MUSCULAÇÃO TERAPÊUTICA NA REABILITAÇÃO. Formação em musculação terapêutica. Objetivos:
▪ Conhecer a importância de conceitos
terapêuticos para a aplicação de exercícios com resistência; ▪ Capacitar o aluno ou profissional da área da saúde em reabilitação a utilizar musculação como meio de reabilitar funcionalmente; ▪ Identificar as lesões e suas aplicabilidades no exercício resistido e; ▪ Conhecimento básico da fisiopatologia da lesão. Estudo das lesões/voleibol Sítios da lesão/voleibol Conceitos voltado para saúde e não estética Análise da postura. Lesão muscular - fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e apresentação clínica O tecido muscular esquelético possui a maior massa do corpo humano, com 45% do peso total. As lesões musculares podem ser causadas por contusões, estiramentos ou lacerações. A atual classificação separa as lesões entre leve, moderada e grave. Os sinais e sintomas das lesões grau I são edema e desconforto; grau II, perda de função, gap e equimose eventual; grau III, rotura completa, dor intensa e hematoma extenso. O diagnóstico pode ser confirmado por: ultrassom - dinâmico, barato, porém examinador-dependente; tomografia ou ressonância magnética - maior definição anatômica, porém estático. A fase inicial do tratamento se resume ao protocolo PRICE. AINH, ultrassom terapêutico, fortalecimento e alongamento após a fase inicial e amplitudes de movimento sem dor são utilizados no tratamento clínico. Já o cirúrgico possui indicações precisas: drenagem do hematoma, reinserção e reforço musculotendíneos. O diagnóstico da lesão muscular inicia-se com uma história clínica detalhada do trauma, seguida por um exame físico com a inspeção e palpação dos músculos envolvidos, assim como os testes de função com e sem resistência externa(11). O diagnóstico é fácil quando uma típica história de contusão muscular é acompanhada por um evidente edema ou uma equimose distal à lesão (Figura 2). Ressonância Magnética Tratamento pós-fase aguda 1. Treinamento isométrico (ie. contração muscular em que o comprimento do músculo se mantém constante e a tensão muda) pode ser iniciado sem o uso de pesos e posteriormente com o acréscimo deles. Especial atenção deve ser tomada para garantir que todos os exercícios isométricos sejam realizados sem dor. 2. Treinamento isotônico (ie. contração muscular em que o tamanho do músculo muda e a tensão se mantém) pode ser iniciado quando o treino isométrico for realizado sem dor com cargas resistidas. 3. O exercício isocinético com carga mínima pode ser iniciado uma vez que os dois exercícios anteriores sejam realizados sem dor (Figura 5). A lesão distal do quadríceps é uma lesão pouco comum, ocorrendo mais frequentemente em indivíduos acima de 40 anos(26). A lesão pode ocorrer por motivo de trauma direto, mas classicamente é relatada como uma contração excêntrica forçada em posição de leve flexão do membro inferior na tentativa de se recuperar o equilíbrio em um momento de queda. O diagnóstico de rotura é baseado nos achados clínicos. O paciente apresenta, após uma queda com os joelhos fletidos, uma dor aguda acima da patela, não estende ativamente o joelho e por muitas vezes existe . Durante o exame físico, o paciente apresenta acima da patela,o "sinal do sulco" ou gap test. Os pacientes são capazes de fletir ativamente o joelho e possuem flexão e extensão passivas totais do joelho. Ultrassom, assim como a radiografia simples,(sinal do sulco), é outro método barato para se diagnosticar a lesão muscular. A ressonância magnética é particularmente útil para melhor visualização, precisão da localização e extensão da lesão e dos detalhes anatômicos para a programação pré-operatória Rnm na lesão ligamento patelar. Introdução: ▪ Segundo Cobra (2003) : As tendências da sociedade moderna e a evolução tecnológica proporcionam mais conforto e comodidade ao ser humano – causa diminuição do movimento corporal; ▪ Levam ao individuo: Sedentarismo e stress, diminuindo a qualidade de vida. ▪ Para Santarém (2000), entende-se por qualidade de vida a capacidade de conseguir realizar as atividades desejadas, do ponto de vista homeostático e biomecânico, sem risco para o perfeito funcionamento do organismo humano. Como melhorar a qualidade: de vida ▪ Desenvolvimento de novos hábitos de atividades físicas – fundamental para melhorar a saúde orgânica, e conseqüentemente, a qualidade de vida. ▪ Caminhada; ▪ Corrida; ▪ Ciclismo; ▪ Natação; ▪ Hidroginástica; ▪ Musculação, entre outras atividades que incrementam a qualidade de vida. Atividade física Musculação sua história : ▪ História antiga, relatos históricos afirmam prática com pesos; ▪ Mulheres esculturadas datadas de 400 anos/Ac, formas harmoniosas, mostrando preocupação com a estética na época; ▪ Relatos de jogos de arremessos de pedra datam de 1896 a.C ( Bittencourt, 1986); ▪ Historicamente Milos de Crotona da época de 500 a 580 a.C na Itália, atleta olímpico de luta, que relata métodos de treinamento , utilizado até hoje, que é a evolução progressiva de carga, porque Milos corria com um Bezerronas costas, para aumentar a força de mmii, quanto mais o Bezerro pesava mais aumentava sua força; ▪ Deve-se a Eugene Sandow, ser o pai da musculação. Musculação e carga progressiva. A importância da prática da musculação: ▪ Musculação supervisionada adequadamente, representa uma excelente opção para saúde e qualidade de vida; ▪ Onde qualquer indivíduo pode se beneficiar da mesma, com objetivos e protocolos ajustados a sua realidade. ▪ Observar qual o tipo de patologia o paciente apresenta; ▪ Entender do estágio da patologia e; ▪ Compreender das noções biomecânicas e cinesiológicas da execução do movimento. Musculação orientada. Patologias do aparelho locomotor. A Musculação apresenta benefícios como: ▪ Manutenção e aumento do metabolismo decorrente do aumento de massa muscular, pois a mesma é responsável pela maior parte do metabolismo orgânico (Coutinho, 2001); ▪ Diminuição da perda de massa muscular, efeito este de grande utilidade aos idosos, pois no processo de envelhecimento há uma diminuição progressiva da massa muscular( Coutinho, 2001); ▪ Redução da gordura corporal, devido ao aumento do gasto energético e da conseqüente queima de calorias, ocorre uma diminuição das reservas de gordura corporal (Fox, 2000); Relação hipertrofia/hiperplasia ▪ Aumento da massa muscular – hipertrofia, pode ser de dois tipos: Transitória, aumento do volume do músculo, ocorre durante a sessão de exercício, acúmulo de líquido originário do plasma sanguíneo no espaço intracelular, é transitório porque o líquido retorna ao sangue algumas horas após o exercício; ▪ Hipertrofia miofibrilar ou crônica, se refere ao aumento do tamanho muscular, ocorre com treinamento de força e reflete as alterações reais do músculo, resultado aumento das fibras musculares existentes. McArdle, Katch e Katch, 1996, o principal mecanismo da hipertrofia é um aumento das miofibrilas protéicas com capacidade contrátil, ocorre com adaptação à sobre carga tensional nos músculos em atividades. Hipertrofia/ Processo do envelhecimento Musculação ▪ Diminuição das dores lombares, com um programa adequado de alongamento e fortalecimento da musculatura lombar ocorre uma significante que da no desconforto lombar (Vieira, 1996); ▪ Minimização da ansiedade e da depressão, são beneficiados pela liberação de substâncias calmantes e relaxantes durante os exercícios, endorfinas aumentadas no organismo de quem pratica musculação, ajudam na diminuição da hiperatividade (Pontes, 2003); ▪ Prevenção de doenças cardíacas, Segundo Funchal (2004), caminhada, corrida pode ser um bom remédio para o coração, homens e mulheres, apresentam 35% de chances a menos de risco de acidente vascular ou cardíaco; Alongamento/fortalecimento ▪ OTG,mecanoreceptor sensível à contração do músculo esquelético, a tensão do tendão, responde ao estiramento, fusos musculares quando estirados, as fibras extrafusais contraem encurtando o músculo. ▪ Controle do diabetes, fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes, como obesidade, podem ser reduzidos com a prática de exercícios, diminuindo a taxa de açúcar no sangue e aumento na absorção de insulina (hormônio responsável pela quebra de carboidratos durante o metabolismo celular). Estudos comprovam que caminhar 3hs/ semana reduzem 40% o risco de desenvolver qualquer tipo de diabetes em mulheres, Nahas, 2001. ▪ Diminuição do risco de quedas e fraturas, aumento da densidade dos ossos diminui o risco de fraturas de quem se exercita, em mulheres, incrementam a força e o equilíbrio; ▪ Combate a osteoporose, segundo Katch F. e Katch V. e Mcardle (1998), musculação é indicada para melhorar a qualidade de vida na pós-menopausa, pois ocorre a diminuição da massa óssea e a musculação aumenta a densidade óssea. Diabetes ▪ Envelhecimento, ao fortalecer os músculos e o coração, e ao amenizar o declínio das habilidades físicas, os exercícios podem ajudar a manter a independência física e a habilidade para o trabalho, retardando o processo de envelhecimento e dependência (Vieira,1996); ▪ Ossos, Exercícios regulares com sobrecargas adequadas são acessórios fundamentais na construção e manutenção da massa óssea. O treinamento com pesos, leva a uma mineralização na matriz óssea. ▪ Saúde cardiovascular, o trabalho de musculação ativa o sistema cardiovascular na tentativa de aumentar a oxigenação dos músculos durante os exercícios. Com esse estímulo, o coração e os vasos sanguíneos desenvolvem a capacidade de manter a contratilidade do miocárdio (Funchal, 2004); ▪ Estética, homens e mulheres sempre buscam a estética corporal a fim de conseguir uma harmonia corporal buscando o “belo” (Guedes, 2003); ▪ Diabetes, exercícios habituais diminuem a resistência à insulina nas células (Fox, 2000) e; ▪ Profilática e terapêutica, a musculação pode ser utilizada na recuperação de lesões musculares, segundo Nahas 2001 e articulares, desvios posturais, equilíbrio de força, entre outras alterações funcionais do aparelho locomotor e sistêmico. A musculação sobrecarrega menos o coração, ajuda o aporte de sangue muscular. Estímulo a saúde: ▪ Profissionais da área da saúde e interação com os exercícios físicos e reabilitação; ▪ Estudos epidemiológicos evidenciaram que população fisicamente ativa tem menor incidência de muitas doenças e situações patogênicas, entre elas: ▪ Hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, dislipidemia, osteoporose, sarcopenia e ansiedade e depressão; ▪ Diminui a ocorrência de aterosclerose e suas conseqüências: Doenças coronarianas, doenças cérebro-vascular e doença vascular periférica, riscos de fraturas ósseas e incapacidade física grave, diminuindo a morbidade e mortalidade por infecções pulmonares e tromboembolismo. Classificação dos exercícios: ▪ Segundo Santarém(2000): ▪ Critérios utilizados para classificar os exercícios são os tipos de contração muscular: ▪ Contrações Isotônicas ou isométricas; ▪ Deslocamento do corpo, dinâmicos ou estáticos; ▪ Continuidade do esforço, contínuos ou intervalados; ▪ Fonte energética, aeróbios e anaeróbios e com a intensidade dos esforços, suaves e intensos. Descrição dos exercícios: ▪ Isotônicos: Apresentam alternância de contrações concêntricas e excêntricas; ▪ Isométricas: Utilizam contrações estáticas; ▪ Dinâmicos: Apresentam deslocamento do corpo no espaço; ▪ Estáticos: São realizados sem deslocamento do corpo; ▪ Contínuos: São interrompidos apenas no final da sessão; ▪ Intervalados: Apresentam várias interrupções para descanso durante a sessão; ▪ Aeróbios: Produção energética exclusivamente aeróbica; ▪ Anaeróbicos: Grande parte energética é produzida anaerobicamente; ▪ Suaves: Produzem pouca energia na unidade de tempo, sem grande esforço e; ▪ Intensos: Produzem muita energia na unidade de tempo, com grande esforço. ▪ Obs: A classificação mais importante para os profissionais da área de saúde é a intensidade(expressão biológica da potência) dos esforços. Quanto mais intensa,maiores riscos de lesões músculos/esqueléticas e intercorrências cardiovasculares. Musculação ▪ Efeitos na articulação, músculos e articulações distais: Lesões sobrecarga. Conclusão: ▪ Embasamento teórico/prático; ▪ Entendimento do processo lesivo, recuperação e quando iniciar a musculação como reabilitação; ▪ A musculação na prevenção de doenças músculos /articulares; ▪ Nas doenças metabólicas, degenerativas, cardíacas, neurológicas entre outras doenças do sistema orgânico e; ▪ Ressaltamos ainda a necessidade de estudos mais profundos na musculação terapêutica preventiva e curativa nas diversas patologias.