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Tributário
Classificação do tributo quanto ao destino de sua receita,
Classificação do tributo quanto ao
Destino da Arrecadação
Quanto ao Destino da Arrecadação: Arrecadação Vinculada ou Não Vinculada
Já falamos que para determinação da natureza jurídica do tributo, em regra,
é irrelevante o destino legal do produto da arrecadação, nos termos do art.
4º, II, CTN.
No entanto, mostramos que há receitas oriundas de tributos que são
destinadas a determinadas atividades, desde a sua instituição em lei: tributos
de arrecadação vinculada.
Como exemplo temos os empréstimos compulsórios, tendo em vista que a
CF/88 previu no parágrafo único do seu art. 148 que “a aplicação dos recursos
provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição”.
Quanto aos tributos de arrecadação não vinculada, são aqueles que são
arrecadados e têm seus valores utilizados pelo Poder Público livremente para
custeio dos seus gastos. Pode o Estado utilizar a referida receita a seu bel
prazer, seja para construção de estradas ou pagamento de servidores, por
exemplo.
O imposto é um tributo de arrecadação não vinculada, tendo a CF previsto em
seu art. 167, IV, que não deve haver vinculação da receita de impostos a
órgão, fundo ou despesas.
Art. 167. São vedados:
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no
art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.
Taxas são tributos vinculados?
Embora irrelevante para a sua identificação, o legislador pode prever que o
valor arrecadado a título de taxa tenha destino certo. Assim, taxas poderão, a
critério do legislador, ter sua arrecadação vinculada ou não a determinada
despesa, fato que em nada irá influenciar em sua natureza jurídica.
A CF/88, em seu art. 98, §2º, determinou que “as custas e emolumentos serão
destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
específicas da Justiça”.
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos
serviços afetos às atividades específicas da Justiça.
Muito se discutiu sobre a natureza jurídica dessa exação e atualmente está
pacificada a orientação de que são tributos da espécie taxas. Sendo essas
“custas e emolumentos” uma taxa judiciária, concluímos então que é uma
taxa de arrecadação vinculada constitucionalmente delimitada.
Contribuição de melhoria