Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TRIBUTÁRIO
Competência Tributária
Competência Tributária
Conceito de Tributo
● Prestação pecuniária;
● Prestação compulsória;
● Que não constitua sanção de ato ilícito (não é multa);
● Atividade administrativa plenamente vinculada.
1
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 24 ed, São Paulo: Saraiva, 2012, p.
56.
2
SCHOUERI, Luís Eduardo. Curso de Direito Tributário, São Paulo, Saraiva, 2011,p. 111.
1) PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA:
Logo, pelo conceito de tributo apresentado pelo art. 3º do CTN, não pode
haver um tributo que exija prestação:
2) COMPULSÓRIA:
O legislador deixa claro que para ser tributo não pode constituir sanção de
ato ilício, dessa maneira as multas, conquanto igualmente receitas derivadas não se
confundem com o conceito de tributo.
MULTA TRIBUTO
Tem caráter de punição por infração Deve ser cobrado de todos indistintame
legislação. como forma de fazer frente às despesa
públicas.
4) INSTITUÍDA EM LEI:
O tributo é uma obrigação ex lege, por isso sua compulsoriedade tem que
ser calcada em lei, lembre-se que eu não posso fazer ou deixar de fazer algo se não
em virtude de lei, e a matéria tributária não é diferente disso, em que pese o art. 5º,
II , CF tenha essa previsão, nos também a teremos no art. 150, I, CF desta vez de
acordo com o aspecto tributário.
Caso o ente federativo cobre tributo sem ser pautado em lei, teremos que
buscar o afastamento desta inconstitucionalidade administrativamente ou
judicialmente.
3
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 29 e.d, p. 57
Assim, para que algo seja classificado como tributo é necessário que possua
estes 5 (cinco) elementos cumulativamente, ou seja agregados, bem como um sexto
elemento que não se encontra expressamente indicado no artigo 3º do CTN, qual
seja: ser uma receita pública.
6) RECEITA PÚBLICA:
É cediço que o Estado tem como objetivo promover o bem comum. Para que
ele chegue à consecução deste desígnio, precisa obter recursos, o que é realizado
através de receitas públicas que podem ser derivadas ou originárias.
Diante disso, os tributos fazem parte das receitas públicas derivadas, que
são aquelas cuja lei obriga o particular a contribuir com o Estado.
Conclui-se que para se caracterizar como tributo é imprescindível que seja
uma receita pública. O tributo só é tributo se ele for uma receita pública.
Sendo assim, se caracterizar como uma receita pública é o sexto elemento
caracterizador do conceito de tributo, ainda que este requisito não esteja
expressamente previsto no art. 3º do CTN.
⮚ O FGTS é tributo?
Ele é (i) prestação pecuniária, (ii) prestação compulsória, (iii) decorre de lei,
(iv) não é penalidade e (v) cobrada por meio de ato administrativo vinculado.
Todavia, o FGTS não é tributo, uma vez que não é uma receita pública, é pago para
o trabalhador em sua conta vinculada. Logo, ele não se enquadra no sexto elemento
de tributo.
Assim, entendeu o Supremo Tribunal Federal:
As contribuições ao FGTS não têm natureza tributária. O FGTS,
originalmente concebido como substitutivo da estabilidade no
emprego, tem natureza social trabalhista, e destina-se a constituir um
pecúlio para o trabalhador. O fato de suas contribuições serem
cobradas e sua aplicação ser administrada pelo Estado não as
transforma em receita pública, como já afirmou, enfaticamente, o
supremo Tribunal Federal (Pleno, RE 100.249/SP, Min. Oscar Corrêa,
Rel. p/acórdão Min. Neri da Silveira, DJ de 01-07-1988, p. 16903).
(excerto de voto do Des. Fed. Antônio Albino nos autos do AI
2005.04.01.054558-8/RS, 2ª T do TRF4, ago/06)
4
SCHOUERI, Luís Eduardo. Curso de Direito Tributário, São Paulo, Saraiva, 2011,p.
111.
5
Paulsen, Leandro. Curso de Direito Tributário Completo – 8. e.d. – São Paulo,
Saraiva,2017
O referido artigo estatui o fato gerador como o único critério para definir a
natureza jurídica do tributo, sendo irrelevante (i) a denominação e demais
características formais e (ii) o destino da arrecadação.
1.2.2.1) Denominação
Como visto, o inciso I do art. 4º do CTN, prescreve que a denominação e
demais características formais do tributo são irrelevantes para qualificar a natureza
jurídica do tributo.
Assim, pouco importa o nome dado ao tributo, sendo necessário analisar
sua natureza jurídica específica, a característica que a legislação faz impor ao
tributo, como veremos mais para frente. Ou seja, uma espécie tributária nunca
deriva de sua denominação, mas sim, e tão somente, do seu fato gerador.
1.2.2.2) Destinação
O inciso II do art. 4º do CTN, preleciona que a destinação legal do produto
da arrecadação do tributo é irrelevante para qualificar sua natureza. Todavia, quanto
aos empréstimos compulsórios e às contribuições especiais, devemos lembrar que
se tratam de gravames finalísticos, não definidos pelo fato gerador, mas, sim, pela
finalidade pela qual foram instituídos.
Diante disso, considerar irrelevante a destinação legal do produto da
arrecadação para qualificar a natureza jurídica tributária não faz mais sentido, já que
os novos tipos tributários definidos na constituição, mas não no CTN, tem como
característica essencial justamente a vinculação dos recursos gerados.
Conceitos Importantes
● Fato gerador
● Alíquota
● Base de Cálculo
1) FATO GERADOR
O fato gerador é todo fato que a lei prevê como sendo um fato
tributável, ou seja, todo fato que a lei determina que seja um fato sujeito a
tributação. Ele é toda concretização, realização de uma situação que está
6
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 6 ed., São Paulo: Malheiros,2002, p. 68
2) BASE DE CÁLCULO
Todo tributo é calculado sobre alguma coisa, essa alguma coisa é uma
base fixada sobre a qual será calculado o valor do imposto, de forma que, sobre
essa base será mensurado e calculado o valor a ser pago. Assim, a base de
cálculo nada mais é que uma grandeza definida pela lei, sobre a qual pode-se
mensurar o valor do tributo a ser pago em moeda. Por exemplo, no caso do IPVA
a base de cálculo é o valor do meu veículo, que pode ser consultado pela Tabela
FIPE. Destaca-se que a Tabela Fipe expressa preços médios de veículos
anunciados pelos vendedores, no mercado nacional, servindo apenas como um
parâmetro para negociações ou avaliações.
Ora, quem define a base de cálculo de um tributo é a lei, uma vez que é
ela que preleciona como se a apura o cálculo de determinada espécie tributária.
3) ALÍQUOTA
7
CTN: Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência.
8
CTN: Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
O que aprendemos hoje? Que é a lei que fixa o fato gerador, a base de
cálculo e a alíquota do tributo. Assim, qualquer cobrança feita fora desses
padrões padece de legitimidade, de legalidade, e pode ser discutida pelo
contribuinte administrativamente e judicialmente
ATENÇÃO!!!!
TRIBUTO FISCAL TRIBUTO EXTRAFISCAL
Possuem FUNÇÃO EMINENTEMENTE Além da função arrecadatória, estes
ARRECADATÓRIA, ou seja, sua função tributos possuem uma função principal, qual seja
preponderante é a arrecadação de FUNÇÃO DE REGULAR:
valores para compensar as despesas 1) ECONOMIA;
públicas. 2) MERCADO;
3) INTERESSE PÚBLICO.
Exemplos: ICMS, ISS, IPVA, IPTU, Exemplos: II, IE, IPI, IOF.
ITBI,
ITCMD. IPTU,
Competência Tributária
Passamos a análise de cada uma delas, bem como ao estudo dos tipos
de competência tributária.
Competência Tributária
1) LEGISLAR
2) INSTITUIR indelegável Essas 4 características são a expressão
máxima da competência tributária
3) FISCALIZAR
4) ARRECADAR delegável