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Agêge Haidar Filho

Prof. de Eucação Física – Cref: 001087 G/Ma


Fisioterapeuta – Crefito 12.21091 F

MUSCULAÇÃO TERAPÊUTICA NA
REABILITAÇÃO.
Formação em musculação
terapêutica.
Objetivos:

▪ Conhecer a importância de conceitos


terapêuticos para a aplicação de exercícios
com resistência;
▪ Capacitar o aluno ou profissional da área da
saúde em reabilitação a utilizar musculação
como meio de reabilitar funcionalmente;
▪ Identificar as lesões e suas aplicabilidades no
exercício resistido e;
▪ Conhecimento básico da fisiopatologia da
lesão.
Estudo das lesões/voleibol
Sítios da lesão/voleibol
Conceitos voltado para saúde
e não estética
Análise da postura.
Lesão muscular - fisiopatologia,
diagnóstico, tratamento e apresentação
clínica
O tecido muscular esquelético possui a maior massa do
corpo humano, com 45% do peso total. As lesões
musculares podem ser causadas por contusões,
estiramentos ou lacerações. A atual classificação separa as
lesões entre leve, moderada e grave. Os sinais e sintomas
das lesões grau I são edema e desconforto; grau II, perda
de função, gap e equimose eventual; grau III, rotura
completa, dor intensa e hematoma extenso. O diagnóstico
pode ser confirmado por: ultrassom - dinâmico, barato,
porém examinador-dependente; tomografia ou
ressonância magnética - maior definição anatômica,
porém estático. A fase inicial do tratamento se resume ao
protocolo PRICE. AINH, ultrassom terapêutico,
fortalecimento e alongamento após a fase inicial e
amplitudes de movimento sem dor são utilizados no
tratamento clínico. Já o cirúrgico possui indicações
precisas: drenagem do hematoma, reinserção e reforço
musculotendíneos.
O diagnóstico da lesão muscular inicia-se com uma
história clínica detalhada do trauma, seguida por um
exame físico com a inspeção e palpação dos músculos
envolvidos, assim como os testes de função com e
sem resistência externa(11). O diagnóstico é fácil
quando uma típica história de contusão muscular é
acompanhada por um evidente edema ou uma
equimose distal à lesão (Figura 2).
Ressonância Magnética
Tratamento pós-fase aguda
1. Treinamento isométrico (ie. contração
muscular em que o comprimento do
músculo se mantém constante e a tensão
muda) pode ser iniciado sem o uso de
pesos e posteriormente com o acréscimo
deles. Especial atenção deve ser tomada
para garantir que todos os exercícios
isométricos sejam realizados sem dor.
2. Treinamento isotônico (ie. contração
muscular em que o tamanho do músculo
muda e a tensão se mantém) pode ser
iniciado quando o treino isométrico for
realizado sem dor com cargas resistidas.
3. O exercício isocinético com carga
mínima pode ser iniciado uma vez que os
dois exercícios anteriores sejam realizados
sem dor (Figura 5).
A lesão distal do quadríceps é uma lesão pouco comum,
ocorrendo mais frequentemente em indivíduos acima de 40
anos(26). A lesão pode ocorrer por motivo de trauma direto, mas
classicamente é relatada como uma contração excêntrica
forçada em posição de leve flexão do membro inferior na
tentativa de se recuperar o equilíbrio em um momento de
queda.
O diagnóstico de rotura é baseado nos achados clínicos. O
paciente apresenta, após uma queda com os joelhos fletidos,
uma dor aguda acima da patela, não estende ativamente o
joelho e por muitas vezes existe .
Durante o exame físico, o paciente apresenta acima da patela,o
"sinal do sulco" ou gap test. Os pacientes são capazes de fletir
ativamente o joelho e possuem flexão e extensão passivas totais
do joelho.
Ultrassom, assim como a radiografia simples,(sinal do sulco), é
outro método barato para se diagnosticar a lesão muscular. A
ressonância magnética é particularmente útil para melhor
visualização, precisão da localização e extensão da lesão e dos
detalhes anatômicos para a programação pré-operatória
Rnm na lesão ligamento
patelar.
Introdução:
▪ Segundo Cobra (2003) : As tendências da
sociedade moderna e a evolução tecnológica
proporcionam mais conforto e comodidade ao
ser humano – causa diminuição do movimento
corporal;
▪ Levam ao individuo: Sedentarismo e stress,
diminuindo a qualidade de vida.
▪ Para Santarém (2000), entende-se por qualidade
de vida a capacidade de conseguir realizar as
atividades desejadas, do ponto de vista
homeostático e biomecânico, sem risco para o
perfeito funcionamento do organismo humano.
Como melhorar a qualidade:
de vida
▪ Desenvolvimento de novos hábitos de atividades
físicas – fundamental para melhorar a saúde
orgânica, e conseqüentemente, a qualidade de
vida.
▪ Caminhada;
▪ Corrida;
▪ Ciclismo;
▪ Natação;
▪ Hidroginástica;
▪ Musculação, entre outras atividades que
incrementam a qualidade de vida.
Atividade física
Musculação sua história :
▪ História antiga, relatos históricos afirmam prática
com pesos;
▪ Mulheres esculturadas datadas de 400 anos/Ac,
formas harmoniosas, mostrando preocupação com a
estética na época;
▪ Relatos de jogos de arremessos de pedra datam de
1896 a.C ( Bittencourt, 1986);
▪ Historicamente Milos de Crotona da época de 500 a
580 a.C na Itália, atleta olímpico de luta, que relata
métodos de treinamento , utilizado até hoje, que é a
evolução progressiva de carga, porque Milos corria
com um Bezerronas costas, para aumentar a força
de mmii, quanto mais o Bezerro pesava mais
aumentava sua força;
▪ Deve-se a Eugene Sandow, ser o pai da musculação.
Musculação e carga
progressiva.
A importância da prática da
musculação:
▪ Musculação supervisionada adequadamente,
representa uma excelente opção para saúde e
qualidade de vida;
▪ Onde qualquer indivíduo pode se beneficiar da
mesma, com objetivos e protocolos ajustados a
sua realidade.
▪ Observar qual o tipo de patologia o paciente
apresenta;
▪ Entender do estágio da patologia e;
▪ Compreender das noções biomecânicas e
cinesiológicas da execução do movimento.
Musculação orientada.
Patologias do aparelho
locomotor.
A Musculação apresenta
benefícios como:
▪ Manutenção e aumento do metabolismo
decorrente do aumento de massa muscular, pois
a mesma é responsável pela maior parte do
metabolismo orgânico (Coutinho, 2001);
▪ Diminuição da perda de massa muscular, efeito
este de grande utilidade aos idosos, pois no
processo de envelhecimento há uma diminuição
progressiva da massa muscular( Coutinho, 2001);
▪ Redução da gordura corporal, devido ao
aumento do gasto energético e da conseqüente
queima de calorias, ocorre uma diminuição das
reservas de gordura corporal (Fox, 2000);
Relação
hipertrofia/hiperplasia
▪ Aumento da massa muscular – hipertrofia, pode ser
de dois tipos: Transitória, aumento do volume do
músculo, ocorre durante a sessão de exercício,
acúmulo de líquido originário do plasma sanguíneo
no espaço intracelular, é transitório porque o líquido
retorna ao sangue algumas horas após o exercício;
▪ Hipertrofia miofibrilar ou crônica, se refere ao
aumento do tamanho muscular, ocorre com
treinamento de força e reflete as alterações reais do
músculo, resultado aumento das fibras musculares
existentes. McArdle, Katch e Katch, 1996, o principal
mecanismo da hipertrofia é um aumento das
miofibrilas protéicas com capacidade contrátil,
ocorre com adaptação à sobre carga tensional nos
músculos em atividades.
Hipertrofia/
Processo do envelhecimento
Musculação
▪ Diminuição das dores lombares, com um
programa adequado de alongamento e
fortalecimento da musculatura lombar ocorre
uma significante que da no desconforto lombar
(Vieira, 1996);
▪ Minimização da ansiedade e da depressão, são
beneficiados pela liberação de substâncias
calmantes e relaxantes durante os exercícios,
endorfinas aumentadas no organismo de quem
pratica musculação, ajudam na diminuição da
hiperatividade (Pontes, 2003);
▪ Prevenção de doenças cardíacas, Segundo
Funchal (2004), caminhada, corrida pode ser um
bom remédio para o coração, homens e
mulheres, apresentam 35% de chances a menos
de risco de acidente vascular ou cardíaco;
Alongamento/fortalecimento
▪ OTG,mecanoreceptor sensível à contração do
músculo esquelético, a tensão do tendão,
responde ao estiramento, fusos musculares
quando estirados, as fibras extrafusais
contraem encurtando o músculo.
▪ Controle do diabetes, fatores de risco para o
desenvolvimento de diabetes, como obesidade,
podem ser reduzidos com a prática de exercícios,
diminuindo a taxa de açúcar no sangue e aumento
na absorção de insulina (hormônio responsável pela
quebra de carboidratos durante o metabolismo
celular). Estudos comprovam que caminhar 3hs/
semana reduzem 40% o risco de desenvolver
qualquer tipo de diabetes em mulheres, Nahas,
2001.
▪ Diminuição do risco de quedas e fraturas, aumento
da densidade dos ossos diminui o risco de fraturas de
quem se exercita, em mulheres, incrementam a
força e o equilíbrio;
▪ Combate a osteoporose, segundo Katch F. e Katch
V. e Mcardle (1998), musculação é indicada para
melhorar a qualidade de vida na pós-menopausa,
pois ocorre a diminuição da massa óssea e a
musculação aumenta a densidade óssea.
Diabetes
▪ Envelhecimento, ao fortalecer os músculos e
o coração, e ao amenizar o declínio das
habilidades físicas, os exercícios podem
ajudar a manter a independência física e a
habilidade para o trabalho, retardando o
processo de envelhecimento e dependência
(Vieira,1996);
▪ Ossos, Exercícios regulares com sobrecargas
adequadas são acessórios fundamentais na
construção e manutenção da massa óssea. O
treinamento com pesos, leva a uma
mineralização na matriz óssea.
▪ Saúde cardiovascular, o trabalho de musculação
ativa o sistema cardiovascular na tentativa de
aumentar a oxigenação dos músculos durante os
exercícios. Com esse estímulo, o coração e os vasos
sanguíneos desenvolvem a capacidade de manter a
contratilidade do miocárdio (Funchal, 2004);
▪ Estética, homens e mulheres sempre buscam a
estética corporal a fim de conseguir uma harmonia
corporal buscando o “belo” (Guedes, 2003);
▪ Diabetes, exercícios habituais diminuem a
resistência à insulina nas células (Fox, 2000) e;
▪ Profilática e terapêutica, a musculação pode ser
utilizada na recuperação de lesões musculares,
segundo Nahas 2001 e articulares, desvios posturais,
equilíbrio de força, entre outras alterações
funcionais do aparelho locomotor e sistêmico.
A musculação sobrecarrega
menos o coração, ajuda o
aporte de sangue muscular.
Estímulo a saúde:
▪ Profissionais da área da saúde e interação com
os exercícios físicos e reabilitação;
▪ Estudos epidemiológicos evidenciaram que
população fisicamente ativa tem menor
incidência de muitas doenças e situações
patogênicas, entre elas:
▪ Hipertensão arterial, obesidade, diabetes
mellitus, dislipidemia, osteoporose, sarcopenia e
ansiedade e depressão;
▪ Diminui a ocorrência de aterosclerose e suas
conseqüências: Doenças coronarianas, doenças
cérebro-vascular e doença vascular periférica,
riscos de fraturas ósseas e incapacidade física
grave, diminuindo a morbidade e mortalidade
por infecções pulmonares e tromboembolismo.
Classificação dos exercícios:
▪ Segundo Santarém(2000):
▪ Critérios utilizados para classificar os
exercícios são os tipos de contração
muscular:
▪ Contrações Isotônicas ou isométricas;
▪ Deslocamento do corpo, dinâmicos ou
estáticos;
▪ Continuidade do esforço, contínuos ou
intervalados;
▪ Fonte energética, aeróbios e anaeróbios e
com a intensidade dos esforços, suaves e
intensos.
Descrição dos exercícios:
▪ Isotônicos: Apresentam alternância de
contrações concêntricas e excêntricas;
▪ Isométricas: Utilizam contrações estáticas;
▪ Dinâmicos: Apresentam deslocamento do
corpo no espaço;
▪ Estáticos: São realizados sem deslocamento
do corpo;
▪ Contínuos: São interrompidos apenas no final
da sessão;
▪ Intervalados: Apresentam várias interrupções
para descanso durante a sessão;
▪ Aeróbios: Produção energética exclusivamente
aeróbica;
▪ Anaeróbicos: Grande parte energética é produzida
anaerobicamente;
▪ Suaves: Produzem pouca energia na unidade de
tempo, sem grande esforço e;
▪ Intensos: Produzem muita energia na unidade de
tempo, com grande esforço.
▪ Obs: A classificação mais importante para os
profissionais da área de saúde é a
intensidade(expressão biológica da potência) dos
esforços. Quanto mais intensa,maiores riscos de
lesões músculos/esqueléticas e intercorrências
cardiovasculares.
Musculação
▪ Efeitos na articulação, músculos e
articulações distais: Lesões sobrecarga.
Conclusão:
▪ Embasamento teórico/prático;
▪ Entendimento do processo lesivo,
recuperação e quando iniciar a musculação
como reabilitação;
▪ A musculação na prevenção de doenças
músculos /articulares;
▪ Nas doenças metabólicas, degenerativas,
cardíacas, neurológicas entre outras doenças
do sistema orgânico e;
▪ Ressaltamos ainda a necessidade de estudos
mais profundos na musculação terapêutica
preventiva e curativa nas diversas patologias.

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