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Unidade de Competência Padrão: Aplicar os diversos métodos na repartição dos custos

indirectos.

a) Identifica os diferentes custos indirectos de produção;


1. Aplicar diferentes b) Reparte correctamente os gastos gerais de fabrico, Identificando as bases de
métodos para repartir os imputação e calculando os coeficientes de imputação, numa base única ou
gastos indirectos de múltipla.
fabrico c) Aplica as quotas teóricas, normais e ideais na repartição dos gastos gerais de
fabrico

SU M ÁRIO
Conceito de Custo...................................................................................................................................... 1
Classificação Funcional dos Custos..................................................................................................... 1
Custos Indirectos................................................................................................................................. 2
Apuramento dos custos de produção.................................................................................................. 3
METODOS UTILIZADOS PARA REPARTIÇÃO DOS CUSTOS INDIRECTOS.......................4
Base de Imputação......................................................................................................................... 4
Base de Imputação Multipla................................................................................................................ 7
Quota Teórica e Quota Ideal........................................................................................................ 9
VANTAGENS.................................................................................................................................. 10
Esquema Contabilístico das Quotas reais / Quotas teóricas.............................................10

Criterio de Desempenho: a) Identifica os diferentes custos indirectos de produção;

REVISÕES

CON CEIT O DE CU ST O

No seu sentido mais geral, custo é o valor pago ao trabalho necessário para a produção de bens ou serviços.

O conceito de custo é muitas vezes confundido com os conceitos de preço, despesa ou de desembolso
financeiro. É comum dizer-se que, se um bem ou serviço tem um preço alto, esse bem ou serviço "custa"
muito caro.

Custos são gastos que a entidade realiza com até tornar o seu produto pronto para ser comercializado
(fabricando-o ou apenas revendendo-o) ou até realizar um serviço contratado. Uma diferença básica entre
custo e despesa é que "custo" traz um retorno financeiro e pertence à actividade fim da entidade
(determinada no seu contrato social, na cláusula do objecto). Já a despesa é um gasto com a actividades
meio e não gera retorno financeiro, apenas propiciando um certo "conforto" ou funcionalidade ao ambiente
empresarial.

A razão para se classificar os gastos correntes de uma entidade em despesas e custos é que o primeiro vai
direto para o resultado do período. Já os custos dizem respeito à formação de um estoque (de produtos
acabados) e à sua venda. Finalmente, serão finalmente levados ao resultado, o que pode levar meses ou até
anos.

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS CUSTOS

Industriais MD, MOD, GGF


Custos Não Industriais Financeiros, Comerciais e Administrativos

Matérias
São todos os produtos que a empresa adquire com o objectivo de transformar em outros produtos ou
servirem de apoio a essa transformação. Assim, temos dois tipos de Materiais: Matéria-prima (que

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são Custos Directos) e as matérias subsidiárias (Gastos Gerais de Fabrico ou Custos Indirectos de
Fabrição).

Como sabemos, o desenvolvimento normal das actividades das empresas não é possível sem o recurso a
pessoas. Os custos com pessoal representam uma parcela muito significativa nas empresas moçambicanas.

Quando se fala nos Custos de Mão-de-Obra estamos a falar nos custos de Pessoal afectos à produção.

O custo da mão-de-obra inclui:

 Operários,
Custos com o pessoal fabril  Cozinheira,
 Mão-de-Obra directo, isto é, que trabalha  Pedreiro,
Directa (MOD) directamente na produção  Mecânico,
do produto  Electricista,
Mão-de-
 etc.
Obra
 Chefia,
Custos com pessoal da  Pessoal do gabinete de
 Mão-de-obra
fabrica que apoia a manutenção das máquinas,
Indirecta (MOI)
laboração  Servente limpeza,
 etc.

As matérias-primas e a mão-de-obra, são custos directos, pelo que são pela sua definição aqueles cuja
incorporação no produto final é fácil ou fisicamente observável. Os Gastos Gerais de Fabrico (GGF) são
indirectos e como tal, exigem uma maior complexidade no cálculo do valor a considerar para o custo de
produção:

Contrariamente às matérias-primas e a mão-de-obra, os GGF são atribuídos com base em estimativas. As


principais razões subjacentes à utilização de estimativas dos GGF são:

 Alguns GGF, como a manutenção de prevenção, incorrem num momento do tempo mas, beneficiam
encomendas feitas durante o ano todo.

Os custos indirectos podem ser subdivididos em três grupos:

CUSTOS INDIRECTOS

 Materiais Indirectos
 Materiais auxiliares empregados no processo de fabrico, que não integram fisicamente o produto
 Os materiais directos que não têm medição do consumo nos produtos

 Mão-de-obra Indirecta (MOI)


 Mão-de-obra que não trabalha directamente na transformação da Matéria-prima em produto ou da qual
não há condições para apontar o tempo gasto nos produtos

 Outros Custos Indirectos


 Todos os demais custos indirectos incorridos na fábrica, que não são possíveis medir ou quantificar o
consumo nos produtos.

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APURAMENTO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

PASSOS PROCEDIMENTOS
1. Apurar o Custo MP/
Industrial de (+) Matérias-primas MD
Produção (+) Mão-de-obra Directa MOD
(+) Gastos Gerais de fabrico GGF
(=
) Custo Industrial de Produção CIP
2. Apurar o Custo (+) Existências iniciais de Produtos em Vias de fabrico EI PVF
Industrial do (-) Existências Finais de Produtos em Vias de fabrico EF PVF
Produto Acabado (+
) Custo Industrial do Produto Acabado CIPA
3. Apurar O custo (+
Industrial do ) Produtos que se encontram em stock no inicio do período EI PA
Produto Vendido (-) Produtos que ficam no stock no final do período EF PA
(+
) Custo Industrial do Produto Vendido CIPV

Exemplo: Os custos do mês de Março da Empresa ABOBORA, foram os seguintes:


Custos
Custos Não Industriais
Industriais
(meticais)
MO GG Administrativo Distribuiç Financeir
MP
D F s ão os
Operários afectos à fabricação dos 25.000,0
produtos 0
Técnicos de manutenção das Máquinas 16.000,00
Lubrificantes 2.000,00
Serventes da fábrica 12.000,00
Abóbora 50.000,0
0
Açúcar 8.000,00
Gás 3.000,00
Amortização das máquinas 7.500,00
Energia eléctrica 6.500,00
Aluguer da fábrica 32.000,0
0
Manutenção 9.500,00
Telefones 6.000,00
Água Fabril 2.600,00
Seguros Fabris 2.000,00
TOTAL 182.100,
00

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METODOS UTI LI ZA DOS PA RA R EPAR TI Ç Ã O DOS C US TOS I NDI R EC TOS

Critério de Desempenho:

(a) Reparte correctamente os gastos gerais de fabrico, Identificando as bases de imputação e calculando
os coeficientes de imputação, numa base única ou múltipla.
(b) Aplica as quotas teóricas, normais e ideais na repartição dos gastos gerais de fabrico

Os critérios de afetação visam repartir os gastos indiretos que são comuns a dois ou mais objectos de custo.
São exemplos habituais de gastos indiretos, as depreciações ou amortizações, os gastos de manutenção,
seguros, rendas, comunicação, gastos com segurança, vigilância e limpeza.

No desenvolvimento do sistema da contabilidade de gestão deve haver a preocupação em definir as bases de


imputação mais adequadas para relacionar os gastos indiretos com os objectos de custo em prol do
aumento da fiabilidade da informação. Esta preocupação conduz à utilização de critérios de afectação,
baseados numa base de imputação única (apenas uma base de imputação para repartir todos os gastos
indirectos) ou múltipla (bases de imputação distintas que traduzem uma relação de causa-efeito com os
factores que provocaram o custo).

BASE DE IMPUTAÇÃO
No apuramento dos custos das matérias directas e da mão-de-obra directa a considerar no custo do produto,
não há problemas de imputação, pois, eles são ou tratam-se de custos directos dos produtos.

Com os Gastos Gerais de Fabrico não se passa o mesmo, pois, neles são fundamentalmente englobados
gastos que são comuns aos diversos produtos que se fabricam.

Por esta razão, têm que ser definidos critérios de imputação (de distribuição ou de repartição) dos gastos
Gerais de Fabrico verificados no período pelos produtos fabricados nesse período.

Recorre-se para o efeito às chamadas bases ou unidades de imputação.

As bases de imputação mais utilizadas são as seguintes:

 Custo da mão-de-obra directa;


 Número de horas de mão-de-obra directa:
 Número de unidades fabricadas;
 Custos das matérias-primas transformadas;
 Número de horas de trabalho das máquinas;
 Número de horas de trabalho do centro ou secção;
 Custo primo.

Exemplos:
Custos Comuns/GGFs Chaves de Repartição
Rendas de Edifícios Espaço Ocupado (m²)
Amortização/Depreciações dos Edifícios Espaço Ocupado (m²)
Seguro de Incêndio de Equipamento Valor do Imobilizado segurado
Telefones Nº de Empregados
Energia Potência (kw), horas de trabalho
M.O.I. Horas M.O.D., Custo M.O.D.

Fórmulas
Montante dos GGFs a Repartir
Coeficiente de Imputação=
Total da Base de Imputação

Valor a imputar=Coeficiente de Imputação parcial∗Base de Imputação

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CASO PRÁTICO 2: Imputação de Base Única

Considere qua empresa apresenta os GGFs do mês de abril de 2020, em 18.900.00MT, e as Horas de MOD
gastas em cada produto foram:
A 5 000 h,
B 4 950 h e
C 5 050 h.
Considerando que a base de imputação Horas de MOD, qual o montante de GGF a atribuir a cada um
dos produtos?

Total de Horas de MOD = 5 000 + 4 950 + 5 050 = 15 000 Hh

Montante dos GGFs a Repartir 18 900,00 MT


Coeficiente de Imputação= = =1,26 MT /h
Total da Base de Imputação 15 000 Hh

Nisto significa que vamos imputar 1 e 26 Centavos por cada Hora de MOD:
Valor a imputar para o Produto A: 5 000 h* 1,26MT/h = 6 300
Produto B: 4 950 h* 1,26MT/h = 6 237
Produto C: 5 050 h* 1,26MT/h = 6 363
Total Imputado 18 900

CASO PRÁTICO 3 – CHAVES DE REPARTIÇÃO


Para cada um dos casos seguintes identifique 2 chaves de repartição possíveis:
1. Despesas do departamento de Recursos Humanos
2. Despesas das Despesas da Avença da Manutenção dos Computadores
Resposta:
1. Chaves de repartição possíveis: Nº Trabalhadores de cada secção ou Valor dos Salários
2. Chaves de repartição possíveis: Nº de Computadores de cada secção; Valor Contabilístico dos
Computadores

CASO PRÁTICO 4 – REPARTIÇÃO DOS CUSTOS COMUNS


Se uma empresa paga 195 000,00 meticais de renda, se a área ocupada pelos escritórios e pela fabrica é a
seguinte:

Fábrica 800 m2 80%


Escritórios 200 m2 20%
Total 1 000 m2 100%

Logo a repartição do custo comum seria o seguinte:


Renda Fábrica =(195 000,00 x 80%) = 156 000,00
Renda Escritório =(195 000,00 x 20%)= 39 000,00
Total 195 000,00

CASO PRÁTICO 1 –REPARTIÇÃO DOS CUSTOS COMUNS


A padaria Dambo dedica-se ao fabrico e comercialização de pão e tem na sua estrutura os seguintes centros
de custo:
Armazém de Matérias-primas 90 m²
Produção (Fornos e amassadeiras) 60 m²
Serviços Administrativos e Financeiros 30 m²
Serviço de Venda ao Público 20 m²
Área Total 200 m²

A renda mensal das instalações é de 75,000.00 Meticais/Mês. Qual o custo repartido a imputar a cada um
dos centros de custo?

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Resposta:
Podíamos ir pelo índice de repatriação:

75 000,00
= 375,00
200
Ou seja, a renda por cada m2 é de 375,00 meticais, logo:

Armazém de Matérias-primas 90 m2 x 375,00 = 33 750,00


22 500,0
Produção (Fornos e amassadeiras) 60 m2 x 375,00 = 0
Serviços Administrativos e Financeiros 30 m2 x 375,00 = 11 250,00
Serviço de Venda ao Público 20 m2 x 375,00 = 7 500,00
20 75 000,0
Total 0 0

Ou também poderíamos utilizar as percentagens:

Armazém de Matérias-primas 90 ( 90 / 200) x 100% 45%


30
Produção (Fornos e amassadeiras) 60 ( 60 / 200) x 100% %
Serviços Administrativos e Financeiros 30 ( 30 / 200) x 100% 15%
Serviço de Venda ao Público 20 ( 20 / 200) x 100% 10%

EXEMPLO 31 – BASES DE IMPUTAÇÃO (2)


Vejamos uma empresa que pretende alocar a energia eléctrica da fábrica aos seus Produtos: Produto X,
Produto Y e o Produto Z. Se o custo de energia fosse de 6.000,00 meticais, qual o valor que caberia a cada um
deles?

Se não tivéssemos mais nenhuma informação adicional, iríamos dividir equitativamente, ou seja, em partes
iguais o que daria um custo indirecto de 2.000,00 por produto. (6.000,00 / 3 produtos).

Se tivéssemos a informação sobre a quantidade de produção de cada um, então o valor a distribuir poderia
ser com ponderado por estas quantidades.

Se a produção fosse a seguinte:


Produto Unidades Produzidas
X 50
Y 150
Z 200
Total 400  

Custo indirecto por unidade produzida seria de 15,00 meticais / Unidade Produzida (6.000,00 / 400). Logo
os Custos Indirectos a imputar a cada Produto seriam os seguintes:
Produto Unidades Produzidas Custos Indirectos
X 50 750,00
Y 150 2.250,00
Z 200 3.000,00
Total 400   6.000,00  

Esta repartição parece mais real. No entanto se consideramos que o consumo de energia é proporcional ao
tempo de fabricação a forma de repartir os custos deveria atender a esta variável.

Considere que se fez um levantamento do tempo de produção de cada Produto, tendo-se chegado aos
seguintes valores:

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Produto Tempo de fabricação/ Produto
X 8 h
Y 4 h
Z 11 h
Total 23 h
Logo o tempo Total de fabricação de cada Produto seria:

Quantidade Tempo de fabricação/


Produto Tempo Total de fabricação
Produzida Produto (horas)
X 50 8 h 400 h
Y 150 4 h 600 h
Z 200 11 h 2.200 h
Total 400 23 h   3.200 h

Os custos indirectos por hora seriam de 1,875 meticais / hora (6.000,00 / 3.200)

Produto Tempo Total de fabricação Custos Indirectos


X 400 750,00
Y 600 1.125,00
Z 2.200 4.125,00
Total 3.200   6.000,00

BASE DE IMPUTAÇÃO MULTIPLA

Na tentativa de aperfeiçoamento dos custos a imputar, podem ser utilizadas diversas bases de repartição,
uma para cada conta de custos indirectos, bem como para cada departamento. Normalmente, utilizam-se as
seguintes bases de repartição dos custos indirectos:

Custos Base de Repartição


 Renda, amortizações, imposto predial  Área ocupada
 Administração da Fabrica  Nº de Funcionários
 Energia Eléctrica  Potencia instalada em quilowatts/ hora
 Departamento de Aprovisionamento  Nº de requisições de materiais

EXEMPLO - BASE DE IMPUTAÇÃO MÚLTIPLA


Uma determinada empresa produtora de sumos e compotas de fruta, pretende distribuir os custos indirectos
de fabricação pelos seus 2 produtos.
  Sumo Compota Total
Quantidade Produzida (unidades) 10.000 500 10.500
Horas MOD / Unidade 0,25 1
Área Ocupada 30% 70%  

Custos Indirectos Valor Base de Imputação


Energia 8.000,00 Quantidade Produzida
Renda 30.000,00 Área ocupada
Manutenção 15.000,00 Horas de MOD
TOTAL 53.000,00

Aplicando agora a base múltipla de imputação, teríamos:

ENERGIA
Total dos GGF 8.000,00
Base de Imputação Quantidade Produzida
Total da Base de Imputação 10.500
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Coeficiente Imputação 0,76

Por cada unidade produzida temos um custo de GGF de 0,76 meticais


  Sumo Compota Total
valor da Base de Cada Produto 10.000 500
Coeficiente de Imputação 0,76 0,76
Imputação aos Produtos 7.619,05 380,95 8.000,00

RENDA
O coeficiente já é dado em forma de percentagem, então é uma aplicação directa
  Sumo Compota Total
Coeficiente de Imputação 30% 70%
Imputação aos Produtos 9.000,00 21.000,00 30.000,00
MANUTENÇÃO
Temos que determinar o total da base de imputação
  Sumo Compota Total
Quantidade Produzida 10000 500
Horas de MOD/Unidade 0,25 1
Horas Consumidas 2.500 500 3.000
Coeficiente Imputação = 15.000,00 5 meticais
3000
  Sumo Compota Total
valor da Base de Cada Produto 2500 500
Coeficiente de Imputação 5 5  
Imputação aos Produtos 12.500,00 2.500,00 15.000,00
CUSTOS IINDIRECTOS Sumo Compota Total
Energia 7.619,05 380,95 8.000,00
Renda 9.000,00 21.000,00 30.000,00
Manutenção 12.500,00 2.500,00 15.000,00
TOTAL 29.119,05 23.880,95 53.000,00

Exemplo: Para uma empresa que apresenta os seguintes dados


contabilisticos:
Produto X Produto Y
Matérias consumidas 6 000,00MT 7 500 ,00MT
N.º de horas máquina 13 500 15 000
N.º de horas homem 11 000 17 500
MOD 11 000,00MT 17 500 ,00MT
Valor de Vendas 40 000,00MT 45 000 ,00MT
Os GGF foram os seguintes:
Energia 2 850 ,00MT
Seguros 2 550 ,00MT
Depreciações 5 700 ,00MT
MOI 21 375 ,00MT

Sabendo que as bases de imputação são as seguintes:


Energia N.º de Horas homem (Hh)
Seguros Valor de vendas
Depreciações N.º de Horas máquina (Hm)
MOI Valor da MOD
Pede-se:
(a) O montante de GGF a imputar a cada produto
(b) Apure o custo de produção.
(c) Margem Bruta.

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Resolução:
a) Energia: 2 850,00MT N.º de Hh Depreciações: 5 700,00MT N.º Hm
Total Hh = 11 000 + 17 500 = 28 500 Hh Total Hm = 13 500 + 15 000 = 28 500 Hm
2850,00 MT 5700,00 MT
Coef .de Imput .= =0,1 MT /h Coef .de Imput .= =0,2 MT /h
28500 Hh 28500 Hh
Imputação: Imputação:
Produto X: 11 000h* 0,1MT/h = 1 100 Produto X: 13 500h* 0,2 MT /h = 2 700
Produto Y: 17 500h* 0,1MT/h = 1 750 Produto Y: 15 000h* 0,2 MT /h = 3 000
2 850 5 700
Seguros: 2 550,00MT Valor das Vendas • MOI: 21 375 € Valor da MOD
Valor das Vendas = 40 000 + 45 000 = 85 000,00MT Valor da MOD = 11 000 + 17 500 = 28 500 €
2550 , 00 MT 21375,00 MT
Coef .de Imput .= =0,03 MT Coef .de Imput .= =0,75 MT /h
85 000,00 MT 28500,00 MT
Imputação: Imputação:
Produto X: 40 000 * 0,03 = 1 200,00MT Produto X: 11 000,00MT * 0,75 = 8 250
Produto Y: 45 000 * 0,03 = 1 350,00MT Produto Y: 17 500,00MT* 0,75 = 13 125
2 550,00MT 21 375

b) Custo de produção
Descrição Produto X Produto Y Total
Matérias consumidas 6.000,00 7.500,00 13.500,00
MOD 11.000,00 17.500,00 28.500,00
GGF 0,00
Energia 1.100,00 1.750,00 2.850,00
Seguros 1.200,00 1.350,00 2.550,00
Depreciações 2.700,00 3.000,00 5.700,00
MOI 8.250,00 13.125,00 21.375,00
Custo de Produção 30.250,00 44.225,00 74.475,00
c) Margem Bruta
Descrição Produto X Produto Y Totais
Vendas 40.000,00 45.000,00 85.000,00
Custo Industrial da Produção 30.250,00 44.225,00 74.475,00
Margem Bruta 9.750,00 775,00 10.525,00

Quota Teórica e Quota Ideal

Como as empresas não podem esperar até ao final do período para saber quais os valores GGF para
determinar o custo dos produtos, assim como as variações ao longo dos meses podem originar coeficientes de
imputação muito diferentes, muitas vezes utilizam-se quotas teóricas de repartição destes custos.

Quando se utilizam os custos indirectos (GGF) reais estamos perante quotas reais quando utilizamos
valores estimados estamos perante quotas teóricas.

Outra forma de imputação é o recurso à quota ideal. A quota ideal toma como referencia a capacidade ideal,
ou seja, admitindo que a produção realiza-se sem qualquer desperdício. Geralmente as empresas nunca
atingem a sua capacidade máxima. A estimativa é de que a sua produção real esteja em cerca de 80% a 85%
da sua capacidade total.

Fórmulas
Montante dos GGFs a Repartir
Coeficiente de Imputação=
Total da Base de Imputação

Valor a imputar=Coeficiente de Imputação∗Base de Imputação parcial

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Condições: Se a empresa aguarda pelos valores reais dos GGF, então, o Coeficiente de imputação será
o real, calculado com base nos dados reais.
Se a empresa não aguarda pelos valores reais dos GGF, então, o Coeficiente de imputação
será o Teórico ou Pré - Estabelecido, calculados com base nos dados ideais.

VANTAGENS
1. O valor dos produtos não é prejudicado por algum facto anormal (avaria, greve...);
2. Não é necessário aguardar pelo fim do mês para calcular o coeficiente de imputação;
3. Procedimento menos trabalhoso, uma vez que só existe um coeficiente ao longo do ano.

ESQUEMA CONTABILÍSTICO DAS QUOTAS REAIS / QUOTAS TEÓRICAS

CASO PRÁTICO 1 - QUOTA TEÓRICA E QUOTA REAL


A empresa SOFAPERFEITO, produz três modelos de cadeira para escritório: FORMAL, TRADICIONAL,
LUXO. A empresa utiliza a quota teórica para a imputação dos seus Custos Indirectos industriais, aos
produtos, com base numa estimativa de custos indirectos industriais totais anuais de 6.720.000,00 meticais
e uma Produção anual estimada de 4.800.000 unidades (30% FORMAL; 50% TRADICIONAL; 20% LUXO)

Durante o mês de Junho, os valores obtidos foram:


Custos Indirectos 450.000,00

QUANTIDADE PRODUZIDA
FORMAL 120.000
TRADICIONAL 180.000
LUXO 60.000
Total 360.000

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PEDE-SE:
1) O valor da quota teórica e real para imputar os custos indirectos
2) O valor total dos custos indirectos a imputar a cada produto
3) Como justifica a diferença encontrada na alínea anterior e qual o procedimento a adoptar.

R:
1)
Quota Teórica = 6.720.000,00 = 1,4
4.800.000,00

Quota Real = 450.000,00 = 1,25


360.000,00
2)
Quota Teórica
FORMAL 168.000,00 (120.000 X 1,40)
TRADICIONAL 252.000,00 (180.000 X 1,40)
LUXO 84.000,00 (60.000 X 1,40)
Total GGF Imputados 504.000,00

Quota Real
FORMAL 150.000,00 (120.000 X 1,25)
TRADICIONAL 225.000,00 (180.000 X 1,25)
LUXO 75.000,00 (60.000 X 1,25)
Total GGF Imputados 450.000,00

3) A diferença é de 54.000,00 . O procedimento correcto é proceder à sua contabilização, na conta de


"custos Industriais não incorporados"

CASO PRÁTICO 2 - QUOTA TEÓRICA E QUOTA REAL


A Empresa “Quotas” dedica-se ao fabrico de malas de viagem de diversos tipos. Para calcular o custo unitário
das malas abre-se, para cada lote a fabricar constituído por malas do mesmo tipo, uma ficha de custo. Os
GGF são imputados às ordens com base nos custos da MOD aplicada em cada uma.
No mês de Janeiro, os GGF da empresa e a MOD correspondente às diversas ordens de fabrico foram os
seguintes:

GGF 1 680,00MT
MOD:
Ordem n.º 1 275 ,00MT
Ordem n.º 2 350,00MT
Ordem n.º 3 175 ,00MT

Durante o mês em causa, consideram-se duas hipóteses para imputar os GGF às ordens de produção:
1ª Hipótese: a imputação dos GGF faz-se por quotas reais.
2ª Hipótese: a imputação dos GGF faz-se por quotas teóricas (admita que os GGF e a MOD previstos para
o ano são, respectivamente, de 19 000,00MT e 9 500,00MT).

1ª HIPÓTESE:
Coef. Imp. = 1 680 =2,1
800

Ou seja, por cada Euro de MOD imputa-se 2,00MT e 10 Centavos de GGF.


Assim temos:
Ordem n.º 1: 2,1 * 275 = 577,50
Ordem n.º 2: 2,1 * 350 = 735,00
Ordem n.º 3: 2,1 * 175 = 367,50
1 680,00
2ª HIPÓTESE:
Coef. Imp. = 19 000 = 2
9 500
Por: jchigona@gmail.com/IICN/2021-CN/CV4 em Contabilidade Pá gina 11 de 12
Ou seja, imputa-se 2 ,00MT de GGF por cada Euro de MOD.
Assim temos:
Ordem n.º 1: 2 * 275 = 550
Ordem n.º 2: 2 * 350 = 700
Ordem n.º 3: 2 * 175 = 350
1 600
NOTA: Repare-se que há uma diferença de imputação de 80,00MT. Esta diferença constitui um custo do
mês em causa, sendo contabilizada na conta “Diferenças de Incorporação”.

Por: jchigona@gmail.com/IICN/2021-CN/CV4 em Contabilidade Pá gina 12 de 12

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