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DIREITO FINANCEIRO E FINANÇAS

2ª AVALIAÇÃO DE RECEITA PÚBLICA


DISCENTE: MARIA DE FÁTIMA DA SILVA

1 - Diferencie o imposto da taxa.

Antes de tudo, faz-se necessário a especificação de cada um:

No CTN a definição de imposto consta no artigo 16, que versa sobre:

“Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”

O imposto é o tributo de maior importância para o Estado. O governo recolhe


impostos para garantir o funcionamento de serviços públicos e coletivos, investindo na
saúde, educação, etc. Dentre os exemplos, temos os impostos sobre o patrimônio, como
o IPTU e o IPVA sobre a renda, como o Imposto de Renda e sobre o consumo, como o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que é cobrado dos produtores, e o
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é pago pelo
consumidor. Importante ressaltar também, que o Estado pode criar um novo imposto ou
extinguir algum existente. Lembrando que todos os impostos são definidos em lei, não
sendo apenas uma mera decisão do Poder Executivo.
E sempre que se estiver em dúvida acerca de pagar ou não algum imposto, a
justificativa legal para a cobrança de um imposto está no Código Tributário Nacional, e
você pode conferi-lo sempre que tiver dúvidas sobre o recolhimento de algum tributo,
não importando a espécie que seja.

O art. 77 do CTN traz:

“As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.”

Sendo assim, as taxas são recolhidas pela utilização de serviços específicos


fornecidos pelo poder público por meio de algum ente ou por uma concessionária. Entre
muitos os exemplos de taxas, podemos citar, por exemplo; Taxa de Emissão de
Documentos: quando pedimos para emitir RG, CPF, Passaporte, carteira de motorista e
outros;Taxa de Licenciamento Anual do Veículo; Taxa de Registro do Comércio. Taxa
de Coleta de Lixo e por aí vai.
Dado o exposto, na pratica, qual seria a diferença entre imposto e taxa? No
imposto é recolhido para manter o Estado funcionando – e você paga de qualquer
maneira, a taxa será devida somente quando utilizar algum serviço ou dele beneficiar-se.
No caso dos impostos, os valores são calculados a partir de uma porcentagem. Então,
eles variam, dependendo de quem é o pagador. Já nas taxas a situação é diferente: elas
costumam ser fixas, independentemente da renda do contribuinte.

2 - De acordo com a Constituição Federal, quais os impostos municipais?


Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - Propriedade predial e territorial urbana;
II - Transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos
em lei complementar.

Os impostos municipais são de ordem do município e destinados a manutenção


da administração pública local, serviços, investimentos e manutenções locais. São
destinados para escolas municipais, unidades de pronto atendimento, etc. São
responsáveis por cerca de 5,5% (cinco e meio por cento) da arrecadação total do país.
IPTU: Imposto sobre propriedade territorial urbana

ITBI: Imposto de transmissão de bens imóveis


ISS: Imposto sobre serviços
3 - De quem é a competência para a instituição da COSIP?

COSIP: de competência dos Municípios e do Distrito Federal (art. 149-A, CF).


Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na
forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o
disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput,
na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39,
de 2002)
4 - De acordo com a Constituição Federal, quais circunstâncias justificam a
criação do Empréstimo Compulsório?

Ele é um tributo de competência exclusiva da união, somente pode ser instituído


por Lei Complementar. A CF elenca os motivos que ensejam sua a instituição, a saber:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
de guerra externa ou sua iminência;
(OBS: *Nesse caso, não obedece a nenhuma forma de princípio da anterioridade,
podendo ser cobrado de imediato;)
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, b.

(OBS: Aqui deve-se observar o princípio da anterioridade do exercício


financeiro seguinte.)

5 - Dentro das contribuições criadas pela Constituição Federal, qual o papel


da CIDE?

A contribuição de intervenção no domínio econômico. Possui função extrafiscal,


porquanto estimula o setor econômico por meio da transferência de recursos.
O site do Senado dispõe acerca da CIDE:
“A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis) foi
instituída pela Lei 10.336/2001 com a finalidade de assegurar um montante mínimo de
recursos para investimento em infraestrutura de transporte, em projetos ambientais
relacionados à indústria de petróleo e gás, e em subsídios ao transporte de álcool
combustível, de gás natural e derivados, e de petróleo e derivados.”

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