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OBRIGAÇAO TRIBUTÁRIA
1. CONCEITO: não nasce de ato jurídico de vontade, diferentemente da obrigação civil. O Estado não
pode agir de forma discricionária e criar uma obrigação tributária.
Sendo assim, já nasce desequilibrada. Pois de um lado temos o Estado (SUJEITO ATIVO), cheio de
privilégios e garantias públicas, e do outro lado temos o contribuinte, que é submetido ao interesse
público. A Obrigação tributária nasce da prática do fato gerador de caráter econômico, do fato
jurídico. Independe de vontade, é a concretização da hipótese de incidência descrita na norma.
Princípio da subsunção, adequação do fato à norma. A obrigação tributária além de não depender
da vontade do contribuinte ou mesmo do Estado, o devedor será qualquer pessoa. Assim a
Obrigação tributária nasce de um fato jurídico e não de um ato Jurídico (como a Obrigação Civil) –
diferença nº 01.
Comutatividade dos contratos – civil – diferença nº 02.
Quando a OT nasce o devedor contribuinte é a única parte que já tem consciência do seu dever de
prestar, o Estado do ponto de vista formal não sabe quem é seu devedor, o quantum ele irá pagar.
Já nasce o vínculo com a prática do fato gerador. Materialmente falando, o Estado já sabe que
aquele é devedor, em caso de fiscalização, já poderia autuar. Quando o Estado se intitula para
cobrar aquele débito.
2. ELEMENTOS:
A) SUJEITO ATIVO: CREDOR (U, E, DF, M )
Em casos de delegação, as autarquias têm poder de autuar, de lavrar auto de infração, mas não
é o detentor do débito, não será o executor, não tem o poder de ir a juízo parar cobrar débito
de contribuinte. Só o Estado.
SUJEITO PASSIVO
Contribuinte: É aquele que pratica o fato gerador da obrigação tributária. É aquele que realiza
concretamente a hipótese de incidência prevista na lei.
Responsável tributário: É terceira pessoa. Não é a pessoa que pratica o fato gerador. É terceiro que
por força de lei deverá recolher o tributo no lugar do contribuinte desde que mantenha ligação
direta com a prática do fato gerador. Em regra que deve pagar o tributo é o contribuinte. Aqui a lei
expressamente determina que quem recolherá o tributo no lugar do contribuinte será terceiro que
tenha ligação com a prática do fato gerador. Ex.: Imposto de Renda é descontado pela pessoa
jurídica em folha do funcionário. Fundamento: Facilitar a arrecadação e combater a sonegação e
diminuir o curto da união na fiscalização. A lei não pode atribuir a responsabilidade a qualquer
pessoa, tem que ter ligação direta com o fato gerador. Não confundir com responsável do direito
civil que é apenas garantidor, não é devedor. Aqui o responsável é o devedor.
Substituição: a empresa é chamada de substituta porque substitui o contribuinte no
pagamento do tributo. É quando a lei atribui a terceiro a obrigação de substituir o
contribuinte na hora de recolher o tributo. Toda substituição tributária tem que estar
prevista em lei antes mesmo da ocorrência do fato gerador. Depois de ocorrido o fato
gerador se não houver lei prevendo a substituição é o próprio contribuinte quem deve
recolher o tributo.
OBS: A indústria paga 2 ICMS. Um pela venda que faz ao revendedor e outro pela venda que
o revendedor vai praticar. Hoje o ICMS não paga mais ICMS e a industria repassa ao
comerciante o valor desse ICMS. Apesar do absurdo de se cobrar tributo antes da prática do
fato gerador o STF já julgou constitucional essa antecipação do ICMS. É fato gerador
presumido criado por emenda constitucional – art. 150 §7º. Se o fato presumido não
ocorrer, haverá devolução desse ICMS. Se vender por valor inferior a margem de lucro
prevista não haverá devolução proporcional. Essa devolução será devolvida ao comerciante
se esse provar que o ICMS foi embutido no valor da venda. Essa substituição é chamada de
substituição tributária para frente.
Substituição tributária para trás: Ocorre quando o recolhimento não é feito por quem
pratica o fato gerador e não se dá no momento da prática, mas em momento posterior. Ex.:
Venda de gado – é o comprador que pagará o ICMS, pois é mais fácil fiscalizar a industria
que tem CNPJ do que o vendedor de gado.
A LEI TEM QUE PREVER A SUBSTITUIÇÃO ANTES DA PRÁTICA DO FATO GERADOR.
Transferência: Diferença básica para substituição – Na transferência a obrigação de recolher
o tributo primeiramente é do contribuinte. Posteriormente a ocorrência do fato gerador, o
contribuinte por um dos motivos elencados em lei se impossibilita de recolher o tributo,
gerando a transferência tributária para uma terceira pessoa que tenha uma ligação direta
com o contribuinte.
Os casos de substituição podem ser criados a qualquer momento por lei. No caso da
transferência, os casos estão previstos em rol taxativo no código tributário nacional. Ex.:
Espólio, fusão de empresas. Arts. 130 a 136 do CTN.
3. ESPÉCIES (art. 113, CTN)
A) PRINCIPAL
*Principal: Obrigação de dar quantia certa, de pagar o tributo, principal contribuição, principal
fonte de custeio de despesa pública.
B) ACESSÓRIA
Obrigação de fazer ou não fazer, é a prática ou não de um ato a favor da administração
tributária. Não é o mesmo que a obrigação de dar. Emitir nota fiscal, por exemplo. Não é
pagar ICMS, o fato de emitir a nota fiscal, é para identificar a mercadoria, para que seja
fiscalizada. Fazer declaração de Imposto de Renda, ainda que não precise pagar a obrigação
principal.
A obrigação acessória INDEPENDE DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL !!!!!
Art. 113, §3º, CTN, O não cumprimento da obrigação acessória gera uma multa, pena
pecuniária, que se equipara a obrigação principal. Não está comparando com a multa, tem
natureza diversa do tributo.
O tributo segue o rito da execução fiscal, para que o Estado execute junto com a multa no
mesmo processo de execução fiscal. São independentes.
# “lei” – obrigação tributária principal
# “legislação tributária” – obrigação acessória – pode ser criada por outras fontes, mais geral/ampla.
A legislação que impõe a obrigação acessória, não pode impor a multa. Esta virá de lei.
Lei, decretos, tratados e convenções internacionais, normas complementares – legislação
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR TRANSFERÊNCIA – ESPÉCIES
1. Responsabilidade do adquirente de bens imóveis:
Essa responsabilidade atinge os impostos que recaem sobre os bens imóveis (impostos reais: IPTU e ITR
– da propriedade rural), contribuição de melhoria e taxas de serviço (água, esgoto, etc.).
O adquirente da propriedade imóvel responde pelos tributos devidos (os três mencionado acima) pelo
alienante do bem até a data da alienação salvo se constar no instrumento da alienação certidão que
comprove a inexistência de débitos tributários. O adquirente do bem imóvel, por exemplo, responde pelos
débitos de IPTU relativos a período anterior a aquisição daquele bem. Essa responsabilidade se deu por
transferência. O fato gerador aqui foi praticado pelo proprietário anterior, mas que responderá é o novo
proprietário do bem. IPTU nasce em razão da propriedade, são obrigações proter rem e acompanham a
coisa onde quer que esteja. O novo proprietário poderá entrar com ação de regresso contra o antigo
proprietário para cobrar esses tributos (direito de evicção).
Pode haver transferência fazendo constar no cartório a certidão negativa de débitos do bem
imóvel. Se no decurso do tempo aparecer novos débitos por engano do município, nesse caso, o município
cobrará de quem vendeu, pois a certidão negativa é instrumento público com fé pública que gera
presunção absoluta de que o patrimônio não tem dívida tributária. Se houver dívida que passou
despercebida, essa cobrança será feita ao antigo proprietário. Hoje a escritura pública de transferência só é
feita com apresentação da certidão negativa.
ATENÇÃO: Se o imóvel for adquirido por arrematação em hasta pública os tributos devidos em razão do
bem ficam sub-rogados no preço da arrematação. Arrematação não é transferência derivada de
propriedade, não decorre de negociação ou contrato. Dessa forma, também não se transfere a dívida
nesse caso. Em relação ao valor pelo qual o bem foi arrematado, o executado recebe o valor restante
depois de debitados os valores referentes a dívida. Se arrematado por valor inferior a dívida, o antigo
proprietário será executado em relação ao valor restante.
2. Responsabilidade pela incorporação, fusão e transformação da pessoa jurídica:
Fusão = duas empresas formam uma terceira empresa.
Incorporação = Empresa que incorpora por compra uma outra empresa. A empresa adquirida ou
incorporada pode ser adquirida total ou parcialmente.
Débitos existentes até a data da incorporação passam por transferência os débitos tributários da empresa
incorporada. Em caso de fusão a empresa resultante de fusão também assume os débitos tributários
anteriores a fusão. Em caso de transformação, em que uma empresa se transforma em outra, ainda que
mude o ramo, haverá responsabilidade por transferência, ainda que haja mudança de razão social, de
atividade, etc.
Em caso de fusão, incorporação e transformação não cabe ação de regresso exceto quando houver a
terceira hipótese a seguir.
3. Responsabilidade do adquirente de fundo de comércio:
O adquirente de fundo de comércio responde pelos tributos devidos pelo alienante até a data da
aquisição, sob duas formas:
a. Integralmente – sempre que o alienante não voltar a exercer atividade comercial, sob a mesma
ou outra razão social ou ainda sob firma individual em um prazo de até seis meses da alienação.
b. Subsidiária – Sempre que o alienante, dentro de seis meses, volte a exercer outra atividade
comercial.
A adquirente responde de duas formas: sozinho e integralmente se quem vendeu não abrir outro negócio
ou se abrir depois de 06 meses. Se abrir antes disso, a responsabilidade será subsidiária. A ação de
regresso caberá sempre que possível.
EXCEÇÃO AO ADQUIRENTE DE FUNDO DE COMÉRCIO
Se o fundo de comércio for adquirido em Hasta Pública ou Leilão Judicial, não trará para si nenhum
débito de fundo de comércio. (Ex. a empresa entrou em falência, seu fundo de comércio vai a hasta
pública, o arrematante deste não terá que arcar com os débitos, pois presume-se que não irá com os
débitos, pois estes serão pagos com o valor que foram depositados em juízo pelo arrematante)
EXCEÇÃO da Exceção!!!
Se o adquirente deste fundo de comércio for o ex-sócio, ou parente em linha reta ou colateral até o
4º grau, ou que tenha qualquer relação com a antiga empresa, for gerente, contador, etc..
CONTINUA RESPONDENDO POR TRANSFERÊNCIA. Para evitar fraudes, de que seja arrematada mais
barata pelo mesmo grupo.
4. Responsabilidade por sucessão causa mortis:
a. Sucessores e cônjuge meeiro respondem pelo débito tributário até a data da partilha – a partilha se
dá depois da abertura do inventário. Aqui incide em caso de haver novos débitos depois do
falecimento. Praticou fato gerador, mas a notificação, a constituição do crédito tributário só se deu
depois do falecimento. Esse créditos liquidados pelo estado já com a pessoa falecida, serão
cobrados dos herdeiros e não mais do espólio. Esses sucessores não podem se responsabilizar com
patrimônio pessoal, aqui o limite é a herança. Eles podem ser responsabilizados até o limite da
herança.
b. O Espolio responde pelos tributos devidos até a abertura da sucessão - até a data da abertura da
sucessão os créditos tributários passam para o espólio.
OBS: Há casos em que a pessoa falece e a família não abre inventário e não formaliza a transmissão da
herança, não é feita a partilha. Nesse caso, ainda que não haja processo de inventário aberto o Estado
executará os herdeiros. Dessa forma, é uma forma de forçar a abertura do inventário para sair do pólo
passivo e jogar esse pólo passivo para o espólio.
5. Responsabilidade de terceiros: Art. 134 do CTN
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que
forem responsáveis: erro de terminologia, pois se é na impossibilidade de cobrar do contribuinte que se
cobrará desses aqui apresentados, então não é responsabilidade solidária, e sim subsidiária. O terceiro só
responde se houver os dois requisitos sublinhados cumulativamente (impossibilidade + terceiro ter relação
direta com a prática do fato gerador da obrigação tributária). Caso em que o menor herda casa de um tio,
não há contribuição dos pais para a prática do fato gerador. O estado executará o menor e o pai
representará em juízo o menor, mas não poderá ser executado subsidiariamente. Nesse caso só o
patrimônio do menor responderá.
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; O contribuinte é o menor, pois esse pode praticar
fato gerador. A capacidade de ser contribuinte independe da capacidade civil. Não há distinção de
capacidade absoluta ou relativa. Qualquer pessoa pode ser sujeito passivo, pois a pratica de fato gerador
independe de autonomia tributária. A pratica do fato gerador.
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; Caso o tributo não possa ser cobrado do espólio. A
contribuição do inventariante aqui para essa impossibilidade seria um ato omissivo.
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados
por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
Se a responsabilidade é subsidiária eles só serão cobrados se o contribuinte não puder ser cobrado. Que
hipóteses seriam essas? Seria qualquer impossibilidade jurídica. O inciso I traz casos de filhos menores, por
exemplo.
OBS: A obrigação tributaria da pessoa jurídica independe de estar essa pessoa jurídica regularmente
constituída.
OBS: Em direito civil presume-se a boa fé. Em direito tributário a má-fé é que é presumida.
ESSE ROL DE INCISOS DO ART. 134 É EXEMPLIFICATIVO.
6.Responsabilidade pessoal: Art. 135
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
A dívida da pessoa jurídica aqui pode ser buscada da pessoa física, como se fosse uma
desconsideração da pessoa jurídica do direito civil. Aqui a pessoa física responderá pelos débitos da pessoa
jurídica se agiu com excesso de poderes ou se agiu de forma ilícita para sonegar (ex.: Não declaração de
faturamento correto da empresa).
OBS: Não é o mero inadimplemento que gerará responsabilidade do sócio.
5. Prescrição e decadência:
6. Remissão:
A isenção não libera o contribuinte de pagamento de créditos passados. Só de créditos futuros. O perdão a
créditos já constituídos se dá através de lei que decreta o perdão, a remissão. A remissão é concedida por
lei assim como a isenção é concedida por lei. Anistia é perdão somente da multa. Conceder remissão quer
dizer que os créditos constituídos estão extintos, mas somente em relação à obrigação principal. A
obrigação acessória, a sanção, só pode ser perdoada através de anistia, que se dá também somente por lei.
Só a liberação do tributo se houver lei concedendo remissão. Uma única lei pode conceder remissão e
anistia. Ambos só se aplicam a créditos tributários constituídos até a data da vigência da lei, mas não se
aplicam a débitos futuros. Eles só atingem débitos passados. Para débitos futuros que ainda não existem só
cabe isenção.
Cuidado: lei entra em vigor dia 23 de maio. Se dia 20 de abril eu pratiquei fato gerador de tributo de
lançamento por homologação e não paguei. A lei concede o perdão de créditos constituídos até 23 de
maio. Esse débito cujo fato gerador foi praticado dia 20 de abril está incluído? Não pois não houve ainda a
constituição do crédito, não houve nem lançamento, nem autuação, nem notificação. P perdão só abrange
créditos constituídos.
O perdão deve ser concedido por lei específica e só terá eficácia, validade material, se dentro dos
requisitos previstos no CTN (art. 172 do CTN).
7. Pagamento antecipado nos tributos de lançamento por homologação
Os tributos de lançamento por homologação é aquele que o contribuinte faz tudo sozinho. O CTN de forma
absurda disse que u pagamento antecipado é causa de extinção do crédito. O contribuinte pratica o fato
gerador e calcula como sendo menos e paga antecipado. Como pode estar extinto o crédito se ainda não
foi homologado? Há prazo de 5 anos para que essa homologação seja feita? Como pode haver crédito se
não houve lançamento e sim ato unilateral do contribuinte? Não houve lançamento nem notificação ainda.
Para o professor isso é absurdo. Se pago a mais o prazo para cobrar de volta (repetir os valores a mais)
conta a partir do pagamento e não mais da homologação. Pro contribuinte está extinto e pro Estado é
extinção parcial, pois que ainda não houve homologação.
Prazo de cobrança da diferença: 5 anos. Prazo para lançar o crédito: 5 anos.
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – art. 151
São as situações em que o Estado fica impedido de cobrar judicialmente o crédito tributário através da
execução fiscal. Para isso o crédito tem que existir e essa existência se dá no lançamento, que torna a
obrigação tributária líquida e certa (presunção de liquidez e certeza). O lançamento extingue a obrigação
tributária. Uma vez notificado pode pagar ou impugnar administrativamente. O crédito só se torna líquido,
certo e exigível quando constituído definitivamente que se dá quando ultrapassado o prazo para recurso
administrativo ou com o julgamento do recurso administrativo desfavorável ao contribuinte. A
exigibilidade só existe quando o crédito se torna definitivamente constituído. A inscrição na dívida ativa e
no rol de cadastro de inadimplentes só pode se dá depois de constituído definitivamente.
Suspender essa exigibilidade é proibir o estado de praticar as cobranças: cadastro nos órgãos de
inadimplência, ingresso de ação de execução fiscal e inscrição na dívida ativa.
1.Recursos Administrativos: (analisado na aula anterior)
1Moratória: É a dilação do prazo dado pelo Estado para pagamento do débito tributário constituído contra
o contribuinte. A lei que autoriza a moratória tem que prevê que débitos estão incluídos na moratória.
Terá que prevê também o período da moratória. Até quando os débitos podem ser incluídos na moratória.
A lei determina o período dos débitos que poderão ser inclusos na moratória. Qual o tempo de
pagamento? Tudo isso virá definido na lei.
A moratória tem que ser autorizada por lei, princípio da legalidade tributária. Cada ente competente
terá que ter sua lei que concede a moratória aos seus débitos (União, Estados e Municípios deverão ter
suas próprias leis).
Essa lei específica de cada ente deverá trazer os requisitos para adesão do contribuinte.
Qualquer contribuinte que tenha débitos tributários constituídos, se o crédito se enquadrar nos
critérios da lei que concede a moratória, poderá requerer a adesão a moratória. É poder-dever da
administração. Se enquadrado na lei, e preenchidos os requisitos, o contribuinte pode pedir adesão.
Não é discricionariedade que o estado tem para conceder, pois os limites estão na lei. Provado o
preenchimento dos requisitos, a administração pública é obrigada a conceder a moratória ao
contribuinte. Em relação aos débitos, a exigibilidade fica suspensa.
Aqui o crédito está somente constituído mais ainda não está inscrito na divida ativa nem em nível de
ação de execução fiscal. Se estiver na dívida ativa, não é mais processo administrativo, nesse caso, esse
requerimento deve ser feito na procuradoria. Se já estiver em curso a execução fiscal, não há como
aderir a moratória.
Pode ser concedida sob duas formas: em caráter geral e em caráter individual. Em caráter geral é
quando a lei traz somente requisitos e características gerais para qualquer contribuinte que se
enquadrar possa requerer sua adesão. Em caráter individual, é quando a lei delimita a categoria de
contribuintes que poderá ser alvo da moratória. Ex.: Lei que concedeu moratória as companhias
aéreas. É em caráter individual, pois abrange uma categoria apenas de contribuinte.
Depósito do montante integral: É o valor do credito tributário constituído contra o contribuinte, onde ele
deposita integralmente em uma conta bancária judicial vinculada a uma ação anulatória movida para
discutir o crédito tributário constituído. Na ação judicial movida pelo contribuinte ele pode requere a
abertura dessa conta para deposito do valor integral, não é o que ele entende ser devido, mas o valor
integral. Ao depositar esse valor o juiz é obrigado a suspender a exigibilidade do crédito.
Concessão de antecipação de tutela em ação ordinária: A concessão dessa liminar só ocorre se não se
tratar de ação meramente protelatória da execução. Aqui é possível liminar sem deposito judicial e sem
mandado de segurança. Essa liminar pode ser pedida somente para suspender a exigibilidade do crédito.
Aqui o que vai obstar a exigibilidade é a liminar.
1. Impugnação do sujeito passivo: Essa impugnação quebra a linha do tempo e dá inicio ao PAF =
Processo Administrativo Fiscal dirigido a própria autoridade que fez o lançamento, a autoridade
maior do órgão, a autoridade administrativa competente. Essa autoridade designa o relator,
normalmente um auditor, esse relator vai ouvir a autoridade que lavrou o auto de infração,
normalmente um outro auditor. Esse processo então volta pro relator que pode:
Realizadas as diligencias as partes serão intimadas para se manifestarem sobre as provas juntadas e
depois disso parte para o julgamento. Esse recurso não requer capacidade postulatória.
Essa decisão é chamada de DECISÃO SINGULAR, pois que proferida por um julgador. Seria um
processo em primeira instância administrativa. Se o julgamento for contrário ao contribuinte é
aberto novo prazo de 30 dias para pagamento. Esse pagamento terá o valor corrigido. Esse prazo é
interrompido, não suspenso, posto que recomeça a contagem. Recomeçada a contagem cabe ainda
recurso para a segunda instância administrativa.
Em segunda instância administrativa será julgado por órgão colegiado chamado de CONSELHO DE
CONTRIBUINTES formado por três representantes dos contribuintes e três representantes do
Estado e um presidente. Se essa decisão for improcedente para o contribuinte será aberto novo
prazo de 30 dias para pagamento. Aqui não cabe mais recurso administrativo, mas pode entrar com
ação anulatória, mas a exigibilidade só será suspensa se houver concessão de liminar, caso
contrário, o crédito é exigível vencido esses 30 dias.
Recurso de ofício: Se o recurso, em primeira instancia for julgado favorável ao contribuinte para
extinguir o credito tributário, haverá o recurso de ofício. No judiciário chamamos de reexame
necessário. O próprio julgador que julgou procedente, já remete de ofício para a segunda instancia
que poderá manter a decisão ou reverter e julgar improcedente para o contribuinte.
Se a decisão de primeira instancia for parcialmente favorável, a parte que foi extinta será
reexaminada pelo órgão colegiado.
Quando o crédito se torna exigível ele é encaminhado para o judiciário para dar início a execução
fiscal. É o representante judicial da autoridade administrativa quem ingressa com a execução fiscal.
Se é processo administrativo da secretaria da fazenda, e o crédito está constituído pelo lançamento
e já é exigível, o secretario da fazenda remeterá a cópia do processo administrativo para a
procuradoria do estado que é o órgão competente a ajuíza a ação de execução fiscal. Em âmbito
federal vão pra procuradoria da fazenda nacional. A procuradoria, recebido o processo
administrativo já julgado, terá que emitir titulo executivo extrajudicial para ingresso com a
execução. Esse título é documento que resume toda a fase administrativa. A execução só tem
validade se acompanhada desse título executivo que é chamado de CDA = Certidão da Dívida Ativa.
Só então poderá ingressar com ação de execução fiscal e não precisa a cópia do processo, basta a
CDA para que o título seja cobrado. O contribuinte toma ciência da existência do processo judicial
quando citado do processo de execução.
Revisão de ofício:Toda vez que a autoridade administrativa fizer lançamento com fundamento em
alguns dos requisitos do art. 149 do CTN ela é obrigada a rever o seu próprio ato de lançamento
caso ainda não tenha o direito de cobrar se o contribuinte não recorrer administrativamente, antes
do envio para a dívida ativa.
AULA 11
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
OBS: Diferente do direito civil a obrigação acessória independe de principal. Podemos ter uma empresa
isenta de ICMS que terá de qualquer forma que emitir nota fiscal. O contribuinte é obrigado a declarar
imposto de renda ainda que ao final não tenha imposto de renda a pagar. A finalidade dessa obrigação
acessória é auxiliar a fiscalização e a arrecadação tributária.
OBS: A obrigação tributaria principal decorre de lei e a acessória decorre da legislação. Qual a diferença?
(art. 96 do CTN) Lei é lei no sentido estrito, formal, ordinária ou complementar. Legislação é mais
abrangente e envolve tratados e convenções internacionais, leis, decretos e as normas complementares
em matéria tributária.
Ex.: recadastramento de templos por meio de decreto municipal como obrigação acessória garantidora da
isenção.
OBS: O descumprimento de obrigação acessória pode ter como sanção multa, mas essa multa deve estar
prevista em lei. Não é qualquer legislação que pode instituir pena pecuniária. Por se tratar de pecúnia,
equipara-se a obrigação principal, e como toda obrigação principal, sua pena deve ser objeto de lei.
Aula 2
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; Art. 150 CF – Compete a lei exigir ou majorar tributo. Esse
inciso fala que compete a lei instituir ou extinguir tributos. Esse inciso não está de acordo com a
constituição. Entendia-se que não havia diferença aqui pois se a CF ala em exigir, não há existência do que
não existe. Esse exigir pressupõe o instituir. Quem pode o mais pode o menos. Se a exigência só ocorre por
lei, conforme a CF, a sua existência também devera ser por lei, conforme esse inciso. Até aqui tudo bem. EC
32/2001 altera o art. 62 da CF e permite instituição de impostos por Medida Provisória. A partir daí
passamos a ter não aplicabilidade desse inciso pois o art. 62 da CF permite instituição de impostos por
Medida Provisória. Essa EC derrogou, revogou parcialmente, esse inciso. Não é verdade que só lei pode
instituir tributos.Devem, sim, depois de instituídos por medida provisória, ser convertidos em lei no mesmo
ano. Isso não viola o principio da legalidade tributária.
Para extinguir, isso sim deverá ser por lei. Se ele vem sendo exigido e cobrado por lei, somente lei pode
revogar a lei que já existe. Somente lei pode revogar lei, nesse caso só lei revoga a lei que instituiu o tributo.
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
Majoração é mexer na base de cálculo ou na alíquota do tributo. Só se pode mexer em qualquer elemento
da norma tributária por lei (é o que esse inciso quer dizer).
Exceções ao princípio da legalidade devem ser observadas (II, IE, IPI e IOF). São também exceções a reserva
legal, não precisam de lei para mexer na base de cálculo nem na alíquota. O que foi dito no inciso anterior
vale aqui. MP pode alterar, desde que seja convertida em lei no mesmo ano.
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º
do artigo 52, e do seu sujeito passivo; ATENÇÃO: Definição de fato gerador e de sujeito passivo é matéria
de reserva de lei. O fato gerador de um tributo tem que ser definido por lei (hipótese de incidência). Aqui se
fala em obrigação principal. Acessória não precisa ser por lei. Aqui é lei complementar, mesmo não
estando expresso que a lei é complementar. Aqui se faz interpretação de acordo com o art. 146 III da CF.
Esse inciso aqui não foi recepcionado pela CF, pois o art. 146 III diz que definição de fato gerador, base de
calculo, sujeito passivo, etc. devem se dar por lei complementar (matéria exclusiva de lei complementar).
Essa lei complementar é lei complementar geral que discrimina normas gerais dos impostos previstos pela
CF. A lei complementar federal não criará imposto. Ela impõe limites para regulamentar o ato dos entes
federativos na instituição dos impostos. O ISS pode ser instituído pelo município por lei ordinária, mas
deverá obedecer aos limites dessa lei complementar. É isso que diz o art. 146 III abaixo:
Outro exemplo é lei federal que regulamenta o ICMS (LC 87/96) e estabelece normas gerais que devem ser
observadas pelos Estados e pelo Distrito Federal.
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39,
57 e 65; Também é matéria de lei complementar federal sempre que em relação a impostos. Somente
impostos é que devem ter essa regulamentação por lei complementar federal. Os demais tributos, a própria
lei ordinária que cria regulamenta esses elementos, pois são tributos vinculados e dependem de
contraprestação estatal. O único tributo não vinculado é o imposto. Não depende de contra prestação
estatal.
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras
infrações nela definidas; Trata das penalidades pecuniárias. Multa por descumprimento de obrigação
tributária. Essa multa, ainda que obrigação acessória deverá ser instituída por lei. Essa instituição de multa
não pode se dar por decreto, somente por lei. A obrigação acessória pode ser instituída por decreto, mas a
multa por descumprimento dessa obrigação somente por lei. (questão de prova)
OBS: Prescrição e decadência tributárias só podem ser tratadas por lei complementar (art. 156 III b).
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de
penalidades. Todas as matérias que se referem a exclusão, suspensão e extinção é matéria de lei. Os
conceitos serão tratados a seguir.
O CTN é lei ordinária na sua forma, mas tem status de lei complementar por causa do princípio da recepção
por conta do art. 156 III da Constituição Federal. Lei Complementar surge com a CF/88. CTN foi
recepcionado em tudo o que não conflitar com a CF. Há incisos que dizem que não obedecem a
anterioridade. São inconstitucionais. As exceções à anterioridade são as expressas na CF.
Aqui também trata de lei complementar federal.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo
mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do
valor monetário da respectiva base de cálculo.
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e
serão observados pela que lhes sobrevenha. Não podem dispor sobre obrigação tributária principal,
pois essa obrigação é matéria de lei. O tratado e convenção podem tratar de obrigações acessórias, pois
fazem parte da LEGISLAÇÃO tributária, mas não são lei.
TRATADO – Acordo internacional celebrado entre dois países soberanos. Normalmente são celebrados pelo
executivo.
ATENÇÃO: Lembrar que os tratados, para incorporar o ordenamento jurídico interno na qualidade de lei,
deverão ser ratificados pelo Congresso Nacional. Nesse caso, adquirem o status de lei ordinária. Nesse
caso, e somente nesse caso, poderão tratar de obrigação principal. Para tratar de obrigação tributária
acessória não precisam ser ratificados pelo Congresso Nacional, basta sua celebração pelo executivo.
Aula 3
São os decretos regulamentares que dispõe sobre obrigações acessórias. Para isso deve existir lei prévia
disciplinando a obrigação principal. O decreto deve regulamentar lei já existente.
Legislação tributária – leis, tratados, decretos e normas complementares. Não é lei e por isso não
regulamenta obrigações tributária principal, somente as acessórias.
CONCEITO: Normas de caráter infralegal, expedidas pelas autoridades administrativas e que tem a função
de complementar as leis, os tratados e os decretos no que diz respeito às obrigações acessórias. Não
normas de caráter aDministrativo.
ESPÉCIES (TIPOS):
Atos administrativos expedidos pelas autoridades da administração tributária (as autoridades que
representam o Estado em matéria tributaria, secretário de finanças do município, delegado da
receita federal, Secretário da Fazenda); Essas autoridades podem expedir atos administrativos com
intuito de regulamentar o procedimento da arrecadação tributária.
Decisões singulares ou colegiadas proferidas pelo ente da administração tributária; Quando um
contribuinte sofre fiscalização na empresa ou na sua pessoa física e nessa fiscalização o auditor
verifica que não foi pago determinado tributo. Ele notificará para pagamento através de auto de
infração. Esse auto pode ser impugnado administrativamente pelo contribuinte. É recurso contra
auto de infração. Quem decide o recurso é o julgador singular. Se foi autuado pelo Estado, o
recurso irá para o secretário da fazenda. É a autoridade administrativa que autuou quem julgará o
recurso. Essa função pode ser delegada a um auditor fiscal que se investirá da função de julgador
singular. Essa decisão singular tem força normativa e tem natureza jurídica de norma
complementar porque gera eficácia normativa, pois tem que ser cumprida, principalmente no que
diz respeito às obrigações acessórias. A decisão colegiada se incide quando a decisão singular for
contraria ao estado. A segunda instância administrativa em casos de decisão contraria ao
contribuinte só será acionada se o contribuinte voluntariamente recorrer. Esse recurso só sobe via
reexame necessário, quando a decisão for contraria ao Estado, ou se o contribuinte perder o
recurso administrativo que fez, se foi julgado improcedente o seu recurso, esse contribuinte poderá
recorrer para a segunda instância administrativa. Essa segunda instância proferirá decisão colegiada
(câmara composta por 6 membros, 3 representantes da sociedade civil e 3 representantes do
estado que normalmente são auditores – há eleições a cada 2 anos). Em Sergipe é chamado de
Conselho de Contribuintes. Dentre os membros há relator e prevalece a decisão da maioria.
Decisões reiteradas – alguns doutrinadores chamam de jurisprudências administrativas.
Convênios – Celebrados entre Estados Distrito Federal e Municípios. São acordos administrativos
que visam a adoção de procedimento comum de fiscalização e arrecadação tributária diminuindo as
chances de sonegação fiscal. Geram eficácia normativa em matéria de obrigação acessória.
Elementos da obrigação principal ainda são matérias exclusivas de lei. Para ter validade devem ser
ratificados pelas assembléias legislativas de cada Estado. Se não ratificados há autores que
entendem que se somente atos do executivo violam o princípio da tripartição dos poderes. O STF
teme entendido que os convênios não precisam de ratificação pela assembléia legislativa.
QUESTÕES
1.Um proprietário de um bem imóvel teve esse bem penhorado teve esse bem por força de um debito de
imposto que ele possuía com a União Federal. Esse não era seu único imóvel. O município também
penhorou o mesmo por causa de um débito de IPTU. Que o mesmo possuía há dois anos e não estava
pago. O imóvel foi a leilão e o arrematante pagou R$100.000,00 pelo bem. Acontece que esse bem
somente cobriu R$ 80.000,00 q eu devia do imposto de renda e r$20.000,00 de IPTU. Acontece uqe a
divida total do IPTU é de 30.000,00 ..... alegando a resposnsbilidade do adquirente por transferência,
processou o adquirente do bem pelo ::::remanescente. Analise, suscintamente, se está ou não correta
essa responsabilização.A
R- Ainda que o preço alcançado na arrematação do bem seja insuficiente para a quitação do
débito tributário, o arrematante não poderá ser responsabilizado por dívidas contraídas por
outrem, conforme a literalidade do parágrafo único do art. 130 do CTN.
2. Determinado crédito tributário de lançamento por homologação, teve seu fato gerador ocorreu em
2005. O contribuinte não pagou nem informou ao estado sobre a ocorrência do fato gerador, ... obrigações
acessórias . Em março de 2010 o Estado autuou o contribuinte lançando de oficio o tributo e os encargos
de mora legais. O contribuinte entrou com uma impugnação do lançamento e o processo transitou em
julgado em janeiro de 2015. Em julho de 2015, tendo o contribuinte perdido o processo . o Estado
ingressou com a execução fiscal. Analise suscintamente a prescrição e a decadência nesse caso. Sem
resposta
3. o contribuinte ingressa com uma ação judicial visando anular o credito tributário com uma liminar
visando suspender a exigibilidade do credito até a decisão final do processo judicial indeferida . Pode ele
fazer algo para tentar suspender a exigibilidade do credito enquanto dis :::: judicial por ele proposto?
R. No presente caso, o indivíduo pode depositar em juízo o valor do crédito tributário, pois
esta é uma das causas suspensivas.
4. Diga a diferença entre a remissão e a isenção.
R.Entende-se por remissão a exclusão do crédito tributário, ocorrendo, portanto, após o
lançamento tributário, ou seja, é o perdão da dívida. Já a insenção é a dispensa do
pagamento, ou seja, a remissão difere da isenção (arts. 176 a 179, CTN), pois a última
ocorre antes do lançamento tributário e consiste na exclusão do mesmo. Ademais, a
remissão pode ser de tributo ou de multa e a isenção refere-se apenas a tributo.
5.Uma empresa possuía débitos com a União federal referente diversos tributos. Mesmo assim o seu
proprietário a vendeu em agosto de 2007. A empresa rea um restaurante e o novo comprador abriu uma
locadora de veículos no seu lugar. O adquirente abriu sua empresa nova em dezembro de 2007 e em
janeiro de 2008, o vendedor com o dinheiro recebido, abriu nova empresa no ramo de alimentação em
outro local. Analisando essa situação, explique como fica a responsabilidade pelo pagamento dos tributos
devidos pelo restaurante antes da venda?
A responsabilidade do adquirente é subsidiária conforme o art. 133,II do CTN. Assim, o alienante
responsde eplos tributos devidos vez que prosseguiu na exploração no comercio em outro ramo antes de
completar seis meses da venda do restaurante. Na sua falta, será acionado o adquirente.
6. Suponha que determinada empresa praticou o fato gerador de uma obrigação tributária em janeiro de
1994. Ele não cumpriu com as obrigações acessórias em declarar a obrigação tributária gerada e nem
sequer pagou. O tributo é de lançamento por homologação. Em março de 1999 o contribuinte recebeu
lançamento de ofício, onde foi lavrado o auto de infração pelo não pagamento e pela não declaração. O
contribuinte não pagou e em novembro de 2004 foi impetrada execução fiscal tendo o juiz despachado
para cita-lo vendo-se sem saída também não se defendeu e em julho de 2005 aderiu a um parcelamento.
Deixou de pagar o parcelamento em abril de 2010. Analise a quebra do parcelamento, até quando pode
ser executado o saldo remanescente do debito?
Em janeiro de 1994 ocorre a pratica do fato gerador. Como não houve declaração nem pagamento o
prazo decadencial começa no 1º dia do exercício financeiro seguinte.
1º de janeiro de 1995: inicia-se o prazo decadencial de 5 anos para o lançamento pelo Estado.
Vai até dezembro de 200 mas o estado aqui agiu antes de vencidos os 5 anos ou seja, em março de 1999
com o lançamento de oficio.
Tendo lançado de oficio o estado constituiu o credito que passa a ser liquido e certo, se não houver
recurso administrativo pelo contribuinte no prazo de 30 dias.
Nesse caso em abril de 1999 correm os 05 anos para a prescrição que terminará em novembro de 2004.
Como o Estado ajuizou ação em novembro de 2004 o direito já estava prescrito. O parcelamento será
inválido em razão da prescrição.