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PROCEDIMENTO / ROTINA
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Título do ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DA UTI Emissão: 16/08/2021 Próxima revisão:
Documento ADULTO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO – UFSC/ Versão: 1 16/08/2023
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1. OBJETIVO(S)
2. MATERIAL
2) Pacientes com bom nível de consciência mas sem condições clínicas de manter higiene oral
adequada, deve-se evitar o uso de próteses durante o período de internação, e entrega da
mesma para familiares. Pacientes conscientes que tenham bom padrão de higiene e
controle muscular o uso regular de próteses pode ser mantido durante internação, com
autonomia de higiene.
3) Orientar cuidados de higiene e de uso das próteses.
3.8. Exodontias
1) Exodontias em UTI podem ser indicadas nas seguintes situações:
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a) Remoção de focos infecciosos (dentes que estejam supurando, raízes residuais que
representam risco de infecção, dentes que estejam causando abcessos);
b) Dentes com mobilidade aumentada (Graus 3 e 4) que representam risco de
aspiração;
4) Sempre discutir com equipe médica a necessidade de realização de procedimento invasivo
e avaliar a condição clínica do paciente, pacientes muitos graves o procedimento deve ser
adiado.
5) Considerar o uso de sedoanalgesia complementar.
6) Seguir a rotina de exodontia:
- Assepsia, antisepsia e paramentação
- Anestesia local com o anestésico de escolha
- Incisão e descolamento de tecido
- Luxação dos elementos com indicação de exodontia
- Exodontia dos elementos indicados
- Curetagem de alvéolo
- Hemostasia local (irrigação com soro fisiológico, compressa com gaze)
- Sutura com vicryl
- Acompanhar o pós operatório
6) Conferir prescrição e se necessário iniciar terapia antibiótica e para controle de dor.
7) Para paciente com baixo nível de consciência, familiares devem ser informados da
necessidade do procedimento e assinatura do Termo de consentimento elaborado pela equipe
do Núcleo de Odontologia Hospitalar.
3.10. Laserterapia
1) Aplicar laser de baixa potência 1J 100mW 660nm de luz vermelha por ponto em lesões
ulceradas em mucosas;
2) Fazer protocolo preventivo de mucosite em pacientes em quimioterapia segundo
protocolo estabelecido no Núcleo de Odontologia Hospitalar (temos um POP?)
3) Fazer protocolo de PDT em lesões infecciosas e em lábio (ex.: herpes, queilite angular):
- Aplicação de azul de metileno 0,01% de 3 a 5 minutos;
- Aplicação do laser de baixa potência 4J 100mW 660nm de luz vermelha por ponto na
região corada pelo azul de metileno.
3.11. Biópsias
1) Biópsias não devem ser realizas em UTI salvo nas seguintes situações:
a) Diagnóstico de lesões com hipótese de malignidade;
b) A pedido médico.
2) Considerar a condição clínica do paciente, pacientes muitos graves o procedimento deve
ser adiado.
3) Conferir prescrição e se necessário iniciar terapia antibiótica e para controle de dor.
4) Seguir a rotina de biópsia:
- Assepsia, antissepsia e paramentação
- Anestesia local com o anestésico de escolha
- Remoção do tecido para ser analisado
- Fixação do material em Formol 10 %
- Hemostasia local (irrigação com soro fisiológico, compressa com gaze)
- Sutura com vicryl
- Preencher solicitação de análise anatomopatológica no AGHU
- Encaminhar material ao serviço de patologia do HU
- Acompanhar o pós operatório
- Receber o laudo anatomopatológico e anexá-lo no prontuário do paciente
- Informar o diagnóstico do laudo à equipe médica, a família e/ou ao paciente quando
possível.
- Definir abordagem e tratamento de acordo com o resultado do laudo
3.12. Candidíase
1) Informar a equipe médica e solicitar a prescrição de antifúngico.
2) Iniciar tratamento com Nistatina 100.000UI/ml:
- Paciente consciente fazer bochecho com 10 ml da solução por 1 min de 6/6h por 14 dias.
- Pacientes sedados e com IOT aplicar com gaze embebida da solução de 6/6h por 14 dias.
- Orientar equipe de enfermagem a manter as aplicações de acordo com a prescrição.
- Atentar para remoção das próteses para aplicação.
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3.13. Salivação
1) Na presença de hiposalivação e ressecamento de mucosa considerar o uso de saliva
artificial, após discussão com a fonoaudiologia.
2) Na presença de babação considerar o uso de atropina.
3.14. Endodontia
1) Tratamento endodôntico em UTI é contraindicado.
2) Dentes com cárie extensa, comprometimento pulpar, queixa de dor e que não for possível
ou indicado exodontia em UTI, seguir com as seguintes etapas:
- Anestesia local.
- Remoção de tecido cariado infectado com curetas de dentina.
- Tentar encontrar os canais radiculares.
- Colocar curativo com tricresol.
- Selar com Cimento de Ionômero de Vidro.
3) Conferir prescrição e se necessário iniciar terapia antibiótica e para controle de dor.
4) Orientar paciente para procurar tratamento endodôntico pós alta.
5) Orientar paciente a informar a equipe em caso de dor.
4. REFERÊNCIAS
MIRANDA, Alexandre Franco; MONTENEGRO, Fernando Luiz Brunetti. Ação odontológica preventiva
em paciente idoso dependente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)–Relato de Caso. Rev Paul
Odontol, v. 32, n. 1, p. 34-8, 2010.
FERREIRA, Júlia Àlvares; LONDE, Larissa Pereira; MIRANDA, Alexandre Franco. A relevância do
cirurgião-dentista na UTI: educação, prevenção e mínima intervenção. Revista Ciências e
Odontologia, v. 1, n. 1, p. 18-23, 2017.
SOMMA, Francesco et al. Oral inflammatory process and general health. Part 1: The focal infection
and the oral inflammatory lesion. European review for medical and pharmacological sciences, v.
14, n. 12, p. 1085-1095, 2010.
RABELO, Gustavo Davi; DE QUEIROZ, Cristiane Inês; DA SILVA SANTOS, Paulo Sérgio. Atendimento
odontológico ao paciente em unidade de terapia intensiva. Arquivos Médicos dos Hospitais e da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, v. 55, n. 2, p. 67-70, 2018.
GOMES, Sabrina Fernandes; ESTEVES, Márcia Cristina Lourenço. Atuação do cirurgião-dentista na
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5. HISTÓRICO DE REVISÃO