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TRIBUTÁRIO
Aula 01 – Impostos
Impostos
Os impostos são espécie de tributo cuja obrigação tem por fato gerador
uma situação independente de qualquer atividade específica, relativa à vida do
contribuinte, à sua atividade ou a seu patrimônio.
I - impostos;
(...)
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.
(...)
CTN: Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador
uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
Conceito de Imposto
Na ótica da doutrinadora Regina Helena Costa,
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COSTA, Regina Helena. Direito Tributário Brasileiro. 1 ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 110
Diante disso, concluímos que para o CTN, o fato gerador é o único critério
para definir a natureza jurídica de um tributo, sendo irrelevante (i) a denominação
e demais características formais e (ii) o destino da arrecadação. Todavia,
aprendemos que considerar irrelevante a destinação legal do produto da arrecadação
para qualificar a natureza jurídica tributária não faz mais sentido, já que os novos
tipos tributários (empréstimos compulsórios e contribuições especiais) definidos na
constituição, mas não no CTN, tem como característica essencial justamente a
vinculação dos recursos gerados.
A referida previsão tem que ser estabelecida sempre em lei, em regra lei
ordinária2. Não há possibilidade que eu crave isso por outra figura, só a lei tem
legitimidade e autoexecutoriedade.
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Exceção: Lei Complementar quando a CF expressamente estabelecer.
Você pode se perguntar, mas todo tributo por ser algo que eu pago ao
Estado não está vinculado a uma contraprestação por parte daquele?
Não podemos confundir aquilo que o Estado é obrigado a fazer com aquilo
que está vinculado a um tributo. O Estado esta sempre obrigado a fazer acontecer
aquilo que é sua determinação constitucional, de sua competência constitucional, da
sua atribuição de Estado, por exemplo, prestar saúde, educação, segurança pública.
Apesar dos tributos serem a forma como o Estado “se banca”, como por
exemplo, seus gastos com saúde, educação, segurança pública, entre outros, essas
atribuições prestadas pelo Estado não possuem relação direta com o direito tributário.
O Estado não retira seus financiamentos somente dos tributos, ele também
recebe outras receitas que o financiam.
Os impostos são tributos que não estão vinculados a uma atuação Estatal
específica. Ora, eu pago IPVA por ser proprietário de veículo automotor, ou seja, por
me enquadrar na hipótese de incidência do imposto e não porque o Estado realizou
um reparo/solapamento asfáltico (“tapa-buraco”) na minha rua.
“CTN: Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.”
Competência Tributária
Aula 02 – Impostos
Classificações de impostos
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O Princípio da Capacidade Contributiva, textualmente previsto no art. 145,§1º, CF, é usualmente
denominado princípio da capacidade econômica, é um desmembramento do princípio da igualdade no
Direito Tributário, representando a materialização do mesmo em prol de uma justiça social. Assim,
capacidade contributiva é a possibilidade (capacidade a um certo limite) que tem um cidadão de pagar
tributo. Atenção! Nos aprofundaremos neste princípio na aula acerca dos Princípios Tributários.
Nacionalizados (IE);
Aula 03 – Impostos
O imposto é uma das vias pelas quais o Estado vai se financiar através da
arrecadação. Os valores arrecadados vão para o caixa do Estado para fazer frente
aquilo que ele precisa para dar vazão a sua Lei Orçamentária e a sua Lei de
Responsabilidade Fiscal. Ora, quando se pensa em imposto é o contribuinte quem
pratica o fato o gerador, ou seja, depende do contribuinte. Como já vimos, a hipótese
de incidência do imposto independe de qualquer atuação estatal, ela depende tão
somente de uma característica relativa ao contribuinte.
Assim, eu não sou contribuinte do ISS desde que eu não preste serviços e eu
não sou contribuinte do IPVA desde que eu não tenha automóvel. Ora, se eu não
pratico o fato tributável não há o que se falar em incidência do imposto. Agora, se eu
pratiquei um fato que a lei define como tributável nasce para mim – o contribuinte – a
obrigação tributária. Isso é o que difere impostos de taxas, porque elas dependem de
uma atividade estatal específica para existirem.
Aula 04 – IMPOSTOS
IMPOSTOS COMPLEXIVOS: ou periódicos são aqueles cujo fato gerador possui sua
realização ao longo de um espaço de tempo. Portanto, não são de curtos instantes, mas
de um espaço de tempo determinado, em que ocorrem todos os acontecimentos que,
agregados, somados, irão concretizar o fato gerador. Conclui-se que os impostos de fato
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Contribuinte de fato: pessoa que de fato suporta o ônus fiscal.
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Contribuinte de direito: pessoa designada pela lei para pagar o imposto
IMPOSTOS FISCAIS: são aqueles que possuem intuito estritamente arrecadatório. Logo,
este impostos pretendem unicamente a arrecadação de valores para compensar as
despesas públicas. Diante disso, esses impostos não possuem finalidade específica, uma
vez que apenas carregam as disponibilidades financeiras para os cofres públicos. Ou seja,
a função destes impostos é tão somente colocar dinheiro no caixa do Estado (nos cofres
públicos). São impostos fiscais o IR, ITBI, ITCMD, ISS, etc.
IMPOSTOS EXTRAFISCAIS: são aqueles com finalidade regulatória de mercado ou para a
economia de um país. Diante disso, conclui-se que os impostos de natureza extrafiscal não
existem apenas para a manutenção da máquina pública, uma vez que sua finalidade não é
meramente arrecadatória, tendo em vista que, possui traços regulatórios de certos
comportamentos sociais, econômicos, políticos, ambientais, sanitários, etc. Assim, a
finalidade dos impostos extrafiscais ultrapassam o caráter meramente arrecadatório da
tributação (custeamento de despesas públicas), já que se propõe a atuar no comportamento
da sociedade, incentivando ou desestimulando práticas. São impostos extrafiscais: o II, IE,
IPI, IOF.