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: Emerson Bisco
Apostila 1
Análise, Gestão
de Custos e
Formação de
Preço como
Instrumento de
Decisão.
6º Semestre de Administração Geral
Módulo: Projetos de Investimentos e Financiamentos
Temática: Instrumentos de Decisão
Prof.: Emerson Bisco
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Projetos de Investimentos e Financiamentos – Prof.: Emerson Bisco
O que é Preço?
Existem diversas definições de preços e cada uma delas está ligada com a área em que está se aplicando este
conceito. Mais especificamente, em economia, contabilidade, finanças, administração e negócios, a palavra preço é
o valor monetário expresso através de um valor (número) e que está associado a uma mercadoria, produto ou
serviço.
Toda empresa, seja ela uma indústria, um comércio ou uma prestadora de serviços, precisa determinar com
a maior precisão possível, seus preços de venda sob pena de arcar com consequências acerca deste fato: perder
mercado por estabelecer preços altos demais ou contrariamente sofrer prejuízos pela venda de seus produtos,
mercadorias e serviços abaixo dos gastos envolvidos na empresa como um todo.
As empresas visam lucro, logo precisam vender seus produtos, mercadorias ou serviços de maneira que
estas vendas sejam capazes de cobrir todos os gastos envolvidos em uma empresa: custos, despesas e impostos.
Basicamente, a formação do preço de venda pode ser simplificada pela equação Custo + Lucro + Despesas +
Impostos = Preço de Venda.
Alguns fatores externos à empresa também podem influenciar os preços: a concorrência, a aceitação do
mercado, objetivos da empresa em determinado momento. Basicamente a formação de preço está atrelada ao
interesse da empresa e logicamente esta deseja obter a melhor rentabilidade possível, seja no presente ou em um
futuro. Por isto que as empresas procuram sempre conter seus gastos o máximo possível: a grande concorrência em
praticamente todos os setores faz com que novas empresas surjam mais “enxutas”. Empresas mais compacta e
melhor planejada têm menos custos e despesas, com maior capacidade de produção, e consequentemente com
maior vantagem competitiva, o que acaba impactando diretamente no valor do preço de venda.
Podemos notar que a formação de preços é muito mais complexa do que apenas o levantamento dos custos
e despesas para se chegar a um valor que se quer “ganhar”. Obviamente dentre as variáveis que estão fora do
controle da empresa, como concorrência, mudanças econômicas, mudanças de costume dos consumidores, imagem
da empresa no mercado entre outros, devem ser analisadas em paralelo aos objetivos da empresa e sua necessidade
de cobrir custos e despesas.
Mas o lado racional da formação de preços, que é aquele que se calcula o valor do preço de venda com base
nos gastos que a empresa tem, com o levantamento de todos os custos, despesas e impostos, adicionando-se a
margem de ganho que a empresa quer ter, deve ser utilizado por todas as empresas. Além de se chegar ao preço
que se precisam vender seus produtos, mercadorias ou serviços, o cálculo do preço de venda baseado nos gastos da
empresa permite que ela também possa analisar toda sua estrutura de custos e despesas e tomar decisões acerca de
processos produtivos e despesas com administração, vendas entre outras, permitindo ao administrador corrigir ou
melhorar o desempenho da empresa cada vez mais.
Talvez depois de ter lido isto, você possa começar a enxergar a “ponta do iceberg” da formação de preço e a
sua complexidade e importância da estrutura de custos de uma empresa. Apesar de existirem fatores exógenos mais
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fortes que a empresa possa controlar, a luta pela redução de custos e despesas sempre será essencial para a
formação de preço e manutenção da competitividade da empresa.
Desta forma, a contabilidade de custos vem contribuir com seus métodos de cálculo, ajudando o
administrador a estruturar os gastos, organizando-os através dos padrões estabelecidos pelos sistemas de Custeio
por Absorção e Custeio Variável/Direto.
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Preço de Venda = Gastos Variáveis / (100% - valor percentual da margem de lucro- % impostos sobre
vendas)
Vamos utilizar os seguintes dados e aplicar este conceito para verificar a diferença de preço encontrada nos
dois sistemas de custeio, considerando uma margem de lucratividade de 30% e 18% de impostos sobre vendas
novamente:
Gastos Variáveis 250,00
Custos Fixos 100,00
Despesas Operacionais Fixas 200,00
Conferindo se chegamos aos 30% de margem de lucratividade, que no custeio variável devemos considerar a
margem de contribuição:
Demonstração do Resultado do Exercício – Variável/Direto
Receita de Vendas Bruta 480,77 100,00%
( - ) Impostos sobre Venda 86,54 18,00%
( = ) Receita de Vendas Líquida 394,23 82,00%
( - ) Gastos Variáveis 250,00 52,00%
( = ) Margem de Contribuição 144,23 30,00%
( - ) Custos e Despesas Fixas 300,00 62,40%
( = ) Lucro Antes do IRPJ e CSLL - 155,77 -32,40%
Considerações finais:
No custeio variável/direto, apenas os gastos variáveis são considerados. Isto ajuda a “flexibilizar” a formação
de preço e isolar aqueles gastos que ocorrem independente da quantidade vendida de produtos, mercadorias ou
serviços.
Assim fica mais fácil calcular preço de vendas para quantidades específicas permitindo que a empresa atenda
diferentes demandas com preços diferenciados, uma vez que o custo fixo, por ser um tipo de custo que tem um
valor relativamente mais baixo quando o comparamos com o custo de matérias primas ou mão-de-obra, por
exemplo
E para entendermos mais tecnicamente o nome do que fizemos, no momento em fomos calcular o preço de
venda fizemos uma conta: 100% - percentual da margem de lucro - % da alíquota dos impostos sobre vendas, que no
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nosso exemplo foi 100% - 30% - 18% = 52% ou em decimal, que é como devemos fazer na calculadora, 1 - 0,30 –
0,18 = 0,52. Este resultado 52% ou 052 é chamado de mark-up.
Então Mark-up é o índice que indica o quanto o valor de venda do produto deve estar acima de
seus gastos variáveis e dos impostos sobre vendas para que a empresa, após deduzir estes impostos e
gastos consiga obter, em percentual, a margem de contribuição desejada.
Exercício:
Com base na tabela de gastos a seguir, calcule o preço de venda e apure o resultado mensal pelos sistemas
da empresa Alphatronics S/A que produziu 10.000 unidades de seu único produto e confira se a empresa conseguirá
atingir uma margem de lucratividade de 20%, pagando 12% de impostos sobre vendas:
1º passo: Classificar em custos e despesas variáveis e fixos os gastos da tabela anterior:
Notem que os custos variáveis foram multiplicados pelas quantidades vendidas justamente para deixar todos
os gastos com base no total vendido, ou seja, 10.000 unidades.
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Gasto unitário
Mark-up
Valor de Venda
Agora basta montar a Demonstração do Resultado do Exercício com este preço de venda para a quantidade
de 10.000 unidades produzidas. Tome cuidado ao analisar a lucratividade porque aqui no Custeio Variável/Direto ela
aparece na Margem de Contribuição:
O Ponto de Equilíbrio
Também conhecido como Break Even Point é o método no qual é possível calcular o volume que a empresa
precisa produzir ou vender para que consiga cobrir todos os custos e despesas fixas, além de, obviamente, cobrir os
custos e despesas variáveis que ela necessariamente tem de incorrer para fabricar/vender o produto, mercadoria ou
serviço.
No ponto de equilíbrio necessariamente não há lucro ou prejuízo. A partir do momento em que a empresa
venda volumes adicionais superiores à quantidade definida como Ponto de Equilíbrio, então ela passa a ter lucros. A
principal função do Ponto de Equilíbrio é estabelecer uma meta mínima de venda necessária para empresa não
tenha prejuízo. Uma vez calculado o Ponto de Equilíbrio, se a empresa não conseguir atingir a venda da quantidade
calculada, então ela passará a ter prejuízo.
O cálculo do Ponto de Equilíbrio envolve apenas o sistema de Custeio variável/Direto, visto que nas fórmulas
que veremos adiante, utilizaremos sempre a Margem de Contribuição, e como ela só faz parte deste sistema de
custeio, ficaremos restritos à ele enquanto abordamos este tema.
Apesar de ser uma ferramenta simples e fácil de calcular, a falta da definição do Ponto de Equilíbrio para
qualquer empresa, principalmente para as Microempresas e Empresas de Pequeno porte, é o fator crucial para o
fechamento delas. Segundo o Sebrae (2014), cerca de 73% das microempresas fecham no primeiro ano de vida.
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Muitas vezes as pessoas movidas pelo impulso de ser independente, deixa de lado o racional, que seria fazer
um estudo mais profundo da viabilidade de abertura de um negócio, e abrem suas empresas na expectativa que elas
deem certo. Quando fecham as portas, geralmente seus proprietários culpam o governo, a instabilidade política, a
falta de crédito, altos custos. Mas isto deveria ter sido analisado pelo proprietário antes de abrir as portas.
Já em empresas de médio e grande porte, a probabilidade disto acontecer é menor, em função de ela já ter
desenvolvido um controle interno de custos e métodos de formação de preço e quantidades a serem vendidas
impostas pelo mercado. Para estas empresas, no qual a competitividade é grande e pequenos erros podem causar
sérios problemas financeiros. Unindo tudo isto às agressivas ações de marketing, ultrapassar o ponto de equilíbrio
fica muito mais fácil.
Ponto de Equilíbrio Contábil: é a definição mais comum e mais utilizada. O Ponto de Equilíbrio Contábil é a
maneira no qual calculamos a quantidade a ser vendida pela empresa de produto, mercadoria ou serviço suficiente
para gerar uma Receita Bruta de Vendas que deverá cobrir todos os impostos, custos e despesas e não obter nem
lucro nem prejuízo.
A partir de uma unidade a mais vendida das quantidades apuradas pelo Ponto de Equilíbrio, a empresa
começa a obter lucro. A fórmula do Ponto de Equilíbrio Contábil é:
Ponto de Equilíbrio Financeiro: Para o cálculo deste Ponto de Equilíbrio, temos de nos lembrar dos conceitos
econômicos e financeiros aplicados em finanças e contabilidade. Quando temos um resultado econômico, este valor
representa ganhos ou gastos que a empresa efetivamente não incorreu, ou seja, não entrou ou saiu de seu caixa.
Um exemplo clássico de gasto econômico é a depreciação, que é lançada como despesa na DRE, mas que
efetivamente a empresa não desembolsou dinheiro.
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Por exemplo, os gastos fixos de uma empresa somam 5.000,00 e existe a parcela de 300,00 embutidas no
custo fixo referente à depreciação. Logo o valor a ser utilizado é de 4.700,00 (5.000,00 – 300,00), representando a
verdadeira situação financeira da empresa. Assim, ficamos com a seguinte fórmula:
Vale lembrar que o cálculo do PEF leva a empresa estar equilibrando-se financeiramente, mas estará com
prejuízo econômico de 300,00 já que não estará conseguindo recupera-se da parcela consumida de seu Ativo
Imobilizado, impossibilitando que ela possa fazer a reposição de algum equipamento, veículo ou outros, uma vez
que ela não estará recuperando este valor para conseguir ter dinheiro no futuro para tal troca.
Sabendo que a empresa paga a alíquota de impostos sobre vendas de 11,61%, calcule o preço de venda
unitário deste determinado produto, sabendo que foram produzidos 20.000 unidades e a empresa deseja obter um
Lucro de 25%. Em seguida descubra qual a quantidade mínima que a empresa precisa vender para obter o Ponto de
Equilíbrio. Faça a Montagem da Demonstração do Resultado do Exercício pelo Sistema de Custeio Variável/Direto e
confira se a empresa não obteve nem lucro, nem prejuízo.
Apenas para o exemplo ficar completo, o exercício deve começar da mesma maneira que o fizemos quando
vamos montar o preço de venda, pois na fórmula do Ponto de Equilíbrio, se faz necessário o uso do valor da Margem
de Contribuição e este valor nós só teremos depois que calcularmos o valor do preço de venda.
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3° passo: levantar os custos e despesas da empresa, classificando-os e calculando o gasto por unidade
produzida:
Gastos variáveis 102.000,00
Custos Fixos 1.200,00
Despesas Administrativas 25.000,00
Despesas com Vendas 3.000,00
Total 131.200,00
Quantidade Produzida 20.000,00
Gasto Variável Unitário 5,10
4°passo: Agora vamos aplicar a fórmula do Ponto de Equilíbrio Contábil e descobrir as quantidades
necessárias para não ter nem Lucro nem Prejuízo. Como na fórmula precisamos da Margem de Contribuição por
unidade do produto, precisamos calcular este valor primeiro. Então temos:
Temos de utilizar mais de duas casas depois
da vírgula, pois o arredondamento impactaria
Receita Bruta de Venda Unitária 8,05 em um resultado muito diferente,
( - ) Impostos sobre Vendas 0,9346 distorcendo muito os resultados finais.
( = ) Receita Líquida de Venda Unitária 7,1154 Quanto mais casas depois da vírgula você
usar, mais preciso fica seu resultado!
( - ) Gasto Variável Unitário 5,1000
( = ) Margem de Contribuição Unitária 2,0154
Então a empresa Delta precisaria vender pelo menos 14.488 unidades para não ter prejuízo.
Tome cuidado, no valor de 14.488, fizemos um arredondamento, pois o valor exato da conta é de
14.488,43902 unidades. Como não tem como vender “pedaço” do produto, temos de arredondar o valor, o que vai
impactar em uma pequena diferença no momento que fomos apurar o resultado. Fique atento!
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6°passo: Vamos verificar se o resultado está correto:
Notem que temos uma pequena diferença, mas que é irrelevante no resultado final. Isto é o impacto de dois
arredondamentos que fizemos: um é o do preço de venda e o outro é das quantidades vendidas. Mas isto não tem
importância como já dito, servindo apenas como alerta para que você não ache que está fazendo errado.
7°passo: Agora vamos aplicar o conceito do Ponto de Equilíbrio Econômico. Como já explicado, no Ponto
de Equilíbrio Econômico temos a inclusão do valor monetário, que a empresa deseja obter. Então basta apenas
incluir este e aplicar na fórmula para descobrir qual a quantidade necessária a ser vendida para obter este lucro.
Vamos supor que neste exemplo, a empresa deseja obter um lucro de 50.000,00 com a venda de um único
produto. Então calcularemos a quantidade necessária a ser vendida a parir da fórmula:
PEE = Custos e Despesas Fixas + Lucro Desejado em $ = 29.200,00 + 50.000,00 39.297 Unidades
Margem de Contribuição Unitária 2,0154
Na fórmula, basta apenas incluir o valor do lucro desejado pela empresa, pois o valor da Margem de
Contribuição Unitária nós já havíamos calculado anteriormente. Novamente nós temos um valor arredondado de
39.297 unidades, sendo que o valor sem arredondamento seria de 39.297,40994. Novamente teremos uma pequena
diferença irrelevante no resultado final em função deste arredondamento.
Outro detalhe é que na fórmula estamos usando o valor monetário que empresa deseja obter. Não faça confusão
com o cálculo da formação de preço, no qual utilizamos o valor que a empresa deseja obter em percentual. São
cálculos totalmente distintos: aqui utilizamos o quanto a empresa deseja ter de lucro em dinheiro e não um
percentual sobre suas vendas. Note que existe uma diferença bem grande.
Então vamos apurar o resultado para verificar se a empresa consegue obter o lucro de 50.000,00 com a
venda de 39.297 unidades:
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8°passo: E por fim, temos o Ponto de Equilíbrio Financeiro, no qual a empresa quer isolar aqueles gastos
que não representaram uma efetiva saída de dinheiro de seu caixa. As depreciações se encaixam perfeitamente
nesta situação, pois elas são lançadas na DRE como Custo ou Despesa, mas que a empresa não desembolsou um
centavo. Houve apenas uma perda do valor do bem que a empresa tem. Neste exemplo temos a depreciação das
Máquinas, no valor de 400,00. Então, aplicando na fórmula teríamos:
Vendendo a quantidade de 14.290 unidades, a empresa conseguiria pagar todos os seus gastos fixos e
variáveis, juntamente com os impostos. As depreciações, como não significam pagamentos que envolvem saída de
dinheiro, não teriam impacto financeiro na empresa. Vamos conferir se esta quantidade vendida é realmente
suficiente para pagar todos os gastos e impostos da empresa com exceção da depreciação.
Notem que a empresa fica com um Prejuízo Líquido de 400,01. Este prejuízo é o valor da Depreciação, que foi
excluída da conta do Ponto de Equilíbrio. A diferença de 0,01 centavo é referente ao arredondamento das
quantidades a serem vendidas, conforme comentado anteriormente.
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Então o Ponto de Equilíbrio Financeiro, como o próprio nome diz, revela a quantidade a ser vendida
suficiente para a cobertura dos gastos que efetivamente serão pagos. Gastos que representam apenas uma situação
Econômica, ou seja, que não sairá dinheiro do caixa da empresa para pagá-lo, não entra neste cálculo. Isto porque a
empresa faz várias análises, que na pior das hipóteses, ela tem que vender a quantidade suficiente para cobrir seus
gastos Financeiros, podendo deixar de lado temporariamente estes gastos Econômicos. Mas isto não pode se
estender por muito tempo, visto que um gasto Econômico como a depreciação, por exemplo, é lançada como um
custo ou despesa e participa da formação de preço do produto, mercadoria ou serviço justamente para que a
empresa recupere este gasto e tenha a capacidade de efetuar substituições e modernizações, já que
constantemente, máquinas e equipamentos evoluem, surgindo novos modelos mais eficientes.
Exercício:
1 - A empresa Ômicron, que atua no ramo de produção de bolos e pães Industrializados está enquadrada
pelo Sistema de Tributação Simples Nacional. A alíquota de imposto que esta empresa vem pagando atualmente é
de 11,92%. Para a fabricação de um determinado produto, o bolo de frutas, a empresa incorre nos seguintes gastos:
Sabendo que a empresa deseja obter a rentabilidade de 27% para uma produção de 50.000 unidades em um
mês, descubra qual deve ser o valor de venda pelo custeio variável/direto e calcule o Ponto de Equilíbrio Contábil,
Econômico e Financeiro, com a devida apuração de resultado. No Ponto de Equilíbrio Econômico, a empresa deseja
obter um lucro no valor de 75.000,00.
Mark-up
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2° passo: levantar os custos e despesas da empresa, classificando-os e calculando o gasto por unidade produzida
(faça a classificação na primeira tabela e apenas some os resultados e preencha esta tabela):
Gastos variáveis
Custos Fixos
Despesas Administrativas
Despesas com Vendas
Total
Quantidade Produzida
Gasto Unitário
Gasto unitário
Mark-up
Valor de Venda
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Um dado muito interessante, que ao finalizar seu exercício você vai notar que quando calcularmos o preço de venda
com uma margem de lucratividade de 27%, esta está sendo atingida independente da quantidade vendida (vide o
“Check” que você calculou nos três tipos de ponto de equilíbrio). Isso explica porque o Custeio Variável Direto é
muito utilizado para formação e preço e cálculo do Ponto de Equilíbrio: o isolamento dos gastos variáveis faz com
que se tenha a real visão dos gastos envolvidos no processo de produção. E uma vez que o preço de venda foi
construído com base nestes gastos variáveis, sempre teremos a mesma margem de contribuição em percentual. A
grande importância deste estudo está em alavancar o resultado da empresa com o volume de vendas, que cresce ao
passo que as quantidades vendidas aumentam.
Referências Bibliográficas:
ASSAF, Alexandre N.; Lima, Gustavo G. Fundamentos da Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2010.
BRIGHAM, Eugene F.; HOUSTON, Joel F. Fundamentos da Moderna Administração Financeira. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo: Harbra, 1997.
LEONE, George S. G. Curso de Contabilidade de Custos. 4º edição. São Paulo: Atlas, 2010.
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