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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Trabalho de Contabilidade de Gestão II

Sistema de custeio nas empresas industriais

Estudante: Jamal Amade


Codigo: 91210263

Pemba, Março de 2023


Estudante: Jamal Amade
Codigo: 91210263

Sistema de custeio nas empresas industriais

Trabalho do campo de caracter avaliativo,


cadeira de Contabilidade de Gestão II. -
3° Ano, curso de licenciatura em
Contabilidade e Auditoria. -2023

Orientado por: Tutores da disciplina


Eduardo Menete;
Luís Alberto;
Roberto da Costa Joaquim Chaua.
Pemba, Março de 2023
Indice

Introdução...................................................................................................................................4
1. Objectivos...........................................................................................................................5
1.1 Objectivos gerais..........................................................................................................5
1.2 Objectivos específicos..................................................................................................5
2. Referêncial Teórica.............................................................................................................5
3. Relação entre a Contabilidade Geral e Contabilidade de Custos........................................6
4. Custos..................................................................................................................................7
4.1 Classificaçào dos Custos..............................................................................................7
4.1.1 Custos Diretos.......................................................................................................8
4.1.2 Custos Indiretos....................................................................................................8
5. Sistema de Custeio..............................................................................................................8
5.1 Metodos de Custeio......................................................................................................9
5.1.1 Custeio Total ou por Absorção.............................................................................9
5.1.2 Custeio Direto ou Variável...................................................................................9
5.1.3 Custeio baseado em Atividades..........................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................11
Bibilografia...............................................................................................................................12
Introdução
As práticas e métodos de gestão de custos, tem vindo a adaptar-se nas necessidades colocadas
pelas nivas formas de competi globalmente no mercado cada vez mais e exigente, nesse
sentido, as organizaçoes tem a necessidade de escoplher sistemas de gestão de custos
avançados para medir com rigor todos o seus custos internos e externos de forma a poder ter
informação da rentabilidade total dop seu negócio.
Este trabalho aborda sobre os Sistemas de Custeio onde estes, representam, em síntese,
diferentes técnicas de mensuração dos estoques de modo que auxiliam em todo o sistema
contabilistico de uma empresa.
Ebjetiva este estudo, apenas apresentar uma introdução dos Sistemas de Custeio nas empresas
industriais. portanto, vai se abordar uma breve referência ao que se entende por Sistema de
Custeio, as fases de sua implantação, e, dentre os métodos existentes para apropriação.

O sistema de custeio que cada empresa adopta apara o apuramento do custo dos produtos
fabricados afecta significativamente os aspectos ligados aos objectivos de planeamento,
controlo administrativo e a tomada de decisão, na medida em que a informação sobre o custo
é extremamente importante para que aqueles objectivos sejam alcançados, tendo em conta a
distinção na forma como os custos são imputados aos produtos em cada sistema de custeio.
(Alfandiga, UnISCED, P.67)

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1. Objectivos

1.1 Objectivos gerais


 Dar conhecer acerca dos sistemas de custeio e seus metodos a serem adoptados por
uma empresa.
1.2 Objectivos específicos
 Conhecer os métodos mais usados no sistema de custeio nas empresas industriais;
 Ter noção da importância do conhecimento das informações relativas a custos;
 Analisar em que circunstâncias um determinado sistema de custeio pode ser aplicado.

2. Referêncial Teórica

Os sistemas de custeio Além de representarem em síntese, diferentes técnicas de mensuração


dos estoques tambem estão intimamente ligados à contabilidade de custos. disso, de modo que
auxiliam em todo o sistema contabilistico de uma empresa, tanto na contabilidade geral,
quanto na contabilidade gerencial.
Contabilidade é a ciência que estuda a pratica as funções de orientação, de controle e de
registro dos atos e fatos de uma administração econômica, com finalidade de fornecer
informações.

A contabilidade geral implica a análise a partir de diferentes sectores de todas as variáveis que
incidem neste campo e tem como objetivo controlar o patrimônio das entidades, sejam
elas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos.

Batalha (2020) refere que a Contabilidade geral, deve prestar informações a usuários externos
que tenham o interesse em acompanhar a evolução da empresa, como investidores, governo.
Assim, inicialmente, o foco da contabilidade geral recaia sobre a apuração do resultado do
exercício e, consequentemente, para a mensuração do Custo das Mercadorias Vendidas
(CMV), cuja fórmula é :
CMV = EI + Compras – EF
Sendo:  EI = estoque inicial; EF= estoque final.

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Ainda pra este autor, explica que, com o advento da revolução industrial, complicou-se a
função do contabilista, uma vez que, para o levantamento do balanço e da apuração do
resultado do exercício, não dispunha mais tão facilmente dos dados para poder atribuir aos
estoques: seu valor de “Compras” agora estava diluído em uma série de valores pagos pelos
fatores de produção( por exemplo: matéria-prima, mão de obra direta, além de outros
elementos indiretos como combustíveis utilizados).(BATALHA, 2020)
A partir dessas miniciosas abordagens surge a contabilidade de custos, que além de auxiliar
no controle da atividade produtiva e na tomada de decisões, representa uma maneira de
avaliação dos estoques, considerando todas as novas variáveis impostas pela revolução
industrial,

A contabilidade de custos é uma área da contabilidade que trata dos gastos ocorridos na
produção de bens ou serviços. Podemos dizer que é um registro contabilistico das operações
de produção da empresa, através das contas de custeio, que pode ser dividida em custos de
serviço, que são gastos ocorridos na prestação de serviços e custos Industriais gastos
ocorridos na produção de produtos.

De acordo com kaspezak et al. (2000), na maioria das organizações industriais e


prestadoras de serviços, a contabilidade de custos faz a apuração de custo da produção para se
atingir diversos objetivos como: atendimento de exigências contábeis, atendimento de
exigências fiscais, apuração do custo dos produtos e dos departamentos, controle dos custos
de produção, melhoria de processos e eliminação de desperdícios, auxílio na tomada de
decisões gerenciais e otimização de resultados.

A contabilidde de custo aplica os mesmos princípios da contabilidade geral e pode fornecer a


administração, através de relatórios, análises e interpretações dos gastos em relação às
operações da empresa

3. Relação entre a Contabilidade Geral e Contabilidade de Custos

É comum considerar a Contabilidade de Custo como aquela fase da Contabilidade Geral que
informa a administração do custo unitário dos artigos manufaturados e vendidos. A fase de
registro e apresentação da Contabilidade de Custos está intimamente relacionada com a
Contabilidade Geral.
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A Contabilidade Geral classifica, registra, apresenta e interpreta, em termos
monetários, as transações e os fatos de caráter financeiro e proporciona à Administração os
fatos e números necessários ao preparo das demonstrações financeiras periódicas como:
Balanço e Demonstração de lucros e perdas.
A contabilidade de custos, por outro lado, classifica, registra, apresenta e interpreta de forma
significativa o material, a mão-de-obra e os custos dos gastos gerais envolvidos na manufatura
e venda de cada produto.

4. Custos

Qualquer empresa para dar início, e desenvolver as suas atividades, sejam elas industriais,
comerciais ou na área de serviços, deve, necessariamente alocar uma certa quantidade de
recursos, expressos em valores monetários.
Assim, Quando estiver em funcionamento, as empresas realizam uma série de gastos
necessários para a fabricação e venda de seus produtos e/ou serviços.

A identificação de onde os recursos serão colocados, bem como o montante adequado a ser
aplicado, depende das atividades da empresa, dos produtos e/ou serviços fabricados e
vendidos, dos mercados onde a empresa atua e de outros aspectos por ela considerados e
analisados quando do estabelecimento de sua estratégia global de atuação, tanto a nível de sua
estrutura quanto ao nível de seu funcionamento.

Na medida em que os recursos vão sendo utilizados, transformam-se e são


consumidos nos produtos fabricados e vendidos pela empresa. Dessa forma, a
empresa incorre em uma série de gastos para a fabricação e venda de seus
produtos, gastos estes que podem ser chamados, na acepção mais ampla do
termo, de custos. (CARPINTÉRO et al. 1982, p.2))

Portanto, podemos dizer que Os custos são gastos económicos que representam desgaste
de fatores necessários à produção de um bem ou serviço. Como, mão de obra, gastos gerais de
fabricação, embalagens, depreciação de máquinas e equipamentos, energia elétrica,
manutenção, materiais de conservação e limpeza para fábrica, e viagens ligadas à empresa.

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4.1 Classificaçào dos Custos
Martins (2003). verificou que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos produtos,
bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens
uti1izadas, horas de mão-de-obra utilizadas e até quantidade de força consumida). e outros
realmente não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação
tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão,
as chefias etc.). Assim para este este autor classifica os custos como: direitos e Indireito
respectivamente
Os recursos utilizados pela Empresa para a fabricação e venda de seus produtos podem ser
analisados, identificados e classificados de várias formas. Assim, podemos agrupar os custos
ocorridos ou a ocorrer na Empresa, utilizando diversos critérios (Carpintéro et al. 1982)

4.1.1 Custos Diretos


São todos os custos que podem ser diretamente associados às unidades produzidas (ou
vendidas). Tais são, por exemplo, os custos com matéria prima, com mão de obra direta, com
materiais de embalagem, com comissões, com despesas tributárias

4.1.2 Custos Indiretos


São todos os custos que não podem ser diretamente associados às unidades produzidas (ou
vendidas). Tais são, por exemplo, as despesas administrativas, os demais custos de fabricação
(mão-de-obra indireta de produção, energia elétrica, materiais secundários), as despesas
financeiras.

5. Sistema de Custeio

Um "sistema de custeio", numa empresa industrial, com objetivo de controlar os custos e


servir como parâmetro para decisões nesta empresa, é um método para apropriação nos
produtos (através de critérios técnicos) dos gastos efetuados para produzi-los e vendê-los. De
acordo co Carpintéro et al. (1982), esta apropriação permite, inclusive, o estabelecimento do
preço de cada produto, que não necessariamente corresponderá ao preço de venda do produto
no mercado.
De Acordo com Alfandega (UnISCED, pp. 68-69), refere que: “O custo dos produtos
fabricados e/ou dos serviços prestados é, normalmente, determinado pelos respectivos custos

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de natureza industrial. Tais custos podem ser, por um lado, directos ou indirectos e, por outro,
variáveis ou fixos.”
Observando para este argumento, ainda para este autor, para os custos variáveis industriais
ocorridos em determinado período de tempo, verificam uma relação de casualidade directa
com o nível de produção e, portanto, são sem dúvidas imputáveis ais produtos produzidos
nesse período.
Quanto aos custos fixos, mantêm-se inalterados seja qual for o nível de
produção dentro da capacidade instalada. Quando a empresa operar abaixo
da sua capacidade instalada, a parte dos custos correspondente a capacidade
não utilizada será considerada como custos de subactividade, sendo
discutível se fazem parte do custo dos produtos. (Alfandega. UnISCED, pp.
68-69)

5.1 Metodos de Custeio


Generalidade, uma empresa industrial que adote o nível de custeio industrial pode escolher
entre três alternativas de técnicas de custeio: Ávila (2015) apresenta-nos esses métodos em
que nos permitirá entender como dividir os custos de um negócio entre os produtos.

5.1.1 Custeio Total ou por Absorção


Nesse método todos os custos ligados à fabricação do produto ou prestação do serviço são
absorvidos, independentemente de ser um custo direto ou indireto. Assim, os gastos são
distribuídos (rateados) para todos os produtos ou serviços.
Conforme Maciel et al. (2016. p.12): “o custo do produto inclui todos os gastos de produção,
tanto fixos como variáveis, pelo que nenhuma parte dos custos de produção é levada
imediatamente aos resultados do período”
Assim:
 O custo industrial dos produtos compreende os custos fixos e variáveis dos custos de
aprovisionamento e de transformação;
 O custo comercial abrange o custo industrial dos produtos vendidos (CIPV) e ainda os
custos fixos e variáveis dos custos de distribuição e de administração.
Estes custos serão custos do período à medida que a produção é vendida, porem, por este
método, as existencias de produtos acabados são avaliadas pelo custo total da produção,
fazendo com que os custos industriais fixos e variáveis sejam custos dos produtos.
Custo de Produ çã o=MP + MOD+ GGF Variaveis+ GGF Fixos
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5.1.2 Custeio Direto ou Variável 
Nesse caso, apenas os custos variáveis de produção do período são considerados. Os custos
fixos (relativos à produção), pelo fato de existirem mesmo sem existir o desenvolvimento de
produtos ou serviços. De acordo com Maciel et al (2016. p.12), “O custo do produto inclui
apenas todos os gastos de produção variáveis, sendo que todos os custos de produção fixos
são imediatamente levados aos resultados do período”.
Os principais objectivos do custeio variável estão relacionados com as necessidades de
informação dos gestores para efeitos de tomada de decisões.
Custo de Produção= MP+ MOD +GGF Variaveis

5.1.3 Custeio baseado em Atividades


Esse método utiliza o critério de atividades que foram realizadas e geraram algum tipo de
custo para fazer a alocação de custos entre produtos desenvolvidos ou serviços prestados.

Para Player e Keys (1999:4 apud DORES, 2009, p.17),


O Custeio Baseado em Actividades, é uma metodologia que mede os custos e
o desempenho das actividades, recursos e objectos de custos. Os recursos são
distribuídos às actividades, e depois as actividades são distribuídas aos
objectos de custos baseados na sua utilização.

Argumentam, ainda, que o ABC reconhece as relações causais de induzir custos às


actividades.
É um método de apuramento do custo dos produtos em que se consideram custos de produção
não só os custos variáveis industriais mas também a parte dos custos fixos industriais
proporcional à actividade real em relação à actividade normal.
Custo de Produção= MP+ MOD +GGF Variaveis +GGF Fixos∗Qr /Qn

Assim, o que diferencia a técnica de custeio variável e a técnica de custeio fixo ao nível do
custo industrial ou de produção, é o tratamento dos gastos de produção fixos (i.e., os custos de
manutenção da capacidade produtiva, como se frisou acima, geralmente classificados na CG
como gastos gerais de fabrico fixos – GGF fixos): em custeio variável são custos do período,
afetando diretamente o resultado do período; mas, em custeio total, são imputados à produção,
pelo que só afetam o resultado do período quando esta é vendida. Naturalmente, em custeio
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baseadon em actividades, a situação é intermédia em relação às duas outras técnicas de
custeio .

Conclusão

os sistemas de custeio estão no topo dos conceitos necessários na contabilidade de custos. Na


abordagem deste trabalho, conclui-se que trata-se de uma ferramenta que pode ser utilizada no
âmbito interno de uma organização nos níveis: estratégico, tático e operacional. No nível
operacional ocorre a coleta dos dados, no tático a diferenciação e classificação destes dados,
transformando-os em informações que provavelmente serão utilizadas pelo nível estratégico
para a tomada de decisões estratégicas como: decidir qual o melhor mix de produtos, cortar ou
não um produto, controle ou redução dos custos.

Os custeio dos produtos ou dos serviços realizados pode ser organizado de diversas formas –
técnicas de custeio. Aquando da organizacão do custeio é fundamental não olvidar as suas
implicações na elaboração e apresentação das demonstrações financeiras
O custo dos produtos fabricados e/ou dos serviços prestados é, normalmente,
determinado pelos respectivos custos de natureza industrial. Tais custos podem ser, por um
lado, directos ou indirectos e, por outro, variáveis ou fixos (Alfandiga UnISCED)
A literatura contabilística apresenta diversas cambiantes para o custeio. No entanto, os mais
abordados neste trabalho centram-se, por um lado, na imputação dos custos totais nos custos
variáveis.
assim como refere Alfandiga (UnISCED) principal aspecto a observar é que estes sistemas se
distinguem pelo facto do sistema de custeio total imputar na totalidade os custos industriais
aos produtos fabricados, isto é, imputa os custos fixos e variáveis industriais, porquanto o
sistema de custeio variável somente imputa os custos variáveis industriais

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Bibilografia

ALFANDIGA, Edilton. Manual de Licenciatura do Curso de Licenciatura em


Contabilidade e Auditoria - Contabilidade de Gestão II. 3º Ano. UnISCED. p.p.69-72.
ÁVILA, Rafael. Contabilidade de Custo. O que é e como fazer. 06 Set. 2015.
Disponivel em https://jornadadogestor.com.br. Acesso em: 17 Mar. 2023
BATALHA; Rodrigo Augusto. O que são Sistemas de Custeio. Disponivel em:
https://www.estrategiaconcursos.com.br. acesso em: 16 Março 2023.
CARPINTÉRO, J. N. C.; MARTINEZ, J. W.; BACIC, M. J.; Introdução aos Custos
e aos Sistemas de Custeio. C². 19-06.82-50/26. pp. 2;3. 1982.
DORES, Raul da Silva. Um Modelo de Gestão de Custeio baseado em actividades
(ABC/M) para PME’S. p.17 2009
KASPEZAK, M. C. de Mello.; SCANDELARI L.; FRANCISCO A. C. De.; Sistema
de custos: importância para tomada de decisões.; 2000.
MARTINS, Eliseu.; Contabilidade de Custos. O Uso da Contabilidade de Custos
como Instrumento Gerencial de Planejamento e Controle; 9ª Ed. São Paulo. 2003
MACIEL, G.; OLIVEIRA, J.; RIBEIRO, J.; Sistemas de Custeio. 2016

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