FACULDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO NORTE

Intervenção Fisioterapêutica na Prevenção de

Distúrbios na Coluna Vertebral

Antônio Vinícius de Souza Costa

Geovana Priscila Lopes Medeiros
Maria Cecília Magalhães de Araújo

Mossoró/RN, Junho de 2023

 RESUMO

No presente resumo ...

Alunos:
Pinheiro, W. S.

Orientador:
, Prof. Dra. Karidja Kalliany
Faculdade Católica do Rio Grande do Norte

Palavras-chave: Distúrbios, Coluna Vertebral, Prevenção, Atuação.

Área do conhecimento: Fisioterapia
INTRODUÇÃO
A lombalgia crônica pode ser definida como dor persistente por mais de 12 semanas nos
níveis lombar e sacral da coluna vertebral. É um importante problema de saúde pública
presente em todas as nações, prevalentemente acima de 50% em toda população, estima-
se que mais de 70% das pessoas no mundo relatarão pelo menos um episódio de dor
lombar ao longo da vida (FRANÇA, 2009).
Outro ponto importante são as causas e algumas condições: congênitas, degenerativas,
inflamatórias, infecciosas, tumorais e mecânico-posturais. Esta última, também denominada
de lombalgia inespecífica, representa grande parte das dores referidas pela população.
Nela, geralmente ocorre um desequilíbrio entre a carga funcional, que seria o esforço
requerido para atividades do trabalho e da vida diária, e a capacidade funcional que é o
potencial de execução para essas atividades, o que a caracteriza como inespecífica de fato
é ausência de alteração estrutural, ou seja, não há redução do espaço do disco,
compressão de raízes nervosas, lesão óssea ou articular, escoliose ou lordose acentuada
que justifiquem a dor na coluna. Os principais sintomas relatados são: dor em peso, piora
no esforço físico, ausência de alterações neurológicas e postura inadequada, dor local após
o toque, em geral a dor piora entre 24 e 48 horas após a lesão e melhora gradualmente
com o tempo. Este artigo irá abordar os benefícios dos exercícios de fortalecimento
toracolombar atrelados aos exercícios de estabilização a fim de prevenir distúrbios
funcionais na coluna.
A instabilidade segmentar ocorre quando há diminuição na capacidade do sistema
estabilizador da coluna vertebral em manter a zona neutra dentro de limites fisiológicos. A
zona neutra é uma região de movimentos intervertebrais onde pouca resistência é oferecida
pela coluna vertebral passiva; a perda de controle da zona neutra no segmento vertebral
está associada à lesão, doença degenerativa do disco e fraqueza muscular (FRANÇA,
2009).
De acordo com Panjabi , a estabilidade da coluna consiste na interação de três
subsistemas: passivo (articulações, ligamentos e vértebras), ativo (músculos e tendões) e
controle neural (nervos e SNC). As funções desses três subsistemas estão interligadas, e a
reduzida função de um subsistema pode colocar exigências crescentes sobre os outros.
Bermak afirma que há dois sistemas musculares atuando sobre a estabilidade espinhal: o
sistema global, que inclui o reto abdominal, oblíquo abdominal externo e a parte torácica
lombar do iliocostal e proporciona a estabilização geral do tronco; e o sistema local, que é
composto pelo multífido lombar, transverso abdominal, diafragma, fibras posteriores do
oblíquo interno e quadrado lombar, responsáveis por fornecer estabilidade segmentar e
controlar diretamente os segmentos lombares (FRANÇA, 2009).
Muitos estudos propondo tratamento para a lombalgia crônica têm sido relatados,
enfocando a intensidade da dor, a utilização de exercícios terapêuticos, terapia manual,
orientações sobre princípios neurofisiológicos, juntamente com estratégias motivacionais
obtendo redução dos níveis de dor, com consequente aumento da capacidade laborativa e
diminuição da incapacidade funcional. A fim de proporcionar um melhor suporte à coluna
lombar, promovendo maior estabilidade nessa região, os exercícios abdominais têm sido
amplamente utilizados. No entanto, a eficácia do treinamento geral da musculatura
abdominal tem poucos experimentos para a confirmação científica. Nos últimos anos,
pesquisas têm considerado a ação dos músculos abdominais transversos, com a hipótese
de que estes proporcionam contribuição específica para estabilidade da coluna, a qual é
comprometida quando existe dor. Exercícios focalizando a estabilização da coluna e
melhora na movimentação do tronco tem como objetivo melhorar a funcionalidade, obter
ganhos de força, controle neuromuscular, potência e resistência muscular no complexo
lombo-pelve-quadril, facilitando o funcionamento muscular equilibrado de toda a cadeia
cinética. A utilização de um programa de exercícios com uma abordagem postural e
funcional com ênfase na melhora do recrutamento muscular, das estratégias do equilíbrio
tóraco abdominal e do aumento da resistência muscular podem ser eficientes na redução
dos níveis de dor, aumentando a capacidade funcional e consequentemente a qualidade de
vida do paciente com lombalgia crônica (MAXIMIANO, 2010).
Pouco se tem focado nos efeitos de exercícios de estabilização central relacionados aos
parâmetros de dor e resistência muscular. Este artigo tem como objetivo avaliar o impacto
de um programa de exercícios de estabilização central (PEEC) nos aspectos dor e
resistência muscular no complexo lombo-pelve quadril em pacientes com lombalgia crônica
ou inespecífica.
DISCUSSÃO
A priori, discutiremos a importância do alongamento músculo-esquelético na prevenção de
distúrbios da coluna vertebral. O alongamento é uma manobra terapêutica utilizada para
aumentar a mobilidade dos tecidos moles por promover aumento do comprimento das
estruturas que tiveram encurtamento adaptativo, podendo ser definido também como
técnica utilizada para aumentar a extensibilidade musculotendínea e do tecido conjuntivo
periarticular, contribuindo para aumentar a flexibilidade articular, isto é, aumentar a
amplitude de movimento (ADM). Suas modalidades são: alongamento estático,
alongamento balístico e alongamento por facilitação neuromuscular proprioceptiva
(ALENCAR, et al, 2010).

Alongamento balístico: movimentos de flexão e extensão do quadril, com o joelho em

extensão total. Já o estático: o quadril é passivamente flexionado até o ponto máximo de
flexão, com a articulação do joelho em extensão total.Por último o alongamento por FNP,
que também pode ser definido como: alongamento contrair-relaxar: o quadril é
passivamente flexionado até o ponto máximo de flexão, com a articulação do joelho em
extensão total. Com isso, a melhora da amplitude do movimento tem sido associada com
alívio dos sintomas nas lombalgias agudas e crônicas, podendo ser observada em muitos
programas de tratamento e reabilitação; o papel de níveis elevados de flexibilidade
associados a menos riscos de futuras queixas lombares não apresenta ainda sólida base
científica.

Os exercícios de alongamento têm como principal objetivo proporcionar maior flexibilidade a

qual, segundo é a habilidade de um músculo aumentar seu comprimento, possibilitando a
uma ou mais articulações, em sequência, se moverem em uma determinada amplitude de
movimento (ADM). Na prática clínica, frequentemente o alongamento estático é o mais
utilizado por ser considerado mais seguro, pois uma força relativamente constante é
aplicada vagarosa e gradualmente até um ponto tolerado pelo paciente (que representa o
ponto de maior comprimento muscular possível, de forma a evitar o reflexo de estiramento)
e mantida por um curto período mais curto.

Outro ponto importante na prevenção de problemas na coluna é a execução de exercícios

regulares de fortalecimento tóraco-lombar, estudos comprovam eficácia da estabilização
segmentar como tratamento para a lombalgia, sendo lesiva por ser realizada em posição
neutra, indivíduos durante o tratamento desenvolvem equilíbrio, força, controle
neuromuscular e resistência muscular funcional em músculos específicos, o que lhe permite
executar tarefas funcionais. De acordo com Montenegro existem alguns exercícios que
contribuem para o tratamento da dor lombar, como por exemplo: a prancha é um exercício
que além de fortalecer a lombar também trabalha a musculatura denominada core, ou seja,
a musculatura profunda do abdômen que segura a coluna vertebral, sendo assim inclui a
região do tronco, músculos abdominais, lombares e quadril. A prática da prancha abdominal
aumenta a força, a resistência, ajuda a evitar lesões nas costas e auxilia para o tratamento
em algumas condições como a hérnia de disco. O agachamento é um exercício bem
completo por envolver vários músculos, incluindo os músculos abdominais, costas, glúteos
e coxas. Os principais benefícios da execução do agachamento é fortalecimento da região
do core e das costas, diminuindo o risco de lesões, a melhora do condicionamento físico e a
hipertrofia dos glúteos e quadríceps, além de contribuir para a melhora da postura do
praticante.Importância do fortalecimento toracolombar

Portanto, fica claro que a conciliação entre alongamento e os exercícios de fortalecimento

tóraco-lombar (segmentação) contribuem efetivamente não somente na prevenção, mas
também no tratamento de distúrbios na coluna vertebral. A presente análise evidencia os
principais benefícios da realização regular de movimentos que fortaleçam a musculatura,
melhoram o desempenho cognitivo e tragam de volta a funcionalidade laboral de cada
indivíduo.

CONCLUSÃO
Portanto, diante do exposto é possível concluir que a prevenção de distúrbios na coluna
vertebral faz-se necessária para garantir uma boa qualidade de vida, longevidade e bem-
estar, com o intuito de alcançar esse propósito a intervenção fisioterapêutica na prevenção
é de extrema importância, mas também o auxílio de uma equipe multidisciplinar atua de
maneira mais efetiva. Em primeiro plano, o fisioterapeuta irá recomendar práticas diárias de
fortalecimento tóraco-lombar, a fim de que o paciente crie o hábito de exercitar-se,
evidenciando a importância de cada movimento, repassando o porquê é tão benéfico, tudo
isso claro baseado em fatos científicos. Em segundo plano, o paciente junto ao profissional
da educação física irão desenvolver juntos um plano de ganho de mobilidade, flexibilidade e
fortalecimento muscular, incluindo na rotina de treinos e principalmente seguindo as
recomendações do fisioterapeuta. Assim, a qualidade de vida dos cidadãos irá melhorar
consideravelmente, já que os distúrbios na coluna vertebral são a 2ª maior causa de
afastamento laboral no Brasil.
REFERÊNCIAS

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● FRANÇA, F. J. R. et al. Estabilização segmentar da coluna lombar nas
lombalgias: uma revisão bibliográfica e um programa de exercícios.
Fisioterapia e Pesquisa, [S.l.], v. 15, n. 2, p. 200–206, 2008.