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A importância do Treinamento

Resistido na Terceira Idade.


EFL-0225/1
Trabalho de Graduação
Orientadora: Juliani Barbosa de Oliveira
Aluno (a) Jorge Ricardo de Souza Araujo
ENVELHECIMENTO
O envelhecimento é um processo que está ligado as mudanças sejam elas morfológicas,
funcionais, bioquímicas ou psicológicas. Esse determina a progressão de perda da capacidade de
adaptação do idoso, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos
patológicos. (MEIRELLES, 2000).
ENVELHECIMENTO

Fora as mudanças no que diz respeito a capacidade funcional, o


envelhecimento também é responsável pela diminuição da força muscular que se dá
devido a diminuição, sincronização e recrutamento de unidades motoras.
ENVELHECIMENTO

A própria redução de massa muscular influência nas limitações funcionais importantes, como
andar, abaixar-se e etc, e principalmente nas atividades de vida diárias. Dessa forma por meio do
envelhecimento, sofremos uma redução na coordenação motora, fazendo com que os nossos
movimentos fiquem mais lentos, tornando mais difícil combinar movimentos (ANDREOTTI, 1999,
apud GOBBI; VILLAR; ZAGO, 2005).
ENVELHECIMENTO E
SEDENTARISMO

O sedentarismo que acomete o idoso com passar dos anos, colabora muito para que
.
ocorra um aumento significativo do decréscimo dos sistemas fisiológicos, o que o faz perder
a sua habilidade funcional e de massa muscular devido a sua inatividade (SILVA, 2006).

Assim sendo, mesmo com o


envelhecimento do músculo, o indivíduo
idoso que tem uma vida ativa, irá
permanecer mais forte que um sedentário
(MAZZEO et al., 1998, apud TERNES;
ZABOT, 2009).
TREINAMENTO RESISTIDO:
SEUS BENEFÍCIOS AOS IDOSOS

O treinamento resistido melhora o processo de envelhecimento como, ganho de massa muscular,


ganho de força, resistência e equilíbrio. Assim sendo, busca mensurar o valor de se ter uma qualidade
de vida na terceira idade, tendo em mente a importância do treinamento resistido para essa melhora
(FLECK E KRAEMER,1999).
Os exercícios estimulam terminações nervosas proprioceptoras, responsáveis pelo incremento no
equilíbrio, precisão de movimentos e consciência corporal. (GOBBI; VILLAR; ZAGO, 2005)
PORQUE REALIZAR UM TREINO RESISTIDO
MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho foi feito através de pesquisa descritiva e bibliográfica com o objetivo de


descobrir, com margem mínima de erro a melhora do indivíduo idoso que se utiliza do
treinamento resistido.
A avaliação foi realizada na academia Status utilizando o sistema Fox de Avaliação
Física, onde o aluno foi submetido a uma avaliação que incluía um questionário PARQ, uma

anamnese referente ao seu histórico de lesões, peso e altura. IMC, perímetros, ICQ, diâmetro
ósseo e dobras cutâneas protocolo Durmin & Womersley. Foram utilizados os devidos
materiais: um adipometro da marca SESCORF, uma fita métrica da marca VONDER, uma
balança da marca BALMAK.
MATERIAL E MÉTODOS

Figura 3. Balança Balmak

Figura 2. Fita Métrica Vonder


Figura 1. Adipômetro Sescorf

Fonte: Própria (2019) Fonte Própria (2019) Fonte Academia Top Fit (2019)
MATERIAIS E MÉTODOS

Conforme Fleck e Kraemer (1999) foi proposto um programa com pesos, analisando a condição
física de cada um. Foi também exigido um exame para o indivíduo, para uma melhor construção das
séries. Foram escolhidos exercícios em aparelhos articulados e livres para os grandes grupamentos
musculares. Peitoral: supino reto vertical, supino 45° c/ HBC, voador frontal e crucifixo 45° com
HBC, Dorsal: pulley, puxada frontal aberta e supinada, puxada com triângulo e remada articulada
pegada pronada e supinada. Para os membros superiores (MMSS), Bíceps e Tríceps foram usados,
HBC e o Cross Over. Ombros, abdução e flexão com HBC e desenvolvimento articulado, para o
Trapézio puxada alta no Cross Over polia baixa e remada polia baixa no Cross Over. Para membros
inferiores (MMII) usamos a cadeira extensora, mesa flexora, leg press horizontal e as cadeiras
abdutora e adutora . Para a região abdominal exercícios supra, infra, prancha e oblíquos.
MATERIAIS E MÉTODOS

Durante 12 semanas o aluno foi submetido a uma série de exercícios com pesos,
treinando três vezes por semana, segundas, quartas e sextas.

Segundo Frontera et al. 1991, apud Fleck; Kraemer 2002, o treinamento resistido para idosos,
deve ser entre dois a três dias intercalados, incluir 2 a 3 séries, de 8 a 12 repetições para cada grupo
muscular com pequenos intervalos entre as séries. As intensidades devem começar mais baixas (de 30
a 50% de 1 RM) e aumentar gradativamente para níveis mais altos com o decorrer dos treinos.
RESUTADOS E DISCUSSÃO

No treinamento resistido a síntese de proteínas musculares é acelerada,


resultando num incremento no tamanho muscular. Desse modo novas fibras musculares
são recrutadas, aumentando consequentemente, a força muscular.
RESUTADOS E DISCUSSÃO

A síntese de proteína efetua-se mais lentamente nos idosos, mas em qualquer


idade determinada, o treinamento de força serve para manter a força em um nível mais
(MAZZEO et al., 1998, apud TERNES; ZABOT, 2009)
alto.

O aluno fez um trabalho de treinamento resistido, levando-se em conta conforme


artigos científicos que, qualquer intensidade promoverá alguma adaptação fisiológica
relacionada ao anabolismo muscular, o que quer dizer, que, qual seja o programa de
treinamento que o aluno venha realizar, vai ocorrer hipertrofia muscular (KIMURA, N. O;
TEDESKI, C, 2016).
RESUTADOS E DISCUSSÃO

Com relação aos perímetros, foi possível verificar as mudanças que ocorreram durante os três
meses que desenrolaram as pesquisas, abaixo pode-se comparar as diferenças entre ambas, na
primeira pode ser visto os perímetros do indivíduo assim que o mesmo iniciou os treinos, e os
realizados três meses após os treinos começarem (Tabela.1).
MATERIAIS E MÉTODOS

Também com relação as dobras cutâneas, decorrente do treinamento resistido, há uma


melhora significativa em relação ao início do treino para a avaliação feita três meses
depois (Tabela. 2).
RESUTADOS E DISCUSSÃO

No que diz respeito ao peso magro houve um aumento de 65,21 (G.1) para 69,40 (G.2) ou seja um
aumento de 6,43% em relação ao início do trabalho e referente ao peso gordo a redução também foi
visível, havendo uma redução de 16,29 (G.1) para 14,20 (G.2), uma redução de 12,83%.
Ainda nos gráficos representados nos Gráficos 1 e 2, é possível analisar a redução do percentual de
gordura de 19,99 para 16,98 ou seja, uma redução de 15,05%, em relação ao peso total houve um aumento, de
81,50 para 83,60 sendo assim um aumento de 2,06%, e no que se refere ao peso muscular, foi de 35,95 para
39,63 sendo assim um acréscimo de 10,23% de massa muscular.
CONCLUSÃO

Após uma análise dos referidos artigos e testes realizados, foi possível notar que a
elaboração adequada de um programa de treinamento proveniente de exercícios resistidos, resulta
em inúmeros benefícios aos indivíduos idosos, auxiliando os mesmos também, a obter uma
melhora nas atividades de vida diária (AVDs), resultando ainda em uma maior disposição durante
o decorrer do dia.

Mas para isso o profissional de educação física deverá prescrever exercícios respeitando
uma progressão, começando sempre com exercício de fácil execução, onde o indivíduo aprenda
dessa forma a mecânica do aparelho, para que no futuro possa realizar os mais complexos. E para
que se possa trabalhar de forma segura e eficaz todas as diretrizes referentes ao trabalho resistido
devem ser seguidas à risca (SIMÃO, 2007).
CONCLUSÃO

Vale ressaltar da importância dos idosos passarem primeiro por uma avaliação
profissional médica, e posteriormente por uma avaliação física, antes da iniciação, além de um
programa de treinamento com exercícios físicos específicos sob a orientação de um
profissional de educação física.

Dessa forma, foi possível observar que o referido estudos mostrou que o treinamento
resistido tem como promover inúmeras adaptações fisiológicas nos idosos, sendo eles, aumento ou
estabilização da força muscular, densidade óssea, massa magra, diminui gordura corporal, melhora
flexibilidade, coordenação motora e o equilíbrio, consequentemente mais agilidade nas atividades de
vida diárias, proporcionando aos idosos uma melhora da capacidade funcional e da auto estima.
CONCLUSÃO

Assim fica caracterizado que inclusão de treinamentos resistidos podem


auxiliar no retardo do envelhecimento, o que vai melhorar não só a saúde, mas
efetivamente a qualidade de vida do indivíduo idoso. Sendo assim, programas de
Treinamento Resistido podem e devem ser incentivados e implementados com atenção
voltada para que haja uma boa qualidade de vida para o idoso.
FOTOS
FOTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDREOTTI (1999) apud, GOBBI, S.; VILLAR, R.; ZAGO, A., S. Educação física no ensino superior: Bases Teórico e
Praticas do Condicionamento Físico. Rio de Janeiro – RJ:
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FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J: Fundamentos do treinamento de força muscular. 2" edição Porto Alegre: Artmed, 1999

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Porto Alegre: Artmed, 2002
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