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indirectos.
SU M ÁRIO
Conceito de Custo...................................................................................................................................... 1
Classificação Funcional dos Custos..................................................................................................... 1
Custos Indirectos................................................................................................................................. 2
Apuramento dos custos de produção.................................................................................................. 3
METODOS UTILIZADOS PARA REPARTIÇÃO DOS CUSTOS INDIRECTOS.......................4
Base de Imputação......................................................................................................................... 4
Base de Imputação Multipla................................................................................................................ 7
Quota Teórica e Quota Ideal........................................................................................................ 9
VANTAGENS.................................................................................................................................. 10
Esquema Contabilístico das Quotas reais / Quotas teóricas.............................................10
REVISÕES
CON CEIT O DE CU ST O
No seu sentido mais geral, custo é o valor pago ao trabalho necessário para a produção de bens ou serviços.
O conceito de custo é muitas vezes confundido com os conceitos de preço, despesa ou de desembolso
financeiro. É comum dizer-se que, se um bem ou serviço tem um preço alto, esse bem ou serviço "custa"
muito caro.
Custos são gastos que a entidade realiza com até tornar o seu produto pronto para ser comercializado
(fabricando-o ou apenas revendendo-o) ou até realizar um serviço contratado. Uma diferença básica entre
custo e despesa é que "custo" traz um retorno financeiro e pertence à actividade fim da entidade
(determinada no seu contrato social, na cláusula do objecto). Já a despesa é um gasto com a actividades
meio e não gera retorno financeiro, apenas propiciando um certo "conforto" ou funcionalidade ao ambiente
empresarial.
A razão para se classificar os gastos correntes de uma entidade em despesas e custos é que o primeiro vai
direto para o resultado do período. Já os custos dizem respeito à formação de um estoque (de produtos
acabados) e à sua venda. Finalmente, serão finalmente levados ao resultado, o que pode levar meses ou até
anos.
Matérias
São todos os produtos que a empresa adquire com o objectivo de transformar em outros produtos ou
servirem de apoio a essa transformação. Assim, temos dois tipos de Materiais: Matéria-prima (que
Como sabemos, o desenvolvimento normal das actividades das empresas não é possível sem o recurso a
pessoas. Os custos com pessoal representam uma parcela muito significativa nas empresas moçambicanas.
Quando se fala nos Custos de Mão-de-Obra estamos a falar nos custos de Pessoal afectos à produção.
Operários,
Custos com o pessoal fabril Cozinheira,
Mão-de-Obra directo, isto é, que trabalha Pedreiro,
Directa (MOD) directamente na produção Mecânico,
do produto Electricista,
Mão-de-
etc.
Obra
Chefia,
Custos com pessoal da Pessoal do gabinete de
Mão-de-obra
fabrica que apoia a manutenção das máquinas,
Indirecta (MOI)
laboração Servente limpeza,
etc.
As matérias-primas e a mão-de-obra, são custos directos, pelo que são pela sua definição aqueles cuja
incorporação no produto final é fácil ou fisicamente observável. Os Gastos Gerais de Fabrico (GGF) são
indirectos e como tal, exigem uma maior complexidade no cálculo do valor a considerar para o custo de
produção:
Alguns GGF, como a manutenção de prevenção, incorrem num momento do tempo mas, beneficiam
encomendas feitas durante o ano todo.
CUSTOS INDIRECTOS
Materiais Indirectos
Materiais auxiliares empregados no processo de fabrico, que não integram fisicamente o produto
Os materiais directos que não têm medição do consumo nos produtos
PASSOS PROCEDIMENTOS
1. Apurar o Custo MP/
Industrial de (+) Matérias-primas MD
Produção (+) Mão-de-obra Directa MOD
(+) Gastos Gerais de fabrico GGF
(=
) Custo Industrial de Produção CIP
2. Apurar o Custo (+) Existências iniciais de Produtos em Vias de fabrico EI PVF
Industrial do (-) Existências Finais de Produtos em Vias de fabrico EF PVF
Produto Acabado (+
) Custo Industrial do Produto Acabado CIPA
3. Apurar O custo (+
Industrial do ) Produtos que se encontram em stock no inicio do período EI PA
Produto Vendido (-) Produtos que ficam no stock no final do período EF PA
(+
) Custo Industrial do Produto Vendido CIPV
Critério de Desempenho:
(a) Reparte correctamente os gastos gerais de fabrico, Identificando as bases de imputação e calculando
os coeficientes de imputação, numa base única ou múltipla.
(b) Aplica as quotas teóricas, normais e ideais na repartição dos gastos gerais de fabrico
Os critérios de afetação visam repartir os gastos indiretos que são comuns a dois ou mais objectos de custo.
São exemplos habituais de gastos indiretos, as depreciações ou amortizações, os gastos de manutenção,
seguros, rendas, comunicação, gastos com segurança, vigilância e limpeza.
BASE DE IMPUTAÇÃO
No apuramento dos custos das matérias directas e da mão-de-obra directa a considerar no custo do produto,
não há problemas de imputação, pois, eles são ou tratam-se de custos directos dos produtos.
Com os Gastos Gerais de Fabrico não se passa o mesmo, pois, neles são fundamentalmente englobados
gastos que são comuns aos diversos produtos que se fabricam.
Por esta razão, têm que ser definidos critérios de imputação (de distribuição ou de repartição) dos gastos
Gerais de Fabrico verificados no período pelos produtos fabricados nesse período.
Exemplos:
Custos Comuns/GGFs Chaves de Repartição
Rendas de Edifícios Espaço Ocupado (m²)
Amortização/Depreciações dos Edifícios Espaço Ocupado (m²)
Seguro de Incêndio de Equipamento Valor do Imobilizado segurado
Telefones Nº de Empregados
Energia Potência (kw), horas de trabalho
M.O.I. Horas M.O.D., Custo M.O.D.
Fórmulas
Montante dos GGFs a Repartir
Coeficiente de Imputação=
Total da Base de Imputação
Considere qua empresa apresenta os GGFs do mês de abril de 2020, em 18.900.00MT, e as Horas de MOD
gastas em cada produto foram:
A 5 000 h,
B 4 950 h e
C 5 050 h.
Considerando que a base de imputação Horas de MOD, qual o montante de GGF a atribuir a cada um
dos produtos?
Nisto significa que vamos imputar 1 e 26 Centavos por cada Hora de MOD:
Valor a imputar para o Produto A: 5 000 h* 1,26MT/h = 6 300
Produto B: 4 950 h* 1,26MT/h = 6 237
Produto C: 5 050 h* 1,26MT/h = 6 363
Total Imputado 18 900
A renda mensal das instalações é de 75,000.00 Meticais/Mês. Qual o custo repartido a imputar a cada um
dos centros de custo?
75 000,00
= 375,00
200
Ou seja, a renda por cada m2 é de 375,00 meticais, logo:
Se não tivéssemos mais nenhuma informação adicional, iríamos dividir equitativamente, ou seja, em partes
iguais o que daria um custo indirecto de 2.000,00 por produto. (6.000,00 / 3 produtos).
Se tivéssemos a informação sobre a quantidade de produção de cada um, então o valor a distribuir poderia
ser com ponderado por estas quantidades.
Custo indirecto por unidade produzida seria de 15,00 meticais / Unidade Produzida (6.000,00 / 400). Logo
os Custos Indirectos a imputar a cada Produto seriam os seguintes:
Produto Unidades Produzidas Custos Indirectos
X 50 750,00
Y 150 2.250,00
Z 200 3.000,00
Total 400 6.000,00
Esta repartição parece mais real. No entanto se consideramos que o consumo de energia é proporcional ao
tempo de fabricação a forma de repartir os custos deveria atender a esta variável.
Considere que se fez um levantamento do tempo de produção de cada Produto, tendo-se chegado aos
seguintes valores:
Os custos indirectos por hora seriam de 1,875 meticais / hora (6.000,00 / 3.200)
Na tentativa de aperfeiçoamento dos custos a imputar, podem ser utilizadas diversas bases de repartição,
uma para cada conta de custos indirectos, bem como para cada departamento. Normalmente, utilizam-se as
seguintes bases de repartição dos custos indirectos:
ENERGIA
Total dos GGF 8.000,00
Base de Imputação Quantidade Produzida
Total da Base de Imputação 10.500
Por: jchigona@gmail.com/IICN/2021-CN/CV4 em Contabilidade Pá gina 7 de 12
Coeficiente Imputação 0,76
RENDA
O coeficiente já é dado em forma de percentagem, então é uma aplicação directa
Sumo Compota Total
Coeficiente de Imputação 30% 70%
Imputação aos Produtos 9.000,00 21.000,00 30.000,00
MANUTENÇÃO
Temos que determinar o total da base de imputação
Sumo Compota Total
Quantidade Produzida 10000 500
Horas de MOD/Unidade 0,25 1
Horas Consumidas 2.500 500 3.000
Coeficiente Imputação = 15.000,00 5 meticais
3000
Sumo Compota Total
valor da Base de Cada Produto 2500 500
Coeficiente de Imputação 5 5
Imputação aos Produtos 12.500,00 2.500,00 15.000,00
CUSTOS IINDIRECTOS Sumo Compota Total
Energia 7.619,05 380,95 8.000,00
Renda 9.000,00 21.000,00 30.000,00
Manutenção 12.500,00 2.500,00 15.000,00
TOTAL 29.119,05 23.880,95 53.000,00
b) Custo de produção
Descrição Produto X Produto Y Total
Matérias consumidas 6.000,00 7.500,00 13.500,00
MOD 11.000,00 17.500,00 28.500,00
GGF 0,00
Energia 1.100,00 1.750,00 2.850,00
Seguros 1.200,00 1.350,00 2.550,00
Depreciações 2.700,00 3.000,00 5.700,00
MOI 8.250,00 13.125,00 21.375,00
Custo de Produção 30.250,00 44.225,00 74.475,00
c) Margem Bruta
Descrição Produto X Produto Y Totais
Vendas 40.000,00 45.000,00 85.000,00
Custo Industrial da Produção 30.250,00 44.225,00 74.475,00
Margem Bruta 9.750,00 775,00 10.525,00
Como as empresas não podem esperar até ao final do período para saber quais os valores GGF para
determinar o custo dos produtos, assim como as variações ao longo dos meses podem originar coeficientes de
imputação muito diferentes, muitas vezes utilizam-se quotas teóricas de repartição destes custos.
Quando se utilizam os custos indirectos (GGF) reais estamos perante quotas reais quando utilizamos
valores estimados estamos perante quotas teóricas.
Outra forma de imputação é o recurso à quota ideal. A quota ideal toma como referencia a capacidade ideal,
ou seja, admitindo que a produção realiza-se sem qualquer desperdício. Geralmente as empresas nunca
atingem a sua capacidade máxima. A estimativa é de que a sua produção real esteja em cerca de 80% a 85%
da sua capacidade total.
Fórmulas
Montante dos GGFs a Repartir
Coeficiente de Imputação=
Total da Base de Imputação
VANTAGENS
1. O valor dos produtos não é prejudicado por algum facto anormal (avaria, greve...);
2. Não é necessário aguardar pelo fim do mês para calcular o coeficiente de imputação;
3. Procedimento menos trabalhoso, uma vez que só existe um coeficiente ao longo do ano.
QUANTIDADE PRODUZIDA
FORMAL 120.000
TRADICIONAL 180.000
LUXO 60.000
Total 360.000
R:
1)
Quota Teórica = 6.720.000,00 = 1,4
4.800.000,00
Quota Real
FORMAL 150.000,00 (120.000 X 1,25)
TRADICIONAL 225.000,00 (180.000 X 1,25)
LUXO 75.000,00 (60.000 X 1,25)
Total GGF Imputados 450.000,00
GGF 1 680,00MT
MOD:
Ordem n.º 1 275 ,00MT
Ordem n.º 2 350,00MT
Ordem n.º 3 175 ,00MT
Durante o mês em causa, consideram-se duas hipóteses para imputar os GGF às ordens de produção:
1ª Hipótese: a imputação dos GGF faz-se por quotas reais.
2ª Hipótese: a imputação dos GGF faz-se por quotas teóricas (admita que os GGF e a MOD previstos para
o ano são, respectivamente, de 19 000,00MT e 9 500,00MT).
1ª HIPÓTESE:
Coef. Imp. = 1 680 =2,1
800