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TRIBUTÁRIAS
@ADRIANO_SOLER_
QUAIS SÃO OS TRIBUTOS NO BRASIL?
O art. 146, III, “a”, CF indica que FGs, bases de cálculo, entre
outros elementos, devem estar em uma lei complementar (...) o
CTN “faz as vezes de”.
TRIBUTOS NA CF
- Art. 145: indica TRÊS modalidades (impostos, taxas e contribuições de
melhoria).
- Art. 148: empréstimos compulsórios (quarta modalidade);
- Art. 149: contribuições (quinta modalidade).
Trata-se da Teoria PENTAPARTIDA / PENTAPARTITE /
QUINQUIPARTITE(TIDA), segundo a qual as cinco exações supracitadas
enquadram-se com fidelidade ao art. 3º do CTN, já estudado. Essa teoria é
a prevalecente no STF e na doutrina majoritária.
No CTN temos apenas três espécies tributárias
TRIBUTOS NO
CTN Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e
contribuições de melhoria.
CUIDADO: O nome “taxa” costuma ser usado sem precisão pelas pessoas em geral
(taxas bancárias, taxas escolares). Tais preços não se confundem com o tributo taxa.
TIPOS DE TAXAS
Temos duas ações estatais que podem levar à
cobrança das taxas tributárias no Brasil:
✓Um certo tipo de serviço público;
✓O chamado Poder de Polícia.
Portanto existem dois tipos de taxas brasileiras:
Poder de Polícia: é uma atividade de fiscalização que limita o exercício de direitos e liberdades
individuais em prol da coletividade. Não se confunde com Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia
Federal.
O tipo de serviço que pode ensejar a taxa de serviço no Brasil é o serviço público (...)
ESPECÍFICO E DIVISÍVEL
Serviço Público Específico (ou Singular ou “ut singuli”): é aquele serviço prestado em
unidades autônomas de utilização, sendo possível identificar o beneficiário;
Serviço Público Divisível: é aquele quantificável, permitindo a sua aferição.
Entretanto, o mais importante para nós é saber que “o contrário” do tipo de serviço
público acima (que é o serviço público geral, universal ou “ut universi”) não poderá
ensejar taxa no Brasil.
EXEMPLOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS
3. Iluminação Pública: não pode haver taxa de iluminação pública no Brasil, uma vez
sendo geral tal serviço. Inúmeras leis municipais, criadoras de tais taxas, foram
consideradas inconstitucionais. Ver Súmula 670 STF, hoje ratificada pela Súmula
Vinculante n. 41 do STF. Com a derrota dos municípios no Judiciário, esses
conseguiram politicamente alterar a CF (EC 39/2002 – art.149-A), (...) prevendo a
“ressurreição” da derrotada taxa de iluminação pública, a qual voltou com outro
nome – Contribuição para o Serviço de Iluminação Pública (COSIP ou CIP). É uma
contribuição municipal, de competência dos municípios e DF.
Tal tributo pode ter a cobrança feita na conta de luz. É o que vem ocorrendo.
EXEMPLOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS
3. Iluminação Pública: não pode haver taxa de iluminação pública no Brasil, uma vez
sendo geral tal serviço. Inúmeras leis municipais, criadoras de tais taxas, foram
consideradas inconstitucionais. Ver Súmula 670 STF, hoje ratificada pela Súmula
Vinculante n. 41 do STF. Com a derrota dos municípios no Judiciário, esses
conseguiram politicamente alterar a CF (EC 39/2002 – art.149-A), (...) prevendo a
“ressurreição” da derrotada taxa de iluminação pública, a qual voltou com outro
nome – Contribuição para o Serviço de Iluminação Pública (COSIP ou CIP). É uma
contribuição municipal, de competência dos municípios e DF.
Tal tributo pode ter a cobrança feita na conta de luz. É o que vem ocorrendo.
DICA
Pode ser criada uma taxa com a mesma base de cálculo do IPTU, ou seja, valor
venal do bem imóvel?
A base de cálculo do imposto é o valor do bem, enquanto a base de cálculo da
taxa é o custo da ação estatal (serviço público ou poder de polícia). Desse modo,
não podemos ter uma taxa com base de cálculo de imposto (Art.145, §2º, CF).
Exemplo: é inconstitucional uma taxa de coleta de lixo que traga como base de
cálculo o valor venal do bem imóvel (base de cálculo do IPTU).
CUIDADO!!!!
Súmula Vinculante n. 29 do STF,
editada em fevereiro de 2010: “É
constitucional a adoção, no cálculo do
valor da taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria
de determinado imposto, desde que
não haja identidade entre uma base e
outra”.
TAXA X TARIFA
O dado curioso é que o STJ andou alterando o seu modo de ver, aproximando-se da visão do
STF:
STJ: TARIFA ou PREÇO PÚBLICO (EREsp 690.609/RS, de 2008).
TAXA X TARIFA Tal posicionamento, deu ensejo à Súmula n. 412 do STJ,
segundo a qual “a ação de repetição de indébito de
tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo prescricional
estabelecido no Código Civil” [prescrição vintenária],
rechaçando-se as disposições previstas no CTN (arts.
165 e 168) para a garantia do direito à restituição do
indébito.
Mais recentemente, em 2013, o STJ reafirmou o
posicionamento acerca da natureza jurídica de TARIFA
para o serviço de esgotamento sanitário (REsp
1.339.313/RJ, de junho de 2013).
Por fim, em 2015, o STJ reiterou o termo “tarifa” para o
serviço de coleta de água (REsp 1.513.218/RJ, de março
de 2015).
CONTRIBUIÇÕES DE
MELHORIA
CONTRIBUIÇÃO
DE MELHORIA
(ART. 145, III, CF;
ARTS. 81 E 82, O tributo pode ser federal, estadual, ou municipal
(U, E, M e DF). Nas raras aparições, veio como
CTN) tributo municipal, perante as obras públicas de
asfaltamento.
O fato gerador do tributo será a valorização
imobiliária decorrente de uma obra pública
CONTRIBUIÇÃO DE
MELHORIA
A contribuição de melhoria visa coibir o
locupletamento do particular.
A contribuição de melhoria é um tributo
vinculado, bilateral, contraprestacional ou
sinalagmático (aqui, com total aproximação das
taxas).
A contribuição de melhoria depende de lei
ordinária, não estando reservada à competência
da lei complementar.
BASE DE CALCULA DA CM
ART. 148, CF
LEI COMPLEMENTAR (MP, aqui, NÃO!!! – art. 62, §1º, III,
CF);
Os dois incisos do art. 148 da CF não hospedam “fatos geradores”, mas simples pressupostos fáticos
(situações deflagrantes). Vamos a eles:
CPMF: veio para custear a solução aos problemas decorrentes da saúde pública no
Brasil – foi extinta (péssima experiência);
PIS/COFINS: vieram para custear a Seguridade Social – lidamos com o constante
“rombo na Previdência”.
Os exemplos acima, entre tantos outros, revelam que as receitas das contribuições no
Brasil vêm sendo recorrentemente desviadas ou, se não prevalecer tal conclusão,
indiscutivelmente mal aplicadas.
O art.149, caput, CF apresenta três tipos de
contribuições:
1. ANTERIORIDADE COMUM
(ART. 150, III, “B” E “C”, CF): 2. ANTERIORIDADE ESPECIAL
para as PROFISSIONAIS, as (ART. 195, §6º, CF): para as
CIDES (exceto a Cide- SOCIAIS (as da Seguridade
Combustível) e as SOCIAIS Social).
GERAIS;
CONTRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
Com a fusão entre o INSS e a Receita Federal, criando-se a Receita Federal do Brasil (Super-Receita),
tais contri-buições passaram a ser arrecadadas e fiscalizadas por este órgão. Vamos conhecê-las na CF:
art. 195, I ao IV (são, portanto, QUATRO fontes nominadas de custeio da seguridade social):
Assim, tais fontes nominadas de custeio da Seguridade Social indicam quem são os colaboradores do
Estado na gestão da Seguridade Social do Brasil.
ORIGENS DA I. Empregador e Empresa: o patrão,
mantendo vínculos laborais com seus
CSSG empregados, pagará o tributo como
empregador. Da mesma forma, a empresa
deverá ser alvo da exação, quando se
identificam o seu faturamento e o seu lucro
líquido. A propósito, sobre o faturamento
incidem o COFINS e o PIS; sobre o lucro
líquido, a CSLL.
II. Empregado: os empregados também
custeiam a Seguridade Social com uma
contribuição descontada de seu salário,
bastando observar isso no próprio holerite
(contracheque);
ORIGENS DA CSSG
III. Receita de Concursos de Prognósticos: do volume de receita angariada com as loterias e sorteios no
Brasil, uma parte será dedicada a custear a Seguridade Social. E, em tempos de “megassenas” com
valores astronômicos, vê-se que a fatia do bolo não é pequena...
IV. Importador: desde 2003, os importadores vêm contribuindo com duas contribuições para o custeio da
Seguridade Social no Brasil (PIS – Importação e COFINS – Importação).
Não se esqueça de que os importadores já são sacrificados com vários outros tributos para manterem
suas atividades aduaneiras: II, ICMS, AFRMM, IPI (até mesmo se o importador for pessoa física, uma vez
que, para o STF, em recente virada jurisprudencial, há neutralidade no fato de não se estar no âmbito do
comércio e na circunstância de adquirir o produto para uso próprio: STF, RE 723.651, de 3 e 4 de fevereiro
de 2016), etc.
PARA REFLETIR
A Seguridade Social, possuindo tantas e diversas fontes de custeio, deve ser bem
gerida para que se consiga, um dia, alterar-se o lamentável “status”, conhecido de
todos, em relação ao “rombo na Previdência”. (...)
A Seguridade Social, quer na área da saúde, quer na área da previdência, cumpre
um papel fundamental em uma sociedade desigual como a nossa, na qual há uma
expressiva quantidade de pessoas carentes e necessitadas do apoio do Estado.
Portanto, as contribuições sociais representam um tributo com relevante papel
social. A boa gestão desses vultosos recursos é premente.
QUESTÕES
ANO: 2019 BANCA: VUNESP ÓRGÃO: PREFEITURA DE CAMPINAS -
SP PROVA: VUNESP - 2019 - PREFEITURA DE CAMPINAS - SP - GUARDA
MUNICIPAL
Segundo o Código Tributário Nacional, o tributo que tem como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, é denominado
a) tarifa pública.
b) contribuição de melhoria.
c) preço público.
d) taxa.
e) imposto.
ANO: 2018 BANCA: FUNDEP (GESTÃO DE CONCURSOS) ÓRGÃO: PREFEITURA DE
PARÁ DE MINAS - MG PROVA: FUNDEP (GESTÃO DE CONCURSOS) - 2018 -
PREFEITURA DE PARÁ DE MINAS - MG - ADVOGADO
Considere as seguintes características apresentadas pela doutrina do estudo das espécies tributárias.
“a) São instituídos mediante a previsão legal de fatos típicos (em regra descritos na forma definidora de competência), que, uma vez
ocorridos, dão nascimento à obrigação tributária; b) não se relacionam a nenhuma atuação estatal divisível e referível ao sujeito passivo; c)
não se afetam a determinado aparelhamento estatal ou paraestatal, nem a entidades privadas que persigam fins reputados de interesse
público.”
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 103.
a) Impostos.
b) Taxas.
c) Contribuições de Melhoria.
d) Empréstimo compulsório
ANO: 2020 BANCA: INSTITUTO AOCP ÓRGÃO: PREFEITURA DE CARIACICA -
ES PROVA: INSTITUTO AOCP - 2020 - PREFEITURA DE CARIACICA - ES - FISCAL
DE TRIBUTOS MUNICIPAIS
a) Impostos.
b) Taxas.
c) Contribuições de Melhoria.
d) Empréstimo compulsório
ANO: 2019 BANCA: QUADRIX ÓRGÃO: PREFEITURA DE JATAÍ -
GO PROVA: QUADRIX - 2019 - PREFEITURA DE JATAÍ - GO - AUDITOR DE
CONTROLADORIA
De acordo com artigo 81 do Código Tributário Nacional, a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de
obras públicas da qual decorra valorização imobiliária. Com base nisso, assinale a alternativa incorreta.
a) A cobrança de referida contribuição tem como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de
valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado
b) Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma
e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integraram o respectivo cálculo
c) Referida contribuição não necessita de publicação prévia do memorial descritivo do projeto e orçamento do custo de
obra
d) A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo custo da obra a ser financiada pela contribuição, bem
como pelos imóveis situados na zona beneficiada e respectivos fatores individuais de valorização
e) Há necessidade de observância quanto a delimitação da zona beneficiada e determinação do fator de absorção do
benefício da valorização