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INOVAÇÕES QUE PODEM CAIR NO EXAME

ART 49-A, CC

ART. 50 CC

ART. 421-A, CC – PARIDADE E SIMETRIA DOS CONTRATOS CIVIS E MERCANTIS

ART. 1052, CC E POSSIBILIDADE DE SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL

ART. 1368-C – FUNDO DE INVESTIMENTO

ART. 1080-A, CC – ASSEMBLEIA VIRTUAL

ART 980-A, CC
INOVAÇÕES QUE PODEM CAIR NO EXAME

ART 49-A, CC

Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou
administradores. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)

Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de


alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular
empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de
todos.
INOVAÇÕES QUE PODEM CAIR NO EXAME
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo,
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo
abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar
credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada
por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; (Incluído pela Lei nº
13.874, de 2019)
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente
insignificante; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de
administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza
a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica
específica da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Questão 49: Moema, Madalena e Carmen são sócias em uma sociedade empresária
administrada por Antônio Cardoso. O objeto social é a distribuição de artigos de limpeza e
asseio. Moema tem 90% do capital, Madalena tem 9% e Carmen, 1%. Ficando caracterizada
confusão patrimonial pelo cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações pessoais das
sócias por ação do administrador e a mando delas, o juiz poderá desconsiderar a
personalidade jurídica da sociedade, para atingir os bens particulares

A) de Moema, somente.
B) de Antônio, somente.
C) de Moema, Madalena, Carmen e Antônio.
D) de Moema e Madalena, somente.
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Art. 1.368-C. O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob a forma
de condomínio de natureza especial, destinado à aplicação em ativos financeiros, bens e
direitos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º Não se aplicam ao fundo de investimento as disposições constantes dos arts. 1.314 ao
1.358-A deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º Competirá à Comissão de Valores Mobiliários disciplinar o disposto no caput deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 3º O registro dos regulamentos dos fundos de investimentos na Comissão de Valores
Mobiliários é condição suficiente para garantir a sua publicidade e a oponibilidade de efeitos
em relação a terceiros. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
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Art. 1.080-A. O sócio poderá participar e votar a distância em reunião ou em assembleia, nos
termos do regulamento do órgão competente do Poder Executivo federal. (Incluído pela
Lei nº 14.030, de 2020)
Parágrafo único. A reunião ou a assembleia poderá ser realizada de forma digital, respeitados
os direitos legalmente previstos de participação e de manifestação dos sócios e os demais
requisitos regulamentares. (Incluído pela Lei nº 14.030, de 2020)
XXXIII EOAB

Em razão das medidas de isolamento social propagadas nos anos de 2020 e 2021, muitos
administradores precisaram de orientação quanto à licitude da realização de reuniões ou
assembleias de sócios nas sociedades limitadas, de forma digital, ou à possibilidade do
modelo híbrido, ou seja, o conclave é presencial, mas com a possibilidade de participação
remota de sócio, inclusive proferindo voto. Assinale a afirmativa que apresenta a orientação
correta.

A) Na sociedade limitada é vedada tanto a reunião ou assembleia de sócios, de forma digital,


quanto a participação do sócio e o voto à distância.
B) Na sociedade limitada é vedada a reunião ou assembleia de sócios, de forma digital, mas é
possível a participação de sócio e o voto à distância.
C) Na sociedade limitada é vedada a participação e voto à distância nas reuniões e
assembleias, mas é possível a reunião ou assembleia de forma digital.
D) Na sociedade limitada é possível tanto a reunião ou a assembleia de sócios, de forma
digital, quanto a participação do sócio e o voto à distância.
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Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
§ 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. (Incluído pela
Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que
couber, as disposições sobre o contrato social. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
XXXII EOAB

Alexandre Larocque pretende constituir sociedade do tipo limitada sem se reunir a nenhuma
outra pessoa e consulta sua advogada para saber a possibilidade de efetivar sua pretensão.
Assinale a opção que apresenta a resposta dada pela advogada ao seu cliente.

A) É possível. A sociedade limitada pode ser constituída por uma pessoa, hipótese em que se
aplicarão ao ato de instituição, no que couberem, as disposições sobre o contrato social.
B) Não é possível. A sociedade limitada só pode ser unipessoal acidentalmente e pelo prazo
máximo de 180 dias, nos casos em que remanescer apenas um sócio pessoa natural.
C) Não é possível. Apenas a empresa pública e a subsidiária integral podem ser sociedades
unipessoais e constituídas com apenas sócio pessoa jurídica.
D) É possível, desde que o capital mínimo da sociedade limitada seja igual ou superior a 100
(cem) salários mínimos e esteja totalmente integralizado.
XXXII EOAB

Alexandre Larocque pretende constituir sociedade do tipo limitada sem se reunir a nenhuma
outra pessoa e consulta sua advogada para saber a possibilidade de efetivar sua pretensão.
Assinale a opção que apresenta a resposta dada pela advogada ao seu cliente.

A) É possível. A sociedade limitada pode ser constituída por uma pessoa, hipótese em que
se aplicarão ao ato de instituição, no que couberem, as disposições sobre o contrato social.
B) Não é possível. A sociedade limitada só pode ser unipessoal acidentalmente e pelo prazo
máximo de 180 dias, nos casos em que remanescer apenas um sócio pessoa natural.
C) Não é possível. Apenas a empresa pública e a subsidiária integral podem ser sociedades
unipessoais e constituídas com apenas sócio pessoa jurídica.
D) É possível, desde que o capital mínimo da sociedade limitada seja igual ou superior a 100
(cem) salários mínimos e esteja totalmente integralizado.
O EMPRESÁRIO (PERFIL SUBJETIVO DA EMPRESA)
• Registro: é um pressuposto para o desempenho da atividade empresária, sendo, na hipótese de uma sociedade,
elemento essencial para a criação da pessoa jurídica.
Obs. Para o empresário, o registro é ato declaratório, podendo-se exercer a atividade sem o devido registro
(enunciados 198 e 199/CJF) e, inclusive, requerer sua falência (art. 105, IV, Lei 11101/05). Contudo, é elemento
fundamental para a regularização do negócio, sendo, neste aspecto, de natureza constitutiva, já que permite usufruir
de benefícios legais.
• O regime jurídico do empresário foi estabelecido no código Civil pelos arts. 966 a 980.

O empresário é aquele que exerce individualmente a atividade empresarial, sem poder invocar o princípio da
separação patrimonial. Ele é o agente econômico capaz de gerenciar a produção e a circulação de bens e serviços
(art. 966, CCB).

Obs. O empresário (individual) não é pessoa jurídica e o registro não lhe atribui esta qualidade.
Obs.1. A empresa é o objeto da relação jurídica e o empresário é o sujeito da relação, ou seja, é empresária a
sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria do empresário (art. 982).
Conceito Normativo de Empresário: Empresário é quem exerce profissionalmente uma atividade econômica
organizada para a produção ou circulação de bens e serviços
a) Exercício da atividade: a atividade deve ser exercida de maneira reiterada, constante, marcada pela realização de
atos concatenados e voltados para a atividade empresarial;
b) Lucro como atividade principal “Animum lucrandi”: Trata-se de uma atividade criadora de riqueza, ou seja, com
finalidade de obtenção de lucro;
c) Organização da atividade: Trata-se de uma qualidade de iniciativa, de decisão, de capacidade de escolha de
homens, bens e de intuição para sistematizar a atividade;
d) Profissionalidade: A habitualidade demanda que a atividade seja realizada em períodos regulares de tempo com
o intuito lucrativo (profissionalmente). A profissionalização exige empenho, comprometimento, dedicação e
capacidade gerencial.
e) Finalidade de Produção: A atividade deve ser voltada para a produção ou circulação de bens ou serviços
fornecidos ao mercado.
Obs. Estão excluídas as atividades intelectuais, as cooperativas e os ruralistas (art. 966 e enunciado 193/CJF). A
atividade intelectual será considerada como elemento de empresa quando, somada a outros elementos, formar
sua composição, desde que a atividade fim seja econômica (enunciados 54 e 195/CJF).
• O elemento de empresa: Organização dos fatores de produção com natureza econômica.
XXIX EXAME DE ORDEM

Questão 46: Luzia Betim pretende iniciar uma sociedade empresária em nome próprio. Para
tanto, procura assessoria jurídica quanto à necessidade de inscrição no Registro Empresarial
para regularidade de exercício da empresa. Na condição de consultor(a), você responderá que a
inscrição do empresário individual é

A) dispensada até o primeiro ano de início da atividade, sendo obrigatória a partir de então.
B) obrigatória antes do início da atividade.
C) dispensada, caso haja opção pelo enquadramento como microempreendedor individual.
D) obrigatória, se não houver enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno
porte.
Questão 46: Luzia Betim pretende iniciar uma sociedade empresária em nome próprio. Para
tanto, procura assessoria jurídica quanto à necessidade de inscrição no Registro Empresarial
para regularidade de exercício da empresa. Na condição de consultor(a), você responderá que
a inscrição do empresário individual é

A) dispensada até o primeiro ano de início da atividade, sendo obrigatória a partir de então.

B) obrigatória antes do início da atividade.

ART. 967, CC
C) dispensada, caso haja opção pelo enquadramento como microempreendedor individual.

D) obrigatória, se não houver enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno


porte.
CAPACIDADE PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL

O art. 972, CCB, exige uma capacidade qualificada para o exercício da atividade empresarial:
além da capacidade civil, exige-se que não haja impedimentos para o exercício da atividade.
Obs. Em caso de incapacidade superveniente ou de falecimento do empresário que deixa
somente herdeiros incapazes, a atividade poderá ser por eles desenvolvida, desde que
precedida de autorização judicial e sem que os bens particulares do incapaz respondam
(art. 974).
Obs. 1. O art. 978, CCB, dispensa de outorga uxória para a alienação de patrimônio para a
realização de atividade empresarial
DOS IMPEDIMENTOS

• Condenação por crime falimentar – Gera inabilitação para o exercício da atividade


empresarial, desde que devidamente motivada na sentença condenatória (art. 181, I, Lei
11.101/2005);
• Atividade Incompatível: Parlamentares, juízes, promotores de justiça e funcionários
públicos federais (podendo ser sócios cotistas, acionistas ou investidores sem poderes de
administração e gerência) (art. 117, Lei 8.112/90);
Questão 49: Álvares Florence tem um filho relativamente incapaz e consulta você, como advogado(a),
para saber da possibilidade de transferir para o filho parte das quotas que possui na sociedade
empresária Redenção da Serra Alimentos Ltda., cujo capital social se encontra integralizado. Apoiado na
disposição do Código Civil sobre o assunto, você respondeu que

A) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, bastando que esteja assistido por seu
pai no instrumento de alteração contratual.
B) não é permitida a participação de menor, absoluta ou relativamente incapaz, em sociedade, exceto
nos tipos de sociedades por ações.

C) não é permitida a participação de incapaz em sociedade, mesmo que esteja representado ou assistido,
salvo se a transmissão das quotas se der em razão de sucessão causa mortis.

D) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, desde que esteja assistido no


instrumento de alteração contratual, devendo constar a vedação do exercício da administração da
sociedade por ele.
Questão 49: Álvares Florence tem um filho relativamente incapaz e consulta você, como advogado(a),
para saber da possibilidade de transferir para o filho parte das quotas que possui na sociedade empresária
Redenção da Serra Alimentos Ltda., cujo capital social se encontra integralizado. Apoiado na disposição do
Código Civil sobre o assunto, você respondeu que

A) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, bastando que esteja assistido por seu
pai no instrumento de alteração contratual.

B) não é permitida a participação de menor, absoluta ou relativamente incapaz, em sociedade, exceto nos
tipos de sociedades por ações.

C) não é permitida a participação de incapaz em sociedade, mesmo que esteja representado ou assistido,
salvo se a transmissão das quotas se der em razão de sucessão causa mortis.

D) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, desde que esteja assistido no


instrumento de alteração contratual, devendo constar a vedação do exercício da administração da
sociedade por ele.
ART 974, § 3º, CC
V - EXAME DE ORDEM UNIFICADO DIREITO EMPRESARIAL
Em relação à incapacidade e proibição para o exercício da empresa, assinale a alternativa correta.

(A) Por se tratar de matéria de ordem pública e considerando que a continuação da empresa interessa a toda a
sociedade, quer em razão da arrecadação de impostos, quer em razão da geração de empregos, caso a pessoa
proibida de exercer a atividade empresarial o faça, poderá requerer a recuperação judicial.

(B) Aquele que tenha impedimento legal para ser empresário está impedido de ser sócio ou acionista de uma
sociedade empresária.

(C) Caso a pessoa proibida de exercer a atividade de empresário praticar tal atividade, deverá responder pelas
obrigações contraídas, podendo até ser declarada falida.

(D) Entre as pessoas impedidas de exercer a empresa está o incapaz, que não poderá exercer tal atividade.
V - EXAME DE ORDEM UNIFICADO DIREITO EMPRESARIAL

Em relação à incapacidade e proibição para o exercício da empresa, assinale a alternativa correta.

(A) Por se tratar de matéria de ordem pública e considerando que a continuação da empresa interessa a toda a
sociedade, quer em razão da arrecadação de impostos, quer em razão da geração de empregos, caso a pessoa
proibida de exercer a atividade empresarial o faça, poderá requerer a recuperação judicial.

(B) Aquele que tenha impedimento legal para ser empresário está impedido de ser sócio ou acionista de uma
sociedade empresária.

(C) Caso a pessoa proibida de exercer a atividade de empresário praticar tal atividade, deverá responder pelas
obrigações contraídas, podendo até ser declarada falida.

(D) Entre as pessoas impedidas de exercer a empresa está o incapaz, que não poderá exercer tal atividade.
V - EXAME DE ORDEM UNIFICADO DIREITO EMPRESARIAL
Em relação à incapacidade e proibição para o exercício da empresa, assinale a alternativa correta.

(A) Por se tratar de matéria de ordem pública e considerando que a continuação da empresa interessa a toda a sociedade, quer em
razão da arrecadação de impostos, quer em razão da geração de empregos, caso a pessoa proibida de exercer a atividade
empresarial o faça, poderá requerer a recuperação judicial.

ARTS 48 E 97, § 1º, LEI 11.101/05

(B) Aquele que tenha impedimento legal para ser empresário está impedido de ser sócio ou acionista de uma sociedade empresária.

A LIMITAÇÃO OCORRE PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE EMPRESÁRIO – ART 972, CC – NÃO HÁ PROIBIÇÃO PARA SER
ACIONISTA OU COTISTA

(C) Caso a pessoa proibida de exercer a atividade de empresário praticar tal atividade, deverá responder pelas obrigações
contraídas, podendo até ser declarada falida.

ARTS 973, CC E 97, LEI 11.101/05

(D) Entre as pessoas impedidas de exercer a empresa está o incapaz, que não poderá exercer tal atividade.
ART. 974, CC
Cessão de Estabelecimento
O estabelecimento pode ser cedido temporariamente ou definitivamente, sendo a definitiva pela alienação (art. 1.143,
CCB), denominada Trespasse (alienação do estabelecimento a outro empresário ou sociedade empresária).

O trespasse deve ocorrer por documento escrito a ser registrado na Junta Comercial e publicado no Diário Oficial do
Estado para que tenha eficácia perante terceiros (art. 1.144, CCB).
Obs. A publicação é dispensada em caso de EPP ou ME (art. 71, LC 123/2006).

• Deve-se observar se o alienante possui bens suficientes para solver o passivo da empresa e somente produzirá
efeitos perante terceiros com a concordância dos credores (expressa ou tácita – ausência de manifestação em 30
dias após a notificação) ou o pagamento antecipado das dívidas (art. 1.145, CCB.
Obs. A ausência de notificação, quando o alienante não possuir bens suficientes, ou quando não houver concordância
ou pagamento antecipado, permite que o credor requeira a falência do alienante por prática de ato de falência (art 94,
III, Lei 11.101/05), gerando ineficácia do trespasse e permitindo que o credor atinja o estabelecimento (art. 129, VI, Lei
11.101/05).
Obs.1. A notificação é dispensada se o alienante possuir bens suficientes para salda a dívida.
Responsabilidade pelas Dívidas Contraídas antes do Trespasse

• Dívidas Contabilizadas: O adquirente responde por elas e o alienante responde solidariamente


pelo prazo de 01 ano (a contar da publicação da transmissão do estabelecimento para as
dívidas vencidas e a contar de cada vencimento pelas vincendas – art. 1.146, CCB);
• Dívidas Trabalhistas: Por conta da sucessão Trabalhista (arts. 10 e 448, CLT), o adquirente
responde, podendo mover ação regressiva contra o alienante. Somente haverá sucessão
trabalhista quando houver aproveitamento de marca e clientela.
• Dívidas Fiscais: O adquirente responde por todas as obrigações se o alienante cessou a
atividade econômica e responde subsidiariamente em caso de prosseguimento ou recomeço
de atividade em até 06 meses (art. 133, CTN).
Obs. Em processo de falência (art. 141, II, Lei 11.101/05) e recuperação judicial (art. 60, par
único, Lei 11.101/05), a aquisição do estabelecimento está isenta de qualquer ônus. A
constitucionalidade dos artigos foi confirmada pelo STF (ADIn 3.934/DF).
Questão 48: As sociedades empresárias Y e J celebraram contrato tendo por objeto a alienação do estabelecimento
da primeira, situado em Antônio Dias/MG. Na data da assinatura do contrato, dentre outros débitos regularmente
contabilizados, constava uma nota promissória vencida havia três meses no valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil
reais). O contrato não tem nenhuma cláusula quanto à existência de solidariedade entre as partes, tanto pelos
débitos vencidos quanto pelos vincendos. Sabendo-se que, em 15/10/2018, após averbação na Junta Comercial
competente, houve publicação do contrato na imprensa oficial e, tomando por base comparativa o dia 15/01/2020,
o alienante

A) responderá pelo débito vencido com o adquirente por não terem decorrido cinco anos da publicação do contrato
na imprensa oficial.
B) não responderá pelo débito vencido com o adquirente em razão de não ter sido estipulada tal solidariedade no
contrato.
C) responderá pelo débito vencido com o adquirente até a ocorrência da prescrição relativa à cobrança da nota
promissória.
D) não responderá pelo débito vencido com o adquirente diante do decurso de mais de 1 (um) ano da publicação
do contrato na imprensa oficial.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Formação do Nome Empresarial
• O empresário individual somente está autorizado a utilizar firma, baseando-se em seu nome civil;
• A sociedade em nome coletivo está autorizada a utilizar firma social, composta do nome civil de um, alguns ou todos os
sócios, por extenso ou abreviados;
• Sociedade em comandita simples somente pode compor o nome empresarial por firma, sendo que os comanditários
não podem ter os nomes aproveitados na formação do nome empresarial, com obrigatoriedade da utilização da
expressão ‘e companhia”;
• A sociedade em conta de participação está proibida de utilizar nome empresaria (art. 1162, CCB);
• Sociedade limitada poderá optar por firma ou denominação, fazendo-se sempre acompanhar da expressão Ltda, sob
pena de responsabilização ilimitada dos empresários que fizerem uso do nome empresarial (art. 1.158, CCB);
• EIRELI pode ser composta por firma ou denominação, fazendo-se uso da expressão Eireli (art. 980-A, § 1º, CCB);
• A sociedade Anônima deve utilizar denominação com referência ao objeto social e a identificação do tipo societário
(art. 1.163, CCB) – S/A ou Companhia, no início, fim ou meio da denominação;
• As sociedades empresárias que entram em processo de recuperação judicial devem incluir no nome empresarial a
expressão “em recuperação judicial”;
• Microempresas e empresários de pequeno porte devem incluir locução identificativa destas condições (ME ou EPP, LC
123/06 art. 72).
• MPV 1040/21 – ART 35-A LEI 8934/94
DAS SOCIEDADES

A sociedade é uma reunião de pessoas com o objetivo de reunir esforços e recursos para
realizar uma atividade econômica. A sociedade viabiliza a realização de atividades
econômicas, que combinam esforços e recursos (affectio societatis) para atingir os fins
comuns (art. 981, CCB).
Obs. A diferença das pessoas jurídicas do art. 44 para as sociedades é a exploração de
atividade econômica.
Obs. 1. Como regra, nas sociedades, os sócios contribuem para a formação do patrimônio
social, mas é possível que nas sociedades simples e cooperativas o sócio pode contribuir
apenas com o serviço. (nas limitadas e nas por ações, o sócio deve contribuir com dinheiro ou
bens – art. 1055, § 2º, CCB e art. 7º da Lei 6.404/76).
SOCIEDADES UNIPESSOAIS

• A subsidiária integral (art. 251, Lei 6.404/76): tipo de sociedade anônima, cujo capital
social está totalmente nas mãos de uma pessoa jurídica brasileira, sem duração
predeterminada;
• S/A por até um ano (art. 206, I, d, Lei 6.404/76): as sociedades anônimas podem
permanecer por até um ano com apenas um acionista, o que pode permanecer de um
exercício para outro;
• Qualquer sociedade por até 180 dias (art. 1033,VI, CCB): qualquer sociedade pode
permanecer com um único sócio por até 180 dias.
• EIRELI – 980-A, CCB – NÃO EXISTE MAIS
• SOCIEDADE UNIPESSOAL – ART. 1052, CCB
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
Uma vez integralizado o capital social subscrito, em caso de insucesso do negócio, o passivo da sociedade não
poderá alcançar o patrimônio pessoal dos sócios, salvo desconsideração da personalidade jurídica.
Obs. Há sociedades em que o patrimônio dos sócios responde subsidiária e ilimitadamente pelo passivo em
caso de insucesso e há sociedades que o patrimônio de alguns sócios (administradores) responde
ilimitadamente (como a sociedade em comandita por ações (art. 1091 LSA).
. SOCIEDADE LIMITADA
Nas sociedades limitadas, os sócios somente respondem subsidiariamente se o capital social não houver sido
integralizado (art. 1052, CCB)
.SOCIEDADE EM COMANDITA
Nas sociedades em comandita há um misto de sócios com responsabilidade limitada e ilimitada. Os sócios
comanditários respondem pelas dívidas remanescentes até o limite dos fundos ou ações a que se
comprometeram (arts. 1045 e 1091, CCB) e os comanditados ou acionistas administradores poderão
responder ilimitadamente pelo saldo descoberto.
. SOCIEDADE EM COMUM E EM NOME COLETIVO
A responsabilidade subsidiária não possui limite, respondendo a totalidade dos bens dos sócios por débitos
(arts. 990 e 1039, CCB).
SOCIEDADES ANÔNIMAS

A responsabilidade encontra limitação no preço de emissão das ações (art. 1088, CCB).

Obs 1. Em caso de omissões legislativas e contratuais, aplicam-se as disposições das


sociedades simples ou, em caso de opção feita pelo contrato social, a Lei das SAs (Lei
6404/63), conforme o disposto no art. 1053, CCB).
XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

No contrato da sociedade empresária Arealva Calçados Finos Ltda., não consta cláusula de regência
supletiva pelas disposições de outro tipo societário. Ademais, tanto no contrato social quanto nas
disposições legais relativas ao tipo adotado pela sociedade não há norma regulando a sucessão por
morte de sócio. Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.

A) Haverá resolução da sociedade em relação ao sócio em caso de morte.

B) Haverá transmissão causa mortis da quota social.

C) Caberá aos sócios remanescentes regular a substituição do sócio falecido.

D) Os sócios serão obrigados a incluir, no contrato, cláusula dispondo sobre a sucessão por morte de
sócio.
A respeito da sociedade em comum, é correto afirmar que

(A) são regidas pelas disposições das sociedades simples.

ART 986 – AS NORMAS DE SOCIEDADE SIMPLES SÃO APLICADAS SUBSIDIARIAMENTE E NO QUE FORAM
COMPATÍVEIS, ATÉ A INSCRIÇÃO DOS ATOS CONSTITUTIVOS.

(B) os sócios respondem individual e ilimitadamente pelas obrigações sociais.

A RESPONSABILIDADE É SOLIDÁRIA E ILIMITADA – ART. 990, CC

(C) os sócios são titulares em comum das dívidas sociais.

ART. 988, CC

(D) na relação com terceiros, os sócios podem comprovar a existência da sociedade de qualquer modo.

OS SÓCIOS SOMENTE PODEM PROVAR POR ESCRITO, OS TERCEIROS PODEM PROVAR DE QUALQUER MODO
ART. 987, CC
QUESTÃO 46: No contrato da sociedade empresária Arealva Calçados Finos Ltda., não consta
cláusula de regência supletiva pelas disposições de outro tipo societário. Ademais, tanto no
contrato social quanto nas disposições legais relativas ao tipo adotado pela sociedade não há
norma regulando a sucessão por morte de sócio. Diante da situação narrada, assinale a
afirmativa correta.

A) Haverá resolução da sociedade em relação ao sócio em caso de morte.

ART. 1028, CC – ART. 1053, CC

B) Haverá transmissão causa mortis da quota social.

C) Caberá aos sócios remanescentes regular a substituição do sócio falecido.

D) Os sócios serão obrigados a incluir, no contrato, cláusula dispondo sobre a sucessão por
morte de sócio.
PENHORA DE QUOTAS E DE FATURAMENTO

ART. 1026, CCB E ART. 835, XI, CPC


XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

Questão: 46 Determinadas pessoas naturais, em razão de sua atividade profissional, e certas espécies de pessoas
jurídicas, todas devidamente registradas no órgão competente, gozam de tratamento simplificado, favorecido e
diferenciado em relação aos demais agentes econômicos – microempresas e empresas de pequeno porte. De acordo
com a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, as microempresas e as empresas de pequeno porte,
quanto à forma jurídica, são

A) cooperativa de produção, empresário individual, empresa pública e sociedade limitada.


B) empresário individual, empresa individual de responsabilidade limitada, sociedade simples e sociedade
empresária, exceto por ações.
ART. 3º LC 123/06
Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a
empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o do Código Civil , devidamente registrados no Registro de Empresas
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas
§4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica
X - constituída sob a forma de sociedade por ações
C) cooperativa de crédito, empresário individual, empresa individual de responsabilidade limitada e sociedade
simples.
D) empresário individual, profissional liberal, empresa Individual de responsabilidade limitada e sociedade por
ações.
Questão 50: Rolim Crespo, administrador da sociedade Indústrias Reunidas Novo Horizonte do Oeste Ltda.,
consultou sua advogada para lhe prestar orientação quanto à inserção de cláusula compromissória em um
contrato que a pessoa jurídica pretende celebrar com uma operadora de planos de saúde empresariais. Pela
leitura da proposta, verifica-se que não há margem para a negociação das cláusulas, por tratar-se de contrato
padronizado, aplicado a todos os aderentes.
Quanto à cláusula compromissória inserida nesse contrato, assinale a opção que apresenta a orientação dada pela
advogada.
A) É necessária a concordância expressa e por escrito do aderente com a sua instituição, em documento anexo
ou em negrito, com a assinatura ou o visto para essa cláusula.
ART 4, § 2º, LEI 9307/96
Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a
arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou
em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula

B) É nula de pleno direito, por subtrair do aderente o direito fundamental de acesso à justiça, e o contrato não
deve ser assinado.

C) Somente será eficaz se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem, e, como a iniciativa foi do
proponente e unilateral, ela é nula.

D) Somente será eficaz se houver a assinatura do aderente no contrato, vedada qualquer forma de manifestação
da vontade em documento anexo ou, simplesmente, com o visto para essa cláusula.
Questão 48: Felipe Guerra, de nacionalidade portuguesa, residente em Maceió/AL, foi eleito
diretor da Companhia Mangue do Porto Empreendimentos Imobiliários. Sabe-se que a
referida companhia tem sede em Florânia/RN; que ela não tem Conselho de Administração e
que Felipe Guerra não é seu acionista. Com base nessas informações, avalie a eleição de
Felipe Guerra e assinale a afirmativa correta.

A) Não foi regular, em razão de não ter a qualidade de acionista da companhia.

B) Foi regular, ainda que seu domicílio seja em Estado diverso daquele da sede da companhia.

C) Não foi regular, em razão de sua nacionalidade.

D) Foi regular, diante da ausência de Conselho de Administração; do contrário, seria irregular.


Questão 48: Felipe Guerra, de nacionalidade portuguesa, residente em Maceió/AL, foi eleito diretor da Companhia
Mangue do Porto Empreendimentos Imobiliários. Sabe-se que a referida companhia tem sede em Florânia/RN;
que ela não tem Conselho de Administração e que Felipe Guerra não é seu acionista. Com base nessas
informações, avalie a eleição de Felipe Guerra e assinale a afirmativa correta.

A) Não foi regular, em razão de não ter a qualidade de acionista da companhia.

B) Foi regular, ainda que seu domicílio seja em Estado diverso daquele da sede da companhia.

Art. 146, Lei n° 6.404/76

C) Não foi regular, em razão de sua nacionalidade.

D) Foi regular, diante da ausência de Conselho de Administração; do contrário, seria irregular.


XXXII EXAME DE ORDEM

Questão 48: Andropoulos Inc. é uma sociedade constituída na Grécia, com sede em Atenas
e sócios de nacionalidade grega, exceto a sócia Querência, brasileira nata, que detém
participação de 80% do capital, dividido em quotas. Se essa sociedade quiser atuar no Brasil
por meio de uma sucursal em São Paulo/SP, será necessário
A) ter, permanentemente, representante no Brasil, com poderes para resolver quaisquer
questões, exceto receber citação judicial pela sociedade.
B) transferir sua sede para o Brasil, na hipótese de nacionalizar-se, mediante deliberação
unânime de seus sócios, independentemente de autorização do Poder Executivo.
C) obter autorização do Poder Executivo e, em até seis meses do início de sua atividade,
realizar sua inscrição na Junta Comercial do Estado de São Paulo, lugar em que
deve se estabelecer.
D) sujeitar-se às leis e aos tribunais brasileiros quanto às operações praticadas no Brasil, e
qualquer modificação no contrato dependerá da aprovação do Poder Executivo para produzir
efeitos no país.
ARTS 1137 E 1138, CCB

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