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CURSO DE DIREITO
ALIENAÇÃO PARENTAL :
CONSEQUÊNCIAS NO ÂMBITO JURÍDICO
Goiânia
2015
REGINA ANTÔNIA DOS SANTOS
ALIENAÇÃO PARENTAL :
CONSEQUÊNCIAS NO ÂMBITO JURÍDICO
Goiânia
2015
Regina Antônia dos Santos
ALIENAÇÃO PARENTAL :
CONSEQUÊNCIAS NO ÂMBITO JURÍDICO
Banca Examinadora:
Professora Ma. Jacqueline Araújo Brito Alves – Mestre em Ciências Sociais, UFSCar
Examinador - UNIVERSO
RESUMO
Dentre os conflitos familiares que merecem ser estudados por suas implicações na
vida da criança e do adolescente encontra-se a alienação parental.
Fenômeno que, embora não seja recente, visto que sempre esteve presente no
cotidiano das famílias, somente em 2010 foi aprovada uma lei para combatê-la - a
Lei 12.318/2010. Esta Lei tem a intenção de proteger a criança e o adolecente dos
abusos cometidos pelos pais, quando um deles denigre a imagem do outro para
essa criança e adolescente, com a intenção de que eles não queiram mais manter
contato com o genitor alienado, e com isso, conseguir com que ele sinta-se mal por
não ter mais o amor dos filhos. Este é um grande problema porque os filhos amam
igualmente pai e mãe, e quando são obrigados a optar por um deles, podem não ter
estruturas psicológicas para suportar tal decisão.
Este artigo tem como objetivo a análise da alienação parental e suas conseqüências
no âmbito jurídico. Dessa forma, intenciona demonstrar, sob a ótica jurídica, os
prejuízos que a alienação parental pode causar em adultos que sofreram esse
abuso, levando-os a se tornarem pessoas agressivas, e, por conseguinte, um
problema para a sociedade.
Para tanto será utilizado o método de pesquisa bibliográfica para a investigação do
objeto em estudo.
1
Acadêmica do 10° período do Curso de Direito da Universidade Salgado de Oliveira - Universo -
Goiânia. Graduada em Administração em Turismo pela PUC - Goiás.
2
Possui graduação em Letras Inglês e Literaturas Correspondentes pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (1993) e mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade de Brasília (2002) e
especialização em Docência Universitária pela Universidade Salgado de Oliveira(2004). Atualmente é
professor titular da Universidade Salgado de Oliveira.
INTRODUÇÃO
Diante da alta violência por que passa nossa sociedade, faz-se necessário um
estudo sobre a influência causada pelo comportamento dos pais, sobre a vida de
seus filhos, quando um desses pais tenta colocar o filho contra o outro genitor.
Esse ato é cometido, geralmente pelo cônjuge que se sente lesado de alguma
forma com a separação, e na tentativa de afetar o outro cônjuge, que em sua opinião
merece ser punido, tenta tirar dele o afeto de seus filhos. Muitas vezes, o cônjuge
que realiza tal ato, sequer tem a percepção das consequências devastadoras que
pode acarretar na vida da criança ou do adolescente.
A essa prática, a qual se deu a denominação de Alienação Parental, sempre
ocorreu em nossa sociedade, porém, somente nos últimos anos é que ocorreram
movimentos no sentido de coibi-la.
O primeiro passo dado nesse sentido foi a criação do projeto de lei
4.053/2008 do Deputado Regis de Oliveira, que após aprovado foi transformado na
Lei Ordinária 12.318/2010.
Após essa iniciativa passou-se a discutir dentro do âmbito jurídico, e da
própria sociedade, a problemática da alienação parental, buscando-se com isso um
exame mais aguçado acerca desse tema, visando a busca de soluções.
Convém observar que a problemática já existia anteriormente, no entanto, não
havia leis próprias, que pudessem direcionar uma tomada de decisão unificada,
assegurando que tanto as crianças como os adolescentes tivessem os seus direitos
garantidos e respeitados.
Diante do exposto, o presente trabalho tem o objetivo de analisar as
consequências da alienação parental no âmbito jurídico. Esse estudo é essencial,
visto que, a criança e o adolescente que passa por uma situação de alienação
parental pode criar traumas difíceis de serem tratados. Esses traumas se não forem
orientados e conduzidos com cuidado, podem levar essa criança ou adolescente, a
se tornar um adulto violento, descarregando toda a sua frustração e revolta contra a
sociedade.
1. A INSTITUIÇÃO FAMILIAR
O entendimento do que seja a família foi sendo modificado através dos anos.
Antigamente, a noção de família era aquela constituída por um casal, formado por
um homem e uma mulher, ligados única e exclusivamente pelo laço do matrimônio,
devendo ser esse enlaçe realizado e abençoado por um padre.
Como foi dito anteriormente, esses direitos e deveres que regem as relações
familiares foram, ao longo dos tempos, se modificando, contudo, a instituição familiar
quedou-se protegida, visto ser ela à formadora e mantenedora da sociedade.
2. ALIENAÇÃO PARENTAL
A alienação parental é realizada não somente pelos pais, mas também pelos
avós ou qualquer outra pessoa que tenha a criança sob sua autoridade.
4. LEI 12.318/2010
Temos, ainda:
5. CONCLUSÃO
Diante dos estudos realizados vemos que a Alienação Parental é uma forma
de manipulação utilizada por um dos genitores para difamar o outro genitor, levando
seus filhos a se afastar dele.
Elaborar esse quadro é necessário para que o indivíduo entenda que ele
nada tem a ver com os problemas conjugais dos pais, não devendo se espelhar nas
atitudes deles.
A preocupação com esse quadro torna-se pertinente, uma vez que, esses
sujeitos integram a sociedade e suas atitudes trazem reflexo na vida das demais
pessoas. A vista disso, as pessoas que fazem parte do seu circulo de convivência,
como por exemplo, sua família, podem de igual forma desenvolver depressão
transformando-se em pessoas descrentes ou desenvolverem atitudes violentas.
BITTAR, Carlos Alberto. Direito de família – 2ª ed., Ed. Forense Universitária, Rio
de janeiro: 1993.
DUARTE, Lenita Pacheco Lemos. A guarda dos filhos na família em litígio – uma
interlocução da psicanálise com o Direito – 3ª ed., Ed. Lúmen júris, Rio de
Janeiro: 2009.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil – Direito de Família - 11ª ed. Ed. Atlas, São
Paulo: 2011.