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A1 PARASITOLOGIA

 Teníase, Cisticercose Humana e Ascaríase

 CLASSIFICAÇÃO
 Reino-Animalia; Filo: Platyhelminthes; Gênero-Taenia (‘fita’ em
Latim) Espécies- T. solium e T. saginata

 CARACTERÍSTICAS
 Verme grande em forma de fita T. Saginata: 4 a 15 m / T. Solium:
1,5 a 4 m; Cor branca (leitosa), amarelada ou rosada.

 HABITAT
 Vermes adultos fixam-se à mucosa do intestino delgado humano
(na doença teníase). Cisticercos fixam-se na musculatura de porcos
e gado.

 Homem: hospedeiro definitivo da forma adulta de T. saginata e de


T. solium.

 Porco: hospedeiro intermediário da forma cisticerco de T. solium.

 Gado: hospedeiro intermediário da forma cisticerco de T. saginata.

 ESTRUTURA
 T. saginata: quatro ventosas. T. solium: quatro ventosas e coroa de
espinhos.

 ESTRUTURA DO CORPO

 As tênias são hermafroditas (o mesmo organismo contém os


sistemas reprodutores masculino e feminino)
 Geralmente, somente um parasita adulto habita o intestino do
homem, por isso, o verme é chamado popularmente de SOLITÁRIA.

 São únicos e hermafroditas. Assim, se autofecundam para formar


os ovos. São eliminados cerca de 700.000 ovos por dia!!!

 ESTÁGIOS EVOLUTIVOS DAS TÊNIAS: Ovo; Larva cisticerco e Verme


adulto.

 O tamanho do cisticerco varia, mas pode ser comparado ao de uma


ervilha ou feijão. Na linguagem popular são chamados de
pipoquinha ou canjiquinha!

 TRANSMISSÃO: ingestão de carne crua ou mal cozida (de porco ou


de boi) contaminada com cisticercos.
 DIAGNÓSTICO DA TENÍASE
 Observação do paciente: encontro de proglótides nas roupas
íntimas ou nas fezes.
 Diagnóstico da espécie: coleta de material da região anal +
microscópio = diferenciar os ovos da tênia dos demais parasitas.

 PATOLOGIA DA TENÍASE
 Perda da motricidade intestinal (perda do peristaltismo).
 Redução da secreção digestiva (menor quantidade de muco
intestinal = intestino mais preso).

 Perturbações digestiva: constipação ou diarreia, prurido anal. Dor


abdominal. Perda de peso. Obs.: Não há lesão intestinal.

 PROFILAXIA DA TENÍASE

 Instalações sanitárias básicas para impedir a ingestão pelos porcos


ou gado de fezes contaminadas.
 Aquecimento adequado das carnes (cozer, fritar ou assar por tempo
prolongado).
 Fiscalização dos matadouros pela vigilância sanitária.

 CISTICERCOSE: é outra doença – não é Teníase!!!


 A cisticercose é causada pela ingestão acidental dos ovos da Taenia
solium. Indivíduos com teníase, por possuírem em seu organismo a
forma adulta da tênia, liberam ovos destes animais, juntamente
com suas fezes, podendo contaminar a água, alimentos ou mãos.
Assim, ao se ingerir os OVOS da T. solium, este parasita se
encaminha do trato digestório à corrente sanguínea, e se aloja em
órgãos como cérebro, olhos, coluna ou músculos

 Neurocisticercose: acometimento do SNC. Parasitose mais


frequente do SNC. Responsável por internações hospitalares e
sequelas neurológicas graves. Frequente a identificação de
cisticercos mortos (em exames de imagem realizados de rotina) e
que não apresentam mais risco.

 Tratamento da cisticercose: O tratamento da cisticercose pode ser


feito com medicamentos antiparasitários. Mas, em alguns casos, é
necessário um procedimento cirúrgico para remover a área afetada.
 Prevenção da cisticercose: Como a transmissão da cisticercose se
dá através de água e alimentos contaminados, é importante lavar
bem os alimentos e beber somente água filtrada ou fervida. Além
disso, promover os serviços de saneamento básico.
 Ascaríase

 Doença causada por Ascaris lumbricoides

 Doença conhecida também por ascaridíase, ascaridose ou


ascaridiose. Popularmente conhecida por lombriga ou bicha.
ASCARÍASE É a mais cosmopolita e a mais frequente das doenças
verminoses humanas. Na maioria dos casos, a infecção é leve e
clinicamente benigna.

 O número médio de parasitas é de 6 por hospedeiro, porém, pode


ocorrer 1 ou até 700 parasitas por pessoa.

 MORFOLOGIA DOS VERMES ADULTOS: Os áscaris são vermes


longos, cilíndricos, com extremidades afiladas. As fêmeas são mais
grossas e maiores que os machos
 OBS.: Não confundir Ascaris lumbricoides (lombriga) com Taenia
solium ou T. saginata (solitárias).

 Biologia: Habitam o intestino delgados dos hospedeiros. A fêmea


pode pôr 200.000 ovos / dia. As fêmeas fecundadas liberam ovos
férteis; as não fecundadas, liberam ovos inférteis.

 O desenvolvimento dos ovos se dá no meio exterior e requer a


presença de oxigênio e temperatura de 20 a 30o C. Ainda dentro
do ovo, torna-se uma larva infectante e pode infectar por muito
tempo (por anos).
 Após a ingestão, ocorre a eclosão (larva liberta-se do ovo). Como
não consegue se manter na luz intestinal, invade a mucosa e
penetra na circulação sanguínea. É levada pela circulação até o
pulmão, onde desenvolve seu ciclo pulmonar. Sobe pelas vias
aéreas até a laringe, onde é deglutida a chega novamente ao
intestino delgado, onde torna-se um adulto.

 Ciclo Ascaríase:

 Em crianças fortemente parasitadas, os vermes podem migrar dos


intestinos pelo estômago e esôfago, não sendo rara a saída de
vermes pela boca e narinas
 SINTOMATOLOGIA: Devido ao pequeno número de vermes por
hospedeiro, apenas 1 a cada 6 pessoas parasitadas apresenta
sintomas.
 Sintomas: Aumento do volume do fígado e reação hepática (focos
hemorrágicos); Reações inflamatórias nos pulmões; Febre; Tosse;
Desconforto abdominal (cólica, dor e indigestão); Perda de apetite;
Emagrecimento.

 DIAGNÓSTICO DA ASCARÍASE: Os sintomas não permitem distinguir


ascaríase de infecções por outras verminoses intestinais. Muitas
vezes, a saída do parasita pelo ânus ou pela boca esclarece o caso.
Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito por exame de fezes.

 TRATAMENTO DA ASCARÍASE: Medicamentoso (Albendazol e


Mebendazol)

 PROFILAXIA
 População em geral: Uso de instalações sanitárias; Lavagem correta
das mãos; Lavagem cuidadosa dos alimentos; Proteção contra
insetos, poeira e qualquer modo de contato com os ovos de
helmintos; não usar matéria fecal humana como adubo.
 Poder público: Identificação de situações epidemiológicas;
Estabelecer objetivos e planos de controle; programar trabalhos de
diagnóstico, tratamento e saneamento.

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