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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Contabilidade de Custos

Simplificadamente, os custos e despesas podem ser classificados de duas formas:

• Quanto ao objeto de custo: custo direto e indireto;

• Quanto ao volume de produção ou venda: custos fixos e variáveis.

Chamamos de comportamento de custo à evolução dos custos fixos e variáveis em relação ao volume
de atividades.

• Custos Diretos

Custos diretos são aquele que estão fisicamente e diretamente vinculados a um segmento específico
em análise. Esse segmento específico pode ser um produto, um serviço ou qualquer outra entidade de
custo.

Desta forma, se o objeto de nossa análise for uma linha de produtos, logo os materiais e a mão de obra
envolvida em sua fabricação representam custos diretos. Quando relacionados com o produto final,
eles são gastos industriais que podem ser alocados direta e objetivamente aos produtos, e podem ser
fixos e variáveis.

• Custos Indiretos

São os gastos que não podem ser alocados de maneira direta ou de forma objetiva aos produtos,
serviços, departamentos ou outros objetos de custo. Sua alocação se dá de maneira indireta, através
de critérios de distribuição (rateio, alocação, apropriação etc.). Também são conhecidos como custos
comuns e podem ser fixos ou variáveis.

• Custos Diretos ou Indiretos?

Suponha que os seguintes custos de produção necessitam ser alocados a quatro diferentes produtos
fabricados pela empresa:

O profissional de custos faz algumas análises e verifica que:

• Matéria-Prima e Embalagem: é facilmente apropriada aos quatro produtos, pois foi possível saber
quanto cada um consumiu.

• Material de Consumo: alguns óleos e graxas (lubrificantes) não puderam ser associados a cada pro-
duto de forma direta. Outros materiais de consumo, por apresentarem valor irrisório, ninguém se preo-
cupou em associá-los a cada um dos quatro produtos.

• Mão-de-obra: foi possível associar parte dela com cada produto uma vez que os processos não são
complexos e foi possível saber quanto cada funcionário trabalhou em cada produto e quanto custa a
empresa cada funcionário. Por outro lado, uma parte da mão-de-obra refere-se aos líderes de equipes
de produção e é difícil atribuir diretamente aos produtos. ($600.000,00 dos 1.600.000,00).

• Salários da Supervisão: ainda mais difícil de alocar que os salários dos líderes de produção, pois a
supervisão é a geral d produção, e não supervisão de um produto em particular. Portanto, é difícil sua
alocação aos produtos.

• Depreciação de Máquinas: em empresa é depreciada de maneira linear em valores iguais por período,
e não por produto. Seria possível de apropriar diretamente a cada produto caso a depreciação fosse
contabilidade de maneira diversa.

• Energia Elétrica: a máquina que consome mais energia possui um medidor próprio e a empresa men-
sura quanto consome de energia para cada item produzido. Entretanto, a outra parte da energia (a não
mensurada pelos medidores, pois o medidor está instalado em apenas uma máquina, aquela que con-
some mais energia) não pode ser alocada de forma direta. ($500.000,00 são alocáveis, $300.000,00
não são alocáveis). Sabe-se que parte da energia é alocada a três dos quatro produtos.

• Aluguel do Prédio: Impossível determinar diretamente quanto deve ser apropriado a cada produto.

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Classificação de custos e despesas na formação de preço de venda de um produto

Para um bom entendimento na hora de levantar os gastos que se tem para produzir um determinado
produto, precisamos entender o que são custos e despesas para que a atividade gere lucro para a
empresa. Vamos ver abaixo de uma forma simples e resumida o que são alguns dos principais custos
e despesas e como são classificados.

Custos Diretos (CD)

São os custos mensuráveis durante a fabricação do produto como, por exemplo, a quantidade de ma-
téria prima que será utilizada a fará parte do produto final.

Ex: Para produzir uma roda de um carro utiliza-se 20 kg de aço carbono, sabendo que o quilo do aço é
R$ 2,00 o custo direto de matéria prima neste produto será de R$ 40,00 para se produzir uma unidade
do item.

20 kg x R$ 2,00 = R$ 40,00

Devemos relacionar também a Mão de Obra Direta (MOD) que são os custos dos operários ligados
diretamente na produção da roda.

Ex: Se o custo da hora de seus operários é de R$ 8,00 e estes trabalham 100 horas para produzir 500
rodas. Pode se afirmar que o custo de Mão de Obra Direta (MOD) será de R$ 1,60 por unidade produ-
zida.

(R$ 8 x 100h) / 500 Un = R$ 1,60 Por Unidade

Custos Indiretos de Fabricação (CIF)

Estes custos necessitam de alguns cálculos para serem distribuídos aos diferentes produtos fabricados
pela empresa, por serem de difícil mensuração são classificados como custos indiretos.

Ex:

- Depreciação de equipamentos

- Aluguel de fabrica

- Salários dos supervisores de equipe, etc.

Custos Fixos (CF)

São os custos que não sofrem alteração de valor independente do volume de produção da empresa.
Os exemplos abaixo mantem os valores fixos independentemente se a empresa produziu 1.000 rodas
ou 10.000 rodas em um determinado período.

- Aluguel de fábrica

- IPTU da fábrica

- Seguros da fabrica, etc.

Normalmente os custos fixos são alocados aos produtos por meio de cálculos (rateios), pois a maioria
dos custos é indireta.

Custos Variáveis (CV)

São os custos onde os valores se alteram em função do volume produzido.

- Matéria prima consumida

- Horas extras de produção

- Mão de obra direta

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Estes custos sempre apresentarão variação em função das quantidades produzidas.

Custo Total (CT)

Custo total é a soma dos custos fixos e variáveis da empresa ou dos custos diretos mais os custos
indiretos de fabricação.

CT = CF + CV ou CT = CD + CIF

Se a empresa conhecer o seu Custo Variável Unitário (Cvu) e as quantidades (Q) produzidas podemos
usar a formula abaixo.

CT = CF + CV (1)

CV = Cvu x Q (2)

Substituindo-se (2) em (1), temos.

CT = CF + Cvu x Q

Custos mistos

Custos mistos são aqueles que apresentam uma variação em função do nível de produção mais que
também tem uma parcela fixa. Esta parcela fixa ocorrerá mesmo que nada seja produzido. Ex:

Energia elétrica: A distribuidora cobra uma taxa mínima mesmo que não haja consumo no período.

Combustível para caldeira: Varia de acordo com a produção, porém quando não está sendo usada gera
um custo mínimo para mantê-la aquecida, pois não pode ser desligada.

Despesas

As despesas são classificadas em fixas e variáveis como venda e distribuição dos produtos.

Podemos citar alguns exemplos de despesas fixas:

- Aluguel de um escritório de vendas

- IPTU de prédio da filial

- Aluguel de carros dos vendedores, etc.

As despesas serão consideradas variáveis quando ocorrem em função do volume de vendas.

Podemos citar alguns exemplos de despesas variáveis.

- Comissão dos vendedores

- Bonificação sobre vendas

- Frete de entrega dos produtos

- Pedágios, etc.

Custos Diretos e Indiretos

Uma questão com relação a custos é saber quando eles têm um relacionamento direto ou indireto com
determinado objeto de custeio, normalmente, o próprio produto fabricado ou serviço prestado.

Custos Diretos

Custos diretos a um objeto de custeio são os custos diretamente relacionados a esse objeto, isto é, que
podem ser fácil e economicamente identificados ao objeto de custeio, sem qualquer rateio — entende-

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se por rateio a distribuição arbitrária dos custos que não são diretamente identificados e apropriados
aos objetos de custeio.

São exemplos de custos diretos aqueles com matéria-prima consumida e mão-de-obra dos operários
— em algumas situações, a mão-de-obra pode ser um custo indireto. O salário do supervisor da pro-
dução corresponde a um custo indireto, por exemplo.

Em outras palavras, pode-se dizer que, em alguns casos, as parcelas de recursos são consumidas
apenas por um tipo de produto, e esse fato é fácil e objetivamente identificado, seja devido à observa-
ção simples ou a sistemas automatizados, como controle eletrônico de vazão, quadros de distribuição
de energia etc. Nesses casos, pode-se assumir que aquele produto é o responsável por aquela parcela
de recurso consumido.

A mensuração desse consumo se dá então de forma direta, daí à informação desse consumo de re-
curso se dá o nome de “custo direto”. Dessa forma, para gerar essa informação não é necessário ne-
nhum tipo de aproximação ou julgamento sobre qual produto consome qual parcela de recursos, ou
seja, não são necessárias distribuições arbitrárias, ou, como se chamam, “rateios”. Esse tipo de custo,
por isso, é mais crivei por representar de forma mais objetiva e fidedigna a realidade sobre o consumo
de recursos.

Custos Indiretos

Custos indiretos a um objeto de custeio são aqueles que não podem ser identificados com o objeto de
custeio de maneira economicamente viável, pois são comuns a dois ou mais objetos de custeio (áreas
ou produtos).

Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo por meio de um método de alocação de custo
denominado rateio. Logo, são aqueles que não oferecem condição de medida objetiva e dos quais
qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e, algumas vezes, arbitrária. São
exemplos de custos indiretos a depreciação, a manutenção, o seguro e o aluguel do parque fabril.

Custos Diretos e Indiretos

Essa tipificação de custos é a utilizada para fins contábeis, tanto os societários, quanto os fiscais. Al-
guns insistem em utilizar essa tipificação para despesas, também, o que ao nosso ver seria uma ma-
neira de se tentar expressar o Custo Total (Full Cost) de um produto. Isso pode gerar (e gera!) confu-
sões principalmente nas empresas prestadoras de serviços, que acabam por não segregar seus gastos
em custo ou despesa.

Entretanto, nada impede que empresas (principalmente as comerciais, por exemplo, lojas de departa-
mentos e supermercados) classifiquem suas despesas em “Diretas e Indiretas” em relação “à linha de
produtos”. Por quê? Comparemos as lojas dessas empresas às linhas de produção ou até mesmo às
fábricas: se considerarmos que as lojas são o local da “produção” do serviço de comercialização, po-
deremos sim entender os gastos da loja, normalmente denominados por despesas, como direta ou
indiretamente relacionados aos diversos produtos ou famílias de produtos que ali se encontram. Dessa
maneira, teríamos uma adição aos custos das mercadorias vendidas de outros gastos que representam
esforço sem o qual não se teria a respectiva venda, aqui denominada produção do serviço de comer-
cialização. Dependendo, pois, do nível de identificação e acumulação que se adote, pode-se, até
mesmo, ver uma possível alteração na classificação entre despesas e custos, especialmente, em nível
gerencial.

Por exemplo, no supermercado, o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) da loja é uma despesa
indireta aos diversos produtos ali vendidos (laticínios, hortifrutigranjeiros, eletrodomésticos, carnes
etc.), ao passo que a depreciação da balança do açougue é uma despesa direta às carnes ali expostas,
mas indireta a cada tipo de carne. Daí a necessidade, mais uma vez, de se definir o objeto de custeio
analisado: divisão de produtos (laticínios, hortifrutigranjeiros, eletrodomésticos, carnes etc.) ou os pro-
dutos em si (picanha, alcatra, filet mignon, chã, patinho, lagarto redondo etc.).

Assim, além dos custos, as despesas também podem ser classificadas como diretas ou indiretas. En-
quanto o custo é classificado em direto ou indireto em relação ao produto, a despesa é classificada em
relação à origem da receita (o objeto de custeio, objeto em análise!).

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Veja outro exemplo: em uma loja de departamentos, a despesa de salário do vendedor de eletrodo-
mésticos é diretamente apropriada ao departamento de eletrodomésticos. Da mesma forma que a des-
pesa de propaganda específica de móveis — do tipo compre móveis nas Casas Bahia — é diretamente
alocada ao departamento de móveis.

Por outro lado, a despesa de aluguel da loja é indiretamente alocada aos diversos departamentos, por
conseguinte, é rateada entre eles — normalmente, em função da área (m2) ocupada pelos departa-
mentos. Da mesma forma, a despesa de propaganda institucional — do tipo “Casas Bahia: dedicação
total a você” — e a despesa com salário do gerente geral da loja são exemplos de despesas indiretas
que acabam sendo rateadas entre os diversos departamentos, seguindo algum critério de rateio —
normalmente arbitrário e subjetivo.

Devemos ter atenção para que a tipificação seja coerente com o objeto de custeio e não com um “custo
desejado”.

Imagine uma fábrica de bolas de futebol e de vôlei… O custo do pedaço de couro utilizado para fabricar
a bola de futebol é um custo direto a este objeto de custeio, ao passo que o couro utilizado para fabricar
a bola de vôlei é um custo direto à bola de vôlei. É possível dizer isso porque a quantidade de couro
utilizada na fabricação de cada bola é facilmente identificada com a bola.

Já o custo da iluminação da fábrica onde as bolas são produzidas é um custo indireto a cada tipo de
bola. Embora a iluminação ajude na fabricação das bolas de futebol e de vôlei, não é viável tentarmos
determinar, exatamente, o quanto deste custo foi utilizado na fabricação de cada bola especificamente.
Sabemos que está lá, em cada bola, mas não exatamente quanto.

Os gestores podem preferir tomar decisões com base nos custos diretos em vez de nos custos indire-
tos, posto que os custos diretos são mais “precisos”, em termos de alocação. Em resumo, a apropriação
direta de custo é o processo de transferência dos custos diretos a um objeto de custeio determinado,
ao passo que o rateio de custo é o processo de transferência dos custos indiretos ao objeto de custeio.

Quando é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou ocorrer o uso de estimativas
e não de medição direta, fica o custo classificado como indireto em relação ao objeto de custeio.

Diversos fatores afetam a classificação de custo como direto ou indireto:

A materialidade do custo em questão – análise da relação custo-benefício

Quanto maior o custo em questão, maior a relevância de se classificá-lo adequadamente. Pensemos


em uma companhia que trabalha com pedidos de vendas. Provavelmente, seria economicamente viável
identificar as despesas com entrega do pedido diretamente a cada cliente. Ao contrário, é provável que
o custo do papel da fatura que segue juntamente com o pacote a ser enviado ao cliente seja classificado
como um custo indireto, porque não é economicamente viável identificar o custo deste papel para cada
cliente. Os benefícios de saber o valor exato do papel utilizado na fatura de cada pedido não justificam
o custo monetário e o tempo gasto em identificar este custo para cada pedido. A materialidade, por-
tanto, envolve a questão de custo-beneficio.

Tecnologia disponível para coleta de informação

Desenvolvimentos nesta área estão proporcionando um aumento percentual dos custos a serem clas-
sificados como diretos. O código de barras, por exemplo, permite que muitas fábricas passem a tratar
certos materiais considerados, anteriormente, custos indiretos – isto é, material secundário de fábrica
— como custos diretos dos produtos. O código de barras pode interpretar uma série de custos de
produção da mesma maneira rápida e eficiente com que os supermercados registram hoje os custos e
os preços de muitos itens vendidos a seus clientes.

Design das operações

O design das instalações pode impactar na classificação dos custos. Por exemplo, classificar um custo
como direto se toma mais fácil quando uma instalação da organização — ou parte dela — é utilizada,
exclusivamente, para um produto ou um objeto de custeio. Imagine uma fábrica localizada em um
grande galpão, no qual diferentes produtos são fabricados ao mesmo tempo; neste caso, têm-se muitos
custos indiretos aos diferentes produtos. Por outro lado, imagine uma fábrica seccionada em diversas

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estações de trabalho pequenas e isoladas umas das outras, sendo que cada uma fabrica um produto
diferente; neste caso, são raros os exemplos de custos indiretos aos diferentes produtos.

No mundo globalizado em que as empresas estão inseridas, faz-se necessário que se busquem diari-
amente instrumentos que visem à agilidade no processo de tomada de decisões. E um dos instrumen-
tos que auxilia as organizações neste âmbito é a contabilidade de custos, objetivando suprir a gestão
empresarial no que tange a um controle interno, capaz de ilustrar a competência operacional no desen-
volvimento da atividade fabril e da prestação de serviços dessas organizações.

Assim, o presente artigo aborda a relevância da contabilidade de custos no processo de tomada de


decisões.

Segundo Derbeck e Nagy (2001, p. 13), “a contabilidade de custos fornece os dados detalhados sobre
custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejar para o futuro”.

A importância da apuração correta e legítima dos custos não só nas empresas de manufatura, como
no comércio e no serviço, que auxiliam nos sistemas de informações contábeis, essenciais no desen-
volvimento operacional, determinando custos e preços dos produtos e serviços.

Torna-se imprescindível adentrar nessa área de grande sustentação e controle para as empresas, des-
vendando seus caminhos e alcançando seus objetivos. Para tanto, utilizou-se de uma pesquisa biblio-
gráfica por meio de livros, revistas etc para fundamentar o tema em ápice.

Segundo Andrade (2001, p. 42), “todos os documentos bibliográficos constituem-se em fontes primárias
ou secundárias”.

Fontes primárias são constituídas por obras ou textos originais, materiais ainda não trabalhados, sobre
determinado assunto. As fontes primárias, pela sua relevância, dão origem a outras obras, que vão
formar uma literatura ampla sobre aquele determinado assunto. (ANDRADE, 2001, p. 43).

E as fontes secundárias para Andrade (2001, p. 43), “refere-se a determinadas fontes primárias, isto é,
são constituídas pela literatura originada de determinadas fontes primárias e constitui-se em fontes de
pesquisas bibliográficas”.

Inicia-se o presente artigo com uma abordagem sobre os conceitos fundamentais para a contabilidade
de custos, bem como o relacionamento da contabilidade de custos com a contabilidade financeira; seus
elementos básicos; algumas nomenclaturas de custos; objetos, objetivos e finalidades da contabilidade
de custos; bem como a classificação dos custos. Em seguida, destacam-se os métodos de custeio e
seus efeitos sobre o lucro e no processo de decisão. Adiante, se faz necessário descrever sobre o
sistema de acumulação de custos; alocação de custos; perdas; e sucatas. Na seqüência, uma análise
de custo/volume/lucro. E, por último a escolha de um sistema de custos.

DESENVOLVIMENTO

Para compreender o objeto de estudo, vale mencionar alguns conceitos fundamentais, tais como se
destacam a seguir.

Contabilidade

Segundo Marion (2003, p. 25), “a contabilidade pode ser considerada como sistema de informação
destinado a prover seus usuários de dados para ajudá-los a tomar decisão”.

Contabilidade de Custos

Derberck e Nagy (2001, p. 13), relatam que “a contabilidade de custos fornece as informações que
permitem à gerência alocar recursos para as áreas mais eficientes e rentáveis da operação”.

Gastos, Investimentos, Despesas, Perdas E Custos.

Terminologias mais utilizadas na contabilidade de custos para direcionar os gastos da empresa.

Gastos

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Para Wernke (2004, p. 11 e 12), é um termo usado para:

Definir as transações financeiras nas quais a empresa utiliza recursos ou assume uma dívida, em troca
da obtenção de algum bem ou serviço. É um conceito abrangente e pode englobar os demais itens.
Por exemplo: um gasto poder ser relacionado a algum investimento (caso em que será contabilizado
no ativo da empresa) ou a alguma forma de consumo (como custo ou despesa, quando será registrado
em conta de resultado).

Neste caso, a compreensão que se define, é que os gastos generalizam um ou qualquer esforço que a
empresa adquire e que resulta num produto ou serviço.

Investimentos

Wernke (2004, p. 11 e 12), define os investimentos como:

Gastos que irão beneficiar a empresa em períodos futuros. Enquadram-se nessa categoria, por exem-
plo, as aquisições de ativos, como estoques e máquinas. Nesses casos, por ocasião da compra, a
empresa desembolsa recursos, visando a um retorno futuro sob a forma de produtos fabricados.

Diante do exposto, qualquer imobilizado e matéria-prima adquirida serão classificadas contabilmente


como investimentos de benefícios futuros, até mesmo os maquinários fabris, exceto o valor de seu
desgaste com o passar do tempo, que neste caso será custos.

Despesas

Wernke (2004, p. 11 e 12), descreve que as despesas:

O valor dos bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas, de forma
voluntária. Esse conceito é utilizado para identificar os gastos não relacionados com a produção, ou
seja, os que se referem às atividades não produtivas da empresa.

Logo, as despesas estão relacionadas com todos os gastos a partir da inserção dos produtos e/ou
serviços no mercado.

Custos

Wernke (2004, p. 11 e 12) textualiza custos como,

Gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de prestação de serviços. No caso industrial,


são os fatores utilizados na produção como matérias-primas, salários e encargos sociais dos operários
da fábrica, depreciação das máquinas, dos móveis e das ferramentas utilizadas no processo produtivo.

Assim, um gasto pode transformar-se de investimento para custo ou despesa ou diretamente custo ou
despesas.

A figura 1 mostra os caminhos dos gastos no processo operacional da organização:

Objetos, Objetivos E Finalidades Da Contabilidade De Custos.

No minidicionário compacto inglês/português-português/inglês, a palavra objeto significa “coisa; as-


sunto; matéria; sedígnio; intento”.

Segundo Horngren, Foster e Datar (1997, p. 19), “para guiar suas decisões, os gestores sempre dese-
jam saber quanto custa determinada coisa (como por exemplo, um novo produto, uma máquina, um

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serviço ou um processo)”. Tal coisa chama-se de objeto de custo, pois se necessita de mensuração,
para definir o quanto custa produzi-lo.

Esclarecido o que vem a ser objeto de custo, fica fácil saber seu objetivo. E é o que o professor Cher-
man (2002) define como objetivo primordial da contabilidade de custos “é a apuração dos custos dos
produtos vendidos”.

Assim, não basta apenas saber o objeto e objetivo de custos, é preciso entender sua finalidade.

Para Cherman (2002, p. 10), a contabilidade de custos tem a finalidade de auxiliar na “avaliação dos
estoques; apuração dos resultados; controle das atividades produtivas e tomada de decisão”.

Classificação De Custos

Quanto À Alocação Ou Apuração Dos Custos

Para determinar a relação objetos de custo, é preciso separá-los em custos diretos e indiretos. Assim,
Horngren, Foster e Datar (1997), conceituam cada qual com sua característica.

Custos diretos de um objeto de custo são os custos que estão relacionados a um determinado objeto
de custo e que podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo).

Custos indiretos de um objeto de custo são os custos que estão relacionados a um determinado objeto
de custo, mas não podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo).
Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo através de um método de alocação e custo deno-
minado rateio.

Logo, os custos diretos têm fácil identificação ao produto no processo produtivo e os indiretos são de
difícil alocação por não estarem diretamente relacionados ao produto, necessitando de um critério de
rateio para apropriá-los ao produto.

Quanto À Formação Ou Natureza

Os dois tipos de comportamento dos custos são encontrados na maioria dos sistemas de custos – os
variáveis e os fixos.

Para Horngren, Foster e Datar (1997),

Um custo variável é um custo que se altera em montante em proporção às alterações num direcionador
de custo. Um custo fixo é um custo que não se altera em montante apesar de alterações num direcio-
nador de custos. Um direcionador de custos, também chamado de determinante de custo, é qualquer
fator que afeta os custos totais. Isto significa dizer que uma mudança no direcionador de custo implicará
uma alteração dos custos totais de um objeto de custo.

Os exemplos mais comuns de custos variáveis são as matérias-primas, os materiais diretos e a mão-
de-obra direta.

O custo fixo não se altera com a variação da quantidade produzida. Eis alguns dos exemplos de custos
fixos: seguro da fábrica, aluguel da fábrica, energia da fábrica etc.

Sistemas De Custeio

Segundo Cherman (2002, p. 50), “apropriar custo significa o modo em que os custos serão atribuídos
aos produtos”.

Eis alguns métodos de custeio utilizados para alocação dos custos aos produtos e/ou serviços: Custeio
por absorção; custeio variável ou direto; ABC; RKW e Custeio padrão.

Custeio Por Absorção

Para Cherman (2002, p. 50) o custeio por absorção, “é um método de custeio em que são apropriados
aos produtos fabricados todos os custos incorridos sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis”.

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A esse respeito, Horngren, Foster e Datar (1997, p. 211), registram que o custeio por absorção “é o
método de custeio do estoque no qual todos os custos de fabricação, variáveis e fixos, são considera-
dos custos inventariáveis”.

É importante salientar que neste método, o custo separa-se das despesas; é aceito pela legislação
societária (Lei 6.404/76) e, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade, dentre eles, o prin-
cípio da realização da receita, confrontação e competência.

A figura 2 esboça claramente o esquema básico desse custeio.

Figura 2 – Esquema Básico do Custeio por Absorção para empresas de Manufatura Fonte: MARTINS
(2003, p. 37)

Na figura 3, apresenta-se o esquema básico do custeio por absorção para empresas prestadoras de
serviços.

Figura 3 – Esquema Básico do Custeio por Absorção para empresas Prestadoras de Serviços Fonte:
MARTINS (2003, p. 38)

Custeio Variável Ou Direto

Horngren, Foster e Datar (1997), descrevem o custeio variável como o método de custeio de estoque
em que, “todos os custos de fabricação variáveis são considerados custos inventariáveis. Todos os
custos de fabricação fixos são excluídos dos custos inventariáveis. Eles são custos do período em que
ocorrem”.

Eliseu Martins em seu livro de contabilidade de custos faz um breve resumo acerca do custeio variável:

Pela própria natureza dos custos fixos (invariabilidade), arbitrariedade sem seu rateio e variação por
unidade em função de oscilações do volume global, e por propiciar valores de lucro não muito úteis
para fins decisoriais, criou-se um critério alternativo ao custeio por absorção. Trata-se do custeio vari-
ável (ou direto), em que só são agregados aos produtos seus custos variáveis, considerando-se os
custos fixos como se fossem despesas.

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Nas demonstrações à base do custeio variável obtem-se um lucro que acompanha sempre a direção
das vendas, o que não ocorre com a absorção. Mas, por contrariar a competência e a confrontação, o
custeio variável não é válido para balanços de uso externo, deixando de ser aceito tanto pela auditoria
independente quanto pelo fisco. É fácil, entretanto, trabalhar-se com ele durante o ano e fazer-se uma
adaptação de fim de exercício para se voltar à absorção.(MARTINS, 2002, p. 204).

Activity Based Costing

É outra forma de alocar os custos indiretos de fabricação aos produtos. Primeiro distribui as atividades
por meio de um direcionador, posteriormente para os departamentos e finalmente para os produtos. O
ABC é o método que obtém melhor afinidade com os custos indiretos, pois proporciona resultados mais
próximos da realidade.

Horngren, Foster e Datar (1997, p. 76), descrevem o custeio baseado em atividades (ABC – activity
based costing) como,

Um enfoque para se aprimorar um sistema de custeio. Ele se concentra nas atividades como se fossem
os principais objetos de custo. Uma atividade é um evento, tarefa ou unidade de trabalho com um
determinado propósito. O ABC utiliza o custo dessas atividades como base para distribuir custos para
outros objetos de custo tais como produtos, serviços ou clientes.

A figura 4 da página seguinte ilustra o esquema do ABC – activity based costing:

Figura 4 – Esquema Básico do Custeio por Atividades Fonte: MARTINS (2003, capítulo 24)

Reichskuratorium Fur Wirtschaftlichtkeit

Consiste em ratear os custos e despesas (comerciais, administrativas, financeiras etc) aos produtos.
Esse método é conhecido como departamentalização, pois consiste em dividir as empresas em partes,
normalmente conhecidas por um organograma.

Para Martins (2003, p. 65), “departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de
custos, representada por pessoas e máquinas (na maioria dos casos), em que se desenvolvem ativi-
dades homogêneas”.

Cherman (2002, p. 66) descreve que o objetivo da departamentalização para efeito de contabilidade de
custos, “é diminuir a arbitrariedade dos critérios de rateio, já que os custos, primeiro passam pelos
departamentos e depois são atribuídos aos produtos. Com isso teremos um melhor controle de custos”.

Existem dois tipos de departamentos: os produtivos e os de serviços. Os produtivos trabalham direta-


mente o produto e os de serviços tem a função de prestar serviços aos produtivos.

Na figura 5 apresenta-se o modelo básico do custeio RKW.

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Custo Padrão

Segundo Cherman (2002, p. 177), o custo padrão “é uma meta que a empresa deseja atingir em um
determinado período de tempo. Todos os custos são tomados por estimativa”.

Existem três tipos de custo padrão. São eles: Ideal, estimado, Real e corrente.

Ideal

É aquele determinado dentro das condições ideais de qualidade e eficiência de mão-de-obra. Expressa
o objetivo da empresa a longo prazo (planejamento estratégico). Supõe a utilização máxima de todos
os recursos disponíveis com um mínimo de desperdícios e são desprezados os imprevistos, como que-
bra de equipamentos, perdas etc... Na prática é muito difícil de ser alcançado. (CHERMAN, 2002)

Estimado

É aquele determinado através da observação da produção passada (custo histórico), sem levar em
consideração falhas da produção, ineficiências de mão-de-obra etc. é uma estimativa de custo a curto
prazo e geralmente os valores encontrados são bem próximos da realidade. (CHERMAN, 2002).

Corrente

Leva em consideração que certas deficiências não podem ser solucionadas, pelo menos a curto e
médio prazo. Os custos são determinados considerando um bom desempenho da empresa e possíveis
de serem alcançados. Situa-se entre o ideal e o estimado. (CHERMAN, 2002).

Real

Segundo Cherman, o custo real é aquele que ocorreu efetivamente na empresa. Quando o custo real
é maior que o custo padrão, a diferença é desfavorável, já que os custos foram maiores que o previsto.
Quando o custo padrão for maior que o real, a diferença é favorável. (CHERMAN, 2002).

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 6 – Esquema Básico do Custo Padrão e o sistema de acumulação e alocação de custos, perdas
e sucatas.

Para Cherman (2002), “existem dois tipos de sistemas de acumulação de custos: Produção por ordem
ou por encomenda e produção contínua ou em série ou por processo”.

Produção Por Ordem Ou Por Encomenda

Segundo Horngren, Foster e Datar (1997, p. 67), no sistema de acumulação de custo por ordem, os
custos são:

Acumulados a uma determinada unidade ou lote de um produto ou serviço. Considera-se uma ordem
uma empreitada que consome recursos para trazer um determinado produto ou serviço ao mercado. O
produto ou serviço é frequentemente feito sob medida ou por encomenda, tal como um serviço de
auditoria.

Os exemplos conhecidos no meio contábil deste sistema de acumulação de custos são: fabricantes de
aviões, indústria naval etc.

Produção Por Processo

Horngren, Foster e Datar (1997, p. 67) descrevem que,

O custo de um produto ou serviço é obtido pela média dos custos acumulados a uma grande quantidade
de unidades similares. Frequentemente, itens idênticos (tal como bonecas Barbie) são produzidas em
grande escala para venda em geral, e não para um cliente específico.

Alocação De Custos

Ressaltou-se nos parágrafos anteriormente descritos sobre o sistema de acumulação de custo. No item
a seguir, faz-se uma análise da apuração de custos de dois ou mais produtos, produzidos simultanea-
mente, que se denomina custo conjunto.

Para os autores do livro contabilidade de custos, Horngren, Foster e Datar (1997, p. 385), o custo
conjunto “é o custo de um único processo que gera diversos produtos simultaneamente”. Mas para
entendimento, é necessário que se descreva sobre o que vem a ser produto e co- produtos. E os auto-
res acima citados assim os definem:

Produto é qualquer output que tem valor de venda positivo (ou que permita a organização evitar a
ocorrência de custos). Os co-produtos têm valor de venda relativamente alto, mas não são identificáveis
isoladamente como produtos individuais até o ponto de separação. Quando um processo gerador de
dois ou mais produtos origina um único produto com valor de venda relativamente alto, este produto é
denominado produto principal. Um subproduto tem baixo valor de venda, em comparação com o(s)
produto(s) principal (ais) e o(s) co-produto(s). A sucata tem valor de venda mínimo.

Para Cherman (2002), a produção conjunta “ocorre quando mais de um produto surge a partir da
mesma matéria-prima”. E ainda, exemplifica “o caso do frigorífico, que do boi abatido surgem os dife-
rentes tipos de carne que são os co-produtos (filé, alcatra, patinho etc)”. O frigorífico se classifica a
partir da matéria-prima “a carne de boi”, distribuindo-a em co- produtos e finalmente em subprodutos
(como os ossos, chifres etc).

Perdas E Sucatas

Perdas

Horngren, Foster e Datar (1997), consideram as perdas referentes “às unidades da produção recusa-
das, que são jogadas fora ou vendidas pelo valor de alienação”.

Para os autores, existem dois tipos de perdas: a perda normal e a anormal. A perda normal é a que
ocorre em condições eficientes de operação, como resultado inerente do processo particular de produ-
ção. Para um dado processo de produção, a administração deve decidir a taxa de perda que pretende
aceitar como normal. Os custos das unidades perfeitas, quando estas não podem ser fabricadas sem

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

o aparecimento simultâneo de unidades defeituosas. As taxas normais de perda devem ser determina-
das com base em todas as unidades perfeitas, e não em todas as unidades efetivamente iniciadas. Por
quê? Porque o total destas também inclui a perda normal, além da perda normal. A perda anormal é a
que não se espera que ocorra dentro das condições eficientes de operação; ela não é parte inerente
do processo produtivo escolhido. (HORNGREN, FOSTER E DATAR, 1997, p. 462).

Sucatas

Segundo Cherman (2002) as sucatas “também chamadas de resíduo, são sobras da produção ou pro-
dutos com defeito ou imprestáveis. Não tem mercado garantido. Seu custo já está incorporado às uni-
dades boas”.

Relação De Custo-Volume-Lucro

A análise que se faz necessária está baseada nas seguintes suposições de Horngren, Foster e Datar
(1997, p. 45):

Os custos totais podem ser divididos em uma parte fixa e em outra parte que é variável com relação ao
nível de atividade.

O comportamento das receitas e dos custos totais é linear dentro de uma determinada faixa de ativi-
dade.

O preço de venda unitário, os custos variáveis unitários e os custos fixos são conhecidos.

A análise abrange tanto um único produto quanto supõe que um dado mix de receita de produtos per-
manecerá constante mesmo quando a quantidade total de unidades vendidas se alterarem.

Todas as receitas e custos podem ser adicionados e comparados sem levar em consideração o valor
do dinheiro no tempo.

A seguir discutir-se-á sobre o ponto de equilíbrio, que para Horngren, Foster e Datar (1997), “é o nível
de atividade em que as receitas totais e os custos totais se igualam, ou seja, onde o lucro é igual a
zero”.

Ponto De Equilíbrio

É o ponto em que a receita total se iguala aos custos totais, resultando em um lucro igual a zero.

Existem três métodos de apuração do ponto de equilíbrio:pela equação matemática, pela margem de
contribuição e pelo gráfico.

Método De Apuração Pela Equação

Mostra-se a seguir a fórmula do método da equação:

Receitas – custos variáveis – custos fixos = lucro (PVu x Q) – (CVu x Q) – CF = LO

Em que: PVu = Preço de Venda unitário Q = quantidade

CVu = Custo Variável unitário CF = Custo Fixo

LO = Lucro zero.

Método De Apuração Pela Margem De Contribuição

Ilustra-se a seguir o método da margem de contribuição:

A margem de contribuição é igual às receitas, menos os custos dos produtos ou serviços, que variam
em função do nível de atividade.

(PVu x Q) – (CVu x Q) – CF = LO (PVu – Cvu) x Q = CF+ LO

MCu x Q = CF + LO Q = CF + LO

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MCu

Método Gráfico

Assim como os métodos de equação e da margem de contribuição para o cálculo do ponto de equilíbrio,
tem-se o método gráfico, que traça a linha dos custos totais e a das receitas totais. O ponto de interse-
ção das duas linhas é o ponto de equilíbrio, como ilustra a figura 7.

Figura 7 – Ponto de equilíbrio pelo método gráfico Fonte: Martins (2003, cap. 22)

Análise De Sensibilidade

Do ponto de vista de Horngren, Foster e Datar (1997, p. 47), a análise de sensibilidade “é um técnica
de simulação que examina o quanto um resultado será alterado se os dados da previsão inicial não
forem obtidos ou se alguma suposição fundamental for alterada”.

A análise de sensibilidade responde a questões tipo: qual será o lucro operacional se o nível de ativi-
dade for 5% menor que o previsto? E: qual será o lucro operacional se os custos variáveis por unidade
aumentarem 10%? A sensibilidade para diversos possíveis resultados amplia as perspectivas dos ge-
rentes para o que poderia de fato ocorrer, apesar de seus planos terem sido bem estabelecidos.
(HORNGREN, FOSTER E DATAR, 1997, p. 47 e 48).

A análise de sensibilidade tem um aspecto importante – a margem de segurança, que Horngren, Foster
e Datar (1997), assim esclarecem:

É o excesso das receitas orçadas sobre o ponto de equilíbrio da receita. A margem de segurança é a
resposta para questões do tipo: Se as receitas orçadas estiverem acima do ponto de equilíbrio e caírem,
o quanto elas podem ficar abaixo do orçado antes de atingir o ponto de equilíbrio? Tal queda poderia
estar relacionada a um competidor que tenha um melhor produto, a um marketing mal feito etc.

Cherman (2002, p. 142) afirma que, “a margem de segurança informa quão próximo ao ponto de equi-
líbrio a empresa está operando, isto é, quanto as vendas podem cair sem que a empresa opere com
prejuízo”.

Para que haja respostas a questões relacionadas ao que acontecerá com o lucro da empresa com a
análise do custo/volume/lucro, Wernke (2004, p. 41) enumera alguns itens: “1. Aumento ou diminuição
do custo (variável) (ou fixo); 2. Diminuição ou aumento do volume de vendas; e, 3. Redução ou majo-
ração dos preços de venda”.

A análise do custo-volume-lucro, instrumento utilizado pela contabilidade de custos para a tomada de


decisões, informa aos gestores a forma existente entre a ligação das vendas com os custos, o nível de
atividade desenvolvido e o lucro desejado.

Por seu próprio caráter de controle e mensuração do patrimônio da empresa e de suas atividades, a
contabilidade é uma fonte de informações gerencias. Porém, ela não deve ficar restrita apenas ao re-
gistro de fatos pretéritos, de forma retrospectiva. Pode e deve também ofertar informações preditivas.
Para isso, o contador pode apresentar informações financeiras além dos registros contábeis obrigató-
rios. Ao analisar e combinar dados financeiros por meio de relatórios internos, possibilitará subsídios
de utilidade gerencial para o administrador.

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O ponto de equilíbrio é uma ferramenta útil ao gestor na tomada de decisões, mesmo que, apresen-
tando algumas limitações, constitui-se em forma de informações indispensáveis para a escorreita ges-
tão empresarial, dadas as possibilidades de simulação de cenários que oferta. (WERNKE, 2004).

Após verificar a análise custo/volume/lucro, os autores Horngren, Foster e Datar (1997) sugerem, no
capítulo XIX (dezenove) do livro contabilidade de custos, uma forma de gerenciamento do custo, que é
a qualidade e a teoria das restrições, objetivando conhecer conceitos, classificações, vantagens e des-
vantagens dessa forma de gestão.

Gerenciamento Do Custo: Custo Da Qualidade E A Teoria Das Restrições

Custo Da Qualidade

A competitividade entre as empresas faz com que os gestores busquem melhor qualidade nos seus
produtos e serviços, tanto no processo de conversão, quanto na entrega perfeita aos clientes.

Horngren, Foster e Datar (1997) definem o termo qualidade como “uma grande variedade de fatores –
adequação e uso, grau em que um produto atende às necessidades de um cliente ou às especificações
de projeto e às imposições da engenharia2”. De acordo com os autores em questão, há dois aspectos
básicos da qualidade – a qualidade do projeto e a qualidade da adaptação.

A qualidade do projeto exprime quão próxima as características dos produtos ou serviços estão das
necessidades e desejos dos clientes. Suponhamos que os clientes de fotocopiadoras desejam copia-
doras que além da cópia, fax, scanner e impressão eletrônica. As máquinas que não atendam a essas
necessidades apresentam deficiência na qualidade do seu projeto.

Qualidade de adaptação é o comportamento de um produto ou serviço em relação ao projeto e às


especificações de produção. Por exemplo: se uma fotocopiadora amarrota o papel ou quebra, ela terá
falhado em satisfazer a qualidade da adaptação.

A American Society for Quality Control define qualidade como a totalidade das propriedades e caracte-
rísticas de um produto ou serviço realizado segundo especificações, para atender aos clientes, no mo-
mento da aquisição e durante o uso.ANSI/ASQC A-31978, Quality Terminology (Milwaukee, Wi.: Ame-
rican Society for Quality, 1978)

Os produtos em desacordo com as especificações precisam ser consertados, refeitos ou descartados,


com um custo adicional para a organização. Se os erros de não- adaptação das especificações não
forem corrigidos dentro da fábrica e o produto quebrar no estabelecimento do cliente, o resultado pode
ser custo de conserto mais altos, bem como perda da reputação com o cliente – na maioria das vezes,
o maior de todos os custos de qualidade. No setor bancário, o depósito do cheque de um cliente na
conta corrente errada é um exemplo de deficiência da qualidade de adaptação. (HORNGREN, FOSTER
E DATAR, 1997, p 485).

Os custos da qualidade estão voltados para todas as áreas da cadeia de valor, que os referidos autores
classificam em quatro categorias: 1. Custo de prevenção; 2. Custo de avaliação; 3. Custo da falha
detectada internamente; e, 4. Custo da falha detectada externamente.

Teoria Das Restrições

A teoria das restrições para Horngren, Foster e Datar (1997), “descreve métodos para maximizar o
lucro operacional, diante de algumas operações-gargalo ou não”. São definidas três medidas, na visão
desses autores, que são:

Margem de contribuição via thoughput costing, igual às receitas das vendas menos os custos dos ma-
teriais diretos.

Investimentos (estoques), iguais à soma dos custos do estoque de materiais diretos e dos estoques de
produtos semi-acabados e produtos acabados; custos de P&D; e, custos de equipamentos e edifica-
ções.

Custos operacionais, iguais a todos os custos operacionais (exceto materiais diretos) incorridos para
obter a margem de contribuição via throughput costing. Os custos operacionais compreendem salários

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e remunerações, aluguel, serviços públicos e depreciação. (HORNGREN, FOSTER E DATAR, 1997,


p. 496).

Escolha De Sistema

As empresas estão cada vez mais se adaptando às medidas financeiras internas com medidas basea-
das em dados financeiros externos (como por exemplo, o preço das ações), em dados internos não-
financeiros (como o tempo de produção) e em dados não-financeiros externos (como a satisfação do
cliente). Além disso, elas estão fazendo benchmark das medidas financeiras e não-financeiras de ou-
tras companhias, consideradas “as de melhor desempenho”. Para competir eficazmente no mercado
global, as empresas precisam ter desempenho igual ou próximo “ao melhor da espécie”.

Custos Variáveis

Os custos variáveis são os valores que se alteram conforme a produção e o fluxo da empresa.

Ele sempre irá acompanhar as mudanças de volume, independentemente de ser uma empresa, res-
taurante, loja ou semelhante.

Sendo assim, se o nível de produção do mês for alto, os custos também irão aumentar.

Mas, se houver um registro mais baixo, obviamente, as despesas variáveis irão diminuir.

Algumas pessoas podem se perder um pouco com essa parte, mas no fundo é uma questão de controle
financeiro bem simples de entender.

Nós já sabemos que os custos variáveis são os valores que irão mudar conforme a produtividade de
um local.

Mas quais são esses custos? Isso vai depender de cada empreendimento, já que cada um tem a sua
forma de operar.

Portanto, se for o caso de um restaurante delivery, por exemplo, que aumentou suas vendas em um
mês, é bem provável que terá mais gastos com embalagens.

Sendo assim, terá uma variação de custos em relação às embalagens para delivery.

Todavia, existem algumas despesas e gastos em geral que costumam oscilar e se encaixam como
custos variáveis, como:

Mão-de-obra;

Comissões de vendas;

Embalagens;

Remessas;

Taxas de cartão de crédito.

Lembre-se que para identificar se houve mesmo variação nos valores é preciso fazer uma cálculo.

Não basta apenas observar, é preciso contar com a ajuda de números para ser o mais preciso possível.

Como calcular os custos variáveis?

Para saber como calcular os custos variáveis é possível escolher três métodos de aplicação.

O uso de qualquer um deles irá ajudar otimizar o seu negócio e a identificar os custos dentro da sua
empresa.

Além de saber quais são os tipos de custos, realizar o cálculo também pode tornar sua gestão mais
eficiente.

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Veja agora algumas formas de como calcular os custos variáveis:

Cálculo custos variáveis: Método 1

O primeiro passo a se fazer é identificar os custos fixos e as variáveis;

Escolha um período de tempo e some todos as despesas variáveis de um período;

Depois, faça a divisão das despesas variáveis pelo volume de produção.

Cálculo custos variáveis: Método 2

Identifique os custos mistos da sua empresa. Esses custos são aqueles que podem ser tanto variáveis
com fixos;

Meça a atividade e o custo da produção;

Faça o cálculo da proporção das despesas variáveis. Para fazer esse cálculo, utilize a seguinte fórmula
de custos variáveis:

Cálculo custos variáveis: Método 3

Descubra a lucratividade da empresa;

Para descobrir os riscos, utilize a proporção das despesas variáveis. Faça a comparação dessas des-
pesas por unidade, descobrindo assim, a proporção de cada tipo de gasto;

Faça uma comparação com empresas de outros setores;

Analise o ponto de equilíbrio da sua empresa;

Agora, descubra o custo variável;

Depois disso, identifique nos custos mistos, as variáveis;

Faça a multiplicação dessas despesas variáveis pela quantidade produzida e terá o resultado.

Qual é a fórmula para custos variáveis?

Qualquer coisa que envolva o lado financeiro do seu negócio irá precisar de uma fórmula. Para os cus-
tos variáveis isso não é diferente.

Vamos dizer que em um restaurante são vendidos 800 pratos por mês. Cada um deles sai por R$
14,00.

Sendo assim, os custos variáveis totais são de R$ 11.200,00 (800×14).

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E não se assuste se o custo variável aumentar, isso nem sempre é ruim. Quando as vendas aumentam,
é necessário produzir mais e se preparar para o serviço.

A soma do que é gasto em custos variáveis naturalmente vai aumentar.

Mas, o aumento de vendas também traz uma receita a maior para o seu negócio.

Só fique de olho para que esta receita cresça mais rápido que as despesas.

Qual a diferença entre despesas fixas, custos e despesas variáveis?

Despesas Fixas: são tudo aquilo que o seu restaurante consome todo o mês. E lembre-se: não tem
nenhum vínculo com o custo do produto (seja na produção ou na compra de mercadorias);

Despesas Variáveis: este processo é uma ligação direta com o custo do produto. E é aqui que se usa
o método do custeio por absorção, para contabilizar desembolsos;

Custos: se com as despesas variáveis é usado o custeio por absorção, aqui será usado o custeio direto,
já que está diretamente ligado com o custo do produto.

Por que é importante saber qual a diferença entre custos variáveis e fixos?

É fundamental você conhecer a fundo a diferença entre custos fixos e os custos variáveis do seu res-
taurante.

Desta forma você pode ver com clareza a somatória de todos os valores gastos na produção.

E lembre-se de ter muito cuidado com isso. Faça com bastante atenção, pois qualquer erro pode im-
pactar no preço das vendas.

Saber reconhecer a diferença desses custos também influencia na parte financeira, contábil, de vendas
e de produção.

Essas informações contribuem para um planejamento conjunto e, assim, evitar surpresas no orçamento
para os custos variáveis.

Custos variáveis de restaurante são relacionados à matéria-prima

Alimentos são a matéria-prima do seu negócio. Mesmo que você compre a mesma quantia todos os
meses, esse ainda será um custo variável.

Isso porque seu preço pode ser influenciado de diversas maneiras, das econômicas às climáticas.

Dessa forma, na prática, o preço das matérias-primas na área da gastronomia é puxado por mais de
um tipo de inflação, além da tradicional, medida por órgãos federais.

Quando falamos da inflação climática, nos referimos à chuva e frio, que resultam em perda de quali-
dade e alta no custo.

Na mesma linha, a inflação por demanda acontece quando o preço de certo produto aumenta em razão
de uma data comemorativa, como o peru de Natal.

É importante lembrar que a maneira como o cardápio é montado também é um fator determinante no
faturamento.

Assim, restaurantes comerciais, como buffet, que atuam no varejo, sofrem mais com essa particulari-
dade do que aqueles voltados à coletividade, como os que servem refeições a empresas.

Uma dica para reduzir gastos com matéria-prima é que o responsável pelas compras do restaurante
faça uma projeção de vendas.

Isto é, de refeições servidas, por tipo de prato e os itens das receitas.

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Sendo assim, o planejamento ideal é aquele realizado com, pelo menos, de 30 a 45 dias de antece-
dência.

Quais são os custos variáveis de uma empresa?

Diferente do fixo, o custo variável oscila conforme as atividades da empresa. Ele vai variar de acordo
com a produção ou prestação de serviços da organização.

Como exemplo, podemos dizer que, se houver um crescimento nas vendas durante aquele período
específico, os custos variáveis também vão aumentar.

São exemplos de custo variável:

energia elétrica e água – caso sua produção dependa disso;

horas extras pagas a funcionários;

matéria prima;

custos com logística e entrega;

comissão de vendas;

taxas de remessa.

Tome cuidado para não confundir custo fixo e custo variável com despesas. Isso é um outro assunto,
que detalhamos melhor no nosso conteúdo completo sobre as diferenças entre despesas variáveis e
fixas.

Como calcular custo fixo e variável?

Imagine que uma gráfica tem um custo fixo aproximado de R$1.000,00 com uma impressora industrial
específica (gastos com energia elétrica e manutenção) e precise imprimir 10.000 panfletos em um mês.

Sabendo que o custo variável, por unidade, é de R$0,10 (10 centavos) com matéria prima e trabalho
do funcionário, a gráfica terá um custo total de R$2.000. Como esse cálculo é feito?

O valor total deriva do fixo no período mais a variável de produção por unidade.

Exemplo: R$1.000 (custo fixo) + R$0,10×10.000 (custo variável) = R$2.000 (custo total).

Assim, o custo de cada panfleto será de R$0,20.

Se a gráfica vender mais e precisar produzir 10.000 panfletos adicionais naquele mesmo mês, os custos
variáveis cairiam, reduzindo o total, mas os custos fixos se manteriam iguais.

Exemplo: R$1.000 (fixo) + R$0,10×20.000 (custo variável) = R$3.000 (custo total).

Dessa forma, cada panfleto custaria R$0,15.

Também podemos exemplificar de outra maneira. Pense em uma empresa que precise enviar 2 exe-
cutivos para uma visita trimestral à matriz, no Japão.

No planejamento financeiro, o gestor sabe que terá um fixo com passagens aéreas e diárias, por exem-
plo.

Neste caso, ele poderá definir um teto de gastos, guiado pela política de reembolsos da companhia,
para controlar outras despesas de viagens corporativas, como alimentação e transporte.

Esse controle é fundamental para que os valores não fujam do orçamento previsto.

A importância de separar o custo variável e fixo

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Conhecer os custos e saber como diferenciá-los é importante para conseguir precificar seus produtos
e serviços da melhor maneira. Só assim você terá controle sobre a lucratividade do seu negócio.

Ao saber separar o que é cada um, o gestor financeiro consegue saber exatamente quanto custa cada
unidade de um produto ou qual o valor para prestar determinado serviço.

Fora isso, separar os custos é a melhor forma de controlar os gastos.

Desta forma, é mais fácil entender para onde o dinheiro vai e como está o fluxo de caixa e identificar
se há necessidade de intensificar uma estratégia de redução de despesas e controle de gastos para
aumentar o faturamento.

Como identificar custos fixos e variáveis na sua empresa

A primeira coisa a se fazer é levantar todos os gastos da organização em um período determinado.

As empresas podem selecionar valores pagos ao longo dos últimos 3, 6 ou 9 meses. Com isso, é
possível montar uma planilha de custo fixo e variável.

O que vai acontecer, na verdade, é que com ela em mãos você vai poder observar as variações men-
sais.

Para ficar ainda melhor, o ideal é que contenha a relação da produção ou faturamento da organização.
Assim, será possível entender qual a relação entre o volume de produção e o impacto nos custos.

Custos ou despesas: qual a diferença?

Custo diz respeito aos gastos relacionados ao serviço ou bem usado para a produção de outros bens
e serviços. Eles estão ligados diretamente à produção de uma empresa.

Por outro lado, as despesas são gastos relacionados à manutenção de um negócio. Também são im-
portantes, mas,se comparada aos custos, têm um impacto bem menor.

Também é fundamental que o gestor saiba como classificar despesas em uma empresa, sempre mo-
nitorando para usar técnicas de redução para que não causem estragos no caixa.

O impacto da classificação de custos

Ao saber classificar custos dentro da sua empresa, você passa a ter muito mais controle e a tomar de-
cisões mais assertivas.

É claro que isso significa mais alguns números para serem monitorados. Ou seja, mais uma planilha
para ser atualizada e controlada sempre.

O excesso de planilhas e informações pode se tornar um problema para a gestão. É justamente com
esse problema que as empresas que utilizam a ExpenseOn já não precisam mais se preocupar.

Esqueça as dezenas de arquivos de Excel. Imagine uma plataforma completa e integrada ao seu ERP,
que gera relatórios com um clique, e onde você pode controlar toda a gestão de custos e despesas do
seu negócio.

Os custos podem ser classificados de diversas maneiras, de acordo com sua finalidade. Quanto ao
volume de produção os custos são classificados em fixos e variáveis. Esta classificação é muito utili-
zada para o cálculo do sistema de custos variável.

Despesas e Custos Fixos

Despesas ou Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou
diminuição da produção. Independem portanto, do nível de atividade, conhecidos também como custo
de estrutura.

Exemplos:

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Limpeza e Conservação

Aluguéis de Equipamentos e Instalações

Salários da Administração

Segurança e Vigilância

Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão com seus valores fixa-
dos. Por isso chamamos de custos fixos.

Despesas e Custos Variáveis

Classificamos como custos ou despesas variáveis aqueles que variam proporcionalmente de acordo
com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou
volume de vendas efetivado num determinado período.

Exemplos:

Matérias-Primas

Comissões de Vendas

Insumos produtivos (Água, Energia)

Apropriação dos Custos Fixos e Variáveis

No sistema de custo variável o custo final do produto (ou serviço) será a soma do custo variável, dividido
pela produção correspondente, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exer-
cício. Neste sistema a geração de riqueza está na venda e não na produção.

Vale lembrar que este sistema de custos não é permitido pelo legislação fiscal, e serve somente para
fins gerenciais. O custo de absorção é o utilizado legalmente conforme o Decreto 3.000/99. Neste mé-
todo todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos,
pouco importando se estes são fixos ou variáveis. Desta forma os produtos acabam absorvendo os
custos, o que gerou o nome deste método (custo por absorção).

Vantagens do Custeio Variável

Mesmo não sendo aceito pela legislação fiscal, o custeio variável apresente vantagens sobre as de-
mais. Podemos destacar as seguintes:

- Apresenta o Resultado Operacional em função das vendas

- Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já que esses são dedu-
zidos diretamente do resultado.

- Torna evidente a Margem de Contribuição de cada produto, muito utilizada no processo decisório.

Quando se é dono do próprio negócio é preciso ter controle das contas e um planejamento financeiro
alinhado com os seus objetivos para conseguir lucro. Por isso, é indispensável saber o que é custo fixo
e custo variável nos seus gastos.

Infelizmente não há uma fórmula mágica aplicável a todos os negócios para classificar, automatica-
mente, os gastos da sua empresa.

Isso porque, a classificação do que é custo fixo e variável muda de acordo com a natureza de cada
negócio e com o tamanho da sua companhia.

Também é preciso ter em mente que custos são diferentes de despesas. Custos são todos os gastos
relacionados diretamente a produção da sua empresa e despesas os gastos periféricos, que não estão
relacionados diretamente.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Agora que você já tem noção da importância de classificar os custos, vamos entender um pouco mais
sobre cada um deles e conhecer os exemplos de custos fixos e variáveis.

Custo fixo: o que é e como classificar

Para manter seu negócio funcionando, é preciso pagar uma série de contas. Algumas delas, você sabe
qual será o valor necessário no seu caixa para pagá-la mês que vem.

Os custos fixos são aqueles que têm pouquíssima ou nenhuma variação de valor em um período de
tempo maior. É o caso dos aluguéis, salários dos funcionários, conta de água, gastos com limpeza e
segurança.

Todos os meses você sabe que terá que desembolsar determinado valor nessas contas e que elas não
tendem a ter uma variação muito grande no custo.

Com essa informação mapeada, é possível calcular onde economizar mais e ser mais produtivo, ou em
quais meses sua empresa sofre com a sazonalidade de aumentos específicos — um reajuste no valor
do aluguel, por exemplo.

Custo variável: o que é e como identificar

Os custos variáveis são aqueles que aumentam ou diminuem de acordo com o nível de atividades da
sua empresa e, por isso, devem ter atenção especial nas finanças.

São exemplos de custo variável a compra de matéria-prima para a produção de um produto e a con-
tratação de mão de obra especializada para atender a demanda em determinada época do ano.

Vejamos esses exemplos na prática:

Todo início de ano, uma loja especializada em uniformes escolares recebe pedidos de diferentes esco-
las que precisam vender a vestimenta aos seus alunos. Entre os últimos meses do ano e os primeiros
do ano seguinte, essa empresa precisará comprar mais matéria-prima para atender a demanda.

O mesmo acontece para as vendas de Natal. Uma loja de eletrônicos sabe que durante os meses de
novembro e dezembro o número de vendas dispara. Por isso, contrata funcionários a mais para ajudar
no atendimento ao público só nesse período.

Por não serem gastos constantes, ambos exemplos são considerados custos variáveis.

Como calcular o custo fixo e variável

Agora que você já sabe diferenciar os dois tipos de custos, está na hora de aprender a trazê-los mais
para perto do seu planejamento financeiro.

O primeiro passo é listar mensalmente todos os custos da sua empresa em uma tabela. Assim, ficará
mais fácil identificar quais são os gastos frequentes (fixos) e os que mudam de acordo com o período
(variáveis).

Engorde essa planilha consultando as contas dos meses anteriores, criando um histórico dos gastos.
Isso ajudará a entender se os custos aumentam ou diminuem em determinados períodos do ano, ge-
rando o famoso efeito sazonal.

Acrescente nesta planilha o valor total de produção do seu produto ou serviço e o faturamento gerado
pela sua empresa. Com isso, ficará mais fácil ver quais custos precisarão ser revistos.

Por que é importante conhecer os custos fixos e variáveis?

Quando você mapeia os tipos de custos que sua empresa tem, é possível fazer toda uma organização
financeira que ajudará a alavancar a margem de lucro do seu negócio.

Por exemplo: ao identificar que todos os meses de janeiro suas vendas aumentam, mas maio é o pior
mês de vendas, você conseguirá calcular quantos reais precisará ganhar a mais no melhor mês para
compensar as quedas que virão.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Identificar os custos fixos também ajudará a medir a produtividade da sua empresa. Você deverá se
perguntar: os ganhos da empresa estão sendo compatíveis com os gastos mínimos para a produção
do produto ou serviço? Se a resposta for não, é melhor rever o negócio.

Já os custos variáveis dirão quais são as melhores épocas do ano para fazer promoção ou ainda definir
melhor o valor unitário dos produtos ou serviços que garantirão lucro para a empresa.

Custos Diretos E Indiretos

Ter uma empresa é um desafio – e ser o gestor dela, também. Um dos grandes desafios que podemos
citar consiste em compreender e saber as diferenças entre cada uma das nomenclaturas existentes em
um negócio, como custos diretos e indiretos, despesas, receita, faturamento etc.

Tudo isso é fundamental para a gestão empresarial, pois permite que você compreenda quais são os
resultados de cada uma das áreas da sua empresa – o que vai auxiliá-lo na tomada de decisão.

Para ajudá-lo a compreender melhor tais termos, neste artigo, vamos falar sobre custos diretos e custos
indiretos.

Antes de mais nada, vamos esclarecer, para você, as diferenças entre custo e despesa – terminologias
que são, muitas vezes, confundidas.

Custo é tudo aquilo que se relaciona à aquisição de estoques, produção ou prestação do serviço de
sua empresa.

Despesa é o gasto necessário para manter as atividades da empresa mas que não se relacionam,
diretamente, à produção.

Vamos utilizar o item “aluguel” como exemplo. Em uma indústria, o aluguel do galpão industrial é um
custo, pois ele é necessário para que a atividade de produção ocorra. Já o aluguel da sala comercial,
onde se concentram as atividades administrativas da empresa, é uma despesa.

A principal diferença é que sem o aluguel do prédio administrativo, a produção ocorreria normalmente.
Isto significa que, ainda que a empresa necessite de atividades administrativas para existir, o seu pro-
cesso produtivo não é afetado diretamente por este aluguel.

Na figura apresentada a seguir, você pode ver alguns outros exemplos de custos e despesas em uma
indústria.

Agora que você já esclareceu a diferença entre custo e despesa, vamos focar no que nos interessa: o
que são os custos diretos e os custos indiretos?

Neste texto, você aprenderá o conceito de cada um destes termos, qual a diferença entre eles e exem-
plos práticos para organizações.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

O custo direto é aquele que pode ser diretamente atribuído a um produto ou serviço. Ou seja: é aquele
custo que não precisa de nenhum critério para ser apropriado, ele possui um valor ou uma proporção
pré-definida.

O custo indireto, por sua vez, é aquele que demanda algum critério de apropriação ao produto. Ou seja:
não há uma quantidade específica desse custo que possa ser mensurada ao produto. Isso significa que
será necessária alguma métrica específica para vinculação do seu valor ao produto ou serviço.

Esta “métrica” de apropriação dos custos indiretos aos produtos é chamada de critério de rateio. Exis-
tem diferentes critérios de rateios e cada empresa encontrará o critério que melhor se enquadra às
suas realidades e demandas, mas que você possa compreender melhor, vamos dar alguns exemplos.

Para exemplificar custo direto e custo indireto no comércio, conheça a Look & Estilo, uma empresa que
compra camisetas e bermudas para revenda. A empresa tem um único funcionário: um vendedor.

O custo da camiseta é um custo direto, tendo em vista que é possível atribuir diretamente seu valor ao
produto. Uma camiseta custa R$ 15,00. O preço de venda pode ser R$ 30,00; R$ 40,00, R$ 50,00…
Mas você consegue mensurar que UMA camiseta custou, para a empresa, R$ 15,00. Assim como você
consegue mensurar o quanto UMA bermuda custou.

Imagine que João é funcionário da loja e seu salário é de R$ 2.500,00. Você consegue dizer quanto
desses R$ 2.500,00 refere-se a uma camiseta e quanto desse salário refere-se a uma bermuda? Não,
né?! Principalmente, porque não é possível saber quantas bermudas ou quantas camisetas serão ven-
didas em um mês. Para isso, o dono da loja estabelece um critério de rateio, que pode ser, por exemplo,
a proporção dos custos dos produtos. Veja:

Uma camiseta custa R$ 15,00 e uma bermuda custa R$ 35,00. O total de custo do produto da empresa
é de R$ 50,00, sendo que 30% refere-se à camiseta e 70% à bermuda.

A empresa apropria o salário de João, que é um custo indireto, para cada um dos produtos e, assim,
consegue saber exatamente qual o custo total das camisetas e o custo total das bermudas.

Veja na figura a seguir, como ficaria o custo total das camisetas e o custo total das bermudas se a
empresa tivesse comprado 100 peças de cada um destes produtos.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

E por que é necessária essa distinção? Pois é fundamental para que o gestor saiba qual será o preço
de venda de seu produto, pois ele conhece quais são os custos envolvidos em cada um destes produ-
tos.

Além disso, é importante para que o gestor saiba exatamente qual o custo total de cada um dos produ-
tos. Assim, ele poderá saber qual dos dois produtos, por exemplo, é mais lucrativo e, a partir disso,
tomar diversas decisões.

Alguns simuladores gerenciais, como os da Simulare, conseguem representar tudo isso em um game
online onde os participantes administram empresas fictícias e competem entre si analisando diversos
indicadores – como custos diretos e indiretos – e tomando decisões que impactam no resultado eco-
nômico da empresa.

Por fim, é importante que você perceba que a distinção entre custo direto e custo indireto somente
ocorrerá quando houver a comercialização de mais de um produto ou serviço. Pois, com apenas um
produto, é fácil de perceber que todo custo será atribuído ao produto, certo?!

Agora você consegue visualizar por que é fundamental que os conceitos de custos diretos e indiretos
sejam bem esclarecidos em uma gestão empresarial? Faz toda a diferença no momento de apropriar
custos, pensar em política de preços, escolher entre um produto mais rentável, etc.

Caracterizam-se como custos diretos aqueles que podem ser identificados e diretamente apropriados
a cada tipo de obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência.

Desta forma, os custo diretos estão ligados diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. Podem
ser atribuídos (ou identificados) de forma direta a um produto, linha de produto, centro de custo ou
departamento.

Não necessitam de rateios para serem atribuídos ao objeto custeado.

Ou ainda, são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos.

Exemplos de custos diretos:

-Matérias-primas usados na fabricação do produto


-Mão-de-obra direta
-Serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços.

Os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Os custos
são qualificados aos portadores finais (produtos), individualmente considerados.

Os custos diretos constituem todos aqueles elementos de custo individualizáveis com respeito ao pro-
duto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente com a produção dos mesmos, mantendo uma
correspondência proporcional. Um mero ato de medição é necessário para determinar estes custos.

Apropriação Dos Custos Diretos

Para conhecer o consumo de materiais, basta a empresa manter um sistema de requisições, de modo
a saber sempre para qual produto foi utilizado o material retirado do Almoxarifado.

Para conhecer o consumo de mão-de-obra direta, é preciso, a empresa mantenha um sistema de apon-
tamentos, por meio do qual se verifica quais os operários que trabalham em cada produto (ou serviço)
no período (dia, semana, mês) e por quanto tempo (minutos, horas).

Nas empresas de serviços, normalmente se faz o acompanhamento da ordem de serviço, anotando os


custos alocados diretamente (mão de obra, materiais aplicados e serviços subcontratados).

Apuração - Custos Indiretos

Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no
momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são apropriados aos portadores finais mediante o
emprego de critérios pré-determinados e vinculados a causas correlatas, como mão-de-obra indireta,

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

rateada por horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas
utilizadas, etc.

Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de critérios de rateio. É um custo
comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a parcela referente a cada um,
no momento de sua ocorrência. Ou ainda, pode ser entendido, como aquele custo que não pode ser
atribuído (ou identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento.
Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custeado.

São aqueles que apenas mediante aproximação podem ser atribuídos aos produtos por algum critério
de rateio.

Exemplos:

1. Mão-de-obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas indústrias ou
prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado, como
a mão de obra de supervisores, controle de qualidade, etc.

2. Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo relaci-
onamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas e lubrificantes, lixas etc.

3. Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do setor fabril ou de prestação
de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de equipamentos, etc.

Já falamos sobre isso em alguns textos aqui do Blog, porém nunca é demais relembrar:

Gastos são todos os desembolsos da sua empresa, ou seja, tudo que sai do caixa.

Despesas são todos os gastos que a empresa precisa para manter sua estrutura funcionando, mas
diretamente não contribuem para a geração de novos itens que serão comercializados, ou novos ser-
viços que serão oferecidos. Em outras palavras, são gastos que não estão diretamente ligados ao
objetivo final do negócio. Geralmente, despesa é o dinheiro que vai para a administração da empresa,
como a área comercial, marketing, desenvolvimento de produtos e o financeiro.

Custos são os desembolsos que podem ser atribuídos ao produto final. Isso significa que são todos e
quaisquer gastos relativos à aquisição ou produção de mercadorias, como por exemplo, matéria-prima,
mão-de-obra e gastos gerais de fabricação (GGF), como depreciação de máquinas e equipamentos,
energia elétrica, manutenção, materiais de conservação e limpeza para fábrica, viagens de pessoas
ligadas à fábrica etc.

Como esse conteúdo é para aprendermos mais sobre custos, vamos seguir dando esse enfoque.

Quais são os tipos de custos?

Como sabemos, os custos são todos os gastos relacionados especificamente à produção da mercado-
ria ou prestação do serviço. Eles estão classificados em custos diretos e indiretos e em custos fixos e
variáveis.

Os custos fixos e variáveis, como os próprios nomes dão a entender, referem-se à alteração que eles
podem sofrer. Quando um custo é frequente e ocorre todo mês, é chamado de custo fixo. Já quando
ele existe esporadicamente, oscilando devido a quantidade vendida, estamos falando do custo variá-
vel..

Os custos diretos e indiretos, por sua vez, têm relação com a facilidade ou a dificuldade na atribuição
de valor. Se definir o custo de determinado produto é mais fácil, ele é considerado um custo direto. No
entanto, se há maior dificuldade em atribuir esse valor, ele é considerado um custo indireto.

Para entendermos melhor toda essa definição e classificação de custos, vamos aos exemplos práticos!

O custo fixo é aquele gasto que existe todo mês, independente se a quantidade de vendas aumentou
ou não. Este custo também costuma ser chamado de custo de estrutura, já que abrange os gastos
relacionados à capacidade produtiva do empreendimento.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

É muito importante lembrar aqui, que o custo fixo não significa que o valor é fixo, ou seja, não significa
que seja sempre o mesmo valor. Ele significa que ocorre todo mês e isso independe da quantidade de
produtos vendidos ou serviços prestados.

Os custos fixos de uma empresa são, por exemplo, o valor desembolsado pelo aluguel de um espaço
ou de uma máquina e os salários pagos aos funcionários da operação, desde que eles não sejam
comissionados.

Imagine o caso de uma fábrica de ração para cachorro. Em um mês, ela pode produzir 15 toneladas
de ração, enquanto no mês seguinte a produção pode chegar a 25 toneladas ou cair para 10. Em
qualquer um dos casos, os custos fixos, como a manutenção periódica, aluguel se mantêm, já que
independem da rotina de produção ou das vendas.

O que é custo variável?

Ao contrário do fixo, o custo variável é aquele que sofre alterações em curto prazo, geralmente relaci-
onadas a alguma variável na produção e nas vendas. Como exemplo, podemos destacar a matéria-
prima, os insumos produtivos e os tributos.

Ou seja, quanto mais a empresa vender, maior será o custo variável, pois há uma relação direta entre
os dois fatores. No caso da fábrica de ração, os custos dispensados com a compra da matéria-prima,
como a carne e o milho, serão variáveis caso ocorra queda ou aumento na produção e nas vendas.
Esse é também um custo que pode não ocorrer em alguns meses, se não houver vendas.

Quando falamos nesses custos, parece muito mais fácil calcular aqueles que são fixos, não é verdade?
Afinal, já que não sofrem variação, basta somá-los e chegar ao total. Mas como calcular o custo variá-
vel?

Esse cálculo é diferente de acordo com as características da empresa. Se os vendedores são comissi-
onados e se os funcionários são pagos por horas trabalhadas, esses fatores precisam entrar na conta,
mas vamos exemplificar com um cálculo mais simples.

No caso da fábrica de ração, um método para calcular os custos variáveis poderia ser a soma de todos
esses custos de acordo com um período determinado, como um mês, por exemplo, e a divisão do total
pelo número de quilos de ração produzidos naquele mesmo período.

Ou seja, considerando que a soma dos gastos com embalagens, insumos produtivos, matéria-prima e
salário dos funcionários resultasse em R$ 100.000,00 e o volume de produção tenha chegado a 70.000
quilos, o custo variável de cada quilo de ração seria de R$ 1,42 (100.000 / 70.000).

Não é tão complicado assim, não é mesmo? Mas para não restar qualquer dúvida sobre como calcular
e projetar esse custo variável, indicamos que você assista ao webinar.

Outra classificação dos custos envolve aqueles que são diretos e indiretos. O custo direto é aquele
para o qual é mais fácil atribuir um valor, ou seja, que é mensurável sem dificuldades, sem necessidade
de rateio e que é relacionado diretamente ao produto final.

Exemplos de custos diretos são a matéria-prima e a mão de obra direta. Para calcular o custo direto
unitário é recomendável que a empresa tenha um sistema de requisições relacionado ao consumo de
materiais e um sistema de apontamentos que permita relacionar o tempo e o trabalho realizado por
cada funcionário.

Assim, somam-se os gastos com a compra de matéria-prima aos gastos com a mão de obra direta e
divide-se o valor pela quantidade de produtos produzidos em um determinado período.

O que é custo indireto?

Ao contrário dos diretos, os custos indiretos são aqueles em que é difícil atribuir um valor para cada
unidade produzida. No caso da indústria de ração, por exemplo, seria quase impossível determinar o
custo exato de água ou energia elétrica para produzir cada quilo do produto. Quer dizer, no caso dos
custos indiretos, a atribuição de valor não é tão simples como no caso dos diretos.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Para calcular os custos indiretos é utilizado o critério de rateio, no qual é definido um valor aproximado
para que o custo de cada unidade do produto possa ser calculado. No caso do cálculo da água na
fábrica de ração, por exemplo, é quando pegamos o valor total gasto em um mês e dividimos, propor-
cionalmente, entre cada quilo de ração.

O método de custeio variável é um dos mais utilizados na indústria e no comércio. Neste modelo, o
mais importante é avaliar a quantidade de matéria-prima utilizada na produção dos itens comercializa-
dos utilizando apenas os custos diretos e variáveis. Assim, é feito um cálculo simples da quantidade de
matéria-prima necessária para produzir cada peça e do preço dessa matéria-prima, a fim de definir qual
é o custo necessário para produzir cada unidade.

Já o método de custeio por absorção é um pouco mais complicado, pois utiliza todos os custos da área
de fabricação, sejam eles diretos ou indiretos, sejam fixos ou variáveis. Outra diferença é que esse
método leva em conta apenas os produtos vendidos, ou seja, aqueles que estão em elaboração ou que
ainda não foram comercializados não são contabilizados no custo por absorção.

Como todo processo que envolve vários números e cálculos, contar com uma planilha para auxiliar
nessa atividade é importante, você não acha? Então, clique na imagem abaixo e faça o download gra-
tuito do nosso modelo de planilha de Custeio por Absorção x Custeio Variável. Com ela, você vai con-
seguir aplicar os dois métodos de custeio na prática em sua empresa!

Agora que você já aprendeu a diferença de cada um, vamos para a prática.

Se você tem uma indústria ou um comércio tem duas nomenclaturas que precisa conhecer:

CMV (Custo das Mercadorias Vendidas): o CMV é mais utilizado no comércio, mas pode incluir qual-
quer atividade que não seja necessariamente deste setor, basta que a empresa compre algum bem
para revender, como os produtos que um salão de beleza vende às clientes.

CPV (Custo do Produto Vendido): antes de qualquer coisa, é preciso esclarecer um ponto: produto e
mercadoria não são palavras sinônimas no universo contábil e fiscal.

O primeiro termo se refere ao bem que é produzido pela própria empresa. Já o segundo representa os
materiais que são comprados de terceiros com o objetivo de revender.

É por isso, então, que o CPV está diretamente ligado aos processos industriais. Sendo assim, esse
indicador utiliza como variáveis, além dos saldos de estoque, os gastos gerais de fabricação, os custos
da matéria-prima e da mão de obra.

Para que uma indústria identifique seu Custo do Produto Vendido, é necessário criar uma Ficha Téc-
nica por produto. Isso pode dar muito trabalho, mas traz resultados bem significativos.

Como montar uma ficha técnica

Na ficha técnica você precisa informar tudo que compõe seu produto e a quantidade utilizada. Você
pode fazer isso usando uma planilha ou um sistema, para o nosso exemplo, vamos utilizar telas
do Treasy.

Por exemplo, a empresa Campo Confecções, dentre toda a gama de produtos que fabrica, um deles é
a bermuda. Nesta tela a seguir, você consegue visualizar toda a matéria prima e a quantidade prevista
de zíper para a fabricação de uma bermuda.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Depois é necessário informar qual é o valor pago pela matéria prima, no nosso caso, o zíper.

Multiplicando então a quantidade x o preço da matéria prima, teremos o CPV unitário.

E se multiplicarmos esse valor pela quantidade de vendas, teremos o CPV total.

É importante lembrar que tanto o CPV como o CMV só existem depois que ocorre uma venda. Dessa
forma, o CPV e o CMV não consideram os custos dos produtos que permanecem em estoque ou dos
serviços que ainda estão sendo executados, só do que foi vendido ou do serviço prestado.

É fácil para uma empresa identificar os custos de determinadas matérias primas, por exemplo, o zíper.

No entanto, saber quanto de tecido foi necessário para fabricá-la pode ser mais complexo. Conseguir
ter um número exato é um desafio para a maioria das indústrias, quanto mais rigoroso é o controle na
produção, mais fácil a organização conseguirá medir quando de matéria prima será utilizada.

Como comentei, nesse exemplo usamos telas do Treasy, caso você tenha interesse em conhecer me-
lhor a ferramenta, disponibilizamos um teste de 7 dias gratuitos, basta fazer o cadastrando clicando na
imagem a baixo:

Calculando a Margem de Contribuição

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Com a ficha técnica pronta, é só somar todos valores dos item que o compõem para saber o custo total
do produto, referente a matéria prima. Para finalizar o cálculo, você precisa incluir também o custo com
mão de obra. Para para não nos estendermos muito, anote como sugestão de leitura o artigo: Custo
da mão de obra: entenda o impacto dos funcionários nas finanças da empresa.

Com todos esses números na mão, agora você já pode analisar se eu preço de venda está correto, ou
se você está pagando para trabalhar. É por meio da Margem de Contribuição que vamos obter essa
resposta.

Como nós já falamos por aqui, o cuidado com os custos é essencial para a saúde financeira da em-
presa. Práticas erradas envolvendo os custos podem resultar em prejuízo, como ocorre com a má
formação de preços e com o mau planejamento do orçamento empresarial.

Mas além de saber o que são os custos e como eles são classificados, é importante que você possa
contar com boas ferramentas de Planejamento e Controladoria, como o Treasy, que oferece os melho-
res recursos para auxiliar o gerenciamento do seu negócio!

Custos Controláveis

Custos para Controle

Os gastos ocorridos durante produção, fornecidos através de relatórios periódicos gerenciais, são a
base das tomadas de decisões da direção da empresa de modo que, tenham total possibilidade de
acertos.

Em um mercado altamente competitivo onde uma decisão errada poderá acarretar grande perda de
credibilidade, de clientes e consequentemente grande perda de numerários, o sistema de controle é de
suma importância para à administração, desde que todos os componentes da organização tenham
contribuído.

Uma empresa para entrar em operação deve determinar o ramo de atividade, os valores de investi-
mentos na compra de equipamentos e materiais necessários para as atividades operacionais e admi-
nistrativas, a viabilidade de atuação no mercado, etc. Após estas definições e a implantação propria-
mente dita, deverá o administrador analisar se determinado serviço terá o retorno que possa cobrir os
seus gastos operacionais e administrativos e ainda gerar um lucro estimado.

Sendo assim, é de suma importância determinar metas e objetivos de modo que possa obter parâme-
tros para uma futura comparação.

Poderíamos definir esta etapa como aquela que estuda os custos da implantação da empresa mais o
custo da operação da mesma e a base para a definição de valores antes da produção de bem ou
serviço que se proponha a fazer.

Disponibilizando e controlando recursos conforme cumprimento de etapas

Ao disponibilizar recursos para as diversas atividades, o administrador deverá seguir um cronograma


previamente determinado onde estará definido o quantitativo e os prazos a serem cumpridos.

É nesta etapa que o controle de atividades e custos se evidenciam, pois tem por finalidade evitar des-
vios das metas e objetivos pré-determinados.

Definição de Controle

Podemos definir Controle como a verificação do andamento do que foi planejado, da utilização de re-
cursos disponibilizados e dos prazos determinados ou seja, conhecer a realidade , compará-la com o
planejado, obter as informações de modo rápido das anomalias observadas, que de algum modo afetou
o andamento normal do projeto e através de atitudes necessárias corrigi-las.

Custos

Após observarmos que não é possível existir controle sem o estabelecimento de objetivos e metas a
serem cumpridos, concluímos que os custos são estabelecidos principalmente para atender às neces-
sidades de controle e coordenação. Estes sendo bem organizados, fornecerá ao administrador os

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

meios de comparação entre o que está sendo realizado e os padrões pré-determinados e consequen-
temente orientar na tomada de decisões corretivas.

Custos Controláveis

Podemos afirmar que todos os custos são controláveis em algum nível da administração. Assim pode-
remos definir em que departamento originou o custo e verificar se este custo está diretamente ligado
ao gerente, pois o mesmo tem autoridade para uso e aquisição de serviços.

Os custos controláveis são aqueles que se identificam a um componente. Estes custos são mais facil-
mente identificáveis quando partimos num crescente hierárquico do nível inferior para os níveis superi-
ores. Assim poderemos definir os custos previstos, autorizados, realizados, comparando a realidade
com o previsto.

Os custos controláveis são aqueles que estejam sob completa responsabilidade de um gerente.

Custos não Controláveis

Como falamos anteriormente, não existe custo não controlável. Existem sim custos não controláveis
em algum nível hierárquico ou seja, são aqueles que embora identificados com o seu respectivo depar-
tamento, não podem ser atribuídos ao gerente do mesmo. Um exemplo comum é a determinação de
salário/hora de um operário. O gerente é encarregado de informar e controlar as horas trabalhadas de
um operário mas não pelo valor arbitrado para a hora trabalhada. A definição da remuneração das
horas normais e extras trabalhadas é definida por outro componente.

Deste modo podemos definir que os custos não controláveis são aqueles que não estão diretamente
ligados ao gerente do departamento pois estes fogem a seu controle.

Custos Estimados

Ao fazermos uma previsão orçamentária para exercer uma atividade ou serviço estamos estabelecendo
um custo estimado pois não temos os valores reais que estarão vigorando na época da efetiva execu-
ção dos mesmos. Estes custos são compostos através de um histórico ou de uma previsão dos índices
de correção estimados para o período levantado. Estas previsões são necessárias para mostrar a via-
bilidade de um projeto diante dos.

Terminologias de Custos

Gasto – Gasto é representado por toda e qualquer aquisição de bem ou serviço que a empresa faça,
sendo assim, tem-se gastos com: luz, água, mão-de-obra, compra de matérias-primas, entre outros.
Esses gastos podem ocorrer não só na produção, mas também na área administrativa e de vendas,
como gastos com assinatura de jornais ou gastos com compra de imobilizado. O termo gasto é um
termo bem genérico, podendo ser atribuído a toda e qualquer aquisição realizada pela empresa.

Custo – Custo é todo gasto incorrido na produção de um bem ou na prestação de um serviço. Sendo
assim, todo bem ou serviço que for consumido para gerar um novo bem ou serviço será custo. Como
exemplo de custos tem-se o consumo de matéria-prima na produção, salários dos funcionários da fá-
brica, depreciação, aluguel, energia elétrica utilizada na fábrica, consumo de água entre outros.

Exemplo: na produção de café em pó, temos como matéria prima o café em grão, que entra no processo
produtivo e depois de industrializado se torna o café em pó, assim, o café em grão (matéria-prima) é
CUSTO na produção de café em pó.

E a mão de obra que for utilizada na área de produção da farinha, também será CUSTO.

O trigo é custo na produção de farinha

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Despesa – Bem ou serviço consumido para a obtenção de receitas. As despesas são gastos que a
empresa incorre, buscando obter receitas.

Exemplos: consumo de energia elétrica nos departamentos de vendas e administrativos, depreciação


dos móveis e equipamentos dos departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone dos
departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone da diretoria, propaganda, etc.

Desembolso – É o pagamento pela aquisição de bem ou serviço. O desembolso representa a saída de


dinheiro da empresa através do pagamento, sendo assim, essa saída pode ocorrer antes, durante ou
depois do bem já entregue ou do serviço já prestado.

Perda – Consumo de bem ou serviço de forma involuntária (sem que a empresa desejasse). São gastos
que a empresa incorre, porém, tem características de anormalidade ou involuntariedade, ou seja, acon-
teceu sem a empresa desejar ou sem que pudesse prever.

Exemplo: destruição do estoque por incêndio ou enchente, incêndio na empresa, entre outros.

Investimento – São gastos que a empresa incorre visando por meio deles obter benefícios nos períodos
futuros. São as aquisições de bens ou serviços que são registrados no ativo da empresa. Investimento
é todo gasto pela aquisição de produtos ou serviços que trarão benefícios à empresa, podendo ser por
um longo período, como a compra de um imóvel, que beneficiará a empresa por muito tempo ou por
um curto período, como a compra de estoque.

Componentes Do Custo

Os Custos de Produção são divididos em 3 categorias:

matéria prima: São os materiais incorporados ao produto final. As matérias-primas correspondem a


qualquer tipo de material usado no produto final.

Mão-de-obra: São os gastos com os salários dos funcionários da fábrica.

Podemos classificar a mão-de-obra em direta e indireta, sendo direta aquela que está diretamente re-
lacionada ao processo produtivo, ou seja, a dos funcionários que atuam sobre o produto. E indireta a
mão-de-obra de funcionários supervisores, carregadores de materiais, seguranças, etc, sendo que são
funcionários que não se pode definir com exatidão o quanto contribuíram para cada produto.

Custos indiretos de fabricação (CIF´s): Incluem todos os custos exceto matéria-prima direta e mão-de-
obra direta. Os custos gerais de produção abrangem itens, tais como manutenção, reparo de equipa-
mentos de produção, seguro, depreciação, etc.

Classificações De Custo

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Custos Diretos E Indiretos

Após definidas as terminologias a serem utilizadas na contabilidade de custos, vamos classificar agora
os tipos de custos. A primeira classificação que se tem dos custos é em direto e indireto.

Custos Diretos – São aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando apenas
que se tenha uma unidade de medida de consumo, como Kg de matéria-prima por produto, unidades
de embalagem utilizada no produto, horas de mão- de-obra gastas no produto, etc.

A matéria-prima é um custo direto por ser possível alocar eficientemente seus gastos em cada produto,
ou seja, pode-se avaliar o quanto de matéria-prima foi utilizada em cada unidade de produto.

Custos indiretos – Não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação
tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como custos com supervisão, chefias,
aluguel da fábrica). Os salários da supervisão, assim como os de chefe de equipe são de difícil alocação
para cada produto, sendo assim, classificados como custos indiretos.

Os gastos com custos diretos são alocados diretamente ao produto produzido, por exemplo se gastar-
mos matéria prima na Produção de 4 tipos de produto (A, B, C e D), saberemos de acordo com as
requisições de matéria prima o quanto foi gasto em cada produto.

Vamos supor que foram gastos em um mês 10.000kg de matéria-prima, sabendo-se que cada kg custou
para a empresa $1,00, e que as quantidades aplicadas nos produtos foram as seguintes:

Produto Qtd. Mp $/kg Total

A 2.000 kg $1,00/kg $2.000,00

B 3.000 kg $1,00/kg $3.000,00

C 4.000 kg $1,00/kg $4.000,00

D 1.000 kg $1,00/kg $1.000,00

Total 10.000 kg - $10.000,00

Desta maneira, poderemos alocar a cada produto, o quanto cada um realmente gastou da matéria
prima. Isso só é possível, porque temos uma medida objetiva (quantidade de quilos gastos por produto).

Já os gastos com supervisão da fábrica, não podem ser alocados diretamente aos produtos, pois não
se sabe exatamente quanto tempo de supervisão foi gasto em cada produto, por isso, escolhe-se um
critério de rateio para apropriar os custos indiretos aos 4 produtos.

Vamos supor que tivemos em determinado período gastos de $2.000,00 com supervisão de produção,
desta maneira, nos resta agora alocar esses $2.000,00 aos 4 produtos através de algum critério de
rateio. Para simplificar, vamos utilizar o rateio por quantidade de produtos, assim, faremos a divisão
dos $2.000,00 pelos 4 produtos, dando a cada produto valores iguais de rateio dos gastos de supervi-
são. Assim, ao dividirmos $2.000,00 pelos 4 produtos teremos a alocação de $500,00 para cada pro-
duto.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Ao final teremos o seguinte resultado:

Produto Custo diretomat. Prima Custo indiretosupervisão Custo total de cada produto

A $2.000,00 $500,00 $2.500,00

B $3.000,00 $500,00 $3.500,00

C $4.000,00 $500,00 $4.500,00

D $1.000,00 $500,00 $1.500,00

Total $10.000,00 $2.000,00 $12.000,00

Assim, o Produto A custou para a empresa $2.500,00, o Produto B $3.500,00, o Produto C $4.500,00
e o Produto D $1.500,00.

Classificações De Custo

Custos Fixos E Variáveis

Custos Fixos: são os custos que não variam no período independentemente da quantidade produzida.
Estes custos têm natureza fixa, ou seja, será sempre o mesmo valor se a indústria produzir 100 ou
1.000 unidades. O aluguel é um exemplo de custo fixo, uma vez que seu valor é fixado por mês, todo
mês a empresa pagará de aluguel uma determinada quantia, independente da quantidade de produtos
que esta fabrique.

Custos Variáveis: são os custos que guardam relação direta com a quantidade produzida. Assim, estes
custos variam de acordo com a variação na produção, quando a produção aumenta os custos variáveis
aumentam, quando a produção diminui os custos variáveis também diminuem.

Vamos imaginar na seguinte situação, nossa fábrica de garrafas plásticas paga de aluguel todo mês
$10.000,00 e gasta $0,20 de matéria prima para a produção de cada garrafa.

Pensando que no 1º mês produzimos 100.000 garrafas, nossos custos serão os seguintes:

Custos fixos (aluguel): $10.000,00

Custos variáveis (matéria prima): ($0,20 x 100.000 garrafas) $20.000,00

Custo total $30.000,00

Quantidade produzida (em unid.) 100.000

Custo unitário por garrafa $0,30

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Supondo agora que no 2º mês foram produzidas 500.000 garrafas, mantendo-se os mesmos custos,
teremos os seguintes resultados:

Custos fixos (aluguel): $10.000,00

Custos variáveis (matéria prima): ($0,20 x 100.000 garrafas) $100.000,00

Custo total $110.000,00

Quantidade produzida (em unid.) 500.000

Custo unitário por garrafa $0,22

Podemos notar que com o aumento da quantidade produzida, o custo da Matéria Prima (custo variável)
aumentou, no entanto o custo do aluguel (custo fixo) não se alterou.

Veremos aqui como Planejar o Gerenciamento de Custos, Estimar os Custos e Determinar o Orça-
mento.

Hoje quero falar sobre custos e começo apresentando alguns conceitos importantes. Pensando em
custos, temos de nos lembrar que os custos do projeto e os custos do produto são diferentes. Quando
falo em custos do produto, refiro-me aos custos de operação, manutenção e descontinuação do
mesmo. São custos diferentes! Temos também o custo das alternativas, que é quando abrimos mão
de uma alternativa em detrimento de outra. Outro termo importante são os custos afundados, ou di-
nheiro já gasto e que não pode ser recuperado. Sempre que falo em custos afundados lembro do poker
e que quando apostamos, temos de pensar no que está no “pote” e no que vamos ter de colocar além
do que já colocamos em jogo para concorrer ao “prêmio”, por assim dizer.

Processos de Gestão dos Custos

Indo agora para os processos de gestão dos custos, temos o plano de gerenciamento dos custos, a
definição das estimativas de custos, o desenvolvimento do orçamento e o controle dos custos. Vou
começar pelo plano de gerenciamento dos custos e assim até o controle, que é o processo “final” desta
área.

Planejando o Gerenciamento de Custos

O planejamento do gerenciamento dos custos tem poucas entradas, mas é importante lembrar que
entre elas está o plano de gerenciamento do projeto e que neste plano temos todos os outros planos
de gerenciamento do projeto (auxiliares), que podem ser bem complexos. Além de termos como en-
trada para o planejamento do gerenciamento dos custos o plano de gerenciamento do projeto, temos
também o termo de abertura, fatores ambientais da empresa e ativos de processos organizacionais.
Queremos, destas entradas, informações sobre o controle de custos, restrições financeiras, medidas,
procedimentos de controle financeiros, lições aprendidas, a cultura da organização quanto à gestão de
custos e assim por diante.

As Técnicas de Planejamento

As técnicas desta área não poderiam ser mais genéricas: opinião especializada, técnicas analíticas e
reuniões. Precisamos contar com o apoio de gerentes funcionais, tal qual o gerente financeiro, para
determinar escolhas como fontes de financiamento e procedimentos estabelecidos dentro da organiza-
ção quanto ao gerenciamento dos custos. A saída deste processo é o plano de gerenciamento dos
custos, que irá apresentar os níveis de exatidão, unidades de medida, associações com procedimentos
organizacionais, limotes de controle, regras para medição do desempenho e a descrição dos processos
de gerenciamento de custos e como serão aplicados e como se relacionarão entre si.

Depois de planejar os custos, seguimos com as estimativas do projeto entrando nas estimativas dos
custos, que apresenta como principal saída uma planilha de estimativa de custos vinculadas (depen-
dendo de quando será feito o processo) com o cronograma do projeto. Vamos estimar aqui diversos
custos:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Custos diretos: diretamente relacionados ao trabalho do projeto, como remuneração, prêmios, pessoas,
equipamentos e etc.

Custos indiretos: recursos não diretamente relacionados ao projeto, como por exemplo aluguel de um
local e etc. Aqui eu entendo como complicada a diferenciação entre o custo direto e o indireto, então a
principal dica é a mesma que o Flávio da TI Exames passa no seu curso – se o custo pode ser direta-
mente ligado a um pacote de trabalho, é um custo direto, caso contrário possivelmente seja indireto.

Custos variáveis: custos que mudam de acordo com a quantidade utilizada, como salários e materiais.

Custos fixos: aluguel, por exemplo. Se o custo variar de acordo com o andamento do projeto, então é
variável, não é mesmo? Se você tiver de alugar mais salas durante o projeto, este custo fixo passa a
ser variável.

As entradas da construção das estimativas são diversas, como o plano de gerenciamento dos custos,
recursos humanos, linha de base do escopo, cronograma do projeto, registro de riscos, fatores ambi-
entais e ativos de processos organizacionais. Preste atenção agora nas ferramentas e técnicas, pois
algumas já foram utilizadas em processos anteriores e irão se repetir aqui. Sabendo que foram vistas
em outros artigos, peço que você acesse os artigos sobre tempo, pois lá algumas das técnicas são
vistas com maior profundidade.

Técnicas e ferramentas de estimativa de custos:

Opinião especializada: buscar com partes mais experientes ajuda na tomada de decisões.

Estimativa análoga: utilizar dados e informações passadas para estimar custos presentes.

Estimativa parmétrica: utilizar parâmetros associados aos custos construídos com informações passa-
das de alta precisão.

Estimativa bottom-up: estimar nas atividades, pacotes de trabalho e contas de controle os custos, de
baixo para cima.

Estimativa de três pontos: mesma já vista na área de tempo, mas para os custos. Inclusive, as fórmulas
se repetem – estimativa pessimista, positiva e mais provável.

Análise de reservas: reservas contingenciais e gerenciais, onde as contingenciais são aquelas prepa-
radas com base em riscos conhecidos e as gerenciais em riscos desconhecidos.

Vale a Pena a Não-Conformidade?

Ainda precisamos considerar os custos de conformidade versus os custos de não conformidade, rela-
tivos a qualidade, pois não estar de acordo com determinada conformidade pode custar mais caro do
que uma conformidade considerada “cara”.

As Saídas do Processo de Estimar os Custos

As saídas da construção das estimativas são as próprias estimativas, apresentadas geralmente em


uma planilha que conta com as atividades, duração, recursos, custos estimados, diretos, indiretos e
ainda outros custos que possam ser interessantes para a composição final do nosso próximo processo:
o desenvolvimento do orçamento. É importante manter um registro das bases das estimativas, pois
esta também é uma saída deste processo, e por fim atualizar os documentos do projeto relacionados
as estimativas apresentadas.

Determinando o Orçamento

O último processo deste artigo é o desenvolvimento do orçamento do projeto, pois reservarei um artigo
específico sobre o controle dos custos, tendo em vista que considero este o processo mais complicado
em função dos diversos cálculos necessários para a correta assimilação do mesmo.

As principais entradas do processo de determinação do cronograma são: plano de gerenciamento dos


custos, linha de base do escopo, estimativa de custos das atividades, bases das estimativas, crono-

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

grama do projeto, calendário dos recursos e o registro dos riscos. As técnicas e ferramentas são rela-
tivamente tranquilas, pois o trabalho duro foi feito na construção das estimativas e será ainda mais duro
na etapa de controle.

Técnicas e ferramentas de determinação do orçamento:

Agregação de custos: agregar as estimativas de custos dos pacotes de trabalho às contas de controle
e, por fim, a todo o projeto.

Análise de reservas: podemos agregar ao orçamento final as reservas gerenciais, junto com a linha de
base do escopo – que já inclui as reservas contingenciais e as estimativas de custos anteriores a estas
análises.

Opinião especializada: acompanhamento dos custos e do orçamento por partes que tenham domínio a
respeito de pontos específicos do orçamento.

Relações históricas: utilizar parâmetros e opinião especializada para avaliar se o orçamento é realista,
se é factível.

Reconciliação dos limites de recursos financeiros: nivelar os recursos da empresa com os recursos
necessários para os projetos.

Saídas do Processo de Determinação do Orçamento

Depois de termos visto as técnicas, verificaremos as saídas do processo de determinação do orça-


mento. A linha de base de custos é o orçamento no término já alinhado com o cronograma do projeto
e que serve para controlar os custos reais com os custos planejados para o projeto. A linha de base
dos custos é a soma da agregação dos custos, menos as reservas gerenciais. Justamente a próxima
saída são os requisitos de recursos financeiros do projeto, que incluem a linha de base mais as reservas
gerenciais. Atualizações, como sempre, também fazem parte das saídas do processo. Muitas vezes
precisamos atualizar documentos já existentes em função de resultados e análises de determinados
processos, tal como o de determinação do orçamento.

Custos Gerais

Concluindo a nossa série de postagens sobre os custos logísticos temos o segundo e último artigo.
Neste iremos relacionar, e explicar, os custos gerais associados ao planejamento logístico.

Custos Controláveis e Não Controláveis: Inicialmente, quando se fala em tomada de decisões, deve-
mos analisar o que faz parte, efetivamente, da gestão de cada processo. Sobre os custos controláveis
e não controláveis, podemos dizer que os primeiros variam com o volume de esforço de um pro-
cesso/atividade e devem estar relacionados a um objeto e identificados separadamente. Contabilmente
falando, dizemos que o Custo Controlável é aquele que é influenciado pela decisão e ação de um gestor
e pode ser identificado ao objeto ou rastreado em determinado processo/atividade. O custo não con-
trolável não pode ser influenciado pela decisão de um gestor, por exemplo, o gestor de logística pode
controlar os custos de transporte e armazenagem, mas não pode controlar os gastos com a segurança
ou a limpeza do prédio, que também são utilizados por outras áreas da empresa e poderão ser alocados
ao processo atividade por diversos critérios questionáveis, ou seja, não diretamente identificados.

Custo de Oportunidade: É um conceito de custo imprescindível à gestão de logística, sobretudo no que


tange aos investimentos em ativos logísticos. É um tipo de custo imputado, um custo de capital, que
não é registrado contabilmente (nos livros contábeis tradicionais) e não implica desembolsos de caixa,
pois tem natureza econômica, mas deve ser contemplados nos relatórios gerenciais. O custo de opor-
tunidade representa quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus
recursos numa alternativa ao invés de em outra. Para ilustrar este conceito, um exemplo pode ser o de
uma empresa que poderia aplicar seus recursos em operações no mercado financeiro e ganhar 1% ao
mês, ao invés de investir em estoques ou em outros ativos logísticos, portanto, a decisão de manter
ativos deveria render, no mínimo, o que a empresa poderia obter no mercado financeiro, ou seja, 1%
ao mês.

Custo Relevante: É um conceito importante à gestão logística. Custos relevantes são custos futuros,
que diferem entre as diversas alternativas. Para ser, um custo não deve ser apenas um custo futuro,

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

mas também precisa ser diferente de uma alternativa para outra. Na escolha entre alternativas, por
exemplo, dos modais de transporte, apenas alguns custos serão relevantes na análise, tais como os
custos de embalagens ou os custos de manutenção do inventário, pois irão ocorrer como resultado da
tomada de decisão de qual modal de transporte utilizar e afetam o fluxo de caixa. Custo relevante não
é necessariamente o que foi incorrido no passado, mas aquele que se esperam incorrer no futuro para
um determinado nível de serviço. Os trade-offsse enquadram na categoria de custos relevantes.

Custos Irrecuperáveis: São custos incorridos no passado e que não são relevantes para decisões no
presente, pois não se alteram em função das decisões. A depreciação de um ativo já existente, por
exemplo, não deve ser considerada como um custo relevante, pois não afeta o fluxo de caixa; em
compensação, os custos de capital sobre esse ativo devem ser considerados. Por exemplo, se você
comprou ingresso para assistir um filme no cinema e gastou R$ 25,00, e um amigo o convida para ir a
um churrasco, sem custo nenhum e você aceita, os R$ 25,00 gastos pelo ingresso não serão recupe-
rados.

Custo Incremental, Marginal ou Diferencial: Este conceito é importante na análise dos Custos Logísti-
cos e normalmente é considerado como um custo extra, associado a uma unidade adicional. Em uma
tomada de decisão, devemos analisar os aumentos (ou diminuições) nas receitas e nos custos, que
ocorrerão em cada decisão, ou seja, incluem custos que se modificam, como consequência da escolha
entre as diversas alternativas. Em uma análise incremental, devemos observar qual o resultado econô-
mico que será apurado, pela diferença entre a receita e o custo incremental. Podemos citar como exem-
plo a questão, descrita no custo Relevante, da escolha do modal de transporte, em que a alternativa
que tiver o melhor resultado econômico, ou seja, a melhor solução logística, deverá ser a escolhida.
Novamente, isso remete para o conceito de trade-off, que concluímos que envolve custos relevantes e
incrementais, marginais ou diferenciais.

Custos Ocultos: (Hidden Costs): São os custos que não são visíveis aos gestores, mas que afetam o
resultado econômico da empresa, pois ocorrem em condições anormais de operação, associados ao
conceito de perdas, tais como falhas e desperdícios nos processos logísticos. Este é um dos maiores
problemas de identificação de custos, pois muitas falhas não são perceptíveis. No decorrer das ativi-
dades, por exemplo, os gestores, muitas vezes, não percebem o quanto estão desperdiçando de re-
cursos ou tempo, em atividades que não agregam valor á empresa, ou não produzem nenhum produto
ou serviço, o que impacta, diretamente, o resultado econômico das empresas, de forma negativa. Po-
demos chamar os desperdícios de ladrões de lucro, incluindo questões como complexidade excessiva,
redundâncias, treinamento inadequado, comunicação deficiente, funcionários sem poder e imperícias,
além da questão da capacidade humana, que também pode vir a causar perdas. Entre outros exemplos
de custos logísticos ocultos, podem ser citados: superprodução, defeitos, esperas e atrasos, acúmulo
e material em processo, transportes internos e ações que podem gerar movimentações desnecessárias
e processos que muitas vezes, necessitam ser modificados para serem eficientes.

Custo Padrão: Pode ser considerado como um custo elaborado, que contempla aspectos físicos e mo-
netários, em que são considerados, dentro da normalidade, os materiais, mão-de-obra, equipamentos
e outros custos, aplicados ao produto/serviço ou á atividade. É o custo que se deseja alcançar, em
termos físicos e monetários, se tudo ocorrer de acordo com o normal da atividade. Por exemplo, se
fomos apurar o custo-padrão de um serviço a ser prestado, devemos avaliar quanto tempo iremos
gastar para realiza-lo e qual é o custo da mão -de-obra envolvida, bem como outros custos associados.
Após o serviço ter sido prestado, é necessário realizar o acompanhamento das variações dos custos
freais em relação aos padrões, justificando as causas dos desvios, para que sejam tomadas as devidas
ações corretivas.

Custo Meta ou Alvo (Target): É aquele em que, a partir do preço de mercado do produto/serviço e tendo
definida a margem de lucro desejada, a diferença é o custo-meta. Para ilustrar, vamos imaginar que o
serviço a ser prestado tenha um preço de R$ 200,00 e que a empresa espera ter uma margem de lucro
de 20%, ou seja R$ 40,00. Portanto, o custo a ser atingido (meta) é de R$ 160,00.

Custo no Ciclo de Vida: Atualmente, em função de, em muitos segmentos, os produtos estrem com
ciclos de vida cada vez mais curtos, o tempo é a base para a competitividade, é um elemento de dife-
renciação, e a tendência é cada vez mais os tempos sejam comprimidos. Quando se fala em compres-
são de tempo, estamos nos atendo às diversas etapas do ciclo de vida de um produto, sendo que o
tempo de vida de um produto varia de acordo com a atividade econômica da empresa e independente

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

desta atividade. Desde a sua concepção até a descontinuidade de um produto, os custos devem ser
acompanhados pelo custeio do ciclo de vida.

Custo Kaizen: Está relacionado à melhoria contínua dos processos, visando à redução constante dos
custos em todas as fases do ciclo de vida de um produto/serviço. O custo Kaizen é similar ao custo-
meta em sua missão de reduzir custo, exceto que enfoca a redução dos custos durante as outras fases
do ciclo de vida, além do desenvolvimento. Por exemplo, se em um determinado mês o custo de trans-
porte incorrido foi de 1 milhão, de acordo com a filosofia do Kaizen, os gestores deverão encontrar um
meio de reduzi-lo.

Custos Primários

Com o mercado cada vez mais competitivo, é essencial ter o máximo de controle possível sobre os
custos, entendendo como funciona cada um e analisando se é possível reduzi-los. Um desses custos
é o custo primário, tema do artigo de hoje.

Muito importante no processo de produção, os custos primários podem ser identificados com muita
facilidade, mas antes é necessário conhecê-los melhor, não é mesmo? Neste texto, explicamos o que
é custo primário, como calculá-lo, exemplo e qual é o conceito de contabilidade de custos. Confira!

Qual é o conceito da contabilidade de custos?

O conceito de contabilidade de custos pode ser entendido como o registro dos valores de uma empresa
em relação a produção do que será oferecido aos clientes, ou seja, identificar a soma dos custos da
produção primária.

Para realizar essa contabilidade, é necessário registrar os gastos que a empresa tem desde a matéria-
prima, funcionários e fornecedores até gastos com energia, água, entre outros. Tudo isso é fundamental
na produção e entender quais são os custos de cada um, é primordial.

O que é custo primário?

Custos primários podem ser definidos como a soma dos gastos com matéria prima e a mão de obra
direta ou os primeiros custos de um produto. Ele compreende a soma dos materiais diretos, como
matéria prima, insumos e embalagens por exemplo, com o custo da mão de obra utilizada para realizar
a produção de determinado produto ou serviço. Alguns autores definem com custo primário como a
soma da matéria prima consumida com a mão de obra direta.

Como calcular o custo primário?

O cálculo do custo primário é feito por meio da soma da mão de obra direta + gastos de fabricação. Na
contabilidade, esta conta pode aparecer da seguinte maneira: MD, que significa Material Direto + MOD,
sigla para Mão de Obra Direta, ou seja: MD + MOD = custo primário.

Exemplo de custo primário

Suponha que uma fábrica de sapatos gasta por mês R$ 35 mil somando o aluguel do barracão, matéria
prima consumida, salário dos operários e o frete das unidades vendidas, sendo que cada um custa:

Aluguel da Fábrica: R$ 5 mil

Matéria prima consumida: R$ 15 mil

Salário dos Operários: R$ 10 mil

Frete das unidades vendidas: R$ 5 mil

Qual é o valor mensal do custo primário?

Bom, lembre-se que o custo primário resume-se a soma do Material Direto + Mão de Obra Direta,
portanto, neste exemplo, os únicos valores considerados são os R$ 15 mil da matéria prima consumida,
que é o material direto, e os R$ 10 mil dos salários dos operários, que compõe a mão de obra direta.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

MD = 15 mil

MOD: 10 mil

Aplicação: 15 mil (MD) + 10 mil (MOD) = 25 mil.

Ou seja, o custo mensal da fábrica com custo primário é de R$ 25 mil.

Agora que você sabe o que é custo primário, análise quanto sua empresa gasta com esses custos
específicos. Talvez você consiga aumentar os lucros analisando com cuidado os valores desta etapa
da produção.

O mercado está cada vez mais competitivo, isso não é novidade para ninguém. Diante dessa nova
realidade, as empresas precisam encontrar formas de se destacarem em relação aos seus principais
concorrentes. Uma das possibilidades para aumentar a sua competitividade é justamente um eficiente
controle de custos. Ou seja, você precisa entender como cada um funciona e analisar se é possível
reduzi-los. No artigo de hoje, vamos falar justamente sobre isso: entenda como trabalhar com o custo
primário!

Ao final deste conteúdo, você saberá: o que é custo primário, como calculá-lo e verá um exemplo! Não
deixe de ler tudo.

O que é custo primário?

Basicamente, o custo primeiro é a soma dos gastos com matéria-prima e a mão de obra direta ou os
primeiros custos de um produto. Dessa forma, ele compreende a soma dos materiais diretos, insumos
e embalagens, por exemplo, com o custo da mão de obra usada para a produção de um produto ou
serviço.

Em outras palavras, especialistas definem o custo primário como a soma da matéria-prima consumida
com a

Como calcular o custo primário?

Como destacamos acima, o cálculo deste custo é feito por meio da soma da mão de obra direta e dos
gastos de fabricação. Na contabilidade, essa conta pode ser representada da seguinte forma: MD (ma-
terial direto) + MOD (mão de obra direta) = custo primário.

Para facilitar o entendimento, vamos utilizar um exemplo?

Imagine que uma fábrica brinquedos gaste por mês R$ 50 mil somando o aluguel do espaço, matéria
prima usada, salário dos funcionários e o frete das unidades vendidas, que correspondem aos valores
abaixo:

Aluguel da Fábrica: R$ 10 mil

Matéria prima consumida: R$ 20 mil

Salário dos Operários: R$ 15 mil

Frete das unidades vendidas: R$ 5 mil

Portanto, qual é o valor mensal do custo primário?

Lembrando que o custo primário é a soma do MD + MOD, logo, temos: 20 mil (MD) + 15 mil (MOD) =
R$ 35 mil de custo primário.

Conte com uma contabilidade para indústrias

Gerenciar e analisar os custos de produção exige conhecimento técnico, para assim, aproveitar o que
de melhor a atividade oferece para o seu negócio. Portanto, invista em um escritório de contabilidade
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O nosso objetivo é prestar um serviço ágil e de máxima qualidade, dispondo de tecnologia de ponta e
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Entre em contato e fale com um dos nossos especialistas! Juntos vamos cuidar da sua empresa.

Por fim, se gostou do nosso artigo sobre o que é custo primário, compartilhe com seus amigos. Caso
tenha alguma dúvida, deixe nos comentários.

Em relação a sua associação ao produto ou serviço elaborado, os custos podem ser classificados
como: Custos primários ou diretos (CD), Custos de transformação ou conversão (CT), Custo fabril (CF),
Custos das Mercadorias Vendidas (CMV), Custos integrais ou plenos ou gastos totais, em que:

1- Custos Primários Ou Diretos (CD)

Estão associados diretamente à produção, equivalendo à soma do material direto com a mão de obra
direta;

2- Custos De Transformação Ou Conversão (CT)

Representam o esforço da empresa para transformar o material adquirido do fornecedor em produto


acabado. Equivalem à soma da mão de obra direta mais os custos indiretos de fabricação;

3- Custo fabril (CF)

Representa a soma dos três elementos do custo: material direto, mão de obra direta e custos indiretos
de fabricação. São incorridos durante o processo de fabricação e incorporados aos estoques de pro-
dutos em processo. Quando os itens são finalizados, estes, custos e estoques, são transferidos para o
estoque de produtos acabados;

4- Custos Das Mercadorias Vendidas (CMV)

Representam a saída dos estoques da empresa para o comprador. Podem ser denominados de CMV,
quando a operação é mercantil, CPV (Custos dos Produtos vendidos) quando a operação é industrial,
ou CSP ou CSV (custos dos serviços prestados ou vendidos), quando estiverem associados a opera-
ções de serviços. Consistem na última etapa do processo de formação de custos. São valores retirados
dos estoques e entregues aos clientes. Como estão associados ao período, devem ser vistos, na ver-
dade, como despesas – já que saem dos estoques e estão associados a um consumo temporal – e não
como custos – que estão associados ao processo de formação de estoques;

5- Custos Integrais Ou Plenos Ou Gastos Totais

Correspondem à soma de todos os valores consumidos pela empresa a elaboração do produto ou


prestação do serviço, incluindo custos e despesas.

Custo dos Produtos Acabados

Os valores de estoques apresentados na tela de resumo de movimentação dos estoques e também na


própria tela de geração do custo ajustado, só fecharão com os valores/saldos da Gestão de Estoques
se a Contabilidade de Custos se utilizar e partir do preço médio já existente para os produtos acabados.

Processos

As movimentações representadas pelas entradas seriam valorizadas pelo Custo Médio Histórico cal-
culado pela Contabilidade de Custos e as saídas valorizadas pela própria movimentação (preço médio
do movimento imediatamente anterior).

Essa situação deve seguir os seguintes procedimentos para que a conclusão fosse comprovada:

geração do Custo Ajustado dos Produtos;

atualização do Custo Ajustado no Cadastro de Produtos (consultar na página "Derivações");

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

a movimentação de produtos acabados se faz da seguinte maneira, não importando o tipo de valoriza-
ção da transação:

- Entradas - movimentos valorizados pelo preço de custo que consta no cadastro de produtos
- Saídas - movimentos valorizados pelo preço médio do movimento imediatamente anterior;

exclusão dos lotes já contabilizados para um correto fechamento dos estoques;

atualização dos estoques - origem de acabados. As entradas serão valorizadas pelo preço de custo do
produto. As saídas serão valorizadas pelo preço médio do movimento imediatamente anterior;

Impressão do relatório modelo CMEM018.ger da família de acabados. Esse relatório mostra os movi-
mentos de estoques do período, e deveria ser o documento suporte para fechar com o resumo de
custos no que diz respeito aos estoques finais de produtos acabados.

A seguir tem-se as figuras 1 e 2 (consulta resumo da movimentação e relatório "CMEM018.ger" res-


pectivamente), com os dados de um mês e de uma base demonstração:

Figura 1

Figura 2

O valor de estoque final de produtos acabados é de $ 71.622,62 (coluna "Valor Real" da fig. 1). Valori-
zando as entradas desses produtos pelo CMH do mês e as saídas pelo movimento, chega-se a um
valor de estoque final de $ 71.261,04 (cfe fig. 2). As saídas no valor de $ 132.535,53 representam o
Custo dos Produtos Vendidos Base, ou "CPV base" (a diferença entre 132.541,02 e 132.535,53 é um
acerto de inventário). Tem-se então o seguinte:

Custos totais do mês: $ 134.541,17 (fig. 1 - "Produção Acabada => Custo de Produção" a Valor Real)

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Variação estoque inicial p/ final de produtos em processo: 4.227,34 - 0 = 4.227,34 (var PP)
Variação estoque inicial p/ final de produtos acabados: 71.261,04 - 74.802,36 = -3.541,32 (var PA)
Custo dos Produtos Vendidos: 132.535,53 (CPV)

var PP + var PA + CPV = $ 133.221,55 (não consta no resumo - é o total a contabilizar para as contas
de estoques e CPV)

A diferença entre $ 134.541,17 e $ 133.221,55 é de $ 1.319,62.

O que é essa variação?

Essa é uma variação que não pôde ser apropriada aos estoques, porque esses já receberam uma
parcela da variação ($ 79,83 p/ produtos em processo e $ 1.352,59 p/ produtos acabados).

As saídas receberam valor do preço médio do movimento anterior. A diferença entre a valorização das
saídas a preço médio e uma suposta valorização das saídas a custo médio do período (CMH da tela
de Custo Ajustado) é exatamente a variação de $ 1.319,62 encontrada, e deve ir para uma conta do
grupo de CPV no resultado, para zerar a conta de "Custos Diretos e Indiretos".

As figuras 3 e 4 (consulta resumo da movimentação e relatório "CMEM018.ger" respectivamente), con-


tém os dados do mês seguinte, na mesma base demonstração.

Figura 3

Figura 4

A figura 5 mostra um resumo dos 2 meses analisados. As opções de contabilização constam na figura
6. A figura 7 é um balancete simplificado (movimentação dos 2 meses e totais).

Figura 5

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 6

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 7

Todas as empresas oferecem algo para a sociedade, serviços e produtos, mas qual é o custo para
chegar no produto final?

O custo de produção está na base financeira de uma empresa Industrial do setor secundário. O pen-
samento lógico sobre do mercado é que, vendeu muito o lucro está garantido e não é bem assim.
A contabilidade empresarial nos mostra que apenas vender não gera lucro. Entender as etapas de pro-
dução e seu custo será fundamental para o sucesso.

O custo do produto vendido diz respeito às etapas de produção do mesmo; elas são: Estoque inicial
(EI), insumos (In), mão de Obra (MO), gastos gerais (GGF) e estoque final (EF). Umas das formas de
entender o custo é a partir do cálculo do CPV. Fonte: Portal da contabilidade

A fórmula para o cálculo do CPV (Custo do Produto Vendido):

CPV = EI + (In + MO + GGF) – EFl

Exemplo: No seu primeiro mês a empresa quer apurar os gastos com o faturamento de R$ 450.000.00,
qual será o lucro e o CPV?

EI = R$ 150.000,00

In = R$ 70.000,00

MO = R$ 20.000,00

GGF = R$ 30.000,00

EF = R$ 15.000,00

CPV = 150.000 + (70.000 + 20.000 + 30.000) – 15.000

CPV = 150.000 + 120.000 – 15.000

CPV = 270.000 – 15.000

CPV = 255.000

O cálculo nos mostra o custo mensal da empresa que foi de R$ 255,000,00 e com faturamento de
R$450,000,00; a relacionar os valores chegaremos ao resultado de R$195,000,00 mensais. Por alto o
cálculo parece bem simples, mas antes disso é necessário que a empresa registre todas movimenta-
ções financeiras da durante o mês.

Analisar todas as etapas do processo será de fundamental importância para o entendimento claro dos
principais gastos e como mover ações, para que as empresas industriais alcancem a maximização do
lucro.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

A apuração deverá ser feita de forma organizada para que os valores estejam coerentes e a ação para
alavancar os lucros seja eficiente. A seguir os principais pontos do Custo dos produtos vendidos (CPV).

Considerações

2. Exemplo
3. Contabilização da apuração do Custo dos Produtos Vendidos
4. Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
5. Dispositivos Legais do RIR/2018

Considerações

Como regra geral à empresa industrial deverá avaliar os estoques dos produtos acabados e em elabo-
ração com base na contabilidade coordenada e integrada com o restante da escrituração contábil.

Observa-se que na ausência deste requisito os estoques deverão ser avaliados de acordo com as
regras dos artigos 306 e 308 do Regulamento do Imposto de Renda de 2018 (Decreto n.º 9.580/2018).
Nessa hipótese o estaque estoque final deverá ser avaliado de acordo com os seguintes critérios:

a) Produtos acabados por 70% do maior preço de venda praticado no período-base (trimestral ou
anual);
b) Produtos em elaboração por 56% do maior preço de venda praticado no período-base (trimestral ou
anual).

Exemplo:

Para efeitos de exemplificação consideramos que determinada empresa industrial tributada com base
no lucro real anual não possui contabilidade de custos coordenada e integrada com o restante da es-
crituração contábil em 31/12/2018 apresenta os seguintes dados:

Contas Valores

1. Receita Bruta 120.000.000,00

2. Impostos incidentes sobre as vendas:


– ICMS (120.000.000,00 (x) 17%)=R$20.400.000,00- PIS (120.000.000,00 (x)
1,65%)=R$1.980.000,00- COFINS 120.000.000,00 (x) 7,6%)=R$9.120.000,00 31.500.00,00

3. Despesas Operacionais 26.000.000,00

4. Estoque Inicial de produtos acabados 16.000.000,00

5. Estoque Inicial de produtos em elaboração 9.400.000,00

6. Matéria-prima consumida 18.000.000,00

7. Material auxiliar 1.600.000,00

8. Mão de obra 7.225.800,00

9. Encargos sociais 1.734.200,00

10. Custos com Serviços de Pessoas Jurídicas 3.040.000,00

11. Custos com Serviços de Pessoas Físicas 400.000,00

12. Gastos gerais de fabricação 800.000,00

13. Depreciações 2.000.000,00

14. Custo com Energia Elétrica 800.000,00

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

15. Custos com manutenção 1.000.000,00

16. Custos com combustíveis e lubrificantes 300.000,00

17. Custos com Água 120.000,00

18. Custos com arrendamento de bens 1.600.000,00

19. Estoque Final de produtos acabados 2.400.000,00

20. Estoque Final de produtos em Elaboração 3.200.000,00

21. Estoque Final de matéria-prima 5.600.000,00

22. Estoque Final de material auxiliar 600.000,00

Contabilização da apuração do Custo dos Produtos Vendidos

Pelo registro dos estoques iniciais e os custos de produção

Contas Valores Valores

D – Custo dos Produtos Vendidos (CR) 64.020.000,00

C – Estoque Inicial de produtos acabados 16.000.000,00

C – Estoque Inicial de produtos em elaboração 9.400.000,00

C – Matéria-prima 18.000.000,00

C – Material auxiliar 1.600.000,00

C – Mão de obra 7.225.800,00

C – Encargos sociais 1.734.200,00

C – Custos com Serviços de Pessoas Jurídicas 3.040.000,00

C – Custos com Serviços de Pessoas Físicas 400.000,00

C – Gastos gerais de fabricação 800.000,00

C – Depreciações 2.000.000,00

C – Custo com Energia Elétrica 800.000,00

C – Custos com manutenção 1.000.000,00

C – Custos com combustíveis e lubrificantes 300.000,00

C – Custos com Água 120.000,00

C – Custos com arrendamento de bens 1.600.000,00

Pelo registro dos estoques finais

Contas Valores Valores

D – Estoque Final de produtos acabados (AC) 2.400.000,00

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

D – Estoque Final de produtos em Elaboração (AC) 3.200.000,00

D – Estoque Final de matéria-prima (AC) 5.600.000,00

D – Estoque Final de material auxiliar (AC) 600.000,00

C – Custo dos Produtos Vendidos (CR) 11.800.000,00

Notas:

Custo dos produtos vendidos=64.020.000,00 (-) 11.800.000,00=52.220.000,00

Cálculo da CSLL e do IRPJ em 31/12/2018 sendo que a empresa apurou um lucro operacional foi de
R$10.280.000,00 e não apresenta nenhuma adição ou exclusão na apuração do lucro real e da base
de cálculo da CSLL.

a) CSLL=10.280.000,00 (x) 9% = 925.200,00

b) IRPJ=10.280.000,00 x 15% =1.542.000,00

(+) Adicional do IRPJ (10.280.000,00 – 240.000,00 x 0,10)=1.004.000,00

(=) Total do IRPJ (1.542.000,00+ 1.004.000,000) =2.546.000,00

Apropriação do IRPJ e da CSLL em 31 de dezembro

Contas Valores Valores

D – CSLL – Contribuição Social s/Lucro Líquido 925.200,00

D – IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica 2.546.000,00

C – CSLL a Pagar (PC) 925.200,00

C – IRPJ a Pagar (PC) 2.546.000,00

Demonstração do resultado do exercício em 31/12/2018 – DRE

Receita Bruta 120.000.000,00

(-) Impostos sobre Vendas 31.500.000,00

Receita Líquida 88.500.000,00

(-) Custo dos Produtos Vendidos 52.220.000,00

(=) Lucro Bruto 36.280.000,00

(-) Despesas Operacionais 26.000.000,00

(=) Lucro Operacional 10.280.000,00

(-) CSLL 925.200,00

(-) IRPJ 2.546.000,00

(=) Lucro líquido 6.808.800,00

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Dispositivos Legais do RIR/2018

Art. 306. Os produtos em fabricação e os produtos acabados serão avaliados pelo custo de produção
(Lei n° 154, de 1947, art. 2°, § 4°; e Lei n° 6.404, de 1976, art. 183, caput, inciso II).

1° O contribuinte que mantiver sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o res-
tante da escrituração poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos estoques de produtos em
fabricação e acabados (Decreto-Lei n° 1.598, de 1977, art. 14, § 1°).

2° Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escritu-


ração aquele:

I – apoiado em valores originados da escrituração (matéria-prima, mão de obra direta, custos gerais de
fabricação);

II – que permita a determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas
e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;

III – apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas ou mapas de apropriação ou rateio, tidos em
boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal; e

IV – que permita avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de apropriação


de resultados de acordo com os custos efetivamente incorridos.

Art. 308. Se a escrituração do contribuinte não satisfizer às condições previstas nos § 1° e § 2° do art.
306, os estoques deverão ser avaliados (Decreto-Lei n° 1.598, de 1977, art. 14, § 3°):

I – os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiri-
das no período de apuração, ou em oitenta por cento do valor dos produtos acabados, determinado de
acordo com o disposto no inciso II; e

II – os de produtos acabados, em setenta por cento do maior preço de venda no período de apuração.

1° Para aplicação do disposto no inciso II do caput, o valor dos produtos acabados deverá ser determi-
nado com base no preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a título de ICMS.

2° O disposto neste artigo deverá ser reconhecido na escrituração comercial.

Custos Conjuntos

Subproduto: é aquele tem como características básicas: valor de venda e condições de comercializa-
ção normais, relativamente tão assegurados quanto os produtos principais da empresa; surgem como
decorrência normal do processo produtivo, só que possuem pouquíssima relevância dentro do fatura-
mento global da firma.

Sucatas: que podem ou não ser decorrência normal do processo de produção, não têm valor de venda
ou condições de negociabilidade boas.

Co-produtos: são os próprios produtos principais, só que assim chamados porque nascidos de uma
mesma matéria-prima. São os que substancialmente respondem pelo faturamento da empresa.

Por vários motivos que complicam a contabilização, só são atribuídos custos aos Co-produtos, o que
simplifica bastante os problemas da Contabilidade de Custos.

Apropriação dos custos conjuntos aos co-produtos:

Comprado o boi por um preço, digamos de $46,00 por arroba (15 kg), quanto atribuir desse custo mais
os decorrentes da matança e do corte a cada tipo de co-produto?

Quanto é o custo por quilo do filé, de alcatra, das vísceras, dos pés etc.? Comprado o petróleo, quanto
ratear de seu custo mais o do processamento para cada co-produto?

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Vamos então alocar por preço de venda? Esse critério (o mais utilizado, diga-se de passagem) seria
justo se fosse verdadeira a ideia de que o item de mais alto valor é o que custa mais; mas isso não é
verdade, já que preço tende a ser mais função de demanda e oferta que de custo de produção.

Enfim, quaisquer que sejam os critérios de alocação, pode-se sempre dizer que são muito mais arbi-
trários do que aqueles vistos até agora em termos de rateios de Custos Indiretos. E neste rateio dos
Custos Conjuntos entram até os custos diretos (matéria-prima e mão-de-obra direta, principalmente).

Principais critérios de apropriação dos custos conjuntos:

Este método é o mais utilizado na prática, mais em função da inexistência d outros melhores do que de
méritos próprios, já que a alegação de que produtos de maio valor são os que recebem ou têm condi-
ções de receber maior custo carece de maio racionalidade. Talvez seu grande mérito esteja no fato de
distribuir o resultado de forma homogênea aos Co-produtos.

Vejamos um exemplo:

Matéria-prima Processada $ 30.000.000,00


Mão-de-obra e Custos Indiretos $ 15.000.000,00
Custos Conjuntos Totais $ 45.000.000,00

A distribuição dos $45.000.000 de Custo Conjunto feita proporcionalmente à participação do Co-pro-


duto na receita fica:

$ 16.500.000 + $ 15.000.000 + $ 13.500.000 = $ 45.000.0000

Esse resultado nos daria os seguintes custos por quilo:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Pode ocorrer de serem necessários processamentos adicionais a um ou vários dos Co-produtos; esses
custos, agora específicos e identificáveis a cada um deles, não são mais parte dos Custos Conjuntos,
e por isso não entram mais no nosso tipo de problema, sendo debitados a cada Co-produto especifica-
mente.

Mas eles têm um tipo de influência sobre os cálculos que estamos fazendo: o valor de mercado, exis-
tente para cada Coproduto, pode ser possível apenas para ele na forma de totalmente acabado ou
pode ser encontrado para a fase de semiprocessamento em que se acha.

Se existir preço de venda no mercado para a fase em que surgem os Coprodutos, basta fazer como já
calculado para obter o custo de cada um; após isso, os custos adicionais lhes serão apropriados indi-
vidual e especificamente.

Se não existir preço de mercado na fase em que aparecem, precisamos de um valor suposto de mer-
cado calculado como sendo o preço de venda menos os custos específicos de término de produção.
Se, no exemplo anterior, os dados fossem:

Teríamos:

Por esses valores os Co-produtos seriam contabilizados, e no decorrer de seus processamentos, ser-
lhes-iam ainda aplicados os custos adicionais, fazendo com que A chegasse a $20.200.000 de custo
total ($16.200.000 + $4.000.000) e C a $16.800.000, permanecendo B com os $18.000.000. Os custos
unitários, quando totalmente acabados, seriam: A, $367,27; B, $180,00; e C, $280,00.

Existem mais três métodos, pouco usados, que são:

Método dos volumes produzidos;

Método da igualdade do lucro bruto;

Método das ponderações;

Em muitas atividades, principalmente as relacionadas a produtos naturais, existe a situação em que


uma mesma matéria-prima deriva diversos coprodutos, subprodutos e sucatas com valores comerciais
variados.

A diferença entre coprodutos e subprodutos é que os primeiros são produtos, financeiramente relevan-
tes, que têm origem em uma mesma matéria prima, enquanto os segundos não apresentam a mesma
relevância financeira. No caso de sucatas, a classificação se refere a itens de venda eventual, que não
tem um mercado específico previsto, mas que podem surgir no processo de fabricação.

Quando uma empresa tem em seu processo coprodutos, surge o desafio de apuração de custos con-
juntos. Torne-se como exemplo, o caso de frigoríficos.

A questão que se coloca é que como apurar o custo de uma determinada peça de carne se a compra
é feita de um boi inteiro?

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Pode-se entender custo conjunto como sendo os valores incorridos na produção simultânea de diversos
produtos, os quais têm origem antes do momento de sua separação, ou seja, do momento em podem
ser claramente identificados.

Neste caso, há a dificuldade de apuração dos custos dos vários coprodutos, subprodutos e sucatas, já
que todos têm origem em uma única matéria-prima.

Além disso, a dificuldade de apropriação se estende para os indiretos. Por exemplo, como identificar
quanto do gasto de aluguel deve ser apropriado a cada item gerado no processo produtivo?

Para resolver esta situação, existem alguns critérios de apropriação e para compreendê-los, será utili-
zada uma situação exemplo com as seguintes características:

Valor de aquisição: R$ 3.000

Quantidade de produtos derivados: 3

Informações dos produtos:

Método do valor de mercado

Segundo este método, o custo do insumo é distribuído aos seus derivados proporcionalmente ao valor
de mercado de cada um. Uma vantagem apresentada por este método é o fato de que o lucro apurado
passa a ser distribuído proporcionalmente aos itens, sendo um dos mais utilizados na prática.

Para encontrar o custo dos produtos de acordo com este método, deve-se, inicialmente, encontrar os
percentuais de apropriação de cada um através da divisão do valor de venda de cada coproduto pelo
total de todos os gerados.

Neste exemplo, os percentuais encontrados são:

Tendo encontrado os percentuais de apropriação, estes devem ser aplicados no valor de aquisição do
insumo, para apurar a parcela pertencente a cada um:

Método dos volumes produzidos

De acordo com este método, o custo do insumo é distribuído a seus derivados proporcionalmente aos
volumes produzidos, ou seja, distribuindo custos semelhantes para cada um dos itens produzidos.
Deve-se observar que esta divisão pode ser feita com base em alguma medida física, tal como quilos
ou litros, por exemplo.

A utilização deste método pode trazer maior eficácia quando os produtos apresentam características
semelhantes, inclusive em relação ao preço.

Neste método, deve-se inicialmente encontrar os percentuais de apropriação de cada um, dividindo o
volume produzido de cada item pelo conjunto de todos.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Neste exemplo, os percentuais encontrados são:

Tendo encontrado os percentuais de apropriação, estes devem ser aplicados no valor de aquisição do
insumo para encontrar a parcela pertencente a cada um dos itens gerados:

Método das ponderações

Utilizando este método, o custo do insumo é apropriado aos seus derivados através de uma ponderação
que leva em consideração o grau de dificuldade de produção, importância, facilidade de vendas ou
outros critérios que venham a ser relevantes.

Para encontrar o custo dos coprodutos de acordo com este método, deve-se, inicialmente, encontrar
os percentuais de apropriação de cada um, dividindo o índice de dificuldade atribuído ao produto pela
soma de todos.

Neste exemplo, os percentuais encontrados são:

Tendo encontrado os percentuais de apropriação, estes devem ser aplicados no valor de aquisição do
insumo, para apurar a parcela pertencente a cada um dos produtos gerados:

Método da igualdade do lucro bruto

Este método pode apresentar duas variantes. A primeira distribui o custo entre os derivados de modo
que o lucro bruto de cada um deles tenha o mesmo valor e o segundo pela geração de mesmo percen-
tual.

Inicialmente o custo será calculado utilizando o conceito de valores iguais e para isso deve-se primei-
ramente encontrar o valor do lucro bruto total:

Em seguida, o valor do lucro bruto deve ser divido igualmente para todos os coprodutos (sem considerar
os centavos):

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Por fim, deve-se encontrar o custo atribuído a cada um dos produtos subtraindo o lucro bruto do valor
de mercado:

A segunda forma de apurar o custo de acordo com este método é a geração do mesmo percentual de
lucro bruto. Neste caso, inicialmente deve-se encontrar o percentual de lucro bruto para os coprodutos:

Apurado o percentual, este deve ser aplicado no valor de mercado de cada um dos produtos para
encontrar o valor do lucro de cada um:

Por fim, deve-se subtrair do valor de mercado de cada um, o lucro bruto apurado para se encontrar o
custo atribuído individualmente:

Como se pôde observar, a apuração do custo de coprodutos que tenham sido gerados de um único
insumo é um desafio. Apesar de existirem diversos métodos matemáticos de apuração do valor atribu-
ído aos itens, a sua escolha é subjetiva e pode gerar valores bastante distintos em cada um dos méto-
dos.

As empresas que tenham este tipo de situação em seu negócio devem analisar as consequências
geradas pela escolha de cada um dos métodos e realizar a escolha baseada no que seja mais ade-
quado para sua situação e modelo de gestão.

Custos Com Mão de Obra Direta e Indireta

Vamos falar sobre uma das principais tarefas ao pensar a mão de obra na gestão de custos: entender
a diferença entre mão de obra direta e indireta, afinal, elas têm uma classificação distinta em relação
aos custos e, consequentemente, são calculadas também de forma distinta.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

A mão de obra direta (MOD) é aquela relacionada ao trabalho realizado diretamente na produção de
determinado bem ou serviço, ou seja, que envolve as atividades ligadas com o produto fabricado. Va-
mos a um exemplo prático: imagine uma fábrica de chocolates repleta de funcionários.

Neste caso, a mão de obra direta é representada pelos funcionários que têm atividades voltadas dire-
tamente à produção dos bombons e ovos de chocolate. Ou seja, são cargos como o de chocolateiro,
de encarregado pelos recheios e de embalador. Outra característica da mão de obra direta é que ela
permite mensurar, do ponto de vista contábil, a quantidade de mão de obra utilizada para produzir cada
mercadoria, o que não é possível no caso da mão de obra indireta, como veremos a seguir.

É muito comum o pensamento de que a mão de obra indireta diz respeito aos trabalhadores terceiriza-
dos em uma empresa, porém, não é bem assim. Diferentemente da mão de obra direta, a mão de obra
indireta (MOI) é aquela relacionada à supervisão e apoio à produção, mas que não tem relação direta
com o produto, mesmo que seja fundamental para a sua fabricação e comercialização.

No caso da fábrica de chocolates, por exemplo, a mão de obra indireta representa os funcionários
responsáveis pela manutenção das máquinas, limpeza, supervisão e segurança do ambiente. Quer
dizer, são atividades essenciais para que a produção das mercadorias seja feita com qualidade, mas
que não têm ligação direta com o produto. Essas atividades até podem ser realizadas por funcionários
terceirizados, mas é importante destacar que a mão de obra indireta não é, necessariamente, terceiri-
zada, já que esses funcionários podem fazer parte do quadro da empresa.

Outro ponto importante sobre a mão de obra indireta é que não há como mensurar qual é a participação
dela na produção de cada bem ou serviço, como ocorre na mão de obra direta. Imagine como definir a
participação da equipe de limpeza na produção dos ovos de chocolate. Difícil, não é? É indiscutível que
seu trabalho é essencial, mas não há como dimensionar o custo do trabalho da equipe em cada item
produzido.

Em relação à diferença entre os dois tipos de mão de obra, é preciso deixar claro que quando falamos
em mão de obra direta, aquela relacionada diretamente ao produto, nos referimos às situações em que
é possível identificar quem produziu a mercadoria e quanto tempo foi necessário para isso.

Quando isso não é possível e o custo da mão de obra precisa ser calculado por rateio ou divisões
proporcionais, considera-se que a mão de obra, mesmo que ligada diretamente ao produto, é indireta.
Isso ocorre, por exemplo, quando um mesmo funcionário produz ovos de chocolate e bombons. Como
saber qual é o custo da sua mão de obra em relação ao produto se em um mesmo período ele esteve
encarregado da produção de diversos tipos de mercadoria?

Como calcular o custo da mão de obra direta?

Agora vamos para o próximo passo: calcular o custo da mão de obra. Mas você deve estar pensando:
mão de obra direta é custo fixo ou variável? Bom, a resposta não é tão simples, já que há algumas
discussões em torno desse conceito.

Costuma-se dizer que a mão de obra direta representa um custo fixo, já que a legislação trabalhista do
Brasil garante aos funcionários o mínimo de 220 horas trabalhadas ao mês.

Isso significa que, ao fim de todo mês, o funcionário receberá o mesmo salário, já que esteve sempre
disponível para a empresa, o que representa um gasto mensal fixo ao negócio.

No entanto, os profissionais da contabilidade de custos atentam para o fato de que, mesmo que o
funcionário tenha estado 220 horas disponível, isso não significa que ele tenha, de fato, produzido em
todas essas horas. Isso acontece porque, por vezes, ocorrem ociosidades causadas por diversos fato-
res, como a falta de materiais e de energia ou por algum equipamento quebrado, por exemplo.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Neste caso, essas ociosidades deixam de ser classificadas como mão de obra direta e o tempo passa
a constar como custo indireto para rateio à produção. Em resumo: a folha de pagamento é considerada
um custo fixo – quando obedece às 220 horas e não há possibilidade de comissões —, no entanto, o
custo da mão de obra direta é variável, já que pode sofrer alterações de acordo com a produção.

Vamos, então, aos cálculos! O primeiro passo para calcular a mão de obra direta e fazer o planejamento
de MOD é identificar quais são os funcionários que representam a mão de obra direta na sua empresa,
isso é, aqueles que estão diretamente relacionados à produção.

Depois é necessário avaliar qual é o custo de cada um deles, levando em conta o salário, os encargos
trabalhistas e todos os benefícios destinados a eles, como plano de saúde e vale alimentação, por
exemplo. Neste post aqui do blog, inclusive, nós falamos mais sobre como definir o custo de um funci-
onário.

Por fim, o terceiro passo é dividir o valor total dos custos com esses funcionários pelo número total de
horas trabalhadas ― já descontando os finais de semana e outros períodos de ociosidade. O resultado
é o custo, por hora, da mão de obra direta do seu negócio.

Então, digamos que na fábrica de chocolates, o valor total da mão de obra seja R$ 140.000,00 e o
número de horas em um mês seja 9.000. Fazendo a divisão, chegamos a um custo de mão de obra
direta de R$ 15,55 por hora trabalhada.

Como calcular o custo da mão de obra indireta?

Como você já sabe, a mão de obra indireta é aquela que não está diretamente relacionada ao produto.
Assim, diferentemente da mão de obra direta, não é possível dimensionar a sua participação na produ-
ção de cada produto, como exemplificamos no cálculo anterior.

Para mensurar o custo da mão de obra indireta e poder elaborar um planejamento de MOI, os empre-
endedores costumam usar métodos de rateio ou de divisões proporcionais para chegar a um custo
aproximado da participação da mão de obra indireta.

Toda a cadeia produtiva de uma empresa envolve diversas variáveis que precisam estar em harmonia
para que não haja um desequilíbrio e acabe levando o negócio ao colapso. Ao entender a importância
de calcular os custos da mão de obra direta e indireta e saber o seu real impacto nas contas, você está
trabalhando também para identificar a sua capacidade produtiva e, consequentemente, o que terá dis-
ponível para a venda.

Por isso que, ao cruzar todos esses indicadores, é preciso buscar o que chamamos de nível ótimo de
produção, que é quando se produz em capacidade máxima utilizando toda a mão de obra disponível,
colocando no mercado o maior número de produtos — tudo isso com o menor custo possível.

Para chegar a esse nível ótimo, como sempre lembramos aqui, é necessário um bom planejamento da
produção, para que nenhuma ponta fique solta e todos os recursos possam ser aproveitados em sua
totalidade. Vamos voltar ao nosso exemplo da fábrica de chocolates e ligá-lo ao período que antecede
a Páscoa. Tradicionalmente, sabemos que os pedidos aumentam e, consequentemente, a capacidade
produtiva da indústria também deve subir.

Porém, a mão de obra contratada não é capaz de suprir essa necessidade, sendo necessário contratar
mais funcionários.

Para saber quantas pessoas a mais será preciso incluir na folha de pagamento neste período, primeiro,
os gestores têm que fazer uma análise de quanto mais vão produzir e qual o retorno garantido das
vendas. Somente assim será possível manter o equilíbrio. Sem esse estudo prévio, eles podem acabar
contratando 20 pessoas, quando a demanda era somente para 10, o que vai causar prejuízo, pois o
tempo ocioso será alto e, no fechamento das contas, as vendas não vão suprir esses salários extras.

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Como nós já dissemos por aqui, a gestão de custos é essencial para negócios de qualquer porte e
segmento. Isso parece óbvio, mas nem todas as empresas dão atenção a esse processo fundamental,
que acaba influenciando outras áreas do negócio. Um exemplo é a formação de preços: sem a análise
de custos, como garantir que o preço do seu produto esteja correto? Como saber se você não está
saindo no prejuízo?

A análise de custos também é fundamental para prospectar novos investimentos e garantir a ampliação
do negócio, já que oferece suporte necessário para a tomada de decisões. Mas, afinal, como você vai
fazer essa análise? Esperamos que não seja com uma tela cheia de planilhas ou com prancheta e
caneta na mão!

Atualmente, há soluções diversas que oferecem facilidades ao empreendedor e à sua equipe contábil.
Umas delas é o Treasy, software de Planejamento e Controladoria que oferece tudo o que você precisa
em um só lugar. Com ele, você pode administrar o orçamento empresarial, ter acesso a projeções,
indicadores de desempenho e relatórios de análises gerenciais e comparar as ações realizadas pela
sua empresa de acordo com o planejamento. Isso tudo para facilitar o seu trabalho e oferecer apoio na
tomada de decisões do seu negócio!

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que aborda questões práticas e mostra um passo a passo da elaboração desse documento. Clique na
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Esperamos que você tenha gostado deste artigo. Ficou com alguma dúvida ou quer contar uma expe-
riência? Fique à vontade. Estamos aqui para ouvi-lo e trocar ideias.

Toda semana publicamos aqui no blog artigos relacionados a planejamento, orçamento e acompanha-
mento econômico-financeiro. Além disso, publicamos mensalmente materiais gratuitos para download,
como modelos de planilhas, white papers e e-books. Portanto, se você ainda não é assinante de nosso
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Antes de falar sobre o que é mão de obra direta e indireta, é preciso lembrar o significado da palavra
mão de obra. Esse termo se refere ao trabalho manual empregado na produção industrial. Assim, a
mão de obra direta diz respeito ao trabalho executado por funcionários que estão diretamente atuando
na fabricação de produtos. Ou seja, são os trabalhadores da linha de produção.

Enquanto isso, a mão de obra indireta é o trabalho realizado de supervisão ou apoio à produção, tais
como a limpeza, manutenção de máquinas, vigilância, etc. Além disso, a mão de obra, tanto direta
como indireta, tem um custo, o qual é uma das parcelas correspondentes ao custo total de um objeto
fabricado.

Assim, quanto mais cara for a mão de obra, mais alto será o valor do produto fabricado, embora exista
uma série de outros aspectos que influencia no valor final de uma mercadoria. Há também outra defi-
nição, semelhante, mas que ajuda a identificar se uma mão de obra é direta ou indireta. No caso da
direta, ela pode ser identificada com o produto fabricado, com o lote de itens, método fabril ou centro
de custos.

Já a mão de obra indireta está associada aos operários cuja função não está diretamente relacionada
ao produto, mesmo que eles sejam fundamentais à atividade de produzir.

Para elucidar, podemos dar alguns exemplos, os trabalhadores diretos são aqueles que operam a má-
quina, estão na linha de produção de um componente, etc.

Alguns exemplos são pintor, torneiro, soldador, cortador e prensista. Enquanto isso, um operário que
atua na supervisão, que é encarregado de setor, faz manutenção ou é ajudante está englobado como

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mão de obra indireta. Essa categoria pode ser subdividida em dois: a mão de obra que pode, com
menor grau de erro e arbitrariedade, ser alocada ao produto; e a que se refere às chefias de departa-
mentos.

Exemplo de como calcular a mão de obra direta e a indireta

É importante saber como calcular a mão de obra direta e a indireta porque elas influenciam o valor final
de um produto. Assim, para fins de pagamento, é preciso saber identificar quem são os operários dire-
tos e os indiretos. A legislação trabalhista brasileira garante ao trabalhador uma contratação com no
mínimo 220 horas por mês.

Enquanto a folha de pagamento é um gasto fixo, o custo de mão de obra direta não, uma vez que é
custo fixo apenas o que se gasta para pagar o tempo realmente utilizado no processo de produção.
Assim, os momentos de ociosidade não integram os custos com mão de obra, mesmo que os operários
parem de trabalhar por falta de energia.

Esse período ocioso se torna um custo indireto para rateio à produção. Portanto, custo de mão de obra
direta não é o mesmo que valor total pago à produção, mesmo aos operários diretos. Diferente de
outros países, no Brasil é preciso incluir esses encargos no custo horário da mão de obra direta. Assim,
é preciso calcular para cada empresa qual o valor a ser atribuído por hora de trabalho.

A mão de obra é um elemento básico na produção e é definida como o custo do tempo que os traba-
lhadores investem no processo de elaboração de um produto. Este conceito inclui salários, prêmios
de risco, trabalho noturno e horas extras, assim como os impostos que estão associados a cada traba-
lhador.

Em outras palavras, é o capital humano de uma empresa. Tradicionalmente, a mão de obra é classifi-
cada em duas seções ou categorias: a direta e a indireta.

Diferença entre as duas modalidades

A modalidade direta se refere aos trabalhadores que participam da produção de um produto e que têm
contato com ele. Assim, um operário têxtil, um cortador de tecido ou aquele trabalhador que limpa um
tecido são exemplos de mão de obra direta.

Pelo contrário, os trabalhadores que não atuam expressamente na elaboração de um produto, mas que
são importantes de alguma maneira, constituem a mão de obra indireta. Desta forma, um supervisor
em uma fábrica têxtil não manipula o produto, mas intervém no processo de transformação. Um traba-
lhador de limpeza de uma fábrica seria outro exemplo desta categoria.

A distinção entre uma modalidade e outra é importante em vários sentidos. Por um lado, permite pla-
nejar as necessidades empresariais e, por outro lado, é uma forma de organizar adequadamente os
orçamentos de uma entidade.

A robotização e renda básica universal

Certas tarefas rotineiras não exigem mais a mão de obra conhecida. A evolução da robótica e da inte-
ligência artificial são as causadoras da destruição da força trabalhista. As máquinas podem realizar
ações mecânicas sem a necessidade de empregar os trabalhadores. Os robôs estão tirando o lugar
dos operários de produção de maneira acelerada e, nos últimos anos, as máquinas começaram a subs-
tituir os trabalhadores mais qualificados também.

Neste sentido, existem robôs que fazem análises financeiras e todo tipo de tarefas intelectuais através
do uso de algoritmos matemáticos.

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Se a tendência da robotização continuar aumentando é bem provável que a atividade de trabalho deixe
de existir em sua versão tradicional.

Por este motivo, já se fala de uma renda básica universal. Esta modalidade de renda seria promovida
pelo estado e garantiria as necessidades básicas dos cidadãos.

Atualmente, esta proposta parece um sonho inatingível, mas está respaldada por economistas vence-
dores do Prêmio Nobel em economia ou por líderes mundiais como Elon Musk, o fundador da Tesla e
da PayPal. Alguns ensaios já foram realizados em países como Finlândia e Canadá com bons resulta-
dos.

Custo de mão de obra é todo o valor destinado ao pagamento da força de trabalho de uma empresa.
Nessa conta estão incluídos os gastos com benefícios e encargos sociais e trabalhistas, bem como a
própria remuneração paga aos colaboradores. Além dos custos, existem também as despesas relacio-
nadas a essa mão de obra, que pode ser direta ou indireta.

Parece muita coisa, mas a verdade é que são todos conceitos simples, ao menos de se entender. O
cálculo desse custo envolve outras questões, que não abordaremos aqui. Mas é importante você ter
noção do que engloba o custo da mão de obra porque isso impacta diretamente em outros aspectos
no dia a dia da empresa, como o fluxo de caixa e a produção.

Dessa maneira, compreender este assunto permite um planejamento mais qualificado, tomadas de de-
cisões mais acertadas e entendimento mais completo de todos os valores que compõem os custos e
despesas do seu negócio. Vamos conferir o significado de cada um desses conceitos, então? Siga com
a gente!

O que é mão de obra direta?

Mão de obra direta (MOD) é aquela relacionada aos gastos com o pessoal envolvido de modo direto
com a produção de determinado bem ou serviço. Quer dizer, o custo da mão de obra direta diz respeito
aos valores destinados ao pagamento dos profissionais que são responsáveis pelo que a empresa faz.

Para você entender melhor, é só pensar em uma indústria de peças automotivas. Neste caso, o custo
da mão de obra direta envolve quem atua na linha de produção das peças. Outra particularidade da
mão de obra direta é que, do ponto de vista da contabilidade, é possível mensurar a quantidade de
mão de obra utilizada na produção. Trata-se de uma característica que não está presente na mão de
obra indireta, que vamos explicar em seguida. Acompanhe!

O que é mão de obra indireta?

A mão de obra indireta (MOI) é aquela que envolve os profissionais que atuam na produção de deter-
minado bem ou serviço, mas não são diretamente responsáveis pela execução ou manufatura dele.
Seguindo o exemplo que apresentamos anteriormente, seriam os responsáveis pela manutenção na
indústria de peças.

Vale ressaltar, no entanto, que a mão de obra indireta, embora não esteja atuando no desenvolvimento
do produto da empresa, está associado a ele. Não entram aqui, então, o pessoal do administrativo, do
RH ou do marketing. Esses fazem parte de outro centro de custos que veremos adiante.

Mais um aspecto que precisa ser esclarecido é que, normalmente, a mão de obra indireta é associada
aos profissionais terceirizados. De fato, eles fazem parte desse grupo, mas não são só eles.

Não é uma regra o profissional ser terceirizado e fazer parte da mão de obra indireta. Quem faz parte
da equipe da própria empresa também pode ser incluído aqui.

Despesas de mão de obra

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Até aqui vimos que a mão de obra direta e a mão de obra indireta fazem parte dos custos de mão de
obra, mas além deles existem as despesas de mão de obra, que envolvem os profissionais administra-
tivos e de vendas. Isso significa que o que está associado à produção é custo e o que é importante
para o funcionamento da empresa, mas não representa um esforço produtivo é despesa.

O que faz parte do custo de mão de obra

O custo de mão de obra é composto pelos direitos e benefícios trabalhistas envolvidos na manutenção
de um profissional a serviço da empresa. Eles podem ser divididos em três grupos:

Grupo A: Incluem os gastos com os salários e benefícios legais, como vale-transporte e FGTS.

Grupo B: Direitos trabalhistas que são baseados pelo Grupo A, como o décimo terceiro salário.

Grupo C: Benefícios que não estão atrelados/relacionados nem com o Grupo A, nem com o B, como
plano de saúde, PPR, entre outros.

Com todos os valores em mãos, é hora de fazer as contas, mas, como dissemos, esse é um assunto
mais complexo e que, por isso, fica para um próximo artigo. O que podemos adiantar é que, para
gerenciar todos esses custos, bem como os processos produtivos, administrar adequadamente a en-
genharia de produto, fazer a gestão de manutenção e ter acesso a outras facilidades, um software de
gestão é indispensável. Ele auxilia no controle de todos esses itens e no acompanhamento da produti-
vidade na sua empresa.

A Brasão oferece o ERP Radar Empresarial. Com ele, você consegue ter uma visão completa de toda
a sua empresa e administrar todos esses itens que compõem o custo de mão de obra com muito mais
tranquilidade. Para entender melhor, acesse o nosso e-book sobre esta solução e confira detalhes. É
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Na gestão oficinal é normal sermos confrontados com a imposição para diminuir ao máximo o número
de indiretos, segundo esta perspetiva, a atividade da mão indireta não se traduz linearmente em horas
faturadas, por oposição à mão de obra direta. Dito de outra forma, os indiretos aumentam os custos de
mão de obra no orçamento da unidade oficinal.

Esta visão é muito redutora quando inserida no universo da gestão oficinal, para compreendermos o
porquê da sua utilização é necessário ter em atenção a definição de MOD e MDI.

A mão de obra direta é a que está relacionada com o trabalho realizado diretamente na produção de
determinado bem ou serviço, ou seja, que envolve as atividades ligadas com o produto fabricado.

Por oposição à mão de obra direta, a mão de obra indireta é aquela que está relacionada com a super-
visão e apoio à produção, mas não tem relação direta com o produto, mesmo que seja fundamental na
sua fabricação e comercialização.

Recorrendo a duas definições concisas, com facilidade se compreende que a mensagem retida é que
a MOD é facilmente quantificável e que o seu montante pode ser incluído no custo do produto e serviço
final. Pelo contrário na MOI a quantificação do seu custo é difícil de ser inserido no custo final do produto
ou serviço produzido.

A explicação para a utilização desta visão (diminuir o número de indiretos), está assente na perceção
distorcida apenas do significado da mão de obra direta.

Felizmente que hoje com o imperativo da qualidade exigida no serviço que as oficinas oferecem ao
cliente, a utilização desta visão começa a ser cada vez menos empregue. A qualidade do serviço é
obtida através das pessoas (colaboradores da organização) e tem que ser percecionada pelo cliente,
logo a qualidade numa empresa é conseguida por pessoas e para as pessoas.

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Através da utilização de alguns exemplos práticos podemos entender com maior simplicidade a impor-
tância da mão de obra indireta, ou mais propriamente, da equipa de BackOffice.

Movimentador de viaturas – Ajuda a libertar o parque da receção facilitando a entrada ou saída dos
clientes na oficina, permite que o rececionista tenha mais tempo para interagir com o cliente e dar
atenção genuína às suas solicitações, substitui o mecânico no transporte dos veículos entre as várias
zonas onde se executam as intervenções na oficina e o parque.

A equipa de movimentadores permite que os vários intervenientes no processo produtivo se centrem


nas suas tarefas principais, no caso dos técnicos não se dispersam quando realizam diagnósticos ou
executam trabalhos de reparação e ganham tempo, para ser utilizado nos trabalhos que realmente são
de sua exclusiva competência.

Hospedeira da receção – Quem não gosta de ser recebido numa oficina por alguém com um sorriso
franco e sincero que nos oferece um café, que sabe da nossa chegada e nos direciona para o serviço
que necessitamos? Claro que todos os clientes gostam de receber atenção genuína! Este comporta-
mento sendo bem executado, praticamente elimina a tensão na receção e torna o relacionamento entre
a oficina e o cliente muito mais fácil, uma vez mais vamos ganhar tempo produtivo.

Abastecimento de peças – Muitas vezes se discute a alocação ou não de mais um colaborador do


armazém de peças para o serviço exclusivo ao abastecimento da oficina, o que vemos em alguns
casos, é que cada departamento olha só para o seu universo e perdem a visão do todo que é a da
própria organização onde se inserem. O abastecimento de peças eficaz numa unidade oficinal elimina
o tempo improdutivo dos mecânicos, baixa o tempo de imobilização dos veículos, permite aumentar o
número de entradas dia, reduz as possibilidades de conflito com o cliente e cria condições para a gestão
eficaz do stock de peças.

São apenas três simples exemplos que todos os que trabalham no após venda do sector automóvel já
presenciaram, servem apenas para mostrar que numa equipa devem existir múltiplas competências e
que todos desempenham um papel importante no objetivo principal, que é satisfazer as necessidades
do cliente e obter rentabilidade.

As funções de BackOffice são importantes e antes de as suprimirmos, deveremos tentar medir o tempo
produtivo que podem acrescentar na atividade da unidade oficinal. Não as incluir significa vermos ofi-
cinas onde os níveis de stress são elevados, que geram conflitos com o cliente, que se refletem nos
resultados de CSI e que, com o passar do tempo, podem comprometer os resultados da empresa.

Contabilidade de Custos

A Contabilidade de Custos desenvolve um papel importante dentro das organizações. É através dela
que tem-se um controle maior sobre os valores atribuídos aos estoques de produtos, identificando,
mensurando e informando os custos dos produtos ou serviços.

Mas devido ao grande crescimento das empresas, a Contabilidade de Custos, além de trabalhar dire-
tamente com o estoque de produtos, fornece informações para a área gerencial das organizações,
passando a ser utilizada no planejamento e controle de custos e também nas tomadas de decisões,
com base nos dados fornecidos pela contabilidade.

Dentro da Contabilidade de Custos, existem várias terminologias e conceitos, havendo a necessidade


principal de separar o que é custo e despesas dentro de uma empresa, para que, desta forma, possa-
se apropriar os custos diretamente aos produtos, já que os custos são todos os gastos relacionados
com a transformação de ativos, ou seja, é tudo aquilo que utiliza-se diretamente ou indiretamente para
produzir determinado bem, como por exemplo, a matéria? prima, o pagamento de salários dos funcio-
nários da produção, etc., e as despesas são todos os gastos que reduzem o patrimônio da empresa,
ou seja, é todo gasto que não está ligado diretamente com a área produtiva da empresa, como exemplo:
a energia elétrica do prédio da área administrativa, o pagamento de salário dos funcionários da área
administrativa, etc.

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Portanto, existem vários?tipos de custos? a serem analisados dentro de uma empresa, entre eles des-
tacam-se os custos diretos, os custos indiretos, os custos fixos, os custos variáveis, os custos de trans-
formação, os custos primários, os materiais diretos, e os materiais indiretos.

Entretanto, este artigo tem como objetivo relatar sobre os materiais diretos, e suas principais funções.

Materiais Diretos

De acordo com Crepaldi (1999, p. 41), o material direto, é o custo de qualquer material que pode ser
diretamente identificado no produto, de forma que faz parte dele. As matérias-primas, os componentes
adquiridos prontos, as embalagens e outros materiais usados na produção são apropriados aos produ-
tos por seu valor de compra.

Tipo De Material Direto

A matéria – prima é o principal material que compõem o produto final, sendo que ela sofre a transfor-
mação no processo de fabricação, e é o material mais utilizado na produção.

As matérias? primas em estoque são aplicadas no produto, e ao serem transferidas do estoque para a
produção, transformam-se em custos de produção, como exemplo: o tecido na fabricação de roupas, a
madeira na fabricação de mesas, etc. (CREPALDI. 1999, p. 42).

O material secundário é todo o material direto, mas que tem função secundária, ou seja, não é o com-
ponente básico na composição do produto, mas pode ser identificado nele, exemplo: parafusos, botão
de roupas, etc.

Custo Do Material Direto Adquirido

O custo do material são todos os gastos necessários para tornar o material direto disponível para o uso
na produção, e que fazem parte do seu custo.

Segundo Crepaldi (1999, p. 42), quando a empresa adquire um material direto, a ser usado na fabrica-
ção de um produto os impostos como IPI e ICMS, se forem recuperáveis, serão deduzidos do valor
total da nota fiscal de compra, caso contrário, farão parte do custo do material. Exemplo: na compra de
10.000 Kg de matéria? prima, os dados da nota fiscal são: total da nota fiscal R$ 308.000,00; fretes e
seguro R$ 10.000,00; valor do IPI R$ 28.000,00 e valor do ICMS R$ 50.000,00. Se o IPI e ICMS são
recuperáveis, o valor do material seria: o total da nota fiscal diminuindo-se o IPI e ICMS e somando-se
o frete e o seguro, onde teria um custo de material de R$ 240.000,00, mas se acaso somente o IPI não
fosse recuperável, o valor do material seria: o total da nota fiscal diminuindo-se o ICMS e somando-se
o frete e o seguro, restando o valor de custo de material de R$ 268.000,00.

O mesmo procedimento acontece com a compra de material secundário e embalagens.

Métodos De Avaliação Dos Estoques

O método de avaliação de estoques envolve principalmente, procedimentos necessários ao registro da


movimentação dos estoques.

Os métodos de avaliação de estoques têm por objetivo separar o custo dos produtos, entre o que foi
vendido e o que permaneceu em estoque. As entradas no estoque de determinada matéria? prima
influenciam no valor das saídas desse estoque, base para o custo do material direto aplicado na pro-
dução.

Para atribuir custos ao material consumido tem-se alguns métodos de avaliação de estoques, sendo
eles: o Peps, que é o primeiro a entrar e primeiro a sair; o Custo Médio e o Ueps, que é o último a entrar
e primeiro a sair.

A seguir, conforme Crepaldi (1999, p. 45) apresenta-se os três métodos de avaliação dos estoques.

Custo Médio Ou Média Ponderada

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De acordo com Crepaldi (1999, p. 45), custo médio ou média ponderada é o mais utilizado, e aceito
atualmente pelo fisco na contabilização dos estoques, onde calcula-se a cada entrada o novo custo
dos produtos em estoque, dividindo o custo total pela quantidade total. Exemplo:

Entrada do dia 1: 100 unidades a R$ 10,00 reais = R$ 1.000,00

Entrada do dia 10: 100 unidades a R$ 20,00 reais = R$ 2.000,00

Total de = R$ 3.000,00

Dividindo R$ 3.000,00 reais por 200 unidades, tem-se um custo médio de R$ 15,00 por unidade. Desta
forma o custo das saídas seria: 50 unidades a R$ 15,00 reais, totalizando R$ 750,00 reais.

A tabela a seguir, de avaliação de estoques de matérias – primas, conforme Crepaldi (1999, p.46),
procura evidenciar cada método de avaliação de estoque, iniciando-se primeiramente com o custo mé-
dio ponderado móvel e o custo médio ponderado fixo.

Custo médio ponderado móvel: Para Crepaldi (1999, p. 46), é assim chamado, aquele mantido por
empresa com controle constante de seus estoques e que atualiza seu preço médio após cada compra.
Seguindo a tabela acima tem-se:

Nota-se nesta tabela, que cada entrada por custo diferente do custo médio anterior altera este custo
médio, e que cada saída, mesmo sem alterar o custo médio, altera o fator de ponderação.

Custo médio ponderado fixo: segundo Crepaldi (1999, p. 46), é utilizado quando a empresa calcula o
preço médio apenas após o encerramento do período ou quando decide apropriar a todos os produtos
elaborados no exercício ou mês um único preço por unidade. Seguindo a tabela 01 tem-se:

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Segundo este método, os materiais consumidos são baixados ao custo médio do final do mês, mesmo
que tenham sido consumidos em vários dias do mês, porque o lançamento de baixa é feito unicamente
durante todo o mês.

Fifo Ou Peps? Primeiro A Entrar, Primeiro A Sair

Nesse sistema, as saídas do estoque obedecem ao critério de que os primeiros produtos a sairem
recebem o custo das primeiras entradas no estoque, da seguinte forma:

Entrada do dia 1: 100 unidades a R$ 10,00 reais

Entrada dia 10: 100 unidades a R$ 20,00 reais

Se houver uma saída no dia 15 de 50 unidades, o custo utilizado será o da primeira entrada, ficando
desta forma: 50 unidades a R$ 10,00 reais, totalizando R$ 500,00 reais.

De acordo com a tabela 01, conforme Crepaldi (1999,0 p. 47) pode-se demonstrar este método:

Por esse método, as matérias primas são baixadas do estoque pelo preço mais antigo, e os que per-
manecem no estoque são avaliados pelo custo mais recente. A avaliação pelo Peps faz com que os
estoques sejam valorizados a custos mais altos, fazendo com que o lucro seja maior, e consequente-
mente as obrigações fiscais (impostos de renda) também serão maiores.

Lifo Ou Ueps? Último A Entrar, Primeiro A Sair

Esse método indica que as saídas deverão ser custeadas ao valor das últimas entradas. Exemplo:

Entrada do dia 1: 100 unidades a R$ 10,00 reais

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Entrada dia 10: 100 unidades a R$ 20,00 reais

Se houver uma saída no dia 15 de 50 unidades, o custo utilizado será o da última entrada, ficando
desta forma: 50 unidades a R$ 20,00 reais, totalizando R$ 1.000,00 reais.

Seguindo a tabela 01 tem-se a demonstração conforme Crepaldi (1999, p. 47):

Este método apresenta estoques por valores mais reduzidos e custos dos produtos vendidos mais
elevados.

Com a adoção do Ueps, há tendência de se apropriar custos mais recentes aos produtos feitos, o que
provoca normalmente redução do lucro contábil. Provavelmente por esta razão, essa forma de apropri-
ação, apesar de aceito pelos princípios contábeis, não é admitida pelo Imposto de Renda Brasileiro.

Tratamento Contábil Das Perdas De Materiais

Muitas vezes no decorrer do processo produtivo ocorrem perdas de materiais, principalmente de maté-
rias? primas. Desta forma, precisa-se primeiramente diferenciar perdas normais de perdas anormais.

Para Martins (2003, p. 122), as perdas normais são aquelas que fazem parte do próprio processo pro-
dutivo, são previsíveis e fazem parte das expectativas da empresa, que podem ocorrer, por exemplo,
por problemas de corte, tratamento térmico, etc., sendo que integram o custo do produto.

Já por sua vez, as perdas anormais, são aqueles que acontecem de forma involuntária, como é o caso
de danificação de materiais por incêndio, desabamento, etc., e que não integram o custo do produto,
sendo consideradas como perdas.

Tratamento Contábil Dos Subprotudos E Das Sucatas

Geralmente, os materiais não aproveitados trazem algum tipo de recuperação à empresa, através da
venda. Surge, porém os subprodutos e as sucatas.

De acordo com Martins (2003, p. 122), os subprodutos são itens que nascem de forma normal no de-
correr do processo produtivo, e que possuem um mercado para venda estável. São itens que tem co-
mercialização como se fossem produtos da empresa. Estas vendas, porém, tem pouca participação na

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

receita da empresa. Eles são considerados como?produto secundário?, em relação ao produto princi-
pal.

As sucatas, ou resíduos, são produtos que surgem da produção em estado normal ou com defeitos, e
não tem mercado garantido para sua comercialização (venda), sendo bastante incerta, não podendo
estabelecer se a venda acontecerá ou não.

A Contabilidade, atualmente, por estar diretamente dentro da empresa, apura resultados antes não?co-
nhecidos? por elas, como a formação do preço de custo dos seus produtos, sendo cada vez mais
exigido e acompanhado pelo fisco, a questão e tratamento dos custos das empresas.

Mas muito além de atender as exigências fiscais, é importante a empresa identificar e mensurar seus
custos, para verificar o que consegue reduzir ou melhorar em relação a isto, trazendo custo-benefício
também para os clientes e para a própria empresa.

Portanto através da pesquisa realizada, objetivou-se o conhecimento teórico voltado para a avaliação
dos estoques dos produtos e os materiais diretos envolvidos no processo produtivo, identificando tam-
bém que sem um acompanhamento direto dos envolvidos nesta? força tarefa? fica difícil encontrar
soluções, tomar decisões e realizar investimentos, sem ter informações confiáveis que possam auxiliar
nesta difícil tarefa de tomada de decisão.

Departamentalização

Tipos de Departamentalização

O que é?

A departamentalização é uma forma de sistematização da estrutura organizacional que visa agrupar


atividades que possuem uma mesma linha de ação com o objetivo de melhorar a eficiência operacional
da empresa. Dessa forma, a empresa consegue juntar recursos, unidades e pessoas que tenham esse
ponto em comum.

Se quando falamos sobre organogramas, entramos em conceitos de divisão do trabalho no sentido


vertical, ou seja, ligado aos níveis de autoridade e hierarquia existentes, quando falamos sobre depar-
tamentalização vamos falar da especialização horizontal, que tem relação com a divisão e variedade
de tarefas.

Tipos de Departamentalização

Como estamos falando sobre divisão do trabalho por tipos de especialização, fica óbvio que cada em-
presa pode ter uma forma de departamentalizar diferente de acordo com a sua realidade. Por causa
disso, vamos ver os principais tipos existentes:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Todas as imagens de estruturas funcionais desse post foram desenvolvidas por Carol Alvarenga no
site Esquemaria

Por Função

Esse é um dos tipos de abordagem mais comum que existem. Nesse caso, são criadas áreas na em-
presa agrupando pessoas especialistas em determinada atividade. É aquela velha estrutura que você
já conhece (e talvez até trabalhe), onde uma empresa possui uma área de vendas, uma área financeira
e por aí vai. No final das contas, o objetivo é ter pessoas com expertises similares trabalhando junto.

Por Clientes

Quando uma empresa conhece tão bem os seus clientes que se organiza para concentrar os esforços
nos atributos e necessidades do seu público, ela provavelmente vai utilizar a departamentalização por
clientes. Um exemplo clássico são as lojas de departamentos como você pode ver na imagem abaixo:

Observe que diversos tipos de esforços de vendas são feitos de acordo com as preferências dos clien-
tes. Nesse caso, você pode ver desde seções de perfumaria, lingerie e moda até seções de roupa
masculina social e esporte, dependendo da loja.

Por Processos

Nesse caso, a maior preocupação para a organização de setores na empresa vai ser no processo de
produção. Os exemplos mais óbvios desse tipo de departamentalização são as fábricas e montadoras
de carros. Veja abaixo:

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Um exemplo um pouco menos óbvio é da própria área de desenvolvimento de planilhas da LUZ, que
está estruturada como uma linha de montagem. Primeiro um consultor especializado no conhecimento
de gestão e nos feedbacks de nossos clientes estrutura os pré requisitos da planilha. Logo em seguida,
um designer com conhecimento em experiência do usuário desenha todas as telas da planilha e, por
fim, um especialista em Excel cria a planilha diretamente no software.

Por Produtos ou Serviços

Esse tipo de departamentalização é similar à abordagem por clientes, já que a empresa se organiza
agrupando seus colaboradores dentro de áreas específicas. A única diferença é que nesse caso, ao
invés do foco ser um tipo de cliente, o foco passa a ser nos tipos de produtos oferecidos pela empresa.
Um exemplo típico dessa divisão acontece nos supermercados:

Se entrarmos na departamentalização por serviços, temos nos hospitais um excelente exemplo:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

A ideia principal aqui é entender que a empresa possui produtos ou serviços que são muitos diferentes
entre si e que por isso faz sentido especializar as áreas para que o nível de qualidade oferecida ao
cliente aumente.

Matricial

Essa é uma combinação da departamentalização funcional com uma de outro tipo. Essa outra pode ser
por projetos (como mostraremos no exemplo abaixo), por produtos, serviços, clientes ou localização
geográfica.

Na realidade, nesse tipo de divisão, a empresa mantém a estrutura funcional para atividades internas
e adota a departamentalização divisional para os projetos ou produtos/serviços ofertados. É muito co-
mum ver esse tipo de estrutura em consultorias, agências de publicidade e empresas similares.

Geográfica ou Territorial

Como o próprio nome já diz, a abordagem territorial vai dividir a empresa de acordo com os locais onde
ela atua. Ela é muito comum em empresas que possuem filiais em áreas ou regiões diferentes. Nesses
casos, apesar de possuírem áreas unificadas, o foco é em prestar atenção nas características de cada
região.

Essa abordagem é especialmente positiva para não errar na alocação de produtos em regiões onde
ele não tem aderência e propagandas mais direcionadas ao comportamento local.

Por Projetos

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Na departamentalização por projetos, os colaboradores vão receber atribuições temporárias dentro de


projetos. Isso ocorre, porque como você bem sabe um projeto tem início, meio e fim. Assim, as funções
só vão existir enquanto o projeto existir. Depois disso pode ocorrer alocação em outros projetos e por
aí vai.

Dois exemplos clássicos são os de consultorias e de agências de publicidade, como retratado abaixo:

Como Fazer Departamentalização

Primeiramente você deve entender que esse não é um processo simples que vai acontecer de uma
hora para outra. Esse tipo de organização da estrutura funcional e organograma da empresa vai afetar
todos os seus funcionários, por isso pense bem antes de sugerir ou implementar qualquer mudança.

Depois, entenda que não existe certo ou errado, muito menos uma estrutura ou tipo de departamenta-
lização definido que vai funcionar no seu caso. O mais importante é entender a sua realidade e ver
quais estruturas se enquadram mais. Não esqueça que você pode criar abordagens mistas (que nor-
malmente são as mais frequentes).

Além disso, veja que alguns princípios são bem importantes e devem ser seguidos na hora de fazer a
departamentalização do seu negócio:

Princípio do maior uso – o departamento que faz mais uso de uma atividade, deve ter controle sobre
ela

Princípio do interesse – o departamento que controlar a atividade, deve criar mecanismos de supervi-
são

Princípio da separação e do controle – atividades de controle devem estar separadas de atividades


controladas

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Princípio da supressão da concorrência – elimine concorrência entre departamentos agrupando ativi-


dades similares em um único departamento

Departamentalização é um dos conceitos básicos de organização. Consiste no agrupamento de ativi-


dades diferentes em unidades especializadas dentro de uma organização. Este agrupamento tem o
objetivo de organizar, facilitar a supervisão e a coordenação, e otimizar a busca por resultados. Se-
gundo Rebouças (2009), Departamentalização pode ser definida como agrupamentos em unidades
organizacionais realizados conforme critérios específicos de atividades e recursos, tais como humanos,
financeiros, tecnológicos, materiais, etc.

Para se realizar a Departamentalização, é preciso fazer uma análise cuidadosa das tarefas. Rebouças
recomenda a utilização dos princípios de diferenciação e de integração das tarefas. Tarefas diferentes
devem ser realizadas por departamentos diferentes, ao passo que tarefas semelhantes devem ser
agrupadas em um mesmo departamento. Além desses, existem quatro outros princípios que podem vir
a calhar no processo de criação ou fusão de departamentos.

Princípio do maior uso: o departamento que mais realiza uma determinada tarefa deve ser responsável
por ela;

Princípio de maior interesse: a supervisão de uma tarefa deve ficar a cargo do departamento e do
gerente que tem mais interesse em ter essa tarefa realizada com sucesso;

Princípio de separação do controle: tarefas de supervisão devem ser separadas das tarefas de execu-
ção;

Princípio da supressão da concorrência: as atividades de um departamento não podem ser realizadas


também por outro. Caso essa repetição seja detectada, é preciso que a função seja restringida a ape-
nas um departamento para se evitar o desperdício de recursos e tempo.

Existem várias formas de se departamentalizar uma organização: por função, por localização, por pro-
duto ou serviço, por clientes, por processos, por projetos, etc. Cada uma delas segue critérios diferen-
tes. A seguir vamos comentar sobre cada uma delas:

Departamentalização por função ou funcional: é uma das mais comuns. Nela, os funcionários são agru-
pados conforme a função que exercem na empresa. Sua vantagem é tirar o maior proveito das especi-
alidades. A desvantagem é inibir uma visão holística dos processos de produtos finais.

Departamentalização por quantidade: baseia-se em critérios numéricos. Um responsável fica a cargo


de um número determinado de funcionários. Esse tipo de departamentalização é usado, às vezes,
quando há uma divisão de turnos de trabalho na empresa. Ela só é bem sucedida quando as tarefas
exercidas pelos funcionários são semelhantes e repetidas.

Departamentalização por local ou locacional, territorial ou por função geográfica: muito comum nas
multinacionais, consiste na distribuição de departamentos conforme sua localização geográfica. Esse
tipo de departamentalização apresenta vantagens estratégicas, já que permite a instalação de unidades
mais perto de seus clientes, matéria prima, canais de escoamento, etc. Porém, tem como desvantagem
a despesa de manter várias instalações e salários.

Departamentalização por produto ou serviço: é aquela utilizada quando a organização quer ou neces-
sita focar mais nos produtos que em suas funções internas. A vantagem são funcionários com habili-
dades específicas são concentrados em apenas um foco de atividade. Além disso, fica mais fácil avaliar
os resultados de cada departamento. Por outro lado, os custos administrativos são mais altos, uma vez
que cada unidade tem sua equipe de marketing, de análise financeira, etc.

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Departamentalização por cliente: também é orientada pelo mercado. Cada departamento é direcionado
a um público-alvo do produto. O ponto forte dessa divisão é facilitar o atendimento das necessidades
do consumidor.

Departamentalização por processo: ocorre quando as tarefas passam de um departamento para o ou-
tro, seguindo uma sequência lógica.

Departamentalização por projetos: empresas que lidam com projetos temporários, como agências de
consultoria, dividem seus recursos humanos, financeiros e materiais de acordo com projetos com pra-
zos limitados. Essa departamentalização tende a ser temporária.

Departamentalização matricial: ocorre quando há mais de um tipo de distribuição de tarefa ocorrendo


ao mesmo tempo. Por exemplo, a sobreposição da departamentalização funcional com a de produtos.

Departamentalização mista: se dá pela combinação de tipos diferentes de departamentalizações. São


várias as possibilidades de combinações.

Departamentalização

O presente trabalho fará uma abordagem sobre o tema de desenho departamental, que faz parte do
segundo processo administrativo chamado organização. O objetivo deste trabalho é mencionar os prin-
cipais tipos de desenho departamental, também chamado de departamentalização, no qual são men-
cionadas suas respectivas características, vantagens e desvantagens.

A departamentalização surge à medida em que as empresas tornam-se maiores e envolvem atividades


mais diversificadas; forçando-as a dividir as principais atividades e tarefas organizacionais e trans-
formá-las em responsabilidades departamentais ou divisionais. Os diferentes tipos de departamentali-
zação definem os critérios usados para agrupar as pessoas em unidades organizacionais, para que
possam ser mais bem administradas.

As organizações podem ter problemas quanto à escolha de determinados tipos de departamentaliza-


ção, e para evitar isso, essas organizações devem conhecer, analisar e escolher o melhor tipo de de-
partamentalização, que a seguir, serão apresentados.

Conceito

Para suprir às exigências internas e externas, cada organização desenvolve um tipo de desenho de-
partamental. O desenho departamental constitui uma característica fundamental da estrutura de uma
organização, partindo do principio da divisão do trabalho, na especialização horizontal, que consiste
em escolher modalidades para obter homogeneidade nas tarefas e atividades em cada órgão, agru-
pando os componentes da organização em unidades organizacionais como departamentos, divisões
ou equipes.

Existem cinco tipos de abordagens que definem o agrupamento de departamentos e de subordinação


ao longo da hierarquia. Existem duas abordagens específicas que surgiram para atender às necessi-
dades das organizações em um ambiente instável e altamente competitivo, que são as abordagens de
equipes e de redes.

Tipos De Abordagens

Abordagem Funcional;

Abordagem Divisional;

Abordagem Matricial;

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Abordagem de Equipe;

Abordagem de Redes.

Cada abordagem departamental tem uma finalidade distinta para a organização, sendo que a diferença
entre cada tipo de abordagem é a maneira como as atividades são agrupadas e a quem as pessoas se
subordinam.

Abordagem Funcional

É a organização que cria departamentos formados por pessoas especialistas em uma determinada
função.

Departamentalização Funcional

Na departamentalização funcional os departamentos criados são formados por pessoas que possuem
habilidades e conhecimentos similares e que participam de atividades e tarefas comuns dentro do pro-
cesso de trabalho.

Dentro de cada departamento, as pessoas são responsáveis por um processo especifico de sua função
especializada.
Como os departamentos são formados de acordo com a principal função especializada, as principais
áreas adotadas são: produção, vendas e finanças, podendo também ser acompanhado de outras áreas
como recursos humanos. Este tipo de departamentalização é o mais comum nas organizações.

A departamentalização funcional é mais indicada em casos de estabilidade e de poucas mudanças,


que requeiram desempenho continuado em que as atividades das áreas sejam bastante repetitivas e
especializadas onde permaneçam inalterados por longo tempo.

A departamentalização funcional pode também ser denominada de departamentalização pelo uso de


recursos organizacionais ou estrutura funcional.

Vantagens

Melhora a coordenação intradepartamental, que é a facilidade de contatos e comunicações dentro de


um mesmo departamento, pois existe um compartilhamento de um mesmo conhecimento técnico.

Incentiva à especialização técnica, pois estabelece carreiras para os especialistas dentro de sua área
de especialização, supervisionando-os por meio de pessoas de sua própria especialidade.

Orienta as pessoas para uma específica atividade, concentrando sua capacidade de maneira eficaz,
garantindo o máximo de utilização das habilidades técnicas, simplificando o treinamento do pessoal.

Ocorre uma redução de custos, devido ao trabalho em um mesmo tipo de tarefa em conjunto.

Desvantagens

A cooperação e comunicação interdepartamental, que é o contado e comunicação entre diferentes


departamentos, é reduzida, em decorrência do isolamento em relação aos outros departamentos, pois
cada departamento funcional possui seus próprios objetivos e prioridades. Com isso, sob pressão,
criam-se diversas barreiras e conflitos entre os outros departamentos. Também geram limitações de
autoridade e tomadas de decisões dos administradores.

Dificulta a adaptação e flexibilidade a mudanças externas, pois a abordagem é interna e não visualiza
o que acontece no ambiente externo da organização ou de outro departamento. É inadequada quando
a tecnologia e as circunstâncias externas são mutáveis ou imprevisíveis.

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Devido à focalização interna de cada departamento e não sobre os objetivos globais da organização,
existe uma carência de estruturas próprias de coordenação do andamento do trabalho, levando os
problemas de coordenação para os níveis mais elevados da organização.

A estrutura funcional tende a ser muito burocratizada, o que requer uma estrutura administrativa mais
elaborada, com um número maior de níveis hierárquicos.

Abordagem Divisional

É a organização que cria departamentos que são formados por um agrupamento de divisões separadas
que são auto-suficientes para produzir um produto ou serviço ou parte dele, de acordo com os resulta-
dos organizacionais.

A estrutura divisional é a mais indicada em organizações que produzem diferentes produtos ou serviços
para diferentes mercados e clientes, pois cada divisão focaliza um mercado ou cliente independente.

Dentro de abordagem divisional existem variantes, que servem para alcançar diferentes resultados es-
perados de uma organização. Essas estruturas variantes se baseiam em:

Produtos ou serviços;

Localização Geográfica;

Clientes;

Fases dos Processos;

Projetos.

Departamentalização Por Produtos Ou Serviços

Este tipo de departamentalização faz uma abordagem divisional, que envolve a diferenciação e o agru-
pamento das atividades e tarefas de acordo com os produtos ou serviços realizados, ou seja, os resul-
tados esperados da empresa.

A divisão do trabalho é feita por linhas de produtos ou de serviços, que se desempenham em todas as
funções necessárias para a realização do produto ou serviço.

Todos as principais atividades e tarefas, similares ou não, relacionadas com um produto ou serviço são
reunidos e alocados em um específico departamento no sentido de coordenar as atividades requeridas
para cada tipo de resultado.

A estrutura divisional por produtos ou serviços é muito encontrada em empresas de larga escala. Esta
estrutura permite que a administração de topo delegue autoridade sobre funções relacionadas a um
determinado produto ou serviço, dentro de um grau de responsabilidade para cada administrador.

A departamentalização por produtos ou serviços é indicada para circunstâncias ambientais instáveis e


mutáveis, pois induz à cooperação e coordenação entre especialistas, atividades e tarefas, para um
melhor desempenho do produto ou serviço.

Vantagens

A responsabilidade é totalmente imposta ao nível de cada divisão dos departamentos para cada pro-
duto ou serviço, ou seja, o administrador no cargo de chefia de cada departamento é responsável pelo
seu produto ou serviço.

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Facilita a coordenação interdepartamental, uma vez que a preocupação básica é o produto e as diver-
sas atividades departamentais tornam-se secundárias.

Melhorias na qualidade e facilidade de inovações, já que a concentração é em um único produto ou


serviço, cada departamento produz com melhor qualidade ou mais inovação comparado-se a um de-
partamento que produz diversos produtos.

Permite flexibilidade, pois as unidades de produção podem ser maiores ou menores, conforme as con-
dições mudem, sem interferir na estrutura organizacional como um todo. O foco desse tipo de estrutura
é predominante sobre os produtos e não sobre a sua estrutura organizacional interna.

As tomadas de decisões são mais independentes e pode-se responder melhor aos requisitos e neces-
sidades do cliente. A administração torna-se mais ampla, gerando assim oportunidades de promoções
dentro da organização.

Desvantagens

Trazem elevados custos operacionais em situações que existe estabilidade ambiental e em organiza-
ções com poucos produtos diferentes ou linhas reduzidas de produtos.

Ocorre redução nas oportunidades de carreira, pois a experiência profissional é limitada a uma única
linha de produção, causando limitação no mercado de trabalho.

Existe uma dificuldade na busca e/ou pedido de um determinado produto ou serviço, pois a distribuição
é especializada em cada departamento.

Demora no reconhecimento de melhorias, modificações ou eliminações de produtos ou serviços, pois


cada departamento é responsável pela defesa de seus produtos e serviços e de seus próprios objetivos
divisionais.

Departamentalização Por Localização Geográfica

Este tipo de departamentalização faz uma abordagem divisional, que envolve a diferenciação e o agru-
pamento das atividades de acordo com a localização geográfica onde o trabalho será desempenhado,
ou uma área de mercado a ser servida pela organização.

Este tipo de departamentalização é indicado para organizações de larga escala, que geralmente é uti-
lizada por organizações que cobrem grandes áreas geográficas e cujos mercados são extensos, como
por exemplo, as empresas transnacionais que emprega este tipo de estrutura para as suas operações
fora do país onde estão sediadas.

Esta estrutura é mais indicada nas áreas de produção e vendas e as demais áreas da organização
tornam-se secundárias, a área financeira é pouco utilizada porque nem sempre é permitida a descen-
tralização.

Vantagens

Este tipo de estratégia é muito útil quando as situações externas favorecem a organização, pois per-
mite, sem problemas, a adaptação às condições e necessidades da região em que está situada.

Como cada departamento opera em um território como se fosse uma organização independente, o
administrador de cada departamento pode tomar suas próprias decisões de acordo com as diferenças
territoriais.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

A organização é mais voltada para o seu ambiente territorial e para o seu mercado, do que para seus
aspectos internos, tendo em vista uma melhor avaliação e percepção dos mercados e produtos e ser-
viços para melhor atender cada área.

Desvantagens

O enfoque territorial tende a deixar para segundo plano a coordenação entre os departamentos, preju-
dicando de certa forma o comportamento global da empresa, em relação ao nível de autonomia e liber-
dade oferecido às filiais, o que pode ocorrer um desequilíbrio de poder dentro da organização, pois as
áreas da empresa que forem geograficamente mais amplas, poderão ter a seu favor um grande poten-
cial para discutir certas decisões importantes.

Os sistemas internos precisam ser organizados de diferentes maneiras para servir os diferentes seg-
mentos territoriais de mercado, o que torna a administração complexa.

Cada departamento possui seus próprios recursos, com isso ocorre uma duplicidade de esforços e
recursos (pessoas, instalações e equipamentos), o que provoca maiores investimentos e custos ope-
racionais.

Departamentalização Por Clientes

É a organização que faz uma abordagem divisional, envolve a diferenciação e o agrupamento das
atividades de acordo com o tipo de cliente ou mercado para quem o produto ou serviço é realizado.

As diferentes características e necessidades dos clientes, como idade, nível sócio-econômico e hábitos
de compra, constituem a base para essa estrutura onde a ênfase é no consumidor do produto ou serviço
oferecido pela organização, para que este seja atendido da melhor forma possível. O produto ou serviço
deve ser adaptado e ajustado ao ciente e às suas necessidades.

Vantagens

A focalização é exclusivamente no cliente, com isso as necessidades de cada tipo de cliente são mais
bem atendidas.

A focalização externa na clientela torna a organização mais atenta para as mudanças das necessidades
e preferências dos clientes, característica que não ocorre na estrutura funcional.

As decisões internas são rapidamente tomadas através do retorno proporcionado pelos clientes. Devido
a isso, uma linha deficiente de determinado produto é facilmente percebida.

Desvantagens

Ocorre duplicidade de esforços e recursos, o que provoca maiores investimentos e custos operacionais.

Os sistemas internos precisam ser organizados de diferentes maneiras para servir os diferentes seg-
mentos de cliente, o que torna a administração mais complexa.

As demais atividades e objetivos da organização, por exemplo, produtividade e eficiência, podem tor-
nar-se secundários, devido à preocupação exclusiva pelo cliente.

Departamentalização Por Fases Do Processo

É a organização que faz uma abordagem divisional, envolve a diferenciação e o agrupamento das
atividades de acordo com as etapas de execução de um processo.

O processo é um conjunto de atividades com uma ordenação específica que resulta em um produto ou
serviço especificado para satisfazer as necessidades e expectativas do cliente ou mercado. O cliente

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

do processo não é necessariamente o cliente externo. Ele pode estar dentro da empresa (cliente in-
terno).

O desenvolvimento do processo utilizado pelas organizações está relacionado com a estrutura do pro-
duto, para que se obtenha da melhor maneira possível o aumento da eficiência e qualidade do produto.

A departamentalização por fases do processo ou processamento ou ainda equipamento, é utilizada


quase que restritamente a aplicações nos níveis mais baixos da estrutura organizacional (nível opera-
cional) das empresas industriais e de serviços, principalmente nas áreas produtivas ou de operações.

A estrutura por fases do processo representa a influência da tecnologia utilizada pela empresa em sua
estrutura organizacional. O agrupamento na departamentalização por processo é adequado quando
tanto os produtos como a tecnologia aplicada, são estáveis e duradouras.

Vantagens

Extrai vantagens econômicas oferecidas pela própria natureza do equipamento ou da tecnologia. A


tecnologia passa a ser o foco e ponto de referência para o agrupamento de unidades e posições.

Cada unidade organizacional é uma etapa no desenvolvimento do produto, a focalização e a sequência


de processos facilita o trabalho de seu início até o fim.

Desvantagens

Quando a tecnologia utilizada sofre mudanças a ponto de alterar o processo, este tipo de departamen-
talização não é aconselhado, pois possui absoluta falta de flexibilidade e de adaptação.

Por existir isolamento dos outros departamentos, podem ocorrer dificuldades de desenvolver novas
formas integradas de administrar.

Com o mesmo problema encontrado na estrutura funcional, ocorre a redução da cooperação e comu-
nicação interdepartamental, devido ao isolamento em relação aos outros departamentos, pois cada
departamento tem seus próprios objetivos e prioridades, que sob pressão criam-se diversas barreiras
e conflitos. Também são criadas limitações de autoridade e tomadas de decisões dos administradores.

Cada administrador no departamento de processos é especialista em apenas uma parte do processo,


não sendo capaz de concluir um processo por inteiro, com isso, torna-se difícil uma substituição de um
administrador, mesmo sendo de igual função, por um outro administrador de um processo diferente.

Departamentalização Por Projetos

É a organização que faz uma abordagem divisional, envolvendo a diferenciação e o agrupamento das
atividades de acordo com os resultados de um ou mais projetos executados pela organização.

Neste tipo de departamentalização a estrutura organizacional deve ser flexível e mutável, com capaci-
dade de adaptar-se às necessidades de cada projeto a ser realizado, tendo alta coordenação entre os
departamentos.

É uma estrutura muito utilizada por organizações de grande porte que produzem produtos que envol-
vam grande concentração de diferentes recursos (produtos e pessoas) por um longo período. Os pro-
jetos produzidos exigem tecnologia sofisticada, que não dependa de outras atividades para o seu de-
sempenho. É o tipo de departamentalização orientado para resultados.

Essa estrutura é adotada, por exemplo, em estaleiros navais, obras de construção civil (edifícios) ou
industrial (fábricas e usinas hidroelétricas).

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O projeto é definido pelo cliente e as pessoas encarregadas do projeto são especialistas em diversos
campos de atividades, para poder atender as necessidades do cliente.

Na departamentalização por projetos, as atividades e as pessoas recebem atribuições temporárias.


Cada projeto tem seu ciclo de vida específico. Terminada o projeto, o pessoal que temporariamente
havia sido destinado a ele é designado para outros departamentos ou outros projetos.

O administrador possui habilidade orientada para projetos e é responsável pela realização de todo
projeto ou de uma parte dele.

Vantagens

Melhor cumprimento de prazos e melhor atendimento ao cliente do projeto.

Grande concentração de diferentes recursos, em uma atividade complexa com produtos de grande
porte.

Desvantagens

Quando termina um projeto, a empresa pode ser obrigada a dispensar pessoal ou paralisar máquinas
e equipamentos se não tiver outro projeto em vista.

Devido à descontinuidade e limitações, a departamentalização por projeto pode provocar em muitas


pessoas desanimo pela imprevisibilidade de futuro no emprego.

Força-Tarefa

É uma variante do agrupamento por projetos que é formada por uma equipe de especialistas de dife-
rentes áreas, que são deslocados de suas funções habituais para se dedicarem a uma tarefa específica
e complexa e que exija abordagem e foco diferentes.

A força-tarefa é adotada para solucionar e controlar os problemas gerados pela alta mudança ambiental
e tecnológica atual.

Para cada membro são dados responsabilidade e poder igualmente, cada qual dentro de sua especia-
lidade em relação ao problema a ser resolvido.

Tem por característica ser provisória e de curta duração. Ao atingir os objetivos propostos, os membros
retornam às suas unidades e atividades de origem.

Abordagem Matricial

É a combinação simultânea de dois tipos de departamentalização, a funcional e a divisional, na mesma


estrutura organizacional.

Estrutura Matricial

A estrutura matricial é uma estrutura mista com a finalidade de obter o máximo de rendimento da orga-
nização. A organização mantém a estrutura funcional para as funções internas e agrega a estrutura
divisional aos produtos ou serviços a serem realizados.

Por ser constituída de dois tipos de departamentalização, cria-se a duplicidade de comando onde os
funcionários passam a subordinar-se a dois chefes, indo de encontro ao princípio da unidade de co-
mando.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Devido à duplicidade de comando, os funcionários precisam saber resolver os conflitos que podem
ocorrer, com isso existe a necessidade de um treinamento em relações humanas, para ele saber lidar
com esses problemas.

É a forma mais utilizada, principalmente nas grandes organizações, pois em cada parte da organização
tem a estrutura que melhor se adapta ás tarefas executadas em cada departamento.

Constitui uma das maneiras mais humanas participativas e flexíveis, pois depende intensamente da
colaboração entre muitas pessoas diferentes. Enfatiza a interdependência entre os departamentos,
proporcionando oportunidades de delegação, maior contribuição pessoal e participação na tomada de
decisão nos níveis mais baixos da hierarquia.

Na estrutura matricial o administrador coordena os esforços do pessoal cedido pelas diversas áreas da
empresa, algumas vezes com muita pouca autoridade formal. Seu papel dentro da organização de
estrutura matricial é de integração e de coordenação das tarefas e assegurar os serviços e recursos
fornecidos pelo pessoal de suporte, sobre os quais tem pouca ou nenhuma autoridade formal.

Vantagens

Maior estabilidade tanto para a empresa, como para os funcionários;

Maior segurança na execução das tarefas e no relacionamento de pessoas;

Especialização nas atividades desenvolvidas;

Possibilidade de maior aprimoramento técnico de sua equipe de trabalho;

Coordenação de equipe de forma mais adequada e coerente;

Permite a integração e desenvolvimento entre funcionários;

Facilidade em conhecer os fatores e os problemas locais;

Permite maior flexibilidade;

Propicia condições favoráveis para a inovação e a criatividade;

Melhor atendimento ao cliente e cumprimento dos prazos;

Uso adequado dos vários recursos;

Facilidade na coordenação dos resultados.

Desvantagens

Insegurança das pessoas, desde que a empresa tenha grande crescimento e consequente aumento
da complexidade;

A comunicação deficiente, isso porque as decisões são normalmente centralizadas nos níveis mais
elevados da empresa;

Baixa adaptabilidade;

Preocupação estritamente voltada para uma área deixando de lado outras partes;

Pode provocar problemas humanos de temores e ansiedades;

Pode propiciar o aumento dos custos pelas duplicidades de atividades e treinamento;

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Podem existir dificuldades na coordenação do pessoal;

Conflitos de interesse entre chefes funcionais e os chefes divisionais, devido a dupla subordinação.

Abordagem De Equipes

É a organização que cria equipes multifuncionais ou permanentes para cumprir tarefas específicas e
para coordenar grandes departamentos.

Estrutura Baseada Em Equipes

Dentro deste tipo de departamentalização existem dois tipos de equipes, as multifuncionais e as per-
manentes.

As equipes multifuncionais são formadas por pessoas de vários departamentos funcionais que são
agrupados, para cumprir tarefas específicas e temporárias e para resolver problemas mútuos.

Este tipo de equipe envolve pessoas com diferentes habilidades e conhecimento. Por terem a partici-
pação em dois grupos, tem como consequência uma duplicidade de comando.

As equipes permanentes funcionam como um departamento formal, onde os empregados trabalham


juntos em um mesmo local, para cumprir atividades e tarefas específicas. Esses empregados subordi-
nam-se a apenas um chefe, como designa a unidade de comando.

A estrutura de equipes torna a organização mais horizontal em torno dos processos de trabalho (com
poucos níveis hierárquicos), descentraliza a tomada de decisões, delegando autoridade e transferindo
responsabilidade para os níveis mais baixos.

Devido a uma rápida e constante mudança do ambiente externo e interno das organizações, é exigida
uma maior necessidade de flexibilidade e/ou rapidez no andamento dos processos e tarefas para aten-
der melhor os requisitos do cliente, desenvolver novos produtos ou implementar campanhas de marke-
ting, por isso as equipes não devem adaptar-se a tarefas pré-definidas.

Vantagens

A focalização da organização é dirigida ao cliente.

Economiza de tempo e dinheiro devido a pouca necessidade de passar informação para cima e para
baixo dentro da hierarquia e entre as unidades organizacionais.

As equipes promovem o autogerenciamento pelos próprios funcionários, o que produz maior satisfação
com o trabalho devido ao maior envolvimento das pessoas.

Cada grupo deve ter pessoas com diferentes conhecimentos e habilidades para trabalhar juntas e dotar
a equipe de auto-suficiência para realizar completamente o trabalho. Amplia as habilidades de cada
individuo. Capacitando-os a tratar sobre todos os aspectos do trabalho.

Com a maior rapidez nas decisões os tempos de ciclos operacionais são reduzidos, o que proporciona
pronta resposta aos clientes.

A estrutura por equipes tende a compactar a organização reduzindo o número de níveis hierárquicos e
os custos administrativos e exigindo menos mecanismos de coordenação e integração.

Desvantagens

A estrutura por equipes envolve uma grande transformação na organização, na cultura e exige a ne-
cessidade de uma nova mentalidade das pessoas envolvidas. Essa mudança consome muito tempo e

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

dinheiro, exigindo novo treinamento, remuneração e avaliação de cargos até sistemas de inventários,
contabilidade e informação.

A estrutura por equipes funciona melhor quando cada equipe possui todas as especializações neces-
sárias e interação de habilidades para executar o processo. Neste caso a organização deve manter
alguns especialistas funcionais para prestar assessoria adequada.

Na estrutura horizontal cada equipe deve ter um chefe e, em muitos casos, os membros da equipe
podem vir de outros departamentos da organização, que é o caso das equipes multifuncionais, dessa
forma, esses membros passam a ter dois chefes.

Abordagem De Redes

É a organização que se torna um pequeno centro intermediário, conectado eletronicamente que de-
sempenham funções vitais da organização. É o mais recente tipo de departamentalização.

Estrutura Em Rede

É a desagregação das principais funções da organização em companhias separadas que são interliga-
das por uma pequena organização central. Os serviços de cada função da organização são conectados
eletronicamente.

Esse tipo de estrutura impossibilita saber onde a organização está nos termos tradicionais, pois cria
uma nova forma de organização através de contratos externos vindos de qualquer parte do mundo,
sendo coordenados eletronicamente.

Seu organograma é diferenciado em sua forma circular ou estrelado, sendo a unidade central, no centro
do organograma, interligado às demais unidades.

Vantagens

A abordagem em redes proporciona competitividade em escala global. Mesmo em pequenas organiza-


ções, ela permite utilizar recursos em qualquer lugar e a1cançar melhor qualidade e preço, bem como
distribuir e vender os produtos e serviços no mundo todo.

Flexibilidade decorrente da capacidade de obter e contratar serviços quando necessário e mudá-los


em pouquíssimo tempo sem quaisquer restrições. Como a organização não possui bens fixos, como
por exemplo, fábricas, equipamentos ou instalações, ela pode continuamente redefinir-se e buscar no-
vos produtos e novas oportunidades de mercado. Para os funcionários que trabalham permanente-
mente na organização, o desafio está na maior variedade do trabalho, e a satisfação, em executar uma
atividade que muda incessantemente.

Os custos administrativos são baixos. Não requer hierarquia, nem grandes equipes de administradores.
Podem ter apenas dois ou três níveis de hierarquia, comparados aos dez ou mais níveis nas organiza-
ções tradicionais.

Desvantagens

A administração não tem, o controle de todas as operações de imediato, pois dependem de contratos,
negociação e mensagens eletrônicas para reunir todas as partes.

Existe a possibilidade de perder negócios se uma organização contratada falha ou deixa de entregar o
trabalho planejado.

Existe elevada incerteza quanto aos serviços contratados de outras organizações que estão fora do
controle da empresa.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Os empregados podem imaginar que poderiam ser substituídos por novos contratos de serviços. A
organização em redes precisa desenvolver uma cultura corporativa coerente e obter o comprometi-
mento das pessoas.

Como os produtos e mercados mudam, a organização precisa se atualizar e capacitar continuamente


seus funcionários para adquirir as novas habilidades e capacidades.

Organizações Híbridas

Nas grandes organizações, a adoção de um só tipo de departamentalização nem sempre é possível


para todos os níveis hierárquicos. Por isso essas organizações adotam uma mescla de diferentes tipos
de departamentalização, como a funcional, divisional e matricial, em todos os níveis. Com esse tipo de
estrutura, a organização é chamada de organização híbrida.

Essas organizações híbridas podem ter divisões baseadas em produtos, serviços, funções, clientes,
equipes, etc., em todos os níveis hierárquicos.

Organograma no nível intermediário.

Divisões baseadas em:

Produtos / Função / Clientes.

Organograma no nível institucional.

Divisões baseadas em:

Produtos / Clientes.

Organizações Virtuais

As organizações virtuais foram criadas devido ao impacto provocado pelo crescente desenvolvimento
tecnológico e da moderna tecnologia da informação, que é um conjunto de atividades e soluções for-
necidas pelos recursos da computação.

Nesse tipo de organização, não existe a necessidade de possuir escritórios, prédios ou instalações
convencionais com funcionários.

As pessoas trabalham em suas casas, interagindo com o sistema de informação da organização atra-
vés de computadores conectados a internet.

Possui flexibilidade e é simples e ágil. O campo de atuação pode ser facilmente alterado e com rapidez,
pois não possui uma fronteira definida.

Essas organizações podem também ser chamadas de não-territoriais ou não-físicas.

Tipos De Organogramas

Estrutura Funcional

Estrutura Divisional

Estrutura Matricial

Estrutura baseada em redes

Centro De Custo

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Administrar um negócio não é tarefa fácil. Devido à pressão por resultados positivos e a falta de conhe-
cimento, alguns empreendedores acabam tomando decisões equivocadas. Além disso, o grande nú-
mero de empresas no mercado faz com que os consumidores tenham muitas opções de escolha e
tornem-se cada vez mais exigentes.

Para fazer com que sua empresa tenha um ritmo de crescimento acelerado hoje, é importante se pre-
parar em muitos aspectos, utilizando equipamentos e estratégias avançadas e que se destacam no
mercado.

O centro de custo é uma maneira de separar uma empresa em vários setores, cada um deles com uma
parcela de responsabilidades operacionais, financeiras e econômicas. Todos os centros de custos jun-
tos representam a empresa inteira, mas cada um possui independência quando comparado com o
outro.

Um centro de custos também pode ser entendido como uma unidade dentro de uma empresa que pode
representar, por exemplo, um projeto ou departamento da empresa. Os centros de custos podem ser
considerados maneiras eficientes de agrupar receitas e despesas, propiciando um melhor conheci-
mento e análise das partes do negócio.

Ele serve para deixar os diversos setores de uma empresa com mais autonomia, fragmentando-a em
diversos pequenos setores, e estes serão responsáveis tanto pela geração de receitas quando pela
aplicação dos recursos em despesas. Por isso, a denominação de centro de custo.

O centro de custo na organização das empresas

Há setores que não são capazes de gerar, diretamente, receitas. Esse é o caso, por exemplo, do setor
de recursos humanos. Ele ajudará apenas de maneira indireta na geração de receitas e terá uma inci-
dência de custos já prevista pelos gestores de uma empresa.

No entanto, como todos são importantes em seu desempenho, não se pode extinguir este setor pelo
fato de ele não trazer receitas diretas, pois ele é necessário. Dessa maneira, uma parcela dos recursos
que será aplicada pela empresa será de responsabilidade do setor de recursos humanos.

Treinamentos, cursos, palestras, workshops e outros eventos serão incumbências para os gesto-
res deste departamento e que estarão todos sob o grande guarda-chuva que é o centro de custo de
recursos humanos.

Isso pode e deve ser utilizado por todos os setores de uma empresa, não importando o tamanho dela.
Neste caso, o setor financeiro, o setor de publicidade de propaganda, a linha de produção, dentre ou-
tros, terão parcelas de custo respectivas às responsabilidades que eles possuem.

Como utilizar o centro de custo a favor da sua empresa

Primeiramente, os setores precisam ser identificados e as responsabilidades também. Por exemplo, se


um mesmo espaço físico é dividido pelos setores de recursos humanos e financeiro, o aluguel também
deverá ser repartido entre estes setores.

Sendo assim, o centro de custos de recursos humanos absorverá como gastos metade do valor do alu-
guel. A outra metade irá para o setor financeiro. Haverá casos em que estes percentuais não ficarão
exatamente em 50% para cada, ou seja, divididos igualmente. Nestas situações, os gestores devem
identificar os percentuais respectivos para cada setor.

Uma equipe com muito mais funcionários deverá ter uma parcela maior de recursos repassados
para investimento, pois a quantidade de custos com salário será maior.

Com isso, pode-se trabalhar de maneira mais consciente, com total noção de onde os recursos de uma
empresa são aplicados.

O Flua, um sistema financeiro empresarial permite que o gestor tenha total controle sobre as receitas
da empresa, assim podendo administrar e tomar decisões assertivas para o negócio.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

O centro de custo é importante para todos os negócios, sejam eles pequenos, médios ou grandes. Mas
saber exatamente o que é centro de custo traz benefícios principalmente para as empresas menores,
pois elas serão preparadas para crescerem mais organizadas e com total controle de quanto e onde
são gastos os recursos em suas atividades.

Com um sistema financeiro inteligente, como o Flua, o empreendedor tem previsões das receitas em 6
meses, quais são os recursos disponíveis, quais produtos ou serviços representam maior parcela
das receitas da empresa, entre outras vantagens.

Lembre-se também que uma equipe com muito mais funcionários deverá ter uma parcela maior de re-
cursos repassados para investimento, pois a quantidade de custos com salário será maior.

Com isso, pode-se trabalhar de maneira mais consciente, com total noção de onde os recursos de uma
empresa são aplicados.

Já se foi o tempo em que, para uma empresa obter sucesso, eram necessários apenas produtos com
embalagens bonitas e chamativas. Hoje em dia, o êxito empresarial também está atrelado ao seu pro-
cesso produtivo.

Ao aplicar a política de centro de custos, é possível compreender melhor como todas as atividades são
realizadas e, consequentemente, tomar decisões mais assertivas e eficientes.

Seja a contratação de novos funcionários, a realização de cursos de capacitação ou a compra de equi-


pamentos mais modernos, todas as ideias podem ser direcionadas ao crescimento e à melhoria de
seu processo produtivo, sempre prezando por sua qualidade.

A redução de gastos é algo que todos querem empregar em suas gestões, porém poucos são aqueles
que conseguem realizá-la corretamente.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Na maioria dos casos, a diminuição de despesas não é uma consequência direta, por exemplo, da
demissão de funcionários.

Para que isso aconteça deve-se analisar toda a situação socioeconômica de um empreendimento, vi-
sando entender seu funcionamento e como encontrar medidas que o aprimorem.

Com um centro de custos em cada um de seus setores, os gargalos operacionais e financeiros são
descobertos e solucionados com facilidade. Assim, os resultados positivos podem surgir naturalmente.

As metas servem para nortear a performance de uma empresa. Por isso, elas devem ser definidas de
maneira correta e respeitando os limites e as potencialidades de uma gestão.

Quando elas não são alcançadas, existem duas possibilidades: ou os valores estabelecidos não con-
dizem com a realidade da empresa ou há algo de errado em seu processo produtivo.

Além disso, nessas situações, seus colaboradores são desmotivados e todos saem perdendo.

Em ambos os casos, com o centro de custos é possível entender suas despesas operacionais e criar
objetivos adequados às suas necessidades. Portanto, não perca mais tempo e comece a utilizar o cen-
tro de custos para alcançar suas metas, facilitar as operações diárias do setor financeiro e atender às
demandas do mercado.

Centro de custos são unidades dentro de uma organização e geralmente são projetos ou departamen-
tos de uma empresa. É uma maneira eficiente de agrupar despesas e receitas, para uma melhor análise
de partes do negócio.

Benefícios do uso de Centro de Custo

Análise Facilitada

Muitas vezes, se visto como um todo, fica difícil analisar o que vai bem ou mal dentro de uma empresa.
Assim que os relatórios se tornam mais refinados, essa análise se torna mais fácil. Pode se separar um
determinado centro de custo e especificar as áreas de mais foco.

Compartilhamento da Informação

Muitos dados de empresas não podem ser compartilhados nem internamente, porém separando por
centros de custos, cada área pode avaliar seu próprio desempenho financeiro.

Revendo assim, seus gastos e receitas gerados em um departamento ou projeto específico.

Responsabilidade Compartilhada

Quando agentes de diversos setores tem a informação correta sobre sua área de trabalho, podem se
tornar mais responsáveis pelo andamento financeiro desta. Estes líderes e colaboradores podem con-
tribuir com ideias para aumentar receita e controlar despesas, que apenas quem está no dia a dia da
área consegue ver.

Administrar uma empresa não é uma tarefa fácil, certo? Para manter os negócios em um bom ritmo de
crescimento e as estratégias sempre em dia, é muito importante ter conhecimento sobre todas as fer-
ramentas e técnicas disponíveis para otimizar processos e ganhar tanto em tempo quanto em econo-
mia.

Dentre toda a extensa gama de ferramentas que podem ser adotadas pela sua empresa, está o centro
de custo, que pode ser aplicado em todos os tipos e tamanhos de empresas, já que ele é utilizado para
reunir informações separadas por setores e/ou projetos em todos os detalhes.

Mas, você sabe como aplicá-lo corretamente? Ainda tem dúvidas sobre os seus benefícios e vanta-
gens? Então, siga a leitura e saiba mais sobre essa importante ferramenta de gestão financeira.

O centro de custo, basicamente, é uma ferramenta de gestão de custos que separa a empresa em
setores ou projetos, dependendo da sua atuação. Ou seja, cada centro de custo possui uma parcela

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

independente de responsabilidades, seja operacional ou financeira, e todos juntos representam a em-


presa como um todo.

Manter o controle financeiro de uma empresa dividido em centro de custos possibilita melhores análises
pontuais e aprofunda o conhecimento sobre todas as partes do negócio, o que permite as melhores
tomadas de decisão e o agrupamento de receitas e despesas por departamento.

Por que centro de custo é importante para a gestão financeira?

Realizar um bom planejamento por centro de custo pode proporcionar uma saúde financeira muito mais
sustentável para o seu negócio, já que há maior controle sobre os setores e sobre tudo o que está
sendo desempenhado em cada um deles, para assim, tornar os planos de ação ainda melhores e mais
objetivos.

Tudo isso pode colaborar ativamente para a lucratividade da empresa em geral, uma vez que todas as
áreas têm conhecimento de suas metas e objetivos e do quão relevante é o seu papel dentro de um
todo.

Além disso, cada setor pode ganhar mais autonomia, como se fossem “mini empresas”, o que pode
facilitar a distribuição dos investimentos de acordo com a real necessidade de cada um e garantir um
controle de gastos mais eficiente.

Ou seja, tudo isso pode causar grande impacto positivo dentro de uma empresa, já que as decisões
podem ser tomadas de acordo com o resultado parcial de cada departamento, assim como as estraté-
gias e planos de ação podem ser estruturados de acordo com uma base de dados sólida e coerente
com cada setor.

Centro de custo x Centro de resultado

A ideia de centro de resultado é bem parecida com a de centro de custo, com a pequena diferença de
que, na estrutura de centro de custo, os gestores de cada área devem se responsabilizar pela apre-
sentação de todos os desembolsos feitos pelo departamento, ou seja, com o que a área está gastando
dinheiro.

Já por outro lado, com a estrutura de centro de resultados, os gestores se responsabilizam também por
todo o retorno financeiro de sua área, ou seja, quanto o seu departamento está gerando de lucro e
resultados financeiros positivos para a empresa.

Ou seja, basicamente, o centro de resultado é uma evolução dos centros de custo, já que as empresas,
hoje em dia, estão muito mais preocupadas em buscar melhores resultados para os negócios de forma
mais estratégica, e essa nova oferta de valor é garantida pelo centro de resultado.

Quais são os tipos de centro de custo?

Basicamente, os centros de custo podem ser divididos em dois tipos:

Centros de custo produtivos

Também chamados de centros de custo diretos, são os departamentos que impactam diretamente na
geração de lucro de uma empresa. Por exemplo, as áreas de vendas e marketing podem ser conside-
radas produtivas, já que participam ativamente do processo de entrada de recursos na empresa.

Centros de custo não produtivos

Os também chamados centros de custo indiretos ou administrativos, são aqueles que não possuem
relação direta com a geração de lucro da empresa, como vendas, por exemplo. Geralmente, são as
áreas voltadas ao administrativo e financeiro e geram apenas despesas, por isso, seus resultados
quase sempre são negativos, mas isso é normal.

Mesmo não dando lucro, são setores essenciais para o bom funcionamento de qualquer negócio, então,
lembre-se de dividir as suas despesas entre os outros centros de custo.

Como escolher os centros de custos para a sua empresa?

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Depois de conhecer os tipos e exemplos de centro de custo, já é possível colocar em prática um plano
de ação e começar a usar essa ferramenta para controlar os custos e despesas. Antes de qualquer
coisa, defina quais são os seus centros de custo diretos e administrativos. Dentre eles, defina, por
exemplo, quais são os seus principais centros de custo diretos, dividindo-os por tipo de produto ou por
suas atividades.

Para os centros de custo administrativos, geralmente os próprios departamentos da empresa já são


automaticamente considerados como um centro de custos, por exemplo, administrativo, financeiro, ju-
rídico, dentre outros.

As vantagens de realizar gestão por centro de custo

Otimização do processo produtivo

Com a aplicação da estrutura por centro de custo e departamentação, fica muito mais fácil tomar deci-
sões e definir um planejamento assertivo para cada área da empresa, a partir do entendimento profundo
de como cada uma delas funciona e de todas as suas atividades.

Responsabilidade compartilhada

Cada setor passa a ter suas próprias responsabilidades e prezar pela saúde financeira do seu centro
de custo, porém visando tanto os seus resultados individuais quanto os resultados da empresa como
um todo, contribuindo para aumentar os lucros dos negócios em geral.

Melhoria na análise de resultados

Os números separados por centros de custo permitem melhor visualização e entendimento do que os
números como um todo, sem distinção sobre o que está dando certo e o que está dando errado na
gestão. Com as informações separadas, fica muito mais fácil analisar e detalhar o que está bom e o
que precisa melhorar em cada área.

Metas alcançadas com mais facilidade

Com metas e objetivos traçados por setores e respeitando o potencial de cada uma, fica muito mais
fácil atingir a meta coletiva como empresa. Com os centros de custo, as metas são adequadas à reali-
dade de cada departamento e evita colaboradores desmotivados e carga excessiva de trabalho para
departamentos com menor capacidade de entrega.

Métodos de Custeio

O lucro é, obviamente, o grande objetivo de qualquer empresa. Seja ela pequena, média, grande, mul-
tinacional ou nacional é pelo lucro que batalham dia a dia. Mas esse tão sonhado lucro passa, obriga-
toriamente, pelo custo, um processo tão importante quanto necessário e complexo.

A questão é como calcular e controlar corretamente essa arte que é tornar o negócio rentável e lucra-
tivo. Dominar os custos e aprender a calculá-los de forma correta e eficiente fará a total diferença nos
resultados. É preciso ter precisão de quanto foi gasto em cada insumo, em cada um dos processos,
principalmente se estamos falando de indústrias.

A excelente notícia é que existem alguns métodos que auxiliam no cálculo do quanto é gasto para fazer
um determinado produto e, assim, ter uma real visão, detalhada, sobre a lucratividade do negócio a
partir da precificação de cada produto oferecido ao mercado.

Os mais usados são o método de custeio variável, o método de custeio por absorção e o método
ABC (do inglês Activity Based Costing), baseado em atividades. Cada um tem a sua particularidade,
por isso, abaixo, vamos contextualizá-los.

Método de custeio variável (ou de custeio direto)

O método de custeio variável é também chamado de método de custeio direto. Ele é um dos mais
conhecidos e utilizados entre as empresas, principalmente entre as da indústria e do comércio. Simples
e objetiva, essa metodologia considera como custos de fabricação os custos variáveis, diretos e indire-
tos.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja, de fato, produção (como aluguel e salários
dos funcionários, por exemplo), não são considerados como custo de produção, mas sim como despe-
sas nesse método.

O sistema de custeio variável se baseia na separação dos custos em variáveis e fixos, ou seja, em
custos que se alteram proporcionalmente ao volume da produção/venda e custos que se sustentam
constantes perante volumes de produção/venda oscilatórias dentro de certos alcances.

Esse sistema produz informações muito importantes, como a margem de contribuição, e proporciona
os subsídios necessários para tomada de decisão nas empresas.

Método de custeio por absorção (ou ainda custeio integral ou custo integral)

O custeio por absorção é assim chamado por concentrar os custos fixos no custo final de cada produto
comercializado.

Isso quer dizer que o custo por absorção tem como premissa subtrair do custo dos produtos vendidos
(CPV) todos os custos da área de fabricação, sejam eles custos definidos como diretos ou indiretos,
fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais.

Esse método garante que cada produto absorva uma parcela dos custos diretos e indiretos relaciona-
dos à fabricação. O fator fundamental para a utilização do método de custeio por absorção está na
distinção real entre custos e despesas.

Somente os desembolsos referentes aos produtos vendidos, seja diretamente ou indiretamente, devem
ser alocados no custo dos produtos vendidos. Todas as demais despesas, sejam administrativas, des-
pesas financeiras, investimentos ou qualquer que seja, devem ficar de fora do acordo.

Custeio ABC (Baseado em Atividades)

O custeio ABC ou baseado em atividades parte do princípio de que os preços de uma empresa e de
determinado produto são motivados pelas ações desempenhadas nela e que essas ações são consu-
midas por produtos e serviços gerados nessa mesma empresa.

Esse método permite medir com mais exatidão e precisão as despesas e os custos que não estão
diretamente ligados à produção em si, os indiretos, por meio da análise das atividades, dos seus cau-
sadores de custos e dos utilizadores.

Na prática, o método ABC rastreia os custos de cada atividade realizada e cuida de verificar como es-
sas atividades estão relacionadas para a geração de receitas e o consumo de recursos. Esse método
estuda cada fase do processo de criação de determinado produto, e tem como principal objetivo ame-
nizar as distorções provocadas pelo uso do rateio discricionário dos custos indiretos, sendo uma tenta-
tiva de encontrar e identificar os verdadeiros causadores de custos.

O método ABC é considerado por muitos uma evolução de todos os outros sistemas de medição de
custos, e ele surgiu exatamente para suprir as necessidades das empresas por informações mais de-
talhadas quando duas variáveis básicas da produção começaram a mudar: o acréscimo da participação
dos custos indiretos na composição dos custos totais e o aumento da diversificação dos produtos e
ações.

Dessa forma, calcular os custos da maneira mais tradicional, como vimos acima, já não satisfazia, e
questões ligadas à gestão estratégica do negócio, que buscava a melhoria contínua dos processos, da
qualidade e do desempenho da empresa como um todo, não encontravam respostas.

Isso não quer dizer, porém, que os outros métodos são tenham suas aplicações. Tanto é verdade que
os cálculos feitos pelo método de custeio ABC não são aceitos pela legislação societária e fiscal. Por-
tanto, ele deve ser usado apenas para a gestão e o controle interno da empresa, não como uma forma
oficial de cálculo. Ele vai ajudar, obviamente, mas não substituíra outras metodologias já existentes.

Agora que você já entendeu o que cada método significa na teoria, pode estar se perguntando quando
optar por um outro método. Por que escolher a metodologia variável, ABC ou o método por absorção?

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

A resposta é que não há apenas uma alternativa correta, e cada negócio vai se adaptar a um método
diferente. Por isso é tão importante conhecer a fundo cada um dos métodos para escolher o que melhor
se adapta a determinada empresa ou situação.

Um fator que é importante e deve ser destacado aqui é que o valor final do custo levantado por um
método pode ser diferente quando feito em outro, e essa é mais uma razão para entender a fundo os
números utilizados em cada método.

Normalmente esses cálculos não são feitos manualmente, mas sim de modo automático em planilhas
e aplicativos. Entretanto, é indispensável que os gestores e os empresários entendam de onde vem
cada número e cada índice envolvido no processo produtivo para saberem o que pode ser melhorado
ou otimizado.

O método de custeio variável (também conhecido por método de custeio direto) é um dos métodos de
custeio mais conhecidos e utilizados entre as empresas, principalmente a indústria e o comércio. E um
dos principais motivos para isso é sua simplicidade e objetividade, já que nesse método somente são
apropriados como custos de fabricação os custos variáveis, diretos e indiretos. Os custos fixos, pelo
fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção, mas
sim como despesas.

O sistema de custeio variável fundamenta-se na separação dos custos em variáveis e fixos, isto é, em
custos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e custos que se mantêm estáveis
perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites.

Esse sistema produz informações importantíssimas, como a margem de contribuição (contribuição


marginal), e proporciona os subsídios necessários para a tomada de decisão nas empresas. Mais a
frente vamos ver como fazer o cálculo dos custos baseado nesta metodologia.

Método de custeio por absorção

O custeio por absorção, também chamado custeio integral ou custo integral, recebe esse nome por
absorver os custos fixos no custo final de cada produto vendido. Ou seja, o custo por absorção tem
como premissa debitar ao custo dos produtos vendidos (CPV) todos os custos da área de fabricação,
sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou ope-
racionais.

O próprio nome do método de custeio por absorção deixa claro o que precisa ser feito: garantir que
cada produto absorva uma parcela dos custos diretos e indiretos relacionados à fabricação.

E o fator fundamental para a utilização do método de custeio por absorção está na correta distinção
entre custos e despesas. Apenas os desembolsos relativos aos produtos vendidos (diretos ou indiretos)
deverão ser alocados no custo dos produtos vendidos. Todas os demais desembolsos (despesas ad-
ministrativas, despesas financeiras, investimentos etc.) devem ficar de fora da composição.

O custeio baseado em atividades (custeio ABC) parte do princípio de que os custos de uma empresa
são gerados pelas atividades desempenhadas nela e que essas atividades são consumidas por produ-
tos e serviços gerados nesta mesma empresa.

Essa metodologia permite mensurar com mais exatidão as despesas e os custos indiretos — aqueles
que não estão diretamente ligados à produção —, por meio da análise das atividades, dos seus gera-
dores de custos e dos utilizadores.

Parece confuso? Calma, vamos utilizar o exemplo de uma fábrica de roupas para explicar direitinho.
Nesta fábrica de roupas são produzidas camisetas e camisas e são desenvolvidas, entre tantas outras,
as atividades de comprar materiais, cortar e costurar. Aplicando o método de custeio ABC a esta pro-
dução, é possível identificar o valor de quanto o produto camiseta usa da atividade de comprar materi-
ais, por exemplo.

Antes, vamos esclarecer que o ABC é um método de rastrear os custos das atividades realizadas por
uma empresa e de verificar como essas atividades estão relacionadas para a geração de receitas e o
consumo de recursos. Seu principal objetivo é amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

arbitrário dos custos indiretos, sendo uma tentativa de rastreamento para identificar os verdadeiros
causadores de custos.

Essa metodologia pode ser considerada uma evolução de outros sistemas de medição de custos. Isso
porque ela surgiu justamente para suprir as necessidades das empresas por informações mais deta-
lhadas quando duas variáveis fundamentais da produção fabril começaram a mudar: o aumento da
participação dos custos indiretos na composição dos custos totais e o aumento da diversificação dos
produtos e processos.

Com isso, calcular os custos da forma tradicional já não respondia questões ligadas à gestão estraté-
gica do negócio, que busca a melhoria contínua dos processos, da qualidade e do desempenho da
empresa como um todo.

Mas é importante ressaltar que os cálculos feitos pelo método de custeio ABC não são aceitos pela
legislação societária e fiscal. Portanto, eles devem ser usados para a gestão e o controle interno da
empresa, o famoso “gerencial”. Como consequência, auxiliarão no gerenciamento orçamentário e na
prestação de contas também.

Como calcular os custos usando os 3 métodos de custeio

Para você entender como cada um dos sistemas de custeio funcionam e qual o resultado que eles
apresentam, agora, como prometido, vamos mostrar como fazer os cálculos de acordo com cada me-
todologia. Para facilitar, vamos usar o exemplo da fábrica de roupas e começar pelo custeio baseado
em atividades, que é um pouco mais complexo que os outros.

No quadro abaixo, temos os produtos, a produção mensal, o valor unitário e o total das vendas (fatura-
mento) da nossa fábrica de roupas. Para o cálculo, foi considerado que tudo o que foi produzido foi
vendido:

Depois dos valores verificados no quadro acima, precisamos identificar os custos diretos por unidade
de produto. Na nossa fábrica de roupas, temos:

E então, elencamos os custos indiretos e as despesas:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Com todos esses números em mãos, vamos aplicar a metodologia seguindo 4 passos:

1º - Identificar as atividades relevantes de cada departamento:

2º - Atribuir custos às atividades:

3º - Fazer o levantamento dos direcionadores das atividades e o levantamento da quantidade de dire-


cionadores para cada produto:

Diante dessas definições, vamos ver qual é o custo de cada atividade conforme seus direcionadores:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

4º - Demonstrar os resultados:

Aqui, é a hora de fazer um resumo de todos os custos da produção, diretos e indiretos, e incluir os
valores encontrados por atividade, que é o real objetivo desta metodologia. Veja como fica a demons-
tração do resultado da nossa fábrica de roupas:

Agora, vamos ver como ficam os custos quando usamos o método de custeio variável. Vamos pegar
os números da fábrica de roupas:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Para fabricar as camisetas e as camisas é preciso comprar o tecido, que é a matéria-prima, e os outros
insumos, como botões e linha, que serão usados na produção. Aqui, o importante é saber a quantidade
realmente utilizada na produção dos itens e não o total da matéria-prima e insumos comprados. Assim,
é essencial saber a quantidade de tecido usado para fazer uma camiseta e uma camisa.

Dessa forma, fazendo um cálculo simples, podemos chegar ao custo variável unitário (quantidade de
matéria-prima consumida multiplicada pelo preço da matéria-prima). Somando o custo unitário de cada
matéria-prima, temos o custo variável do produto.

Por fim, multiplicando o custo variável pela quantidade vendida, temos o custo variável total ou custo
do produto vendido (CPV). Muito importante lembrar que para conseguir chegar a um valor preciso da
quantidade de matéria prima usada para cada produto, o processo produtivo da empresa precisava
estar bem estruturado.

Para finalizar, vamos mostrar como fica o cálculo usando o método de custeio por absorção. É impor-
tante lembrar que, nesta metodologia, os custos fixos — aqueles que ocorrem havendo ou não produ-
ção — são absorvidos no custo final de cada produto vendido. Seguindo em nossa fábrica de roupas,
sabemos que ela tem um custo fixo de R$ 24.000,00, assim dividido:

Para fazermos o cálculo, precisamos achar um direcionador de custos fixos, que vai mostrar a forma
como cada produto vendido absorve o pagamento de um pedacinho deste custo. O direcionador mais
utilizado é o tempo de produção de cada item. Assim, vamos supor que cada camiseta leva 20 minutos
para ser produzida, enquanto cada camisa demora 25 minutos.

Ao multiplicarmos este tempo pelo número de peças feitos no mês, temos: 200.000 minutos para con-
feccionar 10.000 camisetas e 125.000 minutos para fazer as 5.000 camisas.

Bom, agora que temos o tempo necessário para a produção de cada item, o tempo total de produção
(325.000 minutos) e também os custos fixos, podemos encontrar o quanto cada unidade produzida vai
absorver dos custos fixos.

Para isso, basta fazer uma regra de três, multiplicando o valor total dos custos (R$ 24.000,00) pelo
tempo de produção total de cada item (200.000 e 125.000) e dividindo pelo tempo de produção total
(325.000). Veja na tabela o resultado final:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

De forma bem simples, mas didática, vimos neste artigo três maneiras de calcular os custos de produ-
ção de uma empresa. Claro que, normalmente, estes cálculos são feitos de modo automático, seja por
meio de planilhas, como a que indicamos, seja com o uso de softwares programados para isso.

Dificilmente essas contas são feitas à mão, porém, é imprescindível que empresários, gestores e até
encarregados da área de produção entendam de onde vem cada número e índice envolvido no pro-
cesso produtivo. Assim, quando receberem os resultados, saberão o que pode ser melhorado ou otimi-
zado.

Esperamos que este post seja bastante útil para você e que também seja capaz de inspirar sua equipe
na busca pela melhoria contínua dos processos corporativos. Se tiver alguma dúvida ou quiser com-
partilhar sua experiência sobre o assunto com a gente, fique à vontade para deixar um comentário aqui
embaixo.

Sistemas de Acumulação de Custos

Sistema de acumulação de custos representa a forma com que os custos são transferidos aos produtos
ou serviços.

Uma vez calculado os custos de cada centro de custo, é necessário transferir tais custos aos produtos
ou serviços.

Então, basicamente, o esquema de trabalho na apuração dos custos será:

1. Determinar os custos diretos e contabilizá-los aos respectivos centros.

2. Fazer o rateio dos custos indiretos e transferi-los aos centros de custos.

3. Transferir os custos assim determinados (1 e 2), incluindo os custos de materiais diretos, para os
produtos.

Esta transferência será debitada á conta específica de estoques de produtos em elaboração e creditada
na conta de transferência de custos (no subgrupo das contas de centro de custos).

Posteriormente, os produtos que forem concluídos serão transferidos para o estoque de produtos aca-
bados.

Exemplo:

Transferência dos custos de acabamento para os produtos em elaboração:

D – Estoques de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante)

C – Transferência de Custos – Acabamento (Conta de Custos)

Na seqüência, os produtos que tiveram sua fabricação concluída, serão transferidos para a conta de
estoques de produtos acabados:

D – Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante)

C - Estoques de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante)

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Finalmente, o custo dos produtos vendidos será contabilizado como segue:

D – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado)

C - Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante)

Então, para formar o valor do custo de cada produto, deve-se utilizar um critério específico e coerente
(regular), de acordo com uma metodologia lógica, racional.

Antes de decidir quanto ao sistema ou à modalidade de custeio a ser adotada, a empresa deverá es-
colher o seu sistema de acumulação de custos, orientando-se, estritamente, pelo sistema produtivo da
empresa.

Existem dois sistemas básicos de produção - o sistema de produção por encomenda e o sistema de
produção contínua.

Sistema De Produção Contínua: caracteriza-se pela fabricação em série de produtos padronizados.

Sistema De Produção Por Encomenda: caracteriza-se pela fabricação descontínua de produtos não
padronizados.

Adotará o sistema de acumulação de custos por ordem ou encomenda a indústria cujo sistema produ-
tivo for predominantemente descontínuo, produzindo bens ou serviços não padronizados e, geralmente,
sob encomenda específica dos seus clientes.

A empresa que produz, em série, bens ou serviços padronizados deverá adotar o sistema de acumu-
lação de custos por processo.

Então, de acordo com o sistema de produção, é que se definirá qual será o “sistema de acumulação
de custos”:

1. Por processo (para produção contínua)

2. Por ordem de produção (para produção por encomenda).

Ambos os processos são perfeitamente viáveis e aceitáveis contábil e fiscalmente. O importante é que
um ou outro seja aplicado com base no custo por absorção e pelos custos reais incorridos.

Sistema De Acumulação Por Processo (Ou Contínuo)

Quando a fábrica produz de modo contínuo, em série ou em massa, a preocupação da Contabilidade


de Custos é determinar e controlar os custos pelos departamentos, pelos setores, pelas fases de pro-
dução (processos) e em seguida dividir esses custos pela quantidade de produtos fabricados no pro-
cesso, durante certo período - custear o processo fabril em determinado período.

O sistema de custos por processo não se preocupa em contabilizar os custos de itens individuais ou
grupos de itens. Ao invés disso, todos os custos são acumulados por fase do processo, por operação
ou por departamento (centros de custos) e alocados aos produtos em bases sistemáticas.

Esses sistemas são usualmente utilizados em entidades que produzem grandes volumes de produtos
uniformes em bases contínuas, como, por exemplo: eletrodomésticos, veículos, móveis (padronizados
– em linha), etc.

Em tese, fica fácil para a contabilidade de custos determinar o custo de produção de cada produto, pois
bastará dividir todos os custos pelas unidades físicas produzidas no período:

Custo unitário de produção = Custo Total no Período : Unidades Produzidas no Período.

Base De Informações

Para atribuir-se os custos a diversos produtos, diferentes entre si (com etapas de produção também
diferentes), deve-se estabelecer um fluxo regular mínimo de informações da engenharia de fábrica.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade não “inventa” custos ou dados, mas, objetivamente, baseia-se em apontamentos, cál-
culos e medições, boa parte advinda do próprio setor produtivo.

A principal informação é a quantidade física de produtos em movimentação (ou serviços executados),


detalhados em:

Quantidade de produtos/serviços produzidos, no período.

Quantidade de produtos/serviços que permanecem em processamento, no final do período.

Outras informações técnicas, como a ficha técnica do produto, unidades processadas por centro de
custos, etc. irão compor os dados necessários para que a contabilidade de custos possa distribuir os
custos de forma adequada entre os produtos fabricados ou em fabricação.

Custo Do Produto

No processo contínuo, normalmente se custeia os diversos produtos, dividindo-se o custo apurado em


cada centro de custo pelas unidades de produtos processados naquele centro.

Se a engenharia de produção informar, regularmente, o tempo dispendido para execução do proces-


samento (horas/homem ou horas/máquina) entre os produtos, pode-se utilizar tal parâmetro para dis-
tribuição dos custos.

Em resumo, os passos para se obter o custo dos produtos ou serviços será:

1. Realizar todas as contabilizações do mês, relativamente aos custos (folha de pagamento, provisão
de férias e 13º salário, encargos sociais, gastos de manutenção, apropriação das contas de luz, água,
cálculo das depreciações, etc.).

2. Fazer a alocação dos custos indiretos aos diversos centros de custo.

3. Distribuir os custos para os produtos ou serviços.

Sistema de acumulação de custos representa a forma com que os custos são transferidos aos produtos
fabricados.

Uma vez calculado os custos de cada centro de custo (produtivo ou auxiliar), é necessário transferir
tais custos aos produtos.

Então, o fato da contabilidade apurar os custos de cada centro não significa que sua tarefa está con-
cluída, pois o objetivo da contabilidade de custos é valorar os estoques e também determinar o Custo
dos Produtos Vendidos – CPV.

Então, basicamente, o esquema de trabalho na apuração dos custos será:

1. Determinar os custos diretos e contabilizá-los aos respectivos centros.

2. Fazer o rateio dos custos indiretos e transferi-los aos centros de custos

3. Transferir os custos assim determinados (1 e 2), incluindo os custos de materiais diretos, para os
produtos.

Esta transferência será debitada á conta específica de estoques de produtos em elaboração e creditada
na conta de transferência de custos (no subgrupo das contas de centro de custos).

Posteriormente, os produtos que forem concluídos serão transferidos para o estoque de produtos aca-
bados.

Exemplo:

Transferência dos custos de acabamento para os produtos em elaboração:

D – Estoques de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante)

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

C – Transferência de Custos – Acabamento (Conta de Custos)

Na seqüência, os produtos que tiveram sua fabricação concluída, serão transferidos para a conta de
estoques de produtos acabados:

D – Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante)

C - Estoques de Produtos em Elaboração (Ativo Circulante)

Finalmente, o custo dos produtos vendidos será contabilizado como segue:

D – Custo dos Produtos Vendidos (Conta de Resultado)

C - Estoques de Produtos Acabados (Ativo Circulante)

Então, para formar o valor do custo de cada produto, deve-se utilizar um critério específico e coerente
(regular), de acordo com uma metodologia lógica, racional.

Antes de decidir quanto ao sistema ou à modalidade de custeio a ser adotada, a empresa deverá es-
colher o seu sistema de acumulação de custos, orientando-se, estritamente, pelo sistema produtivo da
empresa.

Existem dois sistemas básicos de produção - o sistema de produção por encomenda e o sistema de
produção contínua.

Sistema De Produção Contínua: caracteriza-se pela fabricação em série de produtos padronizados.

Sistema De Produção Por Encomenda: caracteriza-se pela fabricação descontínua de produtos não
padronizados.

Adotará o sistema de acumulação de custos por ordem ou encomenda a indústria cujo sistema produ-
tivo for predominantemente descontínuo, produzindo bens ou serviços não padronizados e, geralmente,
sob encomenda específica dos seus clientes.

A empresa que produz, em série, bens ou serviços padronizados deverá adotar o sistema de acumu-
lação de custos por processo.

Então, de acordo com o sistema de produção, é que se definirá qual será o “sistema de acumulação
de custos”:

1. Por processo (para produção contínua)

2. Por ordem de produção (para produção por encomenda).

Ambos os processos são perfeitamente viáveis e aceitáveis contábil e fiscalmente. O importante é que
um ou outro seja aplicado com base no custo por absorção e pelos custos reais incorridos.

Apuração De Custos Para Controle

A precificação é o processo de determinar o preço de venda de determinado produto ou serviço. Para


determinar o preço, leva-se em conta o custo do produto/serviço, os gastos variáveis e fixos do pro-
duto/serviço, o percentual do lucro pretendido e, ainda, os preços praticados pela concorrência no mer-
cado.

Os custos do produto/serviço corresponde ao valor de compra ou de gasto com matérias-primas e


insumos, a depender do setor em que seu negócio está. Os gastos variáveis correspondem aos valores
dos impostos sobre a venda e comissionamento. Já os fixos, relacionam-se aos gastos com recursos
humanos e outras despesas administrativas.

Determinar preço sem antes fazer a apuração de custos de produtos e serviços é o mesmo que jogar
na loteria: um risco com resultado totalmente incerto. Por isso, é tão importante para os empreendedo-
res conhecerem o processo de apuração de custos.

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

O custo de um produto, como já dissemos, não é simplesmente o valor que foi pago e está registrado
na nota fiscal. Para calcular o real custo de um produto, você precisa levar em conta as seguintes
variáveis:

Valor do produto/insumos:

Corresponde ao valor unitário presente no campo da nota fiscal. É o preço que foi pago pelo produto
ou, no caso de indústrias, pelas matérias-primas e insumos.

Caso o fornecedor tenha te concedido algum tipo de desconto no momento da compra, ele deve ser
descontado do valor do produto.

Valor do frete

O valor do frete é o valor gasto com o transporte da mercadoria. Para calcular o custo do produto, é
necessário levar em conta o quanto o percentual do frete representa no valor total da compra.

Para fazer esse cálculo, divida o valor total do frete pelo valor total da compra.

Seguro

O seguro é o valor pago para ter a mercadoria assegurada caso ocorra algum prejuízo durante o trans-
porte do público. Esse custo também deve ser adicionado ao custo do produto.

Gastos alfandegários

Caso sua mercadoria seja importada, os custos com a alfândega também devem ser adicionados ao
cálculo do valor total do produto.

Impostos sobre compras

Aqui, você deve considerar tanto os impostos não-recuperáveis, que incidem sobre a compra da mer-
cadoria, quanto os recuperáveis, que serão recuperados no momento da vida.

É importante que você verifique (preferencialmente junto ao departamento de contabilidade) qual é o


enquadramento fiscal da sua empresa. Essa informação é importante para identificar quais são os im-
postos recuperáveis ou não com os quais sua empresa deve arcar.

Outras despesas de compra

Caso exista outro gasto despendido na aquisição do produto, é necessário incluí-lo no cálculo.

Fórmula do cálculo de apuração de custos de produto

Assim que você avaliar quais variáveis se relacionam ao custo do produto na sua empresa, use a
seguinte fórmula para calculá-lo:

(Valor do produto – desconto) + valor do frete + valor do seguro + gastos alfandegários + (impostos
sobre compras não-recuperáveis – impostos sobre compras recuperáveis) + outras despesas de com-
pra

O resultado desse cálculo, é o custo do produto.

Como fazer a apuração de custos de serviços?

Diferente do cálculo de custo de produtos, a apuração de custos de serviços leva em conta, principal-
mente, o tempo gasto para sua execução. Os materiais utilizados durante a prestação do serviço tam-
bém são variáveis do cálculo.

Antes de calcular o custo da mão-de-obra prestadora de serviço, é preciso conhecer o valor das se-
guintes variáveis:

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Valor da folha de pagamento mensal do prestador de serviços: corresponde ao salário pago ao funcio-
nário que realiza o serviço.

Impostos incidentes na folha de pagamento: encargos sociais pagos pela empresa que fazem parte do
custo de serviço. Para saber o seu valor, verifique o enquadramento fiscal da sua empresa junto ao
contador.

Quantidade de horas que trabalham por mês: o custo da hora de trabalho pode ser encontrado através
do cálculo valor da folha de pagamento + impostos sobre a folha de pagamento / horas trabalhadas
mensalmente.

Caso você utilize algum tipo de material durante a prestação de serviço, é necessário calcular seu valor
com a mesma fórmula que ensinamos em “Como fazer a apuração de custos de produtos?”.

Fórmula do cálculo de apuração de custos de serviço

Com essas informações em mão, use a seguinte fórmula para calcular o custo do serviço:

(custo hora de trabalho x quantidade de horas gastas para executar o serviço) + custo do produto

O resultado do cálculo corresponde ao custo do serviço.

Como implantar o processo de apuração de custos na empresa?

Agora que você já conhece a importância da apuração de custos de produtos e serviços, é hora de
saber como aplicá-la como um processo em sua empresa.

Utilizando ERP

Se a sua empresa busca agilidade e precisão em suas informações, a melhor opção para fazer a apu-
ração de custos é utilizando um sistema integrado de gestão. Os ERPs atualizam os custos de forma
automática a partir de dados fornecidos ao sistema assim que é registrada a entrada dos produtos.

As fórmulas dos cálculos de custo tanto de produtos quanto de serviços já estão parametrizados no
sistema, facilitando seu trabalho.

Utilizando planilhas informatizadas ou sistemas simplificados

Caso sua empresa não precise ter uma atualização constante dos custos de produtos e serviços, você
pode optar por utilizar softwares simples ou até mesmo planilhas informatizadas para fazer a apuração
do custo de produtos ou serviços.

Basta inserir cada dado necessário à fórmula e depois solicitar o cálculo. Diferente do ERP, esse modo
de implantação não integra o custo de produtos e serviços a outras informações da empresa e está
sujeito a erros, já que depende de recursos humanos para a inclusão dos dados necessários.

Fazer uma apuração de custos de produtos e serviços eficaz e precisa é fundamental para garantir que
seu preço se destaque no mercado, certo? Por isso, é hora de fugir do papel e automatizar os processos
da sua empresa.

A contabilidade de custo por se tratar de uma importante área da Contabilidade tem como objetivo
a produção de informações para diferentes setores de uma empresa, como nos setores de planeja-
mento das operações e controle.

Com o surgimento da necessidade do controle a apuração de custos começou a ganhar importância


desde o inicio do capitalismo. Era por meio da contabilidade de custos que o comerciante tinha a
resposta se estava ganhando ou perdendo dinheiro, por meio de uma confrontação das despesas
com a receita de um determinado período. Santos (2000, p.19)

Antes da Revolução Industrial a contabilidade de custos não tinha grande foco, pois basicamente
as operações se resumiam em comercialização de mercadoria. Naquela época o estoque era ava-

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

liado pelo custo real da aquisição, mas com a chegada da Revolução Industrial as empresas pas-
saram a comprar matéria prima para a transformação de novos produtos. Os novos produtos eram
um resultado da junção de varias matérias o que convencionou chamar de produção ou fabricação.

Com a Revolução Industrial as empresas que surgiram no sistema produtivo começaram a neces-
sitar ainda mais das informações contábeis, diferentes das informações que eram obtidas na era
mercantilista, pois agora estava passando a transformar insumos, que antes eram comprados. As-
sim, surge à demanda de índices para se determina preços aos produtos. Dutra (1995, p. 15 -16)

Para Martins (2003 p. 19) ate a Revolução Industrial (XVIII) para se apurar o resultado de cada
período, bastava um levantamento do estoque em termos físicos, já que sua medida em valores
monetários era extremamente simples bastava uma comparação.

Principais Conceitos de Custos

Para algumas pessoas fica difícil o entendimento dos conceitos básicos dos custos. Surge a neces-
sidade a compreensão das varias interpretações encontradas na literatura contábil referente ao
gasto, investimento, despesa, perda, desperdício e custos.

Gasto é um termo que pode englobar os outros é usado para definir transações financeiras com
compra de produto ou serviço de qualquer natureza. Para Martins (2003, p. 24) gera um sacrifício
para a empresa representado por entrega ou promessa de entrega de ativos( normalmente dinheiro).

Investimentos são gastos que irão beneficiar a empresa futuramente como a compra de estoque de
mercadorias ou maquinas. A empresa desembolsa um valor visando um retorno futuro na forma de
produtos fabricados. Wernke (2001, p.11)

Despesas um modo de expressar o valor dos bens consumidos para a obtenção de receitas direta-
mente ou indiretamente. É uma forma de identificar os gastos não relacionados à produção. A ad-
ministração da empresa é um exemplo clássico sem ela a empresa não anda mas por não está
relacionada diretamente a produção ou melhor ao objetivo da empresa é considerado como uma
despesa. Wernke (2001, p.12)

Perdas são fatos ocorridos em situações excepcionais que fogem ao controle das operações. O
alagamento no estoque de uma fabrica onde foi perdida parte da matéria prima não é considerado
custo operacional.

Desperdícios são fatos ocorridos no controle das operações e pode englobar os custos e as despe-
sas utilizados de forma ineficiente.

Custos são gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou serviços. São custos matérias
primas consumidas, salários das pessoas ligadas a produção e depreciação das maquinas.

Para Martins (2003, p. 25)

“O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isso é, como custo, no mo mento da
utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução
de um serviço”.

Método de custeio por Absorção

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

De acordo com Santos (2000 p. 41) na contabilidade de custos, quando se procura custear um pro-
duto, atribuindo também parte do custo fixo, o método de custeio e conhecido como custeio por
absorção. Nele podemos alocar todos os custos de produção de forma direta e indireta. O método
de custeio por absorção é um método falho como instrumento gerencial de tom ada de decisão, pois
ele tem como objetivo básico o rateio dos custos indiretos, que depende de qual critério de rateio
será usado. As informações podem ficar distorcidas assim não dando credibilidade às informações.

Para Martins (2003, p. 56),

“Esses valores de custos indiretos diferentes e consequentes custos totais também diferentes para
cada produto podem não só provocar análises distorcidas, como também diminuir o grau de credi-
bilidade com relação às informações de Custos”.

O custeio por absorção faz a utilização de todos os custos (direto, indireto, fixo e variável) ligados a
produção aos bens elaborados, todos os gastos referentes a produção e distribuído para todos os
produtos, mas o interessante e que o esse método possibilita distorções dependendo do critério de
rateio utilizado e assim podendo esconder desperdícios e problemas na produção.

Variável ou direto

No custeio variável, os custos fixos não serão apropriados aos produtos, o motivo é que o custo fixo
é usado para segurar a estrutura da produção decorrentes dos produtos fabricados. Por esse mé-
todo os produtos receberão apenas os custos decorrentes da produção, os custos fixos serão con-
siderados custos do período ou despesas. Wernke (2001, p.29)

“(...) chegou- se ao ponto de indagar: se todas essas desvantagens e riscos existem em função da
apropriação dos Custos Fixos aos produtos e se são eles muito mais derivados da necessidade de
se colocar em condições de operar uma produção muito pouco estando de fato vinculados a este
ou àquele produto ou unidade, e, além disso, se são na maioria, senão na totalidade, repetitivos a
cada período, por que não se deixar de apropriá-los aos produtos, tratando-os como se fossem
despesas (encargos de período)?” (Eliseu Martins, 2003, p. 198)

O custeio variável esta ligados diretamente ao apoio as decisões de curto prazo, pois ele considera
os custos variáveis como relevantes e os fixos não. (Bornia, 2009 p. 35)

UEP (Unidade Esforço Produção)

De acordo com Bornia (2009, p. 137), O Método do UEP (Unidade Esforço Produção) foi idealizado
pelo Frances George Perrin logo após a Segunda Guerra. Caracteriza-se pela utilização gerencial
e trabalha apenas com custos de transformação e os custos de matéria prima não são a nalisados
pelo método devendo ser analisado separadamente. O UEP unifica a produção para simplificar o
processo do controle de gestão.

No UEPs os custos indiretos são apropriados aos produtos baseados no esforço de produção.

A maioria dos métodos de custeio trabalha por media, rateio também agrupamentos por centros de
custos dentro de um ambiente de produção. O UEP elimina a noção de medida e rateio por centos
de custos analisa etapa por etapa do processo produtivo identificando exatamente as oportunidades
de melhoria e redução dos custos dentro do planejamento. Bornia (2009, pg. 138)

Para facilitar o entendimento desse sistema de custeio imagine uma fabrica que faz a manipulação
da borracha na produção de vários produtos com pneus de carro, caminhão e bici cleta.

Os custos dos pneus pela variação do tamanho, espessura e a quantidade de borracha gasta para
a produção de cada um é diferente, mas o UEP não faz a separação dos custos dos produtos. Ele
trata todos os gastos relacionados com a fabricação e distribuição como se a empresa produzisse
apenas um único produto. Assim tendo uma única unidade de medida.

ABC (Custeio Baseado em Atividades)

Para Martins (2003, p. 87), o método de custeio baseadoem atividades ABCé usado para o levan-
tamento dos custos, pois procura diminuir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos

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CONTABILIDADE DE CUSTOS

indiretos, a diferença fundamental do ABC em relação aos outros sistemas de custeio e o tratamento
dos custos indiretos. Também podendo ser usado para a alocação dos custos diretos principalmente
a mão de obra direta não tendo muita diferença em relação aos outros custos.

Um dos objetivos da implantação do custeio baseado em atividades – ABC é o fornecimento de


informações precisas sobre custos e pode fornecer bases confiáveis para a tomada de decisões.

Para Martins (2003, p. 87), o Custeio Baseado em Atividades “é uma metodologia de custeio que
procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”.

“O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão- de-obra direta, e é
recomendável que o seja; mas não haverá, neste caso, diferenças significativas em relação aos
chamados “sistemas tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento dado aos custos
indiretos”. (Eliseu Martins, 2003, p. 87)

A vantagem do método de custeio por atividades é de fixar-se no melhor tratamento dado aos custos
indiretos, considerando que esses tendem a levar vantagem sobre os custos diretos na relação de
valor produto, permitir uma melhoria nas decisões gerenciais, bem como a transparência e o deta-
lhamento das informações.

“Um sistema simples e eficaz de contabilidade por atividades utiliza a seguinte abordagem:

Identifica as atividades da empresa.

Relacionar os custos da atividade aos objetivos de custos. Os custos das atividades são relaciona-
dos aos objetivos de custo, como produtos, processos e ordens, baseados no consumo da atividade.

Determinar as metas de curto e longo prazo da empresa(fatores críticos). Isso requer enten dimento
da estrutura atual de custos, o que indica a eficácia com que as atividades operacionais transferem
valor ao cliente”. (James A.Brimson, 1996, p.27)

O ABC por ser uma forma aprimorada de alocação dos custos aos produtos tornou -se importante
para as empresas. Ele tem uma visão do processo como um todo não focando apenas na produção,
mas sim a toda cadeia de atividades.

Custos para Controle

Custo Padrão ou ideal tem como objetivo o controle dos custos com base nas metas fixadas e é
possível apurar desvios. Esse desvio e encontrado através da comparação do custo orçado e com
o padrão que é pré-determinado. Existem dois tipos de padrão o físico e o monetário. Padrão físico
é indicado pelas quantidades de materiais, horas máquina, horas de mão de obra e o utros custos
relacionados à atividade. Padrão monetário a área administrativa e financeira é responsável ele
indicado pela (controladoria, compras, departamentos e pessoas etc). (Martins, 2003, p. 315).

A principal finalidade do custeio padrão é estabelecer um padrão de comportamento dos custos ele
é resultado de trabalho combinado entre a engenharia e a contabilidade de custos de uma empresa.
A engenharia fica com a obrigatoriedade da criação de um padrão físico dos recursos em quanto
à contabilidade atribui valor monetário a esse padrão. (Bornia, 2009, p. 76)

“E isso nos leva à conclusão de que Custo-padrão não é uma outra forma, método ou critério de
contabilização de custos (como Absorção e Variável), mas sim uma técnica auxiliar. Não é uma
alternativa, mas sim um coadjuvante. A instalação do Custo-padrão não significa a eliminação de
Custos a Valores Reais Incorridos (Custo Real); pelo contrário, só se torna eficaz na medida em
que exista um Custo Real, para se extrair, da comparação de ambos, as divergências existentes”.
(Eliseu Martins, 2003, p. 316)

O Padrão é usado para comparar um mesmo produto em um determinad o tempo, assim tendo uma
visualização do andamento da produção e para saber se o cronograma físico ou financeiro está
sendo obedecido. Pode ser usado para comparar meses ou até mesmo anos.

Empresa de Construção civil

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 102
CONTABILIDADE DE CUSTOS

De acordo com legislação previdenciária e como definição encontrada n site da Receita Federal,
são consideradas obra de construção civil a construção, demolição, reforma ou ampliação de edifi-
cação, de instalação ou de qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo.

As empresas de construção, por terem uma atuação diversificada em várias áreas de atuação di-
versificam se na formação de projetos, assim com exercem o papel de incorporadoras imobiliárias,
de comércio de materiais de construção entre outras do setor.

As empresas de construção divide em obras para terceiros sob administração ou sob empreitada.
Nas obras sob administração, é cobrado um percentual dos custos incorridos e é previamente fixado
um valor entre o construtor e o contratante. Já nas obras sob empreitada, a empresa de engenharia
assume os custos de execução e cobra de seus clientes conforme as alternativas. Magnus (2005,
p. 01).

*Medição da obra de acordo com o progresso físico da obra;

b)Cronograma financeiro contratado com o cliente.

No setor de construção civil existem questões importantes a serem observadas no que tange às
perdas e ao controle dos custos nos canteiros de obra.

Conforme a LEI COMPLEMENTAR Nº 116, DE 31 DE JULHO DE 2003 que dispõe sobre o Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal.

“7 – Serviços relativos à engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção,


limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres”.

7.01 – (...).

“7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil,


hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços,
escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e
montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas
pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS) ”.

Planejamento De Obra Da Construção Civil.

A função do planejamento é planejar os trabalhos da obra antes do seu início, devendo os custos
estar integrado ao planejamento. A falta de planejamento é uma das deficiências nas empresas de
construção civil, pois ele pode auxiliar no inicio, meio e fim de uma obra de construção civil procu-
rando atingir o controle de qualidade.

O planejamento tem como principal característica estabelecer metas e objetivos, determinar ações
a ser executado, detectar dificuldades e apresentar soluções, prevenir interferências e controlar e
avaliar os procedimentos.

Para fazer um planejamento não é fácil, é preciso de profissionais e equipes especializados no


assunto, terá de ser feito de acordo com as suas necessidades e realidades.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 103
CONTABILIDADE DE CUSTOS

É preciso levar em conta para fazer um planejamento o tempo, prazos para cada atividade, materiais
e fornecedores, mão de obra, tipos de serviço e qual a limitação dos recursos financeiros. (Julio
Cesar, 2011, p. 29)

Sem um planejamento não existe um bom gerenciamento e com utilização dos sistemas de custeio
em um planejamento auxilia na tomada de decisões e ajuda em todo o processo produtivo.

3-Sistema De Controle E Apuração De Custos Na Construção Civil Em Brasilia – DF

Nesse capítulo será feita uma analise comparativa entre os métodos de custeio por Absorção, Va-
riável ou direto, UEP e o ABC para que seja possível encontrar um melhor método para a alocação
dos custos e para fazer o controle dos gastos das empresas de construção civil, além dos métodos
de custeio mostrados não pode ser esquecido o custo padrão que será usado periodicamente para
fazer uma analise dos custos conforme os cronogramas da obra.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 104
CONTABILIDADE DE CUSTOS

Comparando os resultados dos métodos de custeio obtidos nas tabelas acima, pode se observar
que dependendo da base de rateio há clara possibilidade do uso do ABC como o sistema de controle
e apuração dos custos na construção civil em Brasília-DF, pois constitui uma metodologia que pro-
cura corrigir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos, possibilitando ainda
melhor a apuração da viabilidade econômica de projetos de construção, pois proporciona uma visão
clara das atividades envolvidas e seus custos.

O presente artigo permite a seguinte conclusão, o setor de construção tem peculiaridades próprias
quanto ao rateio e à apropriação de seus custos indiretos e para busc ar a correção das distorções
causadas pelos modelos tradicionais, este trabalho deverá servir de fundamento para a aplicação
do ABC em processos da construção civil.

Após da aplicação do ABC, a empresa deverá partir para a análise das atividades, buscando uma
maior otimização do processo das obras. Esta ferramenta de gerenciamento de custos poderá mos-
trar melhor a informação sobre o retorno de uma obra e garantir a melhoria do processo de controle
e apuração dos custos nas empresas de construção civil em Brasília-DF.

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