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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

CURSO DE DIREITO

DEISY FERREIRA DA SILVA

ADOÇÃO HOMOAFETIVA NO BRASIL

Goiânia
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2012
DEISY FERREIRA DA SILVA

ADOÇÃO HOMOAFETIVA NO BRASIL

Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina


Orientação Metodológica para Trabalho de
Conclusão de Curso, visando à elaboração de
monografia jurídica, requisito imprescindível à
obtenção do grau de Bacharel em Direito pela
Universidade Salgado de Oliveira.

Orientadora:
Professora Rosana Maria Perilo Ferreira.
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Goiânia
2012
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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO....................................................................................................1
1.1 Tema e delimitação......................................................................................... 1
1.2 Problema.......................................................................................................... 1
1.3 Justificativa......................................................................................................2
2 OBJETIVOS............................................................................................................. 3
2.1 Objetivo Geral..................................................................................................3
2.2 Objetivos Específicos.....................................................................................3
3 HIPÓTESES............................................................................................................. 4
4 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................5
5 METODOLOGIA.......................................................................................................8
6 ESTRUTURA PROVÁVEL DA MONOGRAFIA.......................................................9
7 CRONOGRAMA.....................................................................................................10
8 REFERENCIAS...................................................................................................... 11
1 APRESENTAÇÃO

1.1 Tema e delimitação

O tema trata se de um assunto muito polêmico, onde trás discussões


favoráveis e contrarias, Adoção Homoafetivas, ou seja, a possibilidade de duas
pessoas do mesmo sexo, em uma união estável, adotarem conjuntamente criança
ou adolescente.
Sabemos que no Brasil há muitas crianças sem família por algum motivo
e há também muitos casais sem filhos. Sabemos também que há varias formas de
família e casais no mundo. Existem casais que não tem filhos por não quererem ou
porque não podem ter. Há adoção no Brasil e muito burocrática, mas mesmo assim
os casais interessados insistem na formação da família e na busca da adoção,
principalmente os casais homoafetivos.
Esse assunto e muito discutido não apenas no âmbito social, mas
também no âmbito jurídico. As questões são tratadas de maneira preconceituosa
pela sociedade. Desde de antiguidade, na civilizações gregas e romanas as relações
entre homossexuais já existiam e era e ate hoje ha essa resistência entre casais
homoafetivos. Mesmo tendo varias jurisprudências atuais na defensiva dos casais
homoafetivos afirmando ter um direito normal na sociedade, não sendo
desamparada no âmbito jurídico. Há divergências de pensamentos em relação ao
assunto em todo o mundo e em cada nação há diferenciações entre os direitos e
deveres da sociedade.
Mesmo não tendo lei que ampara, as mudanças da sociedade, não pode
deixar de julgar os litígios apresentados ao judiciário, e por conseqüência utiliza-se
a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito como fonte para tais
julgados.

1.2 Problema

a) Há ou não necessidade de equiparar a união homoafetiva como união


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estável?
b) A união estável é taxativa ou exemplificativa?
c) A relação entre casal homoafetivos são considerados família?

1.3 Justificativa

O tema abordado é muito extenso e preconceituoso tenho como objetivo


mostrar a importância da família na vida de um ser humano, mesmo não sendo um
família tradicional como diz a Constituição Federal. Como é importante ter base,
estrutura familiar, equilíbrio psicológico, mental, para sobre sair em meio
dificuldades, problemas e obstáculos da vida tendo apoio de uma família equilibrada
e com princípios básicos de respeito ao próximo sem preconceito e com humildade
de aceitar as diferenças das pessoas.
A sociedade brasileira muda a cada dia e não podemos deixar de julgar
as mudanças, visando o bem estar das pessoas, não podemos deixar de julgar os
litígios que chegam em nosso judiciário pelo fato de não haver lei especifica, temos
que agir então pelos princípios do direito, da analogia dos fatos.
Esse tema é muito discutido tanto na esfera judicial quanto entre
doutrinadores, mas é um assunto que não pode deixar de ser resolvido, haja vista
que tem julgados em nosso STF favorecendo casais homossexuais a adoção
formando assim a “nova família”.
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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Trazer os vários pensamentos dos doutrinadores, jurisprudências e


sumulas a respeito do assunto citado, mostrando as diferenças de opiniões e
defendendo os casais homoafetivos para uma vida melhor sem preconceito e
divergências .

2.2 Objetivos Específicos

a) Verificar a possibilidade de um casal homoafetivo adotar uma criança


ou um adolescentes.
b) Mostrar a importância da família.
c) Mostrar a família homoafetiva como uma “nova família”.
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3 HIPÓTESES

Caso haja seja equiparado a união estável entre os casais homoafetivos a


sociedade iria se acostumar com a chamada “nova família” sem preconceito e
julgamentos desnecessários.
A união estável se taxativa, se equiparam a do casamento, pois são lhes
garantidos os mesmos direitos e deveres. Através da Constituição Federal poderá a
titulo exemplificativo reconhecer novas famílias.
Se a relação entre casais homoafetivo for considerada família os mesmos
possuirão as garantias previstas na Constituição Federal conforme disposto em seus
artigos 1° ao 5°.
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4 REFERENCIAL TEÓRICO

Por se tratar de um assunto controverso há divergências de opiniões


entre os doutrinadores e jurisprudências.
Segundo Dias (2005):

A adoção não pode estar condicionada à preferência sexual ou à realidade


familiar do adotante, sob pena de infringir-se o mais sagrado cânone do
respeito à dignidade humana, que se sintetiza no princípio da igualdade e
na vedação de tratamento discriminatório de qualquer ordem.
Fundamentos outros e de ordem constitucional merecem ser invocados.
Ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei (inciso II do art. 5º da CF). Sem limitação legal, não se
pode negar o direito de crianças e adolescentes à adoção, que lhes irá
assegurar um lar, uma família, o direito ao afeto e à felicidade, ou seja, o
direito à vida. A eles é assegurado o maior número de garantias, e são os
que gozam de mais direitos na esfera constitucional. Ao depois, é dever da
família, da sociedade e do Estado (art. 227 da CF) assegurar à criança,
além de outros, o direito à dignidade, ao respeito e à liberdade. Esses
direitos certamente meninos e meninas não encontrarão nas ruas, quando
são largados à própria sorte ou depositados em alguma instituição. A
adoção, mais do que uma questão jurídica, constitui-se em uma postura
diante da vida, em uma opção, uma escolha, um ato de amor.

Segundo Dias (2005), família e um bem estimável, pois relata a mesma


que:

Esta, ainda que pareça ser uma afirmativa chocante, é absolutamente


verdadeira. O amor não tem sexo, não tem idade, não tem cor, não tem
fronteiras, não tem limites.
O amor não tem nada disso, mas tem tudo. Corresponde ao sonho de
felicidade de todos, tanto que existe uma parcela de felicidade que só se
realiza no outro. Ninguém é feliz sozinho. Como diz a música, é impossível
ser feliz sozinho, sem ter alguém para amar.
Essa realidade começou a adquirir tamanha visibilidade, que o amor passou
a ter relevância jurídica e acabou ingressando no ordenamento jurídico. Em
um primeiro momento, só o casamento chancelava o envolvimento afetivo,
verdadeiro sacramento para a Igreja, sendo considerado pelo Estado a
instituição-base da sociedade.

Bem resumiu Maschio (2001) as diversas formas que o ser humano


consegue se reunir hoje em dia em torno do afeto:

A liberação sexual, sem dúvida, em muito contribuiu para a formação desse


novo perfil de família. Não há mais necessidade do casamento para uma
vida sexual plena. (...) O objetivo dessa união não é mais a geração de
filhos, mas o amor, o afeto, o prazer sexual. Ora, se a base da constituição
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da família deixou de ser a procriação, a geração de filhos, para se


concentrar na troca de afeto, de amor, é natural que mudanças ocorressem
na composição dessas famílias. Se biologicamente é impossível duas
pessoas do mesmo sexo gerarem filhos, agora, como o novo paradigma
para a formação da família – o amor, em vez da prole – os “casais” não
necessariamente precisam ser formados por pessoas de sexo diferentes.

Segundo a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 226: A família,


base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 1º O casamento é civil e gratuito a celebração.


§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre
homem e mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua
conversão em casamento.
§ 4º Entende – se, também, como entidade familiar a comunidade formada
por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes a sociedade conjugal são exercidos
igualmente pelo homem e pela mulher.
§6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divorcio.
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da
paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal,
competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o
exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de
instituições oficiais ou privadas.
§ 8º O Estado assegurara a assistência a família na pessoa de cada um dos
que a que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito
de suas relações.

Jurisprudência, REsp 889.852-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado


em 27/4/2010.

Cuida-se da possibilidade de pessoa que mantém união homoafetiva adotar


duas crianças (irmãos biológicos) já perfilhadas por sua companheira. É
certo que o art. 1º da Lei n. 12.010/2009 e o art. 43 do ECA deixam claro
que todas as crianças e adolescentes têm a garantia do direito à
convivência familiar e que a adoção fundada em motivos legítimos pode ser
deferida somente quando presentes reais vantagens a eles. Anote-se,
então, ser imprescindível, na adoção, a prevalência dos interesses dos
menores sobre quaisquer outros, até porque se discute o próprio direito de
filiação, com consequências que se estendem por toda a vida. Decorre daí
que, também no campo da adoção na união homoafetiva, a qual, como
realidade fenomênica, o Judiciário não pode desprezar, há que se verificar
qual a melhor solução a privilegiar a proteção aos direitos da criança. Frise-
se inexistir aqui expressa previsão legal a permitir também a inclusão, como
adotante, do nome da companheira de igual sexo nos registros de
nascimento das crianças, o que já é aceito em vários países, tais como a
Inglaterra, País de Gales, Países Baixos, e em algumas províncias da
Espanha, lacuna que não se mostra como óbice à proteção proporcionada
pelo Estado aos direitos dos infantes. Contudo, estudos científicos de
respeitadas instituições (a Academia Americana de Pediatria e as
universidades de Virgínia e Valência) apontam não haver qualquer
inconveniente na adoção por companheiros em união homoafetiva, pois o
que realmente importa é a qualidade do vínculo e do afeto presente no meio
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familiar que ligam as crianças a seus cuidadores. Na específica hipótese, há


consistente relatório social lavrado por assistente social favorável à adoção
e conclusivo da estabilidade da família, pois é incontroverso existirem fortes
vínculos afetivos entre a requerente e as crianças. Assim, impõe-se deferir a
adoção lastreada nos estudos científicos que afastam a possibilidade de
prejuízo de qualquer natureza às crianças, visto que criadas com amor,
quanto mais se verificado cuidar de situação fática consolidada, de dupla
maternidade desde os nascimentos, e se ambas as companheiras são
responsáveis pela criação e educação dos menores, a elas competindo,
solidariamente, a responsabilidade. Mediante o deferimento da adoção,
ficam consolidados os direitos relativos a alimentos, sucessão, convívio com
a requerente em caso de separação ou falecimento da companheira e a
inclusão dos menores em convênios de saúde, no ensino básico e superior,
em razão da qualificação da requerente, professora universitária. Frise-se,
por último, que, segundo estatística do CNJ, ao consultar-se o Cadastro
Nacional de Adoção, poucos são os casos de perfiliação de dois irmãos
biológicos, pois há preferência por adotar apenas uma criança. Assim, por
qualquer ângulo que se analise a questão, chega-se à conclusão de que, na
hipótese, a adoção proporciona mais do que vantagens aos menores
(art. 43 do ECA) e seu indeferimento resultaria verdadeiro prejuízo a eles.
REsp 889.852-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 27/4/2010.
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5 METODOLOGIA

A pesquisa fará uso do método de compilação, para melhor compreensão


do tema abordado.

BRASIL. Constituição(1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações,
Subsecretaria de Edições Técnicas, ps. 21 a 25, 76 de 2012-10-01

DIAS, M. B. União Homossexual: O preconceito e a justiça. 3 ed. São Paulo,


2005.

MASCHIO, J. J. A Adoção por casais homossexuais. Terezina, n. 55, nov. 2001.


Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2764>.

Jurisprudencia: (arpen-sp.jusbrasil.com.br/noticias/2179807/jurisprudencia-stj-
menores-adoçao-uniao-homoafetiva)
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6 ESTRUTURA PROVÁVEL DA MONOGRAFIA

INTRODUÇÃO

1 HISTÓRICO DO HOMOSSEXUALISMO
1.1 Histórico do modelo de família
1.2 Histórico da adoção no Brasil
1.3 Evolução em relação adoção no Brasil
1.4 O combate a homofobia

2 ANÁLISE DA JURISPRUDÊNCIA

3 ABORDAGEM MUNDIAL AO CONTEÚDO

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS
2
1
0
2
Período
Agosto

Outubro
Setembro

Dezembro
Novembro
Atividade
7 CRONOGRAMA

Seleção do tema

Revisão de literatura

Elaboração do Projeto

Coleta dos dados

Análise dos dados

Discussão

Redação do corpo do
trabalho

Entrega do relatório
final
10
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8 REFERENCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações,
Subsecretaria de Edições Técnicas, ps. 21 a 25, 76 de 2012-10-01

______________. Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Dispõem sobre o Código


Civil Brasileiro, Brasília, ed. 2, p. 245, 2006.

______________. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da


Criança e do Adolescente. Brasília, p.28, 2007.

DIAS, M. B. União Homossexual: O preconceito e a justiça. 3 ed. São Paulo,


2005.

______________. Efeitos patrimoniais das relações de afeto: Repensando o


Direito de Família. Belo Horizonte: IBDFam, 1999.

KOTLINSKI, K; CESÁRIO, J; NAVARRO, M;CORTÊS, I.R. Legislação e


Jurisprudência LGBTTT: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais,
Transgêneros. Letras Livres, Distribuição Gratuita, Brasília, 2007.

MASCHIO, J. J. A Adoção por casais homossexuais. Terezina, n. 55, nov. 2001.


Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2764>.

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA, Sistema de Bibliotecas. UNISISB, Inez


Barcellos de Andrade ...[et al] (Organizador). Manual para Elaboração de
Trabalhos Acadêmicos e Científicos: guia para alunos, professores e
pesquisadores da UNIVERSO. São Gonçalo, 2002. 85p.

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