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UNIVERSIDADE TIRADENTES

CURSO DE DIREITO
DIREITO DO CONSUMIDOR
TURMA: N03

THIAGO ALMEIDA LIMA

ACÓRDÃO – DIREITOS INDIVIDUAIS


HOMOGÊNEOS

ARACAJU
2014
THIAGO ALMEIDA LIMA

ACÓRDÃO – DIREITOS INDIVIDUAIS


HOMOGÊNEOS

Pesquisa referente à Medida de


Eficiência da disciplina Direito do
Consumidor, ministrada pelo Profº.
José Washington Nascimento de
Souza, relativa à 2ª unidade do
segundo semestre letivo de 2014.

ARACAJU
2014
Durante os dias 20 e 21 de Outubro do presente ano, foi realiza no
auditório Padre Arnóbio, localizado no bloco D, na Universidade Tiradentes o
Congresso de Direito Civil e Processo Civil – novos tempos, novas tendências,
novo CPC, abordando diversos temas, tais como o Direito de Família; os
desafios das novas tecnologias para o processo judicial; a defesa coletiva dos
consumidores; entre outros.

No dia 21 foi realizado uma mesa redonda abordando o tema Direito da


Família com os debatedores Rita de Cássia Barros de Menezes, Marcos
Feitosa Lima e Acácia Santos Lelis, discutindo pontos sobre o conceito civil de
família, os princípios, a importância do direito da família, casamento, as novas
famílias, entre outros.

O professor Marcos Feitosa iniciou sua pauta conceituando o Direito de


Família sob a ótica da doutrinadora Maria Helena Diniz – “Direito de Famíliaé o
conjunto de normas que regem a celebração, a validade e os efeitos do
casamento, as relações da sociedade conjugal, sua disposição, as relações
entre pais e filhos, o vínculo de parentesco e os institutos complementares da
tutela e curatela”.

A professora Rita de Cássia ressaltou ainda que o conceito de Direito de


Família é ainda mais abrangente. Para a Lei 11.340/1006, também conhecida
como Lei Maria da Penha, família é a núcleo de pessoas que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa.

O conceito de família vem sendo alterado em razão de mudanças nas


estruturas sociais, passando o Direito de Família a tutelar outras situações que
foram sendo criadas socialmente e paulatinamente reguladas pela lei.
Visto que algumas ‘novas’ famílias são baseado no ditado – ‘os meus, os seus
e os nossos filhos’, e que alguns conceitos deveriam passar por uma
atualização, pois houve uma modificação nessa seara, na ótica da professora
Acácia Gardênia Santos Lelis.

O professor ressaltou que o reconhecimento da união estável entre


parceiros da mesma opção sexual pelo o STF, lhes concebendo direitos para
fins previdenciários, adotivos, pensão, sucessório, relação de dependentes de
plano familiar de saúde, entre outros que se assemelham. Observe que o
instituto da união estável por vezes é mencionado no Código Civil. Quando
assim proceder, estenda o conteúdo às referidas relações homoafetivas.

Foi exposto durante o debate os principais princípios basilares do Direito


de Família, abrindo discursão a respeito de uma nova concepção a respeito
das novas famílias constituídas se esses princípios se encaixariam na atual
conjuntura.

Princípios da ratio do matrimônio princípio básico do casamento e da


vida conjugal é a afeição entre os cônjuges e a necessidade de que perdure
completa união de vida.

Princípio da igualdade jurídica dos cônjuges – com esse princípio


desaparece o poder marital, e a autocracia do chefe de família é substituída por
um sistema em que as decisões devem ser tomada de comum acordo entre
marido e mulher ou conviventes, pois os tempos atuais requerem que a mulher
seja a colaboradora do homem e não sua subordinada e que haja paridade de
direitos e deveres entre os cônjuges e companheiros.

Princípio da igualdade jurídica de todos os filhos não se faz distinção


entre filho matrimonial, não matrimonial ou adotivo quanto ao poder familiar,
nome e sucessão; permite-se o reconhecimento de filhos extramatrimoniais e
proíbe-se que se revele no assento de nascimento e ilegitimidade simples ou
espuriedade.

Princípio do pluralismo familiar é o reconhecimento da família


matrimonial e de entidades familiares.

Princípio da Consagração do Poder Familiar, o poder- dever de dirigir a


família é exercido conjuntamente por ambos os genitores, desaparecendo o
poder marital e paterno.

Princípio do respeito da dignidade da pessoa humana,


constitucionalmente garantido, deverá ser garantido pelos membros da
comunidade familiar.

O ponto alto dos debates na mesa – redonda foi referente ao casamento


civil entre pessoas do mesmo sexo que foi recentemente pelo Conselho
Nacional de Justiça – Resolução n. 175que impede os cartórios brasileiros de
se recusarem a converter uniões estáveis homoafetivas em casamento civil,
segundo a professora Acácia Gardênia Santos Lelis, ao menos mil casamentos
homoafetivos foram celebrados no País nos últimos 12 meses. O maior número
de uniões ocorreu em São Paulo, onde somente na capital foram celebrados
701 casamentos, segundo levantamento da Associação dos Registradores de
Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). 

 O professor Marcos Feitosa Lima alegou que casamento e união estável


geram diferentes direitos. Em uma união estável, parceiros só adquirem direito
à divisão de bens após período mínimo de convivência. No casamento, o
direito é imediato, ainda que o enlace tenha terminado horas depois. O
casamento também modifica ostatus civil dos envolvidos para casado; já a
união estável não gera modificação no status civil.

A mesa redonda apresentada pelos ilustríssimos professores da UNIT foi


bastante enriquecedor, ampliando ainda mais os nossos conhecimentos e
senso crítico a respeito do Direito de Família.

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