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Sabemos que o tempo é uma das coisas mais preciosas em nossa vida, sabemos também que hoje em
dia é algo que nos falta... e MUITO!!
Por isso, nós, equipe do Direito Esquematizado, reunimos todo o nosso conhecimento e produzimos
um conteúdo fácil, esquematizado e rápido de aprender
1. Compartilhem esse material com seus amigos da Faculdade, Advogados, MP, etc., e
claro, pode compartilhar também com sua mãe, pai, cachorro, papagaio... Pois somente
com a ajuda de vocês o nosso trabalho irá crescer cada vez mais
“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas
formas de enxergar o mundo”
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DIREITO CIVIL
Antes de iniciar o conteúdo é importante nós localizarmos na linha do tempo do estudo do Direito Civil
Na Direito Civil Parte Geral estudamos: Pessoa, Bem e Atos Jurídicos (Atos Jurídicos “lato sensu; Aquisição
e Extinção e Negócios Jurídicos (Ato ilícito e Contratos)
No Direito Contratual ou Contratos em Espécie estudamos o vínculo das obrigações estipuladas entre
pessoas
No Direito das Coisas ou Direito Real, estudamos o vínculo entre pessoa e objeto
Direitos de Família
INTRODUÇÃO
“O Direito de Família, entre todos os ramos do Direito Civil, é aquele que mais de perto toca os nossos
corações e as nossas vidas” P.S.G.
O homem não é um ser isolado, viver é conviver, e a realização do homem só se consegue por meio do
convívio com os outros, de maneira que a família é a primeira comunidade em que naturalmente se
integra
CONCEITO DE FAMÍLIA
A família é o elemento propulsor de nossas maiores felicidades e, ao mesmo tempo, é na sua ambiência
em que vivenciamos as nossas maiores angústias, frustrações, traumas e medos
Nesse contexto, fica claro que o conceito de família reveste-se de alta significação psicológica, jurídica e
social, impondo-os um cuidado redobrado em sua delimitação teórica
O vocábulo família abrange todas as pessoas ligadas por vínculo de sangue e que procedem, portanto,
de um tronco ancestral comum, bem como as unidas pela afinidade e pela adoção. Compreende os cônjuges
e companheiros, os parentes e os afins
O art. 226, caput da CF estabelece que a família é a base da sociedade, dispondo de especial proteção do
Estado. Desta forma a família é a “celular mater” (célula mãe) da sociedade
As normas protetivas do Direito de Família têm a sua NATUREZA JURÍDICA Jus Cogens por ser a célula
mãe da sociedade, sendo assim predominam as normas de ordem pública - Normas inderrogáveis pela
vontade das partes, impondo antes deveres do que direitos
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O Direito de Família divide-se em QUATRO PARTES:
DIREITO PESSOAL
DIREITO PATRIMONIAL
UNIÃO ESTÁVEL
TUTELA E CURATELA
No Direito de Família não é possível que as partes voltem ao status quo (estado anterior), uma vez casado
nunca mais será solteiro
Outra característica dos direitos de família é a sua natureza personalíssima, que são direitos irrenunciáveis
e intransmissíveis por herança
Diante disso a forma que parece ser a mais juridicamente tutelada é o casamento, por isso se inicia os
estudos do Direito de Família pelo casamento:
Casamento
Segundo Clóvis Beviláqua: “O casamento é um contrato bilateral e solene e, pelo qual um homem e uma
mulher se unem indissoluvelmente, legalizando por ele suas relações sexuais, estabelecendo a mais estreita
comunhão de vida e de interesses, e comprometendo-se a criar e a educar a prole, que de ambos nascer”
As definições apresentam o casamento como união entre homem e mulher, ou seja, entre duas pessoas de
sexo diferente. Tal requisito, todavia, foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça, que reconheceu
expressamente a inexistência de óbice relativo à igualdade de sexos (uniões homo afetivas)
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A NATUREZA JURÍDICA do Casamento é explicada por 3 TEORIAS:
3) Teoria Eclética – O ato de se casar tem natureza contratual, mas as consequências jurídicas da
vida é uma instituição. Essa Teoria é a mais aceita pelos Doutrinadores
1) DUALIDADE DE PESSOAS (Anteriormente era dualidade de sexo, entretanto não é mais um elemento
necessário, devido ao julgado do STJ sobre o casamento de sexo igual)
2) MANIFESTAÇÃO DE VONTADE – Dizer: Aceito a Veruska/Verusko como minha/meu esposa/esposo
3) CELEBRAÇÃO – Tem que fazer a festa rapaz!
Prevista nos art. 1517 a 1520 CC, os pressupostos da capacidade matrimonial são:
Idade mínima
A capacidade deve ser demonstrada no processo de habilitação, fixando em 16 anos a idade mínima,
denominada idade núbil, tanto para o homem quanto para a mulher
Se ocorrer o casamento sem ter a idade de 16 anos, pode acontecer a anulação, mediante iniciativa própria
ou de seus representantes legais (art. 1550, I CC)
EXCEÇÃO DO SUPRIMENTO JUDICIAL DA IDADE – Será permitido o casamento de quem ainda não
alcançou a idade núbil nos casos em que for para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou
em caso de gravidez
O homem e a mulher menor de 16 anos podem casar, desde que obtenham autorização de ambos os
pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil (Art. 1517 CC)
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Loucura
É nulo o casamento contraído pelo enfermo mental sem o discernimento necessário para os atos da vida
civil (art. 1548 CC)
Diante de um fato destes impede a união conjugal com qualquer outra pessoa (art. 1521, VI CC). Isso
ocorre para combater a bigamia
O decurso do prazo de 10 meses de viuvez para novo casamento é requisito imposto somente à mulher,
estabelecido no novo Código Civil como “causa suspensiva” (art. 1.523, II CC). O objetivo é evitar dúvida
sobre a paternidade
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho ou
por procurador, devendo ser instruído com os seguintes documentos (art. 1525 CC):
Certidão de nascimento
Declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecer os nubentes e que
afirmem não existir impedimentos
Declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem
conhecidos
O procedimento tem a finalidade de comprovar que os nubentes preencham os requisitos que a lei
estabelece para o casamento
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A ORDEM DO PROCEDIMENTO se dá da seguinte maneira:
3º - O oficial afixará os proclamas em lugar ostensivo de seu Cartório e fará publicá-los pela imprensa
local, se houver. É necessária a audiência do MP. A habilitação só será submetida ao Juiz se houver
impugnação (Art. 1.525 CC)
OBS.: Decorrido o prazo de 15 DIAS, a contar da afixação do edital em cartório, o oficial, se não houver
oposição de impedimentos matrimoniais, entregará aos nubentes certidões de que estão habilitados a se
casar dentro de 90 DIAS, sob pena de perda de sua eficácia
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS
IMPEDIMENTO – O impedido apenas não está legitimado a casar com determinada pessoa
INCAPACIDADE – O incapaz não pode casar-se com nenhuma pessoa, porque há um obstáculo
intransponível
ESPÉCIES DE IMPEDIMENTOS
Os impedimentos visam preservar: a eugenia (pureza da raça) e a moral familiar, não sendo possível
casamento entre parentes e consanguíneos, por afinidade e adoção (art. 1521, I a IV CC); visa preservar a
monogamia, não sendo possível o casamento de pessoa já casada (art. 1521, VI CC); e por fim, evitar
uniões que tenham raízes de crime (art. 1521, VIII CC)
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IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS do casamento acontece de 2 Maneiras:
Diante desses impedimentos, ocorre a NULIDADE do casamento e NÃO produz efeitos jurídicos (Art. 1521
CC):
III. Não pode casar o Adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi adotante
O pai adotivo ou mãe adotiva não pode casar com a viúva/viúvo do filho(a) adotivo(a)
IV. Não pode casar os Irmãos. Não pode casar os unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o
terceiro grau
OBS.: Tios com sobrinhos NÃO podem casar, excepcionalmente tem o Decreto Lei nº 3.200/41, sendo
que caso queiram casar deverá ser nomeado 2 médicos para analisar geneticamente se podem,
fazendo o exame pré-nupcial
OBS.: Primo com primo pode se casar, pois são colaterais de quarto grau
VII. Não pode casar o Cônjuge sobrevivente com o Condenado por homicídio ou tentativa de homicídio
com o seu consorte
Para ser aplicado o art. 1521, VII exige sentença penal transitada em julgado
CAUSAS SUSPENSIVAS
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Art. 1523, Incisos:
I. Viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e
der partilha aos herdeiros
Objetivo: Evitar confusão de patrimônios
Sanções: A não ser que prove inexistência de prejuízo aos herdeiros: art. 1641, I, CC (regimes da
separação dos bens) e art. 1489, II CC (hipoteca legal)
II. Viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois
do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal
Objetivo: Impedir a confusão de sangue e conflito de paternidade (art. 1598, CC)
Sanção: Regime da Separação de bens (art. 1641, I CC)
III. O divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal
Objetivo: Evitar confusão de patrimônio
Sanção: Regime Obrigatório da Separação de bens (art. 1641, I CC) salvo se provar inexistência de
prejuízo aos herdeiros (art. 1523, § único CC)
IV. Tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a
pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as
respectivas contas
Objetivo: Impedir matrimônio de alguém que se acha em poder de outem e que por isto poderia
conseguir um consentimento não espontâneo
Sanção: Regime obrigatório da separação de bens (art. 1641, I) salvo art. 1523, § único CC
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo,
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso
do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do
prazo
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As pessoas legitimadas que podem opor os impedimentos dirimentes públicos:
c) Qualquer pessoa maior e capaz até o momento da celebração (art. 1522 e 1529 CC)
d) Ministério Público
Posto isso, os impedimentos podem ser opostos ATÉ O MOMENTO DA CELEBRAÇÃO do casamento por
qualquer pessoa capaz. Se o Oficial do Registro Civil ou o Juiz que preside a celebração saber de algum
impedimento é obrigatório declarar de ofício
b) adiar o casamento
OBS.: Os impedimentos devem ser opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do
fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas
OBS².: Aos nubentes é assegurado o direito de requerer o prazo razoável para fazer prova contrária aos
fatos alegados, para promover as ações cíveis/criminais contra o oponente de má fé
As causas suspensivas devem ser articuladas no curso do processo de habilitação, até o decurso do
prazo de 15 DIAS da publicação dos proclamas
OBS.: Se o casamento se realizar com a possibilidade de alguma causa suspensiva, será válido, mas os
nubentes sofreram as sanções
OBS².: As causas de suspensão devem ser opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as
provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas (igual a oposição de
impedimento)
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CARACTERÍSTICAS COMUNS DA AÇÃO DE CONHECIMENTO que visam reconhecer vícios que torne
NULO ou ANULÁVEL o CASAMENTO (a ação NÃO pode ser incidental):
a) Tem por objeto direito indisponível – A pessoa não pode abrir mão do estado de casado, no caso
de processo para anular o casamento, se o réu não contestar, não terá os efeitos da revelia, pois não
há presunção de veracidade na petição inicial, devendo a autora provar muito bem para ocorrer a
anulação
b) Impõe-se a participação obrigatória do Ministério Público (como autor – art. 1549 CC) ou como
“custos legis” (art. 82, II CPC) – Promotor pode entrar com a ação de anulabilidade, ex.: casamento
de pai com filha
c) Não se opera os efeitos da revelia (art. 320, II CPC), tampouco incide o ônus da impugnação
específica dos fatos (art. 302, segunda parte, II CPC)
d) Deve ser promovida no foro do domicílio da mulher (art. 100, I, CPC)
e) Pode ser precedida de ação cautelar de separação de corpos com a fixação de alimentos
provisionais (art. 1562, CC cc. Art. 852 CPC)
CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
A celebração do casamento sem o atendimento dos rigores da lei torna inexistente o ato, salvo casos
excepcionais de dispensa, no casamento nuncupativo e na conversão da união estável em casamento
A HORA DO CASAMENTO, pode ser realizada durante o dia ou à noite, e em qualquer dia, inclusive aos
domingos e feriados, contanto que a celebração não ocorra de madrugada ou em altas horas noturnas — O
que dificultaria a presença de pessoas que pretendessem oferecer impugnações
A PRESENÇA DAS TESTEMUNHAS é IMPRESCINDÍVEL. O art. 1.534, caput, do Código Civil exige a
presença de pelo menos duas, afirmando que podem ser parentes ou não dos contraentes
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Momento da Celebração
O comparecimento dos nubentes deve ser simultâneo, sendo necessário que a vontade de casar seja
manifestada no ato da celebração
Suspensão da Cerimônia
Diante disso se acontecer a suspensão, não será admitido a retratar-se no mesmo dia
Então... não pode haver “brincadeiras” na hora de dizer se aceita ou não o casamento, pois a autoridade
competente poderá suspender a cerimonia e não poderá ser feita mais no mesmo dia.
O casamento pode ser celebrado “mediante procuração, por instrumento público”, que outorgue “poderes
especiais” ao mandatário para receber, em nome do outorgante, o outro contraente – Art. 1542 CC
Esta procuração pode ser outorgada tanto a homem como a mulher para representar qualquer um dos
nubentes
Se ambos não puderem comparecer, deverão nomear procuradores diversos, pois irá gerar um conflito de
interesses
O Instrumento tem que ser público, feito para pessoa específica e a eficácia da procuração tem validade de
90 DIAS. Se a pessoa não tinha mais poderes para manifestar a vontade o casamento será inexistente
O mandato pode ser revogado somente por instrumento público, entretanto se o representado vier a
falecer ou venha a ficar louco, também ocorre a revogação do mandato
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Se a revogação foi feita antes do casamento e só depois é cessada a procuração, o casamento é
inexistente e cabe ação de indenização
A procuração NÃO precisa ser ad judicia (por advogado), entretanto geralmente é feita por advogado
Com Prévia Habilitação – Art. 1516, §1º Com Habilitação posterior à celebração
religiosa – Art. 1516, §2º
Em ambas, portanto, exige-se o processo de habilitação. Somente a celebração é feita pela autoridade
religiosa da religião professada pelos nubentes.
Casamentos religiosos podem por todas aquelas religiões que são sociais e moralmente aceitas
Todos os impedimentos e causas suspensivas deverão ser observados (art. 1521 a 1524 CC), bem
como a capacidade matrimonial (art. 1516 CC)
Para que surta efeitos civis, o casamento religioso deverá, a pedido do casal, ser registrado no registro
público (art. 226, §2º CF)
a) O precedido de habilitação para casamento (art. 71, Lei 6.015/73 e art. 1516, §2º CC), que terá
prazo de 90 dias de validade (art. 1532 CC) e deverá ser apresentado à autoridade eclesiástica que
realizará o ato nupcial. Dentro do prazo decadencial de 30 dias, o ministro ou o interessado poderá
requerer sua inscrição no Registro Civil (art. 73, § 1º, 2º e 3º, da Lei 6.015 c.c art. 1516, §1º CC)
OBS.: Se um dos contraentes falecer antes da inscrição, tal fato não obstará o registro
OBS².: Casamento religioso sem registro civil, pode servir apenas como prova de união estável
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EFEITOS JURÍDICOS DO CASAMENTO
EFEITOS SOCIAIS
Criação de família legítima (art. 226, §1º e 2º CF, art. 1513, CC)
Estabelecimento de vínculo de afinidade entre cada cônjuge com os parentes do outro (art. 1595,
§1º e 2º)
Emancipação do consorte menor de idade (art. 5º, §1º, II CC) – Emancipação é irreversível, a
pessoa casa com 16 anos, se torna maior de idade, se com 17 anos divorciar, não será considerada
menor de idade novamente.
Constituição do estado de casado
EFEITOS PESSOAIS
Fidelidade mútua
Coabitação ou vida em comum no domicílio conjugal (art. 1566, II, 1511, 1797, I, todos do CC e 988,
VI do CPC)
Mútua assistência (arts. 1566, III e 1573, III do CC)
Respeito e consideração mútuos (arts. 1566, V e 1573, III CC)
Exercício da direção da sociedade conjugal (arts. 1567 e 1570 CC)
Representação legal da família (arts. 1634, V e 1690 CC)
Fixar o domicílio da família (arts. 1569 e 1567, § único CC)
Colaboração nos encargos (arts. 1565, 1567 e 1568 CC)
Velar pela direção moral e material da família (art. 1568 CC)
Dirigir a comunidade doméstica (art. 1643, 1644, 1565 e 1568 CC)
Adotar, se quiser, o nome (vulgarmente conhecido como sobrenome) do consorte (art. 1565, §1º CC)
Litigar em juízo civil, salvo se a ação versar sobre direitos reais imobiliários (outorga uxória) (art. 10
CPC e art. 1647, II CC), podendo contratar advogado, propor separação judicial e divórcio, requerer a
interdição do consorte (art. 1768, II CC)
Sustentar, guardar e educar os filhos (arts. 1566, IV, 1568, 1634, I a VIII CC, art. 244, 245, 246 e 247
CP)
Não perder, o genitor, que contrai novas núpcias, o direito ao poder familiar com relação aos filhos
menores do leito anterior (arts. 1588 e 1636, § único CC)
Observar-se, na separação ou divórcio litigioso, o disposto nos arts. 1584, 1589, 1579 e 1703 CC)
Deliberarem na separação ou divórcio consensual, a respeito da guarda dos filhos (art. 1583 CC e
1121, II e III CPC)
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EFEITOS PATRIMONIAIS
Princípios da MUTABILIDADE JUSTIFICADA DO REGIME ADOTADO (art. 1639, §2º CC): Admite-
se a alteração de regime de bens desde que haja autorização judicial, atendendo a um pedido
motivado de ambos os cônjuges, após a verificação da procedência das razões invocadas e da
certeza de que tal alteração não causará qualquer gravame a interesses de terceiros
Os efeitos produzidos pelo casamento são numerosos e complexos. Irradiam-se os seus múltiplos efeitos e
consequências no ambiente social, especialmente nas relações pessoais e econômicas dos cônjuges, e
entre estes e seus filhos, gerando direitos e deveres que são disciplinados por normas jurídicas
Regime de bens é o conjunto de regras que disciplina as relações econômicas dos cônjuges, quer entre si,
quer no tocante a terceiros, durante o casamento. Regula especialmente o domínio e a administração de
ambos ou de cada um sobre os bens anteriores e os adquiridos na constância da união conjugal
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REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
A ideia central desse regime é a de que os bens adquiridos após o casamento (aquestos) sejam tidos
como patrimônio comum
Dessa forma, cada nubente guarda para si seu próprio patrimônio adquirido antes de contrair núpcias (art.
1598 CC)
É o regime que impera na falta ou nulidade de pacto antenupcial (art. 1640 CC)
Os bens que se INCLUEM mesmo sendo comunhão parcial de bens estão no art. 1660 CC:
Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos
cônjuges
Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior
Os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges
As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge
Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do
casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão
Quanto às dívidas anteriores ao casamento, NÃO se comunicam ainda que contraída para os aprestos
(preparativos para o casamento).
Também NÃO se comunicam os bens cuja aquisição tiver uma causa anterior ao casamento e os direitos
patrimoniais do autor (Lei 960/98, art. 39)
Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento,
por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar – Bens sub-rogados são os bens que ficam
no lugar dos antigos bens
Os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos
bens particulares
As obrigações anteriores ao casamento
As obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal
Os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão
Os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge
As pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes
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REGIME DA COMUNHAO UNIVERSAL DE BENS
Nesse regime, em princípio comunicam-se todos os bens do casal, presente e futuros, salvo algumas
exceções legais (art. 1667, CC).
Quanto à administração, o artigo 1670 CC, determina que se apliquem os princípios relativos à comunhão
parcial, ou seja, os do artigo 1663 CC.
Os bens excluídos são os do art. 1668, incisos de I a IV, CC. Alguns destaques quanto aos incisos:
I. “Os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar”
OBS.: Arnaldo Rizzardo entende que também é incomunicável o bem doado com cláusula de
reversão – Art. 1174 CC
II. “Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a
condição suspensiva”
OBS.: No 1951 do CC fala sobre o fideicomisso, a qual a herança que o fideicomitente receber será
excluído da comunhão universal, para não afetar o fideicomissário, que receberá após a morte do
fideicomitente. O fiduciário recebe o bem com o encargo de transferi-lo, sendo sua propriedade restrita
e resolúvel – Art. 1951 CC
III. “As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou
reverterem em proveito comum”
OBS.: A ideia é que o casamento não se torne em forma de extinção de obrigações ou obtenção de
vantagens
IV. “As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade”
OBS.: Também não se comunicam os direitos patrimoniais do autor – Art. 39 da Lei 9.610/98
A ideia básica é criar um sistema híbrido do regime da comunhão parcial com o da separação de bens
Nesse regime somente existe duas massas de bens, o do marido e o da mulher (art. 1673 CC), sendo que a
administração também é independente e de cada um, como no regime da separação de bens.
Contudo se mantém uma expectativa de meação ao final do casamento, quando então ocorrerá o
fenômeno do art. 1674 CC
Quanto aos bens imóveis, o pacto pode autorizar a alienação dos bens particulares de cada consorte –
Art. 1656 CC
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Vê-se então que somente haverá meação quando do desfazimento do vínculo
Artigo 1675 CC – Nessa situação, vê-se que apesar do cônjuge ser titular de seu próprio patrimônio, não
pode fazer doações sem a autorização do outro. Se o fizer, quando da apuração dos aquestos, a final, o valor
da doação não autorizada deve ser computado no monte partível e pode ser reivindicado pelo cônjuge
prejudicado ou seus herdeiros
Artigo 1676 CC – Trata-se de um dispositivo de difícil compreensão, uma vez que só se pode falar em
meação à época da dissolução da sociedade conjugal
Não obstante, esse artigo estabelece que o bem alienado em detrimento dessa “futura” meação incorpora ao
monte para efeito de divisão. E mais, possibilita ao cônjuge prejudicado ou seus herdeiros reivindicar os bens
Artigo 1677 CC - Trata-se de um dispositivo de difícil aplicação prática, pois cria uma presunção contrária ao
espírito do casamento, onde deve-se presumir que as dívidas contraídas pelo cônjuge sejam em benefício do
lar conjugal. Contudo, o dispositivo, diz exatamente o contrário. Assim quem paga o PITU da casa onde o
casal reside, teria de provar o proveito do outro cônjuge?
Artigo 1678 CC – Exige que seja feito um balanço contábil e financeiro na data de dissolução do casamento
Quanto ao momento em que será apurado o montante dos aquestos, dispõe o art. 1683 CC que será na
data em que cessou a convivência e não o que decretou a separação judicial ou divórcio
Nesse regime, cada cônjuge conserva a plena propriedade, a integral administração e a fruição de seus
próprios bens, podendo aliená-los e gravá-los de ônus real livremente (CC, art. 1.687), sejam móveis ou
imóveis (CC, art. 1.647)
Em princípio, ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção
dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial
As hipóteses que é obrigatório o regime da separação de bens no casamento, estão descritas no art. 1641
do CC
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Espécies do Regime de Separação de Bens
LEGAL se estabelece por força do art. 1641 que sobreviver é meeiro, mas não herdeiro.
CC (ex.: mais de 70 anos), observar a súmula Pela lei o cônjuge que sobreviver não será
377 do STF, diz que: “No regime de separação nem meeiro nem herdeiro
legal de bens, comunicam-se os adquiridos na
constância do casamento”, o que vem a dar CONVENCIONAL as partes escolhem o
uma confusão, pois a lei diz uma coisa e a regime, pacto antenupcial
jurisprudência outra. Pela súmula o cônjuge
As causas terminativas da sociedade conjugal estão especificadas no art. 1.571 do Código Civil
Art. 226, §6º CF – Antes da EC nº 66/10 – “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após previa
separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por
mais de dois anos”
Art. 226, §6º CF – Com a EC nº 66/10 – “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”
Antes o casamento tinha que passar como que por um estágio de tentativa de recuperação do casal, o que
era um processo de separação judicial, o que põe fim a sociedade judicial, mas não ao vínculo matrimonial
A SEPARAÇÃO JUDICIAL:
Separação Falência – Prova da ruptura da vida em comum a mais de 1 ano e a impossibilidade de sua
reconstituição (art. 1572, §1º CC)
Separação Remédio – O cônjuge pode pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de
doença mental grave, manifestada após o casamento que torne impossível a continuação da vida em comum,
desde que, após dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável – Art. 1572, §2º
OBS.: Possibilidade de reconvenção e reconhecimento da culpa recíproca; Os filhos ficarão com quem
revelar melhores condições para exercer a guarda (art. 1584 CC); Se nenhum dos dois demostrarem
condições, a guarda poderá ser deferida à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida
levando em conta o grau de parentesco (art. 1584, § único CC)
PARENTESCO
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FILIAÇÃO
Filiação é a relação de parentesco consanguíneo, em primeiro grau e em linha reta, que liga uma pessoa
àquelas que a geraram, ou a receberam como se a tivessem gerado
Todas as regras sobre parentesco consanguíneo estruturam-se a partir da noção de filiação, pois a mais
próxima, a mais importante, a principal relação de parentesco é a que se estabelece entre pais e filhos
Na vigência do código civil anterior e antes da CF/88 existiam várias designações a respeito da filiação, como
a filiação espúria (que era fora do casamento), filiação adulterina, filiação incestuosa, sendo dividido os
filhos em legítimos, ilegítimos ou por adoção. Diante do novo Código Civil e com a CF/88 várias designações
de filiação foram extintas e a divisão de filiação legítima, ilegítima ou por adoção foi extinta, sendo
considerado qualquer tipo de filiação filho legítimo
SITUAÇÃO DE IGUALDADE ABSOLUTA (art. 1596 CC) – A CF/88 estabeleceu absoluta igualdade
entre todos os filhos. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os
mesmo direitos e qualificações, sendo proibida qualquer discriminação relativas a filiação
PRESUNÇÃO DE FILIAÇÃO (art. 1597 CC) – Presume-se filhos concebidos na constância do casamento
nos seguintes casos:
Nascido pelo menos 180 dias depois de estabelecida a convivência conjugal
Nascido nos 300 dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação
judicial, nulidade e anulação do casamento
Por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido
A qualquer tempo quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial
homóloga
Por inseminação artificial heteróloga, desde que prévia autorização do marido (hoje em dia deve ter
autorização de ambos os cônjuges)
OBS.: Salvo prova em contrário, se, antes de OBS².: A presunção de paternidade de 180 dias é
decorrido o prazo de 180 dias a mulher contrair jure tantum, sendo admitida prova em contrário
novas núpcias e nascer algum filho, será
presumido filho do primeiro marido
Na inseminação artificial heteróloga a presunção é jure et jure, sendo absoluta, não admitindo prova em
contrário
Juris tantum é presunção relativa, admite prova Jure et jure é presunção absoluta, que não admite
em contrário prova em contrário
OBS³.: Fecundação artificial pode ser homóloga ou heteróloga. A fecundação homóloga é aquela que utiliza o
óvulo da esposa e o espermatozóide do marido. A fecundação heteróloga um material genético é de um dos
cônjuges e o outro material genético de uma terceira pessoa
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Reconhecimento de Filiação – Art. 1609 CC
OBSERVAÇÕES:
ADOÇÃO
Conceito de Maria Helena Diniz: “É o ato jurídico pelo qual, observados os requisitos legais, alguém
estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo
fictício de filiação, trazendo para a sua família, na condição de filho, pessoa que, geralmente lhe é
estranha”
Trata-se de um instituto de caráter protetivo. Visa resolver o problema das crianças e adolescentes que
não tem lar e não o problema dos casais que não podem ter filhos
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Requisitos:
a. Idade mínima de 18 anos para o adotante, independentemente do estado civil; Para adoção
conjunta, os adotantes devem ser casados ou viverem em união estável (art. 42, Lei 8.069/90)
b. Diferença de 16 anos de idade entre adotante e adotado (Art. 42, §3º, Lei 8.069/90)
c. Consentimento do adotado, se for maior de 12 anos (Art. 45, §2º, Lei 8.069/90)
d. Intervenção judicial na sua criação, pois somente se aperfeiçoa perante juiz em processo judicial,
com intervenção do Ministério Público, mesmo se maior
e. A adoção é irrevogável
f. Estágio de convivência durante tempo suficiente para se averiguar a conveniência da constituição do
vínculo filial
OBS.: Na adoção internacional, o estágio de convivência será de, no mínimo 30 dias (§3º, art. 46, Lei
8.069/90)
PODER FAMILIAR
É um conjunto de direitos e obrigações atribuídos aos pais (em igualdade de condições) sobre a pessoa
e bens dos filhos menores não emancipados visando o interesse e a proteção dos mesmos
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Características
Criação e educação
Guarda e companhia
Poder de autorização para casamento
Poder de nomear tutor por testamento, se o outro genitor não sobreviver
Representação do filho até os 16 anos e assistência até os 18 anos
Reclamá-los de quem ilegalmente os detenha (a ação é de busca e apreensão)
Exigir obediência, respeito e os serviços que são próprios de sua idade e condição
Administração dos bens dos filhos menores não emancipados (Art. 1689, II CC)
Usufruto dos bens dos filhos menores que se acham sob o seu poder (Art. 1689, I CC)
Exemplo do art. 1689 CC: Vamos imaginar que um menor herda uma casa de seu avô por testamento,
entretanto a casa é alugada, desta forma quem é a pessoa legítima para entrar com o despejo do inquilino
são os pais, pois são usufrutuários, sendo feito em nome próprio dos pais
Sanção que visa preservar o interesse do filho, privando o genitor (a) temporariamente do exercício do
poder familiar por prejudica-lo. Retorna ao exercício uma vez desaparecida a causa que originou a
suspensão
Causas determinantes (Arts. 1637, CC, art. 888, CPC e art. 92 CP)
Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os
bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe
pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando
convenha. Ocorre nos seguintes casos:
a) Abuso de poder; b) Falta aos deveres paternos/maternos; c) Dilapidação dos bens do filho; d) Condenação
por sentença irrecorrível a crime cuja pena seja superior a 2 anos de prisão
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Destituição do Poder Familiar
Trata-se de sanção mais grave que a suspensão, imposta por sentença judicial, em regra permanente e para
toda a prole
o Castigo imoderado
o Deixar o filho em abandono
o Praticar atos contrários à moral e aos bons costumes
o Reiteração dos atos que levam à suspensão
Extinção do poder familiar: Decorre de fenômeno naturais ou jurídicos arrolados em lei em caráter definitivo
e independentemente de pronunciamento judicial
ALIMENTOS
Alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si.
Têm por finalidade fornecer a um parente, cônjuge ou companheiro o necessário à sua subsistência
A natureza jurídica dos alimentos é mista, qualificando-o como um direito de conteúdo patrimonial e
fidelidade pessoal
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Classificação quanto à causa jurídica
o Legítimos: São devidos em virtude de uma obrigação legal, que pode decorrer do parentesco (iure
sanguinis), do casamento ou do companheirismo (CC, art. 1.694)
o Voluntários: Emanam de uma declaração de vontade inter vivos, como na obrigação assumida
contratualmente por quem não tinha a obrigação legal de pagar alimentos, ou causa mortis,
manifestada em testamento, em geral sob a forma de legado de alimentos, e prevista no art. 1.920 do
Código Civil. Os primeiros pertencem ao direito das obrigações e são chamados também de
obrigacionais; os que derivam de declaração causa mortis pertencem ao direito das sucessões e são
também chamados de testamentários
Caracteres
a. É um direito personalíssimo
b. Transmissível por sucessão – Art. 1700 CC
c. É incessível em reação ao credor – Art. 1707 CC
d. É irrenunciável
e. É imprescritível. OBS.: O “quantum” prescreve em 02 ANOS (Art. 206, §2º CC)
f. É impenhorável
g. É incompensável
h. É intransacionável, porém o “quantum” é transacionável
Características
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Pessoas obrigadas a prestar alimentos (Art. 1694, §1º e §2º, 1696 e 1697 CC)
o Cônjuge, companheiro
o Pai e mãe
o Demais ascendentes
o Descendentes
o Colaterais de 2º grau
AÇÃO DE ALIMENTOS
A Lei n. 5.478, conhecida como “Lei de Alimentos”, estabelece procedimento especial, concentrado e mais
célere, para a ação de alimentos
Execução por quantia certa (Art. 732 CPC) – O prazo prescricional da pensão são 02 ANOS
Execução sob pena de prisão civil (Art. 733 CPC) – Se o executado for preso, o cárcere não
extingue a obrigação da dívida
Penhora de vencimentos (Art. 649, IV e § 2º CPC)
Desconto em folha de pagamento (Art. 734 CPC)
Reserva de aluguéis em prédio (Art. 17 da Lei 5.478/68)
OBS.: Súmula nº 309 do STJ derivada de vários impedimentos sucessivos, consolidou o entendimento de
que o débito alimentar que pode gerar a prisão civil do executado é aquele que compreende os três últimos
meses vencidos mais os vencerem no curso do processo
OBS².: Os alimentos se estendem até os 24 anos se a pessoa estiver cursando ensino superior na parte da
manhã ou a tarde. Se estiver cursando no período da noite não terá direito aos alimentos
Certidão de casamento
OBS².: Em regra o foro competente para julgar e processar uma ação é o domicílio do réu, porém a ação de
alimentos tem foro privilegiado, art. 100, II do CPC, que será o DOMICÍLIO DO ALIMENTADO
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Se o pretendente à pensão não preencher os requisitos exigidos para dedução de sua reivindicação pelo
rito especial, ou optar pela ação ordinária de alimentos, cumulada ou não com pedido de investigação de
paternidade, poderá formular pedido cautelar, incidente ou antecedente, de alimentos provisionais,
facultando-se lhe, ainda, alternativamente, o requerimento de tutela antecipada (Art. 852 CPC)
O art. 1706 CC dispõe que os ALIMENTOS PROVISIONAIS serão fixados pelo Juiz, nos termos da lei
processual. Desta forma é possível fixar alimentos provisórios ao despachar a inicial da ação no rito especial,
devendo preencher os requisitos do “periculum in mora” (perigo da demora) e “fumus boni iuris” (fumaça
do bom direito)
Os alimentos provisórios são devidos desde a sua fixação, no despacho inicial, até a sentença final,
quando serão substituídos pelos definitivos, que retroagem à data da citação
Se for julgado IMPROCEDENTE os alimentos provisórios serão cobrados até o julgamento do recurso
especial ou extraordinário
A ausência do representante legal do menor na audiência faz ocorrer o arquivamento do processo, e não
a sua extinção. Porém se o procurador aparecer na audiência não será arquivado o processo
TUTELA
São postos em tutela, os menores cujos pais faleceram ou foram declarados ausentes, ou foram destituídos
ou suspensos do poder familiar
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Espécies:
Testamentária – Quando o tutor for nomeado pelos pais em disposição de última vontade
Legítima – Quando recair sobre parentes consanguíneos do menor sendo a ordem de preferência
estipulada no art. 1731 CC
Dativa – Quando recair à pessoa estranha à família do menor nomeado pelo juiz, normalmente à falta
de tutor testamentário ou legítimo ou escusados da tutela, ou ainda, quando forem removidos por
inidoneidade (Art. 1732 CC)
Incapazes de exercer a tutela (Art. 1735 CC): Destaques: Incisos II e III; Motivo: Incompatibilidade de
interesses que pode preexistir à nomeação ou lhe ser superveniente
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O conteúdo de Direito Civil sobre Direito de Família encerra por aqui
Galera, esperamos que este conteúdo tenha ajudado um pouquinho, conforme dissemos, o objetivo
deste conteúdo é ajudar cada um nos estudos, fazendo com que fique fácil, esquematizado e rápido
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“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas
formas de enxergar o mundo”
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