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CONTABILIDADE GERENCIAL

AULA 5

Prof. Ivanildo Viana Moura


CONVERSA INICIAL

Olá aluno (a), tudo bem? Nesta aula, vamos falar um pouco sobre custos
e como o ciclo de vida dos produtos impactam sobre eles.
Para tanto, vamos tratar dos seguintes tópicos sobre a Contabilidade
Gerencial:
• Comportamento dos custos
• Ciclo de vida dos produtos
• Descontinuidade de uma linha de produtos
• Controle de custos
• Controle de gastos administrativos
Aproveite a leitura e pratique os conhecimentos adquiridos resolvendo os
exercícios. Lembre-se, a melhor maneira de aprender é praticando.
Bons estudos!

CONTEXTUALIZANDO

No contexto organizacional, no curto prazo, o objetivo principal da


empresa pode ser dito como sendo o de alcançar bons lucros. Diante desse
aspecto, é importante que se conheça o processo produtivo, a estrutura da
empresa, o próprio mercado e, o principal, o ciclo de vida do produto.
Quando uma empresa lança um novo produto no mercado, existe a
incerteza sobre a aceitação deste, sobre o tempo que ele estará sendo gerando
receitas para entidade, nem se ele conseguirá pagar os investimentos feitos para
seu desenvolvimento e comercialização.
Diante disso, é importante que os gestores estejam de olho no mercado
para saber em que momento deverão lançar mão de novas estratégias
relacionadas ao produto, se é possível inová-lo ou se deverão eliminá-lo do seu
mix produtivo, e sobretudo, o impacto que essas decisões vão causar na
estrutura de custos da empresa e, consequentemente, no seu resultado.
É sobre esse assunto que vamos tratar nesta aula.

TEMA 1 – COMPORTAMENTO DOS CUSTOS

O processo de tomada de decisões requer informações das diversas


áreas da empresa, principalmente da parte operacional. Informações sobre os
processos são de suma importância para os tomadores de decisões, e uma
informação em particular acentua essa relevância por evidenciar a estrutura de
gastos operacionais produtivos da entidade, no caso, os custos de produção. “As

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informações de custos, além de exprimir, em termos monetários, as mudanças
patrimoniais decorrentes das transações de ordem econômico-financeiras,
também auxiliam na avaliação das alternativas de curso de ação” (Figueiredo;
Caggiano, 2004, p. 37).
De acordo com Frezatti et al. (2009), a relevância das informações sobre
os custos organizacionais no processo de gestão pode ser dada em certos
aspectos, tais como possibilitar a apuração do resultado e da margem dos
produtos e das áreas de responsabilidade, mensurar e melhorar a eficiência no
uso dos recursos econômicos, avaliar desempenhos etc. Assim, essas
informações podem evidenciar muito sobre a gestão de uma determinada
empresa, e por esse motivo, é importante conhecer os aspectos relacionados ao
comportamento dos custos.
Mas o que seria o comportamento dos custos? Conforme Padoveze
(2010, p. 336) “entende-se por comportamento dos custos a evolução de como
tais gastos acontecem em alguma relação com dados físicos de produção, venda
ou outra atividade”. Complementarmente, Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 25)
explicam que “existem vários tipos de custos, tantas quantas forem as
necessidades para atender às diferentes finalidades da administração”, mas os
custos definidos em relação ao comportamento são os fixos e variáveis.
Nesse entendimento, pode-se estabelecer uma relação entre valores e
quantidades, sendo os valores relacionados aos gastos produtivos (custos) e as
quantidades relacionadas ao volume de produção (unidades produzidas). Com
base no exposto, o comportamento dos custos diz respeito à forma como esses
gastos se comportam diante do nível de produção da empresa. Eles aumentam
na medida em que também aumenta a produção, ou seja, a variação no processo
produtivo faz com que haja também variação dos gastos incorridos nesse
processo. Desse modo, obtém-se a classificação de custos variáveis.

De acordo com Crepaldi (2011), os custos variáveis são aqueles que


variam diretamente com a produção e apresentam as seguintes características:

• variam no total em proporção direta ao volume de atividades;


• permanecem constantes do ponto de vista unitário, ainda que varie o
volume de produção;
• podem ser apropriados com precisão aos produtos; e
• o controle de seu consumo e inocorrência é de responsabilidade dos
níveis inferiores da administração.

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Podemos citar como exemplos de custos variáveis: matéria-prima, mão
de obra direta, embalagens. Todos esses itens produtivos vão variar de acordo
com a produção. Na medida em que a empresa aumentar ou diminuir a
quantidade produzida, os gastos com esses insumos vão variar na mesma
proporção.
No entanto não podemos nos esquecer de que a empresa não incorre em
custos somente quando está produzindo, pois, a sua estrutura já demanda
recursos para pagamento de gastos que independem da produção. Dessa forma,
temos alguns gastos relativos à estrutura da empresa, os chamados custos fixos.
Conforme descrito por Crepaldi (2011, p. 127), os custos fixos “são aqueles que
não variam diretamente com o volume de produção” e apresentam as seguintes
características:

• o volume total é fixo dentro de certo intervalo de produção;


• diminuem, unitariamente, à medida que aumenta o volume de
produção; e
• seu controle depende de níveis superiores da administração.

Os custos fixos são considerados como custos de estrutura justamente


porque a empresa vai incorrer nos mesmos independentemente de haver
produção ou não. Dessa forma, eles não variam até um determinado intervalo
de produção. Como exemplo de custos fixos, podemos citar o aluguel da fábrica,
o salário dos operários, seguros da fábrica, depreciação, etc.
O comportamento dos custos e a classificação destes em fixos e variáveis
é de suma importância para a gestão da empresa, pois é com base nessas
informações que a gestão pode tomar certas decisões que irão direcionar a
produção. A soma dos custos fixos e variáveis evidencia os custos totais de um
período, conforme demonstrado na Figura 1.

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Figura 1 – Comportamento dos Custos
Custos
Custo total (fixo + variável)

Participação do custo variável

Participação do custo fixo


Quantidade
0 10 t
Fonte: Megliorini (2012, p. 12).

Observando o gráfico, é possível perceber a linha contínua que indica os


custos fixos, os quais aparecem mesmo quando a produção é de zero unidades.
Esses custos dizem respeito aos gastos produtivos que a empresa incorre
mesmo quando não há produção. Assim, podemos classificá-los como custos de
estrutura. Por outro lado, o gráfico evidencia os custos variáveis, os quais são
demonstrados pela linha diagonal. Essa linha demonstra que, quando a empresa
não produz nenhuma unidade, os únicos custos que ela incorre são os fixos, mas
a partir da primeira unidade, começam a aparecer os custos variáveis, os quais
vão aumentando na mesma proporção de aumento da produção. Por fim, é
possível perceber no gráfico que a somatória dos custos fixos com os variáveis
evidencia os custos totais, gastos estes que deverão ser alocados aos produtos.
Importante ressaltar a importância de um bom planejamento de produção,
pois são as receitas geradas pelos produtos que deverão cobrir tanto os custos
fixos quanto os variáveis, não esquecendo também que, além dos custos, essas
receitas também devem ser suficientes para pagar as despesas geradas e
formar uma margem de lucro visando atender os investidores da empresa.
Diante do exposto é possível perceber a importância de informações
sobre o comportamento dos custos, pois elas fornecem subsídios para a gestão
programar a produção e determinar quais produtos devem ser produzidos, quais
as quantidades a serem produzidas, e o mais importante, quanto cada produto
contribui para pagamento dos custos fixos (conceito de margem de contribuição).
Uma vez que são os produtos quem geram os custos e também as
receitas, importante que se tenha informações sobre o ciclo de vida desses
produtos, principalmente no que tange à rentabilidade dos mesmos, uma vez
que nenhum produto fica eternamente no mercado. Dessa forma, o
acompanhamento do ciclo de vida fornece informações para que a empresa

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possa planejar o seu mix, visando com isso minimizar os custos e maximizar a
produção dos itens que mais contribuem para o pagamento dos custos fixos.

TEMA 2 – CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS

Você já parou para pensar que muitos produtos que eram encontrados
nas vitrines das lojas algum tempo atrás não estão disponíveis para venda
atualmente? Vejamos alguns exemplos:

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Créditos: Photo Oz/Delpixel/AlexandrBognat/AlexLMX/BMAKI/Shutterstock

Esses são só alguns exemplos de produtos que já tiveram seu auge, mas
que deixaram de existir, pois foram substituídos pela tecnologia. Atualmente,
com a proliferação de recursos tecnológicos, um único aparelho pode ter funções
que permitem a execução de tarefas que antes eram realizadas por vários outros
aparelhos. Um bom exemplo disso é o celular, que quando foi criado só fazia
ligações, mas com o passar do tempo, foi recebendo mais e mais funções, e
atualmente, com a chegada dos aplicativos, é possível fazer milhares de tarefas
com esses aparelhos, até mesmo transações bancárias. Com isso, o cliente
ganha praticidade e comodidade, além é claro, de economia, mas, por outro lado,
faz com que as empresas tenham que se manter sempre em alerta para que

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seus produtos não se tornem obsoletos, e os gastos com pesquisa e
desenvolvimento acabam por ser contínuos, pois a tecnologia não para.

2.1 Conceito de ciclo de vida dos produtos

Nesse entendimento, podemos dizer que as crescentes descobertas


tecnológicas fazem com que o ciclo de vida de muitos produtos seja cada vez
menor, pois, a cada novo produto lançado, um que já existia acaba sendo
substituído, tornando-se obsoleto. Mas o que seria o ciclo de vida dos produtos?
Conforme descrito por Kotler (1999), o ciclo de vida do produto é um modelo que
apresenta os estágios históricos de vendas e lucros deste. Conforme o autor,
esse conceito mostra que a vida de um produto passa por diferentes níveis de
vendas, mas não é eterna e, por isso, se assemelha à evolução dos seres
humanos, pois eles nascem, crescem, amadurecem e morrem.
Nesse contexto, é importante que a empresa esteja sempre
acompanhando o mercado e suas tendências, pois o risco de seus produtos
tornarem-se obsoletos é muito grande. Diante desse aspecto, Padoveze (2010)
alerta sobre a necessidade de que seja verificado por quanto tempo os produtos
estarão disponíveis ao mercado, pois é durante o ciclo de vida destes que a
empresa deverá recuperar todos os investimentos efetuados para sua produção
e comercialização. Ainda de acordo com o autor, “grandes investimentos em
produtos de ciclos de vida rápidos devem ter altas taxas anuais de retorno. O
oposto é válido. Produtos de longos ciclos de vida podem ter uma rentabilidade
do investimento menor, pois durarão mais tempo e poderão recuperar o
investimento em maior quantidade de anos” (Padoveze, 2010, p. 493).
Lembrando que a estrutura da empresa tem o propósito de mantê-la em
continuidade e, para que isso aconteça, ela tem que produzir e vender. No
processo de produção, ela vai incorrer em custos fixos e variáveis, como já vimos
anteriormente. Os custos variáveis serão incorridos na mesma proporção da
produção, mas os custos fixos são relacionados à própria estrutura operacional.
Dessa forma, para que esses custos sejam pagos e a empresa continue
operando, é necessário vender e, para isso, ela deve fazer com que o ciclo de
vida de seus produtos seja o mais longo possível, pelo menos tempo o suficiente

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para que ele traga o retorno esperado sobre o capital investido, bem como todos
os gastos incorridos no seu desenvolvimento, produção e comercialização.
Mas o que poderia ser feito para tentar aumentar o ciclo de vida de um
produto? Uma forma seria o desenvolvimento de estratégias para esse fim. De
acordo com Paixão (2007, p. 25).

O desenvolvimento de estratégias para o ciclo de vida de um produto


deve levar em consideração um dos estágios em que ele se encontra.
São eles, introdução, crescimento, maturidade e declínio. Na fase de
introdução, a instituição deve investir em planejamento, lembrando-se
que os investimentos voltados à comunicação são altos. A fase de
crescimento é aquela com a qual a empresa deve tirar proveito da
rentabilidade, pois é com ela também que surgem potenciais
concorrentes. Na fase de maturidade, o crescimento ocorre em ritmo
lento, com tendência a estabilizar-se, e o número de concorrentes é
elevado. Aqui, é o momento de se apostar em inovação e
reposicionamento de seus produtos, pois, com a fase de declínio, surge
o desafio do abandono do produto, que se deve dar de maneira
estratégica.

Assim, os gestores precisam ter conhecimento do negócio, estar atentos


ao mercado e suas tendências e, o principal, buscar a inovação do seu produto
para que este não se torne obsoleto. Conforme exposto pelo autor, o ciclo de
vida dos produtos tem quatro fases, e as estratégias devem ser desenvolvidas
considerando-se a fase em que o produto se encontra, pois, em cada uma delas,
o contexto é diferente e as estratégias devem buscar atender àquele contexto
em específico.

2.2 Fases do ciclo de vida dos produtos

Conforme descrito por Kotler (1999), o ciclo de vida do produto se


assemelha à evolução dos seres humanos, pois eles nascem, crescem,
amadurecem e morrem. Desde o “nascimento” do produto até a sua “morte”, eles
passam por quatro fases, as quais são descritas a seguir:

1. Introdução

2. Crescimento

3. Maturidade

4. Declínio

Introdução: Esse é o estágio que requer maior esforço da organização, pois é


nele que o produto é introduzido no mercado. Nesse estágio, a aceitabilidade do
produto ainda é incerta (Seleme; Paula, 2009).

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Crescimento: Na fase de crescimento, o processo de vendas se acelera,
desencadeando a reestruturação do processo produtivo. Nessa fase, o produto
já foi introduzido no mercado e aprovado pelos consumidores, ocorrendo
também o aumento da concorrência, o que leva a uma queda nos preços
(Seleme; Paula, 2009).

Maturidade: Quando o produto chega na fase de maturidade, o maior desafio


da organização é desenvolver estratégias que levem o consumidor a manter o
interesse no produto. Uma vez que esse é o estágio mais duradouro, as taxas
de venda tendem a se estabilizar e a estrutura de custos equilibra-se, visto que
os lucros são maiores (Seleme; Paula, 2009)

Declínio: Por fim, o produto chega na sua fase de declínio, a qual é


caracterizada pela desaceleração da produção, uma vez que ocorre a diminuição
das vendas, que é desencadeada por mudanças nos hábitos dos consumidores,
ou em função de inovações e desenvolvimentos tecnológicos, o que contribui
para caracterizar produtos como obsoletos, em comparação a outros que
surgem no mercado (Seleme, Paula, 2009).

O ciclo de vida do produto e suas fases é demonstrado na Figura 2.

Figura 2 – Ciclo de vida do produto


Volume de Vendas

Introdução Crescimento Maturidade Declínio

Tempo

Fonte: Adaptado de Porter (1991, p. 158)

No gráfico, é possível ter uma visão da evolução do produto durante o seu


ciclo de vida. Cada uma das fases demanda cuidados da empresa, em especial,
a fase da maturidade. Nessa fase, a tendência é que o produto comece a se
tornar obsoleto, demandando da empresa que seja trabalhado no sentido de

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inovação do mesmo. De um modo geral, Porter (1991, p. 157) contextualiza
sobre o ciclo de vida do produto:

A fase introdutória horizontal de crescimento da indústria reflete a


dificuldade de superar a inércia do comprador e estimular os testes do
novo produto. O crescimento rápido ocorre quando muitos
compradores se precipitam no mercado tão logo o produto prove seu
sucesso. A penetração dos compradores em potencial do produto é
finalmente alcançada, fazendo com que o crescimento rápido
estacione e nivele-se a um índice básico de crescimento do grupo de
compradores relevantes. Finalmente, o crescimento decrescerá
conforme forem aparecendo novos produtos substitutos.

Dado o contexto anterior, o aparecimento de produtos substitutos pode


levar o produto ao declínio, e com ele pode também entrar em descontinuidade
a própria empresa. A análise do ciclo de vida do produto é primordial para
qualquer empresa, e conforme apontado por Seleme e Paula (2006, p. 33),
“devemos considerar quatro pontos ao tratarmos de ciclo de vida e produto”:

• Os produtos têm vida limitada.


• As vendas do produto passam por estágios distintos, cada um oferecendo
diferentes desafios, oportunidades e problemas para a empresa vendedora.
• Os lucros crescem e diminuem nos diferentes estágios do ciclo de vida do
produto.
• Os produtos requerem estratégias diferentes de marketing, finanças,
produção, compras e de recursos humanos em cada estágio de seu ciclo de vida.

Diante do exposto, o ciclo de vida dos produtos deve ser uma


preocupação constante para a organização, pois as constantes inovações
tecnológicas já tornaram obsoletos muitos produtos que no passado, pois não
se imaginava que pudessem ser substituídos, visto que representavam o melhor
em tecnologia. No entanto, conforme visto anteriormente, os produtos têm seu
auge no ciclo de vida, mas não são eternos. Eles são aceitos para atenderem as
necessidades dos compradores até que outro produto melhor apareça e, a partir
daí, passam a se tornar obsoletos, demandando de alguma forma de
modernização para continuarem no mercado, ou caso não seja possível, a
empresa terá que optar pela sua descontinuidade.

TEMA 3 – DESCONTINUIDADE DE UMA LINHA DE PRODUTOS

Conforme estudado no tema anterior, os produtos têm um ciclo de vida


parecido com o do ser humano, pois eles nascem, crescem, amadurecem e

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morrem (Kotler, 1999). Dessa forma, é necessário que a organização trace
estratégias e monitore constantemente o mercado, pois seus produtos podem, a
qualquer momento, ser trocados por produtos substitutos ou novas tecnologias.
Quando o produto é projetado, a empresa estabelece metas de
rentabilidade e de retorno sobre o investimento, mas como o ambiente externo
é incerto, vários fatores podem vir a impactar nessas variáveis, fazendo com que
a empresa acabe por não conseguir alcançar a meta estabelecida. Nesse
sentido, Rozenfeld et al (2006, p. 448) discursam que

Desde o plano inicial do projeto do produto, estabeleceu-se uma meta


temporal para a vida do produto ou de lucratividade que o produto
deveria gerar. Entretanto, essas metas podem ser alteradas de acordo
com os resultados do desempenho do produto e das estratégias da
empresa.

Nesse entendimento, em certos contextos a empresa se obriga a retirar o


produto do mercado antes do tempo previsto ou da meta estabelecida ser
atingida. Isso pode ocorrer por vários fatores, entre eles, os descritos pelos
autores supracitados, conforme abaixo:

Resultados do desempenho do produto: quando o produto deixa de ser


tão lucrativo quanto esperado pela empresa, o seu desempenho em relação à
meta estabelecida passa a ser muito baixo, pois ele passa a gerar menos receita,
mas mantém a estrutura de custos e despesas necessários para sua produção.

Estratégias da empresa: mesmo que o produto ainda esteja gerando


lucros, mas a empresa pode ter desenvolvido um novo, com potencial de gerar
mais receitas e com maior potencial de competitividade com o produto do
concorrente, esses fatores podem levar à descontinuidade do produto anterior.

Esses aspectos podem acarretar na decisão da empresa de descontinuar


o produto. Essa decisão pode impactar, de certa forma, nos resultados da
empresa em decorrência da margem de contribuição do produto descontinuado
para pagamento dos custos fixos. Caso o motivo seja estratégico, como a
colocação de um produto da própria empresa no mercado que venha a substituir
o produto antigo, então essa decisão deve ser encorajada, pois entende-se que
esse produto seja mais moderno, sofisticado e que venha a atrair mais clientes,
além, é claro, de manter a empresa competitiva no mercado.
Mas pode ser que não seja esse o motivo da descontinuidade do produto.
Conforme explicado por Rozenfeld et al. (2006, p. 446)

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A produção é descontinuada quando o produto não apresenta mais
vantagens e importância do ponto de vista econômico (volume de
vendas, contribuição para o lucro, crescimento da empresa etc.).
Alguns sinais de que a vida do produto está próxima são declínio nas
vendas, redução da margem de lucro, perda de participação no
mercado ou uma combinação desses três fatores.

Nesse caso, o motivo da descontinuidade da linha está relacionado aos


resultados do desempenho do produto, e essa decisão deve ser muito bem
analisada, pois é necessário avaliar o impacto que a retirada desse produto vai
causar na cobertura dos custos fixos totais da empresa. Dessa forma, é
necessário fazer uma análise de custos para saber qual a contribuição do
produto que se pretende descontinuar para a cobertura dos mesmos.
Sobre esse aspecto, Padoveze (2010, p. 474) contextualiza que

A análise de custos dá-se quando a empresa tem um problema


específico para solucionar e que exige um posicionamento e tomada
de decisão. Nesse momento, todos os aspectos relevantes e
necessários para que os responsáveis pela tomada de decisão possam
ter uma visualização abrangente do problema, devem ser levantados e
colocados de maneira clara e lógica.

Dessa forma, a análise de custos pode demonstrar os custos inerentes a


cada produto bem como as receitas geradas por esses produtos, evidenciando
dessa forma, a margem de contribuição de cada um para cobertura dos custos
fixos. Diante desse aspecto, a análise poderá dizer se é viável para a empresa
descontinuar uma determinada linha de produtos ou parar a produção do
mesmo, considerando todos os aspectos inerentes ao processo de fabricação,
aceitação do mercado, custos e despesas variáveis gerados pelo produto, e por
fim, a margem de contribuição do mesmo para cobertura dos custos fixos.
Vamos exemplificar esse contexto com o exemplo dado por Figueiredo e
Caggiano (2004, p. 216).
A Cia SP Ltda. Produz três produtos, cujas margens de contribuição para
o lucro total, no último ano, foram as seguintes:

Tabela 1 – Dados Cia SP

Fonte: Figueiredo e Caggiano (2004, p. 216)

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Observando a tabela, é possível perceber que o produto B apresentou
prejuízo no final do período. Diante disso, a Cia SP está cogitando a
possibilidade de descontinuar a linha desse produto. Com a descontinuidade
desse produto, os custos fixos podem ser reduzidos em R$10.000,00, e os outros
R$30.000,00 deverão ser alocados aos produtos A e C. As alternativas que a
companhia possui é manter ou descontinuar a linha do produto B. Diante disso,
são feitas projeções das consequências financeiras das duas escolhas, as quais
são mostradas na Tabela 2:

Tabela 2 – Projeções de consequências financeiras

Fonte: Figueiredo e Caggiano (2004, p. 217)

Conforme demonstrado pela tabela, caso a empresa resolva descontinuar


o produto B, o lucro do período será menor, pois por mais que esse produto
apresente prejuízo no período, ele está contribuindo para pagamento dos custos
fixos. Assim, de acordo com Figueiredo e Caggiano (2004, p. 217) “esta situação
expressa em termos de análise de custo de oportunidade que a companhia tem
a escolha entre um lucro de R$50.000,00, associado com a decisão de manter
o produto “B”, e um lucro de R$30.000,00 associado com a decisão de
descontinuar o produto “B””.
Diante disso, a empresa pode estar diante de um dilema, pois caso ela
opte por descontinuar a linha de produção do produto B, automaticamente o lucro
será menor, mas, caso ela mantenha a produção, embora o lucro seja maior por
conta da contribuição do produto para cobrir os custos fixos, ainda assim ela
corre riscos, pois cedo ou tarde o seu produto não terá mais aceitação pelo
mercado, e então ela não poderá mais contar com essa contribuição para pagar
os custos fixos.

Independentemente da decisão a ser tomada, é necessário que se


considere que a empresa precisa renovar ou substituir o seu produto, pois se a
cada produto que apresentar desempenho abaixo do esperado for optado pela
descontinuidade do mesmo, vai chegar uma hora que a empresa não terá mais

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produtos para oferecer ao mercado e, dessa forma, a própria empresa entrará
em processo de descontinuidade.

Assim, a decisão mais sábia seria permanecer com o produto enquanto o


mercado ainda estiver aceitando-o, mas sempre planejando a produção
conforme a demanda pelo mesmo e, nesse ínterim, desenvolver um novo
produto para substituí-lo ou tentar o processo de renovação do mesmo, levando
em conta os produtos dos concorrentes que estejam no mercado e que
representam o desejo de consumo dos consumidores.

TEMA 4 – CONTROLE DE CUSTOS

Quando a empresa lança um novo produto no mercado, é estabelecida


uma meta de vendas e retorno sobre o investimento para o seu ciclo de vida, e
dessa forma, o desempenho do produto será medido pelo resultado alcançado
com suas vendas. Quando o produto entrar em declínio, automaticamente
começará a vender menos e, consequentemente, as receitas geradas serão
menores.
No entanto, é importante ressaltar que, uma análise pode possibilitar que
os resultados alcançados pelo produto sejam maiores no decorrer de todo o seu
ciclo de vida, bastando que a empresa faça constantes avaliações dos processos
operacionais visando controlar os custos incorridos. Sobre esse aspecto,
Nascimento e Reginato (2013, p. 9) contextualizam que,

para a fabricação de produtos, ou disponibilização de serviços, a


empresa obtém e consome recursos, sendo imprescindível a sua
identificação, assim como o acompanhamento das variáveis
envolvidas no processo de seu uso, possibilitando então, a sua
mensuração física e monetária. Nesse sentido, o controle de custos
busca ampliar o detalhamento das informações relacionadas à
aquisição e à utilização dos recursos demandados, fornecendo
condições para registros adequados ao controle contábil e à análise
por parte da área de controladoria, no que tange ao exame de margens
de contribuição e rentabilidade dos produtos decorrentes do consumo
destes recursos.

Nesse contexto, entende-se que todos os recursos consumidos nos


processos produtivos podem ser mensurados, e essa mensuração possibilita o
controle dos custos, visando fornecer informações para um melhor
gerenciamento desses recursos, buscando com isso, maior eficiência e eficácia
na alocação dos mesmos, o que fará com que a margem de contribuição dos
produtos possa aumentar e, com isso, também aumenta a sua rentabilidade.

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A lógica por trás do controle de custos, é a mesma que está por trás da
contabilidade gerencial, ou seja, o fornecimento de informações para a tomada
de decisão dos gestores. Nesse sentido, Nascimento e Reginato (2013) apontam
que o objetivo desse controle é subsidiar a gestão com informações sobre os
recursos e as variáveis envolvidas no processo produtivo, em tempo hábil e
adequado às necessidades dos mesmos.
Diante desse aspecto, lembrando que a contabilidade gerencial fornece
informações para a tomada de decisão interna, e que devem ser elaboradas
conforme as solicitações ou necessidades dos gestores, então elas não são
padrão, ou seja, cada empresa poderá produzir informações diferentes para
seus usuários. Do mesmo modo, também as informações derivadas do controle
de custos podem ser moldadas conforme necessidades dos gestores.
Nesse entendimento, Nascimento e Reginato (2013) pontuam que os
objetivos do controle de custos podem variar de uma empresa para outra, e entre
esses objetivos, podemos citar:

• O planejamento e a evolução da produtividade


• A determinação dos preços,
• A valorização dos estoques e sua manutenção
• O controle de todos os gastos da organização

Esses são os objetivos mais comuns da implantação de um controle de


custos. O acompanhamento dos recursos consumidos e a forma como são
utilizados podem fornecer dados de diversos aspectos para a contabilidade
gerencial, e essa, por sua vez, poderá transformar esses dados em informações
que irão subsidiar a tomada de decisão dos gestores.

Ainda de acordo com os autores supracitados, o controle de custos visa o


gerenciamento de todos os aspectos que envolvem:

a) A modelagem e a alocação de custos por áreas, departamentos,


centros de custos;
b) A definição do método a ser adotado para cada apuração de
custos;
c) A análise custo-volume-lucro;
d) A otimização no uso dos recursos;
e) A avaliação contínua dos estoques; e
f) O auxílio na formação do preço de venda.

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Com base no exposto, pode-se notar a importância do controle de custos
no contexto organizacional, o qual se apresenta também como um controle
gerencial, pois, por meio desse controle, a empresa pode conseguir otimizar os
recursos e alcançar maior vantagem competitiva, tornando-se forte no mercado
em que atua. De acordo com Nascimento e Reginato (2013), o controle de custos
torna-se uma questão estratégica para uma organização, podendo inclusive
facilitar a escolha de sua postura no mercado. Complementarmente, Porter
(1989 citado por Nascimento; Reginato (2013) afirma que custos e diferenciação
estão entre as principais estratégias para uma empresa liderar o mercado, sendo
necessário para isso, que a organização foque em eficiência da produção, e no
controle de custos, a fim de ter condições de oferecer o menor preço de venda.

TEMA 5 – CONTROLE DE GASTOS ADMINISTRATIVOS

Um aspecto importante a ser ressaltado é que não são somente os custos


que impactam no resultado da empresa, pois além dos gastos produtivos, a
organização também incorre em gastos administrativos, os quais chamamos de
despesas, e, muitas vezes, o controle destas não é tão rígido quanto o controle
dos custos.
Sobre esse contexto, Figueiredo e Caggiano (2004, p. 276)
contextualizam que as despesas administrativas “são relativamente fixas, no
curto prazo, a menos que alterações no nível de atividade se processem. A
aplicação cuidadosa dos procedimentos de controle de custos desenvolvidos
nas atividades fabris ainda não é feita nas atividades administrativas”.
De acordo com os autores supracitados, muitas vezes, os gestores podem
considerar que despesas administrativas não são susceptíveis a métodos de
pesquisa para quantificação dos gastos gerados, mas é importante estabelecer
padrões de eficiência para o desempenho das áreas de apoio.
Geralmente, algumas despesas não podem ser controladas, pois
incorrem em valor fixo dentro de períodos, como é o caso da depreciação de
máquinas, equipamentos e instalações da área administrativa, mas por outro
lado, outros tipos de gastos podem ser controlados, como, por exemplo, energia
elétrica, despesas com material de escritório que muitas vezes são
desperdiçados nas atividades, entre outros itens.
Considerando que muitos serviços administrativos são consumidos por
várias áreas, fica difícil estabelecer uma forma de controle para o rateio dessas

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despesas. No entanto, é importante que os gestores estabeleçam alguma forma
de medição desses gastos, pois somente assim será possível avaliar o
desempenho e estabelecer responsabilidades de gastos para as áreas de apoio.
Muitas vezes, apresenta-se a questão do custo-benefício quando se analisa a
viabilidade de implementação de alguma forma de controle. Nesses aspectos,
os gestores se deparam com a seguinte questão: Quanto vai me custar para
gerar a informação e qual o benefício será trazido por ela? Nessa análise, se a
informação gerada trouxer um benefício maior que o custo gerado por ela, então
a implementação deverá ser realizada.
Por exemplo, para estabelecer controles de despesas nas áreas de apoio
assim como são feitos na área de produção, o gestor vai avaliar quais os
recursos serão necessários, podendo ser desde recursos humanos (pessoas)
até recursos materiais e tecnológicos. Fazendo uma avaliação por estimativas,
se ficar certo que a implantação do controle de despesas poderá gerar
informações que reduzam significativamente esses gastos, então o controle
poderá ser implementado.
Importante ressaltar que a contabilidade gerencial busca por meio dos
controles levar a organização a atingir os objetivos almejados e, para tanto, todas
as atividades que possuírem a possibilidade de serem controladas, deverão ser,
pois somente assim é possível atribuir responsabilidades para as áreas e com
isso, avaliar o desempenho dos gestores, sejam eles de áreas de produção ou
de áreas de apoio.
Lembrando que são os produtos que geram receitas e que dessas receitas
é que o resultado será evidenciado, não podemos nos esquecer que, mesmo
que haja eficiência no processo de produção, com redução de custos e
minimização de desperdícios, caso as áreas de apoio não façam sua parte, o
resultado ainda não estará de acordo com o que deveria ser, pois para se chegar
no lucro, não são deduzidos das receitas somente os gastos com custos dos
produtos vendidos, mas, também, todos os gastos com despesas incorridas
durante o período.
Dessa forma, é importante que haja um engajamento tanto das áreas
produtivas quanto das áreas de apoio, pois o objetivo organizacional deve ser
alcançado por meio da interação entre as áreas, e o resultado não é
responsabilidade somente das áreas produtivas, pois os gastos incorrem em

16
todos os setores da empresa, e cabe a cada um elaborar estratégias para a
minimização dos mesmos.

TROCANDO IDEIAS

Na nossa aula de hoje, vimos a importância de a empresa acompanhar


continuamente o mercado bem como a evolução tecnológica, pois os produtos
tendem a serem substituídos com muita facilidade em razão das inovações
constantes. Nesse sentido, lembrando dos produtos que já foram substituídos,
você conhece alguma empresa que entrou em descontinuidade por não se
adequar às inovações tecnológicas ou mesmo por não renovar seus produtos?
Se conhece, o que você acha que essa empresa poderia ter feito para continuar
no mercado? Entre no fórum e debata o assunto com seus colegas.

NA PRÁTICA

1. O comportamento dos custos em relação ao volume de produção


ocorre no sentido de que, se o volume de produção aumentar ou diminuir,
o consumo de alguns elementos de custos acompanhará a oscilação para
mais ou para menos, enquanto outros elementos não sofrerão alterações.

Analise o gráfico a seguir:

Quando a empresa não produz nenhuma unidade, o ponto A é igual a


R$100.000,00 e o ponto B tem valor igual 0. Em determinado momento, a
empresa produz 50.000 unidades com custo variável unitário igual à R$10,00.
Analise as assertivas a seguir:

I. O custo fixo é de R$100.000,00


II. O custo variável total é de R$500.000,00
III. O custo total é igual à R$600.000,00

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IV. Se a empresa produzir 10.000 unidades além das 50.000, mantendo-
se o valor unitário de cada unidade, o custo total passa a ser R$650.000,00
V. Para encontrar o custo total, basta somar o custo fixo com o custo
variável.
Assinale a alternativa correta:

a) Estão corretas somente as assertivas I, II, III e IV.


b) Estão corretas somente as assertivas I, II, III e V.
c) Estão corretas somente as assertivas I, III, IV e V.
d) Está correta somente a assertiva II, III, IV e V.
e) Todas as assertivas estão corretas

2. Analise o conceito a seguir:

“É um modelo que apresenta os estágios históricos de vendas e lucros do


produto”.

Assinale a alternativa correta:

A) Comportamento dos custos

B) Ciclo de vida do produto

C) Resultados do desempenho do produto

D) Controle de custos

E) Controle de despesas

3. Sobre a descontinuidade de um produto, assinale a alternativa falsa:

A) Quando o produto é projetado, a empresa estabelece metas de rentabilidade


e de retorno sobre o investimento.

B) O desempenho do produto em relação à meta estabelecida passa a ser baixo


quando o ele deixa de ser tão lucrativo quanto esperado pela empresa.

C) A produção é descontinuada quando o produto não apresenta mais vantagens


e importância do ponto de vista econômico.

D) Alguns sinais de que a vida do produto está próxima são o aumento nas
vendas, aumento da margem de lucro, ampliação de participação no mercado
ou uma combinação desses três fatores.

E) A decisão de descontinuar um produto pode impactar, de certa forma, nos


resultados da empresa.

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FINALIZANDO

Nesta aula, conhecemos um pouco sobre o comportamento dos custos e


como esses gastos são classificados em relação ao volume de produção. Vimos
também que os produtos possuem um ciclo de vida parecido com o dos seres
humanos, pois eles nascem, crescem, amadurecem e morrem, e em cada uma
dessas fases, a empresa pode acabar por ter que elaborar estratégias para
mantê-los competitivos no mercado. Vimos também que quando uma linha de
produtos for descontinuada, essa decisão pode impactar na estrutura de custos
fixos da empresa, podendo levar à redução do lucro. Por fim, aprendemos sobre
a importância de controles de custos e despesas no contexto organizacional.

Esses foram os tópicos estudados nesta aula:

• Comportamento dos custos


• Ciclo de vida dos produtos
• Descontinuidade de uma linha de produtos
• Controle de custos
• Controle de gastos administrativos

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REFERÊNCIAS

CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade de custos. 6. ed. São Paulo.


Atlas, 2018.

CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 5. ed. São Paulo:


Atlas, 2011

FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, P. C. Controladoria: teoria e prática. 3. ed. São


Paulo: Atlas, 2004.

FREZZATTI, F. Controle gerencial: uma abordagem da contabilidade gerencial


no contexto econômico, comportamento e sociológico. São Paulo: Atlas, 2009.

KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Introdução de Marketing. São Paulo: LTC,


1999.

MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice


Hall, 2012.

NASCIMENTO, A. M.; REGINATO, L. Controladoria: um enfoque na eficácia


organizacional. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013

PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de


informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PAIXÃO, M. V. Desenvolvendo novos produtos e serviços. Curitiba: Ibpex,


2007.

PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústria e


da concorrência. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

ROZENFELD, H. Gestão de desenvolvimento de produtos: uma referência


para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006.

SELEME, R.; PAULA, A. de. Projeto de produto: desenvolvimento e gestão de


bens, serviços e marcas. Curitiba: InterSaberes, 2013.

20
GABARITO DAS QUESTÕES DA SEÇÃO “NA PRÁTICA”.

1. B
2. B

3. D

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