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CENTRO UNIVERSITÁRIO CASTELO BRANCO

DIREITO

DAKENA MONTEIRO ROSA

OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES TRIBUTÁRIAS

COLATINA-ES
2023
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

A relação tributária estabelece de forma compulsória que uma pessoa deve pagar
determinado tributo. Ademais, deve haver um vínculo entre o objeto da relação tributária
para com o devedor e credor. Nesta linha, há três classificações para a obrigação
tributária, a de dar, fazer ou deixar de fazer algo, sendo a primeira (dar) uma obrigação
principal e as demais, acessórias, fazendo com que seja cumprida a função social de
determinado tributo. Na seara do direito tributário as obrigações enquadradas como fazer
ou de não fazer, são meramente instrumentais, sem qualquer conteúdo economicamente
apreciável.

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL

No Direito Tributário a obrigação principal possui caráter econômico, ou seja, dar


dinheiro para o sujeito ativo da relação jurídico-tributária. Conforme se analisa no art. 3º
do CTN, multa não se enquadra como um tributo, visto que tem caráter sancionatória por
ato ilícito, contudo, a obrigação de pagar a multa tributária é tratada pelo CTN como
obrigação tributária principal. Desta forma, há tanto a cobrança de um tributo, quanto da
multa no mesmo regime jurídico, utilizando-se de vantagens legais inerentes a tal regime.

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Desta forma, a obrigação principal se caracteriza pelo pagamento de um tributo


ou de penalidade pecuniária (multa).

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA

Obrigação acessória são classificadas como a de fazer ou deixar de fazer algo,


tendo caráter meramente instrumental, são simples deveres burocráticos que tendem a
facilitar o cumprimento da obrigação principal, como por exemplo, a declaração de imposto
de renda que facilita o cálculo que deverá ser recolhido e possibilita a verificação
pelo Fisco.
Ademais, deve ser observada a obrigação acessória mesmo em entidades que são
imunes de pagar determinados tributos, podendo acarretar em multa pelo
descumprimento de tal obrigação, sendo convertida a obrigação acessória em principal
pela penalidade pecuniária.

TEORIA DO FATO GERADOR

Para que ocorra a obrigação tributária a lei deve definir uma situação (hipótese de
incidência), que, verificada na plano concreto (fato gerador), surgirá tal obrigação.

• Fato gerador da obrigação principal: é a situação defina em lei como necessária ou


suficiente para o surgimento da obrigação principal.

• Fato gerador da obrigação acessória: é a situação onde a pessoa vai fazer ou deixar
de fazer algo, não configurando uma obrigação principal.

• Fato gerador e princípio da legalidade: dispõe sobre a situação que institui o fato
gerador, sendo que na obrigação principal deve ser por lei ou ato de igual
hierarquia, já na obrigação acessória pode ser feita pela legislação tributária.

• O momento da ocorrência do fato gerador: o Código Tributário Nacional divide os


fatos geradores em dois grupos, situações de fato e situações jurídicas. Ao definir
um fato gerador de um tributo, o legislador escolhe uma situação de relevância
econômica como base de incidência, não sendo uma escolha livre, devendo
ocorrer de uma prévia atribuição constitucional de competência. Assim, já há
norma, de outro ramo do direito, estipulando efeitos antes da definição do fato
gerador, nesses casos, configura uma situação jurídica. Em outros casos, se a
definição de um fato gerador tiver apenas caráter econômico e nenhum outro ramo
do direito como produtora de efeitos, será configurado como uma situação de fato.

EVASÃO, ELISÃO E ELUSÃO TRIBUTÁRIA

• Elisão Fiscal: quando o contribuinte se utiliza de meios lícitos para a isenção, não
incidência ou incidência menos onerosa de determinado tributo. Em regra a
conduta elisiva se verifica antes da ocorrência do fato gerador, salvo na declaração
de imposto de renda.

• Evasão Fiscal: o contribuinte se utiliza de meios ilícitos para evitar a tributação.


Nesses casos, a conduta é praticada posterior ao fato gerador, salvo o contribuinte
de ICMS que emite notas fiscais fraudulentas a fim de esconder a futura ocorrência
do fato gerador do tributo.

• Elusão Fiscal ou Elisão Ineficaz: o contribuinte simula determinado negócio jurídico


com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador, por exemplo, a
utilização artificial da imunidade tributária (ao ITBI) que o art. 156, 2º, I da CF
confere à incorporação de bens ou direitos ao patrimônio de pessoa jurídica na
realização de capital e na extinção da pessoa jurídica.

Art. 156 Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

§ 2° O imposto previsto no inciso II:

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de


pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou
direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e
venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

ELEMENTOS SUBJETIVOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Os elementos subjetivos dizem respeito aos sujeitos que figuram nos polos ativos e
passivos das relações jurídico-tributárias.

• Sujeito ativo da obrigação tributária: é o titular da competência (possui capacidade


ativa) para exigir o cumprimento da obrigação tributária, podendo ser delegada de
uma pessoa jurídica de direito público para outra.

• Sujeito passivo da obrigação tributária: o sujeito passivo será o obrigado a dar,


fazer ou deixar de fazer algo na relação jurídico-tributário, ou seja, na obrigação
principal o sujeito passivo será o de dar algo em caráter econômico, e na obrigação
acessória será o sujeito passivo que irá fazer ou deixar de fazer algo para que
ocorra a função social de determinado tributo. Contudo, dentro de obrigação
tributária deve se atentar quando a palavra “contribuinte” em relação ao sujeito
passivo da relação jurídico-tributária, sendo que há dois tipos de contribuintes, o
contribuinte de fato e o contribuinte de direito.

 Contribuinte de fato: são pessoas que sofrem a incidência econômica do tributo,


mesmo que formalmente não integrem a relação jurídico-tributária instaurada.

 Contribuinte de direito: é a pessoa que figura no polo passivo e possui a


obrigatoriedade de pagar o tributo ou a penalidade pecuniária (multa), salvo nas
obrigações acessórias.

Ainda, existem duas diferenças na modalidade de sujeito passivo da obrigação


tributária principal, sendo o contribuinte e o responsável.

 Contribuinte: possui relação pessoal e direta com o fato gerador (sujeito passivo
direto).

 Responsável: não possui relação pessoal e direta com o fato gerador (sujeito
passivo indireto).

 Sujeito passivo na obrigação principal: possui uma relação pessoal e direta com o
fato gerador.

 Sujeito passivo na obrigação acessória: é a pessoa que está obrigada a fazer ou


deixar de fazer alguma que constituam o seu objeto.

Vale destacar que apesar de o CTN definir responsável como sujeito passivo que,
sem revestir a condição de contribuinte, tenha obrigação decorrente de disposição
expressa de lei, a definição do contribuinte também tem que vir expressa na lei, a
definição de sujeito passivo em quaisquer de suas modalidades, deve possuir sempre
sede legal, salvo disposições de lei em contrário.
 Sujeição passiva e solidariedade: é possível a solidariedade passiva quando
expressamente prevista em lei. Ademais, a solidariedade ocorre quando mais de
um devedor ou credor, está sujeito à dívida tributária por completo.

 Quanto ao grupo de devedores solidários: São as pessoas que tenham interesse


comum na situação que constitua o fato da obrigação principal (solidariedade de
fato), e pessoas expressamente designadas por lei (solidariedade de direito).

OS EFEITOS DA SOLIDARIEDADE

 A ausência do benefício de ordem, onde possibilita a administração de escolher de


forma livre de quem vai cobrar o tributo.

 O que acontece com um devedor, em regra, acontece com os outros.

 O pagamento realizado por um dos devores aproveita os demais.

 Quando ocorre remissão ou isenção, salvo se outorgada pessoalmente a um dos


devedores, exonera todos os obrigados.

 Se houver a interrupção da prescrição, acarreta de forma igual aos outros


devedores.

CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA

Para o Direito Tributário, a obrigação de pagar tributo independe da capacidade


civil do contribuinte, ou seja, se uma criança possui imóvel em nome próprio, pagará
o IPTU devido. Assim, basta a ocorrência do fato gerador para a incidência tributária.

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

Domicílios tributários estão previstos no art. 127 do CTN.


Art. 127 - Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário,
na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da


sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no


território da entidade tributante.

§ 1º- Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos
deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável
o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação.

§ 2º - A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite


ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do
parágrafo anterior.

Em relação ou Imposto Territorial Rural a Lei n° 9.393/96 estabeleceu o domicílio onde está
localizado o imóvel, não sendo permitido a eleição de qualquer outro.

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

A pessoa a quem o legislador atribui a responsabilidade deve está ligada ao fato


gerador da obrigação, prestando atenção em relação ao contribuinte e responsável da
relação jurídico-tributária. É necessária expressa previsão legal para atribuir alguém ao
pagamento de tributo, em razão de que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer
algo senão em virtude de lei
MODALIDADES DE RESPONSABILIDADES

Quando surge o vínculo jurídico entre o responsável e o sujeito ativo do tributo, há


duas classificações que correspondem a responsabilidade tributária, sendo elas a
responsabilidade por substituição e a responsabilidade por transferência.

O CTN divide em três modalidades as hipóteses de responsabilidade:

1. Responsabilidade dos sucessores (arts. 129 a 133).

2. Responsabilidade de terceiros (arts. 134 e 135).

3. Responsabilidade por infrações (arts. 136 a 138).

RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA

Na responsabilidade por transferência há uma modificação subjetiva (dos


sujeitos) na obrigação surgida, assim, o CTN prevê a possibilidade de mudança da
pessoa que figura no polo passivo da respectiva obrigação como decorrência da
verificação de determinados fatos.

Exemplo: Todos os anos se verifica uma mudança nos fatos geradores do IPTU, ou
seja, quando um proprietário de determinado imóvel falece, quem integrará o polo
passivo na relação jurídico-tributária será o espólio, sucessivamente com a partilha de bens
o herdeiro do antigo proprietário.

A responsabilidade nesses casos sempre será por transferência, uma vez que o
evento é posterior ao fato gerador e a responsabilidade será transferida a algum de
seus sucessores.

RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO


A responsabilidade por substituição ocorre quando o devedor substitui a pessoa
que figuraria com tal na condição de contribuinte.

Exemplo: A responsabilidade que a lei faz recair sobre a fonte pagadora dos
rendimentos, no caso do imposto de renda das pessoas físicas. Nesse caso, a obrigação
tributária nasce ao momento em que é disponibilizada os rendimentos pela fonte pagadora.

Existem dois casos de responsabilidades por substituição, a substituição tributária


regressiva e a substituição tributária progressiva.

DISCIPLINA LEGAL DA RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO

O art. 129 do CTN institui que:

Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários
definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela
referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a
obrigações tributárias surgidas até a referida data.

O código afirma que as regras sobre responsabilidade dos sucessores são


aplicáveis “aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de
constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos
mesmos atos”. Assim, o legislador diz que as regras se aplicam antes, durante e após.
Sendo lícito afirmar, portanto, que o momento da constituição do crédito tributário é
irrelevante para definir a aplicação da legislação sobre a substituição, sendo importante
a data do surgimento da obrigação.

A RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE DE BENS IMÓVEIS

A aquisição de um imóvel faz com que seja transferida os débitos tributários do


mesmo. O Código Tributário Nacional em seu artigo 130, disciplina sobre a
responsabilidade tributária em aquisições de bens imóveis.

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a
taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de
melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste
do título a prova de sua quitação.

Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub- rogação ocorre


sobre o respectivo preço.

O CASO DA ARREMATAÇÃO EM HASTA PÚBLICA

Ocorre no processo de execução, no qual o Estado-juiz adentra no patrimônio do


devedor, apreendendo um bem e alienando-o em praça pública. Nesse caso, aquele que
ofereceu o lance maior, adquire o imóvel livre de ônus.

A RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE OU REMITENTE DE BENS MÓVEIS

A responsabilidade do adquirente ou remitente é referente a transferência da


propriedade de bens móveis, denominada pelos civilistas de tradição. Por exemplo, ao
adquirir um carro o adquirente terá que pagar os tributos devidos pertinentes ao bem
móvel, mesmo que tenha sido anterior a aquisição. Assim, os débitos passados do veículo
deverão ser pagos pelo adquirente, diante de não haver exceção para o pagamento de
IPVA.

O fundamento legal para a transferência de sujeição passiva para o adquirente de


bens imóveis é o artigo 131, I do CTN.

Art. 131 São pessoalmente responsáveis:

I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;

Desta forma, a pessoa que adquire um bem móvel passa a ser devedor dos tributos
sobre ele incidentes e em relação a obrigação tributária surgidas posteriormente, o
adquirente e o remitente passam a ser contribuintes.

A RESPONSABILIDADE NA SUCESSÃO CAUSA MORTIS


Com a morte, ocorre a abertura da sucessão, assim conforme o princípio da
saisine, o patrimônio do autor da herança é imediatamente passado para os seus
sucessores, no mesmo sentindo, se houver débito tributário que ultrapasse o espólio,
com a partilha de bens o sucessor será responsável ao pagamento.

Art. 131 São pessoalmente responsáveis:

II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de


cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinhão do legado ou da meação;

III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS

O Código Tributário Nacional trata da responsabilidade de terceiros dois diferentes


dispositivos, em ambos os casos, os terceiros responsabilizados são pessoas que, em
determinadas circunstâncias falharam no cumprimento de um dever legal de gestão ou
vigilância do patrimônio do contribuinte. A diferença é se o terceiro atuou de forma regular
ou irregular na determinada situação.

 Regular: atuou de forma que não agrediu a lei, o contrato social ou aos estatutos.

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação


principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

I- os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;


II- os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III- os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV- o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V- o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo
concordatário;
VI- os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos
sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII- os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às
de caráter moratório.

 Irregular: Atual de forma contrária a lei, ao contrato ou aos estatutos.

Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a


obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou
infração de lei, contrato social ou estatutos:

I - as pessoas referidas no artigo anterior;


II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES

As responsabilidades por infrações estão disciplinadas pelos artigos 136 e 137 do


Código Tributário Nacional:
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da
legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da
efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:

I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo


quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou
emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:

a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;
b)dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes
ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado,
contra estas.

A responsabilidade por infrações independe de intenção do agente ou do


responsável,
desta forma a infração tributária é em regra objetiva. Assim, a responsabilidade objetiva é
justamente aquela que é imputada a determinadas pessoas, independentemente de
análise da existência de dolo ou culpa na prática do respectivo ato. Em contrapartida, é
subjetiva a responsabilidade cujo surgimento é, em regra da presença de tais elementos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Direito tributário esquematizado / Ricardo Alexandre. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016.

BRASIL. Código Tributário Nacional. Brasília: Congresso Nacional. Disponível em


www.planalto.gov.br

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