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Prof.

Igor Cintra
SEFAZ/MG 2022 – Contabilidade Geral e Avançada – Questões Comentadas (FGV) Aula 03

Aula 03 – SEFAZ/MG –
Resolução de Questões da FGV
Contabilidade Geral e Contabilidade Avançada
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Sumário
AULA 03 3

QUESTÕES COMENTADAS 4
ANC INVESTIMENTOS. CPC 18 – INVESTIMENTO EM COLIGADA, EM CONTROLADA E EM EMPREENDIMENTO CONTROLADO EM CONJUNTO. 4
ANC INTANGÍVEL. CPC 04 – ATIVO INTANGÍVEL. 42

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 74

GABARITO 105

MEMÓRIA DE ELEFANTE 106

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Aula 03
E aí pessoal, tudo bem?

Antes de iniciar a aula desta semana eu lembro que é absolutamente necessário que você realize um rígido controle
de desempenho! Você deve massacrar seus pontos fracos!

Na aula de hoje trataremos basicamente de aspectos do Ativo Não Circulante – Investimentos. É muito importante
que você domine os aspectos do cálculo do Método de Equivalência Patrimonial. Também analisaremos questões
sobre o Pronunciamento Técnico CPC 18.

Além disso falaremos sobre o Ativo Não Circulante – Intangível e Pronunciamento Técnico CPC 04.

Qualquer dúvida estou à disposição no fórum do site.

Por fim, também te convido para entrar no meu canal gratuito do Telegram, onde posto conteúdo de
Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Contabilidade de Custos para os alunos focados em concursos
públicos. Clique na figura abaixo.

Vamos, então, à aula desta semana!

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Questões Comentadas
ANC Investimentos. CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em
Empreendimento Controlado em Conjunto.

1. (FGV – Contador – SEFIN/RO – 2018)

A Cia. XYZ, que atua no ramo de alimentos, possui 60% do capital votante e total da Cia. M, sobre a qual
exerce controle, e 5% do capital da Cia. P, na qual exerce influência significativa. Ela tem a intenção de vender
as ações da Cia. P, quando o preço de mercado atingir um valor que gere lucro.

Em 31/12/2015, os patrimônios líquidos da Cia. M e da Cia. P eram de R$ 50.000.

No ano de 2016, a Cia. M apresentou lucro de R$ 10.000 e distribuiu R$ 2.000 em dividendos. Já a Cia. P
apresentou lucro de R$ 20.000 e distribuiu R$ 4.000 em dividendos.

Assinale a opção que indica o valor reconhecido como Resultado por Equivalência Patrimonial na
Demonstração do Resultado do Exercício da Cia. XYZ, em 31/12/2016, referente às suas participações
acionárias.

(A) R$ 4.800.

(B) R$ 5.600.

(C) R$ 6.000.
(D) R$ 7.000.

(E) R$ 10.000.

RESOLUÇÃO:
A grande sacada desta questão era perceber que o investimento da Cia. XYZ na Cia. P não tem intenção de
permanência. Com isso, sobre tal investimento não será aplicado o Método de Equivalência Patrimonial (trata-se,
pois, de mero instrumento financeiro).

Assim, apenas o investimento na Cia. M será avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial. Como tal entidade
apurou um lucro de R$ 10.000, a investidora reconhecerá:

𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝐿𝐸 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜


𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 10.000 × 60% = 𝑹$ 𝟔. 𝟎𝟎𝟎
Com isso, o valor reconhecido como Resultado de Equivalência Patrimonial será de R$ 6 mil, o que torna correta a
alternativa C.

GABARITO: C

2. (FGV – Analista – IMBEL – 2021)

Na Demonstração do Resultado do Exercício, a Receita de Equivalência Patrimonial corresponde à(ao)

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A) venda com lucro de participação em empresas investidas que eram reconhecidas por meio do método de
equivalência patrimonial.

B) ganho decorrente de variação de participação acionária na investida.

C) valor recebido por meio de dividendos de empresas investidas.

D) parcela dos resultados de empresas investidas, reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial.
E) ganho com subscrição e bonificação de ações.

RESOLUÇÃO:

Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente
reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do
investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação
nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação
em outros resultados abrangentes da investida.

Sendo assim, na Demonstração do Resultado do Exercício o resultado de equivalência patrimonial será


representado pela participação do investidor na investida multiplicado pelo resultado apurado por esta.

GABARITO: D

3. (FGV – Contador – MPE/AL – 2018)


A Cia. A tem participação de 40% na Cia. B e exerce influência significativa nela.

Em 2017, os seguintes fatos ocorreram na Cia. B:

• Receitas operacionais à vista: R$ 24.000;


• Receitas operacionais a prazo: R$ 4.000;
• Despesas operacionais à vista: R$ 8.000.
• Reconhecimento e pagamento de imposto sobre a renda e contribuição social: R$ 6.800;
• Declaração de dividendos: R$ 5.000.
Com base nas informações acima, assinale a opção que indica o lucro líquido da Cia. A, em 31/12/2017.
a) R$ 3.280,00.

b) R$ 5.280,00.

c) R$ 8.200,00.

d) R$ 10.280,00.
e) R$ 13.200,00.

RESOLUÇÃO:
Sabe-se que a base de cálculo do método de equivalência patrimonial é o resultado apurado pela investida. Sendo
assim, a partir dos dados do enunciado vamos apura-lo!

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Receitas R$ 28.000
( – ) Despesas (R$ 8.000)
( – ) IR/CSLL (R$ 6.800)
( = ) Lucro R$ 13.200

Com isso podemos, enfim, aplicar o Método de Equivalência Patrimonial.

𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝐿𝐸 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜


𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 13.200 × 40% = 𝑹$ 𝟓. 𝟐𝟖𝟎
Assim, correta a alternativa B.

GABARITO: B

4. (FGV – Perito – PC/AM – 2022)


A Cia A tem 100% de participação na Cia B.

Em X0, a Cia A contabilizou os seguintes fatos:


– Receita com prestação de serviços a terceiros: R$ 100.000.
– Custos e despesas: R$ 130.000.

Já a Cia B contabilizou os seguintes fatos:


– Receita com prestação de serviços a terceiros: R$ 60.000.
– Custos e despesas: R$ 20.000.
– Distribuição de dividendos: R$ 8.000.

O resultado da Cia A em 31/12/X0, sem considerar a incidência de impostos, foi


(A) prejuízo de R$ 30.000.
(B) prejuízo de R$ 22.000.

(C) lucro de R$ 2.00.

(D) lucro de R$ 10.000.

(E) lucro de R$ 18.000.

RESOLUÇÃO:
Segundo o enunciado a Cia A tem 100% de participação na Cia B. Portanto, tal investimento será avaliado pelo
método da equivalência patrimonial.
Em X0 a Cia. B apurou um lucro de R$ 40 mil, afinal a receita com prestação de serviços a terceiros foi de R$ 60
mil e os custos e despesas foram de R$ 20 mil.
Conclui-se, portanto, que o resultado de equivalência patrimonial (contabilizado na Cia. A) será o seguinte:
𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝐿𝐸𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜
𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 40.000 × 100% = 𝑹$ 𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎
A partir disso vamos apurar o resultado da Cia. A.

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Receitas R$ 100.000
( – ) Custos e Despesas (R$ 130.000)
( + ) Resultado de Equiv. Patrimonial R$ 40.000
( = ) Resultado R$ 10.000
Com isso, correta a alternativa D.
Perceba que nesta análise não consideramos a distribuição de dividendos, pois não há impacto no resultado da
Cia. A.

GABARITO: D

5. (FGV – ISS-Niterói-RJ – 2015)


A Alfa S.A. é uma holding que detém participações societárias em diversas outras sociedades. O diagrama
abaixo indica, através de setas, os percentuais de participação de cada uma dessas sociedades no capital
votante das outras.

Em cada uma das companhias, o restante das participações societárias, não indicadas no diagrama, é detido
por um único acionista, que não é parte relacionada da Alfa S.A. e não mantém nenhum tipo de acordo de
acionistas com ela. As demonstrações contábeis consolidadas da Alfa S.A. deverão incluir, como se fossem
uma única entidade econômica, os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa:

(A) da Cia. B;

(B) das Cias. B e E;

(C) das Cias. A, B, D e E;

(D) das Cias. B, C, E e F;


(E) de todas as companhias.

RESOLUÇÃO:

Ainda não vimos nada sobre consolidação das demonstrações contábeis. O objetivo aqui não é explicar o processo
de consolidação propriamente dito, mas sim verificar quais das entidades são controladas pela Alfa (controle
direto ou indireto).

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O objetivo da consolidação das demonstrações contábeis é apresentar aos usuários da informação contábil a
posição da entidade controladora e suas controladas como se fossem uma única entidade.

Presume-se o controle quando a investidora possui mais de 50% das ações com direito a voto da investida. O
controle pode ocorrer diretamente (Cia. B) ou indiretamente, por meio de outras controladas (Cia. E).

Perceba que a Cia. Alfa também possui o controle indireto sobre a entidade C, pois possui o controle de 51% das
ações (das quais 46% de forma direta e 5% pela Cia. B, sua controlada.) Da mesma forma há controle da Cia. Alfa
sobre a Cia. F no mesmo valor de 51% (5% pela Cia. B, 45% pela Cia. C e 1% pela Cia. E)

Assim, correta a alterativa D.


Perceba que a análise de controle é distinta da análise da propriedade. Por exemplo, a Alfa S.A. é proprietária de
30,25% da Cia. E (55% de 55%). No entanto, trata-se de sua controlada indireta, pela própria relação de controle
que a Cia. B possui sobre a Cia. E.

GABARITO: D

6. (FGV – Assistente – ALERO – 2018)


Em 31/12/2017, uma entidade possuía um investimento em outra sociedade com caráter temporário, e
pretendia se desfazer do investimento em alguns anos.

Assinale a opção que indica a classificação correta do investimento, no balanço patrimonial de 31/12/2017 da
entidade.
a) Ativo Realizável a Longo Prazo.

b) Investimento.

c) Propriedade para Investimento.

d) Ativo Intangível.
e) Patrimônio Líquido.

RESOLUÇÃO:
Segundo o enunciado a entidade possui um investimento em caráter temporário. Sendo assim, resta a
classificação no Ativo Circulante ou Não Circulante Realizável a Longo Prazo. Como há informação de que a
entidade pretendia se desfazer do investimento em alguns anos conclui-se que trata de Ativo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo.

Com isso, correta a alternativa A.


Tenha cuidado com a alternativa B, pois são classificados no ANC Investimentos os investimentos em caráter
permanente.
GABARITO: A

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7. (FGV – Contador – SEDUC-AM – 2014)

A Cia X é uma empresa de consultoria. Em seu balanço patrimonial, de 31/12/2013, deve estar contabilizado
como ativo circulante:

(A) Empréstimo bancário obtido com prazo de 05 de outubro de 2014.

(B) Saldo a receber de clientes em 10 de janeiro de 2015.

(C) Contas a receber por um serviço de consultoria prestado à empresa controlada, para recebimento em julho de
2014.

(D) Adiantamento a acionista que deverá ser recebido em maio de 2014.

(E) O saldo de dividendos a ser distribuído referente ao ano de 2013.

RESOLUÇÃO:

Antes de analisar as alternativas lembre-se de que serão classificados no:

• Ativo Circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as


aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte
• ANC – Realizável a Longo Prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243),
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração
do objeto da companhia.

(A) Empréstimo bancário obtido com prazo de 05 de outubro de 2014.


O empréstimo bancário está contabilizado no Passivo Circulante, o que torna a alternativa incorreta.

(B) Saldo a receber de clientes em 10 de janeiro de 2015.


Como o direito será realizável após o término do exercício subsequente (que ocorre em 31/12/2014), tal saldo será
classificado, em 31/12/2013, no ANC – Realizável a Longo Prazo.
(C) Contas a receber por um serviço de consultoria prestado à empresa controlada, para recebimento em julho
de 2014.

Perceba que a prestação se serviço é atividade usual da entidade. Assim, não importa para quem foi realizado tal
serviço, a classificação em Circulante e Não Circulante deve ser feita de acordo com o prazo de recebimento. Como
este ocorrerá durante o exercício social subsequente, a entidade deverá classifica-lo no Ativo Circulante.
(D) Adiantamento a acionista que deverá ser recebido em maio de 2014.

Independentemente do prazo de realização, adiantamento ou empréstimos a sociedades coligadas ou


controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia serão classificados no ANC – Realizável
a Longo Prazo.
(E) O saldo de dividendos a ser distribuído referente ao ano de 2013.

Os dividendos distribuídos serão classificados no Passivo Circulante da entidade.


Assim, correta a alternativa C.
GABARITO: C

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8. (FGV – Analista – DPE/RO – 2015)

Um investimento avaliado pelo método de custo deve:


(A) ter periodicamente seu valor justo mensurado e os ganhos ou perdas reconhecidos no resultado;
(B) com base na Lei nº 6.404/76, e suas alterações, ser baixado para resultado ou avaliado ao valor justo;
(C) ser avaliado por equivalência patrimonial;
(D) ter seu valor recuperável testado quando houver evidência de perda;
(E) ser ajustado pela deliberação sobre a distribuição de dividendos.
RESOLUÇÃO:
De acordo com a Lei n° 6.404/76, os investimentos avaliados pelo custo devem são mensurados pelo seu custo
de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver
comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a
companhia, de ações ou quotas bonificadas.
Importante lembrar que estes investimentos só serão avaliados pelo custo se tais títulos patrimoniais não tiverem
preço de cotação em mercado ativo e seu valor justo não puder ser mensurado com confiabilidade. Se houve valor
justo confinável e disponível, tais instrumentos deverão ser avaliados pelo valor justo.
Com isso, conclui-se peça correção da alternativa D. Realmente os investimentos avaliados pelo custo devem
passar pelo teste de recuperabilidade, ou seja, seu valor contábil deve refletir o valor recuperável deste ativo.
GABARITO: D

9. (FGV – Técnico – CODEBA – 2016)


Em 31/12/2015 uma empresa possuía participações permanentes no capital social de outras sociedades.
Assinale a opção que indica a correta classificação dessas participações no Balanço Patrimonial da empresa.
(A) Patrimônio Líquido.
(B) Passivo não Circulante.
(C) Ativo Imobilizado.
(D) Ativo Intangível.
(E) Investimento.
RESOLUÇÃO:
Segundo o art. 179, III, da Lei n° 6.404/76, são classificados em Investimentos as participações permanentes em
outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem
à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
Com isso, correta a alternativa E.
GABARITO: E

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10. (FGV – Técnico – COMPESA – 2014)

Em uma empresa prestadora de serviços, os itens a seguir estão classificados na conta Investimentos do
Ativo, à exceção de um. Assinale-o.

(A) Participações permanentes em sociedades controladas.

(B) Terreno mantido sem produção de renda e destinado a uso futuro, na expansão da empresa.

(C) Obra de arte exposta na sala de reuniões.


(D) Direito a receber por empréstimo concedido a outra entidade.

(E) Participações permanentes em sociedades coligadas.

RESOLUÇÃO:

Com exceção da alternativa D, todas as demais trazem exemplos de itens classificados no Ativo Não Circulante –
Investimentos.

O direito a receber por empréstimos concedido a outra entidade será classificado normalmente pela entidade, de
acordo com o prazo de recebimento. Se ocorrer até o fim do exercício subsequente no Ativo Circulante. Caso o
recebimento seja posterior a isso a entidade deverá classifica-lo no Realizável a Longo Prazo.

Muitos alunos ficaram em dúvida em relação à alternativa B. Lembre-se que terrenos e edificações fora de uso, ou
destinados à locação, ou à futura expansão, são classificados como investimentos permanentes.

GABARITO: D

11.(FGV – Analista de Controle Interno – SEFAZ/RJ – 2011)


Em 01 de janeiro de X1, a Cia. F comprou 90% de participação da Cia. A, pagando R$ 900,00, em uma
transação efetuada com base no valor patrimonial. Durante o ano de X1, a Cia. A auferiu lucro de R$ 200,00 e
declarou dividendos de 25%, que corresponde ao mínimo obrigatório, sem constituição de reserva legal. Em
dezembro de X1, a Cia. F vendeu a sua participação na Cia. A para terceiros por R$ 1.500,00.

Qual foi o resultado obtido pela Cia. F na alienação da participação societária na Cia. A, considerando que o
método utilizado é o da equivalência patrimonial?

a) R$ 420.
b) R$ 300.

c) R$ 465.

d) R$ 600.

e) R$ 500.
RESOLUÇÃO:

O enunciado diz que a aquisição se deu pelo valor de R$ 900,00. Este será o valor inicial do investimento, que será
ajustado através do Resultado da Equivalência Patrimonial. Se a empresa controlada auferiu um lucro de R$

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200,00, teremos um Ganho de Equivalência Patrimonial de R$ 180,00 (Lucro x percentual no Capital Social) e o
lançamento será o seguinte:

D – Investimentos em Controladas R$ 180,00


C – Ganho de Equivalência Patrimonial R$ 180,00

O lançamento dos dividendos, de 25%, será assim realizado:


D – Dividendos a Receber R$ 45,00
C – Investimentos em Controladas R$ 45,00

Assim, a conta Investimentos em Controladas apresentará um saldo de R$ 1.035,00 antes da venda (R$ 900,00 +
R$ 180,00 – R$ 45,00).

Como a venda foi realizado por R$ 1.500,00, conclui-se que o resultado obtido na alienação da participação foi de
R$ 465,00.

GABARITO: C

12. (FGV – Auditor Fiscal – SEFIN/RO – 2018)


Em 02/01/2017, a Cia. A possuía 50% das ações totais e votantes da Cia. B, exercendo controle compartilhado
com a Cia. C. Na data, o patrimônio líquido da investida era de R$ 100.000.

Em 03/01/2017, a Cia. A comprou da Cia. C, à vista, o equivalente a 50% das ações totais e votantes
remanescentes da Cia. B, pagando R$ 70.000 à vista.
Assinale a opção que indica o impacto da operação, se existente, na Demonstração do Resultado do Exercício
da Cia. A.

a) Receita de R$ 20.000.

b) Reserva de lucro de R$ 20.000.


c) Goodwill de R$ 20.000.

d) Ajuste a valor patrimonial de R$ 20.000.


e) Não há impacto.
RESOLUÇÃO:

O enunciado afirma que em 02/01/2017, a Cia. A possuía 50% das ações totais e votantes da Cia. B, exercendo
controle compartilhado com a Cia. C. Na data, o patrimônio líquido da investida era de R$ 100.000. Sendo assim,
o Investimento está contabilizado pela investidora pelo valor de R$ 50.000.

Segundo o enunciado em 03/01/2017, a Cia. A comprou da Cia. C, à vista, o equivalente a 50% das ações totais e
votantes remanescentes da Cia. B, pagando R$ 70.000 à vista. Tal operação, portanto, indica que o Valor Justo de
100% das ações da Cia. C valem R$ 140.000. Sendo assim, o valor do Investimento na Cia. B deve ser mensurado
por tal valor (visto que a Cia. A possui 100% das ações da Cia. B). Assim:

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Perceba que para “fechar” o razonete resta um lançamento de ajuste, de R$ 20.000. Tal ajuste deve ser realizado
de acordo com o seguinte lançamento:

D – Investimentos Cia. B R$ 20.000 ( ↑ ANC Investimentos)


C – Res. Equivalência Patrimonial R$ 20.000 ( ↑ Resultado)

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

13.(FGV – ISS Cuiabá/MT – 2016)


A Cia. A possui participação societária na Cia B, investida com participação de 18% do capital social. O diretor
financeiro da Cia. A é membro do conselho de administração da Cia B.
De acordo com a Lei nº 6.404/76, o investimento na Cia. B deve ser avaliado no balanço patrimonial da Cia.
A, pelo

a) valor justo.
b) valor de saída.

c) método do custo.
d) método da reavaliação.

e) método da equivalência patrimonial.

RESOLUÇÃO:
A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes
formas:

(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;

(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras
distribuições;

(c) operações materiais entre o investidor e a investida;

(d) intercâmbio de diretores ou gerentes;


(e) fornecimento de informação técnica essencial.

Conclui-se, portanto, que se trata de coligada e tal investimento deverá seu avaliado pelo Método de Equivalência
Patrimonial.
Assim, correta a alternativa E.
GABARITO: E

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14. (FGV – Auditor MPE/AL – 2018)

As contas listadas a seguir podem ser classificadas como Receitas Financeiras na elaboração da
Demonstração do Resultado do Exercício, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Descontos obtidos.

b) Receitas de títulos vinculados ao mercado aberto.

c) Receitas sobre outros investimentos temporários.


d) Prêmio de resgate de títulos.

e) Receita com equivalência patrimonial.

RESOLUÇÃO:

A Receita de Equivalência Patrimonial é considerada na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) como


“Outras Receitas Operacionais”.

Com isso, correta a alternativa E.

GABARITO: E

15.(FGV – Contador – Paulínia/SP – 2016)


A Cia Alfa possui participação de 12% no capital social da Cia Beta. O presidente da Cia Alfa integra o conselho
de administração da Cia Beta.

Com base nas informações acima e de acordo com a Lei nº 11.638/2007 e com os pronunciamentos técnicos
do CPC, assinale a opção que indica como a participação societária da Cia Alfa na Cia Beta deve ser
considerada.

(A) Associada
(B) Coligada

(C) Controlada

(D) Conjugada

(E) Subsidiária

RESOLUÇÃO:

O Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado


em Conjunto define Coligada como a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.

Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma
investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas.
Se o investidor mantém direta ou indiretamente, vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-
se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro
lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente, menos de vinte por cento do poder de voto da investida,
presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente

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demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente
impede que um investidor tenha influência significativa sobre ela.

A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes
formas:

(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;


(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras
distribuições;

(c) operações materiais entre o investidor e a investida;


(d) intercâmbio de diretores ou gerentes;

(e) fornecimento de informação técnica essencial.

Assim, apesar ada Cia. Alfa possuir apenas 12% do Capital Social de Beta, o que indicaria falta de influência
significativa, esta é evidenciada pela representação do Presidente da Cia. Alfa no Conselho de Administração de
Beta.

Desta maneira, a influência significativa fica evidenciada. Beta, portanto, é considerada uma Coligada de Alfa.
GABARITO: B

16. (FGV – Analista Judiciário – TJ/RO – 2015)


A Cia. Alfa, que não é uma entidade de investimento e cujas ações são negociadas em bolsa de valores, é
titular de direitos de sócio que lhe asseguram, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais
e o poder de eleger a maioria dos administradores da Beta S.A. Além disso, a Cia. Alfa também detém
participações societárias na Gama S.A. e na Delta S.A. Porém, enquanto na Gama S.A. a Cia. Alfa participa
nas decisões das políticas financeiras e operacionais, embora não a controle, na Delta S.A. a Cia. Alfa não tem
qualquer tipo de ingerência. Em suas demonstrações financeiras, a Cia. Alfa deverá avaliar os investimentos:

(A) na Beta S.A., na Gama S.A. e na Delta S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir seus ativos,
passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa nas demonstrações consolidadas;
(B) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir seus ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa nas demonstrações consolidadas;

(C) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Beta S.A. nas demonstrações consolidadas;

(D) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Gama S.A. nas demonstrações consolidadas;
(E) na Gama S.A. e na Delta S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Beta S.A. nas demonstrações consolidadas.

RESOLUÇÃO:

O enunciado diz que a Cia. Alfa é titular de direitos de sócio que lhe asseguram, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores da Beta. Com isso,

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conclui-se que trata-se de uma controlada, sendo que este investimento será avaliado pelo Método de
Equivalência Patrimonial. Além disso, é necessária a elaboração de demonstrações contábeis consolidadas.
Interessante observar que com a edição das Leis n° 11.638/07 e n° 11.941/09, e também da emissão do CPC 36,
todas as sociedades por ações, mesmo as fechadas, estão obrigadas à elaboração das demonstrações
consolidadas quando possuírem investimentos em controladas.
Também foi dito que a Cia. Alfa detém participações societárias na Gama, participando das decisões das políticas
financeiras e operacionais, embora não a controle. Com isso, conclui-se que trata-se de uma coligada. Este
investimento, portanto, também será avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial.
Por fim, o enunciado diz que Cia. Alfa detém participações societárias na Delta, mas não tem qualquer tipo de
ingerência nesta. Assim, este investimento será avaliado pelo método do custo.

Com isso, correta a alterativa C.

GABARITO: C

17.(FGV – Analista – DPE/RO – 2015)


Uma empresa de limpeza de tubulação de esgoto – Clean Tubus – foi constituída para atender a Companhia
de Água e Esgoto do Estado (CAESG). Eventualmente a Clean Tubus pode atender outras companhias quando
autorizada pela CAESG. Também é responsabilidade da CAESG definir o preço da prestação de serviços e dar
aval para qualquer risco operacional da Clean Tubus.
A CAESG efetuou um empréstimo de $ 500.000,00 com taxa de juros de 10% a.a. para que a Clean Tubus
pudesse iniciar suas operações. Tal empréstimo é passível de conversão em capital social a qualquer momento
por interesse da CAESG.

Seguem informações sobre o capital social das duas empresas:

Considerando apenas as informações acima, a relação da empresa Clean Tubus com a CAESG é:

(A) apenas fornecedora de serviços;

(B) controlada em conjunto em razão de possuir o mesmo acionista;


(C) coligada por pertencer ao mesmo grupo econômico;

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(D) coligada em razão da influência significativa exercida pela CAESG;

(E) controlada, e deve compor o balanço consolidado da CAESG.

RESOLUÇÃO:

O enunciado traz um exemplo em que a CAESG possui controle sobre a Clean Tubus, afinal, há preponderância
nas decisões políticas operacionais da investida. Veja que o enunciado é claro ao mencionar que a “Clean Tubus foi
constituída para atender a CAESG e que eventualmente poderá atender outras companhias quando autorizada pela
CAESG”.

Ou seja, há o poder para dirigir as atividades relevantes da Clean Tubus. Neste sentido, tal investimento será
mensurado pelo Método de Equivalência Patrimonial, bem como a necessidade da elaboração das Demonstrações
Consolidadas.

Desta forma, correta a alternativa E.

GABARITO: E

18. (FGV – Analista Judiciário – Contador – TJ/GO – 2014)


A Cia Brasil possui 50% das ações da Cia Americana e avalia esse investimento por equivalência patrimonial.
O Patrimônio Líquido da Cia Americana em 1º/01/2013 era composto por:

• Capital = $6.000 (6.000 ações)


• Reservas de capital = $2.000
• Reservas de lucro = $2.000

Tendo por base apenas tais informações, sabe-se que em seu Balanço Patrimonial final de 2012 a Cia Brasil
reconheceu um total de $5.000 em relação aos seus investimentos na Cia Americana.

Durante 2013 a Cia Americana não registrou nenhuma transação em suas atividades, exceto o aporte de mais
$6.000 de capital, sendo emitidas 6.000 novas ações de $1,00 cada. Sabe-se que a Cia Brasilpermaneceu com
a participação demonstrada no Balanço Patrimonial final de 2012, dado que não dispunha de caixa para novos
investimentos em 2013.

Destarte, em decorrência exclusivamente dos eventos narrados sobre sua participação acionária na Cia
Americana, ao final de 2013 a Cia Brasil:
(A) contabilizou $1.000 a crédito em outros resultados abrangentes;

(B) evidenciou um passivo continente de $3.000;

(C) contabilizou $1.000 a débito em outros resultados abrangentes;

(D) evidenciou $5.000 de investimentos na Cia Americana;

(E) contabilizou um passivo não circulante de $3.000.

RESOLUÇÃO:
O ganho ou a perda decorrente da variação do percentual de participação da Investidora sobre a Investida deve
ser contabilizado diretamente no Patrimônio Líquido, na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial.

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Perceba que a Cia. Brasil possui 3.000 ações da Cia. Americana, o que em 2012 representava 50% do total de ações.
Assim, seu investimento é reconhecido por:

𝑰𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 50% × 𝑃𝐿𝐼𝑁𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐷𝐴 = 50% × $ 10.000 = $ 𝟓. 𝟎𝟎𝟎


Ocorre que durante 2013 a Cia. Americana registrou o aporte de mais 6.000 ações a $ 1,00 cada, totalizando,
portanto, 12 mil ações. Assim, conclui-se que o novo percentual de participação da Cia. Brasil será de:
3.000 𝑎çõ𝑒𝑠
% 𝒅𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒑𝒂çã𝒐 = = 𝟐𝟓%
12.000 𝑎çõ𝑒𝑠
Após este aporte, o Patrimônio Líquido da Cia. Americana passou a ser de $ 16.000 (saldo inicial de $ 10.000 +
aporte de novas ações no valor de $ 6.000). Assim, o valor do Investimento passará a ser de:

𝑰𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 25% × 𝑃𝐿𝐼𝑁𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐷𝐴 = 25% × $ 16.000 = $ 𝟒. 𝟎𝟎𝟎


Ou seja, houve uma perda de $ 1.000 decorrente da variação do percentual de participação da Cia. Brasil na Cia.
Americana, e o registro contábil será:
D – Ajustes de Avaliação Patrimonial $ 1.000 (PL)
C – Investimentos $ 1.000 (ANC Investimentos)

Lembre-se que tais valores serão considerados na Demonstração do Resultado Abrangente como Outros
Resultados Abrangentes, que são itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são
reconhecidos na demonstração do resultado do exercício.

Assim, correta a alternativa C.


GABARITO: C

19. (FGV – Analista – DPE/RO – 2015)


Uma empresa controladora possui uma controlada com patrimônio líquido negativo. A prática contábil
aplicável nesse caso é:

(A) deve reconhecer passivos contingentes e outras obrigações cabíveis nas demonstrações separadas;
(B) nas demonstrações consolidadas, as controladas com patrimônio líquido igual a zero ou negativo não devem
ser consolidadas por terem efeito nulo;
(C) nas demonstrações individuais, deverá ser refletido o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido
que são obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo econômico;

(D) quando a participação do investidor nos prejuízos do período se igualar ou exceder o saldo contábil de sua
participação na investida, o investidor deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em perdas futuras;
(E) reduzir o investimento até zero e um passivo deve ser reconhecido somente na extensão em que o investidor
tiver incorrido em obrigações legais.

RESOLUÇÃO:

Questão interessante da FGV.

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Segundo o CPC 18, quando a participação do investidor nos prejuízos do período da coligada ou do
empreendimento controlado em conjunto se igualar ou exceder o saldo contábil de sua participação na investida,
o investidor deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em perdas futuras. A participação na
investida deve ser o valor contábil do investimento nessa investida, avaliado pelo método da equivalência
patrimonial, juntamente com alguma participação de longo prazo que, em essência, constitui parte do
investimento líquido total do investidor na investida.

Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas adicionais devem ser
consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente na extensão em que o investidor tiver incorrido em
obrigações legais ou construtivas (não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da investida. Se a
investida subsequentemente apurar lucros, o investidor deve retomar o reconhecimento de sua participação
nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua
participação nas perdas não reconhecidas.

No entanto, o enunciado é claro ao dizer que se trata de uma controlada. O próprio CPC diz que o disposto acima
não é aplicável a investimento em controlada no balanço individual da controladora, devendo ser observada
a prática contábil que produzir o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido para a controladora
que são obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo econômico, para atendimento ao requerido
quanto aos atributos de relevância e de representação fidedigna (o que já inclui a primazia da essência sobre a
forma), conforme dispõem o Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro e o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis.

Assim, correta a alternativa C.


GABARITO: C

20. (FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/ES –2021)


A Cia. A apresentava, em 02/01/X1, o balanço patrimonial a seguir.

Cia A
Ativo
Investimentos – Cia B 50.000
Total 50.000
PL
Capital Social 50.000
Total 50.000

A Cia. A tem o controle compartilhado da Cia. B com a Cia. X e utiliza o método da equivalência patrimonial
para avaliação do investimento. É definido que a Cia. A não tem responsabilidade pelos passivos de suas
empresas investidas e não efetua pagamentos em nome delas. Em X1, a Cia. B apurou prejuízo de R$100.000.
Assinale a opção que indica o tratamento contábil da Cia. A em relação ao investimento na Cia. B, em
31/12/X1, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em
Empreendimento Controlado em Conjunto.

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(A) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 50.000;


C- Investimentos - R$ 50.000.

(B) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 50.000;


C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 50.000.

(C) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;


C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 100.000.

(D) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;


C- Provisão para contingências - R$ 100.000.
(E) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;
C- Investimentos - R$ 50.000;
C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 50.000.
RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 18 controle conjunto (ou compartilhado) é o compartilhamento,


contratualmente convencionado, do controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades
relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle.
O item 38 do Pronunciamento Técnico CPC 18 diz que:

38. Quando a participação do investidor nos prejuízos do período da coligada ou do empreendimento


controlado em conjunto se igualar ou exceder o saldo contábil de sua participação na investida, o
investidor deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em perdas futuras. A participação
na investida deve ser o valor contábil do investimento nessa investida, avaliado pelo método da
equivalência patrimonial, juntamente com alguma participação de longo prazo que, em essência, constitui
parte do investimento líquido total do investidor na investida. Por exemplo, um componente, cuja
liquidação não está planejada, nem tampouco é provável que ocorra num futuro previsível, é, em essência,
uma extensão do investimento da entidade naquela investida. Tais componentes podem incluir ações
preferenciais, bem como recebíveis ou empréstimos de longo prazo, porém não incluem componentes como
recebíveis ou exigíveis de natureza comercial ou quaisquer recebíveis de longo prazo para os quais existam
garantias adequadas, tais como empréstimos garantidos. O prejuízo reconhecido pelo método da
equivalência patrimonial que exceda o investimento em ações ordinárias do investidor deve ser aplicado
aos demais componentes que constituem a participação do investidor na investida em ordem inversa de
interesse residual - seniority (isto é prioridade na liquidação).

Em seguida, o item 39 dispõe acerca de mais detalhes sobre o procedimento a ser aplicado quando a investida
apura um prejuízo que supere o valor do investimento, veja:

39. Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas adicionais devem ser
consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente na extensão em que o investidor tiver
incorrido em obrigações legais ou construtivas (não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em

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nome da investida. Se a investida subsequentemente apurar lucros, o investidor deve retomar o


reconhecimento de sua participação nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe cabe nesses
lucros posteriores se igualar à sua participação nas perdas não reconhecidas.

Segundo o enunciado a Cia. B apurou prejuízo de R$100.000. Além disso, diz que a Cia. A não tem responsabilidade
pelos passivos de suas empresas investidas e não efetua pagamentos em nome delas.
Assim, resta a alternativa A como correta.

Apenas ressalto que o examinador poderia ter deixado claro que a Cia. A possui 50% das ações da Cia. B. De
qualquer forma, as demais alternativas não poderiam ser assinaladas pela presença de passivos constituídos.

GABARITO: A

21. (FGV – Consultor – SEFAZ/ES – 2022)

A Cia. A tem 100% de participação na Cia B, sua subsidiária integral. O valor do investimento é de R$ 30.000.

Em X1, a Cia. B reconheceu receita de prestação de serviços com terceiros de R$ 50.000 e despesas com
terceiros de R$ 90.000.

Assinale a opção que indica o impacto do investimento na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e
no Balanço Patrimonial (BP) individuais da Cia. A, em 31/12/X1.

(A) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 30.000 na DRE e nenhum reconhecimento no
BP.

(B) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 40.000 na DRE e nenhum reconhecimento no
BP.
(C) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 40.000 na DRE e de Investimento de -R$
40.000 no BP.
(D) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 30.000 na DRE e de provisão para passivo a
descoberto de R$ 10.000 no BP.

(E) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 40.000 na DRE e de provisão para passivo a
descoberto de R$ 10.000 no BP.

RESOLUÇÃO:
Segundo o enunciado a Cia. A tem 100% de participação na Cia B. O valor do investimento é de R$ 30.000. Assim,
perceba que neste momento o saldo do investimento no Balanço Patrimonial da Cia. A será evidenciado na
seguinte forma:
Investimentos
R$ 30.000
Diz, ainda, que em X1, a Cia. B reconheceu receita de prestação de serviços com terceiros de R$ 50.000 e despesas
com terceiros de R$ 90.000. Em resumo: a Cia. B apurou um prejuízo de R$ 40 mil. Portanto, a investidora realizará
o reconhecimento da equivalência patrimonial sobre tal resultado, da seguinte forma:

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𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣. 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜


𝑬𝒒𝒖𝒊𝒗. 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍 = (𝑅$ 40.000) × 100% = (𝑹$ 𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎)
Com isso a entidade investidora realizará o seguinte lançamento contábil:
D – Resultado Negativo de Equiv. Patrimonial R$ 40.000 ( ↓ Resultado)
C – Investimentos R$ 30.000 ( ↓ Ativo)
C – Provisão para Passivo a Descoberto em Investimentos R$ 10.000 ( ↑ Passivo Exigível)
Com isso, correta a alternativa E.
A banca FGV, no entanto, adotou a alternativa D como gabarito preliminar.
Segundo o Manual Fipecafi “(...) as perdas sofridas pelas controladas que tornem seu patrimônio líquido negativo
têm que ser obrigatoriamente reconhecidas também como perdas via equivalência patrimonial na investidora, a
fim de que se mantenha a igualdade entre os lucros e patrimônios líquidos das demonstrações individuais e
consolidadas.”
Com isso, não há que se cogitar no reconhecimento de apenas R$ 30 mil pela equivalência patrimonial. Este seria
o procedimento correto no caso de investimentos em coligada ou do empreendimento controlado em conjunto.

GABARITO: D

22. (FGV – Contador – DPE/RJ – 2014)

A empresa Jogajunto possui uma participação de 40% na empresa Senjogo. Outros 15% do capital da Senjogo
estão pulverizados nas bolsas de valores BM&F Bovespa e na de Nova York. Os demais 45% estão em posse
do banco Investidolar. Desses 45% da Investidolar, a Jogajunto possui uma opção de compra de 20% e que
pode ser realizada a qualquer momento.

No ano de X1 a Senjogo obteve um lucro de R$ 100.000,00. Além disso, a Senjogo possui em seu estoque R$
60.000,00 em mercadorias adquiridas da Jogajunto. No balancete da Jogajunto é possível encontrar os
seguintes saldos:

Venda de Mercadorias 500.000


Venda de Mercadorias para a Senjogo 60.000
Total de Vendas 560.000
Custo das Mercadorias Vendidas 380.000
Custo das Mercadorias Vendidas para a Senjogo 45.000
Total do CMV 425.000
Considerando apenas as informações acima e desconsiderando qualquer efeito de impostos, o resultado de
equivalência patrimonial é
(A) R$ 34.000,00.
(B) R$ 40.000,00.
(C) R$ 45.000,00.
(D) R$ 54.000,00.
(E) R$ 25.000,00.

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RESOLUÇÃO:

Pelos dados no enunciado percebe-se que o Lucro apurado na venda das mercadorias para a Senjogo foi de R$
15.000,00 (R$ 60 mil – R$ 45 mil). Como toda mercadoria ainda está no estoque da Senjogo, conclui-se que este
lucro ainda não foi realizado em relação às entidades fora do grupo. É o que chamamos de Lucro Não Realizado.

Numa transação entre controladora e sua controlada, no cálculo do Método de Equivalência Patrimonial, devemos
excluir todo o Lucro Não Realizado.

Zé Curioso: ”Professor, mas o enunciado diz que a empresa Jogajunto possui uma participação de 40% na empresa
Senjogo. Não seria, portanto, uma coligada?”
Zé, ótima pergunta! Lembre-se que o CPC 18 diz em seu item 7 que a entidade pode ter em seu poder direitos de
subscrição, opções não padronizadas de compras de ações (warrants), opções de compra de ações, instrumentos
de dívida ou patrimoniais conversíveis em ações ordinárias ou outros instrumentos semelhantes com potencial de,
se exercidos ou convertidos, conferir à entidade poder de voto adicional ou reduzir o poder de voto de outra
parte sobre as políticas financeiras e operacionais da investida (isto é, potenciais direitos de voto). A existência e a
efetivação dos potenciais direitos de voto prontamente exercíveis ou conversíveis, incluindo os potenciais direitos
de voto detidos por outras entidades, devem ser consideradas na avaliação de a entidade possuir ou não
influência significativa ou controle. Os potenciais direitos de voto não são exercíveis ou conversíveis quando, por
exemplo, não podem ser exercidos ou convertidos até uma data futura ou até a ocorrência de evento futuro.

Sendo assim, considerando que dos 45% das ações em poder da Investidolar, a Jogajunto possui uma opção de
compra de 20% e que pode ser realizada a qualquer momento.
Com isso, 40% das ações que a Jogajunto já possui da Senjogo, mais 20% da opção de compra, chegamos a 60%
o que indica o controle.

Aqui vale uma nota importante: a FGV entendeu que a Jogajunto possui 20% em relação ao total de ações
existentes da Senjgo, e não 20% de 45%, que é o total de ações em posse da Investidolar. Esta informação poderia
ter sido melhor formulada pelo examinador, pois 20% de 45% é igual a 9%. Neste caso seria uma relação de
influência significativa (coligada), pois 40% + 9% = 49%.
Assim, devemos utilizar a fórmula do MEP considerando que se trata de uma controlada.

𝑀𝐸𝑃 = (𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜) − 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑁ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜


𝑴𝑬𝑷 = (𝑅$ 100.000,00 × 40%) − 𝑅$ 15.000,00 = 𝑹$ 𝟐𝟓. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
Tenha atenção, pois a opção de compra só foi considerada na análise do controle (ou da influência significativa).
Para fins de cálculo do Método de Equivalência Patrimonial utilizamos o percentual de ações que a investidora
efetivamente possuí (neste caso, 40%).

Desta forma, correta a alternativa E.


GABARITO: E

23.(FGV – Analista Judiciário – Contador – TJ/GO – 2014)


A Cia Goiás comprou 100% da Cia São Paulo e pagou à vista $30.000. O acervo líquido da Cia São Paulo a valor
contábil era de $50.000, representado por ativos de $60.000 e passivos de $10.000. O acervo líquido da Cia

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São Paulo a valor justo era de $55.000, representado por ativos de $65.000 e passivos de $10.000. Em
decorrência dessa operação, a Cia Goiás contabilizou:

(A) $25.000 de deságio, evidenciados no seu resultado;

(B) $5.000 de deságio, evidenciados no ativo intangível do seu Balanço Patrimonial;

(C) $20.000 de deságio, evidenciados no seu resultado;


(D) $5.000 de ágio, evidenciados no ativo intangível do seu Balanço Patrimonial;

(E) $25.000 de ágio, evidenciados no ativo intangível do seu Balanço Patrimonial individual.

RESOLUÇÃO:
Perceba que o enunciado traz uma situação onde o valor pago pela aquisição ($ 30 mil) é menor que o valor justo
líquido dos ativos da Cia. São Paulo ($ 55 mil).

A diferença, de $ 25 mil deve ser tratada como ganho por compra mais vantajosa ou deságio, sendo evidenciado
no resultado do exercício da Cia. Goiás como receita.

Assim, correta a alternativa A.

GABARITO: A

24. (FGV – Contador – SMF Niterói/RJ – 2015)

A Cia. Comercial Beta tem uma participação de 80% no capital social da Industrial Gama S.A., que é composto
exclusivamente por ações ordinárias. Durante x1, a Industrial Gama S.A. produziu 250.000 unidades do
Produto X, a um custo unitário de R$ 1,70, tendo vendido, ao todo, 200.000 unidades do produto durante o
período. Dessas 200.000 unidades, 100.000 foram adquiridas pela Cia. Comercial Beta, a um preço de R$ 2,00
cada, que revendeu 60.000 unidades a terceiros independentes do grupo econômico ao qual a Cia. Comercial
Beta pertence, por R$ 2,50 cada. Essas transações não são tributadas, a Industrial Gama S.A. é fornecedora
exclusiva dos Produtos X à Cia. Comercial Beta, e no início de x1 nenhuma das companhias possuía estoques
desse produto. Desse modo, a menos que seu valor realizável líquido seja menor, no balanço patrimonial
consolidado da Cia. Comercial Beta, em 31/12/x1, o estoque de Produtos X estará registrado pelo custo de:
(A) R$ 68.000;

(B) R$ 80.000;

(C) R$ 153.000;

(D) R$ 165.000;
(E) R$ 180.000.

RESOLUÇÃO:
Segundo o enunciado a empresa Gama (controlada) vendeu 200 mil unidades do Produto X, sendo 100 mil
unidades para a empresa Beta (controladora).
O enunciado ainda diz que a empresa Beta revendeu 60 mil unidades a terceiros. Com isso, conclui-se que
permaneceram em seu estoque 40 mil unidades (ou 40% das mercadorias adquiridas de sua controlada).

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Percebe-se que houve um Lucro na operação “intragrupo” de R$ 30.000,00. No entanto, nem toda mercadoria
adquirida nesta operação “intragrupo” foi repassada a terceiro (vimos que 40% das mercadorias adquiridas pela
Beta permanecem em seu estoque). Com isso conclui-se que o Lucro Não Realizado é de R$ 12.000,00 (40% x R$
30.000,00).
Com isso, percebe-se que o valor do estoque final da Gama é de R$ 85.000,00 (50 mil unidades x R$ 1,70). O estoque
final da Beta, por sua vez, é de R$ 80.000,00.

Zé Curioso: “Professor, então quer dizer que a soma dos estoques é de R$ 165.000,00 e a alternativa D é a resposta?”

Não Zé, cuidado! A questão pede o valor do estoque no Balanço Consolidado! Temos, neste caso, que
desconsiderar os lucros não realizados do estoque de Beta. Assim, o estoque consolidado será de:

𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑜𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑜 = 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝐺𝑎𝑚𝑎 + 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝐵𝑒𝑡𝑎 − 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑁ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜


𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑜𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑜 = 𝑅$ 85.000,00 + 𝑅$ 80.000,00 − 𝑅$ 12.000,00
𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒐 = 𝑹$ 𝟏𝟓𝟑. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
Com isso, correta a alternativa C.
Outra forma de chegar ao resultado é pensar na quantidade de unidades do Produto X em poder do grupo. Sabe-
se que há 50 mil unidades na Gama e 40 mil unidades na Beta. O grupo, portanto, possui em seus estoques 90 mil
unidades ao custo unitário de R$ 1,70. Assim, o estoque consolidado será de R$ 153.000,00 (90 mil unidades x R$
1,70).

Veja que neste caso devemos utilizar o custo de produção do Produto X contabilizado pela Gama (e não o custo de
aquisição dos estoques para a empresa Beta, que foi de R$ 2,00).

GABARITO: C

25.(FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/AM – 2022)


Em 31/12/X0, as Cias X e Y apresentavam os seguintes balanços patrimoniais:

Cia X Cia Y
Caixa 25.000 8.000
Estoques 12.000
Investimento (Cia Y) 16.000
Total do Ativo 41.000 20.000
Capital Social 41.000 20.000
Total do Patrimônio Líquido 41.000 20.000

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Em 10/01/X1, a Cia. Y vendeu todo o seu estoque para a Cia. X a prazo por R$20.000. Em 20/01/X1, a Cia. X
vendeu 60% do estoque para terceiros por R$24.000, a prazo.

Assinale a opção que indica, no balanço patrimonial da Cia. X, em 31/01/X1, o saldo da conta investimentos.

(A) R$16.000.

(B) R$19.200.
(C) R$20.800.

(D) R$22.400.

(E) R$24.000.
RESOLUÇÃO:
Primeiramente eu quero que você veja o Balanço Patrimonial e perceba que o investimento da Cia. X na Cia. Y é
avaliado pelo método de equivalência patrimonial, pois a participação daquela nesta é de 80%. Conseguimos
chegar nesta conclusão analisando o valor do investimento (R$ 16 mil) em relação ao Patrimônio Líquido da
investida (R$ 20 mil).
Segundo o enunciado em 10/01/X1 a Cia. Y vendeu todo o seu estoque para a Cia. X a prazo por R$ 20 mil. Veja,
no Balanço Patrimonial apresentado no enunciado, que os estoques custaram R$ 12 mil para a Cia. Y. Portanto, o
Lucro “Intragrupo” apurado nesta transação foi de R$ 8 mil.
O enunciado diz, ainda, que em 20/01/X1 a Cia. X vendeu 60% do estoque para terceiros. A partir desta
informação conseguimos calcular o Lucro Não Realizado da operação intragrupo.
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑁ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑎𝑑𝑜 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 Intragrupo × % 𝑑𝑒 𝑖𝑡𝑒𝑛𝑠 𝑒𝑚 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟 𝑑𝑜 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜
𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒂𝒅𝒐 = 𝑅$ 8.000 × 40% = 𝑹$ 𝟑. 𝟐𝟎𝟎
A partir disso podemos calcular o resultado de equivalência patrimonial. Lembre-se de que há Lucro Não Realizado
e devemos ajustar tal valor no cálculo da equivalência.
𝑀𝐸𝑃 = (𝐿𝐿𝐸𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜) − 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑁ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜
𝑴𝑬𝑷 = (𝑅$ 8.000 × 80%) − 𝑅$ 3.200 = 𝑹$ 𝟑. 𝟐𝟎𝟎
Portanto, o reconhecimento da equivalência patrimonial aumentará o saldo do investimento na Cia. Y de R$
16.000 para R$ 19.200.
Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

26. (FGV – Agente de Fiscalização – TCM/SP – 2015)

A Cia. Industrial Iota tem uma participação de 25% no capital social da Comercial Kapa S.A., que é composto
exclusivamente por ações ordinárias. Os demais investidores da Comercial Kapa S.A. são independentes do
grupo econômico ao qual a Cia. Industrial Iota pertence. Em 30/11/x1, a Cia. Industrial Iota vendeu produtos
à Comercial Kapa S.A. por um total de R$1.000.000. Esses produtos tiveram um custo para a Cia. Industrial
Iota de R$800.000. Até 31/12/x1, a Comercial Kapa S.A. havia vendido metade desses produtos a clientes que

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não eram partes relacionadas nem dela nem da Cia. Industrial Iota. Sabendo que essas transações não são
tributadas, que não houve outras operações entre ambas as companhias durante x1, e que ao final desse
exercício a Comercial Kapa S.A. obteve um lucro líquido de R$1.200.000, o efeito líquido no resultado da Cia.
Industrial Iota de sua participação nos resultados de x1 da Comercial Kapa S.A. será de:

(A) R$100.000;
(B) R$200.000;

(C) R$250.000;

(D) R$275.000;
(E) R$300.000.

RESOLUÇÃO:

Pelo enunciado percebe-se que a Cia. Kapa é uma coligada da Cia. Iota, pois a influência significativa é presumida
quando a investidora for titulas de 20% ou mais do capital votante da investida, sem controla-la.

Sabe-se que os investimentos em coligadas devem ser avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial. No
entanto, não devem ser computados os resultados não realizados decorrentes de transações intragrupo. Assim:

𝑀𝐸𝑃 = (𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 − 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑁ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜) × 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜


Sabe-se que a venda intragrupo gerou um lucro de R$ 200.000,00 (R$ 1.000.000,00 – R$ 800.000,00). No entanto,
nem todos os produtos adquiridos pela Cia. Kapa foram repassados a terceiros, evidenciando um lucro não
realizado de:

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑁ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝐼𝑛𝑡𝑟𝑎𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 × % 𝑒𝑚 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒


𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = 𝑅$ 200 𝑚𝑖𝑙 × 50% = 𝑹$ 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
Com isso podemos calcular o resultado de equivalência patrimonial!

𝑴𝑬𝑷 = (𝑅$ 1.200.000,00 − 𝑅$ 100.000,00) × 25% = 𝑹$ 𝟐𝟕𝟓. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎


O lançamento contábil será:

D – Investimentos em Coligadas R$ 275.000,00 (ANC – Investimentos)


C – Resultado de Equiv. Patrimonial R$ 275.000,00 (Resultado)

Assim, correta a alternativa D.


GABARITO: D

27.(FGV – Agente de Fiscalização – TCM/SP – 2015)


A Cia. Industrial Lambda tem uma participação de 75% no capital social da Comercial Mi S.A., que é composto
exclusivamente por ações ordinárias. Os demais investidores da Comercial Mi S.A. são independentes do
grupo econômico ao qual a Cia. Industrial Lambda pertence. Em 30/11/x1, a Cia. Industrial Lambda vendeu
produtos à Comercial Mi S.A. por um total de R$1.000.000. Esses produtos tiveram um custo para a Cia.
Industrial Lambda de R$800.000. Até 31/12/x1, a Comercial Mi S.A. havia vendido metade desses produtos,
por R$750.000, a clientes que não eram partes relacionadas nem dela nem da Cia. Industrial Lambda. Sabendo

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que essas transações não são tributadas e que não houve outras operações entre ambas as companhias
durante x1, o efeito líquido das transações descritas no resultado consolidado do exercício de x1 da Cia.
Industrial Lambda será de:

(A) R$100.000;

(B) R$200.000;
(C) R$250.000;

(D) R$350.000;

(E) R$450.000.
RESOLUÇÃO:

Para analisar o efeito destas transações no Balanço Consolidado basta pensar que as transações intragrupo não
existiram. Temos a seguinte situação:

Perceba que você deve tentar imaginar apenas as transações do grupo com terceiros (compra e venda). Ou seja,
eu sei que houve uma venda do grupo (Comercial Mi) com terceiros de R$ 750.000,00. Sei também que tais
mercadorias custaram para o grupo (Industrial Labda) R$ 400.000,00 (metade do CMV da venda entre Lambda e
Mi).

Com isso, o efeito das transações descritas no resultado consolidado será de R$ 350.000,00 (R$ 750.000,00 – R$
400.000,00).
GABARITO: D

28. (FGV – Analista de Controle Interno – SEFAZ/RJ – 2011)


A Cia. OH possui controle de participação na Cia. VB, com 51% das ações ordinárias. Em 20 de abril de 2011, a
Cia. OH vendeu um item do estoque que estava avaliado por R$ 10.000 pelo valor de R$ 15.000 à vista. Qual
foi o resultado da Cia. OH com essa operação, considerando que a taxa de juros aplicável para a Cia. OH é de
2% ao mês e que o estoque estava no patrimônio da investida?

a) Zero.

b) Prejuízo de R$ 100.

c) Lucro de R$ 5.000.

d) Lucro de R$ 4.901.

e) Prejuízo de R$ 99.
RESOLUÇÃO:

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Esta questão não foi muito bem elaborada. Traduzindo a situação que o enunciado trouxe temos que a Cia. OH
possui 51% das ações ordinárias (com direito a voto) da Cia. VB, que é, portanto, sua controlada. Além disso, houve
uma venda de mercadorias da controladora (Cia. OH) para a controlada (Cia. VB), no valor de R$ 15.000,00. Veja o
esquema:

Assim, não há dúvida que o Lucro da operação do dia 20/04/2011 é um Lucro de R$ 5.000,00.
Ocorre que os resultados decorrentes destas transações entre a controladora e a controlada não devem ser
reconhecidos nas demonstrações contábeis individuais da controladora enquanto os ativos transacionados
estiverem no balanço de adquirente pertencente ao mesmo grupo econômico. Perceba que a Cia. VB ainda não
vendeu os estoques adquiridos de sua controladora.
A eliminação é realizada deduzindo-se 100% do lucro contido no ativo ainda em poder do grupo econômico. Assim:
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑁ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑛𝑎 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎 × % 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒
𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = 𝑅$ 5.000,00 × 100% = 𝑹$ 𝟓. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
Nas demonstrações individuais, quando de operações de venda de ativos da controladora para suas controladas
(downstream), a eliminação do lucro não realizado deve ser feita no resultado individual da controladora,
deduzindo-se cem por cento do lucro contido no ativo ainda em poder do grupo econômico, em contrapartida
da conta de investimento (como se fosse uma devolução de parte desse investimento), até sua efetiva realização
pela baixa do ativo na controlada.
Assim, enquanto não realizado o resultado decorrente da venda entre a Cia. OH e a Cia. VB não será reconhecido
no Balanço da Cia. OH. Como todo o estoque permanece na Via. VB, todo Lucro não foi Realizado e o resultado da
Cia. OH nesta operação é zero.
GABARITO: A

29. (FGV – Contador – CODEBA/BA – 2010)


A Cia. K tem uma participação de 100% na Cia. A. A Cia. A compra por R$ 800 a prazo um terreno que estava
contabilizado na controladora por R$ 500. A Cia. A efetua uma obra no terreno no valor de R$ 200. Qual deve
ser o resultado a ser apresentado no Balanço Consolidado da Cia. K, admitindo que não tenha ocorrido
nenhuma outra operação no período?
(A) R$ 300.

(B) R$ 100.

(C) R$ 800.
(D) R$ 1.000.

(E) Zero.

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RESOLUÇÃO:

Perceba que a Cia. K apurou um lucro de R$ 300,00 na venda do imobilizado (terreno) para sua controlada.

Enquanto este terreno permanecer no patrimônio da controlada tal lucro é considerado como não realizado,
devendo ser eliminado.

Assim, admitindo que não tenha ocorrido nenhuma outra operação, não há resultado a ser apresentado no
Balanço Consolidado.

GABARITO: E

30. (FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/AM – 2022)

Em 01/01/X0, a Cia. X adquiriu 100% de participação na Cia. Y, por R$350.000.


O controle foi transferido em 10/01/X0. Neste dia, a Cia X, com o apoio de uma empresa de consultoria
externa, estimou o valor justo dos ativos e dos passivos da Cia. Y, do seguinte modo:

Valor Contábil Valor Justo


Ativo Total 250.000 290.000
Passivo Total 70.000 70.000
Patrimônio Líquido 180.000 220.000

Além disso, o valor justo dos ativos intangíveis não reconhecidos contabilmente na Cia. Y correspondiam a
R$15.000.

Assinale a opção que indica o valor do goodwill contabilizado pela Cia. X no momento do reconhecimento
contábil da operação.

(A) R$45.000.

(B) R$60.000.
(C) R$115.000.

(D) R$130.000.
(E) R$170.000.

RESOLUÇÃO:
A partir da data de aquisição, o adquirente deve reconhecer, separadamente do ágio por expectativa de
rentabilidade futura (goodwill), os ativos identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e quaisquer
participações de não controladores na adquirida
Segundo o enunciado o valor justo dos ativos intangíveis não reconhecidos contabilmente na Cia. Y correspondiam
a R$15.000. Portanto, vamos recalcular o valor do Patrimônio Líquido considerando tais valores.
Valor Contábil Valor Justo
Ativo Total 250.000 305.000
Passivo Total 70.000 70.000
Patrimônio Líquido 180.000 235.000

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Considerando que em 01/01/X0 a Cia. X adquiriu 100% de participação na Cia. Y por R$ 350 mil vamos calcular o
valor do ágio por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill).

𝑮𝒐𝒐𝒅𝒘𝒊𝒍𝒍 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑎𝑔𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑜 = 𝑅$ 350 𝑚𝑖𝑙 − 𝑅$ 235 𝑚𝑖𝑙 = 𝑹$ 𝟏𝟏𝟓. 𝟎𝟎𝟎
Com isso, correta a alternativa C.

O enunciado não pediu, mas vamos aproveitar e calcular também o valor do Ágio Mais-Valia.

Á𝑔𝑖𝑜 𝑀𝑎𝑖𝑠 𝑉𝑎𝑙𝑖𝑎 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙

Á𝒈𝒊𝒐 𝑴𝒂𝒊𝒔 𝑽𝒂𝒍𝒊𝒂 = 𝑅$ 235 𝑚𝑖𝑙 − 𝑅$ 180 𝑚𝑖𝑙 = 𝑹$ 𝟓𝟓 𝒎𝒊𝒍


GABARITO: C

31.(FGV – Contador – DPE/MT – 2015)


Em 01/01/2013, a Cia. “X” comprou 100% da Cia. ”Z” pagando R$100.000,00 à vista. O balanço patrimonial da
Cia. “Z” na data da compra era o seguinte:

Na elaboração do laudo sobre a Cia. “Z”, na data da compra, foram apurados os seguintes fatos:
O valor de mercado do terreno era de R$ 55.000,00.

A empresa possuía uma carteira de clientes com grande rentabilidade, avaliada por R$ 12.000,00.

A empresa possuía uma equipe muito motivada que havia sido treinada recentemente.

O custo do treinamento foi de R$ 3.000,00.

Com base nas informações acima, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 15 - Combinação de
Negócios, o valor do goodwill que deve ser reconhecido no processo de alocação do preço de compra, é de

(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 13.000,00.

(C) R$ 25.000,00.

(D) R$ 30.000,00.

(E) R$ 40.000,00.

RESOLUÇÃO:
Para calcular o valor do Goodwill devemos comparar o preço de compra, de R$ 100.000,00, com o Valor Justo
líquido dos ativos e passivos identificáveis da investida.

Veja que o valor contábil do investimento é de R$ 70.000,00. O valor justo, por sua vez, será de R$ 87.000,00. Esta
diferença de R$ 17.000,00 é explicada pelo valor de mercado do terreno (R$ 5 mil superior ao seu valor contábil) e
pela carteira de clientes, de R$ 12.000,00.

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O Custo de Treinamento não faz parte do custo de Ativo intangível!

Lembre-se que mesmo com a ausência de direitos legais de proteção ou de outro tipo de controle sobre as relações
com os clientes a entidade pode reconhecer um Ativo Intangível. A capacidade de realizar operações com esses
clientes ou similares por meio de relações não contratuais fornece evidências de que a entidade é, mesmo assim,
capaz de controlar os eventuais benefícios econômicos futuros gerados pelas relações com clientes. Uma vez que
tais operações também fornecem evidências que esse relacionamento com clientes é separável, ele pode ser
definido como ativo intangível.

Bem, com isso o valor do Goodwill será de:

𝑮𝒐𝒐𝒅𝒘𝒊𝒍𝒍 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑎𝑔𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑜 = 𝑅$ 100 𝑚𝑖𝑙 − 𝑅$ 87 𝑚𝑖𝑙 = 𝑹$ 𝟏𝟑. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
Com isso, correta B.

O enunciado não pediu, mas vamos aproveitar e calcular também o valor do Ágio Mais-Valia!

Á𝑔𝑖𝑜 𝑀𝑎𝑖𝑠 𝑉𝑎𝑙𝑖𝑎 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙

Á𝒈𝒊𝒐 𝑴𝒂𝒊𝒔 𝑽𝒂𝒍𝒊𝒂 = 𝑅$ 87 𝑚𝑖𝑙 − 𝑅$ 70 𝑚𝑖𝑙 = 𝑹$ 𝟏𝟕 𝒎𝒊𝒍


GABARITO: B

32.(FGV – Contador – Câmara Municipal – Recife/PE – 2014)


Desde 2010, a parcela relativa à participação dos não controladores integra o Patrimônio Líquido consolidado
e não mais figura entre o passivo e o patrimônio líquido na estrutura do Balanço Patrimonial. Numa
combinação de negócios, tal participação pode ser mensurada pelo:

a) método de equivalência patrimonial;


b) método de custo ou pelo método do valor justo;

c) valor justo ou com base no que lhes cabe no valor justo dos ativos líquidos;

d) método do valor justo;

e) método de equivalência patrimonial ou com base no que lhes cabe no valor justo dos ativos líquidos.
RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 15, o adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os
passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição.

Assim, correta a alternativa C.

GABARITO: C

33.(FGV – Contador – Paulínia/SP – 2016)


A Cia. ABC apresentava o seguinte balanço patrimonial em 31/12/15:

Terrenos 1.000

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Ativo Total 1.000


Financiamentos 1.500
Capital Social 2.000
Prejuízos Acumulados – 2.500
Passivo + PL 1.000
Nesta data a Cia. X adquiriu 100% da Cia. ABC por R$ 1,00, à vista.

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 15 – Combinação de Negócios, assinale a opção que indica o
lançamento correto feito pela Cia. X no momento da compra, admitindo que a Cia. ABC tem perspectiva de
lucros futuros e que os ativos e os passivos estavam mensurados a valor justo.

(A) D- Goodwill 1
C- Caixa 1

(B) D- Investimento 1
C- Caixa 1

(C) D- Investimento 501


C- Caixa 501
(D) D- Investimento 501
C- Ganho em compra vantajosa 500
C- Caixa 1
(E) D- Goodwill 501
C- Investimentos 500
C- Caixa 1

RESOLUÇÃO:

Percebe-se, pelo Balanço Patrimonial apresentado, que o Patrimônio Líquido da Cia. ABC é negativo (R$ 500,00).
Sabe-se que o Goodwill é dado pela diferença entre o valor pago e o valor justo do patrimônio líquido. Assim:

𝐺𝑜𝑜𝑑𝑤𝑖𝑙𝑙 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑎𝑔𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝐿


𝐺𝑜𝑜𝑑𝑤𝑖𝑙𝑙 = 1 − (−500) = 𝑹$ 𝟓𝟎𝟏
Desta forma, o registro desta aquisição será:
D – Goodwill R$ 501,00 (ANC)
C – Investimentos em Controladas R$ 500,00 (Retif. do ANC)
C – Caixa R$ 1,00 (AC)

Este lançamento encontra amparo no Ofício Circular CVM nº 01/2007, que diz em seu item 2.1.10:

“se, no momento da aquisição do investimento, o valor do Patrimônio Líquido da investida já for negativo,
o saldo inicial da equivalência patrimonial deve ser negativo, com o ágio representando a diferença entre
esse resultado e o custo de aquisição. O investimento total inicial, é claro, será positivo, representando o
valor efetivo pago. Esse ágio deve ser registrado e amortizado de acordo com o seu fundamento econômico
(mais valia de ativos, expectativa de rentabilidade futura ou recuperação de prejuízo e direitos de

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exploração/concessão). Essa prática permite um reconhecimento melhor dos resultados futuros da


investida, através da combinação do resultado da equivalência patrimonial se contrapondo à amortização
do ágio com base no seu fundamento econômico, bem como permite uma melhor apresentação do
patrimônio líquido consolidado.”

Assim, correta a alternativa E.


Evidentemente que no Balanço Patrimonial da Cia. X (adquirente), o Ativo Não Circulante evidenciará, na verdade,
um saldo líquido na conta Investimento em Controladas de R$ 1,00. O desdobramento do custo de aquisição, de
R$ 1,00, é realizado em Notas Explicativas (onde haverá o detalhamento sobre o valor do Goodwill e do Patrimônio
Líquido negativo da entidade adquirida).
Isso é um problema, pois o aluno com este conhecimento poderia ter assinalado a alternativa B. Enfim, são
situações de prova que temos que nos deparar...

GABARITO: E
12

34. (FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/ES –2021)


As Cias. X e Y apresentavam, em 31/12/x0, os balanços patrimoniais a seguir:

Cia X Cia Y
Ativo
Caixa 100.000 10.000
Terreno 22.000
Total do Ativo 100.000 32.000
Patrimônio Líquido
Capital Social 100.000 32.000
Total do PL 100.000 32.000
Em X1, a Cia. X comprou 80% da Cia. Y por R$ 40.000. Na data da compra, o valor de mercado do terreno era
avaliado em R$ 30.000 e o valor de mercado da marca era avaliado em R$ 5.000. Assinale a opção que indica
o goodwill total contabilizado no balanço patrimonial consolidado em 31/12/X1, admitindo-se que o valor
justo da parcela dos não controladores é igual ao do valor pago pelo novo controlador.
(A) R$ 4.000
(B) R$ 5.000
(C) R$ 10.000
(D) R$ 14.400
(E) R$ 18.000
RESOLUÇÃO:

Segundo o enunciado a Cia. X comprou 80% da Cia. Y por R$ 40.000. Para calcular o goodwill temos, portanto, que
comparar o valor pago com o valor justo daquilo que foi adquirido.

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O enunciado informa que na data da compra o valor de mercado do terreno era avaliado em R$ 30.000 (R$ 8 mil
acima de seu valor contábil) e o valor de mercado da marca era avaliado em R$ 5.000. Assim, conclui-se que o valor
justo do patrimônio líquido será de R$ 45.000, conforme detalhado abaixo.

𝑃𝐿𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑗𝑢𝑠𝑡𝑜 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑗𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑗𝑢𝑠𝑡𝑜

𝑷𝑳𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒋𝒖𝒔𝒕𝒐 = (𝑅$ 10.000 + 𝑅$ 30.000 + 𝑅$ 5.000) − 𝑅$ 0 = 𝑹$ 𝟒𝟓. 𝟎𝟎𝟎

Sendo assim, conclui-se que 80% do Patrimônio Líquido calculado ao valor justo é de R$ 36.000 (80% x R$ 45.000).
Assim:

𝐺𝑜𝑜𝑑𝑤𝑖𝑙𝑙 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑎𝑔𝑜 − 𝑃𝐿𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑗𝑢𝑠𝑡𝑜

𝑮𝒐𝒐𝒅𝒘𝒊𝒍𝒍 = 𝑅$ 40.000 − 𝑅$ 36.000 = 𝑹$ 𝟒. 𝟎𝟎𝟎


Este é, portanto, o goodwill referente a 80% da entidade adquirida. Com isso, o valor total do goodwill
contabilizado no balanço patrimonial consolidado em 31/12/X1 será de R$ 5.000 (R$ 4.000 / 80%).

Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

35.(FGV – ISS Paulínia/SP – 2021)


As Cias. X e Y apresentavam, em 31/12/X0, os balanços patrimoniais a seguir.

Ativo Circulante Cia X Cia Y


Caixa 50.000 10.000
Ativo Imobilizado
Terreno 20.000
Ativo Total 50.000 30.000
Patrimônio Líquido
Capital Social 50.000 30.000
Passivo + PL 50.000 30.000

Em 01/01/X1, a Cia. X comprou 100% da participação da Cia. Y por R$ 55.000 para pagamento em X2. Na data,
o terreno e a marca tinham valor justo de, respectivamente, R$ 25.000 e R$ 15.000.

Em 31/12/X1, aconteceram os seguintes fatos:

Cia. X:
• Receita com prestação de serviços a terceiros à vista: R$ 40.000
• Custo dos serviços prestados à vista: R$ 20.000

Cia. Y:
• Receita com prestação de serviços a terceiros à vista: R$ 20.000
• Custo dos serviços prestados à vista: R$ 10.000

Além disso, a Cia. Y fez um teste de recuperabilidade de seus ativos e constatou que o terreno tinha
recuperabilidade de R$ 17.000 e, a marca, recuperabilidade de R$ 8.000.

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Assinale a opção que indica o saldo da conta Investimentos, apresentado no balanço patrimonial da Cia. X,
em 31/12/X1.

(A) R$ 15.000.

(B) R$ 50.000.

(C) R$ 40.000.
(D) R$ 62.000.

(E) R$ 70.000.

RESOLUÇÃO:
Questão complexa e cheia de detalhes da banca FGV!
Inicialmente vamos analisar o lançamento realizado, pela Cia. X, no dia 01/01/X1, em função da compra de 100%
da participação da Cia. Y por R$ 55 mil. Segundo o enunciado o terreno e a marca tinham valor justo de,
respectivamente, R$ 25.000 e R$ 15.000. Assim, podemos calcular o valor justo do Patrimônio Líquido da Cia. Y.
Caixa 10.000
Terreno 25.000
Marca 15.000
Valor Justo do PL da Cia. Y 50.000
Com isso podemos, então, calcular o valor do ágio mais valia e do goodwill.
Á𝑔𝑖𝑜 𝑀𝑎𝑖𝑠 𝑉𝑎𝑙𝑖𝑎 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝐿 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑑𝑜 𝑃𝐿
Á𝒈𝒊𝒐 𝑴𝒂𝒊𝒔 𝑽𝒂𝒍𝒊𝒂 = 𝑅$ 50 𝑚𝑖𝑙 − 𝑅$ 30 𝑚𝑖𝑙 = 𝑹$ 𝟐𝟎 𝒎𝒊𝒍
𝐺𝑜𝑜𝑑𝑤𝑖𝑙𝑙 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑎𝑔𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝐿
𝑮𝒐𝒐𝒅𝒘𝒊𝒍𝒍 = 𝑅$ 55 𝑚𝑖𝑙 − 𝑅$ 50 𝑚𝑖𝑙 = 𝑹$ 𝟓 𝒎𝒊𝒍
Assim, a investidora (Cia. X) realizará o seguinte lançamento contábil no momento da aquisição:
D – Investimentos na Cia. Y R$ 55 mil (ANC Investimentos)
C – Títulos a Pagar R$ 55 mil (Passivo Exigível)
Segundo o enunciado em 31/12/X1 a Cia. Y apurou receita com prestação de serviços a terceiros de R$ 20 mil, sendo
que o custo dos serviços prestados foi de R$ 10 mil. Conclui-se, portanto, que o lucro de tal operação foi de R$ 10
mil.
Além disso, há informação de que a Cia. Y fez um teste de recuperabilidade de seus ativos e constatou que o
terreno tinha recuperabilidade de R$ 17 mil e, a marca, recuperabilidade de R$ 8 mil. Veja no Balanço Patrimonial
que o terreno possui valor contábil de R$ 20 mil. Assim, na contabilidade da Cia. Y teremos o seguinte lançamento:
D – Perda por Desvalorização R$ 3.000 ( ↓ Resultado)
C – Perda por Desvalorização Acumulada R$ 3.000 ( ↓ ANC Imobilizado)
O teste de recuperabilidade sobre a marca, por sua vez, não afetará a contabilidade da Cia. Y.
Conclui-se, portanto, que a Cia. Y apurou, no exercício em análise, um lucro de R$ 7 mil, conforme detalhado
abaixo.

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Lucro sobre Vendas R$ 10 mil


( – ) Perda por Desvalorização (R$ 3 mil)
( = ) Lucro do Período R$ 7 mil
Sobre tal lucro a investidora (Cia. X) aplicará a equivalência patrimonial.
Assim:
𝑀é𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜
𝑴é𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒅𝒂 𝑬𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍 = 𝑅$ 7 𝑚𝑖𝑙 × 100% = 𝑹$ 𝟕 𝒎𝒊𝒍
Sendo assim, a investidora realizará o seguinte lançamento contábil:
D – Investimentos na Cia. Y R$ 7 mil (ANC Investimentos)
C – Resultado de Equivalência Patrimonial R$ 7 mil (Resultado)
Veja que após este reconhecimento o investimento será evidenciado da seguinte forma:
Investimento Cia. Y
Saldo Inicial R$ 55.000
MEP R$ 7.000
R$ 62.000
Zé Curioso: “Professor, isso quer dizer que podemos assinalar a alternativa D?”
Zé, não faça isso! Esta não é a resposta correta, pois ainda não finalizamos nossa análise. A banca FGV é
extremamente sagaz e não deixa ninguém sem resposta! Os alunos que assinalaram a alternativa D se deram mal.
Lembra que o enunciado disse que a Cia. Y fez um teste de recuperabilidade de seus ativos e constatou que o
terreno tinha recuperabilidade de R$ 17 mil e, a marca, recuperabilidade de R$ 8 mil?
Pois é, isso vai influenciar a contabilidade da Cia. X, que é a investidora, pois ao adquirir o investimento realizou,
no cálculo do ágio mais valia, a comparação entre o valor justo destes itens e seu valor contábil. Veja só:
Valor Justo do Terreno em 31/12/x0 R$ 25 mil
( – ) Valor Contábil do Terreno em 31/12/X0 (R$20 mil)
( = ) Ágio Mais Valia do Terreno R$ 5 mil
Valor Justo da Marca em 31/12/x0 R$ 15 mil
( – ) Valor Contábil da Marca em 31/12/X0 (R$ 0 mil)
( = ) Ágio Mais Valia da Marca R$ 15 mil
Como o valor recuperável atual do terreno é de R$ 17 mil, ou seja, R$ 8 mil abaixo do seu valor justo na data da
aquisição, conclui-se que todo o ágio mais valia do terreno, de R$ 5 mil, será amortizado (afinal o motivo que lhe
deu origem não mais existe).
Por outro lado, como o valor recuperável atual da marca é de R$ 8 mil e deu valor justo na data da aquisição era de
R$ 15 mil, conclui-se que a investidora amortizará R$ 7 mil de seu ágio mais valia.
Totalizamos, portanto, a amortização de R$ 12 mil de ágio mais valia, sendo R$ 5 mil referente ao terreno e R$ 7
mil da marca. O lançamento contábil, na investidora, será o seguinte:
D – Amortização de Ágio Mais Valia R$ 12 mil ( ↓ Resultado)
C – Investimentos na Cia. Y R$ 12 mil ( ↓ ANC Imobilizado)
Após este lançamento, portanto, o investimento será evidenciado por R$ 50 mil, conforme detalhado abaixo.

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Investimento Cia. Y
Saldo Inicial R$ 55.000 R$ 12.000 Amortização do Ágio
MEP R$ 7.000
R$ 50.000
Com isso, correta a alternativa B.
GABARITO: B

36. (FGV – Analista – ALERO – 2018)

As Cias. A e B apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/2017:

Na data, o terreno da Cia. A tinha valor justo de R$ 200.000, enquanto o terreno da Cia. B tinha valor justo de
R$ 150.000.
Em 02/01/2018, os sócios das duas empresas fazem uma fusão, constituindo a Cia. ABC.
Assinale a opção que indica o valor do patrimônio líquido da Cia. ABC na data da fusão.
a) R$ 150.000.
b) R$ 250.000.
c) R$ 290.000.
d) R$ 320.000.
e) R$ 460.000.
RESOLUÇÃO:
Fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em
todos os direitos e obrigações. Sendo assim, o patrimônio da Cia. ABC será o seguinte:
Segundo o CPC 15 – Combinação de Negócios, o adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os
passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição. Assim:

Como não há nenhum tipo de obrigação (passivo exigível) em nenhuma das entidades fundidas,
consequentemente o valor do Patrimônio Líquido será de R$ 460.000.
Assim, correta a alternativa E.
GABARITO: E

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37.(FGV – Analista – ALERO – 2018)


As Cias. X e Y apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/2017:

Em 02/01/2018, os sócios da Cia. X e da Cia. Y fazem uma fusão, constituindo a Cia. Z. Antes da fusão, as
empresas fizeram um estudo que constatou que os empregados da Cia. X têm valor de R$ 40.000, enquanto
os empregados da Cia. Y têm valor de R$ 30.000.

Assinale a opção que indica a porcentagem da Cia. Z atribuída aos sócios da Cia. X e da Cia. Y,
respectivamente.

a) 22,22% e 77,78%.

b) 37,50% e 62,50%.

c) 41,18% e 58,82%.
d) 50,00% e 50,00%.
e) 57,14% e 42,86%.

RESOLUÇÃO:
Fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em
todos os direitos e obrigações. Sendo assim, o patrimônio da Cia. Z será o seguinte:

Consequentemente, a porcentagem da Cia. Z atribuída aos sócios da Cia. X e da Cia. Y será de 22,22% e 77,78%,
respectivamente, conforme cálculo abaixo.

Com isso, correta a alternativa A.

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A FGV considerou a alternativa B como gabarito oficial, o que leva a crer que a banca considerou a ativação dos
valores atribuído aos empregados das Cias. X e Y, de R$ 40.000 e R$ 30.000, respectivamente.

Não concordo com tal posicionamento, pois a ativação de valores dos empregados é muito rara dada a
subjetividade e dificuldade em mensurar quais sãos os benefícios econômicos futuros gerados por eles. Além disso,
o controle sobre eles é praticamente inexistente.
Lembre-se que por definição constante da Estrutura Conceitual Básica, Ativo é um recurso controlado pela
entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para
a entidade.
O próprio CPC 04 menciona que:

14. O conhecimento de mercado e o técnico podem gerar benefícios econômicos futuros. A entidade
controla esses benefícios se, por exemplo, o conhecimento for protegido por direitos legais, tais como
direitos autorais, uma limitação de um acordo comercial (se permitida) ou o dever legal dos empregados de
manterem a confidencialidade.
15. A entidade pode dispor de equipe de pessoal especializado e ser capaz de identificar habilidades
adicionais que gerarão benefícios econômicos futuros a partir do treinamento. A entidade pode também
esperar que esse pessoal continue a disponibilizar as suas habilidades. Entretanto, o controle da entidade
sobre os eventuais benefícios econômicos futuros gerados pelo pessoal especializado e pelo
treinamento é insuficiente para que esses itens se enquadrem na definição de ativo intangível. Por
razão semelhante, raramente um talento gerencial ou técnico específico atende à definição de ativo
intangível, a não ser que esteja protegido por direitos legais sobre a sua utilização e obtenção dos
benefícios econômicos futuros, além de se enquadrar nos outros aspectos da definição.

Sendo assim, não vejo lógica em ativar o valor atribuído aos empregados na contabilidade da Cia. Z (afinal nem
na contabilidade das Cias. X e Y estes valores eram apresentados!).
Enfim, a FGV ativou o valor atribuído aos empregados à Cia. Z o que gerou o seguinte cálculo:

Enfim, esse é o entendimento que eu levaria para uma prova futura com as mesmas características desta.

GABARITO: B

38. (FGV – Contador – SEMSA Manaus – 2022)


Em 31/12/X0, as Cias X e Y, independentes, apresentavam os seguintes balanços patrimoniais:

Cia X:

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Ativo Circulante 160.000 Passivo Circulante 12.000


Caixa 100.000 Salários a pagar 12.000
Estoques 20.000 Passivo não Circulante 58.000
Clientes 40.000 Contas a pagar 58.000
Ativo não Circulante 50.000
Ativo Imobilizado Patrimônio Líquido 140.000
Móveis 50.000 Capital Social 140.000
Ativo Total 210.000 Passivo + PL 210.000

Cia. Y:

Ativo Circulante 100.000


Caixa 100.000
Ativo não Circulante 60.000
Ativo Imobilizado Patrimônio Líquido 160.000
Terrenos 60.000 Capital Social 160.000
Ativo Total 160.000 Passivo + PL 160.000

Em janeiro de X1, as Cias X e Y fazem uma fusão, constituindo a Cia Z. Na data, o valor de mercado do terreno
era de R$80.000.

Assinale a opção que indica a porcentagem da Cia Z que pertence ao sócio da Cia X após a fusão.
(A) 43,75%.
(B) 46,67%.

(C) 50%.

(D) 53,85%.

(E) 56,76%.
RESOLUÇÃO:
Fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em
todos os direitos e obrigações. Vamos analisar, portanto, como ficará o Balanço Patrimonial da Cia. Z em função
de tal operação.

Cia Z:

Ativo Circulante 260.000 Passivo Circulante 12.000


Caixa 200.000 Salários a pagar 12.000
Estoques 20.000 Passivo não Circulante 58.000
Clientes 40.000 Contas a pagar 58.000
Ativo não Circulante 130.000
Ativo Imobilizado Patrimônio Líquido 320.000
Móveis 50.000 Capital Social 300.000
Terrenos 80.000 Ajustes de Avaliação Patr. 20.000
Ativo Total 390.000 Passivo + PL 390.000
Conclui-se, portanto, que a porcentagem da Cia Z que pertence ao sócio da Cia X após a fusão será o seguinte:

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140.000
%𝑪𝒊𝒂.𝑿 = = 𝟒𝟑, 𝟕𝟓%
320.000
Com isso, correta a alternativa A.
GABARITO: A

39. (FGV – Contador – SEMSA Manaus – 2022)

A Cia X adquiriu 100% de participação na Cia Y por R$100.000, sendo que o diferencial ao valor patrimonial foi
atribuído ao ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).

No ano seguinte a Cia Y incorporou a Cia X.

Assinale a opção que indica a conta do patrimônio líquido onde é contabilizado o efeito do ágio no balanço
patrimonial da Cia Y após a incorporação.

(A) Reserva de capital.

(B) Reserva de legal.


(C) Reserva para contingências.
(D) Reserva de lucros a realizar.

(E) Ajuste de Avaliação Patrimonial.


RESOLUÇÃO:
Segundo o enunciado a Cia Y incorporou a Cia X, que tinha em seu Ativo um ágio por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill) referente à sua aquisição de 100% de participação na Cia Y por R$100.000.

Neste caso o goodwill será reclassificado como Reserva Especial de Ágio na Incorporação, que é uma espécie de
Reserva de Capital prevista na Resolução CVM nº 78/2022, que dispõe sobre operações de fusão, cisão,
incorporação e incorporação de ações.
Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

Ufa! Finalizamos as questões sobre o Ativo Não Circulante Investimentos!


Vamos, para finalizar a aula, analisar questões sobre o ANC Intangível.

ANC Intangível. CPC 04 – Ativo Intangível.

40. (FGV – Analista Legislativo – ALERO – 2018)

Relacione os tipos de bens, listados a seguir, aos seus respectivos processos de perda de valor.
1. Direitos Autorais
2. Reserva de petróleo
3. Imóvel
( ) Depreciação

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( ) Exaustão
( ) Amortização

Assinale a opção que apresenta a relação correta, segundo a ordem apresentada.

a) 1, 2, 3

b) 1, 3, 2
c) 2, 1, 3

d) 3, 1, 2

e) 3, 2, 1
RESOLUÇÃO:

Segundo o § 2° do artigo 183 da Lei n° 6.404/76 a diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e
intangível será registrada periodicamente nas contas de:

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos
a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da


propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou
cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto
sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
É importante que você perceba a diferença entre tais conceitos.

Assim:
1. Direitos Autorais deverão ser amortizados;

2. Reserva de Petróleo será exaurida;

3. Imóvel será depreciado.

Com isso, correta a alternativa E.


GABARITO: E

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41. (FGV – Analista Judiciário – TJ-RO – 2015)

Na última reunião de diretoria da Zeta S.A., o diretor de recursos humanos questionou a política contábil
adotada para reconhecer os gastos da companhia com o treinamento de seus funcionários. Ele argumentou
que esses gastos representavam um investimento capaz de aumentar a produtividade da força de trabalho,
gerando futuros benefícios econômicos, e que portanto deveriam ser reconhecidos como ativo e não como
despesa. Dos argumentos utilizados pela diretora financeira para justificar a política contábil adotada pela
companhia, encontra respaldo na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Financeiro o de que:

(A) não é possível que a Zeta S.A. converta em caixa, mediante venda, o aumento de produtividade da força de
trabalho;

(B) não é possível estimar o período durante o qual o aumento de produtividade da força de trabalho gerará
benefícios econômicos para a Zeta S.A.;

(C) o aumento de produtividade da força de trabalho gerado pelos gastos da Zeta S.A. não tem forma física;

(D) a Zeta S.A. não tem a propriedade legal do aumento de produtividade da força de trabalho;

(E) a Zeta S.A. não tem controle sobre o desligamento dos funcionários e seu respectivo aumento de
produtividade.

RESOLUÇÃO:

O custo de treinamento deve ser lançado como despesa do período em que ocorrer, pois não há garantias de que
o aumento da produtividade irá de fato ocorrer, já que o funcionário que recebeu a qualificação poderá se desligar
da entidade.

Segundo a Estrutura Conceitual Básica, um ativo não deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando os
gastos incorridos não proporcionarem a expectativa provável de geração de benefícios econômicos para a
entidade além do período contábil corrente. Ao invés disso, tal transação deve ser reconhecida como despesa na
demonstração do resultado. Esse tratamento não implica dizer que a intenção da administração ao incorrer nos
gastos não tenha sido a de gerar benefícios econômicos futuros para a entidade ou que a administração tenha sido
mal conduzida. A única implicação é que o grau de certeza quanto à geração de benefícios econômicos para a
entidade, além do período contábil corrente, é insuficiente para garantir o reconhecimento do ativo.
Aliás, os Pronunciamentos Técnicos 04 – Ativo Intangível e 27 – Ativo Imobilizado dizem expressamente que os
custos com treinamento não são ativados.
CPC 04 – Ativo Intangível

29. Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:
(a) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);
(b) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo
custos de treinamento); e
(c) custos administrativos e outros custos indiretos.

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CPC 27 – Ativo Imobilizado

19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo
custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

O CPC 04 diz ainda que a entidade pode dispor de equipe de pessoal especializado e ser capaz de identificar
habilidades adicionais que gerarão benefícios econômicos futuros a partir do treinamento. A entidade pode
também esperar que esse pessoal continue a disponibilizar as suas habilidades. Entretanto, o controle da entidade
sobre os eventuais benefícios econômicos futuros gerados pelo pessoal especializado e pelo treinamento é
insuficiente para que esses itens se enquadrem na definição de ativo intangível. Por razão semelhante, raramente
um talento gerencial ou técnico específico atende à definição de ativo intangível, a não ser que esteja protegido
por direitos legais sobre a sua utilização e obtenção dos benefícios econômicos futuros, além de se enquadrar nos
outros aspectos da definição.

Com isso, correta a alternativa E.

GABARITO: E

42. (FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/ES – 2021)

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) – Ativo Intangível, entre os ativos gerados
internamente em uma entidade, são geralmente contabilizados no Balanço Patrimonial, como Ativo
intangível,
(A) os equipamentos
(B) os softwares de computadores.

(C) as marcas.

(D) os títulos das publicações.

(E) as listas de clientes.


RESOLUÇÃO:

Segundo o item 63 do Pronunciamento Técnico CPC 04 marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros
itens similares, gerados internamente, não devem ser reconhecidos como ativos intangíveis.

Os equipamentos, por sua vez, não podem ser classificados no Intangível (pois são bens corpóreos).

Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

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43. (FGV – ISS Paulínia/SP – 2021)

Assinale a opção que indica o reconhecimento do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura gerado
internamente nas demonstrações contábeis de uma sociedade empresária.

(A) Receita Operacional.

(B) Patrimônio Líquido.

(C) Ativo Intangível.


(D) Investimentos.

(E) Não deve ser reconhecido.

RESOLUÇÃO:
Segundo o item 48 do Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível, o ágio derivado da expectativa de
rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo.
Com isso, correta a alternativa E.
GABARITO: E

44. (FGV – Analista – ALERO – 2018)

Em 02/01/2016, uma instituição financeira adquiriu, em uma combinação de negócios, a carteira de clientes
de outra instituição independente por R$ 120.000, por seis anos.
Em 31/12/2016, a instituição fez um estudo e constatou que metade dos clientes da carteira não utilizava seus
serviços. Uma nova estimativa concluiu que os benefícios gerados nos anos remanescentes seriam de R$
80.000.
No ano de 2017, a instituição aumentou o seu investimento com marketing e, em novo estudo feito em
31/12/2017, concluiu que os benefícios gerados nos anos remanescentes com a carteira de clientes seriam de
R$ 90.000.
Assinale a opção que indica o valor contábil da carteira de clientes, em 31/12/2017, considerando que a
instituição utiliza o método da linha reta para amortizar os seus ativos intangíveis.
a) R$ 64.000.
b) R$ 80.000.
c) R$ 90.000.
d) R$ 100.000.
e) R$ 120.000.
RESOLUÇÃO:
Inicialmente vamos verificar o valor da amortização anual do intangível adquirido.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙

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120.000 − 0
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = 𝑹$ 𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎
6 𝑎𝑛𝑜𝑠
Com isso, em 31/12/2016 (um ano após a aquisição) o item estará contabilizado da seguinte maneira:
Custo 120.000
( – ) Amortização Acumulada (20.000)
( = ) Valor Contábil 100.000
Segundo o enunciado em 31/12/2016 os benefícios gerados nos anos remanescentes seriam de R$ 80.000. Este é
o valor recuperável do item! Com isso, percebe-se que o item está desvalorizado. Desta forma, a entidade deverá
reconhecer uma perda de R$ 20.000 para que o novo valor contábil do item seja de R$ 80.000, conforme indicado
abaixo.

Custo 120.000
( – ) Amortização Acumulada (20.000)
( – ) Perda por Desvalorização Acumulada (20.000)
( = ) Valor Contábil 80.000

A partir disso temos que calcular uma nova amortização anual para o item nos 5 anos de vida útil restantes!
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙
80.000 − 0
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = 𝑹$ 𝟏𝟔. 𝟎𝟎𝟎
5 𝑎𝑛𝑜𝑠
Desta forma, após o reconhecimento da amortização anual, em 31/12/2017, o intangível estará contabilizado da
seguinte forma:
Custo 120.000
( – ) Amortização Acumulada (36.000)
( – ) Perda por Desvalorização Acumulada (20.000)
( = ) Valor Contábil 64.000
Segundo o enunciado em 2017 a instituição aumentou o seu investimento com marketing e, em novo estudo feito
em 31/12/2017, concluiu que os benefícios gerados nos anos remanescentes com a carteira de clientes seriam de
R$ 90.000. Ou seja, percebe-se que o item não tem mais desvalorização. Desta forma, devemos reverter o valor
da perda por desvalorização reconhecida anteriormente!
No entanto, tenha cuidado! Há um limite, definido pelo Pronunciamento Técnico CPC 01, para reversão da perda
por desvalorização.
O aumento do valor contábil de um ativo atribuível à reversão de perda por desvalorização não deve exceder o
valor contábil que teria sido determinado (líquido da amortização), caso nenhuma perda por desvalorização
tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores.
Sendo assim, vamos calcular qual seria o valor contábil do item em 31/12/2017 caso o teste de recuperabilidade
não existisse na contabilidade! Neste caso a Amortização Anual seria de R$ 20.000 e após dois anos de uso o item
estaria contabilizado da seguinte forma:
Custo 120.000
( – ) Amortização Acumulada (40.000) → ref. 2016/17
( = ) Valor Contábil 80.000

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Sendo assim, a reversão da perda por desvalorização não pode resultar um valor contábil superior a R$ 80.000.
Como o valor recuperável em 31/12/2017 é de R$ 90.000, a entidade deverá reverter apenas o suficiente para se
chegar ao valor contábil de exatamente R$ 80 mil. Ou seja, haverá reversão de R$ 16 mil da perda por
desvalorização reconhecida anteriormente.
Custo 120.000
( – ) Amortização Acumulada (36.000)
( – ) Perda por Desvalorização Acumulada (4.000) → após a reversão de parte da perda
( = ) Valor Contábil 80.000
Com isso, correta a alternativa B!

GABARITO: B

45. (FGV – Contador – BADESC – 2010)

De acordo com as regras contábeis vigentes, o fundo de comércio adquirido deve ser contabilizado no:
(A) intangível.
(B) imobilizado.
(C) diferido.
(D) investimento.
(E) disponível.
RESOLUÇÃO:
Segundo o artigo 179 da Lei n° 6.404/76, serão classificados no Ativo Intangível os direitos que tenham por objeto
bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido.
Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

46. (FGV – Auditor – MPE/AL – 2018)

Uma entidade comprou um computador por R$ 3.000. No computador estava embutido um software de
segurança no valor de R$ 500, que era intrinsicamente relacionado a ele. A vida dos dois era estimada em três
anos. A compra foi realizada à vista.

Assinale a opção que indica a contrapartida da diminuição do caixa nas demonstrações contábeis da entidade.

a) Aumento de R$ 3.500 no ativo imobilizado


b) Aumento de R$ 3.500 no ativo intangível.

c) Aumento de R$ 3.000 no ativo imobilizado e reconhecimento de despesa de R$ 500.

d) Aumento de R$ 3.000 no ativo imobilizado e de R$ 500 no ativo intangível.


e) Aumento de R$ 3.000 no ativo imobilizado e de R$ 500 no ativo realizável a longo prazo.

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RESOLUÇÃO:

Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância física, como um disco
(como no caso de software), documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Para saber se
um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado ou como ativo intangível a entidade avalia qual elemento é
mais significativo.

Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse
software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O
mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o software não é parte integrante do
respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.

Segundo o enunciado no computador estava embutido um software de segurança no valor de R$ 500, que era
intrinsicamente relacionado a ele. Ou seja, percebe-se que o software deverá ser classificado com o computador,
no ativo imobilizado da entidade.

Assim, correta a alternativa A.

GABARITO: A

47. (FGV – ISS Cuiabá/MT – 2014)


O contador de uma empresa incorreu em um erro no reconhecimento da despesa de amortização de um ativo
intangível, não considerando o valor residual de 40% de seu valor contábil.

Esse erro gerou, no período, o seguinte efeito no patrimônio da empresa, antes de efetuado qualquer ajuste
de regularização:

(A) subavaliação do ativo e do patrimônio líquido.


(B) superavaliação do ativo e do patrimônio líquido.

(C) superavaliação do lucro líquido e do patrimônio líquido.


(D) subavaliação do ativo e superavaliação do patrimônio líquido.
(E) superavaliação do ativo e subavaliação do lucro líquido.

RESOLUÇÃO:

Se no cálculo da despesa de depreciação do período o contador não considerou o valor residual de 40%, conclui-
se que o valor apropriado ao resultado é maior que o correto. Afinal:
𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 − 𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑹𝒆𝒔𝒊𝒅𝒖𝒂𝒍
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 =
𝑽𝒊𝒅𝒂 Ú𝒕𝒊𝒍
Obs.: Perceba que o valor da amortização é superior quando o Valor Residual não é considerado.
Com isso, conclui-se que houve subavaliação do lucro líquido (e consequentemente do Patrimônio Líquido).
Como a contrapartida da “Despesa com Amortização” é a conta “Amortização Acumulada”, retificadora do Ativo,
conclui-se que o Ativo ficou subavaliado.

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Assim, correta a alternativa A.

GABARITO: A

48. (FGV – Contador – Câmara – Recife-PE – 2014)

Quando o ativo intangível NÃO possui vida útil definida, deve-se:

(A) estimar sua amortização com base em ativos semelhantes;


(B) avaliar a sua recuperabilidade;

(C) calcular a amortização em base linear;

(D) apurar seu valor presente antes de iniciar a amortização;

(E) iniciar sua amortização utilizando taxas de ativos equivalentes.


RESOLUÇÃO:
Um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. No entanto, a entidade deve testar a perda
de valor de tais ativos, de acordo com o CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (ou seja, anualmente ou
sempre que existam indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor).
Assim, correta a alternativa B.

Muito alunos tem dúvida em relação a não amortização de um intangível cuja vida útil é indefinida. Pessoal, vamos
pensar logicamente? A amortização, quando possível, não é calculada dividindo-se o custo (menos eventual valor
residual) pela vida útil do item?

Pois bem, como é que eu faria para calcular, portanto, a amortização de um item que não possui a vida útil
definida? Ora, seria impossível! Faltaria um dado na fórmula! Com isso, logicamente tais itens não devem ser
amortizados!

GABARITO: B

49. (FGV – ISS-Cuiabá – 2014)


Em 31/12/2011, a Editora Ler comprou os direitos autorais sobre um livro por R$ 800.000,00. O contrato tinha
duração de dez anos.
Em 31/12/2014, os contadores da editora fizeram um estudo e constataram que os benefícios gerados pelo
livro para a editora, nos anos remanescentes, seriam de R$ 490.000,00.
Considerando que a editora utiliza o método de linha reta para amortizar seus ativos intangíveis, o valor da
amortização acumulada em 31/12/2015 foi
(A) R$ 280.000,00.
(B) R$ 310.000,00.
(C) R$ 320.000,00.

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(D) R$ 480.000,00.
(E) R$ 490.000,00.
RESOLUÇÃO:
Perceba que em 31/12/2014 o valor recuperável do Intangível é de R$ 490 mil. Vamos, portanto, verificar o valor
contábil do item nesta data.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙
𝑅$ 800.000,00 − 0
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = 𝑹$ 𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
10 𝑎𝑛𝑜𝑠
Com isso, o valor contábil em 31/12/2014, três anos após a aquisição do intangível, será de:
Custo R$ 800.000,00
( – ) Amortização Acumulada (R$ 240.000,00)
( = ) Valor Contábil R$ 560.000,00
Como o Valor Recuperável (R$ 490 mil) é inferior ao Valor Contábil (R$ 560 mil), a entidade deverá reconhecer
uma perda por redução ao valor recuperável. Com isso o valor contábil passará a ser igual a R$ 490 mil.
Custo R$ 800.000,00
( – ) Amortização Acumulada (R$ 240.000,00)
( – ) Perda por Redução ao VR (R$ 70.000,00)
( = ) Valor Contábil R$ 490.000,00
Com isso, a partir disso a amortização anual será de:
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙
𝑅$ 490.000,00 − 0
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = 𝑹$ 𝟕𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
7 𝑎𝑛𝑜𝑠
Assim, a amortização acumulada em 31/12/2015 será de R$ 310.000,00 (R$ 240 mil dos três períodos anteriores +
R$ 70 mil do período corrente).
GABARITO: B

50. (FGV – Técnico – COMPESA – 2014)

Em 01/01/2010, um banco adquiriu, em uma combinação de negócios, a carteira de clientes de outra


instituição financeira (independente) por R$ 60.000,00, por quatro anos. Em 31/12/2010, o banco fez um
estudo e percebeu que 30% dos clientes transferiam suas contas para outros bancos, de modo a não utilizar
seus serviços. O banco faz nova estimativa e constatou que os benefícios gerados nos anos remanescentes
seriam de R$ 30.000,00.

Considerando que o banco utiliza o método de linha reta para amortizar seus ativos intangíveis, o valor da
amortização acumulada, em 31/12/2012, era de
(A) R$ 10.000,00.

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(B) R$ 25.000,00.
(C) R$ 30.000,00.
(D) R$ 35.000,00.
(E) R$ 45.000,00.
RESOLUÇÃO:
Vamos dividir a questão em duas partes: antes do teste de recuperabilidade e após ele.
Antes do teste de recuperabilidade
A amortização anual do item do intangível será de:
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑅$ 60.000,00
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = = 𝑹$ 𝟏𝟓. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 4 𝑎𝑛𝑜𝑠
O lançamento contábil deste fato será:
D – Despesa com Amortização R$ 15.000,00 (Resultado)
C – Amortização Acumulada R$ 15.000,00 (Retif. do ANC)
Após o teste de recuperabilidade
Em 31/12/2010 o banco verificou que o valor recuperável do ativo era de R$ 30.000,00. Assim, a amortização anual
do item do intangível será de:
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑅$ 30.000,00
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = = 𝑹$ 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 3 𝑎𝑛𝑜𝑠
O lançamento contábil deste fato será:
D – Despesa com Amortização R$ 10.000,00 (Resultado)
C – Amortização Acumulada R$ 10.000,00 (Retif. do ANC)
Com isso, em 31/12/2012, o valor da Amortização Acumulada será de:
Despesa de Amortização – 2010 R$ 15.000,00
( + ) Despesa de Amortização – 2011 R$ 10.000,00
( + ) Despesa de Amortização – 2012 R$ 10.000,00
( = ) AMORTIZAÇÃO ACUMULADA R$ 35.000,00
GABARITO: D

51.(FGV – ISS Paulínia/SP – 2021)


Um ativo intangível resultante da fase de desenvolvimento de projeto interno deve ser reconhecido somente
se a entidade puder demonstrar os aspectos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
(A) Capacidade para usar ou vender o ativo intangível.

(B) Capacidade de estimar os gastos contabilizados na fase de pesquisa do ativo intangível.

(C) Viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda.

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(D) Capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu
desenvolvimento.

(E) Disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu
desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível.

RESOLUÇÃO:
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 04:

57. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno)
deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou
venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a
entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio
ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu
desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e
(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu
desenvolvimento.

Com isso, incorreta a alternativa B.

GABARITO: B

52.(FGV – Analista – EMBEL – 2021)


Na avaliação dos critérios de reconhecimento de um ativo intangível gerado internamente no balanço
patrimonial, são exemplos de atividade de pesquisa:

A) projeto, construção e teste de protótipos e modelos de préprodução ou pré-utilização.

B) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvem nova tecnologia.

C) projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para materiais, dispositivos, produtos, processos,
sistemas ou serviços novos ou aperfeiçoados.

D) projeto, construção e operação de fábrica-piloto que ainda não está em escala economicamente viável para
produção comercial.

E) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas e
serviços novos ou aperfeiçoados.
RESOLUÇÃO:

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Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, a entidade deve
classificar a geração do ativo:
(a) na fase de pesquisa; e/ou
(b) na fase de desenvolvimento.
Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser
reconhecidos como despesa quando incorridos.
Segundo o item 56 do Pronunciamento Técnico CPC 04 são exemplos de atividades de pesquisa:
(a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;
(b) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou outros conhecimentos;
(c) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços; e
(d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para materiais, dispositivos,
produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou aperfeiçoados.
Com isso, correta a alternativa C.
As demais alternativas citam exemplos de atividades de desenvolvimento, conforme item 59 do Pronunciamento
Técnico CPC 04.
GABARITO: C

53.(FGV – Contador – MPE/AL – 2018)


Em relação ao ativo intangível gerado internamente, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1)
– Ativo Intangível, assinale a afirmativa correta.

a) Os gastos com a pesquisa são contabilizados como ativo ou como despesa, dependendo da expectativa de
rentabilidade futura.
b) Os gastos com desenvolvimento são sempre reconhecidos como ativo.

c) O custo deste ativo inclui os gastos diretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação para
ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração.

d) A amortização é iniciada a partir do momento em que a fase de desenvolvimento estiver concluída.

e) O valor residual deste ativo não pode ser modificado.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as alternativas apresentadas.

a) Incorreta. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou
da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.

b) Incorreta. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento deve ser reconhecido somente se a entidade
puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados: (a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível
de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda; (b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou
vendê-lo; (c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível; (d) forma como o ativo intangível deve gerar

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benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para
os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua
utilidade; (e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu
desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e (f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos
atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento.
c) Correta. O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos diretamente atribuíveis,
necessários à criação, produção e preparação do ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida pela
administração.
d) Incorreta. O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma
sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o
ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que possa
funcionar da maneira pretendida pela administração. Exemplos de custos diretamente atribuíveis:

(a) gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do ativo intangível;
(b) custos de benefícios a empregados relacionados à geração do ativo intangível;
(c) taxas de registro de direito legal; e
(d) amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo intangível.

e) Incorreta. O valor residual deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício, podendo ser aumentado ou
diminuído. O valor residual de ativo intangível pode ser aumentado. A despesa de amortização de ativo intangível
será zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.
GABARITO: C

54. (FGV – Contador – SUDENE – 2013)


Quanto ao reconhecimento de um ativo intangível, é correto afirmar que ocorrerá quando
a) for provável que os benefícios econômicos atribuíveis ao ativo forem gerados em favor da entidade ou daquela
a quem se pretende vender.
b) o custo for mensurado com confiabilidade.
c) o método de custo aplicado for o de recuperabilidade.
d) for pelo valor justo a data de reavaliação com a contrapartida na reserva de reavaliação do patrimônio líquido.
e) a entidade adquirir o bem intangível pelo custo histórico deduzido da depreciação acumulada.
RESOLUÇÃO:
Segundo o CPC 04, um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:
(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor
da entidade; e
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.
Com isso, correta a alternativa B.
GABARITO: B

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55.(FGV – Analista Judiciário – TJ-BA – 2015)


De acordo com o CPC 04 (R1) - Ativo Intangível, o preço que uma entidade paga para adquirir separadamente
um ativo intangível reflete sua expectativa sobre a probabilidade de os benefícios econômicos futuros
esperados, incorporados no ativo, serem gerados a favor da entidade. São exemplos de custos diretamente
atribuíveis a um ativo intangível adquirido separadamente, EXCETO:

(A) impostos não recuperáveis sobre a compra;


(B) honorários profissionais diretamente relacionados;

(C) custos com testes;

(D) custos de benefícios aos empregados;

(E) custos de treinamento.

RESOLUÇÃO:

Questão que pediu exemplos de custos diretamente atribuíveis a um ativo intangível adquirido separadamente,
que inclui:
(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra,
depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.

Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

(a) custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o ativo fique em condições operacionais
(de uso ou funcionamento);

(b) honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais; e
(c) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.

Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:


(a) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);

(b) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos
de treinamento); e
(c) custos administrativos e outros custos indiretos.

Assim, com exceção da alternativa E, as demais trazem exemplos de custos diretamente atribuíveis ao custo do
intangível.

GABARITO: E

56. (FGV – Analista – DPE-RO – 2015)


A empresa de softwares Marcosoft S.A. adquiriu, pelo valor de $ 7.600.000,00, todos os sistemas
desenvolvidos por sua concorrente Sopa Ltda. O valor Justo dos sistemas é de $ 6.100.000,00. Nas

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demonstrações financeiras da Sopa era possível identificar que o custo para desenvolver os sistemas
correspondia ao valor líquido de $ 3.000.000,00.

Considerando as informações acima, a Marcosoft deve classificar essa aquisição da seguinte forma:

(A) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como goodwill;

(B) $ 3.000.000,00 como intangível e $ 4.600.000,00 como goodwill;


(C) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como despesa;

(D) $ 3.000.000,00 como investimento e $ 4.600.000,00 como intangível;

(E) $ 7.600.000,00 como intangível.


RESOLUÇÃO:

Segundo o CPC 04 – Ativo Intangível, um Intangível deve ser reconhecido inicialmente pelo seu custo. O
enunciado diz que a empresa Marcosoft S.A. adquiriu os sistemas por $ 7.600.000,00. Assim, correta a alternativa
E.

Lembre-se de que o custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui:

(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra,
depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.

Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:


(a) custos de benefícios aos empregados (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios
a Empregados) incorridos diretamente para que o ativo fique em condições operacionais (de uso ou
funcionamento);
(b) honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais; e

(c) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.
Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:

(a) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);
(b) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos
de treinamento); e
(c) custos administrativos e outros custos indiretos.

Com isso, correta a alternativa E.


GABARITO: E

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57.(FGV – Analista – BANESTES – 2018)


No reconhecimento de item patrimonial como ativo intangível, o valor reconhecido deve refletir a expectativa
que a entidade tem sobre a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros esperados, incorporados
ao ativo, fluam para a entidade.

Nesse valor podem ser incluídos itens como custos:

a) administrativos;
b) de treinamento;

c) de atividades promocionais para introdução de novo serviço;

d) de transferência de atividades para nova categoria de clientes;

e) com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.

RESOLUÇÃO:

O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui:

(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra,
depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.

Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:


(a) custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o ativo fique em condições
operacionais (de uso ou funcionamento);
(b) honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais; e
(c) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.

Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:

(a) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);
(b) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos
de treinamento); e
(c) custos administrativos e outros custos indiretos.

Com isso, correta a alternativa E.

GABARITO: E

58. (FGV – Contador – AL Caruaru/PE – 2015)

Em 01/01/2011, um banco comprou, por R$ 180.000,00, o direito de processar a folha de pagamentos de uma
empresa por seis anos.

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Em 31/12/2012, o banco constatou que os funcionários da empresa não estavam utilizando os serviços do
banco e verificou que poderia ter retorno total de R$ 100.000,00 com a folha de pagamento nos anos
remanescentes.

Já em 31/12/2013, o banco realizou um novo estudo e verificou que, nos anos seguintes, poderia obter retorno
total de R$ 80.000,00.
Em 31/12/2014, o valor contábil do direito era de

a) R$ 50.000,00.

b) R$ 53.333,00.
c) R$ 60.000,00.

d) R$ 75.000,00.

e) R$ 83.333,00.

RESOLUÇÃO:

Vamos iniciar a resolução calculando o valor contábil do item em 31/12/2012, data em que o valor recuperável do
intangível era de R$ 100.000,00.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙
180.000 − 0
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = 𝑹$ 𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
6 𝑎𝑛𝑜𝑠
Com isso, em 31/12/2012, dois anos após a aquisição, o Intangível terá o seguinte valor contábil:

Custo R$ 180.000,00
( – ) Amortização Acumulada (R$ 60.000,00)
( = ) Valor Contábil R$ 120.000,00
Como o valor contábil (R$ 120 mil) é superior ao valor recuperável (R$ 100 mil), a entidade deverá reconhecer uma
perda por redução ao valor recuperável no valor de R$ 20 mil.
Custo R$ 180.000,00
( – ) Amortização Acumulada (R$ 60.000,00)
( – ) Perda por Redução ao VR (R$ 20.000,00)
( = ) Valor Contábil R$ 100.000,00

Com isso, a partir deste momento a amortização anual passará a ser de:
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙
100.000 − 0
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = 𝑹$ 𝟐𝟓. 𝟎𝟎𝟎
4 𝑎𝑛𝑜𝑠
O Valor Contábil em 31/12/2013 será, portanto, de:

Custo R$ 180.000,00
( – ) Amortização Acumulada (R$ 85.000,00)

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( – ) Perda por Redução ao VR (R$ 20.000,00)


( = ) Valor Contábil R$ 75.000,00

O enunciado diz que em 31/12/2013 o banco realizou um novo estudo e verificou que, nos anos seguintes, poderia
obter retorno total de R$ 80.000,00. Este é o valor recuperável do Intangível. Conclui-se, portanto, que a entidade
deverá proceder à reversão de parte da perda reconhecida anteriormente. Assim:
Custo R$ 180.000,00
( – ) Amortização Acumulada (R$ 85.000,00)
( – ) Perda por Redução ao VR (R$ 15.000,00)
( = ) Valor Contábil R$ 80.000,00

Perceba que houve a reversão de R$ 5 mil da perda por redução ao valor recuperável reconhecida anteriormente.

Por fim, para calcular o valor contábil em 31/12/2014 temos que achar o novo valor da amortização anual!
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙
80.000 − 0
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = 𝑹$ 𝟐𝟔. 𝟔𝟔𝟔, 𝟔𝟕
3 𝑎𝑛𝑜𝑠
Assim, em 31/12/2014 o Intangível estará contabilizado por:

Custo R$ 180.000,00
( – ) Amortização Acumulada (R$ 111.666,67)
( – ) Perda por Redução ao VR (R$ 15.000,00)
( = ) Valor Contábil R$ 53.333,33
Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

59. (FGV – Perito – PC/AM – 2022)


De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) – Ativo Intangível, pode-se diferenciar o ativo
intangível e o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) do seguinte modo:

(A) o ativo intangível é identificável.

(B) o ativo intangível é mensurável com objetividade.

(C) o ativo intangível deve ser amortizado.


(D) o goodwill é avaliado anualmente pelo valor de mercado.

(E) o goodwill pode ser reavaliado.

RESOLUÇÃO:
Por definição, ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.
Segundo o item 11 do Pronunciamento Técnico CPC 04 a definição de ativo intangível requer que ele seja
identificável, para diferenciá-lo do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill). O ágio

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derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido em uma combinação de negócios é um


ativo que representa benefícios econômicos futuros gerados por outros ativos adquiridos em uma combinação de
negócios, que não são identificados individualmente e reconhecidos separadamente. Tais benefícios econômicos
futuros podem advir da sinergia entre os ativos identificáveis adquiridos ou de ativos que, individualmente, não se
qualificam para reconhecimento em separado nas demonstrações contábeis.
Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

60. (FGV – Contador – DPE-RJ – 2014)

A Companhia Acima, líder no setor de brinquedos, está em processo para adquirir o controle da empresa
concorrente Aolado. A ideia da Companhia Acima é adquirir 100% das ações da empresa e retirar o mais rápido
possível de circulação a marca “Aolado”. O valor da marca, registrado como um intangível no balanço da
Aolado, é de R$ 550.000. Todavia, especialistas constataram que outras empresas do setor de brinquedos
estariam dispostas a pagar R$ 2.500.000 pela marca “Aolado”, considerando-se esse, portanto, o valor justo
para o referido ativo.
Caso a operação ocorra, o Balanço Patrimonial da Companhia Acima
(A) não identificará a marca Aolado como Intangível em suas demonstrações individuais, mas sim no grupo de
Investimentos em Controladas. Por outro lado, nas demonstrações consolidadas, a marca Aolado será
apresentada no grupo de Intangível com o valor de R$ 2.500.000.
(B) não identificará a marca Aolado como Intangível em suas demonstrações individuais, mas sim no grupo de
Investimentos em Controladas. Por outro lado, nas demonstrações consolidadas, a marca Aolado será
apresentada como ativo intangível com o valor de R$ 550.000 e ágio no valor de R$ 1.950.000.
(C) não identificará a marca Aolado em nenhuma de suas demonstrações contábeis, uma vez que pretende
descontinuar seu uso.

(D) identificará a marca no valor de R$ 550.000 e como Ágio no valor de R$ 1.950.000, ambos no grupo de
Intangível, tanto em suas demonstrações individuais como nas consolidadas.

(E) identificará a marca no valor de R$ 550.000 no grupo intangível e como ganho por compra vantajosa
(Demonstração de Resultado) no valor de R$ 1.950.000, ambos em suas demonstrações consolidadas.

RESOLUÇÃO:

O adquirente deve reconhecer, separadamente do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), os
ativos intangíveis identificáveis em uma combinação de negócios. Um ativo intangível é identificável se ele
atender ao critério de separação ou ao critério legal-contratual.

Se um ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios for separável ou resultar de direitos contratuais
ou outros direitos legais, considera-se que o seu valor justo pode ser mensurado com confiabilidade.

Assim, na elaboração do Balanço Individual a adquirente (Companhia Acima) identificar o valor justo do acervo
líquido da entidade adquirida, de $ 2.500.000,00, para fins do registro inicial em conta do ANC – Investimentos.

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Lembre-se que para fins de determinação do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho
por compra vantajosa, todos os ativos e passivos da investida devem ser reconhecidos e mensurados conforme o
Pronunciamento Técnico CPC 15, cuja regra geral de mensuração é o valor justo.

Segundo a Interpretação Técnica ICPC 09, quando tal intangível se refira especificamente a direito de concessão,
direito de exploração e assemelhados, se o contrato de concessão for identificável (pelo critério legal, contratual)
e puder ser mensurado a valor justo em condição objetiva e confiável, o ativo intangível correspondente será
classificado separadamente no subgrupo ativo intangível nas demonstrações consolidadas.

Assim, correta a alternativa A.


GABARITO: A

61. (FGV – ISS-Niterói – 2015)


A Cia. Gama adquiriu, em 31/03/x1, o controle da Linhas Aéreas Épsilon S.A., que era titular de direitos de
operação em aeroportos das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Ao contabilizar a aquisição da Linhas
Aéreas Épsilon S.A., a Cia. Gama deverá reconhecer esses direitos:
a) como ativo intangível, mensurado pelo valor justo na data de aquisição;

b) como ativo intangível, se sua concessão for por um prazo limitado;

c) como ativo intangível, se puderem ser separados da Linhas Aéreas Épsilon S.A. e vendidos, transferidos,
licenciados, alugados ou trocados;
d) como ativo intangível, se a Linhas Aéreas Épsilon S.A. assim os tiver reconhecido em suas demonstrações
financeiras anteriores à aquisição;

e) como parte do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) dessa aquisição.

RESOLUÇÃO:
Segundo o CPC 15 – Combinação de Negócios, o adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os
passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição.
O adquirente deve reconhecer, separadamente do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), os
ativos intangíveis identificáveis em uma combinação de negócios. Um ativo intangível é identificável se ele
atender ao critério de separação ou ao critério legal-contratual.

Assim, correta a alternativa A.

GABARITO: A

62. (FGV – Analista Judiciário – Contador – TJ-GO – 2014)

A Empresa Narizentupido tenta desenvolver remédios para combater gripes e resfriados. Na intenção de
ganhar participação no mercado, a empresa está sempre em busca de novidades. Na fase de pesquisa de um
remédio, utilizando escamas de sardinha, foram investidos $50.000,00. Após a pesquisa indicar que é viável
a produção e comercialização desse remédio, foram gastos $120.000,00. Além desses valores, foram ainda

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desembolsados $15.000,00 para treinar todos os consultores de venda, de modo a recuperar o mais rápido
possível os recursos já investidos em pesquisa e desenvolvimento.

Considerando que a empresa Narizentupido possui ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a
operação acima deve ser evidenciada nas suas demonstrações contábeis da seguinte forma:

(A) $120.000,00 como ativo intangível e $65.000,00 como despesa no exercício, sendo que nas notas explicativas
a empresa deve divulgar o investimento de $50.000,00 em pesquisa;

(B) $135.000,00 como ativo intangível e $50.000,00 como despesa no exercício, e sem nenhuma obrigatoriedade
especifica de divulgar em nota explicativa;
(C) $170.000,00 como ativo intangível e $15.000,00 como despesa no exercício e sem nenhuma obrigatoriedade
especifica de divulgar em nota explicativa;

(D) $185.000,00 como ativo intangível e sem nenhuma obrigatoriedade especifica de divulgar em nota explicativa;

(E) $185.000,00 como despesa no exercício e, somente quando for possível identificar que o investimento gerará
retorno, é que o valor pode ser transferido para o ativo. Nas notas explicativas a empresa deverá divulgar o valor
de $185.000,00 como gasto em pesquisa e desenvolvimento.

RESOLUÇÃO:
Segundo o CPC 04 – Ativo Intangível, os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa quando
incorridos, já que nesta etapa a entidade não está apta a demonstrar a existência de geração de benefícios
econômicos futuros. Assim, o gasto de $ 50.000,00 deverá ser reconhecido como despesa do exercício.
Quanto ao gasto com treinamento também deverá ser reconhecido como despesa. O próprio CPC 04 cita alguns
exemplos de itens que não são componentes do curso de ativo intangível, tais como:

(a) gastos com vendas, administrativos e outros gastos indiretos, exceto se tais gastos puderem ser atribuídos
diretamente à preparação do ativo para uso;

(b) ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos antes do ativo atingir o desempenho
planejado; e

(c) gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo.


Já na fase de desenvolvimento, um ativo intangível deve ser reconhecido se a entidade puder demonstrar, dentro
outros requisitos, a viabilidade técnica de produção e capacidade de usar ou vender o ativo. Assim, o gasto de $
120.000,00 deverá ser ativado.

Salienta-se que a entidade deve divulgar o total de gastos com pesquisa e desenvolvimento reconhecidos como
despesas no período.
GABARITO: A

63. (FGV – Auditor Fiscal – SEFIN/RO – 2018)

Em 01/01/2013, a Cia. K iniciou a pesquisa e desenvolvimento do projeto de um sistema capaz de gerar maior
controle sobre as suas atividades. O projeto durou três anos, tendo os seguintes gastos:
– 2013: R$ 200.000

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– 2014: R$ 300.000
–2015: R$ 500.000

Além disso, sabe-se que:

Em 2013, o projeto ainda estava na fase inicial da pesquisa e a empresa considerava a possibilidade de não ter
sucesso com ele.
Em 2014, a empresa iniciou a fase de desenvolvimento. Ao efetuar uma pesquisa de mercado, percebeu que
não haveria demanda para o sistema, devido ao preço. No entanto, decidiu manter o projeto em curso
normal, esperando que mudanças pudessem ocorrer.
Em 2015, há repercussão mundial e a empresa consegue projetar uma demanda suficiente para justificar a
produção em larga escala. Além disso, todos os critérios de reconhecimento dos gastos com desenvolvimento
do Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível foram atendidos. No final do ano o projeto é concluído.

Em 2016, o projeto é lançado ao mercado. Na data, a empresa estima que o sistema irá trazer benefícios
econômicos durante os cinco anos seguintes, a partir de 01/01/2016. Em 31/12/2016, a empresa efetua um
teste de Recuperabilidade e constata que o valor recuperável na data é R$ 550.000.

Em 2017, as vendas melhoraram e no teste de Recuperabilidade, de 31/12/2017, a empresa considera que terá
retorno de R$ 600.000 nos anos remanescentes de venda.

Assinale a opção que indica o valor contábil do sistema, em 01/01/2018.

a) R$ 200.000.
b) R$ 300.000.
c) R$ 412.500.

d) R$ 440.000.
e) R$ 600.000.

RESOLUÇÃO:
Segundo o CPC 04 – Intangível nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Os gastos
com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.
Isso ocorre porque durante a fase de pesquisa de projeto interno, a entidade não está apta a demonstrar a
existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto, tais gastos devem ser
reconhecidos como despesa quando incorridos.

Quando o projeto entra na fase de desenvolvimento, a entidade poderá ativar os gastos realizados, desde que a
entidade demonstre os aspectos a seguir enumerados:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;

(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;

(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;


(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade
deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível
ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

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(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu
desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e

(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu
desenvolvimento.

Com isso, conclui-se que os gasto efetuados ao longo de 2013 e 2014 devem ser considerados como despesas.
Já o gasto efetuado em 2015 deve ser conhecido como parte do custo do intangível gerado internamente, pois o
enunciado afirma que “todos os critérios de reconhecimento dos gastos com desenvolvimento do Pronunciamento
Técnico CPC 04 – Ativo Intangível foram atendidos”.
Assim, em 31/12/2015 a entidade terá evidenciado um ativo intangível no valor de R$ 500.000 em seu balanço
patrimonial.

Dado que a vida útil do item é de 5 anos, a entidade deverá amortiza-lo anualmente no valor de R$ 100.000.

Posteriormente, em 2016 e 2017, verificou-se que o valor recuperável (R$ 550 mil e R$ 600, respectivamente) são
superiores ao valor contábil do item. Assim, não há que se falar em reconhecimento de perda por desvalorização,
afinal, certamente o valor contábil (custo –e amortização acumulada) será inferior ao valor recuperável.

Para finalizar, vamos calcular o valor contábil do item em 01/01/2018.


Custo R$ 500.000
( – ) Amortização Acumulada (R$ 200.000) → ref. a 2016 e 2017
( = ) Valor Contábil R$ 300.000
Com isso, correta a alternativa B.
GABARITO: B

64. (FGV – ISS-Recife – 2014)


Em 31/12/2011, uma entidade encerrou a criação de um software. Na criação, gastou R$ 100.000,00 em
pesquisas e R$ 200.000,00 no desenvolvimento, já comprovada a viabilidade para produzir e utilizar o ativo.
Depois de pronto o novo software, a entidade gastou R$ 80.000,00 em publicidade a fim de promovê-lo.
A entidade começou a utilizar o software em 01/01/2012, estimando que ele seria utilizado por cinco anos. Já
em 31/12/2012, a entidade constatou que poderia ter retorno de R$ 150.000,00 com o software.

Em 31/12/2013, o valor contábil do software era de

(A) R$ 112.500,00.
(B) R$ 120.000,00.

(C) R$ 150.000,00.
(D) R$ 180.000,00.

(E) R$ 228.000,00.
RESOLUÇÃO:

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Segundo o CPC 04 – Ativo Intangível, nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Assim,
os gastos com pesquisa (R$ 100.000,00) devem ser reconhecidos como despesa do período. Os gastos com
publicidade também devem ser reconhecidos como despesa.

Por outro lado, os gastos realizados na fase de desenvolvimento, de R$ 200.000,00, serão ativados, pois foi
comprovada a viabilidade para produzir e utilizar o ativo.
O enunciado afirma que a vida útil do Ativo Intangível é definida (5 anos). Assim, tal ativo está sujeito à
amortização, bem como ao teste de recuperabilidade (“impairment test”).

Inicialmente a amortização anual será de:


𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑅$ 200.000,00
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = = 𝑹$ 𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 5 𝑎𝑛𝑜𝑠
Assim, em 31/12/2012 o Valor Contábil do software será de:

Custo R$ 200.000,00
( – ) Amortização Acumulada (R$ 40.000,00)
( = ) Valor Contábil R$ 160.000,00
No entanto, o enunciado afirma que o valor recuperável deste ativo em 31/12/2012 é de R$ 150.000,00. Assim, a
entidade deverá reconhecer uma perda de Valor Recuperável no valor de:

Valor Contábil R$ 160.000,00


( – ) Valor Recuperável (R$ 150.000,00)
( = ) Perda de Valor Recuperável R$ 10.000,00
Além disso, a amortização anual deverá ser recalculada para o restante de sua vida útil (4 anos) em função do seu
novo valor contábil (R$ 150.000,00). Vamos lá!
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑅$ 150.000,00
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = = 𝑹$ 𝟑𝟕. 𝟓𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 4 𝑎𝑛𝑜𝑠
Assim, em 31/12/2013, o valor contábil do software era de:

Custo R$ 200.000,00
( – ) Amortização Acumulada (R$ 77.500,00) → R$ 40.000 + R$ 37.500
( – ) Perda de Valor Recuperável (R$ 10.000,00)
( = ) Valor Contábil R$ 112.500,00

GABARITO: A

65. (FGV – Contador – DPE-RJ – 2014)


No dia 01/01/X1 a empresa XYZ contratou a empresa ABC para desenvolver um sistema de informática
integrado. O valor orçado inicialmente para o desenvolvimento do sistema foi de $ 600.000, com o prazo de
12 meses para a conclusão. O pagamento do serviço ocorrerá seis meses após a conclusão do trabalho e será
feito em parcela única. No transcorrer da implantação do sistema, o valor foi reduzido para $ 580.000 e o
sistema foi entregue em 31/10/X1.

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No dia 01/11/X1 foram identificados problemas em sua utilização, dado o envio incompleto de informações
por parte da empresa XYZ. Isso gerará mais dois meses de trabalho para que o sistema funcione
adequadamente. A empresa ABC cobrará mais R$ 30.000,00 pelos ajustes.
O registro da operação no mês de outubro é
(A) D – ativo intangível – R$ 580.000 C – contas a pagar – R$ 580.000
(B) D – ativo intangível – R$ 600.000 C – contas a pagar – R$ 600.000
(C) D – ativo intangível – R$ 610.000 C – contas a pagar – R$ 610.000
(D) D – ativo intangível – R$ 600.000 C – outras despesas operacionais – R$ 10.000 C – contas a pagar – R$ 610.000
(E) D – ativo intangível – R$ 580.000 C – outras despesas operacionais – R$ 30.000 C – contas a pagar – R$ 610.000

RESOLUÇÃO:

É importante que o aluno tenha atenção ao foco do enunciado: registro da operação no mês de outubro.

O reconhecimento de um Intangível adquirido dá-se pelo gasto incorrido (ou seja, seu custo). Assim, em outubro
o valor a ser reconhecido no Intangível é de $ 580.000,00. Como o gasto ainda não foi pago (segundo o enunciado
será pago em seis meses após a conclusão do trabalho), faz-se necessário o reconhecimento de uma obrigação de
mesmo valor.
Assim, correta a alternativa A.

Os custos posteriores serão ativados quando da conclusão dos trabalhos adicionais realizados pela empresa XYZ.

GABARITO: A

66. (FGV – Contador – DPE-RJ – 2014)

A empresa Gatunos SA adquiriu um elevador por R$ 12.000,00, com vida útil estimada de 10 anos. Para
atender às exigências de segurança estabelecidas pela empresa, o elevador, apesar de recebido em 31 de
março de 2014, só entrará em operação quando a equipe de TI da Gatunos SA concluir o projeto de um sistema
capaz de reconhecer as intenções do usuário do elevador. Uma peculiaridade exigida para a finalização do
software, e sua efetiva entrada em operação, é que ele seja capaz de alertar os diretores da empresa na
eventualidade de um cão da raça Rottweiller entrar no elevador. Nesse caso, o software, além de avisar os
diretores, deve ser capaz de desativar a movimentação do elevador, retendo-o no 13º andar. O contrato de
trabalho com a equipe de TI, que conta com 10 engenheiros formados no M.I.T., vai até 31 de março de 2016,
mas não há garantias de que poderá concluí-lo, sequer cogita-se entregá-lo parcialmente. Apesar disso, a
empresa gastou em abril de 2014 o total de R$ 1.000.000,00 com o salário da equipe, além de outros R$
1.000.000,00 com a parte física (câmera, infravermelho e fios de ouro, por ser um ótimo condutor) para
elaboração do software. A empresa tem expectativa de que, se concluído, o projeto poderá ser vendido para
uma das gigantes de tecnologia por R$ 100.000.000,00 e, inclusive, afirma que já possui compradores
interessados. Em relação aos fatos aqui narrados, as demonstrações contábeis da Gatunos referentes ao dia
30 de abril de 2014, devem apresentar ao menos
(A) i) depreciação acumulada do elevador, no montante de R$ 100,00; ii) ativo intangível em elaboração,
totalizando R$ 2.000.000,00.

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(B) i) ativo imobilizado em andamento – elevador, no montante de R$ 12.000,00; ii) despesa com salários da equipe
de TI, no montante de R$ 1.000.000,00.

(C) i) ativo intangível em elaboração, totalizando R$ 1.000.000,00; ii) despesa com salários da equipe de TI, no
montante de R$ 1.000.000,00.

(D) i) ativo imobilizado em andamento – elevador, no montante de R$ 12.000,00; ii) depreciação acumulada do
elevador, no montante de R$ 100,00.

(E) i) material de consumo (câmera, infravermelho e fios de ouro), totalizando R$ 1.000.000,00; ii) despesa com
salários da equipe de TI, no montante de R$ 1.000.000,00.
RESOLUÇÃO:

Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, a depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou
seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração. Assim, pelos
fatos narrados no enunciado conclui-se que até abril de 2014 não há que se falar em reconhecimento de
depreciação (consequentemente não há lançamentos na conta Depreciação Acumulada). Com isso de cara
eliminamos as alternativas A e D.

O enunciado conta a historinha maluca de um software que seja capaz de reconhecer as intenções do usuário do
elevador. O CPC 04 – Ativo Intangível diz que alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que
possuem substância física, como um disco (como no caso de software). Para saber se este item do ativo contém
elementos de Imobilizado ou Intangível a entidade deve avaliar qual elemento e mais significativo. No caso em
tela, o software deve ser tratado como Ativo Intangível.
O gasto de R$ 1.000.000,00 com o salário da equipe deve ser reconhecido como despesa, afinal gastos com
pesquisas são lançados diretamente ao resultado do período. Isso ocorre porque a entidade não atende aos
requisitos de reconhecimento de um ativo, principalmente em relação à garantia mínima de provável geração de
benefícios econômicos futuros.
Lembre-se que um ativo intangível resultante de desenvolvimento deve ser reconhecido somente se a entidade
puder demonstrar uma série de requisitos, dentro dos quais está a viabilidade técnica para concluir o ativo
intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda, bem como a intenção de concluir o ativo
intangível e de usá-lo ou vende-lo.

Assim, correta a alternativa B.

GABARITO: B

67. (FGV – Contador – SMF Niterói-RJ – 2015)


Em 02/01/x1, a divisão de pesquisa da Indústria Farmacêutica Zeta S.A. deu início a um projeto de
desenvolvimento de um novo medicamento para atender um segmento de mercado considerado importante
pela direção da companhia. Na execução desse projeto foram incorridos os seguintes gastos:

Data Gasto Montante


31/03/x1 Desenvolvimento da fórmula R$ 1.000.000,00
30/06/x1 Testes R$ 500.000,00

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31/10/x1 Patente R$ 150.000,00


30/11/x1 Adequação do processo produtivo R$ 200.000,00
31/12/x1 Propaganda R$ 300.000,00
Total R$ 2.150.000,00

Findos os testes do medicamento, a direção da companhia concluiu que sua produção era tecnicamente
viável, e que os recursos demandados para tanto eram compatíveis com as possibilidades de investimento da
companhia e com o retorno comercial esperado do medicamento. Após adequar seu processo produtivo para
que pudesse produzir o medicamento da forma pretendida, a Indústria Farmacêutica Zeta S.A. lançou uma
campanha de marketing para divulgar o novo medicamento junto aos consumidores. Do total de gastos
incorridos nesse projeto, será incluído no custo do ativo intangível gerado internamente o montante de:

(A) R$ 150.000;

(B) R$ 350.000;

(C) R$ 650.000;

(D) R$ 1.500.000;

(E) R$ 2.150.000.
RESOLUÇÃO:

Segundo o CPC 04 – Intangível nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Os gastos
com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.
Isso ocorre porque durante a fase de pesquisa de projeto interno, a entidade não está apta a demonstrar a
existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto, tais gastos devem ser
reconhecidos como despesa quando incorridos.
Quando o projeto entra na fase de desenvolvimento, a entidade poderá ativar os gastos realizados, desde que a
entidade demonstre os aspectos a seguir enumerados:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;

(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;


(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;

(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade
deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível
ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu
desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e

(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu
desenvolvimento.
O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos diretamente atribuíveis, necessários à
criação, produção e preparação do ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração.
Exemplos de custos diretamente atribuíveis:

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(a) gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do ativo intangível;

(b) custos de benefícios a empregados relacionados à geração do ativo intangível;

(c) taxas de registro de direito legal; e

(d) amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo intangível.

Os seguintes itens não são componentes do custo de ativo intangível gerado internamente:
(a) gastos com vendas, administrativos e outros gastos indiretos, exceto se tais gastos puderem ser atribuídos
diretamente à preparação do ativo para uso;

(b) ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos antes do ativo atingir o desempenho
planejado; e

(c) gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo.

Com isso, conclui-se que o custo do intangível gerado internamente é de R$ 350.000,00 (gastos com patente e
adequação do processo produtivo).

Zé Curioso: “Professor, eu somei o gasto com teste no custo do intangível, pois o próprio CPC 04 diz que tais custos
são diretamente atribuíveis ao custo de um intangível.”
Zé, ótima colocação! Para facilitar vou reproduzir aqui o trecho que você mencionou.

27. O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui:


(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra,
depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.
28. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:
(a) custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o ativo fique em condições
operacionais (de uso ou funcionamento);
(b) honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais; e
(c) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.
29. Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:
(a) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);
(b) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo
custos de treinamento); e
(c) custos administrativos e outros custos indiretos.

Primeiramente eu quero que você perceba que o item 28 está se referindo a um determinado intangível que tenha
sido adquirido separadamente, e não a um intangível gerado internamente.

Já o item 29 é genérico. De jeito nenhum os gastos ali expostos serão ativados (seja um ativo adquirido ou gerado
internamente).

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Também é necessário frisar que segundo o enunciado apenas após a finalização dos testes é que a direção da
entidade concluiu pela viabilidade da produção do produto. Ou seja, tenha muito cuidado aqui! No caso de um
ativo gerado internamente temos que distinguir não apenas quais gastos podem ou não ser ativados, mas também
diferenciar a fase de pesquisa com a de desenvolvimento.

Veja que no caso em tela o gasto com teste foi realizado quando o projeto ainda estava em sua fase de pesquisa
(afinal, apenas com o fim dos testes é que o projeto entrou em sua fase de desenvolvimento) e deve ser apropriado
como despesa do período.

GABARITO: B

68. (FGV – ISS Cuiabá/MT – 2014)

Em 01/01/2013, uma empresa adquiriu os direitos para uso de uma marca por cinco anos. O contrato é
renovável a cada cinco anos a custo insignificante, e a empresa pretende renová-lo por mais quinze anos,
acreditando que, após este período, a marca não terá mais retorno.
A vida útil a ser estabelecida pelo direito de utilização da marca, em 01/01/2013, é
(A) de cinco anos.
(B) de dez anos.
(C) de quinze anos.
(D) de vinte anos.
(E) indefinida.
RESOLUÇÃO:
Perceba que a vida útil legal do direito de uso é de 5 anos. No entanto, o contrato é renovável a cada cinco anos a
custo insignificante, e a empresa pretende renová-lo por mais quinze anos.
Assim, conclui-se que em 31/01/2013 a marca irá gerar fluxos de caixa líquidos para a entidade adquirente durante
um período total de 20 anos (cinco anos do contrato mais a renovação por quinze anos), devendo esta ser sua vida
útil definida.
GABARITO: D

69. (FGV – Auditor Fiscal – SEFIN/RO – 2018)


Em 01/01/2017, uma empresa aérea adquiriu uma autorização para exploração da rota entre São Paulo e
Brasília por R$ 100.000. A autorização pode ser renovada a cada 4 anos e a companhia sinaliza que deseja a
renovação nas próximas oportunidades. A renovação de autorização de rotas tem custo insignificante para a
empresa.

Assinale a opção que indica o correto tratamento contábil da autorização de rola pela empresa aérea, no
momento em que adquiriu a autorização e nos anos seguintes.
a) Reconhecimento de despesa operacional de R$ 100.000.

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b) Reconhecimento de R$ 25.000 no ativo circulante e de R$ 75.000 no ativo realizável a longo prazo. Deve-se
reconhecer despesa operacional de R$ 25.000, ao final de cada um dos próximos quatro anos.
c) Reconhecimento de R$ 100.000 no ativo realizável a longo prazo. Deve-se reconhecer despesa operacional de
R$ 100.000, após os quatro anos.
d) Reconhecimento de um ativo intangível no valor de R$ 100.000, que não deve ser amortizado.

e) Reconhecimento de um ativo intangível no valor de R$ 100.000. Deve-se reconhecer amortização de R$ 25.000,


ao final de cada um dos próximos quatro anos.

RESOLUÇÃO:

Segundo o CPC 04 – Ativo Intangível:

93. A vida útil de ativo intangível pode ser muito longa ou até indefinida. A incerteza justifica a prudência
na estimativa da sua vida útil, mas isso não justifica escolher um prazo tão curto que seja irreal.
94. A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou outros direitos legais não deve
exceder a vigência desses direitos, podendo ser menor dependendo do período durante o qual a entidade
espera utilizar o ativo. Caso os direitos contratuais ou outros direitos legais sejam outorgados por um prazo
limitado renovável, a vida útil do ativo intangível só deve incluir o prazo de renovação, se existirem
evidências que suportem a renovação pela entidade sem custo significativo. A vida útil de um direito
readquirido reconhecido como ativo intangível em uma combinação de negócios é o período contratual
remanescente do contrato em que o direito foi concedido e não incluirá períodos de renovação.

Segundo o enunciado “a autorização pode ser renovada a cada 4 anos e a companhia sinaliza que deseja a
renovação nas próximas oportunidades. A renovação de autorização de rotas tem custo insignificante para a
empresa”.
Como não há informações acerca do prazo exato em que a entidade deseja renovar a concessão, considera-se que
o prazo da vida útil é indefinida.
Com isso, o intangível deve ser reconhecido pelo seu custo incorrido, de R$ 100.000, dentro do ANC – Intangível,
e não deve ser amortizado, o que torna correta a alternativa D.

GABARITO: D

70. (FGV – Assistente – ALERO – 2018)

Assinale a opção que indica um ativo que deve sofrer amortização.


a) Marca reconhecida contabilmente com vida útil definida.
b) Patente adquirida de terceiros com vida útil indefinida.
c) Ágio apurado na aquisição de empresa.
d) Recursos florestais extraídos de floresta natural.
e) Máquina construída pela entidade.

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RESOLUÇÃO:
Vamos analisar as alternativas apresentadas.

a) Correta. Marca reconhecida contabilmente com vida útil definida deve ser amortizada.

b) Incorreta. Patente adquirida de terceiros com vida útil indefinida não deve ser amortizada (nem haveria como,
pois a vida útil é um dado fundamental para o cálculo da amortização).
c) Incorreta. Ágio apurado na aquisição de empresa (chamado de Goodwill) não sobre amortização.

d) Incorreta. Recursos florestais extraídos de floresta natural sofrem exaustão.

e) Incorreta. Máquina construída pela entidade deve sofrer depreciação.


GABARITO: A

Pessoal, com isso finalizamos a aula de hoje, que foi bastante produtiva e é muito importante para provas futuras
da banca FGV.
Espero que você tenha identificado seus pontos fracos ao longo da aula. Bata em suas fraquezas sem piedade!
Qualquer dúvida estou à disposição no fórum de dúvidas.
Abraço

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Lista de Questões Comentadas


1. (FGV – Contador – SEFIN/RO – 2018)
A Cia. XYZ, que atua no ramo de alimentos, possui 60% do capital votante e total da Cia. M, sobre a qual
exerce controle, e 5% do capital da Cia. P, na qual exerce influência significativa. Ela tem a intenção de vender
as ações da Cia. P, quando o preço de mercado atingir um valor que gere lucro.

Em 31/12/2015, os patrimônios líquidos da Cia. M e da Cia. P eram de R$ 50.000.

No ano de 2016, a Cia. M apresentou lucro de R$ 10.000 e distribuiu R$ 2.000 em dividendos. Já a Cia. P
apresentou lucro de R$ 20.000 e distribuiu R$ 4.000 em dividendos.

Assinale a opção que indica o valor reconhecido como Resultado por Equivalência Patrimonial na
Demonstração do Resultado do Exercício da Cia. XYZ, em 31/12/2016, referente às suas participações
acionárias.

(A) R$ 4.800.
(B) R$ 5.600.

(C) R$ 6.000.
(D) R$ 7.000.

(E) R$ 10.000.

2. (FGV – Analista – IMBEL – 2021)

Na Demonstração do Resultado do Exercício, a Receita de Equivalência Patrimonial corresponde à(ao)

A) venda com lucro de participação em empresas investidas que eram reconhecidas por meio do método de
equivalência patrimonial.

B) ganho decorrente de variação de participação acionária na investida.


C) valor recebido por meio de dividendos de empresas investidas.

D) parcela dos resultados de empresas investidas, reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial.
E) ganho com subscrição e bonificação de ações.

3. (FGV – Contador – MPE/AL – 2018)


A Cia. A tem participação de 40% na Cia. B e exerce influência significativa nela.

Em 2017, os seguintes fatos ocorreram na Cia. B:

• Receitas operacionais à vista: R$ 24.000;


• Receitas operacionais a prazo: R$ 4.000;
• Despesas operacionais à vista: R$ 8.000.

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• Reconhecimento e pagamento de imposto sobre a renda e contribuição social: R$ 6.800;


• Declaração de dividendos: R$ 5.000.

Com base nas informações acima, assinale a opção que indica o lucro líquido da Cia. A, em 31/12/2017.

a) R$ 3.280,00.

b) R$ 5.280,00.
c) R$ 8.200,00.

d) R$ 10.280,00.

e) R$ 13.200,00.

4. (FGV – Perito – PC/AM – 2022)

A Cia A tem 100% de participação na Cia B.

Em X0, a Cia A contabilizou os seguintes fatos:


– Receita com prestação de serviços a terceiros: R$ 100.000.
– Custos e despesas: R$ 130.000.

Já a Cia B contabilizou os seguintes fatos:


– Receita com prestação de serviços a terceiros: R$ 60.000.
– Custos e despesas: R$ 20.000.
– Distribuição de dividendos: R$ 8.000.

O resultado da Cia A em 31/12/X0, sem considerar a incidência de impostos, foi


(A) prejuízo de R$ 30.000.
(B) prejuízo de R$ 22.000.

(C) lucro de R$ 2.00.


(D) lucro de R$ 10.000.

(E) lucro de R$ 18.000.

5. (FGV – ISS-Niterói-RJ – 2015)

A Alfa S.A. é uma holding que detém participações societárias em diversas outras sociedades. O diagrama
abaixo indica, através de setas, os percentuais de participação de cada uma dessas sociedades no capital
votante das outras.

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Em cada uma das companhias, o restante das participações societárias, não indicadas no diagrama, é detido
por um único acionista, que não é parte relacionada da Alfa S.A. e não mantém nenhum tipo de acordo de
acionistas com ela. As demonstrações contábeis consolidadas da Alfa S.A. deverão incluir, como se fossem
uma única entidade econômica, os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa:

(A) da Cia. B;

(B) das Cias. B e E;

(C) das Cias. A, B, D e E;

(D) das Cias. B, C, E e F;


(E) de todas as companhias.

6. (FGV – Assistente – ALERO – 2018)


Em 31/12/2017, uma entidade possuía um investimento em outra sociedade com caráter temporário, e
pretendia se desfazer do investimento em alguns anos.

Assinale a opção que indica a classificação correta do investimento, no balanço patrimonial de 31/12/2017 da
entidade.

a) Ativo Realizável a Longo Prazo.


b) Investimento.

c) Propriedade para Investimento.

d) Ativo Intangível.

e) Patrimônio Líquido.

7. (FGV – Contador – SEDUC-AM – 2014)

A Cia X é uma empresa de consultoria. Em seu balanço patrimonial, de 31/12/2013, deve estar contabilizado
como ativo circulante:
(A) Empréstimo bancário obtido com prazo de 05 de outubro de 2014.

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(B) Saldo a receber de clientes em 10 de janeiro de 2015.

(C) Contas a receber por um serviço de consultoria prestado à empresa controlada, para recebimento em julho de
2014.

(D) Adiantamento a acionista que deverá ser recebido em maio de 2014.

(E) O saldo de dividendos a ser distribuído referente ao ano de 2013.

8. (FGV – Analista – DPE/RO – 2015)


Um investimento avaliado pelo método de custo deve:
(A) ter periodicamente seu valor justo mensurado e os ganhos ou perdas reconhecidos no resultado;
(B) com base na Lei nº 6.404/76, e suas alterações, ser baixado para resultado ou avaliado ao valor justo;
(C) ser avaliado por equivalência patrimonial;
(D) ter seu valor recuperável testado quando houver evidência de perda;
(E) ser ajustado pela deliberação sobre a distribuição de dividendos.

9. (FGV – Técnico – CODEBA – 2016)


Em 31/12/2015 uma empresa possuía participações permanentes no capital social de outras sociedades.
Assinale a opção que indica a correta classificação dessas participações no Balanço Patrimonial da empresa.
(A) Patrimônio Líquido.
(B) Passivo não Circulante.
(C) Ativo Imobilizado.
(D) Ativo Intangível.
(E) Investimento.

10. (FGV – Técnico – COMPESA – 2014)

Em uma empresa prestadora de serviços, os itens a seguir estão classificados na conta Investimentos do
Ativo, à exceção de um. Assinale-o.

(A) Participações permanentes em sociedades controladas.


(B) Terreno mantido sem produção de renda e destinado a uso futuro, na expansão da empresa.

(C) Obra de arte exposta na sala de reuniões.


(D) Direito a receber por empréstimo concedido a outra entidade.

(E) Participações permanentes em sociedades coligadas.

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11.(FGV – Analista de Controle Interno – SEFAZ/RJ – 2011)


Em 01 de janeiro de X1, a Cia. F comprou 90% de participação da Cia. A, pagando R$ 900,00, em uma
transação efetuada com base no valor patrimonial. Durante o ano de X1, a Cia. A auferiu lucro de R$ 200,00 e
declarou dividendos de 25%, que corresponde ao mínimo obrigatório, sem constituição de reserva legal. Em
dezembro de X1, a Cia. F vendeu a sua participação na Cia. A para terceiros por R$ 1.500,00.

Qual foi o resultado obtido pela Cia. F na alienação da participação societária na Cia. A, considerando que o
método utilizado é o da equivalência patrimonial?

a) R$ 420.

b) R$ 300.

c) R$ 465.

d) R$ 600.

e) R$ 500.

12. (FGV – Auditor Fiscal – SEFIN/RO – 2018)


Em 02/01/2017, a Cia. A possuía 50% das ações totais e votantes da Cia. B, exercendo controle compartilhado
com a Cia. C. Na data, o patrimônio líquido da investida era de R$ 100.000.
Em 03/01/2017, a Cia. A comprou da Cia. C, à vista, o equivalente a 50% das ações totais e votantes
remanescentes da Cia. B, pagando R$ 70.000 à vista.

Assinale a opção que indica o impacto da operação, se existente, na Demonstração do Resultado do Exercício
da Cia. A.
a) Receita de R$ 20.000.
b) Reserva de lucro de R$ 20.000.

c) Goodwill de R$ 20.000.
d) Ajuste a valor patrimonial de R$ 20.000.
e) Não há impacto.

13.(FGV – ISS Cuiabá/MT – 2016)


A Cia. A possui participação societária na Cia B, investida com participação de 18% do capital social. O diretor
financeiro da Cia. A é membro do conselho de administração da Cia B.

De acordo com a Lei nº 6.404/76, o investimento na Cia. B deve ser avaliado no balanço patrimonial da Cia.
A, pelo
a) valor justo.
b) valor de saída.

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c) método do custo.

d) método da reavaliação.

e) método da equivalência patrimonial.

14. (FGV – Auditor MPE/AL – 2018)

As contas listadas a seguir podem ser classificadas como Receitas Financeiras na elaboração da
Demonstração do Resultado do Exercício, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Descontos obtidos.

b) Receitas de títulos vinculados ao mercado aberto.

c) Receitas sobre outros investimentos temporários.

d) Prêmio de resgate de títulos.

e) Receita com equivalência patrimonial.

15.(FGV – Contador – Paulínia/SP – 2016)


A Cia Alfa possui participação de 12% no capital social da Cia Beta. O presidente da Cia Alfa integra o conselho
de administração da Cia Beta.

Com base nas informações acima e de acordo com a Lei nº 11.638/2007 e com os pronunciamentos técnicos
do CPC, assinale a opção que indica como a participação societária da Cia Alfa na Cia Beta deve ser
considerada.

(A) Associada
(B) Coligada
(C) Controlada

(D) Conjugada

(E) Subsidiária

16. (FGV – Analista Judiciário – TJ/RO – 2015)

A Cia. Alfa, que não é uma entidade de investimento e cujas ações são negociadas em bolsa de valores, é
titular de direitos de sócio que lhe asseguram, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais
e o poder de eleger a maioria dos administradores da Beta S.A. Além disso, a Cia. Alfa também detém
participações societárias na Gama S.A. e na Delta S.A. Porém, enquanto na Gama S.A. a Cia. Alfa participa
nas decisões das políticas financeiras e operacionais, embora não a controle, na Delta S.A. a Cia. Alfa não tem
qualquer tipo de ingerência. Em suas demonstrações financeiras, a Cia. Alfa deverá avaliar os investimentos:
(A) na Beta S.A., na Gama S.A. e na Delta S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir seus ativos,
passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa nas demonstrações consolidadas;

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(B) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir seus ativos, passivos,
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa nas demonstrações consolidadas;

(C) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Beta S.A. nas demonstrações consolidadas;

(D) na Beta S.A. e na Gama S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Gama S.A. nas demonstrações consolidadas;

(E) na Gama S.A. e na Delta S.A. pelo método da equivalência patrimonial, e incluir os ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da Beta S.A. nas demonstrações consolidadas.

17.(FGV – Analista – DPE/RO – 2015)


Uma empresa de limpeza de tubulação de esgoto – Clean Tubus – foi constituída para atender a Companhia
de Água e Esgoto do Estado (CAESG). Eventualmente a Clean Tubus pode atender outras companhias quando
autorizada pela CAESG. Também é responsabilidade da CAESG definir o preço da prestação de serviços e dar
aval para qualquer risco operacional da Clean Tubus.

A CAESG efetuou um empréstimo de $ 500.000,00 com taxa de juros de 10% a.a. para que a Clean Tubus
pudesse iniciar suas operações. Tal empréstimo é passível de conversão em capital social a qualquer momento
por interesse da CAESG.

Seguem informações sobre o capital social das duas empresas:

Considerando apenas as informações acima, a relação da empresa Clean Tubus com a CAESG é:

(A) apenas fornecedora de serviços;

(B) controlada em conjunto em razão de possuir o mesmo acionista;

(C) coligada por pertencer ao mesmo grupo econômico;


(D) coligada em razão da influência significativa exercida pela CAESG;

(E) controlada, e deve compor o balanço consolidado da CAESG.

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18. (FGV – Analista Judiciário – Contador – TJ/GO – 2014)

A Cia Brasil possui 50% das ações da Cia Americana e avalia esse investimento por equivalência patrimonial.
O Patrimônio Líquido da Cia Americana em 1º/01/2013 era composto por:

• Capital = $6.000 (6.000 ações)


• Reservas de capital = $2.000
• Reservas de lucro = $2.000
Tendo por base apenas tais informações, sabe-se que em seu Balanço Patrimonial final de 2012 a Cia Brasil
reconheceu um total de $5.000 em relação aos seus investimentos na Cia Americana.

Durante 2013 a Cia Americana não registrou nenhuma transação em suas atividades, exceto o aporte de mais
$6.000 de capital, sendo emitidas 6.000 novas ações de $1,00 cada. Sabe-se que a Cia Brasilpermaneceu com
a participação demonstrada no Balanço Patrimonial final de 2012, dado que não dispunha de caixa para novos
investimentos em 2013.

Destarte, em decorrência exclusivamente dos eventos narrados sobre sua participação acionária na Cia
Americana, ao final de 2013 a Cia Brasil:
(A) contabilizou $1.000 a crédito em outros resultados abrangentes;

(B) evidenciou um passivo continente de $3.000;

(C) contabilizou $1.000 a débito em outros resultados abrangentes;


(D) evidenciou $5.000 de investimentos na Cia Americana;
(E) contabilizou um passivo não circulante de $3.000.

19. (FGV – Analista – DPE/RO – 2015)


Uma empresa controladora possui uma controlada com patrimônio líquido negativo. A prática contábil
aplicável nesse caso é:

(A) deve reconhecer passivos contingentes e outras obrigações cabíveis nas demonstrações separadas;

(B) nas demonstrações consolidadas, as controladas com patrimônio líquido igual a zero ou negativo não devem
ser consolidadas por terem efeito nulo;
(C) nas demonstrações individuais, deverá ser refletido o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido
que são obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo econômico;

(D) quando a participação do investidor nos prejuízos do período se igualar ou exceder o saldo contábil de sua
participação na investida, o investidor deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em perdas futuras;

(E) reduzir o investimento até zero e um passivo deve ser reconhecido somente na extensão em que o investidor
tiver incorrido em obrigações legais.

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20. (FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/ES –2021)

A Cia. A apresentava, em 02/01/X1, o balanço patrimonial a seguir.

Cia A
Ativo
Investimentos – Cia B 50.000
Total 50.000
PL
Capital Social 50.000
Total 50.000

A Cia. A tem o controle compartilhado da Cia. B com a Cia. X e utiliza o método da equivalência patrimonial
para avaliação do investimento. É definido que a Cia. A não tem responsabilidade pelos passivos de suas
empresas investidas e não efetua pagamentos em nome delas. Em X1, a Cia. B apurou prejuízo de R$100.000.
Assinale a opção que indica o tratamento contábil da Cia. A em relação ao investimento na Cia. B, em
31/12/X1, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em
Empreendimento Controlado em Conjunto.

(A) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 50.000;


C- Investimentos - R$ 50.000.

(B) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 50.000;


C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 50.000.

(C) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;


C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 100.000.

(D) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;


C- Provisão para contingências - R$ 100.000.

(E) D- Despesa de Equivalência Patrimonial - R$ 100.000;


C- Investimentos - R$ 50.000;
C- Provisão para passivo a descoberto - R$ 50.000.

21. (FGV – Consultor – SEFAZ/ES – 2022)


A Cia. A tem 100% de participação na Cia B, sua subsidiária integral. O valor do investimento é de R$ 30.000.

Em X1, a Cia. B reconheceu receita de prestação de serviços com terceiros de R$ 50.000 e despesas com
terceiros de R$ 90.000.

Assinale a opção que indica o impacto do investimento na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e
no Balanço Patrimonial (BP) individuais da Cia. A, em 31/12/X1.

(A) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 30.000 na DRE e nenhum reconhecimento no
BP.
(B) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 40.000 na DRE e nenhum reconhecimento no
BP.

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(C) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 40.000 na DRE e de Investimento de -R$
40.000 no BP.

(D) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 30.000 na DRE e de provisão para passivo a
descoberto de R$ 10.000 no BP.

(E) Reconhecimento de despesa de equivalência patrimonial de -R$ 40.000 na DRE e de provisão para passivo a
descoberto de R$ 10.000 no BP.

22. (FGV – Contador – DPE/RJ – 2014)

A empresa Jogajunto possui uma participação de 40% na empresa Senjogo. Outros 15% do capital da Senjogo
estão pulverizados nas bolsas de valores BM&F Bovespa e na de Nova York. Os demais 45% estão em posse
do banco Investidolar. Desses 45% da Investidolar, a Jogajunto possui uma opção de compra de 20% e que
pode ser realizada a qualquer momento.

No ano de X1 a Senjogo obteve um lucro de R$ 100.000,00. Além disso, a Senjogo possui em seu estoque R$
60.000,00 em mercadorias adquiridas da Jogajunto. No balancete da Jogajunto é possível encontrar os
seguintes saldos:
Venda de Mercadorias 500.000
Venda de Mercadorias para a Senjogo 60.000
Total de Vendas 560.000
Custo das Mercadorias Vendidas 380.000
Custo das Mercadorias Vendidas para a Senjogo 45.000
Total do CMV 425.000

Considerando apenas as informações acima e desconsiderando qualquer efeito de impostos, o resultado de


equivalência patrimonial é

(A) R$ 34.000,00.

(B) R$ 40.000,00.

(C) R$ 45.000,00.
(D) R$ 54.000,00.
(E) R$ 25.000,00.

23.(FGV – Analista Judiciário – Contador – TJ/GO – 2014)


A Cia Goiás comprou 100% da Cia São Paulo e pagou à vista $30.000. O acervo líquido da Cia São Paulo a valor
contábil era de $50.000, representado por ativos de $60.000 e passivos de $10.000. O acervo líquido da Cia
São Paulo a valor justo era de $55.000, representado por ativos de $65.000 e passivos de $10.000. Em
decorrência dessa operação, a Cia Goiás contabilizou:
(A) $25.000 de deságio, evidenciados no seu resultado;

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(B) $5.000 de deságio, evidenciados no ativo intangível do seu Balanço Patrimonial;

(C) $20.000 de deságio, evidenciados no seu resultado;

(D) $5.000 de ágio, evidenciados no ativo intangível do seu Balanço Patrimonial;

(E) $25.000 de ágio, evidenciados no ativo intangível do seu Balanço Patrimonial individual.

24. (FGV – Contador – SMF Niterói/RJ – 2015)


A Cia. Comercial Beta tem uma participação de 80% no capital social da Industrial Gama S.A., que é composto
exclusivamente por ações ordinárias. Durante x1, a Industrial Gama S.A. produziu 250.000 unidades do
Produto X, a um custo unitário de R$ 1,70, tendo vendido, ao todo, 200.000 unidades do produto durante o
período. Dessas 200.000 unidades, 100.000 foram adquiridas pela Cia. Comercial Beta, a um preço de R$ 2,00
cada, que revendeu 60.000 unidades a terceiros independentes do grupo econômico ao qual a Cia. Comercial
Beta pertence, por R$ 2,50 cada. Essas transações não são tributadas, a Industrial Gama S.A. é fornecedora
exclusiva dos Produtos X à Cia. Comercial Beta, e no início de x1 nenhuma das companhias possuía estoques
desse produto. Desse modo, a menos que seu valor realizável líquido seja menor, no balanço patrimonial
consolidado da Cia. Comercial Beta, em 31/12/x1, o estoque de Produtos X estará registrado pelo custo de:
(A) R$ 68.000;

(B) R$ 80.000;

(C) R$ 153.000;
(D) R$ 165.000;

(E) R$ 180.000.

25.(FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/AM – 2022)


Em 31/12/X0, as Cias X e Y apresentavam os seguintes balanços patrimoniais:

Cia X Cia Y
Caixa 25.000 8.000
Estoques 12.000
Investimento (Cia Y) 16.000
Total do Ativo 41.000 20.000
Capital Social 41.000 20.000
Total do Patrimônio Líquido 41.000 20.000

Em 10/01/X1, a Cia. Y vendeu todo o seu estoque para a Cia. X a prazo por R$20.000. Em 20/01/X1, a Cia. X
vendeu 60% do estoque para terceiros por R$24.000, a prazo.
Assinale a opção que indica, no balanço patrimonial da Cia. X, em 31/01/X1, o saldo da conta investimentos.

(A) R$16.000.

(B) R$19.200.

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(C) R$20.800.

(D) R$22.400.

(E) R$24.000.

26. (FGV – Agente de Fiscalização – TCM/SP – 2015)

A Cia. Industrial Iota tem uma participação de 25% no capital social da Comercial Kapa S.A., que é composto
exclusivamente por ações ordinárias. Os demais investidores da Comercial Kapa S.A. são independentes do
grupo econômico ao qual a Cia. Industrial Iota pertence. Em 30/11/x1, a Cia. Industrial Iota vendeu produtos
à Comercial Kapa S.A. por um total de R$1.000.000. Esses produtos tiveram um custo para a Cia. Industrial
Iota de R$800.000. Até 31/12/x1, a Comercial Kapa S.A. havia vendido metade desses produtos a clientes que
não eram partes relacionadas nem dela nem da Cia. Industrial Iota. Sabendo que essas transações não são
tributadas, que não houve outras operações entre ambas as companhias durante x1, e que ao final desse
exercício a Comercial Kapa S.A. obteve um lucro líquido de R$1.200.000, o efeito líquido no resultado da Cia.
Industrial Iota de sua participação nos resultados de x1 da Comercial Kapa S.A. será de:

(A) R$100.000;
(B) R$200.000;

(C) R$250.000;

(D) R$275.000;
(E) R$300.000.

27.(FGV – Agente de Fiscalização – TCM/SP – 2015)


A Cia. Industrial Lambda tem uma participação de 75% no capital social da Comercial Mi S.A., que é composto
exclusivamente por ações ordinárias. Os demais investidores da Comercial Mi S.A. são independentes do
grupo econômico ao qual a Cia. Industrial Lambda pertence. Em 30/11/x1, a Cia. Industrial Lambda vendeu
produtos à Comercial Mi S.A. por um total de R$1.000.000. Esses produtos tiveram um custo para a Cia.
Industrial Lambda de R$800.000. Até 31/12/x1, a Comercial Mi S.A. havia vendido metade desses produtos,
por R$750.000, a clientes que não eram partes relacionadas nem dela nem da Cia. Industrial Lambda. Sabendo
que essas transações não são tributadas e que não houve outras operações entre ambas as companhias
durante x1, o efeito líquido das transações descritas no resultado consolidado do exercício de x1 da Cia.
Industrial Lambda será de:
(A) R$100.000;

(B) R$200.000;

(C) R$250.000;

(D) R$350.000;
(E) R$450.000.

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28. (FGV – Analista de Controle Interno – SEFAZ/RJ – 2011)

A Cia. OH possui controle de participação na Cia. VB, com 51% das ações ordinárias. Em 20 de abril de 2011, a
Cia. OH vendeu um item do estoque que estava avaliado por R$ 10.000 pelo valor de R$ 15.000 à vista. Qual
foi o resultado da Cia. OH com essa operação, considerando que a taxa de juros aplicável para a Cia. OH é de
2% ao mês e que o estoque estava no patrimônio da investida?

a) Zero.
b) Prejuízo de R$ 100.

c) Lucro de R$ 5.000.

d) Lucro de R$ 4.901.

e) Prejuízo de R$ 99.

29. (FGV – Contador – CODEBA/BA – 2010)


A Cia. K tem uma participação de 100% na Cia. A. A Cia. A compra por R$ 800 a prazo um terreno que estava
contabilizado na controladora por R$ 500. A Cia. A efetua uma obra no terreno no valor de R$ 200. Qual deve
ser o resultado a ser apresentado no Balanço Consolidado da Cia. K, admitindo que não tenha ocorrido
nenhuma outra operação no período?
(A) R$ 300.
(B) R$ 100.

(C) R$ 800.
(D) R$ 1.000.
(E) Zero.

30. (FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/AM – 2022)

Em 01/01/X0, a Cia. X adquiriu 100% de participação na Cia. Y, por R$350.000.

O controle foi transferido em 10/01/X0. Neste dia, a Cia X, com o apoio de uma empresa de consultoria
externa, estimou o valor justo dos ativos e dos passivos da Cia. Y, do seguinte modo:

Valor Contábil Valor Justo


Ativo Total 250.000 290.000
Passivo Total 70.000 70.000
Patrimônio Líquido 180.000 220.000

Além disso, o valor justo dos ativos intangíveis não reconhecidos contabilmente na Cia. Y correspondiam a
R$15.000.
Assinale a opção que indica o valor do goodwill contabilizado pela Cia. X no momento do reconhecimento
contábil da operação.

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(A) R$45.000.

(B) R$60.000.

(C) R$115.000.

(D) R$130.000.

(E) R$170.000.

31.(FGV – Contador – DPE/MT – 2015)


Em 01/01/2013, a Cia. “X” comprou 100% da Cia. ”Z” pagando R$100.000,00 à vista. O balanço patrimonial da
Cia. “Z” na data da compra era o seguinte:

Na elaboração do laudo sobre a Cia. “Z”, na data da compra, foram apurados os seguintes fatos:
O valor de mercado do terreno era de R$ 55.000,00.

A empresa possuía uma carteira de clientes com grande rentabilidade, avaliada por R$ 12.000,00.
A empresa possuía uma equipe muito motivada que havia sido treinada recentemente.
O custo do treinamento foi de R$ 3.000,00.

Com base nas informações acima, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 15 - Combinação de
Negócios, o valor do goodwill que deve ser reconhecido no processo de alocação do preço de compra, é de
(A) R$ 10.000,00.

(B) R$ 13.000,00.

(C) R$ 25.000,00.

(D) R$ 30.000,00.

(E) R$ 40.000,00.

32.(FGV – Contador – Câmara Municipal – Recife/PE – 2014)


Desde 2010, a parcela relativa à participação dos não controladores integra o Patrimônio Líquido consolidado
e não mais figura entre o passivo e o patrimônio líquido na estrutura do Balanço Patrimonial. Numa
combinação de negócios, tal participação pode ser mensurada pelo:

a) método de equivalência patrimonial;

b) método de custo ou pelo método do valor justo;


c) valor justo ou com base no que lhes cabe no valor justo dos ativos líquidos;

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d) método do valor justo;

e) método de equivalência patrimonial ou com base no que lhes cabe no valor justo dos ativos líquidos.

33.(FGV – Contador – Paulínia/SP – 2016)


A Cia. ABC apresentava o seguinte balanço patrimonial em 31/12/15:

Terrenos 1.000
Ativo Total 1.000
Financiamentos 1.500
Capital Social 2.000
Prejuízos Acumulados – 2.500
Passivo + PL 1.000

Nesta data a Cia. X adquiriu 100% da Cia. ABC por R$ 1,00, à vista.

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 15 – Combinação de Negócios, assinale a opção que indica o
lançamento correto feito pela Cia. X no momento da compra, admitindo que a Cia. ABC tem perspectiva de
lucros futuros e que os ativos e os passivos estavam mensurados a valor justo.
(A) D- Goodwill 1
C- Caixa 1

(B) D- Investimento 1
C- Caixa 1

(C) D- Investimento 501


C- Caixa 501

(D) D- Investimento 501


C- Ganho em compra vantajosa 500
C- Caixa 1

(E) D- Goodwill 501


C- Investimentos 500
C- Caixa 1
12

34. (FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/ES –2021)

As Cias. X e Y apresentavam, em 31/12/x0, os balanços patrimoniais a seguir:

Cia X Cia Y
Ativo
Caixa 100.000 10.000
Terreno 22.000
Total do Ativo 100.000 32.000
Patrimônio Líquido

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Capital Social 100.000 32.000


Total do PL 100.000 32.000
Em X1, a Cia. X comprou 80% da Cia. Y por R$ 40.000. Na data da compra, o valor de mercado do terreno era
avaliado em R$ 30.000 e o valor de mercado da marca era avaliado em R$ 5.000. Assinale a opção que indica
o goodwill total contabilizado no balanço patrimonial consolidado em 31/12/X1, admitindo-se que o valor
justo da parcela dos não controladores é igual ao do valor pago pelo novo controlador.
(A) R$ 4.000
(B) R$ 5.000
(C) R$ 10.000
(D) R$ 14.400
(E) R$ 18.000

35.(FGV – ISS Paulínia/SP – 2021)


As Cias. X e Y apresentavam, em 31/12/X0, os balanços patrimoniais a seguir.

Ativo Circulante Cia X Cia Y


Caixa 50.000 10.000
Ativo Imobilizado
Terreno 20.000
Ativo Total 50.000 30.000
Patrimônio Líquido
Capital Social 50.000 30.000
Passivo + PL 50.000 30.000

Em 01/01/X1, a Cia. X comprou 100% da participação da Cia. Y por R$ 55.000 para pagamento em X2. Na data,
o terreno e a marca tinham valor justo de, respectivamente, R$ 25.000 e R$ 15.000.

Em 31/12/X1, aconteceram os seguintes fatos:

Cia. X:
• Receita com prestação de serviços a terceiros à vista: R$ 40.000
• Custo dos serviços prestados à vista: R$ 20.000

Cia. Y:
• Receita com prestação de serviços a terceiros à vista: R$ 20.000
• Custo dos serviços prestados à vista: R$ 10.000

Além disso, a Cia. Y fez um teste de recuperabilidade de seus ativos e constatou que o terreno tinha
recuperabilidade de R$ 17.000 e, a marca, recuperabilidade de R$ 8.000.
Assinale a opção que indica o saldo da conta Investimentos, apresentado no balanço patrimonial da Cia. X,
em 31/12/X1.

(A) R$ 15.000.

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(B) R$ 50.000.

(C) R$ 40.000.

(D) R$ 62.000.

(E) R$ 70.000.

36. (FGV – Analista – ALERO – 2018)

As Cias. A e B apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/2017:

Na data, o terreno da Cia. A tinha valor justo de R$ 200.000, enquanto o terreno da Cia. B tinha valor justo de
R$ 150.000.
Em 02/01/2018, os sócios das duas empresas fazem uma fusão, constituindo a Cia. ABC.
Assinale a opção que indica o valor do patrimônio líquido da Cia. ABC na data da fusão.
a) R$ 150.000.
b) R$ 250.000.
c) R$ 290.000.
d) R$ 320.000.
e) R$ 460.000.

37.(FGV – Analista – ALERO – 2018)


As Cias. X e Y apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/2017:

Em 02/01/2018, os sócios da Cia. X e da Cia. Y fazem uma fusão, constituindo a Cia. Z. Antes da fusão, as
empresas fizeram um estudo que constatou que os empregados da Cia. X têm valor de R$ 40.000, enquanto
os empregados da Cia. Y têm valor de R$ 30.000.

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Assinale a opção que indica a porcentagem da Cia. Z atribuída aos sócios da Cia. X e da Cia. Y,
respectivamente.

a) 22,22% e 77,78%.

b) 37,50% e 62,50%.

c) 41,18% e 58,82%.
d) 50,00% e 50,00%.

e) 57,14% e 42,86%.

38. (FGV – Contador – SEMSA Manaus – 2022)


Em 31/12/X0, as Cias X e Y, independentes, apresentavam os seguintes balanços patrimoniais:

Cia X:

Ativo Circulante 160.000 Passivo Circulante 12.000


Caixa 100.000 Salários a pagar 12.000
Estoques 20.000 Passivo não Circulante 58.000
Clientes 40.000 Contas a pagar 58.000
Ativo não Circulante 50.000
Ativo Imobilizado Patrimônio Líquido 140.000
Móveis 50.000 Capital Social 140.000
Ativo Total 210.000 Passivo + PL 210.000

Cia. Y:

Ativo Circulante 100.000


Caixa 100.000
Ativo não Circulante 60.000
Ativo Imobilizado Patrimônio Líquido 160.000
Terrenos 60.000 Capital Social 160.000
Ativo Total 160.000 Passivo + PL 160.000

Em janeiro de X1, as Cias X e Y fazem uma fusão, constituindo a Cia Z. Na data, o valor de mercado do terreno
era de R$80.000.

Assinale a opção que indica a porcentagem da Cia Z que pertence ao sócio da Cia X após a fusão.

(A) 43,75%.

(B) 46,67%.
(C) 50%.

(D) 53,85%.
(E) 56,76%.

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39. (FGV – Contador – SEMSA Manaus – 2022)

A Cia X adquiriu 100% de participação na Cia Y por R$100.000, sendo que o diferencial ao valor patrimonial foi
atribuído ao ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).

No ano seguinte a Cia Y incorporou a Cia X.

Assinale a opção que indica a conta do patrimônio líquido onde é contabilizado o efeito do ágio no balanço
patrimonial da Cia Y após a incorporação.
(A) Reserva de capital.

(B) Reserva de legal.

(C) Reserva para contingências.

(D) Reserva de lucros a realizar.

(E) Ajuste de Avaliação Patrimonial.

40. (FGV – Analista Legislativo – ALERO – 2018)

Relacione os tipos de bens, listados a seguir, aos seus respectivos processos de perda de valor.

1. Direitos Autorais
2. Reserva de petróleo
3. Imóvel
( ) Depreciação
( ) Exaustão
( ) Amortização
Assinale a opção que apresenta a relação correta, segundo a ordem apresentada.

a) 1, 2, 3

b) 1, 3, 2
c) 2, 1, 3
d) 3, 1, 2

e) 3, 2, 1

41. (FGV – Analista Judiciário – TJ-RO – 2015)


Na última reunião de diretoria da Zeta S.A., o diretor de recursos humanos questionou a política contábil
adotada para reconhecer os gastos da companhia com o treinamento de seus funcionários. Ele argumentou
que esses gastos representavam um investimento capaz de aumentar a produtividade da força de trabalho,
gerando futuros benefícios econômicos, e que portanto deveriam ser reconhecidos como ativo e não como
despesa. Dos argumentos utilizados pela diretora financeira para justificar a política contábil adotada pela

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companhia, encontra respaldo na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Financeiro o de que:

(A) não é possível que a Zeta S.A. converta em caixa, mediante venda, o aumento de produtividade da força de
trabalho;

(B) não é possível estimar o período durante o qual o aumento de produtividade da força de trabalho gerará
benefícios econômicos para a Zeta S.A.;

(C) o aumento de produtividade da força de trabalho gerado pelos gastos da Zeta S.A. não tem forma física;

(D) a Zeta S.A. não tem a propriedade legal do aumento de produtividade da força de trabalho;
(E) a Zeta S.A. não tem controle sobre o desligamento dos funcionários e seu respectivo aumento de
produtividade.

42. (FGV – Auditor Fiscal – SEFAZ/ES – 2021)

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) – Ativo Intangível, entre os ativos gerados
internamente em uma entidade, são geralmente contabilizados no Balanço Patrimonial, como Ativo
intangível,
(A) os equipamentos

(B) os softwares de computadores.

(C) as marcas.

(D) os títulos das publicações.


(E) as listas de clientes.

43. (FGV – ISS Paulínia/SP – 2021)

Assinale a opção que indica o reconhecimento do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura gerado
internamente nas demonstrações contábeis de uma sociedade empresária.
(A) Receita Operacional.

(B) Patrimônio Líquido.

(C) Ativo Intangível.

(D) Investimentos.
(E) Não deve ser reconhecido.

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44. (FGV – Analista – ALERO – 2018)

Em 02/01/2016, uma instituição financeira adquiriu, em uma combinação de negócios, a carteira de clientes
de outra instituição independente por R$ 120.000, por seis anos.
Em 31/12/2016, a instituição fez um estudo e constatou que metade dos clientes da carteira não utilizava seus
serviços. Uma nova estimativa concluiu que os benefícios gerados nos anos remanescentes seriam de R$
80.000.
No ano de 2017, a instituição aumentou o seu investimento com marketing e, em novo estudo feito em
31/12/2017, concluiu que os benefícios gerados nos anos remanescentes com a carteira de clientes seriam de
R$ 90.000.
Assinale a opção que indica o valor contábil da carteira de clientes, em 31/12/2017, considerando que a
instituição utiliza o método da linha reta para amortizar os seus ativos intangíveis.
a) R$ 64.000.
b) R$ 80.000.
c) R$ 90.000.
d) R$ 100.000.
e) R$ 120.000.

45. (FGV – Contador – BADESC – 2010)

De acordo com as regras contábeis vigentes, o fundo de comércio adquirido deve ser contabilizado no:
(A) intangível.
(B) imobilizado.
(C) diferido.
(D) investimento.
(E) disponível.

46. (FGV – Auditor – MPE/AL – 2018)

Uma entidade comprou um computador por R$ 3.000. No computador estava embutido um software de
segurança no valor de R$ 500, que era intrinsicamente relacionado a ele. A vida dos dois era estimada em três
anos. A compra foi realizada à vista.

Assinale a opção que indica a contrapartida da diminuição do caixa nas demonstrações contábeis da entidade.

a) Aumento de R$ 3.500 no ativo imobilizado

b) Aumento de R$ 3.500 no ativo intangível.


c) Aumento de R$ 3.000 no ativo imobilizado e reconhecimento de despesa de R$ 500.

d) Aumento de R$ 3.000 no ativo imobilizado e de R$ 500 no ativo intangível.


e) Aumento de R$ 3.000 no ativo imobilizado e de R$ 500 no ativo realizável a longo prazo.

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47. (FGV – ISS Cuiabá/MT – 2014)

O contador de uma empresa incorreu em um erro no reconhecimento da despesa de amortização de um ativo


intangível, não considerando o valor residual de 40% de seu valor contábil.

Esse erro gerou, no período, o seguinte efeito no patrimônio da empresa, antes de efetuado qualquer ajuste
de regularização:

(A) subavaliação do ativo e do patrimônio líquido.


(B) superavaliação do ativo e do patrimônio líquido.

(C) superavaliação do lucro líquido e do patrimônio líquido.

(D) subavaliação do ativo e superavaliação do patrimônio líquido.

(E) superavaliação do ativo e subavaliação do lucro líquido.

48. (FGV – Contador – Câmara – Recife-PE – 2014)


Quando o ativo intangível NÃO possui vida útil definida, deve-se:

(A) estimar sua amortização com base em ativos semelhantes;

(B) avaliar a sua recuperabilidade;

(C) calcular a amortização em base linear;


(D) apurar seu valor presente antes de iniciar a amortização;

(E) iniciar sua amortização utilizando taxas de ativos equivalentes.

49. (FGV – ISS-Cuiabá – 2014)


Em 31/12/2011, a Editora Ler comprou os direitos autorais sobre um livro por R$ 800.000,00. O contrato tinha
duração de dez anos.
Em 31/12/2014, os contadores da editora fizeram um estudo e constataram que os benefícios gerados pelo
livro para a editora, nos anos remanescentes, seriam de R$ 490.000,00.
Considerando que a editora utiliza o método de linha reta para amortizar seus ativos intangíveis, o valor da
amortização acumulada em 31/12/2015 foi
(A) R$ 280.000,00.
(B) R$ 310.000,00.
(C) R$ 320.000,00.
(D) R$ 480.000,00.
(E) R$ 490.000,00.

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50. (FGV – Técnico – COMPESA – 2014)

Em 01/01/2010, um banco adquiriu, em uma combinação de negócios, a carteira de clientes de outra


instituição financeira (independente) por R$ 60.000,00, por quatro anos. Em 31/12/2010, o banco fez um
estudo e percebeu que 30% dos clientes transferiam suas contas para outros bancos, de modo a não utilizar
seus serviços. O banco faz nova estimativa e constatou que os benefícios gerados nos anos remanescentes
seriam de R$ 30.000,00.
Considerando que o banco utiliza o método de linha reta para amortizar seus ativos intangíveis, o valor da
amortização acumulada, em 31/12/2012, era de
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 25.000,00.
(C) R$ 30.000,00.
(D) R$ 35.000,00.
(E) R$ 45.000,00.

51.(FGV – ISS Paulínia/SP – 2021)


Um ativo intangível resultante da fase de desenvolvimento de projeto interno deve ser reconhecido somente
se a entidade puder demonstrar os aspectos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
(A) Capacidade para usar ou vender o ativo intangível.
(B) Capacidade de estimar os gastos contabilizados na fase de pesquisa do ativo intangível.
(C) Viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda.
(D) Capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu
desenvolvimento.
(E) Disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu
desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível.

52.(FGV – Analista – EMBEL – 2021)


Na avaliação dos critérios de reconhecimento de um ativo intangível gerado internamente no balanço
patrimonial, são exemplos de atividade de pesquisa:
A) projeto, construção e teste de protótipos e modelos de préprodução ou pré-utilização.
B) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvem nova tecnologia.
C) projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para materiais, dispositivos, produtos, processos,
sistemas ou serviços novos ou aperfeiçoados.
D) projeto, construção e operação de fábrica-piloto que ainda não está em escala economicamente viável para
produção comercial.
E) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas e
serviços novos ou aperfeiçoados.

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53.(FGV – Contador – MPE/AL – 2018)


Em relação ao ativo intangível gerado internamente, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1)
– Ativo Intangível, assinale a afirmativa correta.

a) Os gastos com a pesquisa são contabilizados como ativo ou como despesa, dependendo da expectativa de
rentabilidade futura.

b) Os gastos com desenvolvimento são sempre reconhecidos como ativo.


c) O custo deste ativo inclui os gastos diretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação para
ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração.

d) A amortização é iniciada a partir do momento em que a fase de desenvolvimento estiver concluída.

e) O valor residual deste ativo não pode ser modificado.

54. (FGV – Contador – SUDENE – 2013)


Quanto ao reconhecimento de um ativo intangível, é correto afirmar que ocorrerá quando

a) for provável que os benefícios econômicos atribuíveis ao ativo forem gerados em favor da entidade ou daquela
a quem se pretende vender.
b) o custo for mensurado com confiabilidade.

c) o método de custo aplicado for o de recuperabilidade.


d) for pelo valor justo a data de reavaliação com a contrapartida na reserva de reavaliação do patrimônio líquido.

e) a entidade adquirir o bem intangível pelo custo histórico deduzido da depreciação acumulada.

55.(FGV – Analista Judiciário – TJ-BA – 2015)


De acordo com o CPC 04 (R1) - Ativo Intangível, o preço que uma entidade paga para adquirir separadamente
um ativo intangível reflete sua expectativa sobre a probabilidade de os benefícios econômicos futuros
esperados, incorporados no ativo, serem gerados a favor da entidade. São exemplos de custos diretamente
atribuíveis a um ativo intangível adquirido separadamente, EXCETO:
(A) impostos não recuperáveis sobre a compra;

(B) honorários profissionais diretamente relacionados;

(C) custos com testes;

(D) custos de benefícios aos empregados;


(E) custos de treinamento.

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56. (FGV – Analista – DPE-RO – 2015)

A empresa de softwares Marcosoft S.A. adquiriu, pelo valor de $ 7.600.000,00, todos os sistemas
desenvolvidos por sua concorrente Sopa Ltda. O valor Justo dos sistemas é de $ 6.100.000,00. Nas
demonstrações financeiras da Sopa era possível identificar que o custo para desenvolver os sistemas
correspondia ao valor líquido de $ 3.000.000,00.

Considerando as informações acima, a Marcosoft deve classificar essa aquisição da seguinte forma:
(A) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como goodwill;

(B) $ 3.000.000,00 como intangível e $ 4.600.000,00 como goodwill;

(C) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como despesa;

(D) $ 3.000.000,00 como investimento e $ 4.600.000,00 como intangível;

(E) $ 7.600.000,00 como intangível.

57.(FGV – Analista – BANESTES – 2018)


No reconhecimento de item patrimonial como ativo intangível, o valor reconhecido deve refletir a expectativa
que a entidade tem sobre a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros esperados, incorporados
ao ativo, fluam para a entidade.
Nesse valor podem ser incluídos itens como custos:
a) administrativos;

b) de treinamento;
c) de atividades promocionais para introdução de novo serviço;
d) de transferência de atividades para nova categoria de clientes;

e) com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.

58. (FGV – Contador – AL Caruaru/PE – 2015)

Em 01/01/2011, um banco comprou, por R$ 180.000,00, o direito de processar a folha de pagamentos de uma
empresa por seis anos.

Em 31/12/2012, o banco constatou que os funcionários da empresa não estavam utilizando os serviços do
banco e verificou que poderia ter retorno total de R$ 100.000,00 com a folha de pagamento nos anos
remanescentes.

Já em 31/12/2013, o banco realizou um novo estudo e verificou que, nos anos seguintes, poderia obter retorno
total de R$ 80.000,00.
Em 31/12/2014, o valor contábil do direito era de
a) R$ 50.000,00.

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b) R$ 53.333,00.

c) R$ 60.000,00.

d) R$ 75.000,00.

e) R$ 83.333,00.

59. (FGV – Perito – PC/AM – 2022)


De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) – Ativo Intangível, pode-se diferenciar o ativo
intangível e o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) do seguinte modo:

(A) o ativo intangível é identificável.

(B) o ativo intangível é mensurável com objetividade.

(C) o ativo intangível deve ser amortizado.

(D) o goodwill é avaliado anualmente pelo valor de mercado.

(E) o goodwill pode ser reavaliado.

60. (FGV – Contador – DPE-RJ – 2014)

A Companhia Acima, líder no setor de brinquedos, está em processo para adquirir o controle da empresa
concorrente Aolado. A ideia da Companhia Acima é adquirir 100% das ações da empresa e retirar o mais rápido
possível de circulação a marca “Aolado”. O valor da marca, registrado como um intangível no balanço da
Aolado, é de R$ 550.000. Todavia, especialistas constataram que outras empresas do setor de brinquedos
estariam dispostas a pagar R$ 2.500.000 pela marca “Aolado”, considerando-se esse, portanto, o valor justo
para o referido ativo.

Caso a operação ocorra, o Balanço Patrimonial da Companhia Acima

(A) não identificará a marca Aolado como Intangível em suas demonstrações individuais, mas sim no grupo de
Investimentos em Controladas. Por outro lado, nas demonstrações consolidadas, a marca Aolado será
apresentada no grupo de Intangível com o valor de R$ 2.500.000.

(B) não identificará a marca Aolado como Intangível em suas demonstrações individuais, mas sim no grupo de
Investimentos em Controladas. Por outro lado, nas demonstrações consolidadas, a marca Aolado será
apresentada como ativo intangível com o valor de R$ 550.000 e ágio no valor de R$ 1.950.000.
(C) não identificará a marca Aolado em nenhuma de suas demonstrações contábeis, uma vez que pretende
descontinuar seu uso.
(D) identificará a marca no valor de R$ 550.000 e como Ágio no valor de R$ 1.950.000, ambos no grupo de
Intangível, tanto em suas demonstrações individuais como nas consolidadas.

(E) identificará a marca no valor de R$ 550.000 no grupo intangível e como ganho por compra vantajosa
(Demonstração de Resultado) no valor de R$ 1.950.000, ambos em suas demonstrações consolidadas.

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61. (FGV – ISS-Niterói – 2015)

A Cia. Gama adquiriu, em 31/03/x1, o controle da Linhas Aéreas Épsilon S.A., que era titular de direitos de
operação em aeroportos das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Ao contabilizar a aquisição da Linhas
Aéreas Épsilon S.A., a Cia. Gama deverá reconhecer esses direitos:

a) como ativo intangível, mensurado pelo valor justo na data de aquisição;

b) como ativo intangível, se sua concessão for por um prazo limitado;


c) como ativo intangível, se puderem ser separados da Linhas Aéreas Épsilon S.A. e vendidos, transferidos,
licenciados, alugados ou trocados;

d) como ativo intangível, se a Linhas Aéreas Épsilon S.A. assim os tiver reconhecido em suas demonstrações
financeiras anteriores à aquisição;

e) como parte do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) dessa aquisição.

62. (FGV – Analista Judiciário – Contador – TJ-GO – 2014)

A Empresa Narizentupido tenta desenvolver remédios para combater gripes e resfriados. Na intenção de
ganhar participação no mercado, a empresa está sempre em busca de novidades. Na fase de pesquisa de um
remédio, utilizando escamas de sardinha, foram investidos $50.000,00. Após a pesquisa indicar que é viável
a produção e comercialização desse remédio, foram gastos $120.000,00. Além desses valores, foram ainda
desembolsados $15.000,00 para treinar todos os consultores de venda, de modo a recuperar o mais rápido
possível os recursos já investidos em pesquisa e desenvolvimento.

Considerando que a empresa Narizentupido possui ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a
operação acima deve ser evidenciada nas suas demonstrações contábeis da seguinte forma:
(A) $120.000,00 como ativo intangível e $65.000,00 como despesa no exercício, sendo que nas notas explicativas
a empresa deve divulgar o investimento de $50.000,00 em pesquisa;
(B) $135.000,00 como ativo intangível e $50.000,00 como despesa no exercício, e sem nenhuma obrigatoriedade
especifica de divulgar em nota explicativa;

(C) $170.000,00 como ativo intangível e $15.000,00 como despesa no exercício e sem nenhuma obrigatoriedade
especifica de divulgar em nota explicativa;
(D) $185.000,00 como ativo intangível e sem nenhuma obrigatoriedade especifica de divulgar em nota explicativa;

(E) $185.000,00 como despesa no exercício e, somente quando for possível identificar que o investimento gerará
retorno, é que o valor pode ser transferido para o ativo. Nas notas explicativas a empresa deverá divulgar o valor
de $185.000,00 como gasto em pesquisa e desenvolvimento.

63. (FGV – Auditor Fiscal – SEFIN/RO – 2018)

Em 01/01/2013, a Cia. K iniciou a pesquisa e desenvolvimento do projeto de um sistema capaz de gerar maior
controle sobre as suas atividades. O projeto durou três anos, tendo os seguintes gastos:

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– 2013: R$ 200.000
– 2014: R$ 300.000
–2015: R$ 500.000
Além disso, sabe-se que:
Em 2013, o projeto ainda estava na fase inicial da pesquisa e a empresa considerava a possibilidade de não ter
sucesso com ele.
Em 2014, a empresa iniciou a fase de desenvolvimento. Ao efetuar uma pesquisa de mercado, percebeu que
não haveria demanda para o sistema, devido ao preço. No entanto, decidiu manter o projeto em curso
normal, esperando que mudanças pudessem ocorrer.
Em 2015, há repercussão mundial e a empresa consegue projetar uma demanda suficiente para justificar a
produção em larga escala. Além disso, todos os critérios de reconhecimento dos gastos com desenvolvimento
do Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível foram atendidos. No final do ano o projeto é concluído.
Em 2016, o projeto é lançado ao mercado. Na data, a empresa estima que o sistema irá trazer benefícios
econômicos durante os cinco anos seguintes, a partir de 01/01/2016. Em 31/12/2016, a empresa efetua um
teste de Recuperabilidade e constata que o valor recuperável na data é R$ 550.000.
Em 2017, as vendas melhoraram e no teste de Recuperabilidade, de 31/12/2017, a empresa considera que terá
retorno de R$ 600.000 nos anos remanescentes de venda.
Assinale a opção que indica o valor contábil do sistema, em 01/01/2018.
a) R$ 200.000.
b) R$ 300.000.
c) R$ 412.500.
d) R$ 440.000.
e) R$ 600.000.

64. (FGV – ISS-Recife – 2014)

Em 31/12/2011, uma entidade encerrou a criação de um software. Na criação, gastou R$ 100.000,00 em


pesquisas e R$ 200.000,00 no desenvolvimento, já comprovada a viabilidade para produzir e utilizar o ativo.
Depois de pronto o novo software, a entidade gastou R$ 80.000,00 em publicidade a fim de promovê-lo.

A entidade começou a utilizar o software em 01/01/2012, estimando que ele seria utilizado por cinco anos. Já
em 31/12/2012, a entidade constatou que poderia ter retorno de R$ 150.000,00 com o software.

Em 31/12/2013, o valor contábil do software era de

(A) R$ 112.500,00.

(B) R$ 120.000,00.
(C) R$ 150.000,00.

(D) R$ 180.000,00.
(E) R$ 228.000,00.

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65. (FGV – Contador – DPE-RJ – 2014)

No dia 01/01/X1 a empresa XYZ contratou a empresa ABC para desenvolver um sistema de informática
integrado. O valor orçado inicialmente para o desenvolvimento do sistema foi de $ 600.000, com o prazo de
12 meses para a conclusão. O pagamento do serviço ocorrerá seis meses após a conclusão do trabalho e será
feito em parcela única. No transcorrer da implantação do sistema, o valor foi reduzido para $ 580.000 e o
sistema foi entregue em 31/10/X1.
No dia 01/11/X1 foram identificados problemas em sua utilização, dado o envio incompleto de informações
por parte da empresa XYZ. Isso gerará mais dois meses de trabalho para que o sistema funcione
adequadamente. A empresa ABC cobrará mais R$ 30.000,00 pelos ajustes.
O registro da operação no mês de outubro é
(A) D – ativo intangível – R$ 580.000 C – contas a pagar – R$ 580.000
(B) D – ativo intangível – R$ 600.000 C – contas a pagar – R$ 600.000
(C) D – ativo intangível – R$ 610.000 C – contas a pagar – R$ 610.000
(D) D – ativo intangível – R$ 600.000 C – outras despesas operacionais – R$ 10.000 C – contas a pagar – R$ 610.000
(E) D – ativo intangível – R$ 580.000 C – outras despesas operacionais – R$ 30.000 C – contas a pagar – R$ 610.000

66. (FGV – Contador – DPE-RJ – 2014)

A empresa Gatunos SA adquiriu um elevador por R$ 12.000,00, com vida útil estimada de 10 anos. Para
atender às exigências de segurança estabelecidas pela empresa, o elevador, apesar de recebido em 31 de
março de 2014, só entrará em operação quando a equipe de TI da Gatunos SA concluir o projeto de um sistema
capaz de reconhecer as intenções do usuário do elevador. Uma peculiaridade exigida para a finalização do
software, e sua efetiva entrada em operação, é que ele seja capaz de alertar os diretores da empresa na
eventualidade de um cão da raça Rottweiller entrar no elevador. Nesse caso, o software, além de avisar os
diretores, deve ser capaz de desativar a movimentação do elevador, retendo-o no 13º andar. O contrato de
trabalho com a equipe de TI, que conta com 10 engenheiros formados no M.I.T., vai até 31 de março de 2016,
mas não há garantias de que poderá concluí-lo, sequer cogita-se entregá-lo parcialmente. Apesar disso, a
empresa gastou em abril de 2014 o total de R$ 1.000.000,00 com o salário da equipe, além de outros R$
1.000.000,00 com a parte física (câmera, infravermelho e fios de ouro, por ser um ótimo condutor) para
elaboração do software. A empresa tem expectativa de que, se concluído, o projeto poderá ser vendido para
uma das gigantes de tecnologia por R$ 100.000.000,00 e, inclusive, afirma que já possui compradores
interessados. Em relação aos fatos aqui narrados, as demonstrações contábeis da Gatunos referentes ao dia
30 de abril de 2014, devem apresentar ao menos
(A) i) depreciação acumulada do elevador, no montante de R$ 100,00; ii) ativo intangível em elaboração,
totalizando R$ 2.000.000,00.

(B) i) ativo imobilizado em andamento – elevador, no montante de R$ 12.000,00; ii) despesa com salários da equipe
de TI, no montante de R$ 1.000.000,00.

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(C) i) ativo intangível em elaboração, totalizando R$ 1.000.000,00; ii) despesa com salários da equipe de TI, no
montante de R$ 1.000.000,00.

(D) i) ativo imobilizado em andamento – elevador, no montante de R$ 12.000,00; ii) depreciação acumulada do
elevador, no montante de R$ 100,00.

(E) i) material de consumo (câmera, infravermelho e fios de ouro), totalizando R$ 1.000.000,00; ii) despesa com
salários da equipe de TI, no montante de R$ 1.000.000,00.

67. (FGV – Contador – SMF Niterói-RJ – 2015)

Em 02/01/x1, a divisão de pesquisa da Indústria Farmacêutica Zeta S.A. deu início a um projeto de
desenvolvimento de um novo medicamento para atender um segmento de mercado considerado importante
pela direção da companhia. Na execução desse projeto foram incorridos os seguintes gastos:

Data Gasto Montante


31/03/x1 Desenvolvimento da fórmula R$ 1.000.000,00
30/06/x1 Testes R$ 500.000,00
31/10/x1 Patente R$ 150.000,00
30/11/x1 Adequação do processo produtivo R$ 200.000,00
31/12/x1 Propaganda R$ 300.000,00
Total R$ 2.150.000,00
Findos os testes do medicamento, a direção da companhia concluiu que sua produção era tecnicamente
viável, e que os recursos demandados para tanto eram compatíveis com as possibilidades de investimento da
companhia e com o retorno comercial esperado do medicamento. Após adequar seu processo produtivo para
que pudesse produzir o medicamento da forma pretendida, a Indústria Farmacêutica Zeta S.A. lançou uma
campanha de marketing para divulgar o novo medicamento junto aos consumidores. Do total de gastos
incorridos nesse projeto, será incluído no custo do ativo intangível gerado internamente o montante de:

(A) R$ 150.000;

(B) R$ 350.000;
(C) R$ 650.000;
(D) R$ 1.500.000;

(E) R$ 2.150.000.

68. (FGV – ISS Cuiabá/MT – 2014)

Em 01/01/2013, uma empresa adquiriu os direitos para uso de uma marca por cinco anos. O contrato é
renovável a cada cinco anos a custo insignificante, e a empresa pretende renová-lo por mais quinze anos,
acreditando que, após este período, a marca não terá mais retorno.
A vida útil a ser estabelecida pelo direito de utilização da marca, em 01/01/2013, é
(A) de cinco anos.

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(B) de dez anos.


(C) de quinze anos.
(D) de vinte anos.
(E) indefinida.

69. (FGV – Auditor Fiscal – SEFIN/RO – 2018)


Em 01/01/2017, uma empresa aérea adquiriu uma autorização para exploração da rota entre São Paulo e
Brasília por R$ 100.000. A autorização pode ser renovada a cada 4 anos e a companhia sinaliza que deseja a
renovação nas próximas oportunidades. A renovação de autorização de rotas tem custo insignificante para a
empresa.

Assinale a opção que indica o correto tratamento contábil da autorização de rola pela empresa aérea, no
momento em que adquiriu a autorização e nos anos seguintes.
a) Reconhecimento de despesa operacional de R$ 100.000.
b) Reconhecimento de R$ 25.000 no ativo circulante e de R$ 75.000 no ativo realizável a longo prazo. Deve-se
reconhecer despesa operacional de R$ 25.000, ao final de cada um dos próximos quatro anos.
c) Reconhecimento de R$ 100.000 no ativo realizável a longo prazo. Deve-se reconhecer despesa operacional de
R$ 100.000, após os quatro anos.
d) Reconhecimento de um ativo intangível no valor de R$ 100.000, que não deve ser amortizado.

e) Reconhecimento de um ativo intangível no valor de R$ 100.000. Deve-se reconhecer amortização de R$ 25.000,


ao final de cada um dos próximos quatro anos.

70. (FGV – Assistente – ALERO – 2018)


Assinale a opção que indica um ativo que deve sofrer amortização.
a) Marca reconhecida contabilmente com vida útil definida.
b) Patente adquirida de terceiros com vida útil indefinida.
c) Ágio apurado na aquisição de empresa.
d) Recursos florestais extraídos de floresta natural.
e) Máquina construída pela entidade.

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Gabarito
01 – C 08 – D 15 – B 22 – E 29 – E 36 – E 43 – E 50 – D 57 – E 64 – A
02 – D 09 – E 16 – C 23 – A 30 – C 37 – B 44 – B 51 – B 58 – B 65 – A
03 – B 10 – D 17 – E 24 – C 31 – B 38 – A 45 – A 52 – C 59 – A 66 – B
04 – D 11 – C 18 – C 25 – B 32 – C 39 – A 46 – A 53 – C 60 – A 67 – B
05 – D 12 – A 19 – C 26 – D 33 – E 40 – E 47 – A 54 – B 61 – A 68 – D
06 – A 13 – E 20 – A 27 – D 34 – B 41 – E 48 – B 55 – E 62 – A 69 – D
07 – C 14 – E 21 – D 28 – A 35 – B 42 – B 49 – B 56 – E 63 – B 70 – A

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Memória de Elefante
Ativo Não Circulante – Investimentos

III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não
classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

Método de Equivalência Patrimonial

Os investimentos permanentes em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo
ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

O investimento é reconhecido, inicialmente, pelo custo. Posteriormente será ajustado pela aplicação da percentagem que a
investidora possui no capital social da investida sobre o lucro ou prejuízo apurado pela investida.

Coligada

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É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la.

Ações Preferenciais x Ações Ordinárias

Contabilização do Resultado de Equivalência Patrimonial:

D – Investimentos (ANC – Investimentos)


C – Resultado de Equivalência Patrimonial (Resultado)

Contabilização do Recebimento de Dividendos de Investimentos avaliados pelo MEP

D – Dividendos a Receber (Ativo Circulante)


C – Investimentos (ANC – Investimentos)

Contabilização do Recebimento de Dividendos de Investimentos avaliados pelo CUSTO

D – Dividendos a Receber (Ativo Circulante)


C – Receita de Dividendos (Resultado)

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Ativo Não Circulante – Intangível

VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

Amortização

Alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo da sua vida útil.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙
𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙

CPC 04 – ATIVO INTANGÍVEL

Ativo Intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.

Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em uma quantia fixa ou determinável
de dinheiro.

Identificação

Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando:

(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado,
individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade;
ou

(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou
separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.

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Controle

A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefícios econômicos futuros gerados pelo recurso
subjacente e de restringir o acesso de terceiros a esses benefícios.

Benefício Econômico Futuro

Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a receita da venda de produtos ou serviços,
redução de custos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade.

Softwares

Reconhecimento e Mensuração

Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:

(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade;
e

(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.

Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo.

Aquisição Separada

O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui:

(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de
deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e

(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.

Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

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(a) custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o ativo fique em condições operacionais (de uso
ou funcionamento);

(b) honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais; e

(c) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.

Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:

(a) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais);

(b) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de
treinamento); e

(c) custos administrativos e outros custos indiretos.

Goodwill Gerado Internamente

O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como
ativo.

Ativo Intangível Gerado Internamente

Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, a entidade deve classificar
a geração do ativo:

(a) na fase de pesquisa; e/ou

(b) na fase de desenvolvimento.

Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de projeto interno de criação de ativo
intangível, o gasto com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de pesquisa.

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• Fase de Pesquisa

Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser
reconhecidos como despesa quando incorridos.

• Fase de Desenvolvimento

Um ativo intangível resultante de desenvolvimento deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar
todos os aspectos a seguir enumerados:

(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;

(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;

(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;

(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve
demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso
este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu
desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e

(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu
desenvolvimento.

Marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens similares, gerados internamente, não devem ser reconhecidos
como ativos intangíveis.

Os gastos incorridos com marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens similares não podem ser separados
dos custos relacionados ao desenvolvimento do negócio como um todo. Dessa forma, esses itens não devem ser reconhecidos
como ativos intangíveis.

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O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos diretamente atribuíveis, necessários à criação,
produção e preparação do ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração. Exemplos de custos
diretamente atribuíveis:

(a) gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do ativo intangível;

(b) custos de benefícios a empregados relacionados à geração do ativo intangível;

(c) taxas de registro de direito legal; e

(d) amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo intangível.

Os seguintes itens não são componentes do custo de ativo intangível gerado internamente:

(a) gastos com vendas, administrativos e outros gastos indiretos, exceto se tais gastos puderem ser atribuídos diretamente
à preparação do ativo para uso;

(b) ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos antes do ativo atingir o desempenho planejado; e

(c) gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo.

Reconhecimento de Despesa

Mensuração Após o Reconhecimento

Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização
acumulada e a perda acumulada.

Vida Útil

A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou indefinida e, no primeiro caso, a duração ou o volume
de produção ou unidades semelhantes que formam essa vida útil.

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Baixa

O ativo intangível deve ser baixado:

(a) por ocasião de sua alienação; ou

(b) quando não são esperados benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.

Atenção!

Os exemplos ilustrativos do CPC 04 são ótimas fontes de “criação” de questões de provas!

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