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Métodos de custeamento

Custeio RKW

O custeio RKW (Reichskuratorium fur Wirtschaftlichtkeit), também conhecido


como custeio pleno. Este tipo de custeio aloca todos os custos, fixos e variáveis, aos

produtos, assim como o custeio de absorção, porém além desses, há também a alocação das
despesas, fixas e variáveis, aos custos dos produtos. Ou seja, são apropriados os custos e
as despesas ao bem produzido.
Esta técnica era geralmente utilizada para a fixação dos preços de venda, uma
vez que, como todos os custos e despesas já estão apropriados aos produtos, é apenas
necessário fixar a porcentagem de lucro desejada e aplicá-la diretamente ao custo
total de produção do produto, de modo a obter o preço de venda. Este método de
custeio é pouco utilizado atualmente.

RKW e como utilizá-lo para sua precificação?

Nesse método, cada centavo gasto pela sua empresa é levado em


consideração. Desde a conta de luz até o custo referente à depreciação mensal da
impressora nova que você comprou, por exemplo.
As despesas diretas são de fácil compreensão. Não é nenhum mistério calcular
os custos com matéria prima e custos de venda, por exemplo. Você sabe quanto
gastou com tinta, chapada ACM, o percentual de comissão e os impostos para finalizar
uma venda específica.
Veja exemplos de despesas diretas:
Agora, a grande dificuldade para precificar corretamente é conseguir mensurar as
outras despesas, que não são diretas, e os custos fixos, que envolvem absolutamente
todos os setores da empresa, e pode parecer complexo demais.

Passo a Passo:
1. Organizar e classificar todos as despesas
2. Rateio

Custeio ABC
O Activity Based Costing ou Custeio Baseado em Atividades (ABC) é
um método de custeio que tem como objetivo avaliar com precisão as atividades
desenvolvidas em uma empresa (tanto industrial como de serviços ou comercial),
utilizando direcionadores para alocar as despesas e custos indiretos de uma forma
mais realista.
O Custeio Baseado em Atividades parte do princípio que os custos de uma
empresa são gerados pelas atividades desempenhadas nela e que essas atividades são
consumidas por produtos e serviços gerados nesta mesma empresa. Essa metodologia
permite mensurar com mais exatidão as despesas e os custos indiretos aqueles que
não estão diretamente ligados à produção, por meio da análise das atividades, dos
seus geradores de custos e dos utilizadores.

Como implementar o custeio ABC em uma empresa?


Não é um processo difícil. Ele é, sim, trabalhoso e, por isso, exige dedicação dos
profissionais envolvidos e uma cuidadosa análise do sistema de controle interno da
empresa. Sem isso, a implementação torna-se inviável, pois não chegará aos
resultados esperados. Outro ponto a ser avaliado, por se tratar de um sistema de
gestão de custos, é o grau de detalhamento das informações, que pode ser maior ou
menor, de acordo com a necessidade do gestor. 
Para começar a reunir as informações e fazer as contas, é importante ter bem
definido o que você quer encontrar como resultado. Para isso, é preciso seguir
algumas etapas que vão ajudar a construir um modelo para a implementação correta
do custeio ABC. Antes de qualquer coisa, é preciso definir em qual área, departamento
ou processo será feita a aplicação da metodologia. Depois, é só seguir os passos
abaixo:

1. Definir as atividades que compõem o processo a ser analisado. 


2. Definir os custos dos recursos usados no processo.
3. Definir os direcionadores de custo para o primeiro estágio da
metodologia (recursos rateados entre as atividades executadas). 
4. Definir os direcionadores para o segundo estágio da metodologia
(custos das atividades alocados aos produtos ou serviços). 
5. Determinar o custo do processo para cada produto ou serviço. 

Custeio Variável
O Método de Custeio Variável (também conhecido por Método de Custeio
Direto) é um dos Métodos de Custeio mais conhecidos e utilizados entre as empresas,
principalmente aquelas que trabalham no modelo industrial ou comércio. E um dos
principais motivos para isto é sua simplicidade e objetividade, já que nesse método,
somente são apropriados como custos de fabricação os custos variáveis, diretos e
indiretos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não
são considerados como custo de produção e sim como despesas.
O sistema de custeio variável fundamenta-se na separação dos custos em
custos variáveis e fixos, isto é, em custos que oscilam proporcionalmente ao volume da
produção/venda e custos que se mantêm estáveis perante volumes de
produção/venda oscilantes dentro de certos limites. Esse sistema produz informações
importantíssimas como a margem de contribuição (contribuição marginal) e é o
sistema que proporciona os subsídios necessários para a tomada de decisões nas
empresas.

Essa metodologia separa os custos em duas categorias principais:

 Custos variáveis: são os custos que variam conforme o volume de


produção e vendas da empresa, aumentando ou diminuindo
proporcionalmente de acordo com os resultados do período
 Custos fixos: são os custos que independem do volume de produção e
venda, mantendo-se sempre os mesmos e, por isso, considerados
despesas no método de custeio variável.
Uma das grandes vantagens do custeio variável é sua simplicidade e
objetividade, que facilitam a análise do investidor. Isso porque os custos relacionados
às vendas ficam mais claros e os custos fixos são tratados como despesas
permanentes. Isso permite avaliar com mais precisão como anda o equilíbrio entre
gastos e ganhos na empresa.
Ao conhecer os custos variáveis, você pode calcular a margem de contribuição:
o indicador que representa quanto o lucro da venda de cada produto contribuirá para
a empresa cobrir todos os seus custos fixos e ainda gerar lucro.
O custeio variável é apenas um dos critérios para a tomada de decisão de
investidores, que vem acompanhado de vários outros conceitos contábeis e
financeiros. Logo, se você pretende investir nas ações mais rentáveis da bolsa e colher
os frutos da gestão estratégica, precisa aprofundar seus conhecimentos nessa área.
Ao entender os métodos de custeio, por exemplo, você percebe que o aumento
das vendas não significa, necessariamente, mais lucro para os acionistas. Afinal, o que
importa é como a empresa gerencia seus custos e direciona a precificação para
garantir a lucratividade do negócio.

Custeio por Absorção


O custeio por absorção é também chamado custeio integral. Isso porque ele
considera como custo do produto todos os custos com a fabricação, sejam eles diretos
ou indiretos fixos ou variáveis.
Isso significa que o cálculo do custo de um produto vai considerar, além dos
gastos diretos, como matéria-prima, todos os outros custos envolvidos para
possibilitar a produção daquela mercadoria, como o aluguel do pavilhão onde se
encontra a fábrica, por exemplo.
Todos os produtos absorvem parte destes custos, permitindo que se obtenha
um custo total da produção desses produtos.
Esse método de custeio é derivado do sistema RKW (Reichskuratorium für
Wirtschaftlichkeit), desenvolvido na Alemanha, no início do século XX, que significa
“Conselho Administrativo do Império para a Eficiência Econômica”.
Por ser o único método de acordo com os princípios da contabilidade, é o único
sistema aceito pela legislação brasileira para a apresentação de relatórios contábeis,
como o DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício).

Para que serve custeio por absorção?

O custeio por absorção cumpre requisitos legais, mas também permite uma
gestão eficaz.O custeio por absorção serve para calcular o custo total de um produto,
considerando todos os custos diretos, como matéria-prima e tributações, até custos
compartilhados, como o aluguel do pavilhão, manutenção de equipamentos, etc.
Ele também serve para entender como a produtividade da empresa afeta nos
custos. Por exemplo:
Considerando que os custos fixos são distribuídos entre os produtos, fazendo
parte do custo do produto, quanto maior for a capacidade produtiva da empresa,
menor será o custo do produto.
Por isso, além de cumprir a legislação, no que se refere à apresentação dos
relatórios obrigatórios, é uma forma do gestor tomar decisões a longo prazo,
especialmente no que se refere à produtividade da sua empresa.
Outra aplicação importante é em relação às apurações de custos com produtos
em estoque. Enquanto o custeio variável tem seu resultado baseado a partir das
vendas, o custeio por absorção tem o resultado a partir da produção.
Assim, produtos em estoque têm atribuídos em seus custos os custos fixos,
independente de quando estes aconteceram. Isto tem impacto no inventário de
estoque, que precisará ser formatado e controlado, a nível contábil, de forma
diferenciada.

Por que o custo por absorção não é rateio?

Apesar de muitos materiais tratarem o custeio por absorção como rateio, ou


seja, uma distribuição igual entre os produtos, não é.
Isso porque o custeio por absorção, ainda que considere todos os custos fixos
como custo de produção, continua não considerando as despesas administrativas.
Portanto, a divisão dos custos fixos pode ser facilmente realizada utilizando
algum critério para a correta distribuição entre os produtos, coisa que as despesas
administrativas não permitem, pois é muito mais subjetivo.
Por exemplo, você pode dividir os custos fixos considerando o tempo de
produção de cada produto. Assim, a proporção entre eles se dará de acordo com o
tempo que a empresa investe na produção do item.
Não levar em consideração esses peculiaridades na hora de apurar os custos
poderá impactar na interpretação de outros indicadores de forma errada, ou até
prejudicar o planejamento gerencial da empresa, como é o caso da projeção de
vendas.

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