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1. Introdução
Venda
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
Lucro Bruto
(-) Despesas administrativas
(-) Despesas comerciais
(-) Despesas financeiras
Lucro Líquido
Venda
(-) Custo dos Produtos Vendidos
Lucro Bruto
(-) Despesas administrativas
(-) Despesas comerciais
(-) Despesas financeiras
Lucro Líquido
Dessa maneira, o custo dos produtos vendidos não era conhecido, pois os produtos não
mais eram comprados prontos, mas fabricados pela empresa a partir de vários insumos
(materiais, itens prontos, pessoal, equipamentos, energia). Nessa situação, em que vários
itens são consumidos para a confecção dos produtos, o cálculo dos custos dos produtos
fabricados (e vendidos) não é tão simples.
Com o crescimento das empresas e do conseqüente aumento da complexidade do
sistema produtivo, constatou-se que as informações fornecidas pela contabilidade de custos
eram potencialmente úteis como auxílio gerencial, extrapolando a mera determinação contábil
do resultado do período.
Os sistemas de custos podem auxiliar a gerência da empresa basicamente de duas
maneiras: auxiliando o controle e as tomadas de decisões. Quando ao controle, os custos
podem indicar, por exemplo, onde podem estar ocorrendo problemas ou situações não-
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previstas, por meio de comparações com padrões e orçamentos. Informações de custos são
também bastante úteis para fornecer subsídios a diversos processos decisórios importantes à
administração das empresas.
Ressalta-se que o ambiente concorrencial em que as empresas estão inseridas muda
continuadamente, modificando constantemente a quantidade e a qualidade das informações
demandadas pelas empresas. Isto, aliado ao fato de que o uso da contabilidade de custos em
sua nova função (auxílio gerencial) é relativamente recente, faz com que haja permanente e
rápido aprimoramento nos procedimentos da contabilidade de custos.
Assim, será enfatizado o uso gerencial dos custos.
Conforme Bornia (2002), os custos dos produtos vendidos são iguais aos custos do
período. Isto é verdade desde que não haja variação nos estoques da empresa. Se houver, há
necessidade de considerarmos tais variações no diversos estoques existentes. A Figura 1
mostra os estoques envolvidos no processo produtivo e os insumos utilizados na produção de
uma empresa industrial, que é o caso mais complexo nesta análise.
O custo dos produtos fabricados equivale aos custos do período, isto é, ao valor dos
insumos consumidos para se obter a produção, desde que não haja variação nos estoques de
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produtos em processo. Se isto ocorrer, o mesmo procedimento anterior deve ser adotado,
utilizando-se a seguinte equação:
Com a determinação dos custos do período, chega-se ao custo dos produtos fabricados
e ao resultado do período. No entanto, uma das parcelas dos custos dos períodos é o custo de
matéria-prima. Com a existência de estoques de matéria-prima, o mesmo procedimento é
aplicado para a apuração destes custos.
De acordo com Bornia (2002), custo de fabricação é o valor dos insumos usados na
fabricação dos produtos da empresa. Exemplos desses insumos são: materiais, trabalho
humano, energia elétrica, máquinas e equipamentos, entre outros.
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O custo de fabricação diferencia-se do gasto pelo fato de que este último refere-se aos
insumos adquiridos enquanto que o custo está relacionado com os insumos efetivamente
utilizados. Se a empresa compra 1.000 unidades de matéria-prima, mas só usa 800 unidades
no período, o gasto equivale às 1.000 unidades, mas os custos são o montante relativo às 800
unidades utilizadas.
Os custos de fabricação estão relacionados com a fabricação dos produtos, sendo
normalmente divididos em Matéria-Prima (MP), Mão-de-Obra Direta (MOD) e Custos Indiretos
de Fabricação (CIF).
De acordo com Bornia (2002), custo gerencial é o valor dos insumos (bens e serviços)
utilizados pela empresa. Portanto, os custos gerenciais englobam os custos de fabricação,
assim como as despesas. Pode, dessa maneira, ser decomposto em:
O termo CIF englobará também as despesas, a não ser que haja uma diferenciação
explícita.
A perda normalmente é vista como o valor dos insumos consumidos de forma anormal.
As perdas são separadas dos custos, não sendo incorporadas nos estoques.
Já, o desperdício é o esforço econômico que não agrega valor ao produto da empresa
nem serve para suportar diretamente o trabalho efetivo. Esse conceito é mais abrangente do
que o anterior, pois além das perdas anormais engloba as ineficiências normais do processo.
Exemplo:
Um processo trabalha comumente com um índice de 1% de peças defeituosas e, em um dado
período, 5% dos itens produzidos foram defeituosos. A perda anormal equivale a 4%,
enquanto os desperdícios totalizam 5%.
A separação entre desperdícios normais e anormais é interessante porque os
desperdícios anormais podem ser eliminados no curto prazo (não deveriam ter ocorrido
considerando-se o sistema produtivo presente), ao passo que os normais devem ser atacados
no longo prazo, dentro de um contexto de melhoria do sistema produtivo.
O custo ideal, por sua vez, é o valor dos insumos utilizados eficientemente pela
empresa (os recursos utilizados de forma ineficiente são os desperdícios).
3.4 Investimentos
De acordo com Bornia (2002), investimento é o valor dos insumos adquiridos pela
empresa não utilizados no período, mas que poderão ser empregados em períodos futuros.
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4.1 Classificação pela variabilidade
A classificação dos custos considerando sua relação com o volume de produção, divide-
os em custos fixos e variáveis. Os custos fixos são os que independem do nível de atividade
da empresa no curto prazo, ou seja, não variam com alterações no volume de produção como
o salário do gerente, por exemplo. Os custos variáveis, ao contrário, estão intimamente
relacionados com a produção, isto é, crescem com o aumento do nível de atividade da
empresa, como os custos de matéria-prima, por exemplo. A Figura 3 apresenta o modelo
proposto por essa classificação.
Os custos podem ainda ser classificados considerando-se sua relevância para uma
determinada tomada de decisão. Custos relevantes são aqueles que se alteram dependendo
da decisão tomada, e custos não-relevantes são os que independem da decisão tomada.
Assim, os custos realmente importantes como subsídio à tomada de decisões são os
relevantes; os outros não precisam ser considerados. Esta classificação é feita considerando-
se uma decisão a ser tomada, sendo válida apenas para aquela decisão. Caso se tenha outra
decisão em mente, a classificação pode ser outra, isto é, custos relevantes para um tipo de
decisão podem não ser relevantes para outro e vice-versa.
Os custos fixos elimináveis, ou evitáveis, são aqueles que podem ser eliminados em
curto prazo caso a empresa encerre temporariamente suas atividades. Como exemplo, pode-
se citar salários, aluguéis e energia elétrica.
Os custos fixos não-elimináveis, ao contrário, não são passíveis de eliminação a curto
prazo. Entre estes, incluem-se as depreciações de instalações, impostos sobre a propriedade,
parte da segurança e outros.
Na verdade, esta classificação pode ser feita tomando-se como base outra decisão que
não o encerramento temporário da empresa, tal como a paralisação de uma linha de produtos.
Essa classificação é útil para se analisar a possibilidade de suspensão temporária das
atividades da empresa.
Os custos de oportunidade são custos que não representam o consumo dos insumos
pela empresa, mas o quanto alguém deixou de ganhar pelo fato de ter optado por um
investimento ao invés de por outro. Portanto, o que realmente se está fazendo é comparar dois
investimentos diferentes. No Brasil, são custos não-contábeis, isto é, não são aceitos pela
contabilidade oficial.
Por exemplo, se uma pessoa que ganha um salário de R$1.000,00/mês largar o
emprego para montar um novo negócio, estes R$1.000,00/mês representam um custo de
oportunidade.
Custos desembolsados são pagamentos efetuados no presente, como pagamento de
funcionários, aluguéis e energia. Custos não-desembolsados são custos que não exigem o
desembolso de dinheiro, como, por exemplo, a depreciação de máquinas.
Os custos de transformação são a soma dos custos de mão-de-obra direta com os
custos indiretos de fabricação.