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TRIBUTO
Possíveis classificações:
Art. 145, § 1º da CF. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Taxas: segundo o art. 145, inc. II da Constituição Federal e art. 77 e ss. do
Código Tributário Nacional, as taxas têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
- regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação
judicial.
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis
situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento
e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Empréstimo compulsório: O art. 148 da Constituição Federal, dispõe: “a
União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I- para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
de guerra externa ou sua iminência; II- no caso de investimento púbico de
caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art.
150, III, “b”. Parágrafo único: A aplicação dos recursos provenientes de
empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou a sua
instituição”.
Características:
1) privatividade;
2) incaducabilidade;
3) indelegabilidade;
4) irrenunciabilidade;
5) facultatividade;
6) inalterabilidade
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
• Bis in idem: oneração do mesmo contribuinte, mais de uma vez, sobre a mesma
materialidade, pelo mesmo ente tributante.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Princípio da legalidade: art. 150, inc. I da Constituição Federal e art. 97 do
Código Tributário Nacional
“espera-se que o legislador descreva, com a maior precisão possível, as circunstâncias que
dão ensejo à tributação”. (Schoeuri, p. 310)
• Mitigação da legalidade: art. 153, § 1º; art. 177, § 4º, inc. I, ”b” da Constituição
Federal. Merece destaque que não se trata de dispensa de lei, mas sim
faculdade para fixação de alíquotas previamente previstas em lei.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• Mitigação da legalidade: O Poder Executivo (não necessariamente apenas o
Presidente da República), pode, atendidos os limites estabelecidos por lei,
alterar as alíquotas dos impostos sobre: (i) importação de produtos
estrangeiros; (ii) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados; (iii) produtos industrializados; (iv) operações de crédito,
câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; (v) contribuição
de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou
comercialização de petróleo, gás natural e álcool e derivados.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA. ART. 153, § 1º, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTRE DA REPÚBLICA NÃO CONFIGURADA.
ATRIBUIÇÃO DEFERIDA À CAMEX. CONSTITUCIONALIDADE. FACULDADE DISCRICIONÁRIA CUJOS LIMITES
ENCONTRAM-SE ESTABELECIDOS EM LEI. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. I - É compatível com a
Carta Magna a norma infraconstitucional que atribui a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade
de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação. II - Competência que não é privativa do Presidente da
República. III - Inocorrência de ofensa aos arts. 84, caput, IV e parágrafo único, e 153, § 1º, da Constituição Federal
ou ao princípio de reserva legal. Precedentes. IV - Faculdade discricionária atribuída à Câmara de Comércio
Exterior - CAMEX, que se circunscreve ao disposto no Decreto-Lei 1.578/1977 e às demais normas regulamentares.
V - Recurso extraordinário conhecido e desprovido.
(RE 570680, Relator(a): RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 28/10/2009, REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-228 DIVULG 03-12-2009 PUBLIC 04-12-2009 EMENT VOL-02385-05 PP-01024 RTJ VOL-00213-01 PP-
00693 RSJADV mar., 2010, p. 41-51 RT v. 99, n. 894, 2010, p. 105-124 LEXSTF v. 32, n. 373, 2010, p. 215-245)
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• Princípio da igualdade na tributação: art. 150, inc. II da Constituição Federal
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• Igualdade: (i) critério de discriminação; (ii) fundamento constitucional para o critério;
(iii) nexo causalidade entre os dois anteriores
• Há um prazo que deve ser observado entre a lei que institui ou aumenta e o
início da sua vigência.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Art. 195 § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.
Ausência de competência tributária para instituir impostos, não restritos ao patrimônio, renda
ou serviços.
2. Amplitude da imunidade no setor privado, desde que os recursos sejam 100% destinados às
finalidades da entidade imune- relação com capacidade contributiva e liberdades e
garantias fundamentais
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Ementa: TRIBUTÁRIO. IPTU. IMUNIDADE RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. NATUREZA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO.
PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DISPERSA E NEGOCIADA EM BOLSA DE VALORES. EXAME DA RELAÇÃO ENTRE OS SERVIÇOS PÚBLICOS
PRESTADOS E O OBJETIVO DE DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS A INVESTIDORES PÚBLICOS E PRIVADOS COMO ELEMENTO DETERMINANTE
PARA APLICAÇÃO DA SALVAGUARDA CONSTITUCIONAL. SERVIÇO PÚBLICO DE SANEAMENTO BÁSICO SEM FINS LUCRATIVOS. CF/88,
ARTS. 5º, II, XXXV, LIV E LV; 37, INCISOS XIX E XXI E § 6º; 93, IX; 150, VI; E 175, PARÁGRAFO ÚNICO. PRECEDENTES QUE NÃO SE
ADEQUAM PERFEITAMENTE AO CASO CONCRETO. IMUNIDADE QUE NÃO DEVE SER RECONHECIDA. REDATOR PARA ACÓRDÃO (ART.
38, IV, B, DO RISTF). FIXAÇÃO DA TESE DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A matéria foi decidida por maioria pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal, que acompanhou o voto do I. Relator, Min. Joaquim Barbosa. Redação da proposta de tese de repercussão geral (art.
38, IV, b, do RISTF). 2. A imunidade tributária recíproca (art. 150, IV, “a”, da Constituição) não é aplicável às sociedades de economia
mista cuja participação acionária é negociada em Bolsas de Valores, e que, inequivocamente, estão voltadas à remuneração do capital
de seus controladores ou acionistas, unicamente em razão das atividades desempenhadas. 3. O Supremo Tribunal Federal nos autos do
RE 253.472, Redator para o acórdão Min. Joaquim Barbosa, DJe 1º/2/2011, já decidiu, verbis: atividades de exploração econômica,
destinadas primordialmente a aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares, devem ser submetidas à tributação, por
apresentarem-se como manifestações de riqueza e deixarem a salvo a autonomia política. 4. In casu, trata-se de sociedade de economia
mista de capital aberto, autêntica S/A, cuja participação acionária é negociada em Bolsas de Valores (Bovespa e New York Stock
Exchange, e.g.) e que, em agosto de 2011, estava dispersa entre o Estado de São Paulo (50,3%), investidores privados em mercado
nacional (22,6% - Bovespa) e investidores privados em mercado internacional (27,1% - NYSE), ou seja, quase a metade do capital social
pertence a investidores. A finalidade de abrir o capital da empresa foi justamente conseguir fontes sólidas de financiamento, advindas
do mercado, o qual espera receber lucros como retorno deste investimento. 5. A peculiaridade afasta o caso concreto da jurisprudência
da Suprema Corte que legitima o gozo da imunidade tributária. 6. Recurso Extraordinário improvido pela maioria do Supremo Tribunal
Federal. 7. Proposta de tese de repercussão geral: Sociedade de economia mista, cuja participação acionária é negociada em Bolsas de
Valores, e que, inequivocamente, está voltada à remuneração do capital de seus controladores ou acionistas, não está abrangida pela
regra de imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição, unicamente em razão das atividades desempenhadas.
(RE 600867, Relator(a): JOAQUIM BARBOSA, Relator(a) p/ Acórdão: LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 29/06/2020, PROCESSO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-239 DIVULG 29-09-2020 PUBLIC 30-09-2020 )
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Ementa: TRIBUTÁRIO. IPTU. IMUNIDADE RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. NATUREZA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO.
PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DISPERSA E NEGOCIADA EM BOLSA DE VALORES. EXAME DA RELAÇÃO ENTRE OS SERVIÇOS PÚBLICOS
PRESTADOS E O OBJETIVO DE DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS A INVESTIDORES PÚBLICOS E PRIVADOS COMO ELEMENTO DETERMINANTE
PARA APLICAÇÃO DA SALVAGUARDA CONSTITUCIONAL. SERVIÇO PÚBLICO DE SANEAMENTO BÁSICO SEM FINS LUCRATIVOS. CF/88,
ARTS. 5º, II, XXXV, LIV E LV; 37, INCISOS XIX E XXI E § 6º; 93, IX; 150, VI; E 175, PARÁGRAFO ÚNICO. PRECEDENTES QUE NÃO SE
ADEQUAM PERFEITAMENTE AO CASO CONCRETO. IMUNIDADE QUE NÃO DEVE SER RECONHECIDA. REDATOR PARA ACÓRDÃO (ART.
38, IV, B, DO RISTF). FIXAÇÃO DA TESE DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A matéria foi decidida por maioria pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal, que acompanhou o voto do I. Relator, Min. Joaquim Barbosa. Redação da proposta de tese de repercussão geral (art.
38, IV, b, do RISTF). 2. A imunidade tributária recíproca (art. 150, IV, “a”, da Constituição) não é aplicável às sociedades de economia
mista cuja participação acionária é negociada em Bolsas de Valores, e que, inequivocamente, estão voltadas à remuneração do capital
de seus controladores ou acionistas, unicamente em razão das atividades desempenhadas. 3. O Supremo Tribunal Federal nos autos do
RE 253.472, Redator para o acórdão Min. Joaquim Barbosa, DJe 1º/2/2011, já decidiu, verbis: atividades de exploração econômica,
destinadas primordialmente a aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares, devem ser submetidas à tributação, por
apresentarem-se como manifestações de riqueza e deixarem a salvo a autonomia política. 4. In casu, trata-se de sociedade de economia
mista de capital aberto, autêntica S/A, cuja participação acionária é negociada em Bolsas de Valores (Bovespa e New York Stock
Exchange, e.g.) e que, em agosto de 2011, estava dispersa entre o Estado de São Paulo (50,3%), investidores privados em mercado
nacional (22,6% - Bovespa) e investidores privados em mercado internacional (27,1% - NYSE), ou seja, quase a metade do capital social
pertence a investidores. A finalidade de abrir o capital da empresa foi justamente conseguir fontes sólidas de financiamento, advindas
do mercado, o qual espera receber lucros como retorno deste investimento. 5. A peculiaridade afasta o caso concreto da jurisprudência
da Suprema Corte que legitima o gozo da imunidade tributária. 6. Recurso Extraordinário improvido pela maioria do Supremo Tribunal
Federal. 7. Proposta de tese de repercussão geral: Sociedade de economia mista, cuja participação acionária é negociada em Bolsas de
Valores, e que, inequivocamente, está voltada à remuneração do capital de seus controladores ou acionistas, não está abrangida pela
regra de imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição, unicamente em razão das atividades desempenhadas.
(RE 600867, Relator(a): JOAQUIM BARBOSA, Relator(a) p/ Acórdão: LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 29/06/2020, PROCESSO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-239 DIVULG 29-09-2020 PUBLIC 30-09-2020 )
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Ementa: TRIBUTÁRIO. IPTU. IMUNIDADE RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. NATUREZA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO.
PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DISPERSA E NEGOCIADA EM BOLSA DE VALORES. EXAME DA RELAÇÃO ENTRE OS SERVIÇOS PÚBLICOS
PRESTADOS E O OBJETIVO DE DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS A INVESTIDORES PÚBLICOS E PRIVADOS COMO ELEMENTO DETERMINANTE
PARA APLICAÇÃO DA SALVAGUARDA CONSTITUCIONAL. SERVIÇO PÚBLICO DE SANEAMENTO BÁSICO SEM FINS LUCRATIVOS. CF/88,
ARTS. 5º, II, XXXV, LIV E LV; 37, INCISOS XIX E XXI E § 6º; 93, IX; 150, VI; E 175, PARÁGRAFO ÚNICO. PRECEDENTES QUE NÃO SE
ADEQUAM PERFEITAMENTE AO CASO CONCRETO. IMUNIDADE QUE NÃO DEVE SER RECONHECIDA. REDATOR PARA ACÓRDÃO (ART.
38, IV, B, DO RISTF). FIXAÇÃO DA TESE DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A matéria foi decidida por maioria pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal, que acompanhou o voto do I. Relator, Min. Joaquim Barbosa. Redação da proposta de tese de repercussão geral (art.
38, IV, b, do RISTF). 2. A imunidade tributária recíproca (art. 150, IV, “a”, da Constituição) não é aplicável às sociedades de economia
mista cuja participação acionária é negociada em Bolsas de Valores, e que, inequivocamente, estão voltadas à remuneração do capital
de seus controladores ou acionistas, unicamente em razão das atividades desempenhadas. 3. O Supremo Tribunal Federal nos autos do
RE 253.472, Redator para o acórdão Min. Joaquim Barbosa, DJe 1º/2/2011, já decidiu, verbis: atividades de exploração econômica,
destinadas primordialmente a aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares, devem ser submetidas à tributação, por
apresentarem-se como manifestações de riqueza e deixarem a salvo a autonomia política. 4. In casu, trata-se de sociedade de economia
mista de capital aberto, autêntica S/A, cuja participação acionária é negociada em Bolsas de Valores (Bovespa e New York Stock
Exchange, e.g.) e que, em agosto de 2011, estava dispersa entre o Estado de São Paulo (50,3%), investidores privados em mercado
nacional (22,6% - Bovespa) e investidores privados em mercado internacional (27,1% - NYSE), ou seja, quase a metade do capital social
pertence a investidores. A finalidade de abrir o capital da empresa foi justamente conseguir fontes sólidas de financiamento, advindas
do mercado, o qual espera receber lucros como retorno deste investimento. 5. A peculiaridade afasta o caso concreto da jurisprudência
da Suprema Corte que legitima o gozo da imunidade tributária. 6. Recurso Extraordinário improvido pela maioria do Supremo Tribunal
Federal. 7. Proposta de tese de repercussão geral: Sociedade de economia mista, cuja participação acionária é negociada em Bolsas de
Valores, e que, inequivocamente, está voltada à remuneração do capital de seus controladores ou acionistas, não está abrangida pela
regra de imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição, unicamente em razão das atividades desempenhadas.
(RE 600867, Relator(a): JOAQUIM BARBOSA, Relator(a) p/ Acórdão: LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 29/06/2020, PROCESSO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-239 DIVULG 29-09-2020 PUBLIC 30-09-2020 )
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• Imunidade Tributária templos de qualquer culto
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das
entidades nelas mencionadas.
• templo sentido amplo: ex da religião católica e seus anexos: casa paroquial, convento,
abadia, seminário, venda de objetos sacros, veículos, etc.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• Imunidade Tributária templos de qualquer culto
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a
renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• Imunidade tributária partidos políticos e suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores e das instituições de
educação e assistência social, sem fins lucrativos
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados
com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
CTN
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele
referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• Imunidade Tributária:
Súmula 724, STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas no art. 150, VI, “c’ da Constituição, desde
que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• Imunidade tributária dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a
sua impressão.
Sumula vinculante 57, STF: A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da
CF/88 aplica-se à importação e comercialização, no mercado interno, do livro
eletrônico (e-book) e dos suportes exclusivamente utilizados para fixá-los, como
leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam funcionalidades
acessórias.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• Imunidade tributária de fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no
Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores ou literomusicais de
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa
da replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laiser.
• delimitar a competência tributária para evitar conflitos de competência entre os entes federados.
Exemplos: ISS e ICMS (art. 156, inc. III da CF).
Exemplos: imunidade tributária dos partidos políticos, entidades sindicais e instituições educacionais e
sociais, sem fins lucrativos (art. 150, IV, c da CF); princípio da legalidade (art. 97, I do CTN).
• Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária (ex: definir tributos e espécies; obrigação,
lançamento, crédito, prescrição, decadência, etc)
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Normas gerais: organizar a ordem jurídica nacional (federal, estadual, municipal)
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a
suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for
contrário.
Ex: instituição de empréstimo compulsórios (art. 148, CF); instituição de impostos extraordinários (art.
154,inc. II, CF); instituição do imposto sobre grandes fortunas (art. 153, inc. VII da CF); exercício da
competência residual (art. 154, inc. I da CF).
Neste caso, há distinção entre a lei complementar e lei ordinária? Formal? E de conteúdo?
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Lei Ordinária: é a fonte, por excelência, para a instituição dos tributos (art. 150, inc. I e art. 97 do
CTN- Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua
redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal,
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua
base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou
omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e
extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades )
CTN- Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os
decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes.
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Art.62, § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos
nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Medida provisória:
(RE 636319 AgR, Relator(a): AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 06/09/2011, DJe-205 DIVULG
24-10-2011 PUBLIC 25-10-2011 EMENT VOL-02614-02 PP-00195)
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
• Resolução: competência exclusiva do Senado Federal para fixar alíquotas mínimas ou máximas, a
depender do tributo.
(ex: art. 155, § 1º, IV da CF, art. 155, §6º, inc I da CF)
Alíquotas máximas ITCMD (Resolução 9 de 1992- 8%), alíquotas mínimas do IPVA (Resolução 15 de
2022, 0% para o IPVA para veículos de 2 rodas de até 170 cilindradas), por exemplo.
Convênios: Por determinação legal, os convênios estão muito presentes no caso do ICMS. No caso,
os Estados devem firmar convênios para autorizarem a concessão de benefícios fiscais, por exemplo.
Normas complementares: atos normativos (portaria, instruções normativas, etc), se dirigem aos
subordinados de determinada autoridade competente; decisões administrativas; práticas reiteradas
observadas pela administração pública; convênios firmados entre União, Estados, Distrito Federal e
Municípios (ex: ITR entre União e Municípios para delegação de capacidade contributiva).
DIREITO FINANCEIRO
Objeto do Direito Financeiro: a atividade financeira do Estado, que abrange o orçamento público;
as formas, condições e limites para obtenção da receita; as formas, condições e limites para gasto do
dinheiro.
Cisão do Direito Tributário e Direito Financeiro com a promulgação do Código Tributário Nacional
(Lei 5.172/1966).
• Constituição Federal de 1988 estabelece regras de repartição das receitas arrecadadas, regras para o
trato do orçamento público, regras para o controle do gasto público e outros temas atinentes.
• O contexto histórico no país demandou/demanda uma atenção especial com as contas públicas.
DIREITO FINANCEIRO
DIREITO FINANCEIRO
5. Reforma administrativa;
6. Reforma trabalhista;
8. Privatizações;
DÍVIDA PÚBLICA
DÍVIDA PÚBLICA
DÍVIDA PÚBLICA
• Competência legislativa para o Direito Financeiro é concorrente (art. 24, inc. II da CF). Como ocorre
em matéria tributária, caberá à União estabelecer normas gerais através de lei complementar, em
razão do art. 163 da Constituição Federal (ex: Lei de Responsabilidade Fiscal).
Art. 163. Lei Complementar disporá sobre: (i) finanças públicas; (ii) dívida pública externa e interna,
incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; emissão e
resgate de títulos da dívida pública; sustentabilidade da dívida, etc.
DIREITO CONSTITUCIONAL FINANCEIRO
Art. 48 da CF: Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o
especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente
sobre: I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias,
orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; XIII- matéria financeira,
cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; XIV- moeda, seus limites de emissão, e montante
da dívida mobiliária federal.
Art. 52 da CF: Compete privativamente ao Senado Federal: V- autorizar operações externas de natureza
financeira de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; VI- fixar, por
proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII- dispor sobre limites globais e condições para as operações de
crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e
demais entidades controladas pelo Poder Público Federal; VIII- dispor sobre limites e condições para a
concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; IX- estabelecer limites globais para
o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
DIREITO CONSTITUCIONAL FINANCEIRO
• Art. 62, par. 1 da CF: é vedado medida provisória para tratar de planos plurianuais, diretrizes
orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares.
• Art. 84 da CF: Cabe ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos na Constituição;
prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão
legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
• Art. 34 e art. 35 da CF: possibilidade de intervenção financeira de um ente federado sobre o outro:
reorganizar as finanças da unidade da Federação/Município que não pagar a dívida por mais de 2
anos consecutivos; não repartir as receitas, por exemplo.
DIREITO CONSTITUCIONAL FINANCEIRO
• Fiscalização da atividade financeira da União, Estados e Municípios: controle interno de cada
ente (legislativo, judiciário e executivo); câmara dos deputados; câmaras de vereadores; assembleias
legislativas, etc e controle externo (tribunais de contas, controladoria geral da União, controladoria
do Estado, etc).
União Federal II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF, I.Extraordinários
Estados e Distrito Federal ITCMD, ICMS, IPVA
Municípios e Distrito Federal IPTU, ITBI, ISS
Competência privativa da União para instituir empréstimos compulsórios; contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico, e interesse categoria profissional ou de classe; competência residual. No entanto, não há
repartição para a maioria delas.
DIREITO CONSTITUCIONAL FINANCEIRO
Art. 157, CF. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que
instituírem e mantiverem; II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência
que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158, CF. Pertencem aos Municípios: I- o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
Incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II- cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis
Neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, par. 4, III; III- cinquenta por cento do produto da
Arrecadação do imposto do Estado sobre o IPVA licenciados em seus territórios; IV- vinte e cinco por cento do produto da arrecadação
do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação.
DIREITO CONSTITUCIONAL FINANCEIRO
Art. 159, CF. A União entregará:
I- do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre pro-
dutos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Par-
ticipação dos Estados e do Distrito Federal; b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo Participação dos Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das regiões norte, nordeste e centro oeste, através
de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi
árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região na forma da lei; d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios,
que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos
Municípios,
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal,
proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados;
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por
cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c ,
do referido parágrafo.
DIREITO CONSTITUCIONAL FINANCEIRO
DIREITO CONSTITUCIONAL FINANCEIRO
Fontes do Direito Financeiro: Constituição Federal; Leis Complementares (Lei Orçamento n. 4320,
64; Lei Responsabilidade Fiscal; Leis ordinárias (anuais, diretrizes orçamentárias, planos plurianuais),
decretos.
• Legalidade: é a regra.
interpretação/aplicação do art. 167, § 3º c/c o art. 62, § 1º, inciso I, alínea "d", da Constituição. "Guerra",
"comoção interna" e "calamidade pública" são conceitos que representam realidades ou situações fáticas
de extrema gravidade e de conseqüências imprevisíveis para a ordem pública e a paz social, e que dessa
forma requerem, com a devida urgência, a adoção de medidas singulares e extraordinárias. A leitura
atenta e a análise interpretativa do texto e da exposição de motivos da MP n° 405/2007 demonstram que
os créditos abertos são destinados a prover despesas correntes, que não estão qualificadas pela
imprevisibilidade ou pela urgência. A edição da MP n° 405/2007 configurou um patente desvirtuamento
dos parâmetros constitucionais que permitem a edição de medidas provisórias para a abertura de
créditos extraordinários. IV. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA. Suspensão da vigência da Lei n° 11.658/2008,
desde a sua publicação, ocorrida em 22 de abril de 2008.
(ADI 4048 MC, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 14/05/2008, DJe-157 DIVULG 21-
08-2008 PUBLIC 22-08-2008 EMENT VOL-02329-01 PP-00055 RTJ VOL-00206-01 PP-00232)
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEF- 31.08.2016
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
Economicidade:
Relação com o princípio da eficiência: “fazer mais com menos”. Com o mínimo de
recursos, atingir o máximo da satisfação das necessidades públicas.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
• Legalidade;
• Exclusividade: enfoque legal nas matérias relacionadas com finanças públicas
Art. 165, § 8º CF: A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações
de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei,
ORÇAMENTO PÚBLICO
• Universalidade: previsão de todas as receitas e despesas na LOA;
A LOA deve abranger todos os aspectos do programa orçamentário dos Poderes
da União, seus fundos, órgãos, entidades da administração direta e indireta,
fundações, etc, incluindo as previsões de receitas e despesas, metas, objetivos e
metodologia para realização das despesas.
Deste valor, metade deve ser destinado a ações e serviços públicos de saúde.
RESULTADO 2022:
R$ 2.273.114.292.345,01
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Bancada/relator?
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
CLASSIFICAÇÃO
• Quanto à origem:
1. Originária
2. Derivada
3. Transferida
• Quanto ao motivo:
1. Correntes
2. Capital
RECEITAS PÚBLICAS
Classificação
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos,
estabelecerá:
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º;
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados
a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das
disparidades regionais;
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde
nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;
DESPESAS PÚBLICAS
ADCT- art. 77, replicado na Lei Complementar 141/2012
Art. 77
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento do produto da
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que
tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a , e inciso II, deduzidas as parcelas
que forem transferidas aos respectivos Municípios; e
Art. 3º. A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, ao final do décimo quinto exercício financeiro contado a partir do
encerramento do ano de publicação desta Resolução, não poderá exceder,
respectivamente, a:
I- no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita corrente
líquida, definida na forma do art.2º; e
II- no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita
corrente líquida, definida na forma do art. 2º.
DÍVIDA PÚBLICA
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
principal.
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são
próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente
constituída, nos termos de direito aplicável.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a
serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
FATO GERADOR
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
ü É composto pelos mesmos elementos da relação jurídica de direito privado: (i) sujeito
ativo; (ii) sujeito passivo; (iii) objeto.
PRINCIPAL ACESSÓRIA
• A existência de imunidade
tributária não torna o sujeito
desobrigado da obrigação
acessória
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA- LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Ementa: Direito constitucional e tributário. Ação cível originária. Obrigação tributária acessória. Imunidade
recíproca. 1. Compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer e julgar originariamente causas que envolvam a
interpretação de normas relativas à imunidade tributária recíproca, em razão do potencial abalo ao pacto
federativo. Precedentes. 2. A obrigação acessória decorre da legislação tributária (art. 113, § 2º, do Código
Tributário Nacional). Esse termo não engloba apenas as leis, mas também “os tratados e as convenções
internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e
relações jurídicas a eles pertinentes” (art. 96 do Código Tributário Nacional). 3. A imunidade tributária recíproca
(art. 150, VI, a, da Constituição) impede que os entes públicos criem uns para os outros obrigações relacionadas
à cobrança de impostos, mas não veda a imposição de obrigações acessórias. Precedentes. 4. O art. 9º, § 1º, do
Código Tributário Nacional institui reserva legal para a definição das hipóteses de responsabilidade tributária e
dos atos que os entes públicos deverão praticar na qualidade de responsáveis tributários. O dispositivo não
afasta a possibilidade de obrigações acessórias serem impostas por atos normativos infralegais. 5. Não ofende o
princípio da isonomia ou abala o pacto federativo norma que impõe a obrigação de apresentação de
declaração de débitos e créditos de tributos federais aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, mas não
a estende aos órgãos da própria União. 6. Pedido que se julga improcedente.
(ACO 1098, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 11/05/2020, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-135 DIVULG 29-05-2020 PUBLIC 01-06-2020)
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
ü
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
ANTECEDENTE CONSEQUENTE
Critério Material
Critério Contribuinte
(o quê)
Verbo + pessoal
complemento (quem)
Situação fato
Base de
Critério Critério cálculo
temporal Situação quantitativo
(quando incide) (quanto)
jurídica
Alíquota
Critério especial
(onde)
CRITÉRIO QUANTITATIVO
“ A base de cálculo encontra uma relação com o aspecto material da hipótese
tributária, já que procura quantificar o fato jurídico tributário, valorá-lo, estimá-lo. O
legislador escolhe um modo de expressar, numericamente, a hipótese tributária, e
define tal modo como base de cálculo. Daí porque não se pode cogitar base de
cálculo definida de modo independente da hipótese”.
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de
disposição expressa de lei.
Responsável
=
Contribuinte
Não pratica o fato gerador, mas a lei
=
determina a sua responsabilidade
Pratica o fato gerador
pelo pagamento
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que
constituam o seu objeto.
CRITÉRIO PESSOAL= SUJEIÇÃO PASSIVA
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda pública, para
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo
saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica
aos demais
CRITÉRIO PESSOAL= SUJEIÇÃO PASSIVA
Solidariedade
(art. 124 CTN)
O pagamento efetuado por um dos
obrigados aproveita aos demais
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma
da legislação aplicável, considera-se como tal:
I- quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
II- em relação às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua
sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente
constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos
posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até
a referida data.
Sucessão
Solidariedade
Responsabilidade
Terceiros
Pessoal
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
ü Nos termos do art. 146, inc. III da Constituição Federal, somente a lei complementar pode estabelecer
normas gerais sobre responsabilidade tributária.
EMENTA: Direito constitucional e tributário. Ação direta de inconstitucionalidade. Responsabilidade tributária solidária do contabilista.
Ausência de ofensa reflexa à Constituição. Competência concorrente. Legislação estadual que conflita com as regras gerais do CTN.
Inconstitucionalidade.. 2. A presente controvérsia consiste em definir se os atos normativos estaduais foram editados em contrariedade
com as regras constitucionais de competência tributária, notadamente o art. 146, III, b, da CF/1988. Eventual inobservância de tais
regras de competência implica ofensa direta à Constituição. Precedentes. 3. Legislação estadual que amplia as hipóteses de
responsabilidade de terceiros por infrações, invade a competência do legislador complementar federal para estabelecer as normas
gerais sobre a matéria (art. 146, III, b, da CF/1988). Isso porque as linhas básicas da responsabilidade tributária devem estar contidas
em lei complementar editada pela União, não sendo possível que uma lei estadual estabeleça regras conflitantes com as normas
gerais (ADI 4.845, sob a minha relatoria). 4. Inconstitucionalidade formal. Legislação do Estado de Goiás aborda matéria reservada à lei
complementar e dispõe diversamente sobre (i) quem pode ser responsável tributário, ao incluir hipóteses não contempladas pelos
arts. 134 e 135 do CTN, (ii) em quais circunstâncias pode ser responsável tributário (“infração à legislação tributária”), sendo que,
conforme as regras gerais, para haver a responsabilidade tributária pessoal do terceiro, ele deve ter praticado atos com excesso de
poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos, não havendo a responsabilização pelo mero inadimplemento de obrigação
tributária. 5. Ante todo o exposto, voto pelo conhecimento da presente ação direta de inconstitucionalidade e julgo procedente o
pedido, para declarar a inconstitucionalidade dos arts. 45, XII-A, XIII e § 2º, da Lei nº 11.651/1991, do Estado de Goiás, e 36, XII-A e XIII,
do Decreto nº 4.852/1997, do mesmo Estado. (ADI 6284, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 15/09/2021,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-191 DIVULG 23-09-2021 PUBLIC 24-09-2021)
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
ü Súmula 554 do STJ: Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos
geradores ocorridos até a sucessão.
ATENÇÃO: Embora a súmula se refira à sucessão empresarial, o conteúdo da súmula se aplica às demais
hipóteses de responsabilidade por sucessão.
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
Sucessão
Sucessão aquisição de fundo de
operações
comércio ou estabelecimento comercial,
societárias
industrial ou profissional (art. 133, CTN)
(Art. 132 CTN)
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando consta do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único: No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço.
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
Art. 1791 do Código Civil. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários
sejam os herdeiros.
Parágrafo único: Até a partilha, o direito dos coerdeiros, quanto à propriedade e posse da
herança será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outro ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único: O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada
por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou
sob firma individual.
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido,
devidos até à data do ato:
I- integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II- subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de
seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I- em processo de falência;
II- de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial;
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I- sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
II- parente, em linha reta ou colateral até o 4º grau (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do
devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III- identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o
objetivo de fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade
produtiva isolada permancerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo
prazo de 1 ano, contado da data da alienação, somente podendo ser utilizado para o
pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA POR ATO OU OMISSÃO
PESSOAS ELENCADAS NO
ART. 134, CTN
MANDATÁRIOS, PREPOSTOS
RESPONSABILIDADE OU EMPREGADOS
PESSOAL
DIRETORES, GERENTES,
REPRESENTANTES/SÓCIOS DE PESSOAS
JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO
RESPONSABILIDADE PESSOAL
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes
de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I- as pessoas referidas no artigo anterior;
II- os mandatários, prepostos e empregados;
III- os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Requisitos:
(i) Ato praticado com excesso de poderes, infração de lei, contrato social ou estatutos (ato ilícito);
(ii) Dolo;
(iii) Capacidade de decisão, autonomia de gestão.
Sumula 430- STJ: O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio- gerente.
Sumula 435- STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio
fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o
sócio-gerente.
RESPONSABILIDADE PESSOAL
Art. 139. do CTN. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza
desta.
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Art. 143, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja
expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á a sua conversão em moeda
nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO E LANÇAMENTO
Art. 144, CTN. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação
e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
Par. 1º. Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato
gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de
fiscalização, ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou
outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o
efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
MODALIDADES DE LANÇAMENTO
Lançado/constituído de ofício a
cada exercício financeiro
HOMOLOGAÇÃO/
AUTOLANÇAMENTO
Realizar o pagamento antecipado, sem intervenção
da autoridade administrativa
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida
pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de
dolo, fraude ou simulação.
ALTERAÇÃO DE LANÇAMENTO CONSTITUÍDO
IMPUGNAÇÃO DO SUJEITO
PASSIVO
INICIATIVA DE OFÍCIO DA
AUTORIDADE ADMINISTRATIVA,
NOS CASOS PREVISTOS NO ART.
149 DO CTN.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
PRESCRIÇÃO (5 anos)
DECADÊNCIA (5 anos)
Perda do direito de ajuizar a
Perda do direito de constituir ação para cobrança do crédito
o crédito tributário, ou seja, tributário (art. 174, CTN)
de efetuar o lançamento;
O termo inicial se dá com a
O termo inicial para a constituição definitiva do
contagem do prazo variará de lançamento (notificação do
acordo com a modalidade do sujeito passivo)
lançamento tributário
(ofício ou homologação) Se houver hipótese de
suspensão de exigibilidade
do crédito tributário, não
fluirá o prazo de prescrição
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
PARCELAMENTO: Deve ser concedido por lei específica, nos termos do art.
155-A do Código Tributário Nacional.
EXTINÇÃO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO