declínio.
Bloqueia o sítio ativo da peptidil transferase, bloqueia sua interação com a
porção 50S dos ribossomos e bloqueia ligação entre os aminoácidos da proteína
nascente.

 Inibição da Síntese de Proteínas – Tetraciclinas: Atividade bacteriostática


Atua na subunidade 30S do ribossomo. Inibe a fixação do tRNA no ribossomo
→ impede o crescimento do peptídeo por impedir novos aminoácidos de se
ligarem para a síntese. Aplicações não terapêuticas, ativadores de crescimento
do gado, conservantes ou controle de fermentação. Não recomendada para
gestantes e lactantes. Interagem com sais de alguns minerais não administrados
com leite e derivados ou antiácidos.

 Inibição da Síntese de Proteínas – Macrolídeos: Atuam de forma similar ao


clorafenicol, impedem o alongamento do peptídeo nascente → impede a
translocação do aminoácido e interagem com a porção 50S do ribossomo.

 Inibidores de permeabilidade da membrana – Polimixinas: Interação com


polissacarídeo das bactérias gram-negativas retiram íons cálcio e magnésio →
desestabilizam a estrutura. Modificam permeabilidade → perda de conteúdo
celular. Usados contra bactérias multirresistentes.

 Abordagens Múltiplas – Polipeptídeos: Apresentam múltiplos alvos de


atuação → podem inibir a síntese de peptideoglicanos, alterar permeabilidade
celular e afetar negativamente ribossomos
Exemplo: Bacitracina. Apresentam efeitos colaterais geralmente neurotóxicos.

 Antimetabólicos – Sulfonamidas: Competição com o ácido fólico inibe


metabolismo → síntese de DNA. Ação bacteriostática, podem ser associados
ao Trimetoprim para potencializar efeito terapêutico e atuam em dois passos
distintos da mesma via. Não indicado a gestantes → atravessam a barreira
placentária problemas de desenvolvimento fetal.

 Inibidores da síntese de ácidos nucleicos – Quinolonas: Inibem a DNA girase


→ impedem o enovelamento e espiralamento do material genético. Quinolonas
de primeira e segunda gerações não apresentavam efeito sobre as gram-negativas
(ciprofloxacina) → necessidade de desenvolvimento de novas quinolonas para
aumento do espectro (gatifloxacina). Efeitos colaterais em diabéticos →
alteração da glicemia outros efeitos como reações gastrointestinais, distúrbios de
pele e problemas no sistema nervoso central.

 Inibidores da síntese de ácidos nucleicos – Rifampicina: Inibição da RNA


polimerase dependente de DNA → inibe síntese do RNA efeito bactericida
afeta metabolismo de estrógenos, reduzindo eficácia de anticoncepcionais.

 Inibidores da síntese de ácidos nucleicos – Nitroimidazol: Causa danos ao


DNA, composto transformado em condições sem oxigênio e afeta apenas
organismos anaeróbios.
Quinolonas

Rifampicina

Nitroimidazol
 Resistência a antibióticos: Capacidade de um microrganismo para resistir aos
efeitos de uma droga a que é, normalmente, sensível primeiras cepas resistentes
à insulina em 1940. Ocasionada pelo uso indiscriminado de antibióticos.

 Efeito da pressão seletiva:

 Tipos de resistência: Natural, características inerentes da célula contra


determinado antibiótico. Exemplos: Gram-positivos - polimixinas; Aeróbios –
metronidazol e a Adquirida, alteração genética, geralmente após exposição,
que confere resistência ao antibiótico a qual era sensível anteriormente.
 Seleção natural: Ao utilizar antibióticos de maneira incorreta, faz com que s
bactéria crie uma resistência, repetindo o processo ocorre a seleção de
resistência bacteriana, pois as bactérias mais fortes sobrevivem até não ter um
antibiótico que combata.

 Mecanismos de resistência - Inativação enzimática: Exemplo são as B-


lactamases e carbapenemases que inativam B-lactâmicos, sendo que
carbapenemase afetam todos os desta classe de antibióticos.

 Mecanismos de resistência - Alteração do sítio alvo: Mutações em enzimas


como a DNA girase e em proteínas ligadoras de penicilina.

 Mecanismos de resistência - Acesso do antibiótico ao sítio alvo: Alterações


na permeabilidade de membrana ou bombas que fazem o efluxo do antibiótico
para o meio extracelular das bactérias.

 Fatores que contribuem para a resistência aos antibióticos: Tratamento


inadequado humanos e animais, acúmulo ambiental de antibióticos descartados
solo, água. Disseminação por pessoas da área de saúde: Práticas inadequadas
de higiene e proteção em ambiente hospitalar.

 Testes de Susceptibilidade: teste que auxilia em infecções específicas e


resistentes ou testar novas drogas e descobrir a dosagem, tipo de antibiótico que
seria o recomendado contra determinada cepa.
 Pode ser qualitativo ou quantitativo: Classifica a bactéria em S (sensível), I
(intermediário) ou R (resistente). Classifica a dosagem necessária para efeito
terapêutico. Pode ser feita atrav és de: Kirby-Bauer → difusão em disco de
ágar
ou Eluição do disco em caldo.

Você também pode gostar