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Arthur Lima
Nome do curso Aula 00
Aula 00 – CPC 03 –
Demonstração dos Fluxos de
Caixa
Contabilidade Geral e Avançada – Teoria
Avançada em Exercício para RFB
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Sumário
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................... 2
DEFINIÇÕES ....................................................................................................................................................... 4
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA .................................................................................................................... 6
APRESENTAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) ............................................................ 6
Atividades Operacionais .................................................................................................................................. 7
Atividades de Investimento .............................................................................................................................. 8
Atividades de Financiamento ........................................................................................................................... 9
FLUXOS DE CAIXA EM MOEDA ESTRANGEIRA ................................................................................................ 13
JUROS E DIVIDENDOS ..................................................................................................................................... 13
IR/CSLL SOBRE O LUCRO LÍQUIQO.................................................................................................................. 15
TRANSAÇÃO QUE NÃO ENVOLVE CAIXA (OU EQUIVALENTES) ..................................................................... 15
GABARITO ........................................................................................................................................... 65
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Apresentação
Olá “concurseiros” de todo Brasil!
Ao longo de minha jornada como professor de diversos cursos preparatórios para concursos tive o prazer de
contar com diversos alunos aprovados nos principais e mais difíceis cargos do Brasil. Isso é especialmente
gratificante em razão da dificuldade que muitos alunos possuem em relação aos conteúdos cobrados em
provas de Contabilidade, que é uma disciplina cuja curva de aprendizado é mais longa em relação às demais
disciplinas.
É fundamental salientar que este curso será elaborado aos alunos que já possuem bagagem na disciplina,
pois é focado na análise de questões avançadas. Ele é destinado, portanto, aos alunos que querem
aumentar seu nível de desempenho.
Para que isso ocorra vamos analisar questões avançadas que geram dúvidas nos alunos e que possuem um
baixo nível de acerto. Além disso também analisaremos questões que resumem os tópicos analisados e são
ótimas fontes de revisão.
Lembro que realizar uma excelente prova de Contabilidade é absolutamente fundamental para que você
consiga sua aprovação no concurso da Receita Federal, pois é a disciplina com maior peso da prova, sendo
responsável por 19% do total de pontos possíveis. Assim, não há dúvida que para ser aprovado você deve
dominar esta matéria.
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Uma dica muito importante é: anote todos os exercícios que você errar. Refaça-os quando terminar as aulas
ou, por exemplo, antes do início da próxima aula.
Caso você tenha alguma dúvida podemos nos comunicar através do fórum do site. Além disso, fique à
vontade para curtir minhas redes sociais!
Agora chega de bate papo e vamos para o que interessa, começando pela análise do cronograma deste curso:
Enfim, tenho a certeza de que após a realização deste curso você estará apto a realizar uma ótima prova de
Contabilidade Geral e Contabilidade Avançada.
Vamos, então, analisar as questões avançadas do primeiro tema deste curso: “a temida” Demonstração dos
Fluxos de Caixa (DFC).
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Operacionais
de Financiamentos
Vale lembrar que a Demonstração dos Fluxos de Caixa é elaborada a partir dos registros contábeis (que
afetaram o caixa) ou ainda com base na Demonstração do Resultado do Exercício do período em análise,
assim como nos Balanços Patrimoniais do período em análise e do anterior.
O objetivo, portanto, da DFC é evidenciar as variações (fluxos) que ocorreram no caixa da entidade ao longo
do período de acordo com as três atividades citadas acima.
ΔCaixa = AO + AI + AF
DEFINIÇÕES
Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento Técnico, com os significados abaixo especificados:
Caixa
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Equivalentes de Caixa
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente
conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de
valor.
É importante você lembrar destes requisitos, pois pode ser cobrado em sua prova!
CURTO PRAZO
(3 MESES)
Alta Liquidez
Equivalentes APLICAÇÕES
de Caixa FINANCEIRAS
Prontamente
Conversíveis
Insignificante Risco de
Mudança de Valor
Fluxos de Caixa
Atividades Operacionais
Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades que
não são de investimento e tampouco de financiamento.
Atividades de Investimento
Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros
investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.
Atividades de Financiamento
É importante que você tenha em mente pelo menos as principais características de cada atividade.
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atividades usuais
Operacionais
da entidade
ativos de longo
Investimentos
prazo
captação de
Financiamentos
recursos
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo
e, não, para investimento ou outros propósitos. Para que um investimento seja qualificado como equivalente
de caixa, ele precisa ter conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito a um
insignificante risco de mudança de valor. Portanto, um investimento normalmente qualifica-se como
equivalente de caixa somente quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a
contar da data da aquisição.
EQUIVALENTE VENCIMENTO DE
ATÉ 3 MESES
DE CAIXA CURTO PRAZO
Operacionais
de Financiamentos
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A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de investimento e de
financiamento da forma que seja mais apropriada aos seus negócios. A classificação por atividade
proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição
financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações podem ser
usadas também para avaliar a relação entre essas atividades.
Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade. Por exemplo,
quando o desembolso de caixa para pagamento de empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte
dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada
como atividade de financiamento.
Atividades Operacionais
O montante dos fluxos de caixa advindos das atividades operacionais é um indicador chave da extensão pela
qual as operações da entidade têm gerado suficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos, manter a
capacidade operacional da entidade, pagar dividendos e juros sobre o capital próprio e fazer novos
investimentos sem recorrer a fontes externas de financiamento. As informações sobre os componentes
específicos dos fluxos de caixa operacionais históricos são úteis, em conjunto com outras informações, na
projeção de fluxos futuros de caixa operacionais.
Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são basicamente derivados das principais atividades
geradoras de receita da entidade. Portanto, eles geralmente resultam de transações e de outros eventos que
entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades
operacionais são:
(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;
(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros
benefícios da apólice;
(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser
especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis
para venda futura.
Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é
incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de
caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a
aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos são fluxos de caixa
advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos
são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
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AQUISIÇÃO
ATIVOS MANTIDOS PARA ATIVIDADES
ALUGUEL A TERCEIROS OPERACIONAIS
VENDA
A entidade pode manter títulos e empréstimos para fins de negociação imediata ou futura, os quais, no caso,
são semelhantes a estoques adquiridos especificamente para revenda. Dessa forma, os fluxos de caixa
advindos da compra e venda desses títulos são classificados como atividades operacionais. Da mesma forma,
as antecipações de caixa e os empréstimos feitos por instituições financeiras são comumente classificados
como atividades operacionais, uma vez que se referem à principal atividade geradora de receita dessas
entidades.
Atividades de Investimento
A divulgação em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades de investimento é importante em
função de tais fluxos de caixa representarem a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela
entidade com a finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro. Somente desembolsos que resultam em
ativo reconhecido nas demonstrações contábeis são passíveis de classificação como atividades de
investimento. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:
(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo.
Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos
imobilizados de construção própria;
(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo
prazo;
(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de
outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a
títulos considerados como equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para negociação imediata ou futura, que
são considerados no fluxo de caixa das atividades operacionais);
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de
dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles recebimentos
referentes aos títulos considerados como equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata
ou futura);
(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e
empréstimos feitos por instituição financeira, pois esta é a própria atividade operacional da entidade);
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a
terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);
(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos
forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como
atividades de financiamento; e
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(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos
forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como
atividades de financiamento.
Quando um contrato for contabilizado como proteção (hedge) de posição identificável, os fluxos de caixa do
contrato devem ser classificados do mesmo modo como foram classificados os fluxos de caixa da posição que
estiver sendo protegida.
Atividades de Financiamento
A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento é importante por ser útil
na predição de exigências de fluxos futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade.
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:
(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;
(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade;
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida,
hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos;
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil.
Antes de prosseguir com a aula eu quero dar uma dica importante! Muitos alunos acabam se confundindo na
classificação dos empréstimos e sua classificação. Veja a relação dos empréstimos com as respectivas
atividades:
EMPRÉSTIMO CONCEDIDO
INVESTIMENTO
PELA EMPRESA
EMPRÉSTIMO OBTIDO
FINANCIAMENTO
PELA EMPRESA
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COMPRA/VENDA DE
AÇÕES DE OUTRAS INVESTIMENTO
EMPRESAS
EMISSÃO/RESGATE DE
AÇÕES DA PRÓPRIA FINANCIAMENTO
EMPRESA
Isso é lógico, pense comigo: se a empresa adquire ações de outra empresa ela está investindo seu dinheiro
na compra de tais ações, não é?
Se a empresa faz uma emissão de suas ações para captar dinheiro junto a terceiros, quem está financiando a
empresa? São os acionistas que adquirem tais ações!
A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alternativamente:
(a) o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos brutos são
divulgadas; ou
(b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações
que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre
recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens
de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento.
Neste momento é importante que você entenda as principais palavras de cada método (direto ou indireto).
Pelo método direto, as informações sobre as principais classes de recebimentos brutos e de pagamentos
brutos podem ser obtidas alternativamente:
(a) dos registros contábeis da entidade; ou
(b) pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos (no caso de
instituições financeiras, pela receita de juros e similares e despesa de juros e encargos e similares) e outros
itens da demonstração do resultado ou do resultado abrangente referentes a:
(i) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;
(ii) outros itens que não envolvem caixa; e
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(iii) outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de
financiamento.
ATIVIDADES OPERACIONAIS
( + ) Recebimento de Vendas e Serviços
( – ) Pagamento de Fornecedores
( – ) Pagamento de Salários e encargos
( – ) Pagamento de Impostos e outras Despesas Operacionais
( = ) Caixa Líquido (gerado/consumido) pelas Atividades Operacionais
De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais é
determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:
(a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;
(b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, ganhos e perdas
cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando aplicável; e
(c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de
financiamento.
variações de contas
operacionais (ativo e passivo)
AJUSTE DO LLE
(DRE)
MÉTODO itens que não afetam o caixa
INDIRETO
itens que não são fluxos das
atividades operacionais
Alternativamente, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais pode ser apresentado pelo
método indireto, mostrando-se as receitas e as despesas divulgadas na demonstração do resultado ou
resultado abrangente e as variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e
a pagar.
Zé Curioso: Professor, sempre me enrolo com esse lance de método direto e método indireto. Afinal, qual a razão
deste ajuste do resultado no método indireto?”
Zé, o método direto é o seguinte: avalie cada fato contábil separadamente e considere apenas aqueles que
provocam variação no caixa (e equivalentes) da entidade e estão relacionados com a atividade operacional
da entidade. Por exemplo, se a entidade vendeu mercadoria à vista, já sabemos que houve variação do caixa.
Se vendeu a prazo, não afeta o caixa. E assim por diante em relação a todos os fatos contábeis relacionados
com a atividade-fim da empresa (atividades operacionais, como pagamento a fornecedores, recebimento de
clientes, pagamento de seguros, pagamento de salários etc).
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Por outro lado, perceba que o método indireto parte do Lucro Líquido (ou prejuízo), que foi apurado na
Demonstração do Resultado do Exercício, que é uma demonstração realizada de acordo com o regime de
competência. Evidente que uma grande parcela do que é evidenciado na DRE tem relação com a atividade-
fim da entidade, ou seja, sua atividade operacional. É nítido, portanto, que a entidade poderá calcular o fluxo
de caixa das atividades operacionais partindo-se deste resultado apurado na DRE.
Este ajuste é como se fosse uma transformação do Lucro Líquido calculado pelo Regime de Competência
(DRE) para o Regime de Caixa (DFC). No entanto, como estamos falando somente das atividades
operacionais, também temos que expurgar do resultado apurado na DRE as variações de caixa (e
equivalentes) relacionadas às atividades de investimento e financiamento.
Além disso, temos que analisar as variações ocorridas nas contas operacionais do Ativo e Passivo Exigível,
pois fatos contábeis permutativos também afetam o caixa da entidade (como compra de mercadoria à vista,
pagamento a fornecedores etc).
Se você entender isso tenho certeza de que as questões de DFC serão tranquilas!
A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais deve ser fornecida,
obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para apurar o fluxo líquido das atividades
operacionais. A conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria, os principais itens a serem
conciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que usa o método indireto em relação aos ajustes ao
lucro líquido ou prejuízo para apurar o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.
Lembre-se disso: se a entidade optar pelo método direto deverá realizar a conciliação entre o lucro líquido e o
fluxo de caixa líquido das atividades operacionais. Exatamente por isso que o método direto também é
chamado de “método da conciliação”.
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ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Líquido do Exercício (DRE)
( + ) Depreciação/Amortização/Exaustão
( +/– ) Resultado de Equivalência Patrimonial (Perda/Ganho)
( +/– ) Resultado da Venda de Investimentos (Perda/Ganho) 1° AJUSTE (DRE)
( +/– ) Resultado da Venda de Imobilizado (Perda/Ganho)
( +/– ) Resultado da Venda de Intangíveis (Perda/Ganho)
( = ) Lucro Ajustado
( – ) Aumento de Contas Operacionais do Ativo
( + ) Diminuição de Contas Operacionais do Ativo
2° AJUSTE (BP)
( + ) Aumento de Contas Operacionais do Passivo Exigível
( – ) Diminuição de Contas Operacionais do Passivo Exigível
( = ) Caixa Líquido (gerado/consumido) pelas Atividades Operacionais
Perceba, portanto, que o primeiro ajuste será realizando utilizando informações constantes da Demonstração
do Resultado do Exercício. O segundo ajuste, por sua vez, será realizado através das contas operacionais
evidenciadas no Balanço Patrimonial.
É fundamental que você domine o método indireto de evidenciação da Demonstração dos Fluxos de Caixa,
pois despenca em provas de concursos públicos!
Os fluxos de caixa de controlada no exterior devem ser convertidos pela aplicação das taxas de câmbio entre a
moeda funcional e a moeda estrangeira observadas na data da ocorrência dos fluxos de caixa.
Ganhos e perdas não realizados resultantes de mudanças nas taxas de câmbio de moedas estrangeiras não
são fluxos de caixa. Todavia, o efeito das mudanças nas taxas de câmbio sobre o caixa e equivalentes de
caixa, mantidos ou devidos em moeda estrangeira, é apresentado na demonstração dos fluxos de caixa, a fim
de conciliar o caixa e equivalentes de caixa no começo e no fim do período. Esse valor é apresentado
separadamente dos fluxos de caixa das atividades operacionais, de investimento e de financiamento e inclui
as diferenças, se existirem, caso tais fluxos de caixa tivessem sido divulgados às taxas de câmbio do fim do
período.
Ou seja, as variações cambiais resultantes de moedas estrangeiras provocam variação no valor evidenciado
na moeda funcional da entidade (R$), mas não são fluxos de caixa (entradas e saídas de caixa).
JUROS E DIVIDENDOS
Os fluxos de caixa referentes a juros, dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos e pagos devem ser
apresentados separadamente. Cada um deles deve ser classificado de maneira consistente, de período a
período, como decorrentes de atividades operacionais, de investimento ou de financiamento.
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O montante total dos juros pagos durante o período é divulgado na demonstração dos fluxos de caixa, quer
tenha sido reconhecido como despesa na demonstração do resultado, quer tenha sido capitalizado, conforme
o Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos.
Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos são comumente
classificados como fluxos de caixa operacionais em instituições financeiras. Todavia, não há consenso
sobre a classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os juros pagos e recebidos e os
dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa
operacionais, porque eles entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros
pagos e os juros, os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados,
respectivamente, como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são custos
de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre investimentos.
Atividade Operacional
JUROS PAGOS
Atividade de Financiamento
Atividade Operacional
JUROS RECEBIDOS
Atividade de Investimento
Os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados como fluxo de caixa de
financiamento porque são custos da obtenção de recursos financeiros. Alternativamente, os dividendos e os
juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados como componente dos fluxos de caixa das
atividades operacionais, a fim de auxiliar os usuários a determinar a capacidade de a entidade pagar
dividendos e juros sobre o capital próprio utilizando os fluxos de caixa operacionais.
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Os tributos sobre o lucro (IR e CSLL) resultam de transações que originam fluxos de caixa que são
classificados como atividades operacionais, de investimento ou de financiamento na demonstração dos fluxos
de caixa. Embora a despesa com impostos possa ser prontamente identificável com as atividades de
investimento ou de financiamento, torna-se, às vezes, impraticável identificar os respectivos fluxos de caixa
dos impostos, que podem, também, ocorrer em período diferente dos fluxos de caixa da transação
subjacente. Portanto, os impostos pagos são comumente classificados como fluxos de caixa das atividades
operacionais.
Todavia, quando for praticável identificar o fluxo de caixa dos impostos com uma determinada transação, da
qual resultem fluxos de caixa que sejam classificados como atividades de investimento ou de financiamento,
o fluxo de caixa dos impostos deve ser classificado como atividade de investimento ou de financiamento,
conforme seja apropriado. Quando os fluxos de caixa dos impostos forem alocados em mais de uma classe de
atividade, o montante total dos impostos pagos no período também deve ser divulgado.
Muitas atividades de investimento e de financiamento não têm impacto direto sobre os fluxos de caixa
correntes, muito embora afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade. A exclusão de transações que
não envolvem caixa ou equivalentes de caixa da demonstração dos fluxos de caixa é consistente com o
objetivo de referida demonstração, visto que tais itens não envolvem fluxos de caixa no período corrente.
Exemplos de transações que não envolvem caixa ou equivalente de caixa são:
(a) a aquisição de ativos, quer seja pela assunção direta do passivo respectivo, quer seja por meio de
arrendamento;
(b) a aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos patrimoniais; e
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Pessoal, esta é a parte teórica da aula do Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de
Caixa (DFC).
Vamos, enfim, para a análise das questões avançadas sobre este tema!
Qualquer dúvida estou à disposição no fórum do Direção Concursos. Além disso, você pode me procurar
através de minhas redes sociais.
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− Recebimento de R$ 300.000,00 referentes à venda de uma máquina que era utilizada na produção.
Com base nas informações acima, na Demonstração dos Fluxos de Caixa do ano de 2018, o Fluxo de
Caixa das Atividades de Investimento e o Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento, gerados ou
consumidos pela Cia. e decorrentes exclusivamente do registro destas transações, foram,
respectivamente, em reais,
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Assinale a opção que indica o fluxo de caixa gerado ou consumido pela entidade operacional e
evidenciado na Demonstração dos Fluxos de Caixa, em 31/01/2015.
Sobre a Demonstração dos Fluxos de Caixa da Cia. B, com base nas recomendações do Pronunciamento
Técnico CPC 03- Demonstração dos Fluxos de Caixa, assinale a afirmativa correta.
A transação deve ser evidenciada na Demonstração dos Fluxos de Caixa anual da Cia. K em 31 de
dezembro de 2014 como
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Em 10 de novembro de 2012, uma entidade adquiriu um imóvel por R$ 100.000,00, para utilizar em seus
negócios. Metade do valor foi pago no ato e o restante foi pago em duas parcelas iguais de R$ 25.000,00,
em 10 de abril e em 10 de setembro de 2013.
A transação deve ser evidenciada na Demonstração dos Fluxos de Caixa da entidade de 31 de dezembro
de 2012 e de 31 de dezembro de 2013, respectivamente, como:
O CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa versa sobre a elaboração e a apresentação desta
demonstração. Em relação à classificação dos juros pagos e recebidos, o CPC determina que
(A) os juros pagos podem ser classificados como atividade operacional ou de investimento, enquanto os juros
recebidos podem ser classificados como atividade operacional ou de financiamento.
(B) os juros pagos podem ser classificados como atividade operacional ou de financiamento, enquanto os
juros recebidos podem ser classificados como atividade operacional ou de investimento.
(C) os juros pagos e recebidos têm que ser classificados como atividade operacional.
(D) os juros pagos têm que ser classificados como atividade de financiamento, enquanto os juros recebidos
têm que ser classificados como atividade de investimento.
(E) os juros pagos podem ser classificados como atividade de financiamento ou operacional, enquanto os
juros recebidos podem ser classificados como atividade de financiamento ou investimento.
Na demonstração dos fluxos de caixa, os juros pagos e recebidos sobre capital próprio devem ser
classificados como fluxos de caixa das atividades de financiamento de instituições financeiras.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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Os Ganhos e as perdas não realizados que resultaram de mudanças nas taxas de câmbio de moedas
estrangeiras devem ser evidenciados, na Demonstração dos Fluxos de Caixa de uma entidade,
(A) como fluxo de caixa da atividade operacional
(B) como fluxo de caixa da atividade de investimento.
(C) como fluxo de caixa da atividade de financiamento.
(D) separadamente, sem fazer parte de uma atividade específica.
(E) nas notas explicativas relacionadas a esta demonstração.
Considere que, com a copa do mundo de futebol no Brasil, seja normal que as empresas recebam em
moedas estrangeiras. Nesse caso, os ganhos ou perdas não realizados, resultantes de mudanças nas
taxas de câmbio, são fluxos de caixa e devem ser evidenciados como fluxo de atividade operacional no
demonstrativo dos fluxos do disponível.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Em 2013 a empresa vendeu o terreno por R$ 4.000,00 à vista e pagou imposto de renda de 34% sobre o
lucro.
Considerando apenas essa transação, assinale a opção que indica o valor que foi gerado pela atividade de
investimento na DFC 2013.
(A) R$ 1.360,00.
(B) R$ 1.980,00.
(C) R$ 2.640,00.
(D) R$ 2.980,00.
(E) R$ 4.000,00.
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Os valores, no ano de 2018, correspondentes ao Caixa das Atividades Operacionais e ao Caixa das
Atividades de Financiamento foram, respectivamente, em reais,
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Assinale a opção que indica a correta classificação na Demonstração dos Fluxos de Caixa da empresa em
31/12/2016 e em 31/12/2017, respectivamente.
O valor pago na aquisição de um imóvel destinado a locação a terceiro é exemplo de fluxo de caixa
decorrente de atividades de investimentos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
( ) CERTO ( ) ERRADO
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A seguir, a tabela I apresenta, em reais, as variações entre os dois últimos exercícios, verificadas por uma
empresa em suas demonstrações contábeis; e a tabela II apresenta, em reais, a composição da
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados do exercício mais recente da referida empresa.
Tabela I
Tabela II
Conforme os dados das tabelas I e II, o total, em reais, das fontes de caixa a ser considerado para o
exercício mais recente foi de
a) 21.400.
b) 18.600.
c) 6.200.
d) 30.700.
e) 27.900.
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A) inferior a R$ 50 milhões.
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Informações adicionais:
O Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Financiamento da Cia Novo Tempo (Quadro I), no exercício
de 20x2, foi de:
(A) 2.200,00;
(B) 2.600,00;
(C) 3.600,00;
(D) 3.800,00;
(E) 3.400,00.
Conforme mostras a tabela abaixo as Contas de Resultado da Cia Azul nos períodos de 2014/2015 foram:
Cia AZUL
Saldo de Contas 2014 2015
CMV 88.000 150.000
Despesa de Venda PCLD − Constituição 3.000 6.000
Despesas Administrativas 52.000 100.000
Despesas de Depreciação 15.000 20.000
Despesas Financeiras 18.500 23.000
Ganhos com vendas de imobilizado 0 13.000
Outras Despesas de Vendas 30.000 65.000
Provisão para Imposto de Renda e Contribuições 4.000 8.000
Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 3.500 6.000
Vendas 230.000 385.000
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Sabe-se que, no período, a entidade vendeu um terreno por R$ 42.000,00 e adquiriu uma nova
propriedade por R$ 35.000,00 e que ambas transações foram realizadas em dinheiro.
As atividades operacionais da entidade, conforme Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) pelo método
indireto,
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Sabe-se que no ano de 2012 a empresa não vendeu participações societárias e nem veículos, não liquidou
qualquer empréstimo, não pagou as despesas financeiras do ano e a integralização do capital social foi
em dinheiro.
O valor correspondente ao caixa consumido ou gerado pelas Atividades Operacionais no ano de 2012 foi,
em reais,
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(A) R$ 31.400.000;
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(B) R$ 36.400.000;
(C) R$ 39.400.000;
(D) R$ 40.200.000;
(E) R$ 44.400.000.
Os fluxos de caixa da Cia. Iota durante o exercício de x1 foram os seguintes, em milhares de reais:
Dividendos pagos (1.300)
Emissão de ações 28.000
Fornecedores de matérias-primas (50.700)
Juros pagos (1.400)
Benefícios a empregados (8.800)
Aquisição de imobilizado (30.000)
Amortização de empréstimos e financiamentos (9.400)
Juros recebidos 2.700
Vendas de mercadorias e prestação de serviços 70.200
Dividendos recebidos 900
Imposto de renda e contribuição social (2.400)
Alienação de participações societárias 2.300
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De acordo como o CPC 03 (R2): Demonstração dos Fluxos de Caixa, o menor montante pelo qual o caixa
líquido consumido nas atividades de investimento da Cia. Iota poderá ser apresentado é de:
(A) R$ 24.100.000;
(B) R$ 25.000.000;
(C) R$ 26.800.000;
(D) R$ 27.700.000;
(E) R$ 30.000.000.
• Prestação de serviços no valor de R$ 600.000,00 a prazo, sendo o custo dos serviços prestados de R$
500.000,00, integralmente pagos. A empresa reconhece perdas estimadas com créditos de liquidação
duvidosa de 2% do saldo de clientes.
Com base apenas nas informações acima, a soma do resultado do período com os ajustes decorrentes de
itens que transitaram na demonstração do resultado, mas não no fluxo operacional, feitos para
apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa elaborada de acordo com o Método Indireto, era de
(A) R$ 8.000,00.
(B) R$ 12.000,00.
(C) R$ 16.000,00.
(D) R$ 20.000,00.
(E) R$ 42.000,00.
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Questões Comentadas
1. (FCC – Analista – ALAP – 2020)
− Recebimento de R$ 300.000,00 referentes à venda de uma máquina que era utilizada na produção.
Com base nas informações acima, na Demonstração dos Fluxos de Caixa do ano de 2018, o Fluxo de
Caixa das Atividades de Investimento e o Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento, gerados ou
consumidos pela Cia. e decorrentes exclusivamente do registro destas transações, foram,
respectivamente, em reais,
RESOLUÇÃO:
A partir dos dados do enunciado vamos calcular o valor dos fluxos de caixa das três atividades.
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GABARITO: A
Assinale a opção que indica o fluxo de caixa gerado ou consumido pela entidade operacional e
evidenciado na Demonstração dos Fluxos de Caixa, em 31/01/2015.
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GABARITO: A
Sobre a Demonstração dos Fluxos de Caixa da Cia. B, com base nas recomendações do Pronunciamento
Técnico CPC 03- Demonstração dos Fluxos de Caixa, assinale a afirmativa correta.
RESOLUÇÃO:
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Vamos calcular o fluxo de caixa das Atividades Operacionais, Atividades de Investimentos e Atividades de
Financiamentos.
GABARITO: D
A transação deve ser evidenciada na Demonstração dos Fluxos de Caixa anual da Cia. K em 31 de
dezembro de 2014 como
RESOLUÇÃO:
Investimentos adquiridos a prazo nunca figuração nas atividades de Investimentos, já que as saídas de caixa
decorrentes de seus pagamentos serão lançadas nas atividades de Financiamento. Então fique atento! O
próprio CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa diz que são exemplos de fluxos de caixa advindos das
atividades de investimento:
(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo.
Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos
imobilizados de construção própria;
Perceba que se trata de casos em que houve o pagamento à vista! Fique atento! A FGV já cobrou este
conceito algumas vezes em suas provas!
GABARITO: C
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Em 10 de novembro de 2012, uma entidade adquiriu um imóvel por R$ 100.000,00, para utilizar em seus
negócios. Metade do valor foi pago no ato e o restante foi pago em duas parcelas iguais de R$ 25.000,00,
em 10 de abril e em 10 de setembro de 2013.
A transação deve ser evidenciada na Demonstração dos Fluxos de Caixa da entidade de 31 de dezembro
de 2012 e de 31 de dezembro de 2013, respectivamente, como:
RESOLUÇÃO:
Importante observar que para a FGV a compra a prazo de um item do imobilizado representará, no ato do
pagamento, um fluxo de caixa consumido pelas Atividades de Financiamento.
Por outro lado, quando a compra for realizada à vista o fato representará um fluxo de caixa consumido pelas
Atividades de Investimento.
Assim, no caso em tela o valor da entrada (que ocorreu em 10/11/2012) será evidenciado como Atividades de
Investimento. Os pagamentos das parcelas, por sua vez, serão evidenciados em 2013 como Atividade de
Financiamento.
GABARITO: D
O CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa versa sobre a elaboração e a apresentação desta
demonstração. Em relação à classificação dos juros pagos e recebidos, o CPC determina que
(A) os juros pagos podem ser classificados como atividade operacional ou de investimento, enquanto os juros
recebidos podem ser classificados como atividade operacional ou de financiamento.
(B) os juros pagos podem ser classificados como atividade operacional ou de financiamento, enquanto os
juros recebidos podem ser classificados como atividade operacional ou de investimento.
(C) os juros pagos e recebidos têm que ser classificados como atividade operacional.
(D) os juros pagos têm que ser classificados como atividade de financiamento, enquanto os juros recebidos
têm que ser classificados como atividade de investimento.
(E) os juros pagos podem ser classificados como atividade de financiamento ou operacional, enquanto os
juros recebidos podem ser classificados como atividade de financiamento ou investimento.
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RESOLUÇÃO:
Vimos que:
GABARITO: B
Na demonstração dos fluxos de caixa, os juros pagos e recebidos sobre capital próprio devem ser
classificados como fluxos de caixa das atividades de financiamento de instituições financeiras.
( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:
Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos são comumente
classificados como fluxos de caixa operacionais em instituições financeiras.
GABARITO: E
Os Ganhos e as perdas não realizados que resultaram de mudanças nas taxas de câmbio de moedas
estrangeiras devem ser evidenciados, na Demonstração dos Fluxos de Caixa de uma entidade,
(A) como fluxo de caixa da atividade operacional
(B) como fluxo de caixa da atividade de investimento.
(C) como fluxo de caixa da atividade de financiamento.
(D) separadamente, sem fazer parte de uma atividade específica.
(E) nas notas explicativas relacionadas a esta demonstração.
RESOLUÇÃO:
Segundo o CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa, ganhos e perdas não realizados resultantes de
mudanças nas taxas de câmbio de moedas estrangeiras não são fluxos de caixa. Todavia, o efeito das
mudanças nas taxas de câmbio sobre o caixa e equivalentes de caixa, mantidos ou devidos em moeda
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estrangeira, é apresentado na demonstração dos fluxos de caixa, a fim de conciliar o caixa e equivalentes de
caixa no começo e no fim do período. Esse valor é apresentado separadamente dos fluxos de caixa das
atividades operacionais, de investimento e de financiamento e inclui as diferenças, se existirem, caso tais
fluxos de caixa tivessem sido divulgados às taxas de câmbio do fim do período.
GABARITO: D
Considere que, com a copa do mundo de futebol no Brasil, seja normal que as empresas recebam em
moedas estrangeiras. Nesse caso, os ganhos ou perdas não realizados, resultantes de mudanças nas
taxas de câmbio, são fluxos de caixa e devem ser evidenciados como fluxo de atividade operacional no
demonstrativo dos fluxos do disponível.
( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:
Segundo o item 28 do CPC 03, ganhos e perdas não realizados resultantes de mudanças nas taxas de câmbio
de moedas estrangeiras não são fluxos de caixa. Todavia, o efeito das mudanças nas taxas de câmbio sobre o
caixa e equivalentes de caixa, mantidos ou devidos em moeda estrangeira, é apresentado na demonstração
dos fluxos de caixa, a fim de conciliar o caixa e equivalentes de caixa no começo e no fim do período. Esse
valor é apresentado separadamente dos fluxos de caixa das atividades operacionais, de investimento e de
financiamento e inclui as diferenças, se existirem, caso tais fluxos de caixa tivessem sido divulgados às taxas
de câmbio do fim do período.
GABARITO: E
Em 2013 a empresa vendeu o terreno por R$ 4.000,00 à vista e pagou imposto de renda de 34% sobre o
lucro.
Considerando apenas essa transação, assinale a opção que indica o valor que foi gerado pela atividade de
investimento na DFC 2013.
(A) R$ 1.360,00.
(B) R$ 1.980,00.
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(C) R$ 2.640,00.
(D) R$ 2.980,00.
(E) R$ 4.000,00.
RESOLUÇÃO:
A venda de um item do imobilizado é classificada como geração de caixa das atividades de investimentos. O
CPC 03 – Demonstrações dos Fluxos de Caixa diz que os fluxos de caixa referentes ao imposto de renda (IR) e
contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) devem ser divulgados separadamente e devem ser
classificados como fluxos de caixa das atividades operacionais, a menos que possam ser identificados
especificamente como atividades de financiamento e de investimento.
Assim, quando for praticável identificar o fluxo de caixa dos impostos com uma determinada transação, da
qual resultem fluxos de caixa que sejam classificados como atividades de investimento ou de financiamento, o
fluxo de caixa dos impostos deve ser classificado como atividade de investimento ou de financiamento,
conforme seja apropriado. É o caso da questão!
O enunciado disse que a empresa pagou (houve, portanto, influência sobre o caixa da entidade) imposto de
renda de 34% sobre o lucro. Assim:
Com isso conclui-se que o valor do Imposto de Renda pago sobre este ganho de capital será de R$ 1.020,00
(34% x R$ 3.000,00). Então, considerando apenas essa transação, o valor que foi gerado pela atividade de
investimento foi de:
GABARITO: D
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Os valores, no ano de 2018, correspondentes ao Caixa das Atividades Operacionais e ao Caixa das
Atividades de Financiamento foram, respectivamente, em reais,
RESOLUÇÃO:
O enunciado forneceu dois Balanços Patrimoniais e uma Demonstração do Resultado do Exercício do período
em análise. Assim, vamos partir do lucro líquido do exercício, apurado na DRE, e ajustá-lo para chegar ao
fluxo de caixa das Atividades Operacionais.
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Zé Curioso: “Professor, mas a variação da conta empréstimos a pagar foi de R$ 1.040.000 (passou de 900.000
para 1.940.000). Nesse caso, portanto, não deveríamos ter considerado uma captação de empréstimos neste
valor?”
Zé, tenha cuidado! O enunciado diz que “as despesas financeiras não foram pagas”. Veja na DRE que o valor
das despesas financeiras é de R$ 100 mil. Sendo assim, a apropriação de tal despesa ao resultado foi realizada
da seguinte forma:
Perceba, então, que parte do aumento da conta Empréstimos a Pagar resulta de tal apropriação (e não da
captação de novos empréstimos).
GABARITO: E
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RESOLUÇÃO:
Como o enunciado pede o fluxo de caixa gerado ou consumido das três atividades (operacionais, de
investimento e de financiamento), o aluno poderia escolher apenas duas para analisar e descobrir o valor da
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terceira pela variação do caixa da entidade (basta analisar que a conta Caixa e Equivalentes de Caixa teve uma
variação positiva de R$ 248 mil).
Inicialmente calcularemos o fluxo de caixa das atividades operacionais pelo método indireto.
Com isso ficamos entre as alternativas A e E. Veja que na hora da prova eu nem perderia tempo calculando o
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento, pois ambas alternativas apresentam o mesmo valor! Vamos,
então, para o cálculo do fluxo de caixa das Atividades de Financiamento.
Pela análise do Balanço Patrimonial percebe-se que não houve integralização do Capital Social. Então
restaram as contas “Empréstimos” e “Dividendos a Pagar” para análise!
O enunciado disse que a empresa pagou apenas metade das despesas financeiras evidenciadas na DRE. Ou
seja, o que não foi pago, no valor de R$ 40 mil, foi contabilizado na conta “Empréstimos a Pagar”. Eventuais
aumentos superiores a isso correspondem a captação de novos empréstimos. Vamos analisar o razonete
desta conta, considerando que não houve pagamento de principal de empréstimos!
Empréstimos
350.000 Saldo Inicial
X Novos empréstimos
Calma Zé! Falta analisar eventuais pagamento de Dividendos! Perceba que do lucro líquido apurado de R$
18.400,00, uma parcela de R$ 12.880,00 foi destinada às Reservas de Lucros (vida a variação desta conta no
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Balanço Patrimonial) e o restante, de R$ 5.520,00, foi destinado ao pagamento de dividendos (vide o Balanço
Patrimonial). Assim:
Dividendos a Pagar
Pagamento de Dividendos no exercício Y 10.000 Saldo Inicial
Y = R$ 10.000,00
GABARITO: A
Assinale a opção que indica a correta classificação na Demonstração dos Fluxos de Caixa da empresa em
31/12/2016 e em 31/12/2017, respectivamente.
RESOLUÇÃO:
O valor pago à vista pela compra dos computadores será evidenciado, na Demonstração dos Fluxos de Caixa,
como fluxo de caixa das atividades de investimento.
Por outro lado, o pagamento da duplicata (referente à parte adquirida a prazo) será evidenciado como fluxo
de caixa das atividades de financiamento.
GABARITO: B
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O valor pago na aquisição de um imóvel destinado a locação a terceiro é exemplo de fluxo de caixa
decorrente de atividades de investimentos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:
Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é
incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de
caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a
aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos são fluxos de
caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de
tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
GABARITO: E
( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:
Segundo o CPC 03, item 44, muitas atividades de investimento e de financiamento não têm impacto direto
sobre os fluxos de caixa correntes, muito embora afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade. A
exclusão de transações que não envolvem caixa ou equivalentes de caixa da demonstração dos fluxos de caixa
é consistente com o objetivo de referida demonstração, visto que tais itens não envolvem fluxos de caixa no
período corrente. Exemplos de transações que não envolvem caixa ou equivalente de caixa são:
(a) a aquisição de ativos, quer seja pela assunção direta do passivo respectivo, quer seja por meio de
arrendamento financeiro;
(b) a aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos patrimoniais; e
(c) a conversão de dívida em instrumentos patrimoniais.
Com isso, incorreta a afirmativa.
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Perceba que a emissão da debênture provocou uma variação no caixa da entidade (geração) resultante do
valor recebido. A conversão das debêntures em ações em ações não provoca nenhum lançamento no caixa da
entidade. Consequentemente, obviamente que não será evidenciado na Demonstração dos Fluxos de Caixa.
GABARITO: E
A seguir, a tabela I apresenta, em reais, as variações entre os dois últimos exercícios, verificadas por uma
empresa em suas demonstrações contábeis; e a tabela II apresenta, em reais, a composição da
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados do exercício mais recente da referida empresa.
Tabela I
Tabela II
Conforme os dados das tabelas I e II, o total, em reais, das fontes de caixa a ser considerado para o
exercício mais recente foi de
a) 21.400.
b) 18.600.
c) 6.200.
d) 30.700.
e) 27.900.
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RESOLUÇÃO:
O enunciado não é dos mais claros, mas elaborando os três fluxos de caixa conclui-se que a variação do caixa
da entidade é de R$ 6.200 (geração), o que confirma o raciocínio empregado.
Atividades Operacionais:
Atividades de Financiamento:
Atividades de Investimento:
GABARITO: D
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A) inferior a R$ 50 milhões.
RESOLUÇÃO:
Inicialmente perceba que o lucro do período foi de R$ 140 milhões, correspondendo à soma do aumento das
reservas de lucros (R$ 112 milhões) com os dividendos distribuídos (R$ 28 milhões).
A partir disso vamos analisar qual é o fluxo de caixa das atividades operacionais.
GABARITO: D
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Informações adicionais:
O Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Financiamento da Cia Novo Tempo (Quadro I), no exercício
de 20x2, foi de:
(A) 2.200,00;
(B) 2.600,00;
(C) 3.600,00;
(D) 3.800,00;
(E) 3.400,00.
RESOLUÇÃO:
Esta questão não era tão simples. O aluno deveria perceber que que o valor do lucro destinado aos dividendos
foi de R$ 1.200,00, pois pelo Balanço Patrimonial percebe-se que temos um aumento de R$ 700,00 no saldo
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da conta Reservas de Lucros ao passo que o Lucro Líquido do Exercício foi de R$ 1.900,00. A partir disso
vamos analisar a conta “Dividendos a Pagar”, onde X representa o que foi efetivamente pago a título de
Dividendos!
GABARITO: A
Conforme mostras a tabela abaixo as Contas de Resultado da Cia Azul nos períodos de 2014/2015 foram:
Cia AZUL
Saldo de Contas 2014 2015
CMV 88.000 150.000
Despesa de Venda PCLD − Constituição 3.000 6.000
Despesas Administrativas 52.000 100.000
Despesas de Depreciação 15.000 20.000
Despesas Financeiras 18.500 23.000
Ganhos com vendas de imobilizado 0 13.000
Outras Despesas de Vendas 30.000 65.000
Provisão para Imposto de Renda e Contribuições 4.000 8.000
Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 3.500 6.000
Vendas 230.000 385.000
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2014 2015
Vendas 230.000 385.000
(–) CMV (88.000) (150.000)
(=) Lucro Bruto 142.000 235.000
(–) Despesas com PCLD (3.000) (6.000)
(–) Despesas Administrativas (52.000) (100.000)
(–) Despesas de Depreciação (15.000) (20.000)
(–) Despesas Financeiras (18.500) (23.000)
(+) Ganhos (imobilizado) 0 13.000
(–) Outras Despesas de Vendas (30.000) (65.000)
(+) Resultado de Equiv. Patrimonial 3.500 6.000
(–) Provisão para IR/CSLL (4.000) (8.000)
(=) Lucro Líquido 23.000 32.000
GABARITO: D
Sabe-se que, no período, a entidade vendeu um terreno por R$ 42.000,00 e adquiriu uma nova
propriedade por R$ 35.000,00 e que ambas transações foram realizadas em dinheiro.
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As atividades operacionais da entidade, conforme Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) pelo método
indireto,
RESOLUÇÃO:
Vamos calcular o fluxo de caixa operacional do período pelo método indireto, ou seja, partindo-se do lucro
líquido apurado e realizando os ajustes necessários.
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GABARITO: D
RESOLUÇÃO:
a) Incorreta. No período houve aquisição de apólice de seguros de R$ 12 mil, conforme análise do razonete
abaixo.
Seguros a Vencer
Saldo Inicial R$ 1.200 R$ 1.200 Despesa com Seguros
Aquisição de Seguros X
Saldo Final R$ 12.000
Assim:
Saldo Final de Caixa e Equivalentes de Caixa R$ 145 mil (R$ 22 mil + R$ 123 mil)
( – ) Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes de Caixa (R$ 123 mil) (R$ 89 mil + R$ 34 mil)
( = ) Variação de Caixa e Equivalentes de Caixa R$ 22 mil
c) Correta. Conforme analisado na análise da alternativa anterior, no período a entidade gerou caixa e
equivalentes no valor de R$ 22.000,00.
d) Incorreta. Não há alteração no custo das máquinas (vide Balanço Patrimonial) entre 2017 e 2018.
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Dividendos a Pagar
R$ 0 Saldo Inicial
O lucro líquido do período, de R$ 7.600, será destinado para as Reservas de Lucros e para os Dividendos.
Mediante análise do Balanço Patrimonial percebe-se que as Reservas de Lucros aumentaram em R$ 4.320. O
saldo restante, portanto, de R$ 2.280, será distribuído como dividendos. Assim:
Dividendos a Pagar
R$ 0 Saldo Inicial
R$ 2.280 Dividendos do período
GABARITO: C
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Depreciação (48.000)
Despesa com Provisão para Riscos Trabalhistas (80.000)
Outras Despesas Operacionais (401.600)
(+) Outras Receitas e Despesas
Resultado de Equivalência Patrimonial 24.000
(−) Despesas Financeiras (96.000)
Lucro na Venda de Terrenos 56.000
(=) Resultado Líquido 38.400
Informações complementares:
Sabe-se que no ano de 2012 a empresa não vendeu participações societárias e nem veículos, não liquidou
qualquer empréstimo, não pagou as despesas financeiras do ano e a integralização do capital social foi
em dinheiro.
O valor correspondente ao caixa consumido ou gerado pelas Atividades Operacionais no ano de 2012 foi,
em reais,
RESOLUÇÃO:
A partir do Lucro Líquido vamos calcular o fluxo de caixa gerado pelas Atividades Operacionais. Veja que ao
final do enunciado há a informação ode que as despesas financeiras do ano ainda não foram pagas (vide na
DRE as Despesas Financeiras no valor de R$ 96.000,00). Então temos que ajustar o lucro, pois tais despesas não
tiveram influência no caixa da empresa! As despesas com provisão, perdas estimadas, depreciação e o
resultado de equivalência patrimonial também serão ajustados, já que não representam efetivos
desembolsos. Além disso, também temos que eliminar eventuais receitas e despesas que não se relacionam
com as Atividades Operacionais, como é o caso do resultado na venda de um imobilizado.
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GABARITO: B
RESOLUÇÃO:
Vamos iniciar a análise pelas Atividades de Investimento. O enunciado afirma que a empresa não vendeu
participações societárias e nem veículos. Vamos iniciar a análise pela conta “Participações Societárias”, cujo
saldo passou de R$ 56.000,00 para R$ 144.000,00. Pela análise da DRE percebe-se que parte deste aumento
teve origem no Resultado de Equivalência Patrimonial, no valor de R$ 24.000,00. Assim:
Participações Societárias
Saldo Inicial R$ 56.000,00
Equiv. Patrimonial R$ 24.000,00
Compra X
Saldo Final R$ 144.000,00
56.000 + 24.000 + 𝑋 = 144.000
𝑿 = 𝟔𝟒. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
Conclusão: houve a compra de participações societárias no valor de R$ 64.000,00.
A segunda análise recairá sobre a conta “Veículos”, cujo saldo passou de R$ 336 mil para R$ 528 mil. Perceba
que este saldo é o valor contábil, ou seja, líquido da despesa de depreciação. Didaticamente vou lançar a
depreciação do ano (vide DRE), no valor de R$ 48.000,00, nesta própria conta.
Veículos
Saldo Inicial R$ 336.000,00 R$ 48.000,00 Depreciação
Compra Y
Saldo Final R$ 528.000,00
336.000 + 𝑌 – 48.000 = 528.000
𝒀 = 𝟐𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
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A última análise do fluxo de caixa das Atividades de Investimento será realizada na conta “Terrenos”, cujo
saldo passou de R$ 184.000,00 para zero. A DRE afirma que houve Lucro na Venda de Terrenos no valor de R$
56.000,00. Assim, o valor recebido pela venda foi de R$ 240.000,00 (valor contábil do terreno + lucro).
Resta calcular o Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento. Vamos inicias a análise sobre a conta
“Empréstimos”. O enunciado afirmou que as Despesas Financeiras, no valor de R$ 96.000,00, não foram
pagas. Assim:
Empréstimos
R$ 360.000,00 Saldo Inicial
R$ 96.000,00 Desp. Financeiras
Z Empréstimos Obtidos
R$ 776.000,00 Saldo Final
Por fim, verifica-se que o saldo da conta “Capital Social” passou de R$ 400.000,00 para R$ 600.000,00,
indicando uma integralização de capital pelos sócios no valor de R$ 200.000,00.
Vamos apenas confirmar o resultado para fechar com chave de ouro? Sabe-se que:
∆𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 = 𝐴𝑂 + 𝐴𝐼 + 𝐴𝐹
Veja no Balanço Patrimonial que o saldo da conta “Caixa e Equivalente de Caixa” passou de R$ 40 mil para R$
388 mil, ou seja, uma variação positiva de R$ 348 mil, o que confirma nossos cálculos!
GABARITO: D
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(A) R$ 31.400.000;
(B) R$ 36.400.000;
(C) R$ 39.400.000;
(D) R$ 40.200.000;
(E) R$ 44.400.000.
RESOLUÇÃO:
Antes de tudo é interessante observar que o enunciado contém um equívoco de cálculo na DRE, pois o
Resultado antes do Resultado financeiro é de R$ 40.100,00 (e não de R$ 39.500,00). Abstraindo-se isso,
vamos realizar analisar o fluxo de caixa das atividades operacionais pelo método indireto.
O enunciado diz que a entidade classifica os dividendos, recebidos ou pagos, conforme o CPC 03 (R2)
encoraja, enquanto os juros pagos são classificados da maneira alternativa que o pronunciamento permite.
Assim, conclui-se que os dividendos pagos são considerados nas atividades de financiamento, ao passo que os
dividendos recebidos como atividades operacionais. Os juros pagos, aparentemente são classificados nas
atividades de financiamento (é o que o enunciado chamou de “maneira alternativa” de classificação. Assim:
Para chegar ao valor dos dividendos recebidos, que são considerados nas atividades operacionais, você
deveria perceber que houve o reconhecimento da receita de equivalência de patrimonial no valor de R$
12.000,00, o que geraria, em tese, um aumento de mesmo valor no ANV – Investimentos. No entanto, pela
análise do Balanço Patrimonial percebe-se que a conta ANC – Investimentos aumentou em apenas R$
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6.000,00, indicando que houve a distribuição de dividendos pela investida de R$ 6.000,00. A partir disso basta
analisar o razonete da conta Dividendos a Receber!
Dividendos a Receber
Saldo Inicial 3.000 5.000 Recebimento de Dividendos no período
Dividendos Distribuídos pela Investidora 6.000
Saldo Final 4.000
Com isso, correta a alternativa E.
GABARITO: E
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Ou seja, ela pode escolher um ou outra alternativa. Iremos considerar aquela que gera o menor valor para o
cálculo do caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento, qual seja: juros pagos serão evidenciados
como fluxo de caixa das atividades de financiamento!
Assim:
Pagamento de Dividendos (R$ 3.000,00)
Emissão de Ações R$ 32.000,00
Amortização de Empréstimos (R$ 13.600,00)
Juros pagos (R$ 3.800,00)
Fluxo de Caixa das AF R$ 11.600,00
Com isso, correta a alternativa A.
Veja que o aluno que não fez a análise das possibilidades de classificação dos juros pagos pode ter assinalado
a alternativa C!
GABARITO: A
Os fluxos de caixa da Cia. Iota durante o exercício de x1 foram os seguintes, em milhares de reais:
(A) R$ 24.100.000;
(B) R$ 25.000.000;
(C) R$ 26.800.000;
(D) R$ 27.700.000;
(E) R$ 30.000.000.
RESOLUÇÃO:
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Questão típica da FGV! O enunciado pede o menor montante pelo qual o caixa líquido consumido nas
atividades de investimento da Cia. Iota poderá ser apresentado.
Sabe-se que o CPC 03 encoraja as entidades a classificarem os Juros e os Dividendos recebidos nos fluxos de
caixa das atividades operacionais. No entanto, admite-se que tais valores sejam considerados nos fluxos de
caixa das atividades de investimento. Com isso, vamos analisar as duas hipóteses para verificar qual será o
menor montante de caixa consumido.
1ª Hipótese: considerando que os Juros e os Dividendos recebidos são classificados nas Atividades
Operacionais
2ª Hipótese: considerando que os Juros e os Dividendos recebidos são classificados nas Atividades de
Investimento
Com isso, conclui-se que o menor montante foi de R$ 24.100,00, o que torna a alternativa A correta.
GABARITO: A
• Prestação de serviços no valor de R$ 600.000,00 a prazo, sendo o custo dos serviços prestados de R$
500.000,00, integralmente pagos. A empresa reconhece perdas estimadas com créditos de liquidação
duvidosa de 2% do saldo de clientes.
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Com base apenas nas informações acima, a soma do resultado do período com os ajustes decorrentes de
itens que transitaram na demonstração do resultado, mas não no fluxo operacional, feitos para
apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa elaborada de acordo com o Método Indireto, era de
(A) R$ 8.000,00.
(B) R$ 12.000,00.
(C) R$ 16.000,00.
(D) R$ 20.000,00.
(E) R$ 42.000,00.
RESOLUÇÃO:
Inicialmente vamos apurar o resultado do exercício, de acordo com o Regime de Competência. A partir daí
vamos partir deste resultado e fazer os ajustes por receitas/despesas que não representam entrada/saída
efetiva de caixa e também por eventuais itens que não se relacionam com as Atividades Operacionais.
A partir do resultado (prejuízo) do exercício vamos efetuar os ajustes necessários, ou seja, retirar da DRE as
despesas que não foram efetivamente pagas ou que se relacionam as Atividades de Investimento ou
Financiamento.
GABARITO: D
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Gabarito
01 – A 05 – D 09 – E 13 – B 17 – D 21 – C 25 – A
02 – A 06 – B 10 – D 14 – E 18 – A 22 – B 26 – A
03 – D 07 – E 11 – E 15 – E 19 – D 23 – D 27 – D
04 – C 08 – D 12 – A 16 – D 20 – D 24 – E
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Resumo direcionado
CPC 03 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
O objetivo do CPC 03 é requerer a prestação de informações acerca das alterações históricas de caixa e equivalentes de caixa
da entidade por meio de demonstração dos fluxos de caixa que classifique os fluxos de caixa do período por atividades
operacionais, de investimento e de financiamento.
Definições
Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em
montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de
investimento e tampouco de financiamento.
Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não
incluídos nos equivalentes de caixa.
Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no
capital de terceiros da entidade.
Atividades Operacionais
Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são:
(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;
(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da
apólice;
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(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente
identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para venda
futura.
Atenção! Pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em
sequência, são vendidos são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das
vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
Atividades de Investimentos
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:
(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo. Esses
pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos imobilizados de
construção própria;
(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo;
(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e
participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos considerados como
equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para negociação imediata ou futura, que são considerados no fluxo de caixa das
atividades operacionais);
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras
entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles recebimentos referentes aos títulos considerados
como equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou futura);
(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos feitos por
instituição financeira, pois esta é a própria atividade operacional da entidade);
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros
(exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);
(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos
para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento; e
(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem
mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de
financiamento.
Atividades de Financiamentos
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:
(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;
(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade;
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e
outros empréstimos de curto e longo prazos;
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil.
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A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alternativamente:
(a) o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos brutos são divulgadas;
ou
(b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações que não
envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa
ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados
com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento.
MÉTODO DIRETO
MÉTODO INDIRETO
Juros e Dividendos
O CPC 03 encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre o
capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio
pagos como fluxos de caixa das atividades de financiamento.
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