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AULA 5
Olá aluno (a), tudo bem? Nesta aula, vamos falar um pouco sobre custos
e como o ciclo de vida dos produtos impactam sobre eles.
Para tanto, vamos tratar dos seguintes tópicos sobre a Contabilidade
Gerencial:
• Comportamento dos custos
• Ciclo de vida dos produtos
• Descontinuidade de uma linha de produtos
• Controle de custos
• Controle de gastos administrativos
Aproveite a leitura e pratique os conhecimentos adquiridos resolvendo os
exercícios. Lembre-se, a melhor maneira de aprender é praticando.
Bons estudos!
CONTEXTUALIZANDO
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informações de custos, além de exprimir, em termos monetários, as mudanças
patrimoniais decorrentes das transações de ordem econômico-financeiras,
também auxiliam na avaliação das alternativas de curso de ação” (Figueiredo;
Caggiano, 2004, p. 37).
De acordo com Frezatti et al. (2009), a relevância das informações sobre
os custos organizacionais no processo de gestão pode ser dada em certos
aspectos, tais como possibilitar a apuração do resultado e da margem dos
produtos e das áreas de responsabilidade, mensurar e melhorar a eficiência no
uso dos recursos econômicos, avaliar desempenhos etc. Assim, essas
informações podem evidenciar muito sobre a gestão de uma determinada
empresa, e por esse motivo, é importante conhecer os aspectos relacionados ao
comportamento dos custos.
Mas o que seria o comportamento dos custos? Conforme Padoveze
(2010, p. 336) “entende-se por comportamento dos custos a evolução de como
tais gastos acontecem em alguma relação com dados físicos de produção, venda
ou outra atividade”. Complementarmente, Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 25)
explicam que “existem vários tipos de custos, tantas quantas forem as
necessidades para atender às diferentes finalidades da administração”, mas os
custos definidos em relação ao comportamento são os fixos e variáveis.
Nesse entendimento, pode-se estabelecer uma relação entre valores e
quantidades, sendo os valores relacionados aos gastos produtivos (custos) e as
quantidades relacionadas ao volume de produção (unidades produzidas). Com
base no exposto, o comportamento dos custos diz respeito à forma como esses
gastos se comportam diante do nível de produção da empresa. Eles aumentam
na medida em que também aumenta a produção, ou seja, a variação no processo
produtivo faz com que haja também variação dos gastos incorridos nesse
processo. Desse modo, obtém-se a classificação de custos variáveis.
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Podemos citar como exemplos de custos variáveis: matéria-prima, mão
de obra direta, embalagens. Todos esses itens produtivos vão variar de acordo
com a produção. Na medida em que a empresa aumentar ou diminuir a
quantidade produzida, os gastos com esses insumos vão variar na mesma
proporção.
No entanto não podemos nos esquecer de que a empresa não incorre em
custos somente quando está produzindo, pois, a sua estrutura já demanda
recursos para pagamento de gastos que independem da produção. Dessa forma,
temos alguns gastos relativos à estrutura da empresa, os chamados custos fixos.
Conforme descrito por Crepaldi (2011, p. 127), os custos fixos “são aqueles que
não variam diretamente com o volume de produção” e apresentam as seguintes
características:
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Figura 1 – Comportamento dos Custos
Custos
Custo total (fixo + variável)
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possa planejar o seu mix, visando com isso minimizar os custos e maximizar a
produção dos itens que mais contribuem para o pagamento dos custos fixos.
Você já parou para pensar que muitos produtos que eram encontrados
nas vitrines das lojas algum tempo atrás não estão disponíveis para venda
atualmente? Vejamos alguns exemplos:
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Esses são só alguns exemplos de produtos que já tiveram seu auge, mas
que deixaram de existir, pois foram substituídos pela tecnologia. Atualmente,
com a proliferação de recursos tecnológicos, um único aparelho pode ter funções
que permitem a execução de tarefas que antes eram realizadas por vários outros
aparelhos. Um bom exemplo disso é o celular, que quando foi criado só fazia
ligações, mas com o passar do tempo, foi recebendo mais e mais funções, e
atualmente, com a chegada dos aplicativos, é possível fazer milhares de tarefas
com esses aparelhos, até mesmo transações bancárias. Com isso, o cliente
ganha praticidade e comodidade, além é claro, de economia, mas, por outro lado,
faz com que as empresas tenham que se manter sempre em alerta para que
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seus produtos não se tornem obsoletos, e os gastos com pesquisa e
desenvolvimento acabam por ser contínuos, pois a tecnologia não para.
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para que ele traga o retorno esperado sobre o capital investido, bem como todos
os gastos incorridos no seu desenvolvimento, produção e comercialização.
Mas o que poderia ser feito para tentar aumentar o ciclo de vida de um
produto? Uma forma seria o desenvolvimento de estratégias para esse fim. De
acordo com Paixão (2007, p. 25).
1. Introdução
2. Crescimento
3. Maturidade
4. Declínio
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Crescimento: Na fase de crescimento, o processo de vendas se acelera,
desencadeando a reestruturação do processo produtivo. Nessa fase, o produto
já foi introduzido no mercado e aprovado pelos consumidores, ocorrendo
também o aumento da concorrência, o que leva a uma queda nos preços
(Seleme; Paula, 2009).
Tempo
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inovação do mesmo. De um modo geral, Porter (1991, p. 157) contextualiza
sobre o ciclo de vida do produto:
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morrem (Kotler, 1999). Dessa forma, é necessário que a organização trace
estratégias e monitore constantemente o mercado, pois seus produtos podem, a
qualquer momento, ser trocados por produtos substitutos ou novas tecnologias.
Quando o produto é projetado, a empresa estabelece metas de
rentabilidade e de retorno sobre o investimento, mas como o ambiente externo
é incerto, vários fatores podem vir a impactar nessas variáveis, fazendo com que
a empresa acabe por não conseguir alcançar a meta estabelecida. Nesse
sentido, Rozenfeld et al (2006, p. 448) discursam que
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A produção é descontinuada quando o produto não apresenta mais
vantagens e importância do ponto de vista econômico (volume de
vendas, contribuição para o lucro, crescimento da empresa etc.).
Alguns sinais de que a vida do produto está próxima são declínio nas
vendas, redução da margem de lucro, perda de participação no
mercado ou uma combinação desses três fatores.
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Observando a tabela, é possível perceber que o produto B apresentou
prejuízo no final do período. Diante disso, a Cia SP está cogitando a
possibilidade de descontinuar a linha desse produto. Com a descontinuidade
desse produto, os custos fixos podem ser reduzidos em R$10.000,00, e os outros
R$30.000,00 deverão ser alocados aos produtos A e C. As alternativas que a
companhia possui é manter ou descontinuar a linha do produto B. Diante disso,
são feitas projeções das consequências financeiras das duas escolhas, as quais
são mostradas na Tabela 2:
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produtos para oferecer ao mercado e, dessa forma, a própria empresa entrará
em processo de descontinuidade.
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A lógica por trás do controle de custos, é a mesma que está por trás da
contabilidade gerencial, ou seja, o fornecimento de informações para a tomada
de decisão dos gestores. Nesse sentido, Nascimento e Reginato (2013) apontam
que o objetivo desse controle é subsidiar a gestão com informações sobre os
recursos e as variáveis envolvidas no processo produtivo, em tempo hábil e
adequado às necessidades dos mesmos.
Diante desse aspecto, lembrando que a contabilidade gerencial fornece
informações para a tomada de decisão interna, e que devem ser elaboradas
conforme as solicitações ou necessidades dos gestores, então elas não são
padrão, ou seja, cada empresa poderá produzir informações diferentes para
seus usuários. Do mesmo modo, também as informações derivadas do controle
de custos podem ser moldadas conforme necessidades dos gestores.
Nesse entendimento, Nascimento e Reginato (2013) pontuam que os
objetivos do controle de custos podem variar de uma empresa para outra, e entre
esses objetivos, podemos citar:
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Com base no exposto, pode-se notar a importância do controle de custos
no contexto organizacional, o qual se apresenta também como um controle
gerencial, pois, por meio desse controle, a empresa pode conseguir otimizar os
recursos e alcançar maior vantagem competitiva, tornando-se forte no mercado
em que atua. De acordo com Nascimento e Reginato (2013), o controle de custos
torna-se uma questão estratégica para uma organização, podendo inclusive
facilitar a escolha de sua postura no mercado. Complementarmente, Porter
(1989 citado por Nascimento; Reginato (2013) afirma que custos e diferenciação
estão entre as principais estratégias para uma empresa liderar o mercado, sendo
necessário para isso, que a organização foque em eficiência da produção, e no
controle de custos, a fim de ter condições de oferecer o menor preço de venda.
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despesas. No entanto, é importante que os gestores estabeleçam alguma forma
de medição desses gastos, pois somente assim será possível avaliar o
desempenho e estabelecer responsabilidades de gastos para as áreas de apoio.
Muitas vezes, apresenta-se a questão do custo-benefício quando se analisa a
viabilidade de implementação de alguma forma de controle. Nesses aspectos,
os gestores se deparam com a seguinte questão: Quanto vai me custar para
gerar a informação e qual o benefício será trazido por ela? Nessa análise, se a
informação gerada trouxer um benefício maior que o custo gerado por ela, então
a implementação deverá ser realizada.
Por exemplo, para estabelecer controles de despesas nas áreas de apoio
assim como são feitos na área de produção, o gestor vai avaliar quais os
recursos serão necessários, podendo ser desde recursos humanos (pessoas)
até recursos materiais e tecnológicos. Fazendo uma avaliação por estimativas,
se ficar certo que a implantação do controle de despesas poderá gerar
informações que reduzam significativamente esses gastos, então o controle
poderá ser implementado.
Importante ressaltar que a contabilidade gerencial busca por meio dos
controles levar a organização a atingir os objetivos almejados e, para tanto, todas
as atividades que possuírem a possibilidade de serem controladas, deverão ser,
pois somente assim é possível atribuir responsabilidades para as áreas e com
isso, avaliar o desempenho dos gestores, sejam eles de áreas de produção ou
de áreas de apoio.
Lembrando que são os produtos que geram receitas e que dessas receitas
é que o resultado será evidenciado, não podemos nos esquecer que, mesmo
que haja eficiência no processo de produção, com redução de custos e
minimização de desperdícios, caso as áreas de apoio não façam sua parte, o
resultado ainda não estará de acordo com o que deveria ser, pois para se chegar
no lucro, não são deduzidos das receitas somente os gastos com custos dos
produtos vendidos, mas, também, todos os gastos com despesas incorridas
durante o período.
Dessa forma, é importante que haja um engajamento tanto das áreas
produtivas quanto das áreas de apoio, pois o objetivo organizacional deve ser
alcançado por meio da interação entre as áreas, e o resultado não é
responsabilidade somente das áreas produtivas, pois os gastos incorrem em
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todos os setores da empresa, e cabe a cada um elaborar estratégias para a
minimização dos mesmos.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
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IV. Se a empresa produzir 10.000 unidades além das 50.000, mantendo-
se o valor unitário de cada unidade, o custo total passa a ser R$650.000,00
V. Para encontrar o custo total, basta somar o custo fixo com o custo
variável.
Assinale a alternativa correta:
D) Controle de custos
E) Controle de despesas
D) Alguns sinais de que a vida do produto está próxima são o aumento nas
vendas, aumento da margem de lucro, ampliação de participação no mercado
ou uma combinação desses três fatores.
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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GABARITO DAS QUESTÕES DA SEÇÃO “NA PRÁTICA”.
1. B
2. B
3. D
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