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27/10/2022 12:11 Legislação Aplicada a Logística

LEGISLAÇÃO APLICADA A
LOGÍSTICA
CAPÍTULO 2 - QUAIS SÃO AS
PRINCIPAIS IMPLICAÇÕES DAS
OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DE UMA
EMPRESA PARA A SOCIEDADE E PARA
O TRABALHADOR?
Francisco José Mattoso Paiva

INICIAR

Introdução
Você já percebeu que sempre que adquire um produto ou contrata um serviço, há
um imposto embutido no preço que você está pagando? Você sabe como esse
imposto é definido? E qual o objetivo dessa cobrança? Na realidade, são
diferentes tipos de tributos, definidos pela Constituição Federal de 1988 e por um
Código Nacional de Tributos, que incidem sobre todas as operações comerciais
de uma empresa.

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Sobre as operações logísticas, pela diversidade de suas modalidades, incidem


vários desses tributos. Por essa razão, as empresas devem buscar selecionar um
regime tributário que traga um menor impacto sobre seus custos e,
consequentemente, seus resultados. Decisões como localização de instalações
podem ser tomadas a partir do estabelecimento de alguns benefícios fiscais por
estados e municípios.
Um outro assunto de grande importância para as operações logísticas é a
segurança do trabalho nas operações. Por isso, os riscos associados às operações
devem ser analisados de forma que a segurança e a saúde dos trabalhadores
sejam asseguradas. Mas como normalizar essas questões referentes à segurança
do trabalhador? O Ministério do Trabalho estabeleceu um conjunto de normas
regulamentadoras, chamadas de NRs, voltadas para a definição dos requisitos
necessários para diferentes situações.
Neste capítulo, você irá estudar os conceitos relacionados ao Direito Tributário e
de que forma os regimes tributários previstos no Brasil impactam as operações e
os resultados das empresas. Além disso, você vai também conhecer as normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho, seus principais requisitos e áreas de
aplicação. Bons estudos!

2.1 Introdução ao direito tributário


Quando você adquire um produto ou contrata um serviço, no valor que você irá
pagar pelo bem ou serviço em questão, também estará incluído um valor
referente a tributos pela operação comercial que está sendo realizada.
A competência tributária responsável pela aplicação e administração desse
tributo é dada pela Constituição Federal de 1988 e pelo Código Nacional de
Tributo, que estabelece a responsabilidade entre União, estados, Distrito Federal
e municípios.
O valor pago como tributo tem a finalidade de ser revertido ao contribuinte sob a
forma de prestação de serviço público e apesar de sua instituição ser bem antiga,
sempre houve na história momentos de questionamento dos contribuintes em
relação a esses valores cobrados e sua aplicação.

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Dada a importância desse assunto para a área, neste tópico serão apresentados
os conceitos básicos sobre o direito tributário, os principais tributos e suas
aplicações nas operações comerciais.

2.1.1 Conceitos de direito tributário


O Direito Tributário é o ramo mais desenvolvido do Direito Financeiro, estando
presente em vários países. Segundo Torres (1998, p. 13 apud MELLO, 2008, p. 82),
o Direito Tributário “é o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade
financeira relacionada com a instituição e cobrança de tributos: impostos, taxas,
contribuições e empréstimos compulsórios”.
Mas por que o contribuinte precisa pagar impostos? Glasenapp (2014, p. 113)
explica que “a arrecadação de tributos tem como finalidade a geração de receitas
públicas para o custeio dos serviços públicos prestados ao contribuinte ou postos
à sua disposição e, também, para o atendimento das necessidades de
investimento do setor público”. 

VOCÊ SABIA?
A carga tributária brasileira tem um impacto significativo na vida de cada contribuinte. Em
alguns casos, os impostos podem representar até mais de 80% do preço de um determinado
produto. De forma a alertar para essa situação, a Associação Comercial de São Paulo criou um
impostômetro, acompanhando o valor arrecadado em tempo real. O site do impostômetro está
disponível em: <https://impostometro.com.br/ (https://impostometro.com.br/)>.

Glasenapp (2014) apresenta o conceito de obrigação tributária como resultante


de uma relação jurídica formada por 3 elementos. Clique nos cards e confira
quais são eles.

Credor

O credor é o poder público que tem o direito de cobrar os tributos.

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Devedor

O devedor é o contribuinte que tem a obrigação de pagar o tributo.

Prestação

A prestação se resume no direito do poder público em cobrar o tributo e o


dever do contribuinte em pagá-lo.

No Brasil, as fontes do Direito Tributário são as constituições federais e o Código


Tributário Nacional, disposto pela Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966.
Glasenapp (2014) comenta que após a Constituição de 1988, o Código Tributário
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Nacional (1966) passou a ter o status de lei complementar, uma vez que ela
estabeleceu a competência tributária, ou seja, atribuiu à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios a competência para “instituir, arrecadar e
administrar tributos” (GLASENAPP, 2014, p. 116).

Figura 1 - A Constituição Federal é uma das fontes do Direito Tributário. Fonte: Africa Studio,
Shutterstock, 2018.

Ressalta-se que cabe à União a definição de normas gerais e aos estados, Distrito
Federal e municípios a definição de normas específicas, no que se refere à
competência tributária. Enquanto a legislação tributária é definida pelos
deputados, senadores, ministros etc., a arrecadação é feita por meio de órgãos
da administração pública, como é o caso da Receita Federal, responsável pela
arrecadação do Imposto de Renda no país.

2.1.2 Taxas, impostos e contribuições


O artigo 3º da Lei n. 5.172 define tributo como “toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou em cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade

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administrativa plenamente vinculada” (BRASIL, 1966).


Glasenapp (2014, p. 118) simplifica essa definição dizendo que tributo é “o
pagamento obrigatório em dinheiro (moeda corrente), criado por lei, devido
pelo contribuinte às autoridades tributárias”. Observe que o tributo deve ser
criado por lei, e isso é uma exigência da Constituição Federal, quando estabelece
que ninguém é obrigado a fazer algo que não tenha sido definido por uma lei.
Normalmente se utiliza o termo imposto quando se referem a algum tributo, mas
de fato o imposto é uma das espécies tributárias, junto com as taxas e as
contribuições de melhorias. Glasenapp (2014) apresenta as diferenças entre
essas três espécies, confira, clicando nas abas abaixo.

Imposto

Tributo não vinculado por não haver situação relacionada com alguma
atividade do Estado em relação ao contribuinte (ex.: Imposto de Renda,
IPVA, IPTU).

Taxa

Tributo vinculado diretamente, pois sua incidência se dá em função da


prestação de um serviço público específico ao contribuinte (ex.:
fornecimento de energia, segurança pública).

Contribuição por melhoria

Tributo vinculado indiretamente, pois sua aplicação está relacionada à


realização de obras públicas em benefício dos contribuintes em geral, e
não a um contribuinte específico (ex.: uma obra que beneficia uma

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determinada comunidade e cujo valor é cobrado proporcionalmente


aos membros da comunidade).

A Constituição Federal de 1988 instituiu mais duas espécies tributárias: os


empréstimos compulsórios, para atender a necessidades extraordinárias
decorrentes de situações emergenciais ou de calamidade pública, e as
contribuições sociais, econômicas e/ou especiais, que podem ser instituídas
pela União ou pelos estados, Distrito Federal e municípios para custear sistemas
de assistência social, por exemplo (GLASENAPP, 2014).

Figura 2 - O Imposto de Renda incide anualmente sobre pessoas físicas e jurídicas no Brasil. Fonte: Paul
Maguire, Shutterstock, 2018.

Pelo exposto, podemos observar que o Código Tributário Nacional (1966)


apresenta uma série de contribuições distintas, além de algumas outras, como
contribuições sindicais, para órgãos representativos de categorias profissionais,
programas sociais como PIS e PASEP, entre outros.

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2.1.3 Tributos aplicados às operações comerciais


As operações comerciais das empresas consistem na compra e venda de
mercadorias, sobre as quais incidem tributos calculados sobre os valores
resultantes de tais operações, a depender do ramo de atuação da empresa, que
incidem tanto sobre operações com pessoas físicas quanto com pessoas
jurídicas.
Os tributos aplicáveis sobre as operações comerciais das empresas estão
descritos na sequência. Clique nos itens para vê-los.

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)


Incide sobre a entrega de produtos ou prestação de serviços
interestadual e intermunicipal de transportes e de comunicação
(GLASENAPP, 2014).

Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)


Incide sobre serviços de qualquer natureza prestados por
empresas ou profissionais autônomos, variando conforme o valor
do serviço. Algumas instituições (templos, partidos políticos,
instituições sem fins lucrativos) e categorias (jornaleiro, feirante,
entre outros) são isentos do pagamento deste tributo
(GLASENAPP, 2014).

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)


Incide sobre o desembaraço aduaneiro de produtos na
importação ou na expedição de produtos industrializados pelas
fábricas.

Programa de Integração Social (PIS)


Incide sobre a receita bruta na venda de mercadorias ou na
prestação de serviços.

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social


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(COFINS)
Incide sobre o faturamento mensal das empresas. Tem como
objetivo financiar áreas como Previdência Social, Saúde Pública e
Assistência Social.

A aplicação desses tributos, conforme apresentado, varia em função do tipo de


operação, havendo isenção para alguns tipos de operação ou negócios.

Figura 3 - Sobre as compras realizadas incidem tributos que podem ser de diferentes tipos. Fonte:
Pavel L Photo and Video, Shutterstock, 2018.

Além disso, alguns procedimentos específicos podem ser aplicados em alguns


desses tributos. É o caso, por exemplo, do princípio da seletividade, que é
aplicável ao ICMS e ao IPI. Por esse princípio, um produto essencial tem uma
alíquota de imposto menor do que um produto considerado supérfluo.

VOCÊ QUER LER?

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Um dos produtos que tem um grande impacto sobre os preços no Brasil é o óleo diesel. Isso porque o
produto é utilizado em grande escala para transporte da produção industrial no país. De forma a
evitar o aumento do preço dos produtos, o governo subsidia o preço do óleo diesel. Confira a matéria
de Laís Lis sobre essa questão: <https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/10/05/governo-
publica-lei-que-garante-subsidio-ao-diesel.ghtml
(https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/10/05/governo-publica-lei-que-garante-subsidio-ao-
diesel.ghtml)>.

Outro princípio aplicado é o da não-cumulatividade. Neste caso, no valor devido


em uma dada operação é deduzido o valor do imposto pago na operação
anterior, em uma espécie de crédito ao contribuinte. Esse princípio também é
aplicável ao IPI e ao ICMS.
Importante também salientar que o pagamento do valor dos tributos nas
operações comerciais está embutido no valor pago ao se adquirir o produto ou o
serviço, ou seja, eles representam um custo a mais pago pelo consumidor.

2.2 Tributação aplicada à logística


Sobre todas as operações comerciais de uma empresa incidem tributos. Estes
são aplicados em função de uma série de critérios, entre eles a complexidade da
empresa e o tipo de negócio, sendo definidos a partir de diferentes regimes
tributários.
Dados os vários tipos de operações envolvidas na logística de uma empresa, esta
deve dar especial atenção aos tipos de regime tributário, podendo beneficiar-se
de alguns estímulos e incentivos fiscais de estados e municípios para definir seu
local de instalação e, em alguns casos, até mesmo a forma de operar.
Por fim, a empresa deve manter registro de todas as suas movimentações,
dispondo de documentos fiscais específicos para esse fim, dos quais a nota fiscal
é o documento mais conhecido.
A fim de aprofundar seus conhecimentos sobre essas questões, neste tópico você
irá estudar os diferentes regimes tributários existentes no Brasil e como podem
ser aplicados às operações logísticas. Irá também conhecer quais são os
principais documentos fiscais e suas aplicações.
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2.2.1 Regime tributário brasileiro


Considerando a diversidade dos negócios e a complexidade das empresas, será
que todas as empresas são tributadas da mesma forma? É de se esperar que a
resposta seja negativa, pois em nossa economia existem desde grandes
complexos empresariais até microempresários, cujas empresas são
completamente diferentes em tamanho e receita.
Por isso é que se estabelecem os regimes tributários como forma de organizar a
tributação nas empresas, considerando o volume arrecadado para que possa ser
definida de que forma a tributação será aplicada.
Carota (2016) comenta os regimes tributários previstos na legislação tributária
brasileira. Clique nas abas para conferir.

Simples Nacional Clique nas abas

Este regime foi criado com o objetivo de simplificar a burocracia para as


empresas. Todos os impostos, sejam federais, estaduais ou municipais, são
reunidos em uma única guia de pagamento. É o regime adotado por micros
e médias empresas. Para poder aderir a esse regime, é necessário cumprir
algumas exigências, como apresentar um faturamento anual de até R$
4.800.000 por ano (em 2018), obedecer aos prazos estabelecidos para
solicitação de adesão, ter atividade dentro daquelas autorizadas para
adesão ao regime, além de uma análise sobre eventuais restrições do
sócio.

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VOCÊ QUER VER?


Todos os regimes tributários têm vantagens e desvantagens, razão pela qual não há uma regra
simples que defina qual é o regime mais adequado para uma determinada empresa. O SEBRAE,
visando auxiliar as empresas nesta decisão, disponibiliza uma ferramenta que permite a simulação
dos valores das alíquotas entre os diferentes regimes. Para conhecer mais detalhes sobre os regimes e
sobre esta ferramenta, veja o vídeo disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=pgjXCIGEBg8
(https://www.youtube.com/watch?v=pgjXCIGEBg8)>. 

Como se pode observar, uma empresa pode optar por um ou outro regime,
considerando sempre as limitações existentes em cada um. A escolha deve ser
feita com critério, pois toda tributação será calculada em função do regime
escolhido. Caso a empresa tenha interesse em mudar o tipo de regime, também
deverá obedecer aos prazos estabelecidos para essa mudança. 

2.2.2 Regimes tributários nas operações logísticas


Assim como em qualquer empresa, na área de logística a seleção pelo regime
tributário tem uma importância muito grande, pois impacta de uma forma geral
os seus resultados financeiros.
Bedani (2015) cita que “os fatores que precisamos analisar, por exemplo, são: a
modalidade logística a ser aplicada, o melhor trajeto, o local de armazenamento,
o fluxo de informações e toda a operacionalização”. Ou seja, toda a cadeia
logística deve ser considerada na escolha do regime tributário mais adequado.
Uma questão apresentada por Bedani (2015) é que, no Brasil, como existem
diferentes alíquotas interestaduais, isso acaba por induzir ao tráfego de produtos
por uma determinada região em detrimento de outra. Essa avaliação, no entanto,
deve ser feita pela empresa para verificar se essas mudanças de fluxos
compensam, por exemplo, custos maiores de transferência do produto. O que se
economiza na tributação pode estar gerando custos de transferência mais
elevados.
Aliado a essa questão, há de se considerar que, por exemplo, na prestação de
serviço de transporte de cargas, pode-se ter a incidência de dois impostos
diferentes: ISS ou ICMS. O primeiro ocorre quando a prestação de serviços se dá
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dentro das fronteiras de um município. Já o segundo incide quando essa


prestação de serviços ocorre de forma intermunicipal ou interestadual.
Moraes (2015) discute os aspectos tributários envolvidos na escolha do local de
instalação de um centro de distribuição. Para o autor, essa escolha é baseada,
entre outras razões, nas oportunidades e riscos que a legislação de um
determinado estado ou município pode oferecer.
Moraes (2015) prossegue comentando que deve ser feita uma análise bem
aprofundada das alternativas fiscais, de forma a minimizar o impacto tributário
para a empresa. O local de instalação de um centro de distribuição pode ser
impactado por fatores como benefícios fiscais, redução de impostos, alíquotas
diferenciadas, entre outros.

Figura 4 - A empresa deve fazer uma análise de todos os benefícios fiscais antes de decidir sobre onde
instalar uma nova fábrica. Fonte: wrangler, Shutterstock, 2018.

Um caso particular no Brasil é o da Zona Franca de Manaus. Segundo


informações da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), “a
política tributária vigente na Zona Franca de Manaus é diferenciada do restante

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do país, oferecendo benefícios locacionais, objetivando minimizar os custos


amazônicos” (SUFRAMA, 2018). 

2.2.3 Documentos fiscais


Os empresários em geral, além de toda preocupação com o regime tributário e
seus respectivos impostos, devem também estar atentos a um outro tema de
grande importância, que está relacionado à documentação fiscal que deve ser
emitida e arquivada.
O principal objetivo dos documentos fiscais é ter registrada todas as operações e
os respectivos impostos associados a ela, de forma a manter uma rastreabilidade
desses valores recolhidos, permitindo que sejam aplicados em prol dos
contribuintes.
Sem dúvida alguma, o documento fiscal mais conhecido é a nota fiscal. No
entanto, há de se considerar que além de haver diferentes tipos de notas fiscais,
ela não é o único documento fiscal existente. Por exemplo, quando você faz uma
compra em um supermercado, o cupom fiscal que o operador de caixa emite
após sua compra é um comprovante que registra os valores e os tributos
associados àquela negociação comercial que está sendo realizada.

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Figura 5 - As operações comerciais e seus respectivos tributos ficam registrados nos documentos
fiscais. Fonte: Modella, Shutterstock, 2018.

A adequada organização da documentação fiscal de uma empresa é um


procedimento importante para garantir a segurança da informação sobre suas
operações.

2.3 Segurança do trabalho nas


operações logísticas

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A segurança do trabalho é um item de fundamental importância, pois trata da


saúde e vida do trabalhador, de forma a permitir que ele desempenhe
adequadamente as suas funções e, desse modo, contribua para o atingimento
dos resultados das empresas.
As operações logísticas apresentam, pela sua diversidade, uma série de riscos a
elas associados, de diferentes naturezas, impactando as atividades dos
trabalhadores dessas áreas.
Desse modo, preocupado em garantir a saúde e a segurança do trabalhador, o
Ministério do Trabalho criou as Normas Regulamentadoras (BRASIL, 2015), por
meio das quais são apresentados os requisitos de segurança em diferentes
atividades e áreas de atuação.
O cumprimento dessas normas é regido, entre outros documentos, por uma
Norma Regulamentadora, estabelecendo as consequências para as empresas do
descumprimento de alguma dessas normas em suas operações.
Dada a importância dessas questões para empregados e empregadores, neste
tópico você irá estudar os conceitos relacionados à segurança do trabalho, os
riscos associados às operações logísticas e as normas regulamentadoras do
Ministério do Trabalho.

2.3.1 Noções sobre segurança do trabalho


A Segurança do Trabalho tem por objetivo preservar a saúde e a vida do
trabalhador, por meio de políticas e ações de fiscalização. O Departamento de
Segurança e Saúde do Trabalho (DSST), órgão do Ministério do Trabalho, tem
como função “planejar e coordenar ações de fiscalização dos ambientes e
condições de trabalho, prevenindo acidentes e doenças do trabalho, protegendo
a vida e a saúde dos trabalhadores” (BRASIL, 2015).
Fernandes (2014) define acidente de trabalho como aquele decorrente de
prestação de serviço ao empregador “que venha a provocar lesão corporal ou
perturbação funcional no obreiro, causando-lhe a morte ou perda/redução,
temporária ou permanente, de sua capacidade para o trabalho”.
A mesma autora distingue doença profissional de doença do trabalho, por
considerar que a primeira se desenvolve a partir do exercício de determinada
atividade, sendo uma consequência natural dessa ocupação. Já a doença do
trabalho é considerada aquela desenvolvida a partir de determinadas condições
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nas quais um trabalho é realizado, não sendo particular a nenhuma ocupação em


especial. Ressalta-se que independentemente do tipo, ambas as formas são
protegidas pelas normas vigentes.
Os acidentes e as doenças do trabalho geram custos para as empresas e, algumas
vezes, também para o Estado. No primeiro caso, geram custos porque elas
deixam de contar com o colaborador por um determinado período e essa
ausência acaba por reduzir a produtividade da empresa, e no segundo caso,
porque em algumas situações o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) paga
ao acidentado alguns benefícios que podem ser temporários (auxílio-doença) ou
permanente (aposentadoria por invalidez ou pensão por morte).

VOCÊ QUER VER?


A segurança no trabalho é uma preocupação constante dos empregadores em qualquer indústria.
Protegendo a saúde de seus trabalhadores, os empregadores garantem uma maior produtividade e
resultado. Por outro lado, os empregados devem também estar comprometidos com o assunto.
Assista à matéria da TV CREA de como empregadores e empregados podem contribuir para um
ambiente mais seguro: <https://www.youtube.com/watch?v=rqbdUlQ0stQ
(https://www.youtube.com/watch?v=rqbdUlQ0stQ)>.

As empresas estabelecem políticas de treinamento em segurança do trabalho,


com o objetivo de conscientizar seus trabalhadores para os riscos inerentes às
suas atividades, além de dispor de recursos, regulamentados pelo Ministério do
Trabalho, para protegê-los.

2.3.2 Riscos inerentes às operações logísticas


Os riscos existem em qualquer atividade desenvolvida pelo trabalhador. Algumas
vezes pensamos que são restritos às unidades industriais, mas este é um conceito
errado. Em um escritório administrativo, por exemplo, há vários riscos, como
queda de objetos, cortes de várias naturezas e até mesmo queimaduras.
Portanto, o trabalhador deve estar atento às suas condições de trabalho,
qualquer que ela seja.

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Figura 6 - Riscos de diferentes intensidades e tipos estão associados às operações de uma empresa.
Fonte: Yabresse, Shutterstock, 2018.

Ao discutir os riscos associados ao local de trabalho, Porto (2000) apresenta os


principais tipos existentes. Clique nas abas para conferi-los.

Associados a temperaturas, ruído, iluminação, vibrações,


radiações etc. Os efeitos para a saúde do trabalhador podem
Físicos
ser diversos, desde gripes causadas por trabalho em frio
intenso até doenças mais graves causadas por radiações.

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Aqui estão incluídas todas as substâncias que possam penetrar


no organismo por intermédio de diversos meios (inalação,
Químico

absorção pela pele, ingestão etc.). Também estão incluídas


substâncias desencadeadoras de incêndios ou explosões.

Inclui acidentes por quedas, com veículos ou máquinas, que


Mecânic
podem provocar traumatismos de diferentes intensidades e
os

morte.

Associados a microrganismos (bactérias, fungos, vírus etc.) ou a


Biológic animais peçonhentos ou mordidas de outros animais (insetos e
os
ratos, por exemplo). Podem causar diferentes tipos de doenças
contagiosas ou envenenamento.

Ergonô Riscos por esforços, posturas ou movimentos, causando dores


micos
ou problemas de coluna.

Organiz São riscos associados às condições de trabalho (lesões por


ação do repetição, trabalho noturno, sob pressão etc.). As
trabalh consequências podem ser lesões físicas ou mentais,
o
principalmente associadas ao estresse.

Perceba que a lista de riscos é bastante intensa. Se considerarmos a diversidade


de atividades envolvendo as operações logísticas de uma empresa, não será
difícil percebermos que há vários desses riscos que podem estar associados a tais
operações. Por isso, a análise de riscos se torna uma avaliação importante de
forma que se possa estabelecer planos para redução da exposição a eles.

2.3.3 Normas regulamentadoras


As normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho foram criadas com o
objetivo de estabelecer procedimentos obrigatórios a serem adotados pelas
empresas, para garantir a saúde e a segurança dos empregados.

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Figura 7 - As normas regulamentadoras são aplicáveis a diferentes tipos de atividades. Fonte: Zerbor,
Shutterstock, 2018.

Segundo a Portaria n. 3214, de 08 de junho de 1978, a NR-1, que trata das


disposições gerais sobre as normas regulamentadoras, estabelece que elas são
“de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes
Legislativos e Judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT”.

VOCÊ O CONHECE?
Getúlio Dornelles Vargas nasceu em São Borja em 1883, tendo sido presidente do Brasil por 19 anos.
Apesar de não ter sido o responsável pelo desenvolvimento das NRs, pode-se dizer que indiretamente
teria sido, pois foi responsável pela criação de diversos direitos trabalhistas, criando uma cultura de
foco no trabalhador, que anos mais tarde veio a se traduzir nas normas de segurança e saúde do
trabalho (ABL, 2016). 

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As normas regulamentadoras, conforme estabelecido pelo Ministério do


Trabalho, são as seguintes:

NR-1 – Disposições Gerais;


NR-2 – Inspeção Prévia;
NR-3 – Embargo ou Interdição;
NR-4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho;
NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
NR-8 – Edificações;
NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais;
NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
NR-13 – Caldeiras, Vaso de Pressão e Tubulação;
NR-14 – Fornos;
NR-15 – Atividades e Operações Insalubres;
NR-16 – Atividades e Operações Perigosas;
NR-17 – Ergonomia;
NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção;
NR-19 – Explosivos;
NR-20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;
NR-21 – Trabalhos a Céu Aberto;
NR-22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;
NR-23 – Proteção contra Incêndios;
NR-24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
NR-25 – Resíduos Industriais;
NR-26 – Sinalização de Segurança;
NR-27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho
(Revogada);
NR-28 – Fiscalização e Penalidades;

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NR-29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho


Portuário;
NR-30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;
NR-31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária,
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura;
NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde;
NR-33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados;
NR-34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção, Reparação e Desmonte Naval;
NR-35 – Trabalho em Altura;
NR-36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e
Processamento de Carnes e Derivados.

Observa-se, pela lista, o grande número de normas regulamentadoras e sua


abrangência, abordando temas genéricos e outros mais específicos de
determinadas atividades como a indústria da construção, a mineração etc.

2.3.4 Gestão e auditoria na aplicação das normas


regulamentadoras
A Portaria n. 3214, de 1978, estabelece que a NR-28 regula todo o processo de
inspeção do atendimento às normas de segurança e saúde do trabalho,
estabelecendo as penalizações a serem aplicadas em cada caso. Segundo essa
norma regulamentadora, o agente de inspeção do trabalho deverá notificar o
empregador acerca das irregularidades observadas, que terá um prazo de 60 dias
para cumprimento dos itens relacionados.
Se durante uma inspeção o agente de inspeção do trabalho observar alguma
situação cuja gravidade venha a colocar em risco a saúde ou integridade física do
trabalhador, poderá ser solicitada a imediata interdição do local de trabalho,
estabelecendo as condições a serem cumpridas para o retorno às operações.

CASO

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Uma das maiores festas de rodeio da América Latina, a Festa do Peão de Barretos, em 2018, teve
o risco de não ser realizada por descumprimento das normas regulamentadoras pela empresa
responsável pela montagem do evento.

Fiscais do Ministério do Trabalho chegaram a interditar a montagem da festa devido a


problemas de segurança e saúde do trabalhador e irregularidade nos registros de trabalho dos
mesmos.

De acordo com notícias divulgadas, a empresa contratada para montar o evento descuidou do
cumprimento de algumas NRs, colocando em risco a sua realização.

O evento só pôde ser realizado porque a empresa tomou medidas imediatas para regularização
da situação. Caso contrário, a montagem seria embargada e a festa não poderia ser realizada
(VENDRAME, 2018).

Além disso, serão aplicadas multas cujo valor depende do tipo de infração e do
número de empregados da empresa.

2.4 Normas regulamentadoras nas


operações logísticas
Diversas normas regulamentadoras são aplicáveis às operações logísticas de uma
empresa. Independente da área a que a norma seja aplicável, seu objetivo é
sempre o de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos nas
operações daquela área.
Algumas NRs têm aplicações mais amplas nas operações, como é o caso da que
trata do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Outras são
específicas para determinadas operações, como a segurança nas movimentações
de material, na operação de máquinas e equipamentos, no trabalho portuário e
aquaviário etc.
Cabe aos empregadores oferecerem aos empregados as condições necessárias e
o treinamento para o atendimento das normas. Por outro lado, cabe aos
empregados o atendimento dos requisitos nas operações e as informações sobre
qualquer anormalidade que possa comprometer esse atendimento.

2.4.1 Equipamentos de proteção individual (NR-6)


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Segundo a Portaria n. 3214, de 1978, a NR-6 define EPI como “todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. São exemplos
de EPI: capacete, protetor auricular, luvas, óculos de proteção, máscara de solda
etc.

Figura 8 - O uso de EPIs protege a saúde e a integridade dos trabalhadores em suas atividades. Fonte:
Zdorov Kirill Vladimirovich, Shutterstock, 2018.

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Toda empresa, quando necessário, em função das atividades de seus


trabalhadores, deve oferecer o EPI gratuitamente ao empregado, em perfeito
estado de conservação. Todo EPI deve dispor de um Certificado de Aprovação
(CA) que ateste sua adequação ao uso.
Além de oferecer o EPI ao empregado, a empresa deve capacitá-lo no seu uso,
por meio de treinamento específico, além de indicar, nas suas instalações, quais
EPIs devem ser utilizados para uma determinada operação.
Assista ao vídeo abaixo e aprenda mais sobre o assunto.

O trabalhador, por sua vez, deve utilizar o EPI oferecido pela empresa, sendo
responsável por sua guarda e uso conforme informado pela empresa. Qualquer
anormalidade observada no EPI deve ser informada à empresa, que será
responsável por sua substituição, se necessário.
O fabricante do EPI deve ser cadastrado junto ao órgão competente do Ministério
do Trabalho, de modo que seja possível solicitar o certificado de aprovação do
EPI por ele fabricado. O EPI só pode ser comercializado após a emissão do
respectivo certificado.

VOCÊ SABIA?
Publicada no Diário Oficial da União no dia 25 de outubro de 2018, uma alteração na NR-6 passou
a exigir dos fabricantes a produção de EPIs adaptados para pessoas com deficiência. Apesar de
antiga, a NR-6 não previa a adequação dos EPIs para trabalhadores com deficiência até essa data
(BRASIL, 2018).  

As empresas de logística devem atender aos requisitos estabelecidos pela NR-6


em suas operações. No caso de contratação de terceiros, cabe à empresa a
cobrança de que também a empresa contratada forneça a seus empregados os
EPIs adequados às operações alvo do contrato.

2.4.2 Segurança no transporte, movimentação, armazenagem e


manuseio de materiais (NR-11)

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A Portaria n. 3214/78 estabeleceu a NR-11 para tratar da segurança na operação


de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas
transportadoras. Esses equipamentos, segundo a norma, devem ser construídos
de modo que “ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e
conservados em perfeitas condições de trabalho”.

Figura 9 - A movimentação de cargas é uma das atividades impactadas pela NR-11. Fonte: Steve
Design, Shutterstock, 2018.

Alguns cuidados são importantes para os equipamentos de movimentação de


materiais. Para conhecê-los, clique nos itens abaixo.

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Os cabos de aço, as correntes e as roldanas devem ser inspecionados


regularmente, substituindo-se as partes defeituosas, sempre que
necessário.

Para os equipamentos de transporte motorizados, também são estabelecidos


alguns requisitos especiais. Clique nos itens e veja alguns deles.

Os operadores devem ser treinados para uso e só poderão guiar


tais equipamentos durante a operação e portando um cartão de
identificação.

Os equipamentos devem dispor de um alarme sonoro (buzina).

A NR-11 estabelece, ainda, requisitos de segurança em outras operações, como


transporte de sacas, movimentação de chapas, mármores, granitos e outras
rochas e armazenamento de materiais, que são, em sua maioria, operações
intrínsecas às empresas de logística (BRASIL, 1978).

2.4.3 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos (NR-


12)
Segundo a Portaria n. 3214/78, a NR-12 define os princípios de garantia de
segurança e saúde do trabalhador no projeto e na utilização de diversas
máquinas e equipamentos. No contexto da norma, entende-se por “utilização o
transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção,
inspeção, desativação e desmonte da máquina ou equipamento”. Ou seja, não se
refere apenas à sua operação, mas a todos os procedimentos relacionados ao
equipamento.
Importante ressaltar que essa norma se aplica aos equipamentos a serem
utilizados no território nacional. Aqueles produzidos para exportação estão
isentos do cumprimento dessa norma. Essa norma também não se aplica a
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equipamentos expostos em museus e àqueles vendidos como eletrodomésticos.


Ao empregador cabe garantir a adequação aos requisitos das normas para todas
as máquinas e equipamentos utilizados pelos seus empregados, mas estes
também têm um papel muito importante, pois além de cumprirem os requisitos,
devem manter os empregadores informados de qualquer anormalidade, pois, no
fim das contas, são os empregados que estão diariamente em contato com esses
equipamentos, e sabem quais são os eventuais problemas que eles vêm
apresentando (BRASIL, 1978).
A NR-12 não é restrita exclusivamente ao equipamento. Ela também estabelece
requisitos para o entorno, tais como: definição de piso adequado, espaço
necessário para circulação, distanciamento mínimo entre os equipamentos,
armazenamento de sobressalentes, entre outros.

2.4.4 Segurança no trabalho com inflamáveis e combustíveis (NR-


20)
A NR-20 dispõe sobre a gestão de saúde e segurança do trabalho envolvendo as
atividades de “extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e
manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis” (BRASIL, 1978).
Para efeito dessa norma, são considerados líquidos inflamáveis aqueles que
apresentam ponto de fulgor inferior a 60ºC e combustíveis aqueles com ponto de
fulgor entre 60ºC e 93ºC. O ponto de fulgor de um produto é a menor temperatura
na qual os vapores do produto produzem um flash quando submetidos a uma
chama. No caso dos gases, são considerados inflamáveis aqueles que inflamam a
20ºC e uma atmosfera.

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Figura 10 - O armazenamento de GLP, ou gás de cozinha, deve atender à NR-20. Fonte: aquariagirl1970,
Shutterstock, 2018.

É dada uma especial atenção no que se refere às atividades de inspeção e


manutenção de instalações que operam com produtos inflamáveis ou
combustíveis. Desse modo, é definida uma série de atividades prévias à inspeção
e manutenção, pois há diversos riscos associados, como a existência de gases
que podem inflamar na presença de chamas e atmosferas confinadas com
presença de gases. Assim, para todos esses serviços é necessária a emissão de
permissão de trabalho, aprovada pelo supervisor, garantindo que todos os testes
foram realizados para liberação do local de trabalho.

VOCÊ QUER LER?


Além dos riscos associados a explosões ou vazamentos de produtos inflamáveis, há também o risco
de exposição a vapores, como é o caso do benzeno, substância presente na gasolina. O Ministério do
Trabalho (BRASIL, 2018) alerta a esse respeito no artigo disponível em:

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<http://trabalho.gov.br/component/content/article?id=5463
(http://trabalho.gov.br/component/content/article?id=5463)>.

Cumpre lembrar, ainda, que é importante ser garantida a adequada capacitação


do empregado, a cargo do empregador, que deve oferecer o treinamento durante
o horário normal de trabalho.

2.4.5 Segurança nas operações aquaviárias (NRs 29 e 30)


A Portaria n. 53, de 17 de dezembro de 1997, e a Portaria n. 34, de 04 de dezembro
de 2002, definiram, respectivamente, as NR-29 e NR-30, relacionadas à segurança
e saúde nas operações aquaviárias; a NR-29 com foco nas operações portuárias e
a NR-30 voltada às operações aquaviárias, ou seja, aquelas que ocorrem em
embarcações. Cabe ressaltar que a NR-29 também se aplica aos operadores
portuários mesmo que eventualmente estejam a bordo de embarcações (BRASIL,
1997).
Segundo a NR-29, compete ao operador portuário “cumprir e fazer cumprir esta
NR no que tange à prevenção de riscos de acidentes de trabalho e doenças
profissionais nos serviços portuários” (BRASIL, 1997). Para tal, todo maquinário,
equipamentos e acessórios devem ser fornecidos em bom estado e condições de
segurança. 
A administração do porto tem por responsabilidade a elaboração, junto aos
empregadores, de um Plano de Controle de Emergência (PCE) e Plano de Ajuda
Mútua (PAM) para situações como incêndio ou explosão, vazamento de produtos,
poluição ambiental, socorro a acidentes, entre outros (BRASIL, 1997).
Já a NR-30 aplica-se aos trabalhadores “das embarcações artesanais, comerciais
e industriais de pesca, das embarcações e plataformas destinadas à exploração e
produção de petróleo, das embarcações específicas para a realização do trabalho
submerso” (BRASIL, 2002), entre outras.
Tanto o armador do navio como o comandante exercem um papel de grande
importância no cumprimento dessa norma regulamentadora. O primeiro
promove os meios necessários para o atendimento aos requisitos estabelecidos,
e o segundo dá ciência à tripulação do que deve ser cumprido e das sanções
legais advindas do não cumprimento (BRASIL, 2002).

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Síntese
As operações logísticas das empresas são impactadas, entre outros aspectos,
pela legislação tributária e de segurança do trabalho. Quanto à legislação
tributária, é importante que o planejamento tributário considere as formas como
os impostos incidem sobre as operações. Em relação à segurança do trabalho, as
Normas Regulamentadoras estabelecem requisitos que devem ser cumpridos em
todas as operações.

Neste capítulo, você teve a oportunidade de:


aprender que todas as operações comerciais das empresas são tributadas,
podendo ser aplicados diferentes tributos em função da natureza dessas
operações;
compreender que muitas decisões logísticas podem ser tomadas levando
em consideração o tipo de regime tributário a ser aplicado, de forma a
reduzir os impactos dos impostos sobre os resultados das empresas;
entender que a segurança e a saúde do trabalhador são itens fundamentais
para o bom desempenho das operações de uma empresa e por isso são
alvo de normas regulamentadoras definidas pelo Ministério do Trabalho;
conhecer as normas regulamentadoras que estabelecem uma série de
requisitos para diferentes operações e são de cumprimento obrigatório por
empregadores e empregados.

Bibliografia
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (ABL). Biografia: Getúlio Vargas. Disponível
em: <http://www.academia.org.br/academicos/getulio-vargas/biografia
(http://<http://www.academia.org.br/academicos/getulio-vargas/biografia)>.
Acesso em 30/11/2018.
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=qK%2f1mzGN0ER3ePSc6VjaXg%3d%3d&l=sR0dCemDkVwmDWIt69U35g%3d%3d&cd=… 31/34
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do peão de Barretos. Migalhas, Ribeirão Preto, 2018. Disponível em:
<https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI286633,91041-
Descumprimento+das+normas+regulamentadoras+ameacou+festa+do+peao+de
(https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI286633,91041-
Descumprimento+das+normas+regulamentadoras+ameacou+festa+do+peao+de
)>. Acesso em: 22/11/2018.

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