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Introdução
Em qualquer canto do mundo, os Estados necessitam de recursos para
garantirem a satisfação das necessidades coletivas. São varias as fontes de
recursos que os Estados dispõem quer seja nos países Desenvolvidos ou nos
países em vias de desenvolvimento, no entanto o tributo é a fonte de recurso
mais importante.
A ciência fiscal tem em vista garantir as normas tributarias de coleta de
imposto com vista a promover a justiça social e proteger os direitos básicos
dos cidadãos.
Nesta unidade abordar-se as os aspetos relativos ao direito fiscal e aos
fundamentos do imposto com vista a dar a conhecer aos discentes as bases que
formam o nosso sistema tributário
Objectivos da unidade
.
Definir a fiscalidade
Enquadrar a fiscalidade nos 2 ramos de direito
Identificar os princípios constitucionais que regem a fiscalidade
Identificar os intervenientes a relação jurídico fiscal
Descrever o papel de cada interveniente da relação jurídico fiscal
Relacionar o imposto e a actividade financeira do estado
Definir impostos e taxas
Diferenciar os impostos das taxas
Identificar os objetivos dos impostos
Caracterizar os impostos
Descrever as fases ou momentos dos impostos
Descrever o sistema fiscal moçambicano
Recurso de aprendizagem
Enquadramento da FISCALIDAE
Definição
Fiscalidade é:
Natureza
A fiscalidade se enquadra no direito público pelas seguintes características:
Princípios Gerais
Actos ilícitos
Benefícios Fiscais
Esta doutrina defendia que na dúvida devia-se decidir a favor do fisco porque
assentava no princípio de interesses coletivos de obtenção de receitas para a
satisfação das necessidades públicas que deviam sobrepor aos interesses
individuais. Posição crítica: esta doutrina não encontra consenso porque se
entende que ao interpretar deve interessar apenas a determinação do exacto
sentido da lei.
Interpretação Literal
Interpretação Funcional
Nuno Sá Gomes citador por Ibrahimo ibrahimo Pag. 23 Defende que enquanto
disciplina jurídica o Direito Fiscal é uma ciência de normatividade, pois, o seu
objecto está nas normas Jurídico-fiscais, pelo que encara o fenómeno fiscal não
como uma realidade social deontológica, mas sim como dever abstrato que tem
um sentido de um dever efetivo.
Trata-se, portanto, de um ramo de direito que integra regras que assumem todas
as características das normas jurídicas em geral, isto é, generalidade, abstração.
Por sua vez a ciência Fiscal é um aspeto da Ciência das finanças, que encara,
portanto, o fenómeno fiscal, o imposto na ótica económica. A ciência técnica
fiscal é dada como nova estruturação do saber teórico da fiscalidade.
A Lei
A lei designa toda e qualquer norma jurídica criada por decisão e imposição de
uma autoridade competente para tal; A Lei Constitucional: é na lei
constitucional que encontramos os princípios fundamentais, porque deve reger-
se o direito fiscal, tais princípios fundamentais são entre outros, princípios da
legalidade e da autorização anual de cobrança, portanto, a lei é considerada
como sendo fonte do direito fiscal;
Aplicação no Tempo
Início da Vigência
Término da Vigência
Aplicação no Espaço
O principio da territoriedade
Excepções ao Princípio
Leituras Obrigatórias
O Direito e a Fiscalidade: um contributo para o Direito Fiscal
Moçambicano, de Ibraimo Ibraimo;
Waty, Teodoro Andrade, Introdução ao Direito Fiscal, W & W Editora,
Maputo, 2004
Resumo da Unidade
A Fiscalidade é o ramo de direito que estuda a relação entre o Estado e as
pessoas por via do Impostos
Na relação Jurídico Fiscal, o Estado é denominado Sujeito activo, enquanto que
as pessoas são denominadas sujeitos passivos.
Os princípios constitucionais que regem a fiscalidade são: o da igualdade,
legalidade e autorização anual
A fiscalidade enquadra-se nos ramos de direito, pois um dos intervenientes é o
Estado que age em posição suprema.
As fontes fiscais de captação de recursos financeiros pelo Estado são o imposto
e a taxa. A diferença entre o imposto e a taxa é a contraprestação
individualizada que é característico da taxa e não do imposto, isto é, quando
pagamentos os impostos, não esperamos nada em troca diretamente para o
sujeito passivo do imposto, enquanto que quando se paga uma taxa, em troca o
Estado presta um serviço ao sujeito passivo.
O principal objetivo do imposto é a satisfação das necessidades coletivas, no
entanto, com o mesmo imposto podem ser perseguidos outros objetivos
extrafiscais.
Os impostos podem ser classificados quanto a taxa (proporcionais,
progressivos, regressivos e degressivos) e quanto a forma de incidência
(directos e indiretos)
As fases ou momentos do imposto são: incidência lançamento liquidação e
pagamento ou cobrança.
O imposto
(Ex: IRPS, IRPC e IVA) define-se como uma prestação pecuniária
compulsiva de carácter unilateral, cujo objetivo é gerar recursos
orientados prioritariamente para o financiamento da prestação de
serviços que visem a satisfação de necessidades públicas;
As taxas
por sua vez, definem-se como prestações pecuniárias compulsivas que:
Por outro lado, sublinha-se a maior eficácia de formas de tributação tipo IVA,
bem como as virtualidades da tributação selectiva de certo tipo de consumos,
indiciadores de determinadas formas de riqueza.
Objectivos do Imposto
De referir ainda que, embora a obtenção de recursos financeiros pelo Estado
seja a razão de ser do imposto, através do mesmo podem ser prosseguidos
importantes objetivos extrafiscais, como por exemplo:
Objetivos de redistribuição do rendimento e da riqueza nacional,
através do imposto progressivo (apesar dos fatores negativos que
acima apontados);
- A incidência:
Define os pressupostos tributários que fazem nascer a obrigação de imposto,
em que se define a matéria coletável do imposto e identificam os sujeitos
passivos da relação jurídica fiscal a que o mesmo dará lugar
Em abstrato, se definem os pressupostos tributários que fazem nascer a
obrigação de imposto, em que se define a matéria coletável do imposto e
identificam os sujeitos passivos da relação jurídica fiscal a que o mesmo dará
lugar. É a fase em que a lei determina o que vai estar sujeito a
imposto (incidência real) e quem vai estar sujeito a imposto (incidência
pessoal).
Como elemento essencial do imposto que é a incidência está sujeita ao
princípio da legalidade fiscal.
A par da incidência positiva (definida pelas chamadas normas de incidência,
reais e pessoais), temos que considerar uma incidência negativa, integrada
pelas normas que estabelecem isenções de imposto, quer excluindo da
tributação situações que, a não ser a norma de isenção, caberiam no âmbito de
previsão da norma real impositiva (incidência real negativa), quer excluindo
do universo dos contribuintes, sujeitos que, sem a norma de isenção, se
constituiriam normalmente como devedores do imposto (incidência pessoal
negativa).