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Gestão da Área de Desporto e Reabilitação e Biomédica

Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO

Analise da Flexibilidade de Homens de 25 a 35 anos Praticantes de


Treinamento Resistidos

Lorrayny Silva¹
Verônica Gonçalves1
Ademar Azevedo Soares Júnior²

___________________________________________________________________

Resumo:

Palavras-chaves:

_________________________________________________________________________________

_________________________
1
Discente do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira.
2
Professor do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira.
1 INTRODUÇÃO

A atividade física é uma ferramenta que promove a saúde e um dos seus principais
componentes é a flexibilidade e o alongamento, abrangendo diversos movimentos,
desenvolvendo um bom desempenho físico, acompanhado de uma melhor qualidade de vida.
As diferenças de conceitos e métodos da flexibilidade e alongamento estão nas suas técnicas e
aplicabilidades.
Segundo Alter (1999, p. 291), “flexibilidade é um termo que vem do
latim flectere (dobra-se) ou flexibilis (dobradiço), ou seja, aquilo que é flexível, maleável”.
Dantas (2005, p. 57) conceitua flexibilidade como:

Qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de


amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro
dos limites morfológicos, sem risco de provocar lesões.

Já alongamento é uma técnica muito utilizada na fisioterapia, para alcançar um


aumento na amplitude de movimento (ADM) por meio do aumento da flexibilidade muscular.
Atua na diminuição do tônus, no encurtamento e espasmo muscular, e é utilizado para
preparar a musculatura antes dos exercícios físicos, para evitar lesões musculares
(HALBERTSDMA et al; WORREL et al, 1994).

Os exercícios de alongamento muscular estão entre os mais comumente utilizados


na reabilitação e na prática esportiva. São técnicas utilizadas para aumentar a
extensibilidade musculotendínea e do tecido conjuntivo muscular e periarticular,
contribuindo para aumentar a flexibilidade (HALL; BRODY, 2001, p. 49).

Dessa forma, baseado em estudos de conceitos e práticas de alongamentos e


flexibilidade, surge a ideia de elaborar esta pesquisa com o propósito de compreender os
efeitos do alongamento e flexibilidade nos homens com idade entre 25 e 35 anos.
O alongamento e a flexibilidade possuem grande importância e pode ser utilizado
na prevenção e na reabilitação de lesões (ALTER, 1999), sendo a maioria dessas lesões
musculoesqueléticas, ocorrendo quando se ultrapassa as amplitudes normais da articulação,
tornando-se um fator decisivo para aumentar a mobilidade articular e diminuir os riscos de
lesões (DANTAS, 2005). A importância da flexibilidade não está ligada apenas as lesões.
Conforme Araújo (2005), ter um determinado nível de flexibilidade é fundamental
em qualquer idade, principalmente na fase idosa. Para Platanov (2004) cada esporte possui
exigências especificas da flexibilidade devido à biodinâmica dos exercícios de competição.
Ainda segundo Araújo (2005) a flexibilidade desempenha grande papel em
diversas modalidades esportivas, como na ginástica, no futebol, no tênis, e em outras como na
dança, nas artes cênicas, contribuído para a realização dos movimentos de forma mais
eficazes.

Níveis adequados de força muscular e mobilidade articular contribuem para a


execução de movimentos eficientes e manutenção do equilíbrio, correlacionando-se
positivamente com a qualidade de vida (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS, p.
373, 1995).

Este é um estudo sobre a verificação da prática regular de alongamentos para adquirir


melhor flexibilidade durante seus treinamentos resistidos.

2 JUSTIFICATIVA

A importância da pesquisa realizada e saber se os indivíduos (homens de 25 à 35


anos), conseguem realizar os alongamentos decorrente aos seus treinos diários, se sua
flexibilidade pode ser gradativamente ampliada decorrente aos alongamentos.
Os indivíduos que serão avaliados irar receber um alongamento passivo, antes e
após de seus treinos para ser avaliados os pontos de mais encurtamentos, é aonde iremos
trabalhar mais.
Para a área da Educação Física, esta sendo feito essa pesquisa de campo pra
melhorarmos os trabalhos dentro das academias e darmos um bom treino e mais qualidade de
vida às pessoas.

3 OBJETIVO

3.1 Objetivo geral

Analisar a flexibilidade de homens de 25 a 35 anos, antes e após a intervenção de


treinamento resistido.
3.2 Objetivos específicos

 Analisar a flexibilidade;
 O individuo será analisando antes e após o treinamento;
 Será avaliados indivíduos praticantes de treinamentos resistidos;
 Será avaliada a flexibilidade de cada individuo durante o seu alongamento
passivo no inicio e ao final do treino.

3 PROBLEMA

O alongamento e recomendado para praticantes de treinamento resistidos?

4 HIPÓTESE

O alongamento é uma forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de


flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude articular normal com o
mínimo de restrição possível (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
Tipos de alongamentos:
- Alongamento estático ou passivo: consiste em realizar o alongamento de uma
determinada musculatura até a sua extensão máxima de movimento, e ao chegar neste ponto,
permanecer por um período que varia de 3 a 60 segundos (BADARO; SILVA; BECHE,
2007).
- Alongamento dinâmico, ativo ou balístico: corresponde a habilidade de se
utilizar a ADM, na performance de uma atividade física em velocidades rápidas do tipo
“sacudidas”. Utiliza-se de vários esforços muscular ativo insistido, na tentativa de maior
alcance de movimento (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
- Alongamento por Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva utiliza a influência
recíproca entre o fuso muscular e o Orgão Tendinoso de Golgi (OTG) de um músculo entre si
e com os do músculo antagonista, para obter maiores amplitudes de movimento. Para atingir o
alongamento de um músculo de maneira mais eficiente, a temperatura intramuscular deve
elevar-se antes que ele seja realizado (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
Quando um músculo está aquecido ele dá mais de si, alonga-se mais, tem maior
resistência à lesões e sua capacidade contrátil é maior (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
Embora exista uma grande polêmica sobre se o aquecimento possui ou não
influência na performance, não há dúvida de que, se ele for realizado corretamente provocará
uma diminuição da viscosidade dos líquidos orgânicos; aumento da espessura da cavidade
articular, permitindo o aumento da compressibilidade e a diminuição da pressão por área da
superfície articular, reduzindo o risco de lesões e diminuição do tempo de transição entre os
estados de contração e relaxamento (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
O aumento da temperatura tem efeito positivo sobre a capacidade de os
componentes de colágeno e elastina, no interior da unidade músculo-tendínea, se deformarem.
Ainda, a capacidade dos OTG relaxarem o músculo de modo reflexo por meio de inibição
autogênica é ampliada quando o músculo está aquecido. Recomenda-se que o exercício seja
empregado como o principal meio de elevar a temperatura intramuscular (BADARO; SILVA;
BECHE, 2007).
Bases neurofisiológicas do alongamento:
Os músculos esqueléticos constituem-se de milhares de fibras contráteis
individuais cilíndricas, chamadas fibras musculares. Essas fibras são células longas, finas e
multinucleadas, possuindo uma membrana conhecida como sarcolema (BADARO; SILVA;
BECHE, 2007).
Cada fibra muscular é composta por várias miofibrilas e cada miofibrila é
composta de vários sarcômeros (unidade funcional do músculo) ligados em série. O
sarcômero representa a zona que vai de uma linha Z até a outra linha Z. As miofibrilas são
compostas de pequenas estruturas chamadas miofilamentos protéicos de actina e miosina
dentro do sarcômero. Contudo, nos anos 70 e 80 surgiu um terceiro ligamento conectivo
extremamente elástico conhecido como Titina (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
A titina também denominada de conectina é uma proteína elástica extremamente
longa que percorre paralelamente ao arranjo ordenado dos miofilamentos e se estende da linha
Z para a linha M no centro do filamento da miosina e mantém o sarcômero no centro durante
contração e relaxamento. Presume-se que a miosina associada ao segmento da titina não se
alongue (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
Quando o sarcômero é alongado, a região da molécula de titina encontrada na
banda A, geralmente comporta-se como se ela fosse rigidamente ligada aos filamentos grossos
e impede o alongamento. Provavelmente pela interação dos filamentos grossos e outras
proteínas relacionadas. A resistência passiva quando o músculo é alongado origina-se da
banda I, e a parte da titina que se encontra na linha Z é complascente ao alongamento. Parece
bem estabelecido que a banda I da titina estende durante o alongamento do sarcômero
(BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
O tecido conjuntivo possui propriedades viscoelásticas.
O componente viscoso permite um estiramento plástico que resulta em
alongamento permanente do tecido depois que a carga é removida. Inversamente, o
componente elástico torna possível o estiramento elástico que é o alongamento temporário,
com o tecido retornando ao seu comprimento anterior depois que o estresse é removido. As
técnicas de exercício de movimento devem ser elaboradas principalmente de forma a produzir
a deformação plástica (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
Devem-se ressaltar ainda os componentes inextensíveis, que são aqueles que não
trabalham quando submetidos à ação de forças longitudinais. Por mais intensas que essas
forças sejam não provocam deformações. Estruturalmente, são os ossos e os tendões
(BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
Além da participação mecânica dos componentes plásticos, elásticos e
inextensíveis como a cápsula articular, o alongamento é grandemente influenciado pelo
mecanismo de propriocepção. Cada músculo no corpo contém vários tipos de proprioceptores,
os quais, se estimulados, informam ao sistema nervoso central o que está acontecendo com o
músculo. Os receptores mais importantes envolvidos no alongamento muscular são: o fuso
muscular e o OTG (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
O fuso muscular monitora a velocidade e duração do alongamento e detecta as
alterações no comprimento do músculo. As fibras do fuso são sensíveis à rapidez com a qual
um músculo é alongado (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
Diferente dos fusos musculares, que ficam paralelos às fibras musculares
extrafusais, os OTG estão conectados em série com até vinte e cinco fibras extrafusais. Esses
receptores sensoriais também estão localizados nas articulações e são responsáveis
principalmente pela identificação das diferenças de tensão muscular (BADARO; SILVA;
BECHE, 2007).
Esses receptores devem ser levados em conta no processo de seleção de qualquer
procedimento de alongamento. O fuso muscular responde ao alongamento rápido
desencadeando uma contração reflexa do músculo que está sendo alongado. Se um
estiramento (alongamento) é mantido por um período suficientemente longo (de pelo menos
seis segundos), o mecanismo protetor poderá ser anulado pela ação do OTG, que pode
sobrepujar os impulsos provenientes do fuso muscular (BADARO; SILVA; BECHE, 2007).
O Reflexo de alongamento miotático (1), o Reflexo de alongamento inverso
(inibição autogênica) (2) e a Inervação recíproca (inibição recíproca) (3), são as três técnicas
de alongamento que se baseiam em um fenômeno neurofisiológico que envolve o reflexo do
estiramento, onde o fuso muscular e o OTG são importantes (BADARO; SILVA; BECHE,
2007).

5 APORTE TEÓRICO/REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 Alongamento

Sabe-se que o alongamento evita as involuções e atrofias musculares,


consequências frequentes da inatividade devido a vida sedentária ou devido a algum membro
engessado. E uma disciplina que mantém o corpo e a mente em harmonia, usando técnicas de
alongamento, relaxamento e respiração uma necessidade para todos, por causa da vida
estressante (NUSSIO, 2007).
Alongamento estático ou passivo: consiste em realizar o alongamento de uma
determinada musculatura até a sua extensão máxima de movimento, e ao chegar neste ponto,
permanecer por um período que varia de 3 a 60 segundos. Para atingir o alongamento de um
músculo de maneira mais eficiente, a temperatura intramuscular deve elevar-se antes que ele
seja realizado. Quando um músculo está aquecido ele dá mais de si, alonga-se mais, tem
maior resistência à lesões e sua capacidade contrátil é maior (BADARO; SILVA; BECHE,
2007).
Alongamento não se restringe somente a uma propriedade muscular (CAJDOSIK,
2001). O alongamento devera resultar em maior flexibilidade de uma articulação (TAY LOK.
P. 60, 1990).
É normal se pensar que alongamento e só para atletas fazendo o uso antes e depois
dos treinos, sendo que a realidade não è bem assim, todos devem fazer alongamento
independente de idade ou sexo, sedentário ou não.

O alongamento e empregado para manutenção dos níveis de flexibilidade e


flexionamento para desenvolvimento da flexibilidade (DANTAS, 1999).

O alongamento dos músculos retraídos após seu aquecimento geral é uma das
precauções a serem tomadas para reduzir o risco de lesão (distensão muscular), pois um
programa destinado a prevenir distensões musculares deve incluir exercícios com pesos,
flexibilidade balanceada, aquecimento e atenção aos níveis de fadiga. O alongamento dos
músculos retraídos após seu aquecimento geral é uma das precauções a serem tomadas para
reduzir o risco de lesão (distensão muscular), pois um programa destinado a prevenir
distensões musculares deve incluir exercícios com pesos, flexibilidade balanceada,
aquecimento e atenção aos níveis de fadigas (ALMEIDA; JABUR, 2007).

5.2 Flexibilidade

Flexibilidade muscular e considerada uma qualidade física no aprimoramento da


aptidão física, reabilitação de lesões, performance esportivo e na qualidade de vida (VOIGT,
2011).
Fazemos diariamente movimentos usando a musculatura e as articulações para a
realização da flexibilidade, podendo ter um encurtamento ou não, sedentário ou um praticante
de exercícios físicos, a flexibilidade esta nos movimentos que realizamos naturalmente, a
pratica de exercício físico pode ajuda a ter um bom alongamento e uma ótima flexibilidade e
evitar sérios riscos de lesões.

Dessa forma, a flexibilidade vem sendo incorporada aos programas de treinamento


através de diversos métodos. O treinamento desta qualidade física pode ser feita de
forma máxima (flexionamento) ou de forma submáxima (alongamento), com
destaque para flexionamento estático (método passivo). (Conceição MCSC, Vale
RGS, Bottaro M, Dantas EHM, Novaes JS, 2008).

São utilizados vários tipos de teste de flexibilidade como o bando e Wells e com
esse este que o aluno ira saber as suas limitações de flexibilidade.

[...] é definido como a capacidade do tecido muscular estender-se permitindo que a


articulação se movimente através de toda a amplitude de movimentos e é
considerado um dos fatores determinantes para a eficácia na execução dos
deferentes movimentos envolvidos na realização das atividades da vida diária. (Fit
Perf. J, Rio de Janeiro 6, 6, 353, Nov/dez 2007).

5.3 Treinamento Resistido

As evidências científicas atuais demonstram que os exercícios resistidos também


contribuem para promover saúde cardiovascular. Com relação à segurança, os exercícios
resistidos foram identificados como os mais adequados para pessoas sedentárias ou
debilitadas, em função da facilidade com que podem ser adaptados para qualquer condição de
saúde e de aptidão. A musculação pode ser mais suave do que caminhar. Com procedimentos
técnicos simples, os exercícios resistidos proporcionam grande segurança nas doenças
reumatologias, ortopédicas e neurológicas. Os pequenos aumentos das frequências cardíacos e
respiratórios durante os exercícios garantem a segurança para pessoas com doenças
cardiológicas e pulmonares. Além de seguros, os exercícios resistidos são importantes para
melhorar a qualidade de vida das pessoas com doenças crônicas, promovendo saúde geral.
(SANTAREM, 2013).
Desde meados da década de 1960, as respostas cardiovasculares ao exercício
predominantemente de força têm sido discutidas. Até o início dos anos 1990, o Treinamento
resistido (também chamado de “treinamento de força, com pesos, contra-resistência” ou
“musculação”) não era contemplado em diretrizes internacionais. No entanto, nos últimos
anos, essa modalidade passou a ser considerada como uma possível estratégia para prevenção
primária e secundária de diferentes cardiopatias. Além disso, diversas pesquisas têm sugerido
que o exercício resistido, quando prescrito e supervisionado de forma apropriada, apresenta
efeitos favoráveis em diferentes aspectos da saúde (força muscular, Capacidade funcional,
bem-estar psicossocial, além de impacto positivo sobre fatores de risco cardiovasculares).
(UMPIERRE & STEIN, 2007)

5.4 Redução de amplitude e movimento

Com o passar dos anos, o nível de flexibilidade tende a diminuir e com isso
aumentam os riscos de lesões (como distensões musculares), dores, problemas posturais, e a
realização de atividades diárias. Porém, a flexibilidade excessiva pode provocar instabilidade
articular gerando: entorses articulares, osteoartrite e dores articulares. A hipermobilidade
pode ser tão incapacitante quanto à hipomobilidade. Ela pode manifestar-se em resposta a um
segmento ou região relativamente menos móvel (rigidez relativa) levando a uma
movimentação excessiva que não pode mais ser controlada pelos músculos. Neste caso
exercícios de estabilização que tentam limitar e controlar o movimento excessivo deve ser
aplicado. (ALMEIDA & JABUR, 2007)
Hipermobilidade deve ser diferenciada da instabilidade. A primeira se refere à
frouxidão ou comprimento excessivo de um tecido, enquanto a segunda é uma amplitude de
movimento excessivo para a qual não existe controle muscular de proteção. Uma precaução
importante que deve ser adotada ao tratar áreas de hipermobilidade consiste em garantir a
identificação das áreas de flexibilidade relativa. As técnicas de estiramento (alongamento)
destinadas a aprimorar a mobilidade em uma área hipomóvel podem aumentar a
hipermobilidade em uma área adjacente. (ALMEIDA & JABUR, 2007).
As atividades devem progredir de conformidade com a capacidade do indivíduo
em controlar os limites da estabilidade. A hiperflexibilidade pode ser benigna ou maligna.
Será considerada benigna se não houver o sintoma de dor. Se for maligna ou desenvolvida à
custa de micro lesões e/ou instabilidade músculo articular, pode afastar o esportista do
desempenho e conduzir a problemas ortopédicos e degenerativos, por suas conseqüências
músculo-esquelético. Entretanto, esse tipo de problema não é muito comum na prática de
esportes de alto nível, pois, esses esportistas acabam sendo eliminados antes de seu
desenvolvimento completo, por lesão ou por deficiência no desempenho esportivo. Outra
desvantagem consiste no facto de pessoas com articulações apresentarem dificuldade no
controle corporal, além de menor percepção corporal. Para essas pessoas recomendam-se
exercícios de alongamento somente como um meio de aquecimento. (ALMEIDA & JABUR,
2007).

5.5 Encurtamento muscular

O que faz com que um músculo apresente predominantemente um ou outro tipo


de fibra muscular? O que determina o fenótipo muscular é a demanda funcional à qual o
músculo é submetido. Sabe-se que todas as fibras musculares teriam um fenótipo de fibra
rápida, a não ser que as mesmas sejam submetidas a condições de alongamento ou tensão
isométrica. Esses dados podem ser confirmados por estudos onde o músculo sóleo
(predominantemente lento), quando imobilizado em posição de encurtamento ou exposto à
condição de hipogravidade , apresentou característica de músculo rápido, com a expressão de
genes de miosina rápida. De modo contrário, o músculo tibial anterior (músculo
predominantemente rápido) apresentou expressão de miosina lenta após eletro estimulação e
alongamento (MINAMOTO, 2005).
Assim, o músculo sóleo apresenta predomínio de fibras de contração lenta, pois
sua demanda funcional faz com que suas fibras sejam ativadas durante 90% do tempo,
enquanto os músculos fásicos ou rápidos são ativados somente durante 5%. Desse modo, os
músculos posturais ou tônicos, responsáveis pela manutenção do corpo contra a gravidade,
apresentam um predomínio de fibras de contração lenta, e os músculos fásicos, responsáveis
pela produção de força muscular, são compostos, predominantemente, por fibras de contração
rápida (MINAMOTO, 2005).
Verifica-se maior predisposição de as fibras lentas se apresentarem encurtadas.
Isso ocorre por esses músculos tônicos estarem quase sempre em estado de contração,
portanto em posição de encurtamento, o que provoca, além da perda do número de
sarcômeros em série, encurtamento da fibra muscular, maior proliferação de tecido. A
diminuição do número de sarcômeros em série e a proliferação do tecido conjuntivo acarreta
maior rigidez muscular, o que torna o músculo mais resistente a uma força de alongamento.
Este é um dos motivos que justificam o fato de diferentes músculos responderem de forma
diferenciada a um mesmo protocolo de alongamento uma vez que, conforme a demanda
funcional, componentes, número de sarcômeros em série e quantidade de tecido conjuntivo,
que interferem na força de resistência imposta pelo músculo frente a um estímulo de
alongamento, diferem entre os vários músculos. É importante ressaltar que não somente os
músculos tônicos, por apresentarem constante atividade muscular, são susceptíveis aos
encurtamentos (MINAMOTO, 2005).
Os músculos fásicos ou dinâmicos também podem apresentar-se encurtados, pois
o que determina o encurtamento muscular é a posição predominante na qual o mesmo
permanece. Desse modo, deve-se dar maior ênfase ao alongamento de músculos posturais ou
de músculos que permanecem em posição predominante de encurtamento, devido à
diminuição de sarcômeros em série e à proliferação de tecido conjuntivo observadas nesses
músculos (MINAMOTO, 2005).

5.6 Característica do Homem e Flexibilidade

Métodos tradicionais como o sit-and-reach3, cujos resultados avaliam apenas um


movimento corporal, além de depender do comprimento proporcional de membros inferiores
e da força para executá-lo ativamente pelo avaliado. Os resultados mostraram que a força
muscular máxima é maior nos homens do que nas mulheres, independente dos grupos
musculares avaliados. Por outro lado, em relação à flexibilidade, as mulheres têm, de forma
global, maior flexibilidade do que os homens, dados estes que corroboram a literatura 3,4.
Uma contribuição original do presente estudo é a demonstração de que a diferença entre
mulheres e homens quanto à flexibilidade localiza-se nos movimentos do quadril, coluna e
membro inferior, mas não existe nos movimentos de membro superior e ombro.
(CARVALHO; PAULA; AZEVEDO E NÓBREGA, 1998)
Outro aspecto importante é a demonstração da inexistência de correlação entre
flexibilidade e força muscular, sugerindo independência entre essas qualidades físicas.
Análises de correlação separadas foram realizadas entre força e flexibilidade de homens e
mulheres, pois a aglutinação dos resultados de ambos os sexos pode revelar equivocadamente
um coeficiente de correlação significativo, Os dados obtidos em homens e mulheres têm
diferenças sistemáticas de flexibilidade e de força e, por essa razão, devem ser analisados
separadamente (CARVALHO; PAULA; AZEVEDO E NÓBREGA, 1998).

6 METODOLOGIA

Para o estudo, optamos pelo método de pesquisa quantitativo transversal onde é


oferecido informações mais objetivas e precisas para o processo de tomada de decisão.
Na pesquisa foi utilizada o instrumento de coleta criado pelo Dr. Claudio Gil Soares
de Araújo (2005), que aborda a flexibilidade, através de uma revisão dos estudos sobre esta
validez física, considerando as diferenças biotipológicas individuais. O autor expõe a
metodologia do Flexiteste, validada no decorrer de 8 semanas para cada voluntário,
oferecendo comparações com os procedimentos anteriores.
Através de um convite por conveniência informal TCLE (Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido) realizado em uma Academia no setor Sudoeste de Goiânia-GO,
localizada no Setor Cidade Jardim, definidas as atribuições no método de inclusão foram
homens de 25 a 35 anos, onde 4 praticam alongamento e outros 4 não. Os de exclusão foram
mulheres ou homens que possuem algum tipo de patologia ou outros tipos de particularidades.
Durante as 8 semanas, os voluntários do grupo de já praticavam alongamentos
precisaram realizar os treinos cadeira flexora e abdutora com alongamento no final do treino.
O grupo sem o hábito de fazer alongamentos precisaram fazer treinos cadeira flexora e
abdutora com alongamentos anterior ao treino.
7 CRONOGRAMA DA PESQUISA

FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014
INÍCIO DA
PRODUCAO DO x
TRABALHO

DEFINIÇÃO
x x
TEMA

EXTRUTURAÇÃO
x x x x x
DO PROJETO

ENTREGA DO
x
PROJETO

Ate
REVISÃO DE
Dez
LITERATURA
2015

ACESSO AO
X
CAMPO

APLICAÇAO
INSTRUMENTO X
DE COLETA

ANALISE DE
DADOS

PRODUÇÃO DO
ARTIGO

DEZ
ENTREGA DO
2015
ARTIGO
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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