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Renato Silva de Santana

1. Qual a amplitude do Conceito de Família?

Um novo conceito de Família surgiu com a promulgação da Constituição Federal de 1988. Até então se
limitava a união , somente casamento , entre homem e mulher. Atualmete a Família é base da sociedade
e tem especial proteção do Estado . Não é mais oriunda somento do casamento ,é tambem formada pela
União Estável entre o homem e a mulher e da comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes.

Podemos citar a amplitude do conceito a definição de Família , de acordo com Maria Berenice Dias que
se apoia na função instrumental da Família , ou seja ,na melhor realização dos interesses afetivos e
existenciais da pessoa. Ela considera , como sendo Família o vínculo afetivo que une as pessoas com
identidade de projetos de vida e propósitos comuns, invocando, em apoio à sua tese, a Lei Maria da
Penha, que identifica como família qualquer relação de afeto (lei nº 11.340/2006

2. Explique as diversas modalidade de Família

Família matrimonial: é a que deriva do casamento.

Família informal: é a derivada da união estável.

Família homoafetiva: é a derivada da união de pessoas do mesmo sexo. O STF, com base no princípio da
isonomia e na proibição do preconceito, equiparou a família homoafetiva à união estável. Isso significa
que as ações devem tramitar em vara de família, reconhecendo-se aos companheiros o direito aos
alimentos, à sucessão e à meação dos bens. Uma primeira corrente, porém, nega a possibilidade da
conversão em casamento, pois a diversidade desexo é requisito de existência do matrimônio. Uma
segunda admite, porquanto, o Código Civil não prevê a diversidade de sexos como requisito essencial ao
casamento. Prevalece a corrente que admite a conversão em casamento e também o casamento direto
entre pessoas do mesmo sexo, porquanto a Excelsa Corte estendeu à união homoafetiva todos os
direitos da união estável.

Família monoparental: é a formada por qualquer dos pais e seus descendentes (art.226, §4º, da CF). O
Código Civil não disciplina o assunto, embora quase um terço das famílias brasileiras sejam
monoparentais. É tutelada pela Constituição Federal.

Família anaparental: é a que deriva da convivência, sob o mesmo teto, de parentes, ou não parentes,
dentro de uma estrutura com identidade de propósitos. É a família sem pais, já que o prefixo grego “ana”
significa privação. Exemplo: lar constituído por duas irmãs. Outro exemplo: família formada por
descendentes privados de ambos os pais.

Família eudemonista: é a que deriva do envolvimento afetivo dos seus membros que, através da família,
buscam formas de realização pessoal. O termo eudemonista, de origem grega, significa felicidade. A
família eudemonista busca a realização pessoal através do afeto e solidariedade recíproca. Sobre a
diferença entre a família eudemonista e a anaparental, alguns autores sustentam que na anaparental as
pessoas são parentes e, na eudemonista, não. Acho muito simplista essa distinção. Outros dispensam a
relação de parentesco na anaparental (Berenice Dias). Ambas são novas modalidades de família ainda
em construção. É difícil fixar a linha divisória entre elas. Duas irmãs que moram juntas integram a família
anaparental, que é a convivência entre pessoas, a nosso ver, parentes ou não, sob o mesmo teto e com
identidade de propósitos, mesmo sem conotação sexual. É uma analogia à família monoparental. A
eudemonista é diferente, exige: envolvimento afetivo (e não necessariamente sexual), solidariedade e
responsabilidade recíproca. Esta família busca a felicidade individual mas com a emancipação (liberdade)
dos seus membros. Três amigas que se apoiam mutuamente como se fossem irmãs, mas que não moram
juntas, poderiam ser consideradas uma família eudemonista

Famílias pluriparentais ou mosaico: são as formadas depois do desfazimento de relaçõesafetivas


pretéritas, constituindo-se pelo matrimônio ou união estável de um casal, no qual um ou ambos de seus
integrantes têm filhos, instaurando-se uma multiplicidade devínculos. Na verdade, entre o genitor e o
filho, essa família é monoparental, diante dos direitos e deveres legais com relação aos filhos. Conforme
salienta Maria Berenice Dias, não é reconhecido ao filho do cônjuge ou companheiro direito a alimentos,
ainda que comprovada a existência de vínculo afetivo entre ambos. O que timidamente vem sendo
admitido, em nome do princípio da solidariedade, é o direito de visitas. Também é possível ao enteado
ou enteada agregar o nome do padrasto ou madrasta, desde que haja concordância destes, sem a
supressão dos seus apelidos de família, o que, no entanto, não gera a exclusão do poder familiar do
genitor (§8º do art.57 da Lei nº 6.015/1.973).

Família paralela: é a que deriva do concubinato adulterino, também chamado de impuro, impróprio e
espúrio. Com o intuito de preservar a ordem familiar, baseada na monogamia, a

lei não atribui efeitos jurídicos a essa união, negando à concubina o direito aos alimentos e à sucessão,
reputando ainda inválida a doação e o testamento que o parceiro fez em seu favor (arts. 550, 1.642, V e
1.801, III, do CC). O tema á tratado pela jurisprudência como sociedade de fato, partilhando-se apenas
os aquestos, isto é, os bens em que participou efetivamente para a sua aquisição na medida de sua
contribuição econômica. Esporadicamente ainda há um ou outro julgado atribuindo-lhe o direito aos
alimentos. Se, no entanto, a concubina desconhecia a infidelidade do parceiro, ignorando que ele já
fosse casado ou vivesse em união estável, há uma tendência jurisprudencial em protegê-la.

Há ainda a chamada união poliafetiva, também conhecida como relação múltipla, conjunta ou poliamor,
que é a decorrente de um homem com mais de uma mulher ou uma mulher com mais de um homem.
Por se tratar de poligamia, não pode ser reconhecida como entidade familiar. À medida que o Código
Penal, no art. 235, incrimina a bigamia, que é o fato de casarse mais de uma vez, torna-se evidente que a
monogamia deve ser uma diretriz a ser seguida para as outras entidades familiares similares ao
casamento. Este tema, entretanto, é polêmico, pois, com base no princípio do afeto, há quem sustente
que a união poliafetiva deve ser considerada também uma entidade familiar. O CNJ proibiu a lavratura de
escritura pública e o registro de união homoafetiva. As decisões do CNJ, contudo, têm caráter
administrativo. Nada obsta, portanto, que, através de uma decisão judicial, a união poliafetiva seja
considerada família, com todos os efeitos (alimentos, herança, nome, pensão previdenciária etc.). No
âmbito administrativo, pacificou-se que não se equipara à união estável. A tendência é que este
entendimento seja mantido em eventuais ações judiciais, mas sempre há uma esperança de um juiz mais
liberal considerar como sendo família.

Diante desse rol extenso de famílias, que apresenta multifacetas, Jones Figueiredo Alves,

propôs a expressão direito das famílias, em vez de simplesmente direito de família.

3. Quais os requisitos de existência do casamento?

São dois os requisitos de existência do casamento:

a) consentimento;

b) celebração pelo Estado ou por quem o representa

4. O casamento do menor pode ser anulado se houver gravidez?

Em caso de gravidez, se houve casamento sem autorização, não é cabível a sua anulação por motivo de
idade (art.1.551 do CC).O artigo posteriormente foi alterado pela lei 13.811/2019 a relação do art.
1520, que autorizava o casamento em caso de gravidez, mas não houve a revogação expressa do art.
1551, que permite a convalidação do casamento em razão da gravidez. Há uma certa incoerência, mas
não a ponto de se concluir pela revogação tácita do art. 1551 do CC, pois, na interpretação da lei, deve
se levar em conta o princípio da preservação do matrimônio;

5. É possível fiança e aval sem a autorização do cônjuge?

Não , pois no art. 1.647 CC.O referido dispositivo legal dispõe que nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro. Prestar fiança ou aval. A novidade do Código é a exigência da outorga do cônjuge
para o outro prestar o aval.Desde que o regime do casamento nao seja separação absoluta de bens .

No Código de 1916, discutia-se se a fiança prestada sem a outorga do cônjuge era nula ou anulável. O
novo Código considera o ato apenas anulável, dirimindo a antiga controvérsia, de modo que o juiz não
pode mais decretar de ofício a nulidade (art. 1.649 CC)

Fiador sem a autorização do outro a nulidade é relativa , logo nao pode ser decretada de oficio (art.
1.649 CC).A nulidade é total. Sumula 332 STJ

Para ser avalista tambem precisa da autorização do outro conjuge

A exceção ocorre quando se trata de titulos de creditos movidos por leis especiais . Nesse caso, nao é
necessario a autorização do conjuge para ser avalista .

1º corrente - Entende que o código civil é posterior, logo essas leis especiais foram revogadas,sendo
necessário a autorizaçlão do conjuge para ser avalista

2º corrente - Codigo civil é lei geral, logo nao revoga as leis especiais . Nesses titulos de creditos movidos
por leis especiais , nao é preciso a autorização do conjuge.Está segunda corrente , é a que
prevalece.Enunciado CJF 114

6. Quais são os regimes legais?

Regime legal é o imposto pela lei. São dois os regimes legais:

I. comunhão parcial de bens. Esse regime vigora quando não houver pacto antenupcial ou

então quando este for nulo ou ineficaz art.1.640CC

II. separação legal ou obrigatória, nas hipóteses do art. 1.641 CC

7. Quais os bens excluídos da comunhão parcial?

Nesse regime, são excluídos da comunhão art. 1.668 CC

a) os bens adquiridos antes do casamento;

b) os bens adquiridos durante o casamento, por doação ou herança. Assim, a herança não se comunica,
logo o cônjuge não tem interesse para habilitar-se no inventário dos bens

herdados por seu consorte.

c) os bens sub-rogados ou adventícios, isto é, os adquiridos com o produto da venda de um bem anterior
ao casamento, herdado ou que lhe foi doado

d) as obrigações anteriores no casamento. Quanto às dívidas contraídas por um dos cônjuges durante o
casamento, só obrigam o outro até o limite do proveito que houver auferido (§1ºdo art.1.663 do CC).
Quanto às dívidas contraídas durante o casamento necessárias à economia doméstica, ambos os
cônjuges são responsáveis solidários, ainda que contraídas por um só, qualquer que seja o regime de
bens (arts. 1.643 e 1.644 do CC)

e) as obrigações provenientes de ato ilícito, salvo as que reverteram em proveito do casal. Dispõe a
súmula 251 do STJ: “a meação só responde pelo ato ilícito quando o credor, na execução fiscal, provar
que o enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal”

f) os bens de uso pessoal, os livros e os instrumentos de profissão. Assim, não se comunicam: as roupas,
as joias esponsalícias, retratos de família etc., devido ao seu caráter eminentemente pessoal. Quanto aos
livros, ensina Maria Helena Diniz, se forem destinados a negócios ou constituírem, por sua grande
quantidade, parcela considerável do ativo, deverão ser comunicáveis.
g) os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge. Anote-se, porém, que se comunicam os bens
adquiridos com os proventos do trabalho, como, por exemplo, o automóvel comprado pelo cônjuge. O
FGTS e as indenizações trabalhistas não são proventos do trabalho, logo se comunicam. Antes da
Constituição de 1988, não se comunicavam os bens que a mulher adquiria com os frutos de seu
trabalho. Eram os chamados bens reservados que, diante da igualdade entre o homem e a mulher,
desapareceram do ordenamento jurídico pátrio. O professor Flavio Monteiro de barros discorda da
opinião de Maria Helena Diniz, que a incomunicabilidade seria só do direito à percepção dos proventos,
que, uma vez percebidos, integrarão o patrimônio do casal, passando-se a ser coisa comum. Pois, o
salário ou outra retribuição em razão do trabalho é pessoal e por isso mesmo incomunicável, conforme
inciso VI do art. 1.659 do CC.

h) os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento (art. 1.661).Exemplo:
compromisso de compra e venda quitado. Outro exemplo: ação reivindicatória movida antes do
casamento, se julgada procedente durante o casamento, o imóvel não se comunica.

i) as pensões, meio-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Pensão é a prestação mensal que,
por lei, decisão judicial ou ato jurídico, é paga a alguém, para garantir-lhe a subsistência. Meio-soldo é a
metade da pensão paga ao militar reformado. Montepio é a pensão devida aos herdeiros do servidor
público falecido. Também não se comunicam as tenças, pois é uma espécie de pensão, pagas
periodicamente pelo Estado ou pessoa jurídica de direito público ou privado ou por um particular para
subsistência do beneficiário.

Nos termos do art.39 da Lei 9.610/98, “os direitos patrimoniais do autor, excetuados os rendimentos
resultantes de sua exploração, não se comunicam, seja o regime de comunhão parcial ou universal, salvo
pacto antenupcial em contrário”.

8. Quais as causas de dissolução da sociedade conjugal? São as mesmas causas de dissolução do


casamento?

As causas de dissolução da sociedade conjugal, previstas no art. 1.571 CC, são as seguintes:

Morte de um dos cônjuges; nulidade ou anulação do casamento; separação judicial e divórcio. O § 1º do


art. 1.571 CC prevê mais uma causa, qual seja, a sentença definitiva de ausência civil e separação judicial
ou extrajudicial por escritura pública.

As causas da dissoçução da sociedade cojugal nao são as mesmas da dissolução do casamento.

As causas da dissolução do cassamento sao : 1º divorcio ,2ºnulidade ou anulação do casamento , 3º


morte ,4º sentença definitiva de ausencia

Assim, cumpre distinguir as seguintes situações:

a) casamento: há o vínculo total e a sociedade conjugal;

b) separação judicial: há o vínculo parcial, mas sem a sociedade conjugal. Em termos práticos, a
diferença principal entre divórcio e a separação de direito (judicial e extrajudicial) é que a separação não
permite novo casamento, enquanto os divorciados podem se casar novamente. Outra diferença é que
com a morte de um dos cônjuges, o estado civil do separado de direito transmuda-se para viúvo, pois o
fim do casamento operou-se com a morte, enquanto que no divórcio a morte não altera o estado civil do
sobrevivente, que continua sendo o de divorciado;

c) divórcio, nulidade e anulação do casamento: dissolve o vínculo conjugal e a sociedade conjugal.


Conforme veremos, é forte o movimento, no qual o nosso professor Flávio Monteiro de Barros nao
concorda, que decreta a extinção do instituto da separação judicial e extrajudicial, tendo em vista o
advento da Emenda Constitucional nº 66/2010. Para os que assim pensam não há falar-se mais em
causas de dissolução da sociedade conjugal, pois só haveria causas de dissolução do casamento. A
propósito, cumpre não confundir a nulidade ou anulabilidade do casamento com o divórcio. Este,
extingue o casamento válido, por fato posterior à sua celebração, mantendo-se o vínculo de afinidade na
linha reta, ao passo que a nulidade e anulabilidade do casamento extinguem o matrimônio inválido, em
razão de fatos anteriores à sua celebração, eliminando-se os vínculos de afinidade, salvo quando houver
putatividade.

9. Somente os cônjuges podem mover a ação de divórcio?

O procedimento judicial da separação ou divórcio caberá somente aos cônjuges, e, no caso de


incapacidade, serão representados por curador, ascendente ou irmão (art. 3º, § 1º, da Lei n° 6.515/77).
O deficiente mental sem discernimento é considerado relativamente incapaz pelo art. 4º do CC e, sendo
assim, não há falar-se em representação, mas em assistência do curador. Ademais, esta incapacidade,
além de ser relativa, é apenas para atos patrimoniais. Em relação aos atos extrapatrimoniais, como
casamento, divórcio e outros a capacidade plena é preservada, de modo que ele não será representado
nem assistido. Por ser a ação personalíssima, a morte de um ou de ambos os cônjuges, antes do trânsito
em julgado, provoca a extinção do processo sem julgamento do mérito.

10. Quais os efeitos do divórcio?

A sentença de divórcio, que é desconstitutiva, só produz efeitos, entre os cônjuges, após o trânsito em
julgado, sendo que, perante terceiros, os efeitos só se verificam após ela ser averbada no registro de
casamento. O efeito é, portanto, “ex nunc”.O divórcio dissolve o casamento e não apenas a sociedade
conjugal, rompendo-se todos os vínculos entre os cônjuges. Portanto, o divórcio põe termo aos deveres
de fidelidade, coabitação e mútua assistência, mas em nada modifica os direitos e deveres dos pais em
relação aos filhos,mantendo-se, portanto, o poder familiar. Com efeito, dispõe o caput do art.1.579 do
CC: “O divórcio não modificará os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos”. E o parágrafo único
acrescenta que: “Novo casamento de qualquer dos pais, ou de ambos, não poderá importar restrições
aos direitos e deveres previstos neste artigo”.

A partir do divórcio, a eventual reconciliação dos cônjuges terá efeito de união estável, a não ser que
venham a casar-se novamente. Nesse novo casamento, poderão optar por um regime de bens diverso do
primeiro matrimônio.Ao contraírem novas núpcias, podem divorciar-se novamente. A lei não impõe
limites ao número de divórcios.
Ao contraírem novas núpcias, podem divorciar-se novamente. A lei não impõe limites ao número de
divórcios. Quanto aos alimentos, no divórcio consensual, a petição inicial deverá fixar o valor da pensão
do cônjuge que dela necessitar para a sua manutenção, e indicará as garantias para o cumprimento da
obrigação assumida (art. 40, § 2º, II, da Lei n° 6.515/77). Nada obsta também que haja renúncia aos
alimentos.

No divórcio litigioso, qualquer dos cônjuges que necessitar pode requerer ao juiz o arbitramento da
pensão. Todavia, se o outro relutar a essa obrigação e pretender obter a declaração judicial de culpa do
consorte, com o fito de livrar-se da obrigação alimentar, uma parcela da doutrina sustenta que a questão
alimentar deverá ser ventilada em ação autônoma, porque em divórcio descabe a discussão de culpa.
Todavia, há diversos julgados admitindo a discussão de culpa na própria ação de divórcio para dirimir
questões atinentes a alimentos, uso do nome do cônjuge e alienação parental. Este último ponto de vista
é o mais adequado, porquanto soluciona, de forma mais ampla e célere, a lide familiar.Sobrevindo,
porém, a sentença de divórcio, sem que se tenha pleiteado os alimentos, em ação autônoma ou
incidentalmente, cessa o direito de requerê-los, tendo em vista a extinção de todos os deveres conjugais.
Se o cônjuge que recebe a pensão contrair novo casamento, união estável ou concubinato, ocorrerá a
exoneração da obrigação alimentar (art. 1.708). Também cessa essa obrigação se tiver procedimento
indigno em relação ao cônjuge devedor dos alimentos (parágrafo único do art. 1.708). O novo casamento
do cônjuge devedor, porém, não extingue a obrigação alimentar (art. 1.709).Por outro lado, o Código foi
flexível com o nome do divorciado, permitindo a sua manutenção. No silêncio, mantém-se o nome, pois
a renúncia deve ser expressa. Finalmente, quanto à guarda dos filhos e direito de visita, a decisão é por
equidade, em favor do interesse do menor. Os ex-cônjuges, embora divorciados, podem adotar
conjuntamente. Com efeito, dispõe o §4º do art.42 da Lei nº 8.069/90: “Os divorciados, os judicialmente
separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e
o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de
convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão”.

11. O que é guarda?

Na órbita do direito de família, a guarda consiste no poder- dever de manter-se na companhia


permanente de certas pessoas que se encontram sob sua responsabilidade, com o fito de protegêlas.

12. Quais as modalidades de separação judicial? É cabível reconvenção na separação

litigiosa?

Separação judicial amigável ou consensual ou por mútuo consentimento;

Separação judicial litigiosa, ou separação-sanção;

Separação-falência ou por ruptura;

Separação-remédio
No prazo da contestação, admite-se a reconvenção, cuja finalidade é inverter o ônus da culpa,
imputando ao autor uma outra causa de separação. Quanto ao julgamento antecipado da lide, por
motivo de revelia, é incabível, porque, sendo o direito indisponível, não se aplica a presunção de
veracidade dos fatos narrados na inicial. Admissível, porém, na hipótese de a inicial encontrar-se
suficientemente instruída com os documentos comprobatórios dos fatos descritos na inicial. Também é
vedado o reconhecimento do pedido, porque a lide versa sobre direitos indisponíveis.

Se o autor não comprovar a causa imputada ao réu, a ação é julgada improcedente, mantendo-se,
destarte, a sociedade conjugal. Há, porém, um entendimento minoritário no sentido de que o juiz pode
decretar a separação, ainda quando não se demonstre a culpa, baseando-se, para tanto, na constatação
da insubsistência da comunhão plena de vida, mas, nesse caso, não se atribuiria a culpa a nenhum dos
cônjuges.

Na hipótese de reconvenção, se autor e réu demonstrarem a veracidade das respectivas causas


imputadas, tanto a ação quanto a reconvenção devem ser julgadas procedentes, operandose, destarte, a
chamada culpa recíproca.

13. O que é separação remédio?

Ocorre quando um dos cônjuges estiver acometido de doença mental grave e de cura improvável,
manifestada após o casamento, e que já perdura por dois anos, tornando impossível a continuação da
vida em comum. O § 2º, do art. 1.572 CC, reduziu para 2 anos esse prazo, que antes era de 5 anos.

Se trata de mais uma separação sem discussão de culpa. Ao autor competirá comprovar:

1-a doença mental de cura improvável. Não basta uma doença física;

2 - manifestação da doença após o casamento. Se a doença antecede ao casamento, torna-se inviável


esse tipo de separação, ainda que o outro cônjuge a ignorasse;

3- que a moléstia perdure por mais de dois anos;

4-que torne insuportável a vida em comum.

Na separação-remédio, reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver pedido a separação judicial, os
remanescentes dos bens que levou para o casamento, e se o regime de bens adotado o permitir, a
meação dos adquiridos na constância da sociedade conjugal § 3º do art. 1.572 CC.

Essa norma do § 2º do art. 1.572 CC, na verdade, só faz sentido no regime da comunhão universal. Nesse
caso, o cônjuge enfermo permanece na propriedade exclusiva dos bens anteriores ao casamento; esses
bens deixam de se comunicar ao outro cônjuge que requereu a separação.

Mas os bens deste, anteriores ao casamento, comunicam-se ao cônjuge enfermo.

Nos demais regimes, a regra é inócua, porque os bens anteriores ao casamento não se comunicam.

14. O que é união estável? Qual a diferença entre união estável e namoro qualificado?
União estável é a convivência pública, contínua e duradoura, entre homem e mulher, estabelecida com o
objetivo de constituição de família art. 1.723 CC.

Fim de constituir família: primordial, para a caracterização da união estável, é o objetivo de constituir
família, caso contrário o instituto se confundiria com o “namoro longo”.

O chamado “namoro qualificado”, que é o fato de namorados morarem juntos, mas sem o “animus
maritatis”, isto é, sem o fim de constituir família, não constitui união estável, pois o fim de constituir
família exige efetivo compartilhamento de vida, com irrestrito apoio moral e material entre os
companheiros. Anote-se, ainda, que a vida em comum sob o mesmo teto não é indispensável à
caracterização da união estável (súmula 382 do STF).

De fato, o princípio do domicílio conjugal não é aplicável à união estável. Também não é necessária a
dependência econômica, mas se esta se caracteriza facilita-se o reconhecimento da união estável. Vê-se
assim que é possível conviver sob o mesmo teto sem que haja união estável e caracterizar-se a união
estável sem que haja a convivência sob o mesmo teto.

15. Disserte sobre os direitos sucessórios na união estável.

Conforme o art. 1.790 CC: “A companheira ou companheiro participará da sucessão do outro, quanto
aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas seguintes condições:I. se concorrer
com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;II. se
concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um
daqueles;III. se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;IV. não
have ndo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.A sucessão restringe-se aos bens
adquiridos onerosamente durante a união estável. O legislador na ânsia de estimular a conversão desta
em casamento, não prevê a sucessão:

a) dos bens adquiridos antes da união estável;

b) dos bens adquiridos durante a união estável, mas a título gratuito.

O tratamento desigual em matéria sucessória entre a união estável e o casamento, segundo o Plenário
do STF, revela-se inconstitucional e,dessa forma, os direitos sucessórios do companheiro devem ser os
mesmos que a lei prevê para o cônjuge, por força do princípio da isonomia, sendo inconstitucional o
citado art. 1.790. Realmente o STF declarou a inconstitucionalidade do art. 1790 do CC

16. Qual a distinção entre alimentos e dever de sustento?

Os alimentos, como vimos, são regidos pelo binômio “necessidade e possibilidade”. Além disso, trata-se
de uma obrigação recíproca, isto é, bilateral, cujo o ônus da prova da necessidade compete ao autor da
ação.

Diferentemente, no dever de sustento, dos pais em relação aos filhos menores, a necessidade desses
últimos é presumida. Além disso, não há a característica da reciprocidade; os pais devem sustentar os
filhos menores e não estes àqueles, de modo que o dever de sustento é unilateral.

Entre cônjuges, também há o dever recíproco de sustento.

17. É cabível a prisão civil de devedor de alimentos gravídicos? É cabível esta execução para quais
prestações?

É cabível a prisão civil do devedor de alimentos gravídicos, pois o artigo 11 da Lei 11.804/08 reporta-se à
Lei 5.478/68, que regulamenta a sobredita prisão. Alem disso, trata-se de alimentos de direito de família,
e, por isso, não há razão plausível para a exclusão da prisão civil.

É cabivel a decretação da prisao civil, referente até três prestações anteriores ao ajuizamento da
execução , bem como as que vencerem no curso do processo ( art. 528,parágrafo 7º e sumula 309 STJ)

18. Quem é titular do poder familiar?

A titularidade do poder familiar é exercido pelos pais, em conjunto e igualdade de condições. Na


hipótese de divergência, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo. O
menor púbere tem poder familiar sobre seus filhos, mas o exercerá com assistência do seu
representante legal. O menor impúbere, caso tenha filhos, não tem poder familiar; os seus pais ou tutor
serão os representantes legais dos seus filhos.É certo, pois, que art. 1.631 CC preceitua que “durante o
casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais”. Todavia, por força da igualdade entre
os filhos, o exercício do poder familiar também competirá aos pais ainda quando não haja casamento
nem união estável. Na falta ou impedimento de um dos pais, o outro exercerá com exclusividade o poder
familiar.

Finalmente, cumpre observar que o poder familiar é concedido, pela lei, exclusivamente aos pais, não se
estendendo suas prerrogativas aos tutores e curadores. Se há poder familiar não há tutela ou curatela,
esses institutos são incompatíveis, um exclui o outro.

19. O que é guarda compartilhada?

A guarda compartilhada é o institudo do direito de familia que propõe o compartilhamento de forma


equânime entre os pais separados da convivência e das responsabilidades pertinentes a vida do menor
conforme art. 1.584, § 5oCC . Na guarda compartilhada, fixa-se a residência do menor com um dos
genitores, mas o tempo de convívio entre o filho e o pai e a mãe é dividido de forma equilibrada pelo
juiz, com vistas às condições fáticas e interesse do menor. Se não houver acordo entre os pais, o juiz
concede a guarda compartilhada, salvo se um deles declarar que não deseja a guarda ou não reunir
aptidão para ser guardião.

20. Conceitue alienação parental.

Alienação parental é a conduta realizada pelo alienador, com o objetivo de dificultar a convivencia com o
alienado, interferindo psicologicamente na formação da criança ou do adolescente . Pode ser
promovido por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob sua
autoridade, guarda ou vigilancia Tem como objetivo causar o repudio do menor com o seu genitor ou
causar prejuizo ao estabelecimento ou a manutenção de vinvulos com este. Como exemplo; podemos
citar aquele em que a mãe ou pai usa o filho para atingir de forma negativa o outro genitor .Art 2º ,I ,II,II
IV, V,VI e VII da lei 12.318/2010.

21. O que é tutela? O que é tutor interino?

Tutela é o instituto de proteção aos menores, que não estejam sob o poder familiar dos pais, cujo
objetivo é assisti-los ou representá-los, bem como lhes administrar os bens. Onde há tutela não há poder
familiar e vice-versa, um instituto exclui o outro.

Dispõe o art. 1.728 CC que os filhos menores são postos em tutela:

I.com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;

II. em caso de os pais decaírem do poder familiar.

Portanto, o menor que não esteja sob o poder familiar deve necessariamente ser posto sob tutela ou
incluso e programa de colocação em família substituta.

Tutor interino é o responsavel por exercer a tutela provisoriamente , quando ocorre a suspensao do
tutor art. 762 do CPC/2015).Ele é nomeado pelo magistrado. E exerecerá a tutela até que o juiz
restabeleça a tutela anterior ou a té a nomeação de outro tutor

22. Qual a diferença entre interdição e curatela?

A interdição se destina a proteger o incapaz menor, enquanto a curatela se destina a proteger o incapaz
maior.art 1767 CC Incisos I,II,III,IV e V. Artigo 1768 CC incisos I,II,II e artigo 1769 CC , Imcisos I , II, III

23. Quais são as duas formas de sucessão?

No Brasil, são duas as formas de sucessão:a legítima e a testamentária.

A sucessão legitima ocorre por disposição legal , ocorre quando o falecido nao deixou testamento art
1829 CC.Ou seja ,as divisões quinhões finais serão realizados de acordo com a legislação.

A sucessão testamentária é aquela advinda da ultima vontade do de cujus, como testamento ou


codicilio, sendo a divisão de acordo com o previsto por eles.Art 1857 CC

24. O que é sucessão irregular ou anômala?

Sucessão irregular ou anômala é aquela ditada por normas especiais, que alteram a ordem de vocação
hereditária prevista no Código Civil.

25. A aceitação da herança é obrigatória?

A aceitação da herença nao é obrigatória .A renuncia pode ocorrer mediante a um tabeliao ou juiz , ela
deve ser formalizada.
A renuncia é o ato unilateral pelo qual o herdeiro abdica de seus direitos sucessórios. A transmissao tem
- se por nao verificada quando o herderito renunciar à herança.(parágrafo único do art.1.804 do CC)

A renuncia produz efeitos ex tunc, retroativo a data da abertura da sucessão.O herdeiro renunciante nao
chega a adquirir a herança, logo a renuncia não é um ato de alienação, pois só o titular de domínio te, o
poder de alienação

A renuncia é um ato solene, que depende de esritura publica ou termo judicial nos autos do
inventário.O código civil nao exige a homologação judicial, porém há varios julgados , condicionando a
eficácia da renuncia , por escritura pública , à homologação. No entanto , dispenando -aquando feita nos
termos dos autos .

A formalização da renuncia , pode ocorrer de duas formas.

a) Através de escritura publica , junto ao tabeliao no cartório de notas.

b)Através de termo judicial expedido pelo forum,onde tramita o inventário, perante o juiz.Alguns juizos
autorizam que o advogado colete a assinatura do herdeiro no termo , e junte ao processo de inventário.

A renuncia só pode ocorrer em sua totalidade da quota na herança, nao a apenas a uma parte dela .

Após a renuncia, nao é possivel voltar atrás ou desistrir . Tanto para o aceite ,quanto para a renuncia . O
ato é irrevogavel.

A renuncia pode ser abdicativa ou translativa

Na renuncia translativa é possivel que o herdeiro repasse sua herença para uma determinada pessoa .
Exemplo : para a propria mãe ou filhos , porem, haverá a inciidencia de impostos .

Se houver clausula de inalienabilidade, o herdeiro nao poderá fazer a renúncia translativa da herença.
isto é , em favor de determinada pessoa,mas apenas a renúncia pura e simples ou renuncia em favor do
acervo hereditário, que a rigor tambem é pura e simples.

A renuncia abdicativa ocorre simplesmente quando o herdeiro renuncia a herença. Nessa modalidade de
renuncia , não há a incidencia de impostos .

26. Qual a diferença entre herança jacente e herança vacante?

São parecidos , mas apresentam diferenças sutis. Na herença jacente é necessário que os bens sejam
arrecadados e colocados sob a guarda e administração de um curador até a entrega ao sucessor
devidamente habilitado ou até a declaração de vacância da herança art 1819 CC. Para que seja
declarada vacante, necessariamente deverá ter sido jacente em primeiro lugar. Entretanto , a recíproca
não é verdadeira, dessa maneira poderão ser encontrados herdeiros legalmente habilitados.Art 1822 CC.

Herança jacente , em regra é aquela cujo os herdeiros não são conhecidos .

Na herança jacente 1- não há herdeiro certo ou determinado.2- quando não se sabe da existencia dele 3-
quando o herdeiro repudia a herança. 4-quando o único herdeiro é nascituro; até o nascimento a
herança é considerada jacente5-a herança é atribuída, por testamento, para que se constitua uma
pessoa jurídica; até a dita constituição a herança será jacente 6- o único herdeiro é declarado indigno.

A herança Vacante é aquela que é devolvida ao Municipio ou Distrito Federal, mediante ao


reconhecimento por sentença, da ausencia de herdeiros sucessíveis . Antes dessa sentença, existirá
apenas uma herança jacente, pautada pela incerteza da existência ou nao de herdeiro.

A herança vacante é atribuída ao Município da situação dos bens , ou ao Distrito Federalquando os bens
foram localizados em sua circunscrição, ou ainda à União, quando localizados em território Federal.

A partir da vacancia , ações envolvendo herança que eventualmente surgira, , devem ser movidas na
Vara Privativa da Fazenda Pública.

27. O que é testamento e quais as suas características?

Testamento é o ato pelo qual alguém dispõe dos seus bens para depois de sua morte, ou
determina a própria vontade sobre certas situações de ordem estritamente pessoal ou moral.Artigo
1875 CC

O testamento apresenta as seguintes características:

a) é ato unilateral,porque se aperfeiçoa com uma vontade só,a do testador.Assim,o

beneficiado não pode assinar o testamento.

b) é ato gratuito, porque implica transferência de bens ou outro tipo de disposição sem qualquer
contraprestação. À gratuidade abre-se, porém, uma exceção ao testamento com encargo,que acaba
onerando o beneficiado;

c) é ato unipessoal, porque não pode ser feito em conjunto, mas isoladamente. O Código proíbe
o testamento conjuntivo, também chamado de mão comum, feito por duas pessoas , no
mesmo papel. Cada papel,isto é, instrumento, deve conter apenas um testamento;

d) é ato solene, porque deve observar a forma prescrita em lei;

e) é ato revogável,podendo ser alterado a qualquer tempo. Reputa-se nula a cláusula

de irrevogabilidade constante no próprio testamento. Há,porém,duas cláusulas irrevogáveis:a que


reconhece filho (Lei n° 8.560/92) e a que perdoa o indigno. Nada obsta, porém, a ação
anulatória de reconhecimento do filho, na hipótese de erro,dolo ou coação,pois a lei proíbe
a revogação,e não a anulação;

f) é ato causa mortis, porque só produz efeitos após a morte do testador.O Código Civil
proíbe o doação causa mortis.Portanto,a disposição de bens para depois da morte só deve
ser feita por meio de testamento. Muito comum é a doação com reserva de usufruto, também
chamada usufruto deducto,em que o doador transfere desde logo a propriedade do bem,mas
reserva para si o usufruto até que sobrevenha à sua morte. Além do testamento, ainda há
outros atos causa mortis: seguro de vida, codicilo e inscrição de pessoa como dependente
previdenciário para o fim de recebimento de pensão;

g) é ato personalíssimo.Não se admite, portanto,testamento por procuração, nem mesmo com


poderes especiais, sendo também vedada a assistência e a representação.

28. Quais as formas comuns e especiais de testamento? Disserte sobre o testamento

particular.

Os testamentos ordinários ou comuns são:o público,o cerrado e o particular.

Os testamentos especiais ou extraordinários são: o marítimo, o aeronáutico e o militar.

Testamento particular: No código atual,o testamento particular pode ser hológrafo e alógrafo.

O testamento alógrafo é o escrito a rogo, isto é, por outra pessoa a pedido do testador.Urge,porém,
que o próprio testador assine o testamento, e ainda o leia na presença de pelo menos três
testemunhas, ainda que alógrafo(§ 2ºdo art. 1.876 do CC).O Código permite o testamento
alógrafo no parágrafo segundo do art. 1.876, quando salienta que o testamento elaborado
por processo mecânico deve ser assinadopelo testador, deixando entrever implicitamente que
outra pessoa pode subscrevê-lo,vedando apenas a assinatura a rogo.

O testamento particular pode ser escrito em língua estrangeira,contanto que as testemunhas a


compreendam (art.1.880 do CC).Pode ainda ser escrito do próprio punho ou mediante processo
mecânico,mas, nesse último caso,não pode conter rasuras ou espaços em branco.Se escrito
de próprio punho, as rasuras,correções e espaços em branco não invalidam o testamento.

Morto o testador, as testemunhas serão intimadas para confirmarem , em juizo , o testamento.

Basta, para a homologação doo testamento, lembrarem-se da leitura do testamento e reconhecerem as


próprias assinaturas e a do testador.

O Juiz, antes de homologar o testamento particular , deve ouvir as testemunhas e ainda colher a
manifestação do ministério público.

Se faltarem testemunhas, por morte ou ausência, e se pelo menos uma delas comparecer, o testamento
poderá ser confirmado,se a critério do juiz, houver prova suficiente de sua veracidade.Artigo 1.878 PU
do CC

Se faltarem todas as testemunhas, o testamento caduca, ou se seja, fica sem efeito.

Em circunstanvia excepcionais declaradas na cédula, o testamento particular de proprio punho e


assinado pelo próprio testador, sem testemunhas, poderá ser confirmado, a critério do juiz ( art 1879
CC).

Essa é a unica possibilidade de testamento sem testemunhas. No entanto, se trata de situação


excepcional que esteja devidamente escrita no testamento. O document deve ser escrito de proprio
punho . É chamado de testamento de emergencia ou testamento particular excepcional.

Exemplos : pane no avião, internação no CTI. Por analogia so artigo 1891 do CC entende-se que esse
testamento caduca depois de três meses após encontrar-se em local em que podia testar dentro da
normalidade.Se trata do único testamento ordinário provisório.

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