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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4

2 HISTORIA DO MÉTODO PILATES ............................................................ 5

2.1 Conceitos históricos ............................................................................. 7

2.2 Denominação das técnicas realizadas através do Método Pilates ....... 8

3 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PILATES ........................................................ 9

3.1 Princípio da centralização .................................................................. 10

3.2 Princípio da concentração .................................................................. 10

3.3 Princípio da fluidez ............................................................................. 10

3.4 Princípio da respiração ....................................................................... 11

3.5 Princípio da precisão .......................................................................... 11

3.6 Princípio do controle ........................................................................... 11

3.7 Benefícios e aplicabilidade do método Pilates ................................... 12

4 EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DO MÉTODO PILATES .................. 13

4.1 Aparelhos ........................................................................................... 14

4.2 Acessórios .......................................................................................... 16

5 MÉTODO CLÁSSICO ............................................................................... 18

5.1 Nível intermediário.............................................................................. 20

5.2 Nível avançado e super avançado ..................................................... 20

6 UTILIZAÇÃO DO MÉTODO PILATES: SISTEMA DE CONDICIONAMENTO


FÍSICO E REABILITAÇÃO ........................................................................................ 21

6.1 A importância da estabilização central no método Pilates.................. 21

6.2 Utilização do método pilates ............................................................... 23

7 AVALIAÇÃO E PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO POSTURAL COM


EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 24

8 PRESERVAÇÃO DA POSTURA CORPORAL ......................................... 26


8.1 Informações sensoriais e o equilíbrio postural ................................... 27

8.2 Correção de distúrbios da postura ..................................................... 29

9 O EFEITO DO MÉTODO PILATES .......................................................... 30

9.1 Na marcha e no equilíbrio de idosos .................................................. 31

9.2 Na melhora do equilíbrio estático e dinâmico ..................................... 31

9.3 Na melhora da coordenação motora .................................................. 32

9.4 Sobre a função cardiorrespiratória ..................................................... 32

9.5 Na melhora da capacidade respiratória .............................................. 32

9.6 No fortalecimento da musculatura pélvica .......................................... 33

9.7 No fortalecimento muscular localizado ou global ............................... 33

9.8 No aumento da flexibilidade ............................................................... 34

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 36


1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que
esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta.
No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão
ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora
que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!
2 HISTORIA DO MÉTODO PILATES

Joseph Pilates, nascido nas proximidades de Dusseldorf, na Alemanha em


1883, em uma pequena vila denominada Monchenglad bach. Foi uma criança doente
que sofria de asma, raquitismo, bronquite e febre reumática. Pilates possuía uma forte
determinação em se tornar fisicamente forte e aos 14 anos posou para pôsteres de
anatomia. Gostava de mergulho, esqui e ginástica. Ensinou autodefesa. Devido ao
seu trabalho no campo do exercício e dedicado, aprofundou seus conhecimentos em
fisiologia, anatomia, medicina tradicional chinesa, estudou Yoga, Karatê, meditação
zen (DA CAMPO, 2013, apud DIAS, 2012).
Os estudos de PANELLI e DE MARCO (2009) citado por BRIGATTO (2012),
indicam que o interesse de Pilates em criar este método surgiu com a busca da
melhoria de várias doenças adquiridas em sua infância, como raquitismo, asma,
bronquite e febre reumática. Antes de criar o método, já buscava a melhora de sua
saúde por meio da prática de atividades físicas diversas, como mergulho, esqui,
ginástica e boxe. Aos 32 anos, no ano de 1912, Pilates mudou-se para a Inglaterra,
país no qual intensificou seus estudos sobre práticas corporais.
Tornou-se boxeador profissional e artista de circo. Dois anos mais tarde, foi
considerado estrangeiro inimigo e recluso no campo de concentração de Lancaster,
onde aplicou seus conhecimentos sobre saúde e encorajou todos os membros do
acampamento a participar de seu programa de condicionamento baseados nos
exercícios realizados no solo. O reconhecimento inicial de sua técnica ocorreu pela
constatação que nenhum indivíduo sucumbiu à epidemia de gripe Influenza que matou
milhares de pessoas em 1918 (DA CAMPO, 2013, apud MARES, 2012).
LATEY (2001), citado por MARTINS (2013), afirma que ao final da guerra,
Pilates foi transferido para a ilha de Man, onde empregou o seu conhecimento para
ajudar na recuperação dos feridos de guerra, utilizando molas das camas para
melhorar a condição física dos pacientes. Ele percebeu que fazer exercícios com
resistência ajudava os pacientes a recuperarem tônus muscular mais rapidamente.
SILER (2008), citado por BRIGATTO (2012), relata que foram décadas de
dedicação e esforço no aprimoramento da técnica de execução dos exercícios do
método. Em 1926, Pilates abriu seu primeiro estúdio, já residindo em Nova Iorque.
Naquele momento, foi mais procurado por bailarinos que se queixavam de dores
musculares e lesões ocasionadas pelos treinamentos. Esse público se mostrou
satisfeito com os resultados e aderiu ao método. Cabe lembrar que Pilates criou seu
método voltado tanto para atletas que necessitavam de maior rendimento, utilizando
o método como coadjuvante no treinamento, quanto para indivíduos interessados em
otimizar seu bem-estar nas atividades diárias.

Fonte: acessa.com

Em 1934, Pilates publicou sua 1ª obra intitulada “Sua Saúde” a qual aborda a
saúde e a qualidade de vida e como a atividade física tem papel importante na
prevenção e na cura das doenças. O segundo livro de Pilates “O retorno à vida pela
Contrologia” com coautoria de John Willian Miller em 1945, no qual ele narra o
desenvolvimento de sua filosofia, apresentando o que Joseph Pilates denominou de
Contrologia e apresenta uma lista de exercícios para adquirir boa forma física em sua
própria casa e com baixo custo (LATEY, 2001, apud MARTINS, 2013).

Fonte: alvespilates.com.br

J. H. Pilates faleceu no ano de 1967, em função de um incêndio em seu estúdio,


quando inalou excessiva quantidade de gases tóxicos e teve grande parte de seu
corpo queimado ao tentar salvar seus materiais e equipamentos (MELO, 2010). Sua
esposa assumiu a direção do estúdio durante dez anos, dando continuidade ao seu
trabalho, auxiliada por Romana Kryzanowska, antiga aluna de Pilates. Nessa época,
muitos outros estudantes de J. H. Pilates e Clara abriram seus próprios estúdios nos
Estados Unidos (PANELLI e MARCO, 2009, apud FERNANDES, 2011).
Joseph Pilates desenvolveu um abrangente método de alongamento e
fortalecimento muscular, que juntos pretendem criar um corpo forte e ágil bem como
atingir o desenvolvimento ideal, com vigor mental renovado e crescimento espiritual.
Progressivamente, o método foi introduzido em nosso país por diversos
professores, em sua maioria ligados diretamente à primeira geração de discípulos de
J. H. Pilates, passando a atingir as pessoas que procuravam melhor qualidade de vida
por meio da prática de exercícios físicos. No Brasil e no mundo, hoje o Pilates é
praticado por milhões de indivíduos, tornando realidade o desejo, ou profecia, de seu
criador, além de ter conquistado o interesse do meio acadêmico (PIRES e SÁ, 2005,
apud FERNANDES, 2011).

Fonte: seniorgym.com.br

2.1 Conceitos históricos

Conceitos da respiração da Hatha Yoga: Prática composta por posturas


corporais, controle da respiração, concentração e meditação (ARBOIT, 2019).
Controle postural: Controle Postural é por definição a habilidade de um
indivíduo assumir e manter a posição desejada durante uma atividade estática ou
dinâmica (KLEINER, 2019).
Coordenação motora: A coordenação motora, é a ação sinérgica entre o
sistema nervoso central e musculatura esquelética dentro de uma determinada
sequência de movimentos integrados, e a capacidade de realizá-los dentro de um
padrão específico, e é influenciada por fatores como agilidade, flexibilidade, equilíbrio
e percepção cinestésica, ou propriocepção (GONÇALVES, 2004, apud FERNANDES,
2011).
Equilíbrio: O equilíbrio tem como conceito a habilidade em manter estáveis as
atividades motoras que controlam o corpo, mediante perturbações estáticas ou
dinâmicas. A preservação do equilíbrio é um processo complexo, que exige a
integração dos sistemas nervoso, locomotor, sensorial e vestibular, para que se torne
possível a manutenção do centro de gravidade na base de sustentação. Para tanto, é
necessário que os movimentos que deslocam o centro de gravidade sejam captados
pelo sistema sensorial e vestibular, interpretados pelo sistema nervoso central e seja,
então, enviada uma resposta motora que realize as adaptações para que seja
preservada a estabilidade (ISHIZUKA, 2013, apud DE LIMA, 2016).
Flexibilidade: A flexibilidade é a qualidade física responsável pela execução
voluntária de um movimento de amplitude angular máxima por uma ou mais
articulações, dentro dos limites morfológicos, sem haver risco de lesões (DANTAS,
1999).
Força muscular: Força muscular pode ser definida como a força ou tensão
que um músculo ou, mais corretamente, um grupo muscular consegue exercer contra
uma resistência, em um esforço máximo. Existem quatro tipos básicos de contração
muscular: isotônica, isométrica, excêntrica e isocinética (LEONARDO, 2020).
Power house ou core: O power house definido por Pilates, também conhecido
como core, possui músculos estabilizadores que estão localizados no tronco. O
transverso do abdômen é considerado o principal, pois este tem como localização a
união da cadeia anterior à cadeia posterior, tendo como função a aproximação da
parede abdominal em direção à coluna. O core é composto também pelos músculos
abdominais, multífidos e do assoalho pélvico, que juntos têm como função a
estabilização estática e dinâmica do corpo (SILVA, 2009, apud DE LIMA, 2016).

2.2 Denominação das técnicas realizadas através do Método Pilates

Segundo BRIGATTO (2012), o método Pilates pode ser praticado de duas


maneiras:
 Versão solo (intitulado Mat Pilates), na qual os exercícios são
executados no solo com utilização ou não de equipamentos auxiliares;
 Versão clássica (Pilates clássico), na qual o treinamento é reforçado com
os diversos aparelhos criados por Pilates.
O método em solo permite isolar grupos musculares ou trabalhar o tronco com
um todo. Um dos seus principais objetivos é o alinhamento corporal, e para isso
prioriza o fortalecimento dos músculos responsáveis pela manutenção da postura
(GUEDES, 2017).
Os aparelhos criados por Pilates são dotados de um mecanismo de molas que
proporcionam resistência ou facilitam a execução dos movimentos, aumentando o
grau de dificuldade de acordo com a evolução do indivíduo (SACCO et al., 2005, apud
BALDINI, 2019).

3 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PILATES

Segundo FERNANDES (2011), inicialmente o método era denominado


Contrologia, que, segundo Pilates (1934, p. 114), pode ser definida como a “arte do
controle e equilíbrio entre mente e corpo em sua totalidade”, que visa o completo
conhecimento dos mecanismos funcionais de nosso corpo e os princípios de equilíbrio
e gravidade aplicados aos seus movimentos.
Os estudos de PANELLI e DE MARCO (2009), citados por BRIGATTO (2012),
apontam que a Contrologia de Pilates tinha como objetivo primordial o
desenvolvimento do controle muscular a partir de seis princípios básicos:
 Concentração,
 Centralização (centro de força formado principalmente pelos músculos
abdominais),
 Fluidez,
 Respiração,
 Precisão e
 Controle.
Porém autores como RODRIGUEZ et al. (2006), citados por BRIGATTO (2012),
apontam outros princípios complementares, como:
 Relaxamento,
 Imaginação,
 Intuição e
 Integração.

3.1 Princípio da centralização

Conhecido também como Powerhouse. Segundo PANELLI E DE MARCO


(2009), citado por BRIGATTO (2012), o Powerhouse é composto pelos músculos reto
abdominal, transverso do abdômen, glúteo máximo, oblíquos internos e externos e
músculos da parte inferior das costas.
Essa estrutura é responsável pela sustentação da coluna e órgãos internos e é
onde se localiza o centro de gravidade do corpo; seu fortalecimento, objetivado no
método, proporciona um alinhamento biomecânico com menor gasto energético aos
movimentos, além de estabilidade e melhora da postura, cooperando na prevenção
de dores e outros males (MONTEIRO e EVANGELISTA, apud FERNANDES, 2011).

3.2 Princípio da concentração

Este princípio está relacionado diretamente à tomada de consciência das ações


musculares realizadas durante a prática de exercícios físicos. Pilates acreditava que
o movimento realizado com a devida concentração seria guardado no subconsciente
do indivíduo e assim sua prática seria refinada com o tempo. (PANELLI; DE MARCO,
2009, apud BRIGATTO 2012).

3.3 Princípio da fluidez

Toda movimentação parte de um centro fortalecido e flui para as extremidades


com refinamento, sem movimentos rígidos, nem muito rápidos ou muito lentos, mas
com suavidade; tal princípio pode ser denominado como fluência. Segundo SILER
(2008), citado por BRIGATTO (2012), fluir é o movimentar-se de forma constante e
ritmada com controle na execução, sentindo os movimentos realizados sem a
preocupação com a velocidade de execução dos mesmos.
3.4 Princípio da respiração

Conforme PANELLI e DE MARCO (2009), citado por BRIGATTO (2012), neste


princípio Pilates utilizou os conceitos da respiração da Hatha Yoga, pois, para a
realização de qualquer atividade é necessário saber respirar corretamente,
executando a completa inalação e exalação do ar. Pilates enfatizava a respiração
como um dos eixos primordiais na execução de movimentos.

3.5 Princípio da precisão

Este princípio está relacionado à qualidade do movimento, refinamento do


controle e equilíbrio dos diferentes grupos musculares.
PANELLI e DE MARCO (2009) citado por BRIGATTO (2012), afirmam que, no
Pilates, este é o princípio para que a técnica seja aperfeiçoada e os movimentos
realizados de forma equilibrada e coordenada como um todo.

3.6 Princípio do controle

O princípio do controle tem como foco a ótima qualidade do movimento, visto


que, para Pilates, a ausência de controle equivale à falta de objetivos.
SILER (2008), citado por BRIGATTO (2012), afirma que Pilates elaborou seu
método buscando a ausência de movimentos casuais, pois estes figuram entre as
principais razões pelas quais as lesões ocorrem em outros métodos de exercícios.
JULIANO E BERNARDES (2014), citado por BALDINI (2019), relatam que o
princípio de Precisão/Controle determina que os movimentos devem ser controlados
pela mente para que não ocorra nenhuma compensação, respeitando o alinhamento
corporal e o alinhamento axial, com isso ocorre menor recrutamento de músculos
desnecessários, que poderiam levar a fadiga mais rápido, diminuir a estabilidade e
levar a uma lesão e que os movimentos devem ser precisos, levando em consideração
que o importante.
3.7 Benefícios e aplicabilidade do método Pilates

Independentemente da idade, CIVITA (2004), citado por DE JESUS (2013),


qualquer pessoa pode ser beneficiada com este método que melhora a qualidade de
vida. Os exercícios corrigem os desequilíbrios musculares, melhoram a postura, a
flexibilidade, a consciência corporal e o condicionamento físico. Praticado
regularmente e da forma correta, o Pilates pode ajudar a alcançar muitos benefícios
físicos e emocionais e estes elementos contribuem para melhorar a percepção da
qualidade de vida dos seus praticantes
A literatura aponta como vantagens do Método Pilates:
 Estimular a circulação cardiovascular,
 Melhorar o condicionamento físico,
 Melhorar a flexibilidade,
 Melhorar a amplitude muscular
 Melhorar alinhamento postural,
 Melhorar níveis de consciência corporal,
 Melhorar coordenação motora,
 Melhorar o bem-estar e qualidade de vida,
 Benefícios que ajudam a prevenir lesões e
 Proporcionar um alívio de dores crônicas, além de melhorar a saúde
(MARTINS (2013).
Os benefícios do Pilates também foram analisados por CURI et al. (2009), que
constataram uma melhoria significativa no equilíbrio, estabilidade postural e nas
atividades diárias de idosos. O Pilates também auxilia na prevenção do
descondicionamento em pacientes idosos hospitalizados e pós internação, certo que
os exercícios se concentram na mecânica corporal adequada e postural para melhorar
a mobilidade e funcionalidade e evitar a perda rápida de massa muscular.
No estudo de KUO (2009), um programa de exercícios de Pilates
individualmente concebido para idosos saudáveis foi observado uma pequena
melhora na cifose torácica, porém os autores sugerem que mais estudos sejam
realizados com uma maior amostragem e uma duração maior do programa para
investigar qual a influência nas alterações posturais.
O método Pilates poderá ser utilizado também para o fortalecimento da
musculatura perineal como forma de tratamento para melhorar os sintomas de
disfunções do assoalho pélvico, de acordo com o estudo de CULLIGAN et al (2010).
Outros estudos como os de ALTAN (2011), também foram analisados. Estudos
estes em relação a espondilite anquilosante, uma doença inflamatória crônica,
caracterizada por quadro álgico, reduzida mobilidade da coluna e diminuição da
capacidade física e funcional, demonstrando melhora da capacidade funcional e
aumento da flexibilidade.
ALTAN (2009), realizou um estudo sobre o efeito do método Pilates em
pessoas com fibromialgia, onde pôde observar que os exercícios de Pilates melhorou
significativamente a dor.
Já o autor MARTINS (2013) relata que nas pesquisas de CURNOW (2009) e
MIYAMOTO (2011) foram analisadas melhoras sobre o tratamento da dor lombar
crônica e dor lombar baixa, respetivamente. Já no estudo de MELO (2011), analisou-
se a biomecânica do exercício de extensão do quadril realizado no Cadillac associado
ao torque de resistência e muscular, considerando molas na altura de fixação alta e
baixa.
O Método Pilates é simples, sem maiores riscos à saúde de quem o pratica e
com poucas contra-indicações, em que a maioria dos pacientes que são proibidos de
participar de programas de exercícios convencionais pode realizar os exercícios de
Pilates, pois os mesmos podem ser realizados no ritmo do paciente e com progressão
proporcional ao seu desempenho, pois os exercícios são prescritos de acordo com os
objetivos a serem alcançados, da mesma forma que a frequência com que devem ser
realizados, respeitando os níveis de aptidão e habilidades físicas individuais
(MIYAMOTO, 2011)

4 EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DO MÉTODO PILATES

BRIGATTO (2012) cita que os aparelhos e acessórios utilizados no método


Pilates são: Cadillac, Reformer, High Chair, Wunda Chair, Arm Chair, Ladder Barrel,
Spine Corrector, Mini Barrel, Wall Unit, Guillotine, Ped-o-pull. Além dos aparelhos são
utilizados acessórios como Magic Circle, Neck Stretcher, Foot Corrector, Toe
Exerciser, Push Up Device, Airplane Board e Sand Bag. Acessórios como a bola suíça,
meia bola suíça (bosu), banda elástica, cilindro de espuma, bastões, discos de rotação
ou disco de ar e halteres, foram introduzidos mais recentemente na prática do método,
especificamente no Mat Pilates.

4.1 Aparelhos

Cadillac Reformer

High Chair Wunda Chair


Arm Chai Ladder Barrel

Spine Corrector Mini Barrel

Wall Unit Guillotine


Ped-o-pull

4.2 Acessórios

Magic Circle Neck Stretcher

Foot Corrector Toe Exerciser


Push Up Device Airplane Board

Sand Bag Bola suíça

Meia bola suíça (bosu) Banda elástica

Cilindro de espuma Discos de rotação ou disco de ar


Bastões Halteres

5 MÉTODO CLÁSSICO

O Método Clássico divide a prática do Pilates em quatro níveis:


 Básico,
 Intermediário,
 Avançado e
 Super avançado.
De acordo com estudos de SEGAL (2004), citado por PICOLLI (2010), em cada
nível do método, o aluno deve desenvolver e desafiar o incremento do uso do Power
House, além do fortalecimento, flexibilidade, controle, resistência, alinhamento e
coordenação. O nível básico é considerado o mais importante para o desenvolvimento
do movimento com a máxima precisão e aprendizado dos princípios fundamentais do
método. Nesse nível os exercícios são executados na sua maioria na posição deitada,
havendo diminuição do impacto nas articulações e ligamentos. O sistema básico inclui
um programa de exercícios que fortalece a musculatura abdominal e paravertebral,
enfatizando também o crescimento axial e flexibilização da coluna.
Neste nível usa-se o Reformer (cadeia cinética fechada), o solo (mat) (cadeia
cinética aberta) e finaliza-se a aula com exercícios da parede ou pesos, enfocando
no crescimento axial pelo centro da força de acordo com os estudos de HAM (2007),
citado por PICOLLI (2010).
Segundo SACCO (2005), citado por PICOLLI (2010):

[...] o fato do aparelho Reformer possuir molas que proporcionam uma maior
resistência e em alguns momentos pode facilitar a execução dos movimentos
e simular situações rotineiras de atividade física, apresentando diferentes
graus de dificuldade. Isso gera uma evolução do indivíduo para a prática
aperfeiçoada, visando alcançar a posição de máximo esforço e eficiência para
o exercício. O uso de cadeia cinética fechada estimula forças
descompressivas nas articulações promovendo a nutrição e reduzindo o risco
degenerativo das mesmas.

O alicerce do Sistema Básico são oito exercícios do solo e vinte do


Reformer.
 A série básica do Método Clássico consiste dos seguintes exercícios no
solo: the hundred, roll up, leg circles, roll down, rolling like a ball, single
leg stretch, double leg stretch, spine stretch forward) (ISACOWITZ, 2006,
apud PICOLLI, 2010).
 No Reformer a série básica é: footwork toes, footwork arches, footwork
heels, tendon stretch, the hundred, leg circles, frog, stomach massage –
round, stomach massage– hands back, stomach massage – reach up,
short box – round, short box – flat, short box – side to side, short box –
the tree, elephant, knee stretch – round, knee stretch – arche, knee
stretch – knee off, running e pelvic lift.
 Para a finalização da aula é realizada a parede (the wall) com os
exercícios que seguem: Arm circle, the roll down, squats, saída da
parede.
 O exercício the hundred é repetido duas vezes durante a aula, no solo e
no Reformer.
Após o aluno ganhar consciência da utilização do Power House a aula finaliza
com a série dos pesos (the weight) substituindo a parede. No básico the weight é
composto por 90 degrees, arms at sides, standing curls (APARÍCIO, 2005, apud
PICOLLI, 2010).
Segundo GLADWELL (2006) citado por PICOLLI (2010), os exercícios básicos
devem se manter inalterados durante as três primeiras semanas de treinamento para
que o participante consiga ter maior controle da respiração e realize com domínio as
transições entre os exercícios. Isso proporciona maior ritmo de aula, e com o tempo
deve-se acrescentar exercícios novos do nível intermediário.
5.1 Nível intermediário

No nível intermediário os exercícios tornam-se mais complexos e rápidos,


exigindo maior controle e fluidez. Os praticantes são desafiados a conseguir uma
melhor execução nos movimentos do nível básico, devendo ser executados no mesmo
intervalo de tempo uma quantidade maior de exercícios. São introduzidos exercícios
em decúbito ventral, extensão de tronco, além de outros exercícios que diminuem a
base de sustentação do corpo, procurando melhorar a relação de equilíbrio entre
agonistas e antagonistas (MCARDLE, 2008 apud PICOLLI, 2010).
No sistema intermediário, além dos exercícios do básico, são acrescidos quinze
exercícios no solo e quatorze no Reformer (APARÍCIO, 2005, apud PICOLLI, 2010).
No solo (mat) temos o acréscimo dos seguintes exercícios: single straight
leg stretch, double straight leg stretch, criss cross, open leg rocker, corkscrew I, saw,
neck roll, single leg kicks, double leg kicks, neck pull, side kicks – front and back, side
kicks – up and down, side kicks - small circle, teaser I, seal (GLADWELL, 2006 apud
PICOLLI, 2010).
No Reformer incrementa-se o trabalho básico com os seguintes
exercícios: shortspine massage, coordination, long box – pulling straps, long box –
the ‘T’, long box - backstroke, long box – teaser, short box – twist/reach, long stretch,
down stretch, up stretch, stomach massage – twist, semi circle, side split e front splits.
E na série The weight acrescenta-se o the box, sides, the bug, zip up, shaving
(GLADWELL, 2006, apud PICOLLI, 2010).

5.2 Nível avançado e super avançado

No nível avançado e super avançado acontece a progressão da série com


incremento de novos exercícios e variações dos exercícios já conhecidos, como
extensões mais intensas da coluna, retirada de pernas e braços da base de suporte
(HAM, 2007, apud PICOLLI, 2010).
O tempo de 50 minutos são mantidos, porém, a quantidade de movimentos é
aumentada, bem como a resistência dos praticantes. O sistema super avançado ou
superstar, como também é conhecido, consiste em um programa diferenciado e eficaz
para atletas de alto nível e bailarinos, pois os movimentos requerem um excelente
fortalecimento, coordenação, equilíbrio e flexibilidade (SEGAL, 2004, apud PICOLLI,
2010).
Para desafiar o aluno em outras posições acontece progressivamente o
incremento de novos aparelhos como o Cadillac, Wunda, Electric Chair, Magic Circle
na rotina das aulas. Estes aparelhos não possuem uma sequência de exercícios a
serem aplicados em cada nível, sendo acrescidos conforme o desempenho do
praticante e suas necessidades especiais, relata SEGAL, 2004, citado por PICOLLI
(2010).

6 UTILIZAÇÃO DO MÉTODO PILATES: SISTEMA DE CONDICIONAMENTO


FÍSICO E REABILITAÇÃO

A força muscular é uma valência física de grande importância, pois é elemento


indispensável na realização de qualquer tipo de movimento, do mais elementar ao
mais complexo, assim como a resistência muscular localizada, capacidade de
realização e sustentação de um movimento por um segmento do corpo, por um longo
período de tempo (ROCHA, 2002, apud FERNANDES, 2011).
Segundo estudos de LIPOSCKI (2016), o Método Pilates utilizado como
reabilitação tem sido um recurso útil para uma intervenção eficaz em grande
quantidade de pacientes de todas as idades que apresentam diagnósticos e distúrbios
neurológicos, reumáticos, problemas ortopédicos e aspectos relacionados com a
saúde da mulher, visando melhorar o desempenho.
Segundo BLUM (2002) citado por LIPOSCKI (2016), o Pilates ainda surge como
forma de condicionamento físico particularmente interessado em proporcionar bem-
estar geral ao indivíduo, sendo assim capaz de proporcionar força, flexibilidade, boa
postura, controle motor, consciência e percepção corporal melhorada.

6.1 A importância da estabilização central no método Pilates

Segundo LOPES (2014), citado por MACHADO (2020), o método pilates atua
com exercícios que envolvem contrações isotônicas (concêntricas e excêntricas) e,
principalmente, isométricas, com ênfase no que Joseph denominou power house (ou
centro de força). Este centro de força é composto pelos músculos abdominais, glúteos
e paravertebrais lombares, que são responsáveis pela estabilização estática e
dinâmica do corpo. Então, durante os exercícios a expiração é associada à contração
do diafragma, do transverso abdominal e dos músculos do assoalho pélvico.
O treinamento de Estabilização Central, surgiu na década de 90 por meio da
contribuição de inúmeros pesquisadores, como Gwen Jull, Paul Hodges, Carolyn
Richardson, Julies Hides, Julie Sarhmann, entre muitos outros, no centro de pesquisa
da Universidade de Queensland, em Brisbane - Austrália, em associação a centros de
pesquisa europeus. Esse treinamento visa ao controle postural e à manutenção do
bom alinhamento do tronco, uma vez que se baseia no sinergismo com os músculos
abdominais, para o equilíbrio da pelve - região composta pelos músculos profundos
da pelve, coluna lombar e aqueles que cruzam a articulação coxofemoral (MARÉS,
2012).
O músculo transverso do abdômen é ativado, em indivíduos normais, antes de
ser iniciado um movimento com os membros. Na presença de lombalgia esta ativação
é mais lenta, apontando com isso a importância de um trabalho de estabilização
(PIRES, 2005, apud MACHADO, 2020).
MARÉS (2012) cita que o programa de treinamento de estabilização central
é criado para ajudar o indivíduo a obter ganhos de força, controle neuromuscular,
potência e resistência muscular, com o objetivo de facilitar o funcionamento muscular
equilibrado de toda a cadeia cinética.
A função do CORE segundo MARÉS (2012) é:

[...] estabilizar a coluna e a pélvis durante os movimentos, manter um


adequado alinhamento da coluna contra a ação da gravidade, localizar o
nosso centro de gravidade, criar movimentos eficientes da cadeia cinética,
propiciar uma base de suporte para os movimentos dos membros (origem do
movimento), gerar força para os movimentos do tronco e prevenir lesões.

O CORE é uma unidade integrada, o sistema ativo é somente uma parte da


unidade. Para que ele funcione de forma adequada, é preciso que haja uma
coordenação eficiente entre os três sistemas (passivo, ativo e nervoso). Disfunções
(alterações) em qualquer um dos três sistemas pode interferir negativamente na
operação dos outros sistemas (O'SULLIVAN, 2000, apud MARÉ, 2012).
No treinamento do CORE, os músculos devem ser suficientemente fortes para
estabilizar, mas também devem ser recrutados de forma apropriada.
Tradicionalmente, o treinamento do CORE tem se caracterizado por treinar os grandes
músculos globais. Negligenciar os músculos locais pode deixá-los "potencialmente"
enfraquecidos e, assim, afetar a estabilidade da coluna, relata HOUGLUM (2005),
citado por MARÉ (2012).
Os benefícios do treinamento do CORE são:
 Assegura um apropriado equilíbrio muscular,
 Propicia a estabilidade,
 Aumenta a força postural dinâmica e
 Assegura o funcionamento apropriado da cadeia cinética por inteiro.
Todos esses benefícios podem ser sumarizados em um único termo: eficiência
neuromuscular (MARÉ (2012).

6.2 Utilização do método pilates

O Método Pilates utiliza o corpo como mediador do desenvolvimento físico e


mental, com ênfase na concentração, conscientização e qualidade do movimento.
Abrange exercícios de alongamento e fortalecimento muscular realizados em
aparelhos específicos ou no solo, envolve contrações concêntricas, excêntricas e,
principalmente isométricas, com destaque no recrutamento dos músculos do
Powerhouse, o qual é responsável pela estabilização do corpo (MARÉS, 2012, apud
SCHMIT, 2016).
Na esfera da saúde, o Método Pilates tem sido utilizado para o desenvolvimento
de capacidades físicas condicionantes, fins terapêuticos, alinhamento postural, bem-
estar e disciplina mental (EMERY, 2010, apud SCHMIT, 2016).
Considerando que o Método prioriza a ativação dos músculos posturais, há
uma crença entre os profissionais que a sua prática sistemática pode promover
ajustes positivos no alinhamento postura (SINZATO, 2013, apud SCHMIT, 2016)
Segundo COMUELLO (2011), citado por LIPOSCKI (2016), os exercícios de
Pilates podem ser praticados:
 Por pessoas que buscam a prática de atividade física,
 Por indivíduos com patologia que necessitam de reabilitação,
principalmente as desordens neurológicas, dores crônicas e problemas
ortopédicos, destacando-se as disfunções na coluna vertebral.
A Associação Brasileira de Pilates (2014), cita que as aulas/ sessões podem
ser individuais ou em grupos de até três pessoas. Isso para que as séries possam ser
adaptadas às necessidades de cada praticante e também para que o instrutor possa
dedicar atenção à qualidade dos movimentos de cada um.
DI LORENZO (2011), citado por LIPOSCKI (2016), relata que para a utilização
do Método Pilates tanto de forma clínica ou para reabilitação, é imprescindível que o
profissional conheça:
 Suas aplicações,
 Contraindicações,
 Forma de utilização
 Técnica de forma adequada às alterações apresentadas (pelo paciente).
Além disso, as elevadas exigências neuromusculares do Método clássico
devem ser adaptadas, e sua adaptação na reabilitação é desafiadora.

7 AVALIAÇÃO E PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO POSTURAL COM


EXERCÍCIOS

Fonte: novafisio.com.br

De acordo com SAVIAN et al. (2007), citado por SANTOS (2018), a avaliação
postural é o passo inicial para qualquer tratamento fisioterapêutico. A partir do
alinhamento dos segmentos corporais cria-se uma hipótese de distribuição de carga
e solicitação mecânica para estruturas como músculos, ligamentos e articulações.
Mesmo pessoas que não referem nenhuma dor no sistema musculoesquelético,
apresentam alterações na postura.
Essa avaliação tem como objetivo visualizar e determinar possíveis alterações
posturais incorretas. A avaliação do alinhamento corporal deve ser realizada nos
planos sagital, coronal e horizontal e nas visões anterior, posterior e lateral. Deve-se
considerar que o controle da postura estática se diminui com a idade, devido a isso o
indivíduo idoso não sustentará por muito tempo (TAVARES, 2012).
Para uma avaliação postural fidedigna e confiável, além da análise da simetria
postural, pode-se dispor de recursos informatizados, como é o caso da fotogrametria
computadorizada. Sua utilização facilita a quantificação das variáveis morfológicas
relacionadas à postura, trazendo dados mais confiáveis do que aqueles obtidos pela
observação visual. Esse fato é importante tanto para a credibilidade da fisioterapia
clínica quanto para a confiabilidade das pesquisas em reabilitação (IUNES et al, 2005,
apud SAVIAN, 2007).
FERREIRA (2013) citado por RADMANNC (2019), diz que a postura do corpo
humano está relacionada diretamente com a sua saúde e é definida como o
alinhamento dos segmentos do corpo em relação aos próprios segmentos, ao meio
ambiente e em determinado momento. Considera-se boa postura quando há uma
sincronia harmoniosa entre as forças impostas, havendo equilíbrio muscular e
ausência de compensações. Por outro lado, a má postura ocorre quando há
desequilíbrio dessa harmonia, podendo trazer complicações musculoesqueléticas,
dores e até mesmo problemas respiratórios.
Em qualquer etapa desse processo evolutivo podem ocorrer estados
patológicos ou fatores de distúrbio no controle postural do corpo, como hipocinesia,
vícios posturais e alterações posturais, ou então, podem acontecer distúrbios no
desenvolvimento simétrico do sistema locomotor, e as desarmonias morfocinéticas
que ficarão evidentes e falsearão a mecânica dos movimentos, variando, por exemplo,
os pontos de aplicação das forças musculares e a fisiologia da cinesia (BANKOFF et
al., 2003, apud RADMANNC, 2019).
Adotar uma posição incorreta por muito tempo, por exemplo, sentar de forma
inadequada, numa cadeira sem encosto ou repouso para os braços, pode provocar
tensões e contraturas musculares, causando adaptações indevidas na postura
corporal estática ou dinâmica, consequentemente evoluindo para dor. Uma forma de
prevenir e tratar desalinhamentos posturais ocorre por meio do método Pilates
(COSTA et al., 2012, apud RADMANNC, 2019).
Segundo POLLOCK et al., (2000), citado por RADMANNC (2019),
tradicionalmente tem-se preconizado a importância dos exercícios contínuos para a
promoção de saúde e para proporcionar efeitos benéficos sobre a aptidão muscular
(força e resistência), metabolismo, função cardiovascular, fatores de risco e bem-
estar. Devido a isso, o método Pilates vem sendo praticado por grande parte da
população em busca de soluções para suas algias, alinhamento postural ou ainda de
forma preventiva.

8 PRESERVAÇÃO DA POSTURA CORPORAL

Fonte: fisiopilates.com.br

O controle postural normal exige uma interação entre os diversos sistemas


sensoriais, centros neurais integradores, vias descendentes de controle e sistema
músculo-esquelético. Segundo SOARES (2010), cabe lembrar, que estes aspectos
intrínsecos do indivíduo, interagem com outros, relacionados com o ambiente e com
as demandas naturais exigidas no contexto que resultará a ação ou tarefa.
Para um indivíduo se manter estável a habilidade de constantemente controlar
o corpo diante a perturbações internas e externas é essencial. Essas perturbações
podem ser provenientes de forças da gravidade ou relativas à superfície de apoio dos
pés, bem como pela realização de movimentos voluntários do próprio corpo ou partes
dele, como relata LATASH (1998), citado por KLEINER (2019).
O controle postural está presente em cada movimento realizado, onde
contrações musculares apropriadas ocorrem baseadas em informações sensoriais
garantindo a posição corporal desejada. Estas informações sensoriais, provenientes
dos sistemas visuais, vestibulares, auditivos e somatossensoriais auxiliam o Sistema
Nervoso Central na realização de ajustes posturais. Cada sistema sensorial fornece
informações com características únicas, pois cada classe de receptores opera de
maneira correta em relação a frequência e amplitude específicas (KLEINER, 2019).
De acordo com KLEINER (2019), para termos a manutenção e controle
postural, temos que garantir as informações sensoriais visuais, vestibulares, auditivas
e somatossensoriais.

8.1 Informações sensoriais e o equilíbrio postural

Fonte:revistapilates.com.br

Três modalidades sensoriais são responsáveis pela orientação postural:


 Propriocepção: que é responsável pelo senso de posição e movimento
de uma parte do corpo relativa à outra parte do corpo;
 Expropriocepção: responsável pela sensação de posição e movimento
de uma parte do corpo em relação ao ambiente; e
 Exterocepção: que é responsável por localizar um objeto no ambiente
em relação a outro.
Segundo HORAK (1996), citado por KLEINER (2019), o sistema vestibular é
puramente exproprioceptivo, o sistema auditivo é exproprio e exteroceptivo e o
sistema somatossensorial é exproprioceptivo e proprioceptivo, enquanto o sistema
visual é influenciado pela interação destas três modalidades. É reconhecido que a
participação de cada sistema sensorial na orientação e no equilíbrio postural é
dependente do tipo de tarefa que está sendo executada e do contexto onde a mesma
é realizada.
 Sistema Visual
O sistema visual é considerado, entre os sistemas sensoriais, o mais complexo.
A importância do sistema visual para o controle postural é principalmente relacionada
à estabilização da oscilação corporal. Vários estudos demonstram que durante a
manutenção da postura ereta estática, a oscilação corporal aumenta até mais que o
dobro quando a informação visual não está disponível. Desta forma, essa informação
atua como uma fonte de informação sensorial que propicia uma melhora do
desempenho do sistema de controle postural.
Entretanto, PAULUS (1984) citado por KLEINER (2019), observou que a
contribuição do sistema visual para o controle postural não está apenas restrita em
manter os olhos abertos, mas também depende das características do estímulo visual.
 Sistema somatossensorial
O sistema somatossensorial difere dos outros sistemas sensoriais porque seus
receptores estão espalhados pelo corpo humano. Estes receptores respondem a
diferentes tipos de estímulos como toque, temperatura, posição do corpo e dor. Cabe
ao sistema nervoso central interpretar a atividade dos receptores e utilizá-los para
gerar percepções coerentes com a realidade (KLEINER, 2019).
 Sistema Vestibular
A ausência ou a falha da informação vestibular pode alterar o controle da
postura. Para manter o controle da postura ereta, o controle postural seleciona
estratégias apropriadas. Duas das estratégias posturais mais estudadas são a
estratégia do tornozelo e a estratégia do quadril, que se diferenciam, entre outros
aspectos, pelo grupo muscular recrutado durante uma instabilidade postural no plano
sagital. A ausência da informação vestibular resulta na ausência da estratégia do
quadril e sugere que a informação vestibular é necessária quando a tarefa de equilíbrio
dinâmico requer o uso da estratégia do quadril.
Também observam que na ausência de informação somatossensorial, o ajuste
postural compensatório baseia-se na estratégia do quadril. No entanto, HORAK
(1990), citado por KLEINER (2019), relata que a ausência de um desses sistemas é
suficiente para atrasar ou desorganizar a resposta postural. Pode-se dizer ainda que
o sistema vestibular orienta as informações geradas pelos movimentos da cabeça
durante as posturas estáticas e dinâmicas do corpo diante da gravidade.
 Sistema Auditivo
O ouvido e os órgãos vestibulares são anatomicamente localizados próximos
uns dos outros, compartilham a circulação sanguínea, são inervados pelo 8º nervo
craniano, e têm mecanorreceptores sensoriais, os quais detectam o som, movimentos
da cabeça e orientação espacial (EUCI, 2006, apud KLEINER, 2019).
De acordo com PURCHASE-HELZENER (2004), algumas evidências apontam
que os acidentes domésticos, em sua maioria quedas, são mais comuns em pessoas
com problemas auditivos do que com pessoas que não possuem tais problemas.
Entretanto, outros estudos encontraram uma pequena ou nenhuma associação entre
acuidade visual e equilíbrio postural ou quedas.

8.2 Correção de distúrbios da postura

Fonte: tuasaude.com

O controle postural é o controle dos arranjos dos segmentos corporais baseado


em informações sensoriais de diferentes fontes. Estas informações permitem formar
uma representação interna do ambiente, representando e reconhecendo a posição do
movimento de cada parte do corpo.
Segundo POLASTRI (2005), não há controle postural sem que haja integração
das informações sensoriais, pois existe uma forte relação entre informação sensorial
e ação motora. O início da informação sensorial influencia na realização das
atividades motoras, ao mesmo tempo, em que a realização de uma ação motora
influencia o modo como a informação sensorial é obtida.
O mesmo autor ainda relata que a integração de todas as modalidades
sensoriais fornece conflito algumas vezes, ao sistema, ou seja, o sistema não sabe
ao certo qual informação é mais coerente, dando pesos diferentes para cada uma
delas. Na falta de uma informação, outro sistema pode aumentar sua capacidade de
perceber o movimento do corpo ou o movimento do ambiente. E por fim, as bases do
controle postural estão relacionadas com vários fatores, sendo o primeiro deles o
funcionamento do sistema nervoso central em harmonia com os outros sistemas, pois
é ele que processa as informações sensoriais e envia comandos para as respostas
musculares. As respostas musculares por sua vez, são dependentes da grandeza do
estímulo. Quando o estímulo é pequeno a ativação muscular ocorre no nível do
tornozelo, quando a perturbação é maior, a ativação pode ser ao nível do quadril ou
ainda uma reação mista, assim como as reações antecipatórias e reativas, que
dependem do bom funcionamento do sistema nervoso central e suas vias para o
controle da postura e a orientação no espaço (CASTRO, 2002).

9 O EFEITO DO MÉTODO PILATES

A prática de exercícios físicos nos dias de hoje é, cada vez mais, recomendada
pelo bem-estar que promove, diminuindo os níveis de estresse e seus efeitos nocivos
à saúde, e como proteção às doenças cardiovasculares (38). Adultos que praticam
atividade física regularmente apresentam aumento da longevidade, independente do
sexo e da idade (42). As alterações nas respostas metabólicas ao exercício e às
adaptações ao treinamento induzido possibilitam respostas bioquímicas (adaptações
nas atividades enzimáticas e na capacidade de oxidar lipídio) e adaptações
cardiovasculares
Uma das propostas de treinamento que alia séries de exercícios resistidos a
exercícios isométricos é o Método Pilates, que se apresenta como uma atividade física
amplamente difundida e procurada devido à resposta receptiva entre seus praticantes.
9.1 Na marcha e no equilíbrio de idosos

Para CAMARÃO (2004), citado por QUADROS JUNIOR (2011), através da


prática regular com o método Pilates, o indivíduo adquire mais coordenação, equilíbrio
e flexibilidade, independentemente da idade, melhorando assim a qualidade de vida e
com resultados rápidos. O autor ainda justifica que a receptividade dos idosos frente
ao método se deve ao “respeito aos limites do corpo que evita lesões e desgaste físico.
Isso é bom para todos, até para quem está se recuperando de um derrame”. No estudo
entre os pacientes, dez deles que compuseram a mostra final, já haviam sofrido um
episódio de acidente vascular cerebral e possuíam sequelas relacionadas à doença,
como déficit de força no lado contralateral à lesão cerebral, diminuição da capacidade
proprioceptiva e da flexibilidade também no lado contralateral à lesão. O fato
interessante foi que estes pacientes obtiveram maior diferença após o tratamento,
tanto na avaliação do equilíbrio como na marcha.

9.2 Na melhora do equilíbrio estático e dinâmico

O controle do equilíbrio corporal humano pode ser definido como a manutenção


de uma postura estática com a menor oscilação nas bases (pés) e/ou manutenção de
uma postura durante a realização de uma habilidade dinâmica, como cita SILVEIRA
et al, 2006).
Já a postura é controlada por um sistema de suporte, estabilidade e equilíbrio.
Este complexo sistema engloba percepção, estímulos, planejamento e execução da
postura exigida para o movimento desejado, de acordo com NEWTON, 2004, citado
por LIMA (2015).
Segundo SOUZA et. al., (2006), o equilíbrio postural necessita da soma de
sinais visuais e proprioceptivos para ativar a musculatura que realizará a tarefa
desejada e a região cervical tem papel na postura, construção corporal, manutenção
do olhar e estabilização corporal.
9.3 Na melhora da coordenação motora

A coordenação motora atua, constantemente, em gestos de precisão e,


portanto, sua presença faz-se constante no método Pilates, uma vez que ele vale-se
da precisão como um princípio fundamental na execução de seus exercícios; estes
podem exigir a coordenação em diversos momentos, envolvendo e recrutando a
habilidade em movimentos com diferentes graus de complexidade, podendo também
simular movimentos contínuos semelhantes aos do dia-a-dia, envolvendo múltiplos
segmentos corporais interligados (SPIRDUSO, 2005, apud FERNANDES, 2011).

9.4 Sobre a função cardiorrespiratória

JESUS (2015), citado por FURTADO (2019), afirma que o método Pilates
apresenta como benefícios: melhora do condicionamento físico; estímulo da
circulação cardiovascular; trabalha a coordenação motora; promove alongamento
muscular e ganho de amplitude de movimento; aumenta a força muscular e a
flexibilidade; coordena a respiração, além de melhorar a qualidade de vida do
indivíduo.
Os benefícios dos exercícios do método Pilates e seu possível impacto nas
alterações cardiopulmonares, é um tema pouco discutido na literatura.

9.5 Na melhora da capacidade respiratória

Segundo SANTOS (2015), citado por KAJEVSKI (2017), a respiração é


especifica durante os exercícios, é denominada respiração lateral. Este tipo de
respiração evita a expansão do abdome para não deixar a região lombar desprotegida
e utiliza os músculos torácicos e costais para gerar a expansão lateral da caixa
torácica aumentando assim o espaço para os pulmões se expandirem, influenciando
os volumes pulmonares em indivíduos saudáveis.
Os exercícios se atentam a ativar e contrair os músculos profundos
estabilizadores do tronco associados à respiração: os intertransversais, os
interespinhais, os multífidos e os eretores da espinha seguem os princípios do
método, como contração dos músculos multífidos e transverso abdominal associados
à respiração.
O movimento do músculo diafragma é oposto do músculo transverso do
abdômen, mas acaba fazendo parte da contração do abdômen e, sendo fortalecido,
promove uma melhora na força muscular respiratória do praticante. A respiração
diafragmática é vastamente utilizada na reabilitação de paciente com doenças
pulmonares (CANCELLIERO-GAIAD, 2014, apud TORCINELLI, 2019).

9.6 No fortalecimento da musculatura pélvica

Fonte: fisiopilates.com.br

Os músculos levantadores do ânus coccígeo que têm importantes funções,


contraem-se para manter a continência urinária e fecal e relaxam-se permitindo
esvaziamento intestinal e vesical, evitam o deslocamento dos órgãos pélvicos e
participam da responsividade sexual feminina normal. A incontinência urinária, a
incontinência fecal o prolapso de órgãos pélvicos e as disfunções sexuais são
problemas que acometem um grande número de pessoas em todo o mundo. A
respiração utilizada pelo indivíduo durante a prática do método auxilia no uso correto
do assoalho pélvico que é formado pelos BEREK, 2005, apud KAJEVSKI, 2017).

9.7 No fortalecimento muscular localizado ou global

Os exercícios de fortalecimento muscular atuam no aumento do recrutamento


de unidades motoras, favorecendo a capacidade e o timing na geração de força,
reduzindo a rigidez muscular e a hiperativação reflexa e preservando a extensibilidade
funcional dos músculos. O fortalecimento muscular ainda proporciona o aprendizado
motor traduzido pelo desenvolvimento de padrões neuromotores de coordenação por
meio da prática da ação específica (DA COSTA 2015).
O método pilates tem como vantagens a melhora dos níveis de consciência
corporal e a coordenação motora. Os exercícios de Pilates são, na sua maior parte,
realizados na posição deitada, havendo assim redução dos impactos nas articulações
de sustentação do corpo na posição ortostática. Os exercícios de Pilates realizados
no solo ou bola causam resultados significativos no ganho de força muscular. Os
exercícios do método Pilates são à base de uma ampla exigência de equilíbrio, de
ajuste postural, concentração e força muscular segundo relato de

9.8 No aumento da flexibilidade

Fonte: fisiopilates.com.br

A flexibilidade é considerada um dos mais importantes componentes da aptidão


física. Um grau satisfatório de flexibilidade é fundamental para realização das
atividades da vida diária, autonomia funcional e saúde geral do indivíduo. Entre os
fatores que deterioraram a flexibilidade, podemos enfatizar o processo de
envelhecimento e o destreinamento (RODRIGUES, 2010, apud MACEDO, 2016).
Ao contrário da maioria das outras capacidades biomotoras, segundo
GONÇALVES (2004) citado por FERNANDES (2011), a flexibilidade se caracteriza
por manifestar seu valor máximo na infância e adolescência e, a partir daí se reduzir.
Assim, a diminuição dos níveis de flexibilidade, com a restrição na amplitude de
movimentos das grandes articulações, torna-se maior no período do envelhecimento,
podendo afetar de maneira negativa as funções físicas e qualidade de vida de idosos.
Um programa bem escalonado de alongamento pode contrabalançar seu declínio
habitual no idoso, mantendo a elasticidade dos músculos, tendões e ligamentos,
melhorando o equilíbrio e agilidade.
Achados na literatura apontam que uma boa flexibilidade de ombros tem
relação positiva com o desempenho funcional e a prática de aulas do Método Pilates,
inclusive estando associada à diminuição do quadro álgico na região do pescoço e
ombro de acordo com relatos de EMERY (2010), citado por MACEDO (2016).
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