Você está na página 1de 52

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI – IDEAU

CURSO DE FISIOTERAPIA

SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR


Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica

Prof. Dra. Lisiane Piazza Luza


TÓPICOS DA AULA

SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR


Definição
Etiologia
Sintomas
Avaliação
Tratamentos
 Evidências científicas
 Guidelines
SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR
Dor difusa na região anterior do joelho, geralmente de início insidioso e
progressão lenta, gerando déficits funcionais que comprometem as atividades
diárias;

25% lesões que acometem articulação do joelho;

Incidência maior em populações fisicamente ativas e adultos jovens;

Mais frequente em mulheres.


Desequilíbrio nos
Mal tecidos moles
Fraqueza
alinhamento peripatelares
muscular
patelar

Redução da
Desequilibrio
nos vastos Etiologia flexibilidade
dos MMII
Multifatorial

Anormalidades na
Uso excessivo biomecânica dos
dos MMII MMII
Anormalidades
ósseas
SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR
Relação entre a SDPF e alterações no alinhamento estático dos MMII (ângulo Q e
retropé)????
Resumo dos achados da literatura que explicam a patogênese da SDFP (Peterson et al., 2014)
SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR
Retropatelar ou ao longo das bordas mediais e laterais da patela;
SÍNDROME DA DOR FEMOROPATELAR
Flexão – aumenta as forças de reação e área de contato na PF.
Forças de Reação na FP
Marcha  0,3 vezes peso corporal;
Subir escadas  2,5 vezes peso corporal;
Descer escadas  3,5 vezes peso corporal;
Agachamento  7 vezes peso corporal.
Forças que atuam sobre a patela
Área de contato patelofemoral
Área de contato PF varia com a flexão e extensão do joelho;
Contato PF - de inferior para superior com o aumento da flexão;
Área de contato aumenta significativamente de 0 a 30 graus e de 30 a 60 graus,
de 60 a 90 graus a área não tem a mesma proporção de aumento.
Testes Funcionais
Agachar a 90° por 30 seg;
Descer step (25cm altura)por 30 seg.
QUESTIONÁRIO DE KUJALA
 26 sujeitos com SDPF e 31 clinicamente saudáveis;
 Ficha de avaliação e Questionário de Kujala;
 Testes funcionais: agachar e subir/descer de um step por 30 segundos, deambular por 8m em superfície
plana, subir/descer de uma escada e de uma rampa;
 EVA antes e após cada atividade;

 Resultados: GSDPF – menor pontuação no Kujala; Dos 26 sujeitos com SDPF, 23 relataram dor ao
agachar, 18 ao subir/descer escadas, 25 ao ajoelhar, 14 ao correr, 16 ao ficar sentado por tempo
prolongado e 9 ao praticar esportes. Avaliação pela EVA – aumento da dor após agachar,
subir/descer step, caminhar em superfície plana, subir/descer escada e rampa.

 Conclusões: SDPF pode levar a dor e limitações funcionais que comprometem a realização das
AVD’s.
 Objetivo: avaliar as características baropodométricas durante a fase de apoio da marcha em
escadas e rampa de sujeitos com e sem síndrome da dor patelofemoral (SDPF).
 24 SDPF e 31 GC
 Variáveis: pico de pressão, área de contato e tempo de contato em seis regiões plantares (antepé medial, antepé
lateral, médio pé, retropé medial, retropé central e retropé lateral), por meio do sistema Pedar-X, durante a realização
de quatro atividades funcionais (subir e descer escadas e rampa).

 Resultados: Não foram observadas diferenças entre os grupos em relação ao pico de pressão, área
de contato e tempo de contato nas seis regiões plantares analisadas durante as quatro atividades
funcionais. Houve exacerbação da dor dos sujeitos após a realização das quatro atividades
funcionais.
SDFP - Tratamento
Como a SPF possui vários fatores causais, antes de iniciar o processo de
recuperação funcional, deve ser detectada qual a principal alteração que causou
este acometimento.
SDFP - Tratamento
Redução da dor;

Alongamentos dos MMII;

Mobilizações patelares;
SDFP - Tratamento
Fortalecimentos musculares principalmente do mecanismo extensor.
VMO - Atrofiado ou
inibido na SDPF...

Recrutamento seletivo
do VMO???

- Exercícios em CCF;
- Graus finais de extensão.

CCA X CCF ???


SDFP - Tratamento
Alguns estudos não demonstraram diferenças entre os 2 tipos de exercícios;

 Fehr et al, 2006  houve melhora da dor e funcionalidade tanto ao realizar exercícios
em CCA quanto CCF, porém, encontraram maior ativação do VMO em CCF.

Cabral et al (2008)  tratamentos baseados no fortalecimento do músculo quadríceps


femoral possibilitaram melhoras importantes nos principais sinais e sintomas
apresentados pelos pacientes, não havendo diferenças evidentes entre os realizados em
CCA e CCF.
SDFP - Tratamento
A força de contato PF varia com o exercício em CCA e CCF. No exercício em CCA, a área
de contato diminui e a força aumenta à medida que o joelho é estendido. Este exercício
pode ser realizado de 0 a 15 graus e de 50 a 90 graus.

No exercício de CCF, a área de contato e a força aumentam com o aumento da flexão do
joelho. Como a área de contato não aumenta a partir de 60 graus e a força continua
aumentando, ocorre a partir daí um excesso de pressão na articulação patelofemoral.
Então no exercício de CCF, a angulação deve ser de 0 a próximo de 50 graus.
SDFP - Tratamento
Tapings / órteses para correção de pronação excessiva.
Taping patelar (patela medializada, lateralizada, inclinada).

Tapings  produzem um alongamento de maior duração nas estruturas da patela


– retináculos – e alonga o colágeno de forma mais eficiente que outras formas de
alongamento.

Treino de marcha (observar se pacientes adotam estratégias para redução dos sintomas);
Treino proprioceptivo;
Restringir atividades que aumentem a dor;
Efeitos do taping patelar no pico de torque do
quadríceps e percepção de dor.

Efeitos do taping patellar corretivo no pico de torque do quadríceps e nos níveis de


percepção de dor nos indivíduos com SDPF, enquanto realizam a contração máxima do
quadríceps.

14 pacientes com diagnóstico clínico tiveram o pico de torque concêntrico e excêntrico
avaliados em um dinamômetro isocinético - com e sem o taping corretivo na patela.

Em todos os sujeitos, o taping patelar reduziu os níveis de percepção de dor e aumentou
o pico de torque durante ambos os modos de contração, concêntrica e excêntrica em
ambas velocidades.

HERRINGTON, L. The effect of patellar taping on quadriceps peak torque and perceived pain: a preliminary study. Physical Therapy in Sport, v.2, p.23-28, 2001.
Efeitos do taping patelar no pico de torque do
quadríceps e percepção de dor.
Reposicionamento da patela traz mudanças na alavanca
oferecida ao quadríceps pela patela, maximizando as
vantagens mecânicas do quadríceps

Aumento no Taping reduz a inibição do quadríceps causando um


torque aumento no pico de torque.
após taping
Taping diminui a carga mecânica que irrita e edemacia os
tecidos moles periarticulares, bem como a sinóvia, aliviando
instantaneamente a dor

Com uma maior vantagem mecânica, uma menor força do


quadríceps é necessária para produzir o mesmo pico de
torque.

HERRINGTON, L. The effect of patellar taping on quadriceps peak torque and perceived pain: a preliminary study. Physical Therapy in Sport, v.2, p.23-28, 2001.
McConnel Taping
 52 mulheres: 23 GSDPF e 29 GC;

 Avaliação isocinética: PT e trabalho dos flexores e extensores do joelho;


 Dor: EVA antes e após isocinético;
 Funcionalidade: Questionário de Kujala;

 Conclusões: Sujeitos com SDPF apresentaram menor capacidade funcional, menor pico de torque
e trabalho dos flexores e extensores do joelho, sugerindo que o fortalecimento desta musculatura
deve ser considerado na reabilitação desses sujeitos.
 Objetivo: comparar o PT e o trabalho dos flexores e extensores do joelho entre sujeitos com SDPF
bilateral, unilateral e sujeitos assintomáticos;

 10 sujeitos com SDPF unilateral; 13 com SDPF bilateral e 16 assintomáticos;

 Conclusões: Ao final deste estudo concluiu-se que há diferenças no torque do joelho entre
sujeitos com sintomatologia unilateral e sujeitos assintomáticos bem como no trabalho muscular
entre sujeitos com sintomas unilateral, bilateral e assintomáticos, necessitando de estratégias de
intervenção diferenciadas entre estes sujeitos.
Envolvimento do quadril no desenvolvimento da SDFP

Souza, Powers (2009)

Aumento na RI do quadril durante a realização de atividades funcionais acompanhado por


uma redução na força da musculatura do quadril e aumento na intensidade do sinal EMG
do glúteo máximo em mulheres com SDPF.

O aumento na ativação do GM pode ter sido uma tentativa destes sujeitos de recrutar um
músculo enfraquecido, talvez como um esforço para estabilizar a articulação do quadril.

SOUZA, R.B.; POWERS, C.M. Differences in hip kinematics, muscle strenght, and muscle activation between subjects with and without patellofemoral pain. JOSPT. v.39,n.1,2009.
33 mulheres com SDPF divididas em 2 grupos: fortalecimento do quadril ou do
quadríceps por 4 semanas;

Após as 4 semanas, ambos grupos realizaram o mesmo protocolo de exercícios


funcionais;

Avaliou-se a dor, função (descer step de 20cm por 30s) e força isométrica (abdutores do
quadril, rotadores externos e extensores do joelho)
Protocolo utilizado
1°) Alongamento quadríceps, isquitobiais e tríceps sural;
2°) Exercícios 3x por semana para o quadríceps ou abdutores e rotadores externos do
quadril.
3°) Após 4 semanas – reavaliação.
4°) Atividades funcionais de sustentação de peso e equilíbrio –
mais 4 semanas.
5°) Reavaliação.
Resultados
Dor após 4 semanas foi menor no grupo do quadril

 Ambas abordagens de reabilitação


melhoraram a função e a dor.

 Nos sujeitos com SDPF, um fortalecimento


inicial do quadril pode permitir uma
dissipação mais cedo da dor do que
exercícios focados no quadríceps.
Resultados

 Após as 8 semanas houve um aumento de


21% na força dos abdutores do quadril,
também melhorou a força dos RE,
enquanto que não houve mudanças no
grupo do quadríceps.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 DIAGNÓSTICO
 Buscar a reprodução da dor retropatelar ou peripatelar durante o agachamento como um teste
diagnóstico para a SDPF. Também deve realizar atividades funcionais que gerem sobrecarga sobre a PF
em uma posição de flexão, como subir e descer escadas, como um teste diagnóstico para a SDPF.

 O diagnóstico deve ser feito seguindo os seguintes critérios: 1) presença de dor retropatelar ou
peripatelar; 2) reprodução da dor retropatelar ou peripatelar com agachamento, subir escadas, ficar
muito tempo sentado ou outras atividades funcionais que gerem sobrecarga na PF em uma posição de
flexão e 3) exclusão de todas as outras condições que podem causar dor anterior no joelho, incluindo
patologias tibiofemorais.

 Deve-se usar o tilt test na presença de hipomobilidade para dar suporte ao diagnóstico da SDPF.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 CLASSIFICAÇÃO

 Devido à ausência de um sistema prévio de classificação válido para a SDPF, este guia
de prática clínica propôs uma classificação que consiste em 4 subcategorias
relacionadas à Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. O
sistema de classificação proposto é baseado nas evidências científicas publicadas. As
subcategorias são nomeadas de acordo com deficiências previamente documentadas
em pessoas com SDPF. Desta forma, os profissionais devem considerar o uso desta
classificação baseada na deficiência e funcionalidade como um guia para o tratamento
de pacientes com SDPF.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO EM SUBCATEGORIAS COM BASE NA DEFICIÊNCIA E NA FUNCIONALIDADE

1. Uso excessivo / sobrecarga sem outras deficiências: uma subcategoria de indivíduos com SDPF pode ter
dor primariamente devido ao sobreuso / sobrecarga. Classificação do paciente nesta subcategoria ocorre com um
nível razoável de exatidão quando o paciente história sugestiva de aumento na magnitude e/ou frequência de cargas
sobre a articulação patelofemoral em um nível que ultrapassa a habilidade dos tecidos de recuperação.

2. Déficits no desempenho muscular: uma subcategoria de sujeitos com SDPF pode responder de forma
favorável a exercícios de resistência para o quadril e o joelho. Classificação nesta subcategoria é feita com um razoável
nível de exatidão quando os pacientes apresentam déficits no desempenho dos músculos do quadril e no quadríceps.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO EM SUBCATEGORIAS COM BASE NA DEFICIÊNCIA E NA FUNCIONALIDADE
3. Déficits de coordenação dos movimentos: uma subcategoria de sujeitos com SDPF podem responder de forma
favorável à intervenções que envolvam um retreinamento da marcha e reeducação dos movimentos conduzindo a melhoras
na cinemática dos membros inferiores e melhora na dor, sugerindo a importância de se avaliar o valgo dinâmico do joelho
durante os movimentos. O diagnóstico da SDPF associada à déficits na coordenação dos movimentos é feito com um nível
razoável de exatidão quando o paciente apresenta excessivo ou pobre controle do valgo do joelho durante uma tarefa
dinâmica, mas não necessariamente devido à fraqueza da musculatura da extremidade inferior.

4. Déficits de mobilidade: uma subcategoria de sujeitos com SDPF pode apresentar deficiências relacionadas
tanto à hipermobilidade quanto à hipomobilidade das estruturas. O diagnóstico da SDPF com déficits na mobilidade é
feito com um nível razoável de exatidão quando o paciente apresenta mobilidade maior do que o normal do pé e/ou
déficits de flexibilidade de uma ou mais das seguintes estruturas: isquiotibiais, quadríceps, gastrocnêmio, sóleo,
retináculo lateral ou banda iliotibial.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 AVALIAÇÃO – LIMITAÇÕES NAS ATIVIDADES / MEDIDAS DE AUTO RELATO
 Profissionais devem utilizer o “Anterior Knee Pain Scale” (AKPS), “Patellofemoral pain and
osteoarthritis subscale of the Knee injury and Osteoarthritis Outcome Score” (KOOS-PF), ou a
Escala Visual Analógica (EVA) para dor na atividade ou “Eng and Pierrynowski Questionnaire”
(EPQ) para mensurar a dor e a função em pacientes com SDPF.

 Adicionalmente, os profissionais da saúde devem usar a EVA para avaliação da pior dor ou da dor
usual ou a Escala Numérica da Dor para mensurar a dor.

 Deve-se sempre utilizer instrumentos que passaram pelo processo de tradução, adaptação
transcultural e validação e que tenham demonstrado validade, confiabilidade e responsividade.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 AVALIAÇÃO – LIMITAÇÕES NAS ATIVIDADES / MEDIDAS DE DESEMPENHO FÍSICO

 Profissionais devem realizar testes clínicos apropriados que reproduzam a dor e avaliem a
coordenação dos movimentos dos membros inferiores, como o agachamento, descer degraus e
agachamento unipodal.

 Estes testes podem avaliar o status inicial relative à dor, função e deficiência; função global do
joelho; e mudanças no estado clínico ao longo do tratamento.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações

 AVALIAÇÃO – LIMITAÇÕES NAS ATIVIDADES / PHYSICAL IMPAIRMENT MEASURES

 Ao avaliar o paciente com SDPF durante o tratamento, os profissionais devem avaliar a estrutura
corporal e a função, incluindo avaliações de provocação patellar, mobilidade patelar, posição do
pé, força do quadril e da coxa e comprimento muscular.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 INTERVENÇÕES – MODOS ESPECÍFICOS DE TERAPIAS COM EXERCÍCIOS
 Deve-se incluir no tratamento exercícios tanto para quadril quanto para joelho, para reduzir a dor e melhorar
os resultados relatados pelo paciente, assim como o desempenho functional, à curto, médio e logo prazo.

 Exercícios para o quadril devem focar na musculatura póstero-lateral do quadril. Exercícios para o joelho
devem incluir tanto atividade com sustentação de peso (agachamentos resistidos) quanto sem sustentação de
peso (extensão de joelho resistida), assim como exercícios focados na musculatura do joelho. Preferência para
exercícios com foco no quadril em relação a exercícios com foco no joelho devem ser dadas nos estágios
iniciais do tratamento.

 De forma geral, uma combinação de exercícios focados no quadril e no joelho são preferíveis do
que exercícios somente para o joelho para otimizar os resultados em pacientes com SDPF.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 INTERVENÇÕES – TAPING PATELAR
 Pode-se usar o taping patellar em combinação com exercícios para auxiliar no alívio imediato da
dor e melhorar os resultados do tratamento com exercícios a curto prazo (4 semanas).

 Importante lembrar que o taping pode não ser benéfico a longo prazo ou quando adicionado à
uma fisioterapia mais inensiva.

 Taping aplicado com o objetivo de melhora na função muscular não é recomendado.


Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 INTERVENÇÕES – ÓRTESES PATELOFEMORAIS (BRACES)
 Profissionais não devem prescrever órteses para o joelho para pacientes com SDPF.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 INTERVENÇÕES – ÓRTESES PARA O PÉ
 Pode-se prescrever órteses pré-fabricadas para o pé para pacientes com pronação excessiva para
reduzir a dor, mas somente à curto prazo (até 6 semanas). Se prescritas, as órteses para o pé
devem ser combinadas com um programa de exercícios. Há evidências insuficientes para
recomendar o uso de órteses para o pé customizadas em relação as pré-fabricadas.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 INTERVENÇÕES – RETREINAMENTO DA MARCHA E CORRIDA
 Deve-se realizar um retreinamento da marcha e da corrida, incentivando o aumento na cadência
ou a redução no pico de adução do quadril enquanto correm, nos corredores com SDPF.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 INTERVENÇÕES – TREINAMENTO COM RESTRIÇÃO DE FLUXO SANGUÍNEO EM RELAÇÃO
A EXERCÍCIOS COM ALTA REPETIÇÃO PARA O JOELHO
 Pode-se usar exercícios com restrição de fluxo sanguíneo, além de exercícios com altas repetições
para o joelho, enquanto se monitora algum evento adverso, para aqueles sujeitos com dor na
extensão do joelho resistida.
Guidelines SDPF
Resumo das recomendações
 INTERVENÇÕES – TERAPIAS NEEDLINGS

 Não deve-se usar o dry needling para o tratamento de pacientes com SDPF.

 Pode-se usar a acupuntura para reduzir a dor em pacientes com SDPF. Porém, deve-se ter cautela
com esta recomendação, quanto a superioridade da acupuntura em relação a tratamentos
placebos é desconhecida. Esta recomendação deve somente ser incorporada quando a
acupuntura está dentro do escopo de práticas do fisioterapeuta.
REFERÊNCIAS
 Peterson et al. Patellofemoral pain syndrome. Knee Surg Sports Arthrosc. 2014; 22:2264-74.

 Herrington, L. The effect of patellar taping on quadriceps peak torque and perceived pain: a
preliminary study. Physical Therapy in Sport. 2001;2:23-8.

 Souza, R.B.; Powers, C.M. Differences in hip kinematics, muscle strenght, and muscle activation
between subjects with and without patellofemoral pain. JOSPT. 2009;39(1).

 Haupentall, A,; Santos, DP. Força e contato patelofemoral como fundamentos biomecânicos
para reabilitação da síndrome patelofemoral. Fisioterapia em Movimento. 2006;19(4):11-16.
REFERÊNCIAS
 Piazza et al. Avaliação estática do ângulo Q não caracteriza sujeitos com síndrome da dor
patelofemoral. Conscientiae Saúde. 2014;13(2):259-266.

 Piazza et al. Alinhamento estático e dinâmico do retropé não diferencia sujeitos com e sem
síndrome de dor femoropatelar. Motricidade. 2014; 10(3):21-30.

 Piazza et al. Avaliação isocinética, dor e funcionalidade de sujeitos com Síndrome da Dor
Patelofemoral. Fisioterapia e Pesquisa. 2013; 20(2):130-135.

 Luza et al. Força muscular dos flexores e extensores do joelho em mulheres com Síndrome da
Dor Patelofemoral com sintomatologia unilateral e bilateral. Revista Inspirar. 2018; 17(3):1-9.
REFERÊNCIAS
 Piazza et al. Sintomas e limitações funcionais de pacientes com Síndrome da Dor
Patelofemoral. Revista Dor. 2012;13(1):50-54.

 Piazza L, Santos GM. Síndrome da Dor Patelofemoral não altera as características


baropodométrica durante a marcha em rampa e escadas. Fisioterapia e Pesquisa. 2016;
23(3):284-293.

Você também pode gostar