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Curso EFA-NS: Contabilidade 1/2015

Módulo: Sistemas de Custeio


0584

Formadora: Adozinda Pires

1
Custos dos produtos e custos dos
períodos

Para podermos produzir um produto é


necessário suportar determinados custos,
relacionados com esse e só esse produto. É o
caso das matérias-primas consumidas, da mão-
de-obra direta e dos gastos gerais de fabrico.
Os custos que vão ser recuperados no
momento da venda, daquele produto concreto,
são os denominados custos do produto

2
Custos dos produtos e custos dos
períodos
Existem, também, custos que não estão
relacionados com um só produto, mas com
toda a atividade que é exercida durante um
determinado espaço de tempo. Esses são
chamados os custos do período. É o caso,
por exemplo, dos custos administrativos, dos
custos financeiros ou dos custos de
distribuição.

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Custos diretos e indiretos

Os custos diretos são os que se identificam


claramente ao produzir um produto. Numa
empresa industrial, as matérias-primas
incorporadas em cada produto constituem um
custo direto. Assim, uma peça de vestuário tem
uma determinada quantidade de tecido, bem
explícita.

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Custos diretos e indiretos

Numa empresa de prestação de serviços de


formação, o número de horas em que um
formador está em sala com os formandos
expondo a matéria é um custo direto.

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Custos diretos e indiretos

Os custos indiretos, não são passíveis de


uma visualização clara nos produtos finais. Por
exemplo, o responsável de uma unidade fabril
representa um custo para os produtos
produzidos por essa unidade fabril; mas não
atua diretamente sobre esses produtos, pois a
sua ação é de planear, orientar e acompanhar o
trabalho direto dos seus operários.

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Custos reais e custos básicos

Os custos reais são custos determinados à


posteriori e correspondem aos custos dos
produtos comprados ou produzidos e aos
serviços prestados.

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Custos reais e custos básicos

Os custos básicos, ou custos à priori, são


custos teóricos definidos para valorização
interna dos produtos e serviços.

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Custos reais e custos básicos

Por exemplo:
Quando dizemos que o custo industrial dos
produtos para o mês de Julho do ano (N+1)
será de 200,00€, estamos a referir um custo
determinado hoje para uma atividade futura.
Mas quando dizemos que prevemos consumir
40.000 Kg da matéria-prima Y estamos a referir
valores provisionais – Custos Básicos

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Custos reais e custos básicos

Por exemplo:
Estamos a referir custos reais quando as horas
de atividade de determinada secção,
consumidas pelos produtos fabricados no mês
de Junho passado, foram 400. Ou ainda, que o
custo de transporte com determinada compra
de matérias-primas foi de 200,00€ - Custos
Reais

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Custos fixos e variáveis

Os custos variáveis acompanham diretamente


as variações ocorridas nas quantidades
produzidas, pois variam diretamente com essas
quantidades.
Os custos variáveis resultam da capacidade
existente para fabricar ou vender os produtos.
Por exemplo: matéria-prima consumida, horas
de trabalho, etc..

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Custos fixos e variáveis

Os custos fixos mantêm-se inalteráveis,


independentemente das quantidades
produzidas. Ressalve-se que a variabilidade
das quantidades produzidas ou do serviço
prestado não é ilimitada para cada nível de
custos fixos.

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Custos fixos e variáveis

As rendas das instalações, os seguros de


incêndio e as amortizações são exemplos de
custos fixos para determinados níveis de
capacidade, sendo também chamados custos
de capacidade. Por exemplo, numa sala em
que cabem 50 pessoas não se poderão alojar
100 pessoas.

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Custos fixos e variáveis

Existem ainda custos semi-variáveis que são


constituídos por uma parte fixa e outra parte
variável.
Exemplo: O ordenado de um vendedor que
recebe uma remuneração base constitui a parte
fixa do seu vencimento, e as comissões sobre
as vendas realizadas representam a parte
variável.

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Custos fixos e variáveis

Exercício:
Uma empresa, fabricante de cadeiras, está a
ponderar a escolha entre dois níveis de produção:

Nível Quantidades Custos Fixos Custos


variáveis
Nível 1 2 500 unidades 250 000,00€ 75,00€ / unidade
Nível 2 5 200 unidades 250 000,00€ 75,00€ / unidade
Determine o custo industrial unitário para cada
nível.

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Custos fixos e variáveis

Rubricas Nível 1 Nível 2


Quantidades 2 500 5 200
Custos variáveis 187 500,00€ 390 000,00€
Custos fixos 250 000,00€ 250 000,00€
Custo industrial total 437 500,00€ 640 000,00€
Custo industrial unitário 175,00€ 123,08€

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Custos por atividade

As empresas podem organizar-se em


actividades para determinar custos e tomar
decisões, nomeadamente:
• Conjunto de atividades;
• Família de proveitos;
• Fase de fabricação.

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Custos por atividade

Numa empresa de produção de mobiliário,


estaremos perante duas famílias de produtos:
mobiliário doméstico e mobiliário de escritório.
Estas duas famílias apresentam formas de
determinação de custos e de proveitos
distintas, sendo as suas fases de fabricação
diferenciadas.

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Custos por atividade
Exercício:
Admita-se que os custos de transformação do mês de
dezembro, relativos ao centro de custos pintura, totalizaram
300 000,00€, e que a medida de atividade deste centro é a
hora-máquina (Hm). A atividade da pintura nesse mês foi de
2 000 Hm, repartida por três obras na seguinte proporção:
• Obra A - 1 000 Hm;
• Obra B - 400 Hm;
• Obra C - 600 Hm.

Determine por cada obra os custos com a pintura.

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Custos por atividade

O custo por hora vai ser calculado pela divisão dos


custos totais pelo número de horas trabalhadas:
300 000,00€ / 2 000 = 150,00€ por hora máquina

A repartição por atividades será:


Obra A = 1 000 Hm x 150,00€ = 150 000,00€
Obra B = 400 Hm x 150,00€ = 60 000,00€
Obra C = 600 Hm x 150,00€ = 90 000,00€

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Custos relevantes e irrelevantes

Existem custos que não se mostram determinantes


para a situação em análise sendo designados por
custos irrelevantes, o que depende do objeto em
estudo.

Se, por exemplo, a empresa tem duas máquinas


paradas e estuda a possibilidade de as colocar a
trabalhar, o custo da secção de contabilidade é um
custo irrelevante, mas a energia que essas máquinas
vão gastar é um custo relevante.

21
Custos de oportunidade

O custo de oportunidade representa o valor dos


proveitos que se poderiam obter se escolhesse
uma aplicação alternativa, ou seja, quanto é
que se deixa de ganhar por tomar uma
determinada decisão.

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Custos de oportunidade

Imagine que, para ter um custo de produção menor,


devemos produzir mais unidades de determinado
produto. No entanto, teremos de armazenar esse
excesso num espaço, que poderia ser alugado a um
terceiro por 1 000,00€. Na análise da decisão de
produzir mais temos que quantificar o custo de
oportunidade de 1 000,00€, parcela esta que vamos
deixar de receber pelo facto de termos mais produtos
para armazenar.

23
Custos de oportunidade

Por exemplo, quando decido comprar uma máquina


nova com dinheiro que estava aplicado a prazo no
banco, tenho que determinar o valor do rendimento que
eu vou perder nessa aplicação, pelo facto de comprar
essa máquina.

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Sistemas de custos

Com base nos conceitos anteriormente estudados,


vamos iniciar o estudo do apuramento do custo de
produção, nomeadamente, a nível de métodos, critérios
e processos. Retomando a noção de custo industrial,
referida na UFCD 6218, relembremos os seus
componentes:
• Custo das matérias-primas;
• Custos da mão-de-obra direta;
• Gastos gerais de fabrico.

25
Sistemas de custos

Com base nos conceitos anteriormente estudados, na


UFCD 6218, vamos iniciar o estudo do apuramento do
custo de produção, nomeadamente, a nível de
métodos, critérios e processos.

26
Sistemas de custos

Existem duas vertentes distintivas do tipo de custeio que


podemos utilizar:

1. O grau de incorporação dos custos fixos na


determinação do custo dos produtos fabricados:
• Total - todos os custos fixos são incorporados
no custo industrial do produto;
• Variável - só os custos variáveis são custos dos
produtos, pelo que nenhum custo fixo influencia o
custo do produto;

27
Sistemas de custos

• De imputação racional - os custos fixos são


incorporados parcialmente em função de relações
estabelecidas entre a capacidade instalada e o
volume dos custos fixos.

28
Sistemas de custos

2. O tipo de custos que são utilizados na determinação


do custo industrial do produto:
• Real - todos os custos são reais, verificados
efetivamente e, portanto, passados;
• Básicos - os custos considerados em certas
operações são custos determinados antes do
acontecimento efetivo, são custos provisionais
determinados a priori.

29
Sistemas de custos

Ou, de outra forma:


1. Custeio real:
Total;
Variável;
Imputação racional de custos fixos.

30
Sistemas de custos

2. Custeio básico:
Total;
Variável;
Imputação racional de custos fixos.

Vamos estudar as características de cada


sistema de custeio, comparando-as entre si.

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Sistemas de custos TOTAIS

O sistema de custos totais, também


denominado de custeio total, caracteriza-se por
considerar, na valorização dos produtos, os
custos fixos na sua totalidade bem como os
custos variáveis.

Neste sistema de custeio, as existências finais


são valorizadas pelo custo total de produção.

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Sistemas de custos TOTAIS

Se, em determinado mês, uma empresa produzir 10


unidades do seu produto suportando custos fixos de 10
000,00€ e custos variáveis de 2 000,00€ por cada
unidade produzida, o custo unitário de produção será:

Custos fixos = 10 000,00€


Custos variáveis = 10 x 2 000,00€ = 20 000,00€
Custos totais = 10 000,00 + 20 000,00€ = 30 000,00€
Custo unitário de produção = 30 000,00€/10 = 3 000,00€

33
Sistemas de custos TOTAIS

Analisemos a seguinte questão:


A unidade produtiva está dimensionada para uma
determinada capacidade Z, e os custos fixos são
determinados em função dessa capacidade. Estando a
produção real abaixo da capacidade instalada, será
idêntico o custo industrial dos produtos, se o custo fixo
a incorporar não for alterado?

34
Sistemas de custos TOTAIS

Suponhamos que os custos fixos, anteriormente referidos, são


suportados para uma capacidade produtiva que pode atingir a
produção de 50 unidades. Nesse pressuposto o custo unitário
seria:

Custos fixos = 10 000,00€


Custos variáveis = 50 x 2 000,00€ = 100 000,00€
Custos totais = 10 000,00 + 100 000,00€ = 110 000,00€
Custo unitário de produção = 110 000,00€/50 = 2 200,00€

O custo unitário obtido é substancialmente inferior ao anterior, 2


200,00€ contra 3 000,00€.

35
Sistemas de custos TOTAIS

Com este exemplo, podemos concluir que, se


considerarmos o custo fixo total ou só uma parcela, o
custo industrial dos produtos não é idêntico.

Surgem outros sistemas de custeio do qual o custeio


variável é um extremo. O sistema de imputação
racional de custos fixos, posiciona-se entre o sistema
de custo variável e o sistema de custeio total.

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SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL

Uma das formas de imputar os custos fixos industriais à


produção do mês é pela adoção de quotas teóricas, em
função da atividade esperada para o período em
análise.

Vamos estabelecer os custos fixos esperados, em


função da atividade normal e aplicar essa relação à
atividade efetivamente verificada.

37
SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL

Analisemos o seguinte exemplo:

Os custos fixos industriais orçamentados para este ano


foram de 200 000,00€; A produção normal estimada
para este ano foi de 5 000 unidades. A quota teórica de
custos fixos será:

200 000,00€/ 5 000 = 40,00€/por unidade produzida

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SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL

Em determinado mês, os custos fixos foram de 50,00€


por unidade produzida;
Os custos variáveis, verificados nesse mesmo mês,
foram de 60,00€ por unidade produzida;
A produção desse mês foi de 600 unidades, tendo sido
vendidas 500 unidades.

39
SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL

Considerando que os custos fixos são determinados pela


quota teórica e não pelo seu valor real, teríamos o
seguinte cálculo de custos da produção acabada:

Custos variáveis reais = 60,00€/por unidade produzida


Quota teórica dos custos fixos = 40,00€/ por unidade
produzida
Custos totais = 100,00€/por unidade produzida

Este preço seria utilizado para avaliar as entradas em


armazém e as existências finais.

40
SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL

No entanto, constatamos que a quota teórica de custos fixos é


inferior ao valor efetivamente suportado como custo.
Esta diferença representa a parcela de custos industriais não
incorporados.
Custos fixos reais = 50,00€/unidade
Custos fixos imputados à produção = 40,00€/unidade
Custos industriais não incorporados = 10,00€/unidade
Total dos custos industriais não incorporados = 600 x 10,00€= 6
000,00€

Os custos industriais não incorporados são considerados


custos do período e não custos dos produtos.

41
SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL

Então:
Custos fixos industriais = 600x40,00€ = 24 000,00€
Custos variáveis industriais = 600x60,00€ = 36 000,00€
Custo total dos produtos acabados = 60 000,00€

Custos unitário dos produtos acabados = 60 000/ 600= 100,00€

Custo industrial dos produtos vendidos = 100,00 x 500 = 50


000,00€

Custos industriais não incorporados dos produtos vendidos =


10,00 x 500 = 5 000,00€

42
SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL

Podemos, ainda, adoptar uma imputação à produção do mês, por


consideração dos custos reais e da relação entre a produção real
e a que se considera normal.

Sendo:
Cfm - Custos fixos industriais do mês
Qrm - Quantidade real produzida no mês
Qnm - Quantidade normal de produção estimada para o mês

43
SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL

Vamos considerar como custos fixos imputados à produção do


mês:
Cfm x (Qrm /Qnm )

e como custos industriais não incorporados, desde que a


produção real seja inferior à estimada:
Cfm x ( 1 - (Qrm /Qnm ))

44
SISTEMA DE IMPUTAÇÃO RACIONAL

Se tivermos custos fixos industriais do mês de 20 000,00€, uma


quantidade normal estimada a produzir nesse mês de 500
unidades e uma produção real mensal apenas de 300 unidades,
teremos:

Custos fixos industriais do mês = 20 000,00€

Custos fixos imputados à produção = 20 000 x (300/500) = 12


000,00€

Custos fixos industriais não incorporados = 20 000x(1-


300/500)) = 8 000,00€

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Sistema de CUSTEIO VARIÁVEL

Outra forma de custeio é o sistema de custeio variável.


Caracteriza-se por considerar apenas como custos dos produtos,
os custos de produção variáveis, ou partes variáveis de custos
semivariáveis. Consequentemente, só estes custos influenciam a
valorização das existências finais de produtos acabados.

Os custos fixos são considerados na sua totalidade como


custos do período em que ocorrem. Estas regras são válidas
para todas as componentes do custo industrial dos produtos,
nomeadamente para matérias-primas.

46
Sistema de CUSTEIO
Exemplo de comparação da aplicação do sistema de custeio total
e do sistema de custeio variável.
Comparemos os valores obtidos pelos dois sistemas de custeio,
na determinação do custo industrial dos produtos e na
determinação do resultado obtido.
Rubricas Fixos Variáveis Totais
Custo de 50,00 60,00 110,00
produção
Custo de 2 000,00 5 000,00 7 000,00
distribuição
Custos 1 000,00 500,00 1 500,00
administrativos
Custos 3 000,00 200,00 3 200,00
financeiros

47
Sistema de CUSTEIO

A produção foi de 600 unidades e as vendas foram de 500


unidades ao preço unitário de 140,00€.

O custo da produção acabada pelo custeio total será de 110,00€


respeitante à soma dos:
• Custos industriais fixos – 50,00€;
• Custos industriais variáveis - 60,00€.

48
Sistema de CUSTEIO VARIÁVEL

Os produtos acabados entrados em armazém são valorizados a


110,00€/ unidade: 600 x 110,00€ = 66 000,00€.

As existências finais são valorizadas a 110,00€/unidade: 100 x


110,00€= 11 000,00€

Os custos fixos foram imputados ao custo dos produtos.

49
Sistema de CUSTEIO VARIÁVEL

O custo da produção acabada pelo custeio variável será de


60,00€, respeitante aos custos industriais variáveis suportados.

Os produtos acabados entrados em armazém são valorizados a


60,00€/unidade: 600 x 60 = 36 000,00€

As existências finais são valorizadas a este custo: 100 x 60,00€ =


6 000,00€

Os custos fixos suportados de 30 000,00€ são inteiramente


custos fixos industriais do mês.

50
Sistema de CUSTEIO BÁSICO

Já introduzimos o conceito de custos básicos como custos que se


determinam a priori.

Estes custos são resultantes de condições estimadas em função das


nossas condições de exploração e das nossas expetativas, ou ainda,
das condições normais verificadas em cada setor de atividade.

Neste sistema, o custo industrial dos produtos pode ser determinado


por via do:
• Custeio total básico;
• Custeio variável básico.

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Sistema de CUSTEIO BÁSICO

Da utilização do sistema de custeio básico resultam


algumas vantagens:
• Fornece um meio eficaz de controlo de gestão, porque
todas as diferenças verificadas entre os custos reais e
os básicos são da responsabilidade dos gestores de
cada unidade produtiva ou centro de custo;
• Simplifica o tratamento da informação analítica,
conferindo-lhe maior rapidez, porque não tem que
esperar que todos os custos reais sejam apurados.

52
Sistema de CUSTEIO BÁSICO

Principais tipos de custos básicos:

1.Preços de mercado:
• Aqueles que os nossos “vizinhos e
concorrentes” praticam;
• Utilizados em empresas pouco desenvolvidas
e pouco organizadas.

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Sistema de CUSTEIO BÁSICO

2. Custos históricos:
• Preços do passado, devidamente atualizados
pelos fatores de correção monetária (inflação)
e condições técnicas apropriadas;
• Utilizados em empresas pouco desenvolvidas
ou pouco organizadas.

54
Sistema de CUSTEIO BÁSICO

3. Custos orçamentados:
• Os custos utilizados resultam dos orçamentos
elaborados pela empresa;
•Utilizados em empresas muito bem
organizadas onde o planeamento é executado de
uma forma objetiva e precisa .

55
Sistema de CUSTEIO BÁSICO

4. Custos padrão (ideais ou normais) ou standard:


• Definidos com base em normas técnicas de
consumo de matérias, de utilização de mão-de-
obra e de gastos gerais de fabrico;
• Utilizados, normalmente, em empresas com uma
grande variedade de produtos e com um grau
de diferenciação muito elevado;
• Permitem detetar falhas de produtividade ou
consumos desajustados, face às condições
técnicas a desenvolver.

56
Sistema de CUSTEIO BÁSICO

Nos sistemas de custo básico vamos fixar custos à


priori para:
• Compras - as saídas de matérias-primas do armazém
para o processo de produção vão ser valorizadas a
custos básicos;
• Custos de transformação - os diferentes consumos
verificados na transformação vão ser valorizados a
custos básicos;

57
Sistema de CUSTEIO BÁSICO

• Custos de produção - as saídas dos produtos da


produção para o armazém de produtos acabados vão
ser efetuadas a custos básicos.

As diferenças entre os custos reais e os custos básicos


são denominadas desvios.

58
Sistema de CUSTEIO BÁSICO
Exemplo:
1.Consideremos as seguintes informações sobre determinada unidade produtiva:

Rubricas Dados Dados reais


orçamentais (ano x)
(ano x)
Produção e venda 900 ton 880 ton
Consumo de matérias 1 800 ton 1760 ton
primas
Preço de custo das 150,00€/ton 160,00€/ton
matérias primas
Custos de transformação:
- Variáveis
Vamos determinar o custeio desta produção50,00€/ton 60,00€/ton
utilizando os diferentes sistemas estudados.
- Fixos 40 000,00€ 35 000,00€

59
REVISÕES
1. Calcule o lucro gerado segundo os sistemas: Custeio Total e Custeio Variável, para a
seguinte situação:
- Produção de um determinado mês 15 000 unidades;
- Unidades vendidas 12 500;
- Preço de venda unitário 14,00€.

Rubricas Fixos Variáveis Totais


Custo de 5,00€/unidade 7,50€/unidade 12,50€/unidade
produção
Custo de 3 000,00€ 4 750,00€ 7 750,00€
distribuição
Custos 750,00 1 000,00 1 750,00
administrativos
Explique porque existe a discrepância em termos de resultados gerados nos 2 sistemas de
custeio.
Custos 2 500,00 500,00 3 000,00
financeiros

60
REVISÕES

3. Consideremos as seguintes informações sobre determinada unidade


produtiva:
Rubricas Dados orçamentais Dados reais
(ano x) (ano x)

Produção 2 000 unidades 1 900 unidades


Venda 1 800 unidades 1 700 unidades
Preço de venda unitário 60,00€ 58,00€
Consumo de matérias primas 5 000 Kg 4 850Kg
Preço de custo das matérias 30,00€/Kg 29,00€/Kg
primas
Custos de transformação:
- Variáveis 15,00€/Kg 14,00€/Kg
- Fixos 15 000,00€ 15 100,00€

61
REVISÕES
Rubricas Dados Dados reais
orçamentais (ano x)
(ano x)
Custos de distribuição:
- Variáveis 20 000,00€ 20 500,00€
- Fixos 15 000,00€ 15 250,00€
Custos Administrativos
- Variáveis 5 000,00€ 5 500,00€
- Fixos 3 000,00€ 3 000,00€
Custos Financeiros
- Variáveis 2 000,00€ 1 900,00€
- Fixos 1 000,00€ 1 050,00€

Calcule o resultado gerado para os 4 sistemas de custeio.

62
REVISÕES

2. Consideremos as seguintes informações sobre determinada unidade


produtiva:
Rubricas Dados orçamentais Dados reais
(ano x) (ano x)

Produção 10 000Kg 9 500Kg


Venda 10 000 Kg 9 000Kg
Preço de venda por Kg 80,00€ 79,00€
Consumo de matérias primas 30 000 Kg 28 500Kg
Preço de custo das matérias 15,00€/Kg 17,50€/Kg
primas
Custos de transformação:
- Variáveis 7,50€/Kg 8,00€/Kg
- Fixos 15 000,00€ 17 500,00€

63
REVISÕES
Rubricas Dados Dados reais
orçamentais (ano x)
(ano x)
Custos de distribuição:
- Variáveis 6 000,00€ 6 050,00€
- Fixos 5 000,00€ 5 000,00€
Custos Administrativos
- Variáveis 3 000,00€ 2 975,00€
- Fixos 1 500,00€ 1 510,00€
Custos Financeiros
- Variáveis 900,00€ 950,00€
- Fixos 500,00€ 500,00€

Calcule o resultado gerado para os 4 sistemas de custeio.

64
REVISÕES

4. Consideremos as seguintes informações sobre determinada unidade


produtiva:
Rubricas Dados orçamentais Dados reais
(ano x) (ano x)

Produção 10 000 unidades 9 950 unidades


Venda 9 900 unidades 9 900unidades
Preço de venda unitário 30,00€ 29,00€
Consumo de matérias primas 8 000 Kg 7 850Kg
Preço de custo das matérias 10,00€/Kg 11,00€/Kg
primas
Custos de transformação:
- Variáveis 12,00€/Kg 12,50€/Kg
- Fixos 10 000,00€ 10 500,00€

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REVISÕES
Rubricas Dados Dados reais
orçamentais (ano x)
(ano x)
Custos de distribuição:
- Variáveis 6 000,00€ 5 950,00€
- Fixos 4 000,00€ 4 000,00€
Custos Administrativos
- Variáveis 2 000,00€ 1 975,00€
- Fixos 1 000,00€ 1 000,00€
Custos Financeiros
- Variáveis 500,00€ 550,00€
- Fixos 400,00€ 410,00€

Calcule o resultado gerado para os 4 sistemas de custeio.

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