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CAMPUS DE AUGUSTINÓPOLIS - TO
CURSO DE DIREITO
Tributos
AUGUSTINÓPOLIS - TO
2023
AUGUSTINÓPOLIS - TO
2023
Espécies de tributos: saiba o que é um tributo e os diferentes tipos
As classificações das espécies tributárias são feitas por dois ramos distintos do direito,
Direito Tributário e Direito Constitucional.
Enquanto o Código Tributário Nacional classifica três espécies pertencentes ao gênero
tributo: impostos, taxas e contribuições de melhoria, a Constituição Federal classifica
outras espécies não codificadas: empréstimos compulsórios, contribuições sociais
interventivas econômicas e contribuições profissionais.
Sobre as espécies previstas na Constituição, de acordo com o art. 148 do texto, a União
Federal, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
Taxas
De acordo com o Art. 77 do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o
exercício regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível”.
Algumas das principais taxas são:
Taxa de fiscalização e funcionamento, cobrada anualmente pelas prefeituras de
diversas cidades sobre a verificação potencial de regularidade das empresas;
Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais): como
por exemplo, para emissão de Carta de Identidade, CPF e RG;
Taxa de Licenciamento Anual de Veículo: esta taxa é cobrada para gerar,
anualmente, o novo documento do veículo;
Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais): taxa cobrada para registro
do Contrato Social de uma empresa, por exemplo.
Contribuição
As contribuições são tributos com destinação específica. Isso significa que eles foram
criados para financiar determinados custos, como por exemplo:
CIP: é a contribuição destinada à iluminação pública e o tributo é cobrado
diretamente na conta de energia elétrica;
Contribuição Sindical Laboral: é a contribuição destinada aos sindicatos de cada
classe e o tributo é cobrado diretamente na folha de pagamento do colaborador.
Contribuição de melhoria
Segundo o Art. 81 do CTN, contribuição de melhoria “é um tributo cobrado pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra a valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”.
A lei relativa à contribuição de melhoria deverá observar os seguintes requisitos
mínimos, dispostos no art. 82. do CTN :
“(…)
I – publicação prévia dos seguintes elementos:
1. a) memorial descritivo do projeto;
2. b) orçamento do custo da obra;
3. c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
4. d) delimitação da zona beneficiada;
5. e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a
zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados,
de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da
impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela
do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na
zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado
do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos
elementos que integram o respectivo cálculo.”
Empréstimo compulsório
Por fim, de acordo com o art. 148 da Constituição Federal, “somente podem ser criados
diante de situações específicas (guerra externa ou sua iminência e calamidade pública,
ou investimento público de caráter relevante), e a aplicação dos recursos provenientes
de sua arrecadação é vinculada à despesa correspondente, que justificou sua
instituição”.
Podemos citar como exemplo desse tributo os empréstimos compulsórios realizados
durante o Plano Collor, em que as poupanças dos brasileiros foram confiscadas como
um empréstimo ao governo. Como você pode notar, é um tributo pouco usual e
altamente impopular.