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Introdução;
Conceito de Finanças;
Principais Providências que as Empresas Devem Tomar em Relação às Finanças;
Relevância da Área de Finanças;
Componentes do Ambiente Financeiro: Gerentes Financeiros, Mercados Financeiros e
Investidores;
Conceito de Gestão Financeira;
A Importância da Gestão Financeira na Empresa;
O Papel do Gestor Financeiro na Organização;
Ferramentas Utilizadas pelo Gestor na Tomada de Decisões;
Decisões da Administração Financeira;
Falhas Mais Comuns na Gestão Financeira.
INTRODUÇÃO
Ao longo dos tempos vem sendo comprovado que a sociedade depende de registos
contábeis e económico-financeiro para obter bons desempenhos, quer no campo governamental,
empresarial ou mesmo familiar. Por isso mesmo, hoje esses conceitos são fortes aliados aos
gestores financeiros, fornecendo aos mesmos relatórios que podem ser analisados e a partir dai
diagnosticar a situação financeira da empresa.
Esta definição de empresa, é uma dentre as mais destacadas. Por isso mesmo, merece
algumas observações, tais como:
Assim, o gestor financeiro tem a responsabilidade de conhecer o mundo das finanças, pois
ele utilizara esses instrumentos para a sua tomada de decisão, bem como a melhor distribuição dos
recursos da empresa.
NOTA:
Alguns dos conceitos em Gestão Financeira mais importantes é o de Cash Flow (Fluxos
de Caixa) e o do Valor Temporal do Dinheiro. Assim, o primeiro trata-se da diferença entre os
recebimentos e os pagamentos durante um certo período de tempo, por exemplo um ano. O
segundo, está intimamente associado às oportunidades de investimento (custo de oportunidade)
que se deparam aos indivíduos, ou seja, quanto é que valerá um valor actual “x” hoje, daqui a
por exemplo um ano.
CONCEITO DE FINANÇAS
A maioria das decisões empresariais são medidas em termos financeiros, por isso mesmo,
todas as áreas da empresa: contabilidade, produção, marketing, recursos humanos, pesquisas e
outras, necessitam interagir com a área de finanças para realizarem seu trabalho.
Entender Finanças não só prepara as pessoas para carreiras, mas também lhes dá condições
para tomarem decisões como investidores. Independentemente de quanto a pessoa tem para
investir, o conhecimento de finanças pode ajudar a decidir em que tipo de investimento financeiro
investir seu dinheiro, quanto deve ser investido e como os recursos investidos devem ser
distribuídos entre diferentes investimentos.
GERENTES FINANCEIROS
Os gerentes financeiros são responsáveis pela decisão de como investir os recursos de uma
empresa para expandir seus negócios e como obter recursos (financiamentos). As acções realizadas
pelos gerentes financeiros, ao tomarem decisões para suas respectivas empresas, são conhecidas
como administração financeira ou gerenciamento financeiro.
Espera-se que os gerentes financeiros tomem decisões financeiras que maximizem o valor
da empresa e o valor do preço de suas acções. Em geral, eles são remunerados de maneira a se
sentirem incentivados a atingir esse objectivo.
Quando as empresas obtêm recursos, seu financiamento pode ser classificado como
financiamento por dívida ou financiamento por capital próprio. Assim, no financiamento por
dívida, os fundos emprestados são usados para financiar investimentos em projectos. Por
exemplo, as empresas podem obter empréstimos ou emitir títulos de dívida, que são certificados
que representam um crédito fornecido à empresa pelo comprador do título. Por conseguinte, no
financiamento por capital próprio, os fundos são obtidos em troca de participação accionária
na empresa e usados para financiar investimentos em projectos.
Outrossim, as empresas podem obter financiamento de capital próprio retendo parte de seus
lucros ou emitindo títulos patrimoniais (acções), que são certificados que representam o
interesse de propriedade na empresa emitente.
Ele também decide em quais activos imobilizados (como edifícios ou equipamentos) deve
investir e quanto os activos imobilizados existentes precisam ser modificados, substituídos ou
liquidados. Por isso mesmo, essas decisões são importantes, por afectarem o sucesso da empresa
no cumprimento de suas metas.
Os investimentos feitos pela empresa destinam-se a gerar fluxos de caixa (diferença entre
recebimentos e pagamentos), que ofereçam um retorno sobre os investimentos. Assim, a empresa
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Activo Circulante, em contabilidade, é a referência aos bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro em
curto prazo. Outrossim, o activo circulante representa as disponibilidades financeiras (os bens e direitos) que deverão
ser convertidos em dinheiro, vendidos ou consumidos em um determinado ciclo de operações. Por isso mesmo, dentro
do grupo de contas do activo de uma empresa, é aquele que tem maior grau de liquidez, também conhecido por
realizável a curto prazo. Como exemplos temos: caixa da empresa, saldo em bancos, aplicações financeiras, contas a
receber de clientes, mercadorias.
espera receber de volta, por um investimento, uma quantia superior à inicialmente empregada.
Entretanto, esses investimentos estão sujeitos a riscos ou a incertezas sobre o retorno.
INVESTIDORES
MERCADOS FINANCEIROS
Assim sendo, para a oferta de fundos, existem dois principais mercados financeiros a saber:
o mercado monetário e o mercado de capitais. Portanto, as transações em obrigações de curto
prazo, ou títulos negociáveis, ocorrem no mercado monetário. Os títulos de longo prazo (ações
e obrigações), são negociados no mercado de capitais.
2
Colocação privada é a venda de uma emissão de novos títulos, geralmente obrigações ou ações preferenciais, de
forma directa a um investidor ou a um grupo de investidores.
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Oferta pública é a venda não exclusiva de obrigações ou acções ao público em geral.
A maioria das empresas, contudo, levanta fundos por meio da oferta pública de títulos,
que é a venda não exclusiva de obrigações e acções ao público em geral.
Uma vez que os títulos comecem a ser negociados entre poupadores e investidores, tornam
-se parte do mercado secundário7. O mercado primário é aquele em que se negociam títulos
‘novos’. O secundário pode ser considerado um mercado de títulos de ‘segunda mão’
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Obrigações são notas de crédito emitidas pelo Estado ou por uma Empresa. Portanto, quem investe em obrigações,
está a emprestar dinheiro a uma destas entidades. Tomando como exemplo uma empresa, quando investimos no
mercado de acções, estamos a comprar parte dessa empresa, ou seja, a entrar no seu capital accionista. Mas, quando
investimos no mercado de obrigações, estamos a emprestar-lhe dinheiro. Por isso mesmo, existem dois mercados onde
é possível comprar obrigações: o primário e o secundário.
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Acções preferenciais são um tipo de parcela representativa do capital social de uma empresa, sem direito a voto e,
com prioridade na distribuição de dividendos. Na extinção da empresa, os detentores deste tipo de acção têm prioridade
na restituição do capital em caso de falência. Outrossim, acções preferenciais são uma classe de acções que paga uma
taxa pré-definida de dividendos acima do dividendo atribuído as acções ordinárias e, com preferência sobre estas
relativamente ao pagamento de dividendos e à liquidação de activos. Portanto, o dividendo preferencial é normalmente
cumulativo, o que significa que se por qualquer motivo não for pago, deverá ser adicionado ao dividendo do exercício
seguinte. As acções preferenciais, não conferem, habitualmente, o direito a voto.
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Mercado primário é o mercado financeiro no qual ocorrem as emissões iniciais de títulos; único mercado no qual
o emitente está directamente envolvido na transação.
7
Mercado secundário é o mercado financeiro no qual são negociados títulos previamente emitidos.
Assim, uma gestão correcta permite que se visualize a actual situação da empresa e, isso
só é possível, se a empresa tiver registos adequados que permitem análises e colaboram com o
planeamento para optimizar resultados.
O gestor financeiro moderno precisa de uma boa formação generalista, visão sistémica e
integrativa de todo o negócio e deve estar em contacto permanente com as áreas da empresa,
controlando e fomentando o negócio com informações estratégicas de todas as áreas da empresa.
A gestão dos recursos financeiros da empresa vai além da simples negociação de prazos e
de juros de uma determinada transação de investimento. Portanto, para a optimização dos recursos
financeiros pressupõe interacções continuas do administrador com os clientes, acionista,
Autor: Rosângelo Paúnde Página 8
Apontamentos da Disciplina de Gestão Financeira I – UniSave - Maxixe
Portanto, o empresário deve estar atento a estas funções básicas em seu negocio, ou seja,
deve analisar, planear e controlar o uso de seus recursos financeiros e tomar decisões de
investimentos e de financiamentos precisas e inteligentes.
O gestor financeiro deve preocupar-se com três áreas na gestão financeira: Orçamento de
Capital, Estrutura de Capital e Administração de Capital de Giro.
ORÇAMENTO DE CAPITAL
ESTRUTURA DE CAPITAL
Para além dessas questões, o gestor financeiro precisa decidir exactamente como e onde os
recursos devem ser captados e, também, cabe a esse gestor a escolha da fonte e do tipo de fonte
apropriado, que a empresa, por ventura, tomará emprestado.
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Capital de Terceiros são os recursos externos que as empresas buscam para financiar suas actividades, a partir de
entidades terciárias, como é o caso dos empréstimos. Portanto, na contabilidade, o capital de terceiros é formado por
todo o Passivo Exigível (que são as obrigações de uma empresa que serão liquidadas após o final do exercício
financeiro seguinte). Estes valores constituem as obrigações adquiridas por meio de contratos a crédito e que são
reembolsadas aos credores depois de um tempo.
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Capital Próprio é o valor liquido do património de uma empresa. O capital próprio é a diferença entre o activo e o
passivo, ou seja, a diferença entre tudo aquilo que a empresa possui e deve a terceiros. Portanto, se a empresa vender
todos os seus activos e pagar todas as suas dívidas, ficará com o capital próprio.
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Activo Circulante, em contabilidade, é a referência aos bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro em
curto prazo. Outrossim, o activo circulante representa as disponibilidades financeiras (os bens e direitos) que deverão
ser convertidos em dinheiro, vendidos ou consumidos em um determinado ciclo de operações. Por isso mesmo, dentro
do grupo de contas do activo de uma empresa, é aquele que tem maior grau de liquidez, também conhecido por
realizável a curto prazo. Como exemplos temos: caixa da empresa, saldo em bancos, aplicações financeiras, contas a
receber de clientes, mercadorias.
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Passivo Circulante são as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano, como por exemplo, contas a
pagar, dívidas com fornecedores de mercadorias ou de matéria prima, impostos a recolher, empréstimos bancários
com vencimento nos próximos 360 dias, provisões.
A inexistência de uma adequada gestão financeira nas empresas, provoca uma série de
problemas de análises, planeamento e controle financeiro das suas actividades operacionais, entre
as quais citam-se:
Não ter as informações correctas sobre o saldo de caixa, valor dos stocks das mercadorias,
valor das contas a receber, valor das contas a pagar, volume das despesas fixas ou
financeiras, etc;
Não saber se a empresa está obtendo lucro ou não, em suas actividades operacionais,
porque não elaboram a mapa demostrativo de resultados;
Não calcular correctamente o preço de venda de seus produtos, porque não conhecem seus
custos e despesas;
Não conhecer correctamente o volume e a origem dos recebimentos e o volume e o destino
dos pagamentos, porque não elaboram o mapa do fluxo de caixa;
Não saber o valor patrimonial da empresa, porque não elaboram o balanço patrimonial;
Não conhecer correctamente o custo das mercadorias vendidas, porque não fazem um
registo adequado do stock de mercadorias;
Não saber correctamente o valor das despesas fixas da empresa, por não ser feito a
separação das despesas pessoais dos sócios em relação às despesas da empresa;
Não saber administrar correctamente o capital de giro da organização pois não possuem
conhecimento do ciclo financeiro de suas operações;
Não fazer análise e planeamento financeiro da empresa, porque não tem um sistema de
informação gerencial (Fluxo de Caixa, Demonstrativo de Resultados e Balanço
Patrimonial).
1. O que são finanças? Explique como esse campo afecta a vida de todas as pessoas e
organizações.
2. O que vem a ser a área de serviços financeiros?
3. Quais os tipos jurídicos mais comuns de organização de empresas?
4. Indique e descreva sucintamente alguns tipos de modalidades jurídicas de organização,
além das sociedades por acções, que confiram aos seus proprietários responsabilidade
limitada.
5. Porquê o estudo da administração financeira é importante para a sua vida profissional,
independentemente de sua área de actuação na empresa? E, porquê é importante na sua
vida pessoal?
6. Quais as principais diferenças entre a contabilidade e as finanças no que se refere à enfase
dada aos fluxos de caixa e a tomada de decisões?
7. Quais as principais actividade do administrador financeiro relacionadas com o balanço
patrimonial da empresa?
8. Que papel os mercados financeiros desempenham em nossa economia?
9. O que são mercados primários e mercados secundários?
10. Que relação existe entre instituições financeiras e mercados financeiros?
11. O que é o mercado de capitais? E, diga quais os principais títulos nele negociados.
12. O que é o mercado monetário?
1. O que são finanças? Explique como esse campo afecta a vida de todas as pessoas e
organizações.
Resposta:
O termo finanças pode ser definido como “a arte e a ciência de administrar o dinheiro”.
Praticamente todas as pessoas físicas e jurídicas ganham ou levantam, gastam ou investem
dinheiro. Finanças diz respeito ao processo, às instituições, aos mercados e aos instrumentos
envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e órgãos governamentais. A
maioria dos adultos se beneficiará ao compreender esse termo, pois isto lhes dará condições de
tomar melhores decisões financeiras pessoais. Aqueles que atuam fora dessa área também se
beneficiarão ao saber interagir de forma eficaz com administradores, processos e procedimentos
financeiros da empresa.
Resposta:
Resposta:
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Firmas Individuais é uma empresa pertencente a uma única pessoa e gerida para seu próprio benefício. Geralmente,
é um pequeno empreendimento, como uma oficina de bicicletas, um serviço de personal trainer ou uma empresa de
encanamentos. A maioria das firmas individuais se encontra nos sectores de atacado, serviços e construção civil.
Normalmente a firma individual é gerida pelo proprietário, com a ajuda de alguns colaboradores. O proprietário se
utiliza, em geral, de recursos próprios ou capta empréstimos e é responsável por todas as decisões do negócio. Ele está
sujeito à responsabilidade ilimitada, ou seja, todos os seus bens e não só o montante originalmente investido, podem
ser requisitados para saldar dívidas com credores.
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Partnerships ou Sociedades de Pessoas são sociedade que envolve dois ou mais proprietários actuando em
conjunto com o objectivo de obter lucro. Esse tipo de sociedade costuma ser maior do que as firmas individuais. Elas
estão mais presentes nos ramos financeiro, de seguros e imobiliário. Empresas de auditoria e correctoras de títulos
imobiliários são muitas vezes formadas por grande número de sócios. A maioria das partnerships é estabelecida por
meio de um documento formal conhecido como contrato social. Em geral, todos os sócios têm responsabilidade
ilimitada e cada um é legalmente responsável por todas as dívidas da sociedade.
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Sociedade por Acções é uma entidade artificial criada por lei. Conhecida também como ‘entidade legal’, ela tem
os poderes de uma pessoa, no sentido de que pode mover ações judiciais e ser acionada judicialmente, firmar e ser
parte em contratos, e adquirir bens em seu nome. Aliado a isso, a sociedade por acções é dominante no que concerne
a facturamento e lucros. Embora as sociedades por acções se dediquem a actividades de todos os tipos, as industriais
respondem pela maior parte das receitas e dos lucros. Os proprietários de uma sociedade por acções são os accionistas
e seu direito de propriedade, ou equity, é representado tanto por acções ordinárias (que é a forma mais pura e simples
de propriedade em uma sociedade por ações. Os accionistas esperam ser remunerados por meio de dividendos, ou
seja, distribuições periódicas de lucro ou pela realização de ganhos decorrentes do aumento do preço da acção)
como por acções preferenciais (que são um tipo de parcela representativa do capital social de uma empresa, sem
direito a voto e, com prioridade na distribuição de dividendos. Na extinção da empresa, os detentores deste tipo de
acção têm prioridade na restituição do capital em caso de falência).
Portanto, a administração das sociedades por ações encontra-se organizada de forma democrática. Os
accionistas (proprietários) votam periodicamente para eleger os membros do conselho de administração e deliberar
sobre outras questões, como a alteração do estatuto social. O conselho de administração costuma ser responsável pelo
desenvolvimento de planos e objectivos estratégicos, pelo estabelecimento de políticas gerais, pela orientação dos
negócios da empresa, pela aprovação de grandes dispêndios e pela contratação ou demissão, pela remuneração e pelo
monitoramento dos principais directores e executivos. Os membros do conselho podem ser tanto “internos”, como
altos executivos da firma, quanto “externos”, como executivos de outras firmas, grandes acionistas e líderes
nacionais ou comunitários. O presidente ou diretor executivo (CEO) é responsável pela administração da empresa no
dia a dia e pela execução das políticas estabelecidas pelo conselho de administração. O CEO deve apresentar relatórios
periódicos aos membros do conselho.
Resposta:
Cada uma destas formas jurídicas de empresa representa uma forma ou uma combinação
especializada das características dos tipos descritos anteriormente. O que têm em comum são o
facto de que seus proprietários gozam de responsabilidade limitada e o de que costumam ter menos
de 100 proprietários.
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Sociedade em que um ou mais sócios têm responsabilidade limitada, desde que pelo menos um sócio (o
comanditado) tenha responsabilidade ilimitada. Os sócios limitados não podem ter voz activa na gestão da empresa;
são investidores passivos.
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Para fins fiscais, trata-se de uma entidade, que permite a certas sociedades por acções com 100 acionistas ou menos
optar por serem tributadas como sociedades por cotas. Seus accionistas obtêm os benefícios organizacionais de uma
sociedade por acções e as vantagens fiscais de uma sociedade por cotas. Entretanto, perdem certas vantagens fiscais
relacionadas a planos de aposentadoria.
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Este tipo de firmas confere a seus proprietários, como aos das sociedades de tipo S, responsabilidade limitada e
tratamento fiscal de uma sociedade por cotas. Mas, ao contrário da S Corp, a LLC pode controlar mais de 80% de
outra sociedade por acções. Elas são apropriadas para empreendimentos conjuntos de duas ou mais empresas (joint
ventures) ou projectos desenvolvidos por meio de uma subsidiária.
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Sociedade em que todos os sócios têm responsabilidade limitada. São legalmente responsáveis por seus próprios
actos de imperícia, mas não pelos dos demais sócios. A LLP é tributada como uma partnership. É frequentemente
usada por profissionais liberais, como advogados e contadores.
Resposta:
Ainda assim, como alguém que queira ingressar na carreira de administrador financeiro,
preciso entender as actividades do administrador financeiro para aumentar as chances de sucesso
na carreira escolhida.
No entanto, todos os gestores de uma empresa, independentemente dos cargos que ocupem,
interagem com o pessoal financeiro para justificar necessidades de contratação, negociar
orçamentos operacionais, lidar com avaliações de desempenho financeiro e defender propostas,
pelo menos em parte, com base em seus méritos financeiros. É claro que os gestores que
compreenderem o processo de tomada de decisões financeiras estarão mais habilitados a lidar com
questões de finanças e, portanto, terão maiores chances de conseguir os recursos de que precisam
para atingir suas próprias metas.
Resposta:
A primeira grande diferença está na enfase no fluxo de caixa, na medida em que, a função
primordial do contabilista é desenvolver e relatar dados para mensurar o desempenho da empresa,
avaliar sua situação financeira, atender aos requisitos dos reguladores de títulos e apresentar os
relatórios por eles exigidos, além de registar e pagar impostos. Portanto, usando determinados
princípios padronizados e geralmente aceitos, os contabilistas preparam demonstrações
financeiras que reconhecem as receitas no momento da venda (tenha o pagamento sido recebido
ou não) e reconhecem as despesas no momento em que são incorridas. Essa abordagem é
conhecida como regime de competência. O administrador financeiro, por outro lado, enfatiza
os fluxos de caixa, as entradas e saídas de dinheiro. Ele mantém a empresa solvente, planeando
os fluxos de caixa necessários para que ela honre suas obrigações e adquira os activos necessários
para realizar suas metas.
A segunda grande diferença entre finanças e contabilidade tem a ver com a tomada de
decisões. Os contabilistas dedicam a maior parte de seus esforços (ou seja, o seu foco) é à colecta
e apresentação de dados financeiros. Os administradores financeiros têm como seu foco avaliar as
demonstrações contábeis, desenvolvendo mais dados e tomam decisões com base na análise
marginal resultante. É claro que isso não quer dizer que os contabilistas jamais tomem decisões,
ou que os administradores financeiros jamais colectem dados.
Resposta:
efeitos do fluxo de caixa (diferença entre recebimentos e pagamentos) sobre o valor geral da
empresa.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
11. O que é o mercado de capitais? E, diga quais os principais títulos nele negociados.
Resposta:
Resposta:
O mercado monetário é criado por uma relação financeira entre ofertantes e demandantes
de fundos de curto prazo (com vencimento em um ano ou menos). Os mercados monetários existem
porque algumas pessoas físicas, empresas, órgãos governamentais e instituições financeiras
dispõem de fundos temporariamente ociosos (aqueles que não estão investidos numa conta para
gerar lucros) aos quais desejam dar uso remunerado. Ao mesmo tempo, outras pessoas físicas,
empresas, órgãos governamentais e instituições financeiras têm necessidade sazonal ou temporária
de financiamento. O mercado monetário aproxima esses ofertantes e demandantes de fundos de
curto prazo. A maior parte das transações do mercado monetário se dá em títulos negociáveis (que
são instrumentos de dívida de curto prazo, como Letras do Tesouro, notas promissórias
comerciais e certificados de depósito negociáveis), emitidos, respectivamente, pelo governo, por
empresas e por instituições financeiras.
Introdução;
O Relatório da Administração;
Introdução
Na área de Operações, para entender como os custos das operações se reflectem nas
demonstrações financeiras da empresa e como a análise de índices, especialmente daqueles que
envolvem activos, custo das mercadorias vendidas, ou stocks, pode afectar solicitações de novos
equipamentos ou instalações.
O RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Qualquer sociedade por ações tem muitas aplicações para os registos e relatórios
padronizados de suas actividades financeiras. Por isso mesmo, os relatórios devem ser preparados
periodicamente para os reguladores, credores, proprietários e administradores. Por conseguinte, as
directrizes usadas para elaborar e manter registos e relatórios financeiros são conhecidas como
princípios contábeis geralmente aceitos.
É o relatório anual que as empresas abertas devem fazer aos acionistas e, o mesmo relatório
resume e documenta as actividades financeiras da empresa durante o ano anterior.
As quatro principais demonstrações financeiras que são exigidas para apresentação aos
acionistas são:
1. Demonstração de Resultado;
2. Balanço Patrimonial;
3. Demonstração dos Fluxos de Caixa e;
4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Autor: Rosângelo Paúnde Página 21
Apontamentos da Disciplina de Gestão Financeira I – UniSave - Maxixe
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
NOTA:
a
O Lucro por Acção (LPA) é calculado dividindo-se o lucro disponível aos accionistas
ordinários pelo número de acções ordinárias existentes.
b
O Dividendo por Acção (DPA) é calculado dividindo-se o valor total de dividendos
pagos aos accionistas ordinários pelo número de acções ordinárias existentes.
EXERCICIO:
Com base nos dados abaixo da empresa ellgorddo SARL do exercício económico findo a
31 de dezembro de 2020, preencha o respectivo Mapa Demonstrativo de Resultados e, diga qual
foi o Lucro por Acção e o dividendo por acção:
Depreciação: 239.000,00Mt;
Para as acções ordinárias foram autorizadas 100.000 acções e, emitidas 76.262 acções.
BALANÇO PATRIMONIAL
É importante distinguir entre activos e passivos de curto prazo e de longo prazo. Os activos
circulantes e passivos circulantes se caracterizam pelo curto prazo. Isso significa que devem ser
convertidos em caixa (activo circulante) ou pagos (passivo circulante) dentro de um ano. Todos
os demais activos e passivos, juntamente com o patrimônio líquido, que se presume ser de duração
indeterminada, são considerados de longo prazo, ou permanentes, uma vez que se espera que
permaneçam nos livros da empresa por mais de um ano.
É de praxe listar os activos em ordem decrescente, dos mais líquidos – caixa - para os
menos líquidos. Títulos negociáveis são investimentos de curto prazo e alta liquidez mantidos
pela empresa, como Letras do Tesouro ou certificados de depósito.
Por causa de sua liquidez elevada, os títulos negociáveis são considerados uma forma de
caixa (quase caixa). As contas a receber representam o valor total devido à empresa por seus
clientes em decorrência de vendas a prazo.
O item activo imobilizado bruto reflete o custo histórico de todos os activos fixos (de longo
prazo) que a empresa adquiriu.
Assim como os activos, as contas de passivo e patrimônio líquido vão do curto para o longo
prazo. O passivo circulante inclui fornecedores, que se referem a contas devidas por compras a
crédito efectuadas pela empresa; títulos a pagar, que abrangem empréstimos de curto prazo,
geralmente obtidos em bancos comerciais; e despesas a pagar, valores devidos por serviços cujo
valor não pode ser facturado. (alguns exemplos desta última categoria são impostos devidos ao
governo e salários de funcionários).
Dívidas de longo prazo representam obrigações cujo pagamento não é devido no ano
corrente. O patrimônio líquido representa os direitos que os proprietários têm na empresa. O item
referente a ações preferenciais diz respeito aos ingressos históricos oriundos da venda de acções
preferenciais.
Em seguida, o valor pago pelos compradores originais das ações ordinárias é apresentado
por dois lançamentos: ações ordinárias e ágio na venda de acções. O lançamento ações ordinárias
representa o valor nominal das ações ordinárias. O ágio na venda de ações ordinárias constitui o
montante dos ingressos, além do valor nominal, recebidos na venda original das ações ordinárias.
A soma de acções ordinárias e ágio na venda de ações, dividido pelo número de acções
existente, corresponde ao preço por ação originalmente recebido pela empresa numa única emissão
de acções ordinárias.
Descrição Em 31 de Dezembro
ACTIVO 2019 2020
Activo Circulante
Caixa
Títulos Negociáveis
Contas a receber de clientes
Stocks
Total do Activo Circulante (1)
EXERCÍCIO:
Com base nos dados abaixo da empresa ellgorddo SARL do exercício económico findo a
31 de dezembro de 2020, preencha o respectivo Balanco Patrimonial:
Acções ordinárias, valor nominal de cada acção é 2,50Mt e, foram autorizadas 100.000 acções e,
emitidas 76.262 acções.
Ações Preferenciais, valor nominal de cada acção é 100,00Mt e, foram autorizadas e emitidas
2.000 acções.
Caixa: 363.000,00Mt;
Fornecedores: 382.000,00Mt
Outros: 98.000,00Mt
Stocks: 289.000,00Mt
Veículos: 275.000,00Mt
PARTES INTERESSADAS
A análise com base em índices extraídos das demonstrações financeiras de uma empresa
interessa aos accionistas, aos credores e aos administradores do próprio negócio. Os
accionistas estão interessados nos níveis actuais e futuros de retorno e risco da empresa, que
afectam diretamente o preço da acção. Os credores se interessam principalmente pela liquidez
de curto prazo da empresa e sua capacidade de fazer frente aos pagamentos de juros e
amortização. Uma preocupação secundária dos credores é a lucratividade; eles querem garantias
de que o negócio seja sadio.
ANÁLISE COMBINADA
1. Índices que revelem grandes desvios em relação à norma são apenas sintomas de um
problema. Assim, é necessário fazer análises aprofundadas para isolar as causas desse
problema;
2. Um índice por si só não costuma fornecer informações suficientes para se julgar o
desempenho geral da empresa. Todavia, se a análise estiver voltada para algum aspecto
específico da posição financeira de um negócio, um ou dois índices talvez sejam
suficientes.
3. Os índices que estão sendo comparados devem ser calculados com demonstrações
financeiras referentes à mesma data do ano. Se isso não ocorrer, os efeitos da sazonalidade
poderão levar a conclusões e decisões erradas.
4. Na realização de análises de índices, é preferível usar demonstrações financeiras auditadas.
Se elas não tiverem sido auditadas, os dados poderão não reflectir a verdadeira condição
financeira da empresa.
Os índices financeiros podem ser classificados, por uma questão de conveniência, em cinco
categorias principais: liquidez, actividade, endividamento, lucratividade e valor de mercado.
Como regra geral, os dados necessários para a realização de uma análise financeira
adequada incluem, no mínimo, a demonstração de resultado do exercício e o balanço patrimonial.
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
O índice de liquidez corrente, é um dos índices financeiros mais comumente citados, mede
a capacidade da empresa de pagar suas obrigações de curto prazo. É, é expresso da seguinte
maneira:
𝐀𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐂𝐢𝐫𝐜𝐮𝐥𝐚𝐧𝐭𝐞
𝐈𝐧𝐝𝐢𝐜𝐞 𝐝𝐞 𝐋𝐢𝐪𝐮𝐢𝐝𝐞𝐳 𝐂𝐨𝐫𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 =
𝐏𝐚𝐬𝐬𝐢𝐯𝐨 𝐂𝐢𝐫𝐜𝐮𝐥𝐚𝐧𝐭𝐞
De um modo geral, quanto maior for o índice de liquidez corrente, mais liquida a empresa.
Portanto, um índice igual a 2,0 pode ser considerado aceitável, mas isso depende do sector em que
a empresa actua.
O índice de liquidez seca assemelha -se ao de liquidez corrente, mas exclui do cálculo o
stock, que costuma ser o menos líquido dos activos circulantes. A liquidez geralmente baixa do
stock resulta de dois factores principais:
1. Muitos tipos de stocks não podem ser facilmente vendidos porque são itens semi-acabados,
itens de propósito especial e assemelhados e;
2. O stock costuma ser vendido a prazo, o que significa que se torna uma conta a receber antes
de se converter em caixa.
Um índice de liquidez seca de 1,0 ou mais é, por vezes, recomendado, mas, como no caso
da liquidez corrente, o valor aceitável depende em grande medida do sector em questão. O índice
de liquidez seca só fornece uma medida melhor da liquidez geral quando o stock da empresa não
pode ser facilmente convertido em caixa. Se o stock for líquido, o índice de liquidez corrente será
uma medida preferível da liquidez geral.
ÍNDICES DE ACTIVIDADE
Assim, é importante ir além das medidas de liquidez geral e avaliar a actividade (liquidez)
de contas específicas do circulante. Há diversos índices disponíveis para medir a actividade das
principais contas do circulante, inclusive stocks, contas a receber e contas a pagar. Também pode
ser empregada a eficiência do uso do activo total.
Giro do Stock
O prazo médio de recebimento, ou a idade média das contas a receber, é útil para avaliar
as políticas de crédito e cobrança. Pode ser obtido dividindo -se o saldo de contas a receber de
clientes pelo valor diário médio das vendas:
Onde:
𝐕𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐀𝐧𝐮𝐚𝐢𝐬
𝐕𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐃𝐢á𝐫𝐢𝐨 𝐌é𝐝𝐢𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐕𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬 =
𝟑𝟔𝟓
𝐅𝐨𝐫𝐧𝐞𝐜𝐞𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬
𝐏𝐫𝐚𝐳𝐨 𝐌é𝐝𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐏𝐚𝐠𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 =
𝐕𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐃𝐢á𝐫𝐢𝐨 𝐌é𝐝𝐢𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐚𝐬
Onde:
𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐚𝐬 𝐀𝐧𝐮𝐚𝐢𝐬
𝐕𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐃𝐢á𝐫𝐢𝐨 𝐌é𝐝𝐢𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐚𝐬 =
𝟑𝟔𝟓
O giro do activo total indica a eficiência com que a empresa utiliza seus activos para gerar
vendas. O giro do activo total é calculado da seguinte maneira:
𝐕𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬
𝐆𝐢𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐀𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥 =
𝐀𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥
De modo geral, quanto mais alto o giro do activo total de um negócio, maior a eficiência
na utilização de seus activos. Essa medida tende a ser de grande interesse para a administração
porque indica se suas operações foram financeiramente eficientes.
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Portanto, quanto maior for o endividamento, maior o risco de que ela se veja
impossibilitada de honrar esses pagamentos contratuais.
Como os direitos dos credores devem ser satisfeitos antes da distribuição de lucros aos
accionistas, estes dão muita atenção à capacidade da empresa de amortizar suas dívidas. Os
credores também se preocupam com o endividamento das empresas.
De modo geral, quanto mais dívidas uma empresa usa em relação ao seu activo total, maior
a sua alavancagem financeira. Alavancagem financeira 19 é uma amplificação do risco e do
retorno por meio do uso de financiamento a custo fixo, como dívida e acções preferenciais. Quanto
mais dívidas de custo fixo uma empresa usa, maiores serão o risco e o retorno esperados.
A capacidade da empresa de pagar determinados encargos fixos se mede por meio dos
índices de cobertura. Normalmente, dá -se preferência a índices de cobertura elevados, porém um
índice alto demais (acima do padrão sectorial) pode resultar em risco e retorno
desnecessariamente baixos.
Portanto, dois índices populares de cobertura são: o índice de cobertura de juros e o índice
de cobertura de obrigações fixas.
19
Termo genérico que designa qualquer técnica utilizada para multiplicar a rentabilidade da empresa através de
endividamento, ou seja, resulta, portanto, da participação de terceiros na estrutura do capital da empresa.
𝐏𝐚𝐬𝐬𝐢𝐯𝐨 𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥
𝐈𝐧𝐝𝐢𝐜𝐞 𝐝𝐞 𝐄𝐧𝐝𝐢𝐯𝐢𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐆𝐞𝐫𝐚𝐥 =
𝐀𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥
Quanto mais elevado esse índice for, maior o grau de endividamento da empresa e maior
sua alavancagem financeira (qualquer técnica utilizada para multiplicar a rentabilidade da
empresa através de endividamento, ou seja, resulta, portanto, da participação de terceiros na
estrutura do capital da empresa).
O lucro operacional é o mesmo que lucro antes de juros e imposto de renda (LAJIR) e, esse
dado se encontra na demonstração de resultados. O índice de cobertura para ser aceitável, sugere-
se que o seu valor esteja igual a pelo menos 3,0 e, de preferência, mais próximo de 5,0.
Onde:
𝟏
O termo [𝟏−𝐓] é incluído para ajustar o principal depois do imposto de renda e os
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Proprietários, credores e administradores dão muita atenção à expansão dos lucros por
causa da grande importância que o mercado lhes atribui. Como índices de rentabilidade, temos os
seguintes:
A margem de lucro bruto mede a percentagem de cada unidade monetária de vendas que
permanece após a empresa deduzir o valor dos bens vendidos. Assim, quanto maior a margem
de lucro bruto, melhor (isto é, menor o custo das mercadorias vendidas). A margem de lucro
bruto é calculada da seguinte forma:
Ou
𝐋𝐮𝐜𝐫𝐨 𝐁𝐫𝐮𝐭𝐨
𝐌𝐚𝐫𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐋𝐮𝐜𝐫𝐨 𝐁𝐫𝐮𝐭𝐨 =
𝐑𝐞𝐜𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐕𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬
Representa o “lucro puro” obtido sobre cada centavo de vendas. Os lucros operacionais
são ditos “puros” porque medem apenas o lucro sobre as operações e não consideram juros,
impostos e dividendos de acções preferenciais. É preferível uma margem de lucro operacional
elevada. A margem de lucro operacional é calculada por:
𝐋𝐮𝐜𝐫𝐨 𝐎𝐩𝐞𝐫𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥
𝐌𝐚𝐫𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐋𝐮𝐜𝐫𝐨 𝐎𝐩𝐞𝐫𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 =
𝐑𝐞𝐜𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐕𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬
de acções preferenciais. Portanto, quanto mais elevada a margem de lucro líquido de uma
empresa, melhor. A margem de lucro líquido é calculada da seguinte maneira:
Por exemplo, uma margem de lucro líquido de 1% ou menos não seria incomum para uma
mercearia, ao passo que uma margem de lucro líquido de 10% seria baixa para uma indústria.
O lucro por acção (LPA) de uma empresa costuma ser de interesse para accionistas
existentes ou em potencial e para a administração. O LPA representa o número de unidades
monetárias ganhas durante o período para cada acção ordinária em circulação. O lucro por acção
é calculado como:
O valor do LPA, representa o valor monetário ganho por cada acção ordinária em
circulação.
O retorno sobre o ativo total (ROA), muitas vezes chamado de retorno sobre o
investimento (ROI), mede a eficácia geral da administração na geração de lucros a partir dos
activos disponíveis.
Assim, quanto mais elevado o retorno sobre o activo total de uma empresa, melhor.
O retorno sobre o activo total é calculado como segue:
Assim, teremos:
Assim como os índices P/L, os índices VM/VP são normalmente usados em análise
transversal para permitir comparar o retorno e o risco da empresa com os de outras.
EXERCÍCIO:
As compras anuais, correspondem a 70% dos custos dos produtos vendidos; o valor
da amortização do principal é de 71.000,00Mt e, no final do ano 2020, as acções ordinárias
estavam sendo vendidas à um preço de 32,25Mt.
Introdução;
Análise Vertical (AV);
Análise Horizontal (AH);
Exercícios de Consolidação da Unidade.
RIBEIRO (1997, p. 173) afirma que, a Análise Vertical, também denominada por
alguns analistas como Análise por Coeficientes ou ainda Análise de Estrutura, é aquela através
da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Portanto,
ela evidencia a percentagem de participação de cada elemento no conjunto.
Esta analise, acontece de cima para baixo ou de baixo para cima, indicando resultados
em efeito cascata. Ela é utilizada para identificar a percentagem de participação de determinado
indicador no resultado.
Recebe esse nome (análise vertical), porque ao contrário da análise horizontal, são
analisadas as colunas das demonstrações financeiras. Assim, o objectivo da análise vertical é
medir percentualmente cada componente em relação ao todo do qual faz parte, permitindo
que sejam feitas comparações caso existam dois ou mais elementos.
Aliado a isso, SILVA (2006, p. 226), acrescenta ainda que, o primeiro propósito da
análise vertical (AV) é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração de
resultados e do balanco patrimonial em relação a determinado referencial.
No balanço, por exemplo, é comum determinarmos quanto por cento representa cada
rubrica (e grupo de rubricas) em relação ao activo total.
Observe que a análise vertical apresenta o quanto cada conta é importante em relação
à demonstração financeira a que pertence. Portanto, ao comparar percentuais da própria empresa
em anos anteriores, o gestor financeiro consegue inferir se há itens fora das proporções normais.
Assim, a análise vertical permite que cada demonstração financeira de uma empresa
seja representada dentro de um processo padrão em todas as indústrias. Além disso, permite uma
comparação fácil com períodos anteriores. Aliado a isso, a análise vertical facilita a avaliação da
estrutura das demonstrações financeiras (BP e DRE) e a representatividade de cada conta em
relação ao total do activo e passivo, bem como a participação de cada conta do Demonstrativo de
Resultados na formação do lucro ou prejuízo do período analisado.
Vale lembrar que o resultado apresentado pela análise vertical deve ser analisado
em conjunto com a análise horizontal e os demais índices como: liquidez, endividamento e
rentabilidade.
BLATT (2001, p.60) define Análise Horizontal (AH) como tendo por objectivo
demonstrar o crescimento ou queda ocorrida em itens que constituem as demonstrações contábeis
em períodos consecutivos.
Portanto, com a analise horizontal, o gestor financeiro avalia como ocorreu a evolução
dos mais variados itens das demonstrações financeiras em intervalos de tempo.
O cálculo é bastante simples e, como trata-se de uma comparação, o ano mais antigo
será considerado como ano base e todos os seus valores serão equivalentes a 100%. Assim, os
valores dos anos subsequentes serão um percentual desse valor base. Para tal, a formula para o seu
cálculo é a seguinte:
EXERCÍCIO # 01: Com base no Mapa de Demostração de Resultados abaixo, faça a análise vertical e horizontal da mesma.
NOTA:
Para o calculo da Análise Vertical (AV), primeiro usamos como valor base, o valor das Receitas de Vendas Brutas para
determinar a percentagem da contribuição das deduções nas Receitas de Vendas Brutas.
Posto isto, para a obtenção das percentagens das contribuições de cada conta ou grupo de contas subsequentes na mesma análise,
usa-se como ponto de referência as Receitas de Vendas Líquidas. Finalizando, para a dedução da percentagem de contribuição do
imposto devido, usa-se como base de análise o valor do Lucro líquido Antes do Imposto de Renda.
Para interpretar os respectivos resultados obtidos através desta análise, basta colocar e responder a seguinte questão: com
quanto/que percentagem o item “x” contribui para a obtenção das Receitas de Vendas Brutas/Receitas de Vendas Líquidas ou
ainda dos Lucros Líquidos antes do Imposto de Renda, no ano em análise?
Exemplo:
NOTA:
A Análise Horizontal (AH), trata-se de uma comparação entre dois ou mais exercícios económicos. Para tal, basta que saibamos
que, o valor do ano anterior é sempre base para a análise dos anos subsequentes. Posto isto, basta aplicar a fórmula abaixo e, obteremos
os respectivos resultados para a análise horizontal. Portanto, para fazer a interpretação dos valores basta que façamos e respondamos a
seguinte questão: o porquê da variação percentual (positiva ou negativa) deste item do ano “x” para o ano “y”?
EXERCÍCIO 2: Dada a DRE abaixo, faça a análise vertical e horizontal da mesma, comentando os resultados obtidos.
EXERCÍCIO # 03: Com base nos dados abaixo da empresa ellgorddo SARL do exercício
económico findo a 31 de dezembro de 2019 e 2020, preencha o respectivo Balanço Patrimonial e,
proceda com a Análise Vertical (AV) e Análise Horizontal (AH), comentando os resultados
obtidos de ambas análises:
Descrição Em 31 de Dezembro
ACTIVO 2019 2020
Activo Circulante
Caixa
Títulos Negociáveis
Contas a receber de clientes
Stocks
Total do Activo Circulante (1)
Activo Imobilizado Bruto
Terrenos e Edificações
Maquinas e Equipamentos
Moveis e Utensílios
Veículos
Outros (Inclusive Arrendamento Mercantil)
Total do Activo Imobilizado Bruto
- (Depreciação Acumulada)
= Activo Imobilizado Líquido (2)
Total do Activo [(1) + (2)]
PASSIVO E PATRIMÓNIO LÍQUIDO
Passivo Circulante
Fornecedores
Títulos à Pagar a Bancos
Despesas à Pagar
Total do Passivo Circulante
Dívidas de longo prazo (incluindo arrendamento mercantil)
DADOS:
ANO DE 2019:
Acções ordinárias, valor nominal de cada acção é 2,50Mt e, foram autorizadas 100.000 acções e,
emitidas 76.244 acções.
Ações Preferenciais, valor nominal de cada acção é 100,00Mt e, foram autorizadas e emitidas
2.000 acções.
Caixa: 288.000,00Mt;
Fornecedores: 270.000,00Mt
Outros: 96.000,00Mt
Stocks: 300.000,00Mt
Veículos: 314.000,00Mt
ANO DE 2020:
Acções ordinárias, valor nominal de cada acção é 2,50Mt e, foram autorizadas 100.000 acções e,
emitidas 76.262 acções.
Ações Preferenciais, valor nominal de cada acção é 100,00Mt e, foram autorizadas e emitidas
2.000 acções.
Caixa: 363.000,00Mt;
Fornecedores: 382.000,00Mt
Outros: 98.000,00Mt
Stocks: 289.000,00Mt
Veículos: 275.000,00Mt
Descrição Em 31 de Dezembro
ACTIVO 2019 AV(2019)% AH(2019)% 2020 AV(2020)% AH(2020)%
Activo Circulante
Caixa 288.000,00 8,8% 100% 363.000,00 10,1% 26%
Títulos Negociáveis 51.000,00 1,6% 100% 68.000,00 1,9% 33,3%
Contas a receber de clientes 365.000,00 11,2% 100% 503.000,00 14% 37,8%
Stocks 300.000,00 9,2% 100% 289.000,00 8% -3,7%
Total do Activo Circulante (1) 1.004.000,00 30,7% 100% 1.223.000,00 34% 21,8%
Activo Imobilizado Bruto
Terrenos e Edificações 1.903.000,00 58,2% 100% 2.072.000,00 57,6% 8,9%
Maquinas e Equipamentos 1.693.000,00 51.8% 100% 1.866.000,00 51,9% 10,2%
Moveis e Utensílios 316.000,00 9,7% 100% 358.000,00 10% 13,3%
Veículos 314.000,00 9,6% 100% 275.000,00 7,7% -12,4%
Outros (Inclusive Arrendamento 96.000,00 2,9% 100% 98.000,00 2,7% 2,1%
Mercantil)
Total do Activo Imobilizado Bruto 4.322.000,00 132,2% 100% 4.669.000,00 129,8 8%
- (Depreciação Acumulada) 2.056.000,00 62,9% 100% 2.295.000,00 63,8% 11,6%
= Activo Imobilizado Líquido (2) 2.266.000,00 69,3% 100% 2.374.000,00 66% 4,8%
Total do Activo [(1) + (2)] 3.270.000,00 100% 100% 3.597.000,00 100% 10%
PASSIVO E PATRIMÓNIO
LÍQUIDO
Passivo Circulante
Fornecedores 270.000,00 8,3% 100% 382.000,00 10,6% 41,5%
Títulos à Pagar a Bancos 99.000,00 3% 100% 79.000,00 2,2% -20,2%
Despesas à Pagar 114.000,00 3,5% 100% 159.000,00 4,4% 39,5%
Total do Passivo Circulante 483.000,00 14,8% 100% 620.000,00 17,2% 28,4%
Dívidas de longo prazo (incluindo 967.000,00 29,6% 100% 1.023.000,00 28,4% 5,8%
arrendamento mercantil)
Total do Passivo (1) 1.450.000,00 44,3% 100% 1.643.000,00 45,7% 13,3%
Património Líquido
Acções Preferenciais (100@2.000 200.000,00 6,1% 100% 200.000,00 5,6% 0%
acções)
Acções Ordinárias (2.50@76.244 acções 190.610,00 5,8% 100% 190.655,00 5,3% 0,02%
e 2.50@76.262 acções)
Ágio na Venda de Acções Ordinárias 418.000,00 12,8% 100% 428.000,00 11,9% 2,4%
Lucros Retidos 1.011.390,00 30,9% 100% 1.135.345,00 31,6% 12,3%
Total do Património Líquido (2) 1.820.000,00 55,7% 100% 1.954.000,00 54,3% 7,4%
Total do Passivo e Património Líquido 3.270.000,00 100% 100% 3.597.000,00 100% 10%
[(1) + (2)]
Introdução;
O Papel do Valor do Dinheiro no Tempo em Finanças;
Valor Futuro versus Valor Presente;
Padrões Básicos de Fluxos de Caixa;
QUANTIAS ÚNICAS;
Valor Futuro de uma Quantia Única;
Conceitos de Valor Futuro;
Equação para o Valor Futuro;
Valor Presente de uma Quantia Única;
Conceito de Valor Presente;
Equação para o Valor Presente;
ANUIDADES;
Tipos de Anuidades;
Valor Futuro e Valor Presente de uma Anuidade Ordinária ou Comum;
Valor Futuro e Valor Presente de uma Anuidade Vencida ou Antecipada;
Exercícios de Consolidação da Unidade;
Introdução
O valor do dinheiro no tempo é muito importante a sua percepção nas diversas áreas do
saber, como por exemplo, na contabilidade na medida em que, o ajudará a compreender os cálculos
do valor do dinheiro no tempo a fim de contabilizar determinadas transações tais como amortização
do empréstimo, pagamento de leasing e taxas de juros de títulos de renda fixa. Na administração,
visto que, ajudará no conhecimento dos cálculos para gerenciar os recebimentos e desembolsos de
maneira que a empresa extraia o máximo valor de seus fluxos de caixa. Outro aspecto não menos
importante, é o conhecimento do valor temporal do dinheiro para o planeamento financeiro pessoal
na aplicação de certa quantia em uma poupança hoje para acumular um montante determinado em
data futura. Isso só é possível, sabendo os contornos do cálculo do valor do dinheiro no tempo.
Portanto, vamos iniciar o estudo do valor do dinheiro no tempo em finanças com duas
perspectivas desse valor: valor futuro e o valor presente.
Os valores e as decisões financeiras podem ser avaliados por meio de técnicas tanto de
valor futuro quanto de valor presente. Embora essas técnicas resultem nas mesmas decisões, o
enfoque que proporcionam é diferente. As técnicas de valor futuro costumam medir os fluxos
de caixa ao fim de um projeto. As de valor presente medem os fluxos de caixa no início do
projeto (tempo zero). O valor futuro é caixa a ser recebido em alguma data vindoura e o valor
presente é caixa disponível imediatamente.
O fluxo de caixa, sejam entradas (valores +) ou saídas (valores -) de uma empresa pode
ser descrito segundo seu padrão geral. Assim, pode ser definido como quantia única, uma
anuidade ou uma série mista.
Quantia única: é uma soma monetária única disponível, ou a ser recebida, numa data
futura. Alguns exemplos são $ 1.000,00 hoje e $ 650,00 a receber ao fim de dez anos.
Anuidade: é uma série contínua de fluxos de caixa periódicos. Assim, para os propósitos
deste material, trabalharemos principalmente com fluxos anuais. Alguns exemplos são pagar ou
receber $ 800,00 ao fim de cada um dos próximos sete anos.
Série mista: é uma série de fluxos de caixa que não é uma anuidade, isto é, é uma série
de fluxos de caixa periódicos desiguais que não reflita um padrão específico qualquer. As
duas séries de fluxos de caixa a seguir, A e B, servem de exemplo.
Observe que nenhuma das duas séries apresenta fluxos de caixa iguais e periódicos e, que
A é uma série mista de seis anos e B é uma série mista de quatro anos.
1. Qual é a diferença entre valor futuro e valor presente? Qual abordagem os administradores
financeiros costumam preferir? Porquê?
2. Defina e diferencie os três principais padrões de fluxo de caixa.
QUANTIAS ÚNICAS
Os conceitos e cálculos mais básicos de valor futuro e valor presente referem -se a quantias
únicas, sejam elas actuais ou futuras. Começaremos pela análise do valor futuro de quantias
actuais. A seguir, usaremos os conceitos subjacentes para determinar o valor presente de quantias
futuras. Veremos que, embora o valor futuro seja intuitivamente mais atraente, o valor presente é
mais útil na tomada de decisões financeiras.
Muitas vezes precisamos determinar o valor, num momento futuro, de uma dada quantia
em dinheiro depositada hoje. Por exemplo, se você depositar $500,00 hoje numa conta que paga
juros de 5% ao ano, quanto terá nessa conta ao fim de exactos dez anos?
O valor futuro é o valor, numa determinada data futura, de uma quantia depositada hoje
e que rende juros a uma taxa especificada. Depende da taxa de juros obtida e do prazo pelo qual
se mantém o valor em depósito. Aqui, exploraremos o valor futuro de uma quantia única.
Falamos de juros compostos 20 para indicar que o valor dos juros obtidos sobre um
determinado depósito tornou -se parte do principal ao fim de um período qualquer. O termo
principal refere -se à quantia sobre a qual incidem os juros. O tipo mais comum de composição é
o anual.
Assim, o valor futuro de uma quantia actual é identificado por meio da aplicação de juros
compostos ao longo de um prazo especificado. As instituições de poupança anunciam retornos a
juros compostos de x%, ou juros de x%, com composição anual, semestral, trimestral, mensal,
semanal, diária ou até contínua.
20
Juros Compostos, são juros auferidos sobre um dado depósito e que passam a fazer parte do principal (valor
monetário sobre o qual incidem os juros) ao fim de um período estipulado.
𝐕𝐅𝐧 = 𝐕𝐏 × (𝟏 + 𝐢)𝐧
Onde:
Exemplo:
João deposita $800,00 numa conta de poupança que paga 6% de juros compostos
anualmente. Ele quer saber, quanto terá ao fim de cinco anos?
Dados:
VP = $800,00
n = 5 anos.
VFn ?
Resolução:
Resposta:
No fim do quinto ano da aplicação do valor presente de $800,00 a juros compostos, o João
terá um valor futuro de $1.070,58.
Resolver a equação do exemplo anterior envolve elevar 1,06 à quinta potência. Assim
sendo, usar uma calculadora financeira ou uma tabela de juros, facilita bastante o cálculo do valor
futuro.
Portanto, usando uma tabela que fornece os valores futuros de (1 + i)n, o valor de cada
célula da tabela é chamado Factor de Valor Futuro. Esse valor é o multiplicador usado para
calcular, a uma taxa de juros especificada, o valor futuro de uma quantia actual para qualquer
tempo dado. Assim, o factor do valor futuro para um principal inicial de $1,00 composto a i% por
“n” períodos é chamado de FVFi,n.
𝐕𝐅𝐧 = 𝐕𝐏 × 𝐅𝐕𝐅𝐢,𝐧
Essa expressão indica que, para encontrar o valor futuro ao fim do período “n”, de um
depósito original, basta multiplicar o depósito original pelo Valor Presente e pelo Factor de Valor
Futuro aplicável.
Muitas vezes é útil determinar o valor, hoje, de uma quantia futura de dinheiro. Por
exemplo, quanto eu teria que depositar hoje, numa conta remunerada a 7% ao ano, para acumular
$ 3.000,00 ao fim de cinco anos?
Por isso mesmo, o valor presente depende, em grande parte, das oportunidades de
investimento e do momento no tempo em que o montante deve ser recebido.
Essa taxa anual de retorno pode ser chamada de taxa de desconto, retorno exigido, custo
do capital e custo de oportunidade. Esses termos serão empregados de maneira intercambiável
neste material.
Outrossim, o Valor Presente é o valor monetário corrente de uma quantia futura, ou seja,
é o capital que precisaria ser investido hoje, a certa taxa de juros, por um período estipulado para
igualar-se à quantia futura.
O valor presente de uma quantia futura pode ser encontrado matematicamente resolvendo
a equação do Valor Futuro, para VP. Ou seja, o valor presente, VP, de uma quantia futura qualquer,
VFn, a ser recebido daqui a “n” períodos e admitindo um custo de oportunidade de “i”, é calculado
da seguinte maneira:
𝐕𝐅𝐧 𝟏
𝐕𝐏 = 𝐧
→ 𝐕𝐏 = 𝐕𝐅𝐧 × [ ]
(𝟏 + 𝐢) (𝟏 + 𝐢)𝐧
21
Desconto de Fluxo de Caixa é o processo de determinação de Valores Presentes, ou seja, é o oposto da capitalização
de juros.
Onde:
Exemplo:
O João quer encontrar o valor presente de $1.700,00 que serão recebidos daqui a oito anos.
Seu custo de oportunidade é de 8%.
Dados:
VP =?
n = 8 anos.
VFn = $1.700,00
Resolução:
Resposta:
O Valor presente deve ser de $918,46, para encontrar um Valor Futuro de $1.700,00, findo
oito anos a uma taxa de oportunidade de 8% ao ano.
O cálculo do valor presente pode ser simplificado com o uso do Factor de Valor Presente.
Esse factor é o multiplicador usado para calcular, a uma determinada taxa de desconto, o valor
presente de uma quantia a ser recebida num período futuro. O Factor de Valor Presente de $ 1
descontado a i % por “n” períodos é conhecido como FVPi,n.
𝟏
𝐅𝐚𝐜𝐭𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐕𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐏𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐞 → 𝐅𝐕𝐏𝐢,𝐧 =
(𝟏 + 𝐢)𝐧
Assim, sendo FVPi,n o factor correcto, podemos reescrever a equação geral do Valor
Presente do seguinte modo:
𝐕𝐏 = 𝐕𝐅𝐧 × 𝐅𝐕𝐏𝐢,𝐧
Portanto, esta expressão indica que, para determinar o Valor Presente de um montante a
ser recebido num período futuro “n”, basta multiplicar o montante futuro VFn, pelo Factor de
Valor Presente apropriado.
ANUIDADES
Quanto você estaria disposto a pagar, hoje, dado que pode obter 7% sobre investimentos
de baixo risco, para receber uma soma garantida de $3.000,00 ao fim de cada um dos próximos 20
anos?
Quanto você teria ao cabo de cinco anos se, ao fim de cada um dos próximos anos, seu
empregador retivesse e investisse $1.000,00 de sua bonificação anual, garantindo-lhe uma taxa
anual de retorno de 9%? Para responder a essas perguntas, você precisa entender a aplicação do
valor do dinheiro no tempo tendo em conta às anuidades.
Assim sendo, uma anuidade é uma série de fluxos de caixa periódicos iguais, ao longo de
um determinado período de tempo. Esses fluxos de caixa costumam ser anuais, mas podem
ocorrer a intervalos diferentes, como mensais (aluguer, prestação do carro, etc.). Os fluxos de
caixa de uma anuidade podem ser entradas (por exemplo, os $3.000,00 recebidos ao fim de cada
ano pelos próximos 20 anos) ou saídas (por exemplo, os $1.000,00 investidos ao fim de cada ano
pelos próximos cinco anos) de caixa.
TIPOS DE ANUIDADE
ANUIDADE ORDINÁRIA/COMUM
Os cálculos necessários para encontrar o valor futuro de uma anuidade ordinária são
exemplificados a seguir:
𝐅𝐚𝐜𝐭𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐕𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐅𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐀𝐧𝐮𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐎𝐫𝐝𝐢𝐧á𝐫𝐢𝐚 → 𝐅𝐕𝐅𝐀 𝐢,𝐧 = ∑(𝟏 + 𝒊)𝒏−𝟏
𝒊=𝟏
Esse factor é o multiplicador usado para calcular o Valor Futuro de uma Anuidade
Ordinária ou comum a uma dada taxa de juros e por certo período de tempo.
Assim, usando VFAn para representar o Valor Futuro de uma Anuidade de “n” anos,
PMT para representar o valor a ser depositado anualmente ao fim de cada ano, ou seja,
prestações anuais e FVFAi,n para representar o Factor de Valor Futuro aplicável a uma anuidade
ordinária de um dólar composta a i% por “n” anos, pode-se expressar a relação entre essas
variáveis como:
Onde:
PMT = é o valor a ser depositado anualmente ao fim de cada ano, ou seja, prestações anuais;
Exemplo:
O senhor Paulo quer saber o Valor Futuro de uma Anuidade ao fim de cinco anos de um
deposito de $1.000,00 ao fim de cada ano, em uma conta de poupança que renderá 7% de juros
anuais durante os próximos cinco anos.
Dados:
VFAn =?
PMT = $1.000,00
i = 7% de Juro anual;
n = 5 anos.
Resolução:
𝐧
Resposta:
NOTA IMPORTANTE:
Para além da fórmula acima, existe uma outra muito mais rápida e fácil para o cálculo do
Valor Futuro de uma Anuidade Ordinária ou Comum, como ilustra-se a seguir:
𝟏
𝐕𝐅𝐀 𝐧 = 𝐏𝐌𝐓 × × [(𝟏 + 𝐢)𝐧 − 𝟏]
𝐢
𝟏 1
𝐕𝐅𝐀 𝐧 = 𝐏𝐌𝐓 × [(𝟏 + 𝐢)𝐧 − 𝟏] → VFAn = 1.000 × × [(1 + 0,07)5 − 1] → VFAn
𝐢 0,07
0,4025517307
= 1.000 × → VFAn = 1.000 × 5,75073901 → VFAn
0,07
= $5.750,74.
Resposta:
Muitas vezes, em finanças, precisamos determinar o Valor Presente de uma série de fluxos
de caixa a ser recebida em períodos vindouros. Uma anuidade é, evidentemente, uma série de
fluxos de caixa iguais e periódicos. Assim, o método para encontrar o valor presente de uma
anuidade ordinária é semelhante ao que acabamos de descrever. Evidentemente que, para este caso,
também existem métodos longos e breves para a realização desse cálculo.
𝒏
𝟏
𝐅𝐚𝐜𝐭𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐕𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐏𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐀𝐧𝐮𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐎𝐫𝐝𝐢𝐧á𝐫𝐢𝐚 → 𝐅𝐕𝐏𝐀 𝐢,𝐧 = ∑
(𝟏 + 𝒊)𝒏
𝒊=𝟏
Esse factor é o multiplicador usado para calcular o valor presente de uma anuidade
ordinária, a uma dada taxa de desconto, por um determinado período de tempo. Sendo VPAn o
valor presente de uma anuidade ordinária de “n” anos, PMT o valor a ser recebido anualmente
ao fim de cada ano e FVPAi,n o factor de valor presente aplicável a uma anuidade ordinária de
um dólar descontada a i % por “n” anos, podemos expressar a relação entre as variáveis da
seguinte forma:
Onde:
PMT = é o valor a ser recebido anualmente ao fim de cada ano, ou seja, prestações anuais;
Exemplo:
O João quer determinar o valor presente de uma anuidade ordinária de cinco anos de
$700,00, admitindo um custo de oportunidade de 8%.
Dados:
VPAn =?
PMT = $700,00
i = 8% de Juro anual;
n = 5 anos.
Resolução:
𝒏
𝟏
𝐕𝐏𝐀 𝐧 = 𝐏𝐌𝐓 × ∑
(𝟏 + 𝒊)𝒏
𝒊=𝟏
Anos PMT 𝟏 𝟏
𝐏𝐌𝐓 ×
(𝟏 + 𝒊)𝒏 (𝟏 + 𝒊)𝒏
1 $700,00 0,9259259 648,15
2 $700,00 0,8573388 600,14
3 $700,00 0,7938322 555,68
4 $700,00 0,7350299 514,52
5 $700,00 0,6805832 476,41
∑ $2.794,90
NOTA IMPORTANTE:
Para além da fórmula acima, existe uma outra muito mais rápida e fácil para o cálculo do
Valor Presente de uma Anuidade Ordinária ou Comum, como ilustra-se a seguir:
𝟏 𝟏
𝐕𝐏𝐀 𝐧 = 𝐏𝐌𝐓 × × [𝟏 − ]
𝐢 (𝟏 + 𝒊)𝒏
𝟏 𝟏 1 1
𝐕𝐏𝐀 𝐧 = 𝐏𝐌𝐓 × × [𝟏 − ] → VPA n = 700 × × [1 − ] → VPAn
𝐢 (𝟏 + 𝒊)𝒏 0,08 (1 + 0,08)5
= 8.750 × [1 − 0,6805831970] → VPAn = 8.750 × 0,319416803 → VPAn
= $2.794,90.
Resposta:
ANUIDADES VENCIDAS/ANTECIPADAS
Assim, aplicamos ao Factor de Valor Futuro de uma anuidade ordinária uma simples
conversão para que possa ser usado como anuidades vencidas. Portanto, a fórmula do FVFAi,n
vencida será:
Essa equação nos diz que o factor de valor futuro de uma anuidade vencida pode ser
encontrado por meio da simples multiplicação do factor de valor futuro de uma anuidade
ordinária, de mesmo rendimento e período, pela expressão (1 + i).
Porquê esse ajuste é necessário? Porque cada fluxo de caixa de uma anuidade vencida rende
juros por um ano a mais do que uma anuidade ordinária (do início ao final do ano). Multiplicar
FVFAi,n por (1 + i) acrescenta o rendimento de juros de mais um ano a cada fluxo de caixa da
anuidade.
Assim sendo, a fórmula para o cálculo do Valor Futuro de uma Anuidade Vencida será:
Onde:
PMT = é o valor a ser depositado anualmente no inicio de cada ano, ou seja, prestações anuais;
Exemplo:
O senhor Paulo quer saber o Valor Futuro de uma Anuidade ao fim de cinco anos de um
deposito de $1.000,00 no início de cada ano, em uma conta de poupança que renderá 7% de juros
anuais durante os próximos cinco anos.
Dados:
VFAn =?
PMT = $1.000,00
i = 7% de Juro anual;
n = 5 anos.
Resolução:
𝐧
Resposta:
Também podemos encontrar o valor presente de uma anuidade vencida. Esse cálculo pode
ser facilmente realizado por meio de um ajuste do cálculo para uma anuidade ordinária. Como os
fluxos de caixa de uma anuidade vencida ocorrem no início, não no final de cada período, cada
fluxo de caixa de uma anuidade vencida é descontado por um ano a menos do que o de uma
anuidade ordinária. Uma conversão simples pode ser feita nos factores de valor presente de
anuidades ordinárias, para aplicá-los a uma anuidade vencida.
A equação indica que o factor de valor presente para uma anuidade vencida pode ser obtido
por meio da multiplicação do factor de valor presente aplicável a uma anuidade ordinária, de
igual rendimento e período, pela expressão (1 + i). Essa conversão faz um ajuste para o facto de
que cada fluxo de caixa de uma anuidade vencida é descontado por um ano a menos do que uma
anuidade ordinária comparável.
Assim sendo, a fórmula para o cálculo do Valor Presente de uma Anuidade Vencida
será:
𝒏
𝟏
𝐕𝐏𝐀 𝐧 = 𝐏𝐌𝐓 × [∑ ] × (𝟏 + 𝐢)
(𝟏 + 𝒊)𝒏
𝒊=𝟏
Onde:
PMT = é o valor a ser depositado anualmente no inicio de cada ano, ou seja, prestações anuais;
Exemplo:
O João quer determinar o valor presente de uma anuidade vencida de cinco anos de
$700,00, admitindo um custo de oportunidade de 8%.
Dados:
VPAn =?
PMT = $700,00
i = 8% de Juro anual;
n = 5 anos.
Resolução:
𝒏
𝟏
𝐕𝐏𝐀 𝐧 = 𝐏𝐌𝐓 × [∑ ] × (𝟏 + 𝐢)
(𝟏 + 𝒊)𝒏
𝒊=𝟏
Anos PMT 𝟏
(𝟏 + 𝒊)𝒏
1 $700,00 0,9259259
2 $700,00 0,8573388
3 $700,00 0,7938322
4 $700,00 0,7350299
5 $700,00 0,6805832
∑ 3,99271
𝒏
𝟏
𝐕𝐏𝐀 𝐧 = 𝐏𝐌𝐓 × [∑ ] × (𝟏 + 𝐢) → VPA5 = 700,00 × [3,99271] × (1 + 0,08)
(𝟏 + 𝒊)𝒏
𝒊=𝟏
→ VPA5 = 700,00 × [3,99271] × (1 + 0,08) → VPA5 = 700,00 × 4,3121268
→ VPA5 = $3.018,49
1. Para cada um dos casos indicados na tabela a seguir, calcule o valor futuro da quantia única
de caixa, depositada hoje, que estaria disponível ao final do prazo de depósito, se os juros
fossem compostos anualmente, à taxa especificada, ao longo desse prazo.
Caso Fluxo Único Taxa de Juros Prazo (anos)
A $ 200,00 5% 20
B $ 4.500,00 8% 7
C $ 10.000,00 9% 10
D $ 25.000,00 10% 12
E $ 37.000,00 11% 5
F $ 40.000,00 12% 9
3. Para cada caso mostrado na tabela a seguir, calcule o valor presente do fluxo de caixa,
descontado à taxa dada e admitindo que o fluxo de caixa seja recebido ao fim de cada
período indicado.
Caso Fluxo Único Taxa de Desconto Final do Período (anos)
A $ 7.000,00 12% 4
B $ 28.000,00 8% 20
C $ 10.000,00 14% 12
D $ 150.000,00 11% 6
E $ 45.000,00 20% 8
5. Valor Futuro de uma Anuidade. Para cada caso relacionado na tabela a seguir, responda
às perguntas adiante.
Caso Valor da Anuidade Taxa de Juros Prazo de Depósitos (anos)
A $ 2.500,00 8% 10
B $ 500,00 12% 6
C $ 30.000,00 20% 5
D $ 11.500,00 9% 8
C $ 140.000,00 5% 7
D $ 22.500,00 10% 5
7. Valores Futuros de Anuidades. João Paulo precisa escolher a melhor dentre duas séries
de fluxos de caixa com custos iguais: a anuidade X, uma anuidade vencida com entrada de
caixa de $ 9.000 por ano, durante seis anos, e a anuidade Y, uma anuidade ordinária com
entrada de caixa de $ 10.000 por ano, durante seis anos. Suponha que João Paulo possa
obter retorno de 15% em suas aplicações.
a) Em termos puramente subjetivos, que anuidade você acha que é mais atraente? Por quê?
b) Determine o valor futuro no fim do sexto ano, VFA6, para as anuidades X e Y.
c) Use o resultado do item b) para indicar qual das duas anuidades é mais atraente. Explique
sua resposta. Compare sua constatação com a resposta subjetiva dada no item a).
SÉRIES MISTAS;
Valor Futuro de uma Série Mista;
Valor Presente de uma Série Mista;
Composição de Juros com Frequência Maior que a Anual: Composição Semestral,
Trimestral, Mensal, Semanal, Diária;
Equação Geral para Composição com Frequência Maior do que a Anual;
Taxas de Juros Anuais Nominais e Efectivas;
Aplicações Especiais do Valor do Dinheiro no Tempo;
Determinação dos Depósitos Necessários para Acumular uma Quantia Futura;
Amortizações de Empréstimos;
1. Você pode optar entre duas séries de fluxos de caixa por cinco anos e quantias individuais.
Uma delas é uma anuidade ordinária, e a outra, uma série mista. Você pode optar pela
alternativa A ou pela B e, em qualquer dos casos, sob a forma de série ou de quantia
individual. Dadas as séries e as quantias únicas associadas a cada alternativa (veja a tabela
a seguir) e admitindo um custo de oportunidade de 9%, qual das alternativas (A ou B) e
sob que forma (série de fluxos de caixa ou quantia única) você preferiria?
Introdução;
Questões Históricas sobre a Política de Dividendos;
Conceito de Dividendos;
Objectivos de Política de Dividendos;
Tipos de Políticas de Dividendos;
Factores que Afectam a Política de Dividendos;
Teorias da Política de Dividendos: Teoria Residual, Teoria da Irrelevância dos
Dividendos e, Teoria da Relevância dos Dividendos