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Legislação tributária e sistema
tributário
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Bons estudos!
Nesta webaula, estudaremos o conceito de tributo e da competência tributária. Os principais aspectos relacionados a esse
tópico dizem respeito à autonomia e maior grau de especialização da ciência tributária ao longo do tempo. A partir disso, é
importante sempre frisar aquilo que constitui a base do Direito Tributário como um todo, que é a relação obrigacional
tributária, entre o ente tributante (que corresponde aos entes políticos ou federados, como União, estados, Distrito Federal e
município) e os cidadãos, que são os contribuintes.
Fonte: Shutterstock.
Em seguida, apresenta-se a definição legal de tributo, que consta do art. 3º do Código Tributário Nacional (BRASIL, 1966),
partindo do pressuposto de que o tributo, de uma forma geral, é fonte de receita derivada do Estado, isto é, por ser
compulsório, o Estado faz derivar do patrimônio do contribuinte determinada ordem de valores, que servirão para a o
abastecimento dos cofres públicos, com a finalidade de custeio de atividades gerais e específicas ligadas às atividades da
administração pública.
Interessante lembrar que, via de regra, os tributos não estão vinculados a contraprestações, isto é, representam
montante financeiro que o Estado utilizará para uma variedade de objetivos: custeio do funcionalismo, manutenção do
patrimônio público, realização dos objetivos sociais por meio de programas, a partir dos conteúdos programáticos e
diretivos da Constituição etc.
Conceito tributário
No âmbito do conceito de tributo, destacam-se os seus principais elementos constituintes. Trata-se de uma prestação
pecuniária, compulsória, que não seja sanção por ato ilícito, instituída por meio de lei e cobrada por atividade administrativa
plenamente vinculada.
Interessante saber sobre o princípio da pecunia non olet, segundo o qual mesmo diante de fatos ilícitos haverá a
tributação. Os exemplos mais relevantes estão presentes na jurisprudência brasileira, especialmente do Supremo
Tribunal Federal (que tem a incumbência de interpretar a Constituição), quanto à existência de sonegação fiscal no caso
de tráfico de drogas e no jogo do bicho.
Impostos.
Taxas.
Contribuição de melhoria.
Empréstimo compulsório.
Contribuições especiais.
Essa teoria decorre da interpretação da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional (CTN) – este último, a princípio,
estabelecia apenas os impostos, taxas e contribuições de melhoria como espécies tributárias. Como a Constituição albergou
as demais espécies, o STF sedimentou a referida classificação.
Competência tributária
A competência tributária é a titularidade indelegável que o ente possui para a matéria tributária (para a instituição e
majoração de tributos). Cada ente possui a sua própria esfera de competências. Não pode, por exemplo, o estado instituir ou
disciplinar um tributo que seja da competência do município.
Não se pode confundir a competência tributária para a instituição e majoração de tributos com a chamada capacidade
tributária ativa, que se refere meramente à fiscalização e à arrecadação.
União
Impostos de: importação (II), exportação (IE), sobre a renda (IRPF e IRPJ), sobre produtos industrializados (IPI), sobre
operações financeiras (IOF), territorial rural (ITR), sobre grandes fortunas (IGF), residuais e extraordinário de guerra.
Taxas.
Empréstimo compulsório.
Contribuição de melhoria.
Contribuições especiais.
Estados e Distrito Federal
Para finalizar esta webaula, entendermos o princípio da capacidade contributiva é de fundamental importância no
campo do direito tributário, pois é a partir dele que se podem estabelecer critérios objetivos para a proporcionalidade
da incidência tributária nos fatos da vida.
Consulte o artigo de Rodrigo Fonseca Alves de Andrade, intitulado O princípio base da capacidade contributiva e a sua
aplicação diante de uma pluralidade de tributos, disponível na Biblioteca Virtual, na plataforma da Revista dos Tribunais.
ANDRADE, R. F. A. O princípio base da capacidade contributiva e a sua aplicação diante de uma pluralidade de tributos.
Revista Tributária e de Finanças Públicas, v. 36, p. 163-183, 2001.