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PÚBLICA
Receitas e Despesas Públicas
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Livro Eletrônico
CONTABILIDADE PÚBLICA
Receitas e Despesas Públicas
Rodrigo Machado
Sumário
Introdução.............................................................................................................................................................................4
Receitas e Despesas.. .....................................................................................................................................................5
Contribuição dos Proprietários e Distribuição aos Proprietários.......................................................6
Regime Orçamentário.. ...................................................................................................................................................8
Registros Contábeis sob o Enfoque Orçamentário. ................................................................................... 10
Regime Patrimonial.. .....................................................................................................................................................16
Receitas e Despesas.. ...................................................................................................................................................19
Receitas Orçamentárias.. ............................................................................................................................................19
Classificação das Receitas Orçamentárias....................................................................................................25
Categoria Econômica.. .................................................................................................................................................27
Receitas Correntes.......................................................................................................................................................27
Receitas de Capital.. ......................................................................................................................................................31
Receitas de Operações Intraorçamentárias. ..................................................................................................33
Despesa Orçamentária...............................................................................................................................................35
Registros Contábeis da Despesa Pública.......................................................................................................37
Classificações das Despesas Orçamentárias.................................................................................................41
Classificação Institucional.. ......................................................................................................................................41
Classificação Funcional.............................................................................................................................................42
Classificação por Estrutura Programática. ....................................................................................................43
Classificação da Despesa Orçamentária segundo a Natureza. ...........................................................44
Elemento de Despesa Orçamentária..................................................................................................................46
Estágios de Execução das Receitas e Despesas........................................................................................47
Estágios da Execução da Despesa Pública....................................................................................................47
Estágios de Execução da Receita Pública......................................................................................................50
Dívida Ativa........................................................................................................................................................................53
Contabilização.................................................................................................................................................................55
Inscrição..............................................................................................................................................................................57
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Rodrigo Machado
Baixa......................................................................................................................................................................................62
Resumo................................................................................................................................................................................66
Mapas Mentais. . .............................................................................................................................................................. 72
Questões de Concurso................................................................................................................................................80
Gabarito...............................................................................................................................................................................94
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................95
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Introdução
Fala, meu filho! Faaaaala, minha filha!
Seja bem-vindo(a) a mais um encontro de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Quero
agradecer a você por permitir que eu passe muito tempo ao seu lado, ajudando-o(a) a realizar
o seu sonho – e ele será! Você será aprovado(a) e se tornará um servidor público!
Esta aula é muito importante para a sua preparação, portanto mantenha o foco e, caso pre-
cise de algum auxílio, não hesite em procurar ajuda. Estarei sempre disponível para ajudá-lo(a),
combinado? Então, vamos estudar!
Antes disso, quero fazer um pedido: avalie o nosso curso, no ambiente do aluno. Seu fee-
dback é muito importante para nós, pois o objetivo do nosso trabalho é entregar o melhor con-
teúdo, com a didática que você considerar mais adequada. Ajude-nos a melhorar.
Então, vamos seguir o nosso plano de estudos, porque, assim, estaremos cada vez mais
próximos da nossa aprovação.
Como de praxe, primeiro, vamos abordar a parte teórica, depois, resolver as questões.
Abs.
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total
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Receitas e Despesas Públicas
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RECEITAS E DESPESAS
De acordo com a Estrutura Conceitual, as receitas correspondem a aumentos na situação
líquida patrimonial da entidade e não são oriundas de contribuições dos proprietários. Por sua
vez, as despesas representam diminuições na situação líquida patrimonial da entidade e não
são oriundas de distribuição aos proprietários.
É importante frisar que existem diferenças nas abordagens utilizadas pelo MCASP e pelas
normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, portanto devemos ficar atentos
às peculiaridades. Vejamos:
Posso, sim. Na verdade, é o próprio MCASP que conceitua esses termos, veja só:
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Detalhe pequeno! O confronto das VPAs e VPDs vai apresentar o resultado patrimonial do
exercício financeiro, normalmente, um ano. Lembrando que as entidades do setor público – em
sua maioria não tem como proposta a geração de lucro. Sua existência está vinculada à pres-
tação de serviços públicos, contudo, esse fator não torna irrelevante o resultado patrimonial
do exercício. Isso porque a continuidade da entidade do setor pública está relacionada à sua
saúde financeira e patrimonial.
DICA
O principal objetivo da maioria das entidades do setor público
é a prestação de serviços e seu desempenho é medido por
esse critério, mas isso não afasta a análise do desempenho
econômico, embora não seja o foco principal.
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Letra d.
Regime Orçamentário
O regime para reconhecimento das receitas e das despesas orçamentárias, adotado no
Brasil, para a CASP, é o regime misto; por meio dele, adota-se o regime de caixa e o regime
de competência.
A adoção do regime misto decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n.
4.320/64, em seu art. 35, in verbis:
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Esquematizando:
Muitos estudiosos afirmam que a Lei n. 4.320/1964 adotou um perfil conservador quando
estabeleceu o reconhecimento da receita pelo regime de caixa, e da despesa, pelo regime de
competência.
Diferenciar o regime orçamentário por meio do qual receitas e despesas são tratadas pode ser útil
para melhor evidenciar a situação fiscal do governo. Nesse sentido, adota-se, no Brasil, o regime
orçamentário misto: para a receita, adota-se o regime de caixa e, para a despesa, o regime de com-
petência (CESPE, TRT 10ª Região, 2013).
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No que diz respeito à despesa orçamentária, a legislação adotou uma postura conservado-
ra também. Isso porque determinou que o seu reconhecimento se dá pelos valores legalmente
empenhados, independentemente do seu pagamento, ainda que os seus serviços e os bens
solicitados não tenham sido recebidos pela Administração Pública.
Sabe por quê? Porque o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento pendente, ou não, de implemento de condição. Portanto,
quando um agente público realiza um empenho, ele afirma que aquele valor possui dotação or-
çamentária prevista para o seu pagamento. É como se fizéssemos um compromisso com um
fornecedor e déssemos a ele um cheque (empenho) sabendo que em nossa conta há dinheiro
suficiente (dotação orçamentária) para o desconto desse cheque.
Sendo assim, o regime orçamentário tem esse enfoque ora voltado para o reconhecimen-
to pelo regime de caixa, ora voltado para o reconhecimento pelo regime de competência. No
Brasil, A Contabilidade Aplicada ao Setor Público perdurou, por longos anos, sob forte conota-
ção dos conceitos orçamentários, mas isso vem mudando sistematicamente. Embora não se
tenha deixado de lado a contabilidade realizada sob o enfoque orçamentário, adicionou-se o
enfoque patrimonial. É sobre isso que falaremos agora, parceiro(a).
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A ótica implementada pela Lei n. 4.320/1964 não é suficiente para a correta mensuração, avaliação
e registro dos fatos contábeis do setor público. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assim
como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios de contabilidade. Dessa for-
ma, aplica-se o regime da competência em sua integralidade, ou seja, os efeitos das transações e
outros eventos sobre o patrimônio são reconhecidos quando ocorrem, independentemente de rece-
bimento ou pagamento. Nessa lógica, também não há exigência de que as despesas orçamentárias
sejam empenhadas ou que as receitas orçamentárias sejam efetivamente arrecadadas para que
haja o devido reconhecimento sob o ponto de vista patrimonial.
Vale ressaltar que o artigo 89 da Lei federal n. 4.320/1964 afirma que a contabilidade evi-
denciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. O
atendimento, portanto, dos preceitos patrimoniais é aspecto legal também. O MCASP reforça
o entendimento ao afirmar que:
[...] além do registro dos fatos ligados à execução orçamentária, exige-se que sejam evidenciados os
fatos ligados à execução financeira e patrimonial, bem como à apuração de custos, exigindo que os
fatos modificativos sejam levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam
o conhecimento da composição patrimonial, dos custos envolvidos e dos resultados econômicos e
financeiros de determinado exercício.
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Não, de jeito nenhum. Agora, a contabilidade tem uma dupla abordagem: atende aos pre-
ceitos orçamentários, porque são determinações legais e normativas, mas também cumpre o
seu objeto, que é o patrimônio. Trata-se, assim, do que se convencionou chamar de relaciona-
mento do regime orçamentário com o regime contábil.
Essa visão voltada ao regime contábil não é uma determinação nova, já que está prevista
na Lei federal n. 4.320/1964. Perceba:
Título IX
Da Contabilidade [...]
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento
da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos
dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resul-
tados econômicos e financeiros.
[...]
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, pa-
trimonial e industrial. [...]
Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução
orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insub-
sistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.
[...]
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas
no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado
patrimonial do exercício.
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EXEMPLO
A legislação que regulamenta o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
estabelece, de modo geral, que o fato gerador desse tributo ocorrerá no dia 1º de janeiro de
cada ano. Nesse momento, os registros contábeis, sob a ótica do Plano de Contas Aplicado ao
Setor Público, são os seguintes:
Lançamento no momento do fato gerador (dia 1º de janeiro):
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Esse registro provoca tanto o aumento do ativo quanto do resultado do exercício, atendendo ao
disposto nos arts. 100 e 104 da Lei n. 4.320/1964.
Na arrecadação, registra-se a receita orçamentária e procede-se à baixa do ativo registrado:
Regime Patrimonial
No processo de convergência das normas brasileiras de contabilidade às normas interna-
cionais, a CASP passou a adotar reconhecimento contábil das receitas e das despesas pelo
regime de competência. Esse é um posicionamento defendido pela melhor doutrina.
Além da doutrina, contudo, contamos agora com as normas brasileiras de contabilidade,
que priorizam o regime de competência para elaboração e divulgação das demonstrações
contábeis. Como exemplo, temos a NBC TSP 11, que estabelece o seguinte, ao definir o seu
alcance: “Esta norma deve ser aplicada em todas as demonstrações contábeis elaboradas e
apresentadas de acordo com o regime de competência e com as NBCs TSP”.
A receita e a despesa contábeis decorrem de fatos modificativos aumentativos e diminu-
tivos, respectivamente. Seus efeitos, portanto, devem ser reconhecidos no patrimônio quando
da alteração da respectiva situação patrimonial. Tal reconhecimento deve ocorrer independen-
temente de haver ou não autorização orçamentária. Esse é o exato enfoque dado pelo regime
patrimonial e festejado pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
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Embora estejamos passando por todas essas mudanças, de adoção de uma contabilidade
patrimonial adicionada à contabilidade orçamentária, a Estrutura Conceitual não deixa de des-
tacar, em seu item 8 e 9, o funcionamento e a importância do orçamento público, pois:
O governo e outras entidades do setor público elaboram orçamentos. No Brasil, a Constituição exige
a elaboração do orçamento anual, a sua aprovação pelo poder Legislativo e a sua disponibilização à
sociedade. A legislação brasileira define o que a peça orçamentária deve conter. A sociedade fiscali-
za a gestão das entidades públicas diretamente, respaldada pela Constituição, ou indiretamente, por
meio de representantes. O orçamento aprovado é utilizado como base para a definição dos níveis de
tributação e de outras receitas, compondo o processo de obtenção de autorização legislativa para
a realização do gasto público.
Devido à importância do orçamento público aprovado, as informações que possibilitam aos usu-
ários compararem a execução orçamentária com o orçamento previsto facilitam a análise quanto
ao desempenho das entidades do setor público. Tais informações instrumentalizam a prestação
de contas e a responsabilização (accountability) e fornecem subsídios para o processo decisório
relativo aos orçamentos dos exercícios subsequentes. A elaboração de demonstrativo que apresen-
ta e compara a execução do orçamento com o orçamento previsto é o mecanismo normalmente
utilizado para demonstrar a conformidade com os requisitos legais relativos às finanças públicas.
Por fim, temos o detalhe de que a variação patrimonial diminutiva (VPD) poderá ser reco-
nhecida antes, durante e após a liquidação da despesa pública.
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Receitas e Despesas Públicas
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EXEMPLO
A VPD é reconhecida antes da liquidação da despesa nos casos do décimo terceiro salá-
rio (13º). Em geral, o empenho, a liquidação e o pagamento do 13º ocorrem em novembro e
dezembro do ano corrente, mas dos serviços de contabilidade reconhecem a variação patrimo-
nial diminutiva (VPD) pelo regime de competência, portanto, mensalmente.
A VPD poderá ser reconhecida de maneira simultânea à liquidação da despesa, como no rece-
bimento de nota fiscal de serviços prestados por uma contratada. Nesse caso, o reconheci-
mento contábil da VPD já ocorre no momento da liquidação.
Por outro lado, a VPD poderá ser reconhecida após a liquidação da despesa. Nesse caso, o
fato gerador da obrigação exigível ocorreu antes ou foi concomitante à liquidação, e a VPD
vem depois. Um exemplo desse evento é a aquisição de material de consumo para o almoxa-
rifado: a VPD é reconhecida quando do uso, portanto, posteriormente.
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Receitas e Despesas Públicas
Rodrigo Machado
A legislação de determinado ente federado regulamentou que o fato gerador do Imposto sobre
Propriedade Predial e Territorial (IPTU) ocorrerá no dia 1º de janeiro de cada ano, mas a sua
arrecadação efetiva só acontecerá entre os meses de março e agosto desses mesmos anos.
Considerando a situação hipotética precedente e o tratamento contábil aplicável a impostos e
contribuições, julgue os próximos itens.
Receitas e Despesas
Receitas Orçamentárias
No que diz respeito às receitas orçamentárias, temos conceitos importantes para os nos-
sos estudos nos artigos 3º, 57 e 35 da Lei federal n. 4.320/1964. Veja bem o que afirmam
esses artigos:
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Receitas e Despesas Públicas
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EXEMPLO
São exemplos de receitas orçamentárias efetivas as doações recebidas pelas entidades do
setor público.
EXEMPLO
O exemplo clássico das receitas orçamentárias não efetivas são as operações de crédito.
DICA
Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos
cofres do Estado denominam-se receitas públicas, registradas
como receitas orçamentárias, quando representam disponi-
bilidades de recursos financeiros para o erário, ou ingressos
extraorçamentários, quando representam apenas entradas
compensatórias.
Professor, já li que existe uma diferença entre ingressos e receitas. Como isso acontece,
na prática?
De modo amplo, todos os recursos que entram no caixa das entidades do setor público são
tratados como receitas públicas. Se essas receitas representarem disponibilidades de recur-
sos, serão tratadas como orçamentárias. Por outro lado, se as receitas representarem apenas
entradas compensatórias, serão tratadas como ingressos extraorçamentários.
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DICA
As transações em caráter compensatório devem ser conside-
radas como variações patrimoniais.
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O primeiro item está corrente, porque as receitas serão tratadas como orçamentárias e ex-
traorçamentárias quando o critério de classificação for a previsão ou não desses itens na lei
orçamentária. As receitas previstas no orçamento serão tratadas como orçamentárias, mas
cuidado, esse não é um critério absoluto, pois poderemos contar com receitas orçamentárias
que não estejam presentes na lei do orçamento. É o caso, por exemplo, de doações em espé-
cie que sejam recebidas pela entidade do setor público. Embora não previstas no LOA, esses
valores integram o caixa (ativo) sem quaisquer correspondências no passivo, portanto, estarão
disponíveis para o financiamento de políticas públicas. Por essa razão serão tratadas como
orçamentárias, mesmo não estando previstas na LOA.
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As receitas orçamentárias são consideradas quando a entidade do setor público realiza a fi-
xação das suas despesas, porque sem fonte de recursos não é possível a apresentação das
despesas fixadas. Em outras palavras, a entidade do setor público somente poderá fixar des-
pesas de 10 milhões se o orçamento contar com receitas fixadas com esse mesmo montante.
As receitas extraorçamentárias não constarão no orçamento e há ainda outros detalhes, pois
seu ingresso gera correspondência no passivo, caracterizando assim um fato contábil permu-
tativo (aumento de ativo e passivo simultâneos). Na sua prova elas também podem ser cha-
madas de ingressos extraorçamentários. Por essa razão diz que essas receitas dispensam a
autorização legislativa/orçamentária.
Letra b.
PEGADINHA DA BANCA
Note que essa questão apresenta uma pegadinha: quando o enunciado fala em “operações
compensatórias”, logo nos conduz a pensar na inexistência de variação da situação líquida. O
Cespe sabe que nos leva a pensar assim e tira proveito disso, é um danado! E depois a gente
chora no banho.
Veja bem, constitui um exemplo de operação compensatória quando a Entidade do Setor Pú-
blico (ESP) recebe recursos financeiros de garantias. Nesse caso, deverão ser realizados dois
registros contábeis:
D − Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados (ativo)
C − Valores restituíveis (passivo)
Nós tivemos variação patrimonial? Sim! Tivemos, sim. Aumentou o ativo, aumentou o passivo.
É um fato contábil permutativo.
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Receitas e Despesas Públicas
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Porque esses níveis servem para constituir indicadores, estatísticas etc. Caso o ente faça alte-
ração antes do indicador de resultado primário, isso vai gerar impacto negativo nesses índices.
As classificações da receita orçamentária são muitas e, doutrinariamente, ainda temos as re-
ceitas derivadas e originárias.
As receitas orçamentárias derivadas são aquelas que têm origem no poder coercitivo do Esta-
do, por sua soberania, portanto são derivadas da lei.
As receitas originárias, por sua vez, são arrecadas por meio de uma atividade econômica das
Entidades do Setor Público, tal como as rendas do patrimônio imobiliário e mobiliário, os pre-
ços públicos, a prestação de serviços, a vendas de produtos industrializados etc.
Professor, essa separação entre receitas originárias e derivadas está formalizada? Quem
a formalizou?
A classificação de receitas derivadas e originárias é algo acadêmico e não foi formalizado por
portarias.
Em tempo, no âmbito da União, os órgãos responsáveis por formalizar as classificações das
receitas são a Secretaria do Orçamento Federal (SOF) e o Ministério do Planejamento e Orça-
mento (MPOG). Essas duas entidades emitem portarias conjuntas.
Letra e.
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O § 1º do art. 8º da Lei n. 4.320/1964 define que os itens da discriminação da receita, mencionados
no art. 11 dessa lei, serão identificados por números de código decimal. Convencionou-se denomi-
nar este código de natureza de receita.
Em âmbito federal, a codificação da classificação por natureza da receita é normatizada por meio
de Portaria da SOF, órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Já para estados e
municípios, é feita por meio de Portaria Interministerial (SOF e STN).
Importante destacar que essa classificação é utilizada por todos os entes da Federação e visa iden-
tificar a origem do recurso segundo o fato gerador: acontecimento real que ocasionou o ingresso da
receita nos cofres públicos.
Assim, a natureza de receita é a menor célula de informação no contexto orçamentário para as
receitas públicas; por isso, contém todas as informações necessárias para as devidas alocações
orçamentárias. (grifo nosso)
A partir do exercício financeiro de 2016, foi instituída uma nova estrutura para a codificação
da natureza da despesa, a fim de otimizar a eficiência na extração de informações, dispensan-
do, assim, a necessidade de realizar concatenamentos paralelos. Essa alteração, elaborada
em 2017, passou a ser válida para estados e municípios a partir do orçamento de 2018.
A referida alteração possibilitou associar de maneira imediata a receita principal com as
receitas dela originadas. Essa associação é realizada por meio de um código com 8 dígitos,
cuja composição é:
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Receitas e Despesas Públicas
Rodrigo Machado
Categoria Econômica
Ao trabalhar a classificação das receitas orçamentárias por categoria econômica, a Lei
federal n. 4.320/64 faz a divisão das receitas entre:
• corrente; e
• de capital.
Receitas Correntes
Receitas correntes orçamentárias são os recursos arrecadados dentro do exercício finan-
ceiro que aumentam as disponibilidades do Estado. Tais recursos constituem instrumentos
para financiar os objetivos definidos em programas e ações orçamentários, com vistas a satis-
fazer as necessidades previstas nas políticas públicas.
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Receitas e Despesas Públicas
Rodrigo Machado
Receita
Classificação Detalhamento
Corrente
São tributos cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de
Impostos
qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte.
Têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia ou a utilização, efetiva
Taxas ou potencial, de serviço público específico e
Tributária divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição.
Instituídas para fazer face ao custo de obras
públicas das quais decorra valorização
Contribuições de imobiliária, tendo como limite total a despesa
Melhoria realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.
São destinadas ao custeio da seguridade social,
de Contribuições Contribuições sociais que compreende a previdência social, a saúde e
a assistência social.
Provenientes da utilização, por terceiros, de
Imobiliárias
bens móveis pertencentes ao setor público.
Registram o valor da arrecadação de receitas
de Valores Mobiliários
decorrentes de valores mobiliários.
Demonstram o valor da arrecadação de
receitas originadas da concessão ou da
Patrimonial Concessões e permissão ao particular do direito de
Permissões exploração de serviços públicos, os quais estão
sujeitos ao controle, à fiscalização e à regulação
do poder público.
Registram o valor da arrecadação de outras
Outras Receitas
receitas patrimoniais não classificadas nos
Patrimoniais
itens anteriores.
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Receitas e Despesas Públicas
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Receita
Classificação Detalhamento
Corrente
Representa o valor das receitas decorrentes
de lavouras permanentes, temporárias e
espontâneas (ou nativas), silvicultura e
da Produção Vegetal
extração de produtos vegetais, venda de
sementes, mudas ou assemelhados, desde que
realizados diretamente pelo produtor.
Agropecuária Registra o valor das receitas de produção
Produção animal e animal e derivados, decorrentes de atividades
derivados de exploração econômica de pecuária, caça e
pesca e seus derivados (mel, leite, ovos etc.)
Detalham o valor da arrecadação com outras
Outras Receitas
receitas agropecuárias não classificadas nos
Agropecuárias
itens anteriores.
Indústria de Registra o valor de arrecadação das receitas de
Receita Industrial
Transformação atividades ligadas à indústria de transformação.
Representa o ingresso proveniente da
prestação de serviços de atividades comerciais,
financeiras, de transporte, de saúde, de
Receita de Serviços
comunicação e de armazenagem, serviços
científicos e tecnológicos de metrologia e
outros serviços.
Detalham o valor das receitas recebidas
Intergovernamentais através de transferências ocorridas entre
diferentes esferas de governo.
Englobam contribuições e doações a governos,
de Instituições Privadas
realizadas por instituições privadas.
Registram o valor das receitas recebidas
do Exterior
Transferências através de transferências do exterior.
Correntes
Registram o valor das receitas recebidas
de Pessoas através de contribuições e doações, realizadas
por pessoas físicas.
Registram o valor das receitas recebidas
através de transferências de convênios
de Convênios
firmados com ou sem contraprestação de
serviços.
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Receitas e Despesas Públicas
Rodrigo Machado
Receita
Classificação Detalhamento
Corrente
Registram o valor da receita arrecadada
Multas e juros de mora com penalidades pecuniárias decorrentes da
inobservância de normas.
Indenizações e Representam o valor da arrecadação da receita
restituições com indenizações e restituições.
Outras receitas
correntes Registram o valor de arrecadação da receita da
da Dívida Ativa dívida ativa constituída de créditos da fazenda
pública de natureza tributária e não tributária.
Registram o valor da arrecadação de receitas
Receitas diversas que não se identificam com as especificações
anteriores.
Impostos;
Integralização de capital social;
Contribuições de melhoria;
Operações de crédito;
Taxas;
Alienação de bens móveis;
Contribuições;
Resultado do Bacen.
Receitas de serviços.
Letra c.
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Receitas e Despesas Públicas
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Para resolver essa questão, devemos nos ater ao que determina o art. 52 da Lei n. 4.320/1964,
o qual afirma:
são objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determi-
nado em lei, regulamento ou contrato. (grifo nosso)
Logo, além dos impostos diretos, podemos ter uma receita percorrendo todos os estágios de
execução da receita pública, como é o caso de uma receita de aluguel – previsão em contrato.
Por esse motivo, o gabarito da questão é errado.
Errado.
Receitas de Capital
Receitas orçamentárias de capital são arrecadadas dentro do exercício financeiro e au-
mentam as disponibilidades de recursos das entidades do setor público. Tais receitas consti-
tuem instrumentos para viabilizar os objetivos definidos em programas e ações orçamentários,
com o propósito de satisfazer as necessidades das políticas públicas. Existe uma diferença
significativa em relação às receitas correntes, pois as de capital não provocam alterações no
patrimônio público. Em linguajar contábil, as receitas de capital são fatos permutativos, repre-
sentadas por movimentação simultânea do ativo e do passivo.
As receitas de capital são decorrentes de operações de crédito, alienação de bens, amor-
tização de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. Assim como
fizemos com as receitas correntes, vamos detalhar as receitas de capital:
Receita de
Classificação Detalhamento
Capital
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Receitas e Despesas Públicas
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Receita de
Classificação Detalhamento
Capital
Registra o valor da arrecadação da receita
Alienação de bens de alienação de bens móveis, tais como:
móveis títulos, mercadorias, bens inservíveis ou
desnecessários e outros.
Alienação de bens
Detalha o valor da arrecadação da receita de
Alienação de bens
alienação de bens imóveis, de propriedade do
imóveis
Estado.
Agora, vamos trabalhar com um mapa mental a respeito das categorias econômicas
das receitas:
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Receitas e Despesas Públicas
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EXEMPLO
Imagine que você tem $ 10 no bolso direito da sua calça jeans e que você é o ente governamen-
tal. Seu bolso direito é um órgão, e o seu bolso esquerdo é outro; ambos pertencem ao orçamen-
to fiscal e de seguridade social.
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Receitas e Despesas Públicas
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Agora, você resolve tirar os $ 10 do bolso direto e colocar no bolso esquerdo. Para o bolso direi-
to, ocorreu uma despesa intraorçamentária, enquanto, para o esquerdo, ocorreu uma receita
intraorçamentária. No final das contas, o que aconteceu com o seu saldo? Nada. Você continua
com $ 10... rsrsrs.
Uai, meu(minha) filho(a), se o negócio pode ser complexo, por que vamos simplificá-lo?
Enfim, falando sério, o MCASP justifica esse mecanismo da seguinte maneira:
Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de operações
intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria Interministerial STN/SOF n.
338/2006, incluiu as “Receitas Correntes Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamen-
tárias”, representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias econômicas. Es-
sas classificações, segundo disposto pela Portaria que as criou, não constituem novas categorias
econômicas de receita, mas apenas especificações das Categorias Econômicas “Receita Corrente”
e “Receita de Capital”. (grifo nosso)
No contexto da classificação das receitas, temos os conceitos que são aprofundados nos
estudos de Administração Financeira e Orçamentária (AFO), mas vamos dar uma pincelada por
aqui também. Nos dizeres do MCASP:
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Receitas e Despesas Públicas
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Despesa Orçamentária
O orçamento tem importância fundamental no âmbito do setor público, pois está atrelado
aos aspectos legais, já que é a lei orçamentária que fixa as despesas públicas que serão rea-
lizadas ao longo do exercício financeiro. Assim como as receitas, as despesas também são
classificadas em orçamentárias e extraorçamentárias.
A despesa será orçamentária quando for aprovada no orçamento – pela lei orçamentária –
por autorização legislativa e dotação própria. Quando um gasto público não está previsto na lei
orçamentária, ele é tratado como dispêndio extraorçamentário. O MCASP apresenta a seguinte
conceituação a esse respeito:
Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo
determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar, res-
gate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios.
As despesas públicas possuem uma classificação que está relacionada com o impacto
gerado por elas no patrimônio da entidade do setor público, por isso elas podem ser:
• efetivas; e
• não efetivas.
A despesa orçamentária efetiva é aquela que, no momento da sua realização, gera impacto
adverso na situação líquida da entidade do setor público, reduzindo-a. Por essa razão, a des-
pesa orçamentária efetiva gera um fato contábil modificativo.
Por sua vez, a despesa orçamentária não efetiva é aquela que, na sua realização, não gera
impactos na situação líquida da entidade do setor público, mantendo-a constante; é tratada
como fato contábil permutativo.
A despesa orçamentária poderá ser efetiva ou não. A maior parte das despesas orçamen-
tárias é efetiva, mas há exceções – por exemplo, a aquisição de materiais para estoque e o
suprimento de fundos, que são fatos contábeis permutativos. A despesa não efetiva normal-
mente é classificada como despesa de capital, mas também comporta exceções, como é o
caso das transferências de capital. Apesar de serem despesas de capital, são efetivas.
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No segundo estágio da despesa pública, quando houver a sua liquidação, a entidade do setor
público deverá reconhecer tal fato contabilmente. Para tanto, deve usar as classes 6 (controle
da execução do planejamento e orçamento) e 8 (controle de credores), com o seguinte registro:
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Vamos lá.
EXEMPLO
Um exemplo dessa situação é a aquisição de produtos para estoques: o material ficará arqui-
vado no almoxarifado até que seja retirado e consumido. O reconhecimento contábil da VPD,
portanto, ocorrerá de forma posterior ao reconhecimento da obrigação, por força do princípio
da competência. Veja:
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Receitas e Despesas Públicas
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d. No momento do pagamento
Natureza da informação: patrimonial
D. 2.1.3.x.xx.xx Fornecedores e Contas a Pagar no Curto Prazo (F)
C.1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa em Moeda Nacional (F)
Natureza da informação: orçamentária
D.6.2.2.1.3.03.xx Crédito Empenhado Liquidado a pagar
C.6.2.1.1.3.04.xx Crédito Empenhado Pago
Natureza da informação: controle
DDR Comprometida por Liquidação e Entradas
D.8.2.1.1.3.xx.xx
Compensatórias
C.8.2.1.1.4.xx.xx DDR Utilizada
Perceba que a obrigação foi reconhecida pela entidade do setor público no lançamento
contábil “b”, quando fez o registro credor na conta contábil Fornecedores, mas a variação patri-
monial diminutiva só veio a ocorrer no lançamento “e”, quando foi dada a baixa do material no
almoxarifado. Atenção a esses detalhes em sua prova, ok?
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Receitas e Despesas Públicas
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Muita atenção a este detalhe: as dotações orçamentárias são realizadas para as unidades,
pois são elas as responsáveis pela realização das ações.
Passo a visão!
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Receitas e Despesas Públicas
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EXEMPLO
Podemos citar como exemplo de órgão, no âmbito da União, o Ministério da Educação e as
unidades orçamentárias:
a. Universidade Federal de Ouro Preto;
b. Universidade Federal do Rio de Janeiro;
c. Universidade Federal do Rio Grande do Norte; e
d. Universidade Federal de Minas Gerais.
Cabe ressaltar que um órgão orçamentário ou uma unidade orçamentária não correspondem neces-
sariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais
e com as unidades orçamentárias “Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “En-
cargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública
Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”.
Classificação Funcional
A classificação funcional tem como propósito indicar à qual área da ação governamental a
dotação orçamentária está sendo direcionada. Segundo o MCASP:
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria n. 42/1999, do então Ministério do Orça-
mento e Gestão, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como
agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Tra-
ta-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação
nacional dos gastos do setor público.
DICA
A função é representada pelos dois primeiros dígitos da clas-
sificação funcional e pode ser traduzida como o maior nível de
agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A
função quase sempre se relaciona com a missão institucional
do órgão − por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa −,
que, na União, de modo geral, guarda relação com os respecti-
vos Ministérios.
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A função “encargos especiais” é aquela à qual não é possível associar um bem ou serviço que
será gerado no processo produtivo corrente. São enquadrados como encargos especiais: dívidas,
ressarcimentos, indenizações e afins, representando, assim, uma agregação neutra. Quando abor-
da a função “encargos sociais”, o MCASP faz um alerta:
A utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas. Nesse caso, na União, as
ações estarão associadas aos programas do tipo “Operações Especiais” que constarão apenas do orça-
mento, não integrando o PPA.
Misericórdia, professor, contabiliquês purinho, não é? Poderia clarear isso, por favor?
EXEMPLO
Função: educação. Subfunção: educação infantil.
Quando há a classificação funcional de um órgão, ela deve estar vinculada à sua missão institucio-
nal ou função típica. As subfunções, por sua vez, podem ser variadas e estarão relacionadas com
a especificidade de cada ação governamental.
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Operações
Atividade Projeto
Especiais
Instrumento de programação Despesas que não
Instrumento de programação utilizado
utilizado para alcançar o contribuem para
para alcançar o objetivo de um
objetivo de um programa, a manutenção,
programa, envolvendo um conjunto de
envolvendo um conjunto a expansão ou o
operações que se realizam de modo
de operações, limitadas no aperfeiçoamento das
contínuo e permanente, das quais
tempo, das quais resulta ações de governo,
resulta um produto ou um serviço
um produto que concorre das quais não
necessário à manutenção da ação
para a expansão ou o resulta um produto;
de governo. Exemplo: “Fiscalização
aperfeiçoamento da ação também não geram
e Monitoramento das Operadoras
de governo. Exemplo: contraprestação direta
de Planos e Seguros Privados de
“Implantação da rede nacional sob a forma de bens
Assistência à Saúde”.
de bancos de leite humano”. ou serviços.
Fonte: Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 8ª ed.
O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código es-
truturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento. Essa
estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo.
Os órgãos que definem a estrutura de natureza da despesa são a Secretaria do Tesouro Nacio-
nal (STN) e a Secretaria do Orçamento Federal, por meio da Portaria Interministerial n. 163/2001.
Seu art. 5º detalha que a estrutura será constituída pelo código “c.g.mm.ee.dd”. Esses códigos
são estudados na disciplina de Administração Financeira e Orçamentária (AFO), mas isso não nos
impede de incluir aqui um mapa mental a esse respeito:
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Existem enunciados do Cespe que dispensam quaisquer comentários adicionais, e esse é um deles.
As transferências de capital são valores que a entidade envia para outra entidade do setor público.
A entidade que recebe os recursos deve reconhecer uma receita de capital, e a aplicação ficará
limitada às despesas de capital, tais como investimentos e inversões financeiras.
Certo.
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Vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros presta-
dos sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material per-
manente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução
de seus fins.
A classificação funcional tem como propósito indicar à qual área da ação governamental a
dotação orçamentária está sendo direcionada. Segundo o MCASP:
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria n. 42/1999, do então Ministério do Orça-
mento e Gestão, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como
agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Tra-
ta-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação
nacional dos gastos do setor público.
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DICA
A função é representada pelos dois primeiros dígitos da clas-
sificação funcional e pode ser traduzida como o maior nível de
agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A
função quase sempre se relaciona com a missão institucional
do órgão − por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa −,
que, na União, de modo geral, guarda relação com os respecti-
vos Ministérios.
Existem despesas que são realizadas mesmo sem a emissão da NE. Esse procedimento é
justificado pelo MCASP, pois:
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No que se refere ao valor, caso a nota de empenho seja emitida em valor insuficiente para
atender à despesa, ela deverá ser reforçada. Isso significa dizer que haverá a emissão de uma
NE adicional, no valor necessário para o atendimento da despesa. Por outro lado, caso a NE te-
nha sido emitida com valor superior ao necessário para o atendimento da despesa, ela deverá
ser parcialmente anulada.
Os empenhos apresentam características peculiares e são emitidos considerando as
necessidades das entidades do setor público. O MCASP detalha os tipos de empenhos, da
seguinte maneira:
• Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente
determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;
• Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode
determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica,
aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e
• Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor de-
terminado, sujeitas a parcelamento, como os compromissos decorrentes de aluguéis.
Vale ressaltar que o plano de contas aplicado ao setor público criou a figura do empenho
em liquidação, que busca o registro contábil no patrimônio de acordo com a ocorrência do fato
gerador, e não do empenho.
“Peraí”, professor, por que criar um empenho em liquidação? Qual é a lógica disso?
Quando o fato gerador do passivo exigível ocorrer antes do empenho, ou entre o empenho e a li-
quidação, é necessário o registro de uma etapa intermediária entre o empenho e a liquidação, cha-
mada “empenho em liquidação”. Essa etapa é necessária para a diferenciação, ao longo e no final
do exercício, dos empenhos não liquidados e que constituíram, ou não, obrigação presente. Ainda,
tal registro é importante para que não haja duplicidade no passivo financeiro utilizado para fins de
cálculo do superavit financeiro. Como o passivo financeiro é apurado pela soma da conta “crédito
empenhado a liquidar” com as contas de passivo financeiro, ou seja, que representem obrigações in-
dependentes de autorização orçamentária para serem realizadas, haveria duplicidade nesse cálculo,
pois seu montante seria considerado tanto em “crédito empenhado a liquidar” quanto na obrigação
anteriormente contabilizada no passivo exigível.
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A FGV abordou nessa questão o segundo estágio de execução da despesa pública, que é a
liquidação. Segundo o art. 63, da Lei n. 4.320/1964, esse estágio tem como objetivo atestar:
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Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das
quer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos
três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo
e premissas utilizadas.
Para elaborar a previsão, são utilizados modelos matemáticos e estatísticos. Nesse sen-
tido, o MCASP detalha que:
o período seguinte, com o auxílio de modelos estatísticos e matemáticos. A busca deste modelo
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
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Sob o enfoque patrimonial, o MCASP afirma que será reconhecida, no lançamento, uma
variação patrimonial aumentativa, pois:
Uma vez ocorrido o fato gerador, procede-se ao registro contábil do crédito tributário em favor da
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores, por
Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei n. 4.320/1964, pertencem ao exercício financeiro as
receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das
receitas públicas.
Cumpre ainda observar que, sob o enfoque orçamentário, a receita será reconhecida no
momento da arrecadação.
Por fim, há o estágio da execução da despesa denominado recolhimento, que é a transfe-
rência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração
e pelo controle da arrecadação e da programação financeira, observando-se o princípio da
unidade de tesouraria ou de caixa. Esse procedimento é realizado em observância ao art. 56
da Lei n. 4.320/1964:
Os estágios de execução são etapas que as receitas e as despesas percorrem até que se-
jam efetivamente realizadas. Eles são divididos em:
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EXEMPLO
Existem receitas orçamentárias que não passam pelo estágio previsão, como é o caso da
doação recebida.
Temos, portanto, gabarito incorreto.
Errado.
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Dívida Ativa
A dívida ativa é um direito das entidades do setor público, portanto deve ser registrada no
ativo dessas entidades. Ela pode ser tributária ou não tributária, sendo assim decorrente de
obrigação legal ou de acordo entre as partes e constituída por valores não recebidos no prazo
determinado. A dívida ativa é inscrita pelos órgãos competentes após verificada sua regular
liquidez e certeza.
Não, pelo contrário: a dívida pública refere-se aos valores que o Estado tem a pagar, são
obrigações; a dívida ativa, por sua vez, diz respeito aos valores que o Estado tem a receber,
é um ativo.
No âmbito legal, a dívida ativa possui previsão na Lei federal n. 4.320/1964, quando
esta determina que:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. (Re-
dação dada pelo Decreto-Lei n. 1.735/1979).
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Receitas e Despesas Públicas
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§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão
inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a
sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. (Parágrafo incluído pelo
Decreto-Lei n. 1.735/1979).
§ 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obri-
gação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são
os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios,
contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias,
foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados
por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira,
de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obri-
gações legais. (Incluído pelo Decreto-Lei n. 1.735, de 20.12.1979)
§ 3º O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspon-
dente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intima-
ção do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa,
incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com precei-
tos legais pertinentes aos débitos tributários. (Parágrafo incluído pelo Decreto-Lei n. 1.735/1979).
§ 4º A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem
como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao
encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-Lei n. 1.025/1969 e o art. 3º do Decreto-Lei n. 1.645/1978.
(Parágrafo incluído pelo Decreto-Lei n. 1.735/1979).
§ 5º A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. (Parágra-
fo incluído pelo Decreto-Lei n. 1.735/1979).
Em certa medida, o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) simplifica os con-
ceitos previstos na Lei n. 4.320/1964 e detalha a dívida ativa de acordo com a sua respectiva
origem, da seguinte forma:
A dívida ativa deve passar tanto por um processo de gestão administrativa quanto judicial.
No governo federal, é a Advocacia-Geral da União que assume a competência pela dívida ativa.
Por força do art. 131, § 3º, da CR/88, e do art. 12, da LC n. 73/1993, a Procuradoria-Geral da
União fica encarregada da dívida ativa tributária. Por sua vez, as dívidas ativas de fundações e
autarquias federais são geridas pela Procuradoria-Geral Federal, competência prevista no art.
17 da LC n. 73/1993. Para a gestão administrativa e judicial de suas dívidas ativas, os demais
entes governamentais atribuem competências aos seus respectivos órgãos e entidades.
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Contabilização
Após verificado pelas entidades do setor público que os créditos recebíveis não foram pa-
gos em seus respectivos vencimentos, elas devem encaminhar tais créditos para as entidades
responsáveis pela gestão administrativa e judicial, a fim que procedam à inscrição do crédito
em dívida ativa. Em um mapeamento simplificado do processo de transferência e inscrição
dos créditos em dívida ativa, teremos:
Uma vez verificado que o crédito recebível não foi pago, o órgão de origem, observando os
procedimentos e prazos previstos, deverá transferir o crédito para o órgão responsável pela
inscrição em dívida ativa. Essa transferência de créditos representa um fato contábil permuta-
tivo, portanto não altera a situação patrimonial do ente como um todo.
O órgão de origem deve dar baixa no crédito a receber (creditando seu Ativo) e, em contra-
partida, reconhecer uma variação patrimonial diminutiva (VPD). O órgão ou a entidade respon-
sável pela inscrição do crédito em dívida ativa deverá reconhecer o valor a receber como dívida
ativa e, em contrapartida, uma variação patrimonial aumentativa (VPA).
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Professor, o que são esses ajustes para perdas? São como as Perdas Estimadas com
Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD), que estudamos na contabilidade societária?
Ihhhh, professor, agora complicou um pouco. Por qual razão o órgão de origem vai reco-
nhecer uma VPA? E o órgão responsável pela inscrição da dívida ativa, reconhecer uma
VPD?
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Inscrição
Ao tratar da inscrição da dívida ativa, o MCASP apresenta duas formas de registro, caben-
do à entidade do setor público decidir pela contabilização, de acordo com o nível de controle
que deseja adotar. O manual adota essa postura, pois considera fatores, como estrutura física,
de pessoal, de sistema etc., de cada entidade do setor público.
Sendo assim, caso a entidade disponha de condições para realizar um controle mais ro-
busto, optará pelos registros contábeis com as classes patrimoniais e de controle: utilizam-se,
então, contas de controle para acompanhar todo o processo de inscrição do crédito em dívida
ativa, desde o inadimplemento até a efetiva inscrição, em um processo que requer maior inte-
gração entre as diversas etapas e unidades envolvidas.
Caso contrário, serão feitos registros contábeis considerando somente as contas patri-
moniais, de modo que haverá registro contábil apenas no momento da efetiva inscrição dos
valores em dívida ativa, o que dispensará, assim, o uso de contas de controle. Esse procedi-
mento deve ser utilizado quando houver dificuldade de integração entre as diversas unidades
participantes do processo.
Posteriormente ao registro, o crédito vencido e não pago deve ser transferido para o órgão
ou para a entidade responsável pela sua inscrição e gestão administrativa e judicial, por meio
dos seguintes registros, os quais devem ser realizados de forma simultânea, tanto no órgão de
origem quanto no órgão de destino:
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Recebidos os créditos para inscrição em dívida ativa, pelo órgão ou pela entidade respon-
sável, deverá ser feita a análise de atendimento dos critérios de certeza e liquidez. O resultado
dessa análise pode ser a inscrição em dívida ativa ou a sua rejeição. Caso a inscrição em dívida
ativa seja rejeitada, o crédito deverá ser devolvido ao órgão de origem, que aguardará os proce-
dimentos necessários para o total atendimento dos critérios com vistas à inscrição.
Pois bem, contornados os entraves para a inscrição do crédito em dívida ativa, o processo
deverá ser reiniciado, e os registros contábeis, realizados pelos órgãos ou entidades de origem
e responsáveis pela inscrição. Nesse momento também deverão ser transferidos os saldos de
ajustes de perdas estimadas; assim, haverá registros contábeis de natureza patrimonial e de
controle, nos seguintes termos:
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No órgão de origem
Natureza da informação: patrimonial
Uma vez realizados os registros contábeis no órgão de origem, estes também deverão ser
realizados no órgão ou na entidade competente para a inscrição. Tais registros deverão ser
feitos da seguinte forma:
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d3. Baixa dos créditos a inscrever em Dívida Ativa pela efetiva inscrição
No órgão ou entidade responsável pela inscrição
Natureza da informação: controle
D.8.3.2.1.x.xx.xx Créditos a Inscrever em Dívida Ativa
C.8.3.2.3.x.xx.xx Créditos Inscritos em Dívida Ativa a Receber
Em relação às contas de controle, elas devem ter os seus saldos encerrados ao final do exer-
cício social, exceto aqueles que possuírem pendências de execução. O objetivo de zerar anual-
mente os saldos das contas de controle é evitar o acúmulo de saldos de exercícios anteriores.
Professor, a dívida ativa ocorre quando um contribuinte fica devendo imposto para o Estado?
Também, mas não apenas isso. A dívida ativa se divide em tributária e não tributária. Tribu-
tária é aquela que decorre do poder maior do Estado em cobrar impostos de seus contribuin-
tes. Nessa situação, o Estado assume a figura de sujeito ativo da relação tributária, e o contri-
buinte, a de sujeito passivo. Quando o sujeito passivo não paga os valores devidos, inicia-se
a dívida ativa tributária. A não tributária é a dívida que não decorre do poder de cobrança de
impostos pelo Estado.
EXEMPLO
Imagine que você possui uma empresa de logística que faz transporte marítimo. Para desem-
barcar sua carga nos portos, é necessário pagar uma taxa, que pode ser calculada em razão
do volume pesado, de acordo com a quantidade desembarcada. Esse porto é administrado por
uma autarquia estadual, portanto, pelo Estado. A taxa cobrada pela autarquia constitui uma
receita para o Estado, embora não seja tributária, já que ela decorre da atividade empreende-
dora estadual.
Agora, imagine que na data de vencimento sua empresa não pagou o valor devido: haverá
cobrança administrativa, mantida pela própria autarquia; não sendo recebido, o valor será ins-
crito em dívida ativa. Nesse caso, a cobrança passará a ser realizada, inclusive, por órgão de
advocacia do Estado. A inscrição como dívida ativa também tem como propósito o controle,
pois impedirá que o inadimplente atraque novamente no porto. Portanto:
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No que concerne à dívida ativa tributária, é importante destacar que o Código Tributário
Nacional destinou um capítulo específico para o assunto. Em seu capítulo II – Dívida Ativa, a
Lei federal n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, afirma que:
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente ins-
crita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do
crédito.
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará
obrigatoriamente:
I − o nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsáveis, bem como, sempre que possível, o
domicílio ou a residência de um e de outros;
II − a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III − a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja
fundado;
IV − a data em que foi inscrita;
V − sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha
da inscrição.
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo,
são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade
poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, de-
volvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar
sobre a parte modificada.
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de
prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequí-
voca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. (grifo nosso)
Existem, portanto, formalidades relevantes que devem ser observadas na inscrição da dí-
vida ativa:
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Temos aqui as informações que devem constar na identificação da inscrição da dívida ati-
va, segundo a Lei n. 5.172/1966.
Baixa
A baixa da dívida ativa poderá ser realizada pelo recebimento em espécie, bens e direitos;
pelo abatimento ou pela anistia; pelo cancelamento administrativo ou judicial da inscrição; ou
pela compensação de créditos contra a Fazenda Pública.
Sob a ótica orçamentária, o recebimento da dívida ativa corresponde a uma receita orça-
mentária; de forma simultânea à baixa do valor inscrito no ativo, haverá o reconhecimento con-
tábil do ingresso de recursos em caixa ou equivalentes. O recebimento da dívida ativa não vai
gerar o reconhecimento contábil de uma VPA, pois esse reconhecimento foi realizado quando
da ocorrência do fato gerador que deu origem ao registro do direito perante o sujeito passivo
da obrigação.
Quando houver o recebimento dos valores inscritos em dívida ativa, os registros contábeis serão:
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EXEMPLO
Para exemplificar, para o contribuinte que possui veículos automotores, seria no momento do
fato gerador do IPVA.
Certo.
A inscrição de crédito em dívida ativa configura fato contábil permutativo, pois não afeta a si-
tuação líquida da entidade do setor público. A contabilização da inscrição do crédito da dívida
ativa ocorrerá da seguinte maneira:
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Ao contrário do que afirma a questão, os créditos da dívida ativa devem contar com os seus
respectivos reconhecimentos de ajustes para perdas, pois há um propósito contábil para tal
fato: permitir que os créditos recebíveis gerem impactos contábeis o mais próximo possível de
sua realidade econômica e patrimonial.
Além disso, o reconhecimento contábil dos ajustes para perdas atende aos princípios da con-
tabilidade, em especial, o da prudência. Cabe detalhar que, quando o órgão de origem trans-
fere os ajustes para perdas, deve reconhecer como contrapartida uma variação patrimonial
aumentativa (VPA); o órgão responsável pela inscrição, por sua vez, deve reconhecer, além dos
ajustes para perdas, uma variação patrimonial diminutiva (VPD).
Letra b.
A primeira informação que deve ser destacada é a de que dívida ativa é diferente de dívida
pública, portanto:
Se as entidades do setor público possuem um direito, perante terceiros, que não foi pago/sal-
dado na data do seu vencimento, o crédito será então encaminhado para inscrição como dívida
ativa, por constituir crédito a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas,
por não ter sido efetivamente recebido nas datas aprazadas.
Letra d.
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RESUMO
As despesas públicas possuem uma classificação relacionada com o impacto que elas
geram no patrimônio da entidade do setor público, por isso elas poderão ser:
• efetivas; e
• não efetivas.
A despesa orçamentária efetiva é aquela que, no momento de sua realização, gera impacto
adverso na situação líquida da entidade do setor público, reduzindo-a. Por essa razão, a des-
pesa orçamentária efetiva gera um fato contábil modificativo.
A despesa orçamentária não efetiva, por sua vez, é aquela que, na sua realização, não gera
impactos na situação líquida da entidade do setor público, mantendo-a constante; é tratada
como fato contábil permutativo.
Há três momentos em que a VPD poderá ser reconhecida: antes, durante ou depois do fato
gerador. Vamos revisar os conceitos e os momentos:
• a VPD é reconhecida antes da liquidação da despesa nos casos do décimo terceiro sa-
lário (13º). Em geral, o empenho, a liquidação e o pagamento do 13º ocorrem em novem-
bro e dezembro do ano corrente, mas os serviços de contabilidade reconhecem a varia-
ção patrimonial diminutiva (VPD) pelo regime de competência, portanto, mensalmente.
• a VPD poderá ser reconhecida de maneira simultânea à liquidação da despesa e de seu
fato gerador, como no recebimento de nota fiscal de serviços prestados por uma con-
tratada. Nesse caso, no momento da liquidação já ocorre o reconhecimento contábil da
VPD.
• por outro lado, a VPD poderá ser reconhecida após a liquidação da despesa. Nesse caso,
o fato gerador da obrigação exigível já ocorreu antes ou foi concomitante à liquidação, e
a VPD vem depois. Exemplo desse evento é a aquisição de material de consumo para o
almoxarifado. A VPD é reconhecida quando do uso, portanto, posteriormente.
Despesas de exercícios anteriores são aquelas que se caracterizam por contar com os
seus fatos geradores ocorridos em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o seu
pagamento. Sobre as DEA, o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964 especifica que:
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O empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação
de pagamento pendente, ou não, de implemente de condição. Portanto, quando um agente
público realiza um empenho, ele afirma que aquele valor possui dotação orçamentária prevista
para o seu pagamento. É como se fizéssemos um compromisso com um fornecedor e désse-
mos a ele um cheque (empenho) sabendo que em nossa conta há dinheiro suficiente (dotação
orçamentária) para o desconto desse cheque.
A principal característica das receitas extraorçamentárias é elas representam recursos de
natureza transitória: são entradas compensatórias no ativo e no passivo, e o Estado age como
mero depositário. Guarde esses detalhes.
Receitas Correntes
Receita
Classificação Detalhamento
Corrente
São os tributos cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de
Impostos
qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte.
Têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia ou a utilização, efetiva
Taxas ou potencial, de serviço público específico e
Tributária divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição.
Instituídas para fazer face ao custo de obras
públicas das quais decorra valorização
Contribuições de imobiliária, tendo como limite total a despesa
Melhoria realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.
São destinadas ao custeio da seguridade social,
de Contribuições Contribuições sociais que compreende a previdência social, a saúde e
a assistência social.
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Receita
Classificação Detalhamento
Corrente
Provenientes da utilização, por terceiros, de
Imobiliárias
bens móveis pertencentes ao setor público.
Registram o valor da arrecadação de receitas
de Valores Mobiliários
decorrentes de valores mobiliários.
Demonstram o valor da arrecadação de
receitas originadas da concessão ou da
Patrimonial Concessões e permissão ao particular do direito de
Permissões exploração de serviços públicos, os quais estão
sujeitos ao controle, à fiscalização e à regulação
do poder público.
Registram o valor da arrecadação com outras
Outras Receitas
receitas patrimoniais não classificadas nos
Patrimoniais
itens anteriores.
Representa o valor das receitas decorrentes
de lavouras permanentes, temporárias e
espontâneas (ou nativas), silvicultura e
da Produção Vegetal
extração de produtos vegetais, venda de
sementes, mudas ou assemelhados, desde que
realizados diretamente pelo produtor.
Agropecuária Registra o valor das receitas de produção
Produção animal e animal e derivados, decorrentes de atividades
derivados de exploração econômica de pecuária, caça e
pesca e seus derivados (mel, leite, ovos etc.)
Detalham o valor da arrecadação de outras
Outras Receitas
receitas agropecuárias não classificadas nos
Agropecuárias
itens anteriores.
Indústria de Registra o valor de arrecadação das receitas de
Receita Industrial
Transformação atividades ligadas à indústria de transformação.
Representa o ingresso proveniente da
prestação de serviços de atividades comerciais,
financeiras, de transporte, de saúde, de
Receita de Serviços
comunicação e de armazenagem, serviços
científicos e tecnológicos de metrologia e
outros serviços.
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Receita
Classificação Detalhamento
Corrente
Detalham o valor das receitas recebidas
Intergovernamentais através de transferências ocorridas entre
diferentes esferas de governo.
Englobam contribuições e doações a governos
de Instituições Privadas
realizados por instituições privadas.
Registram o valor das receitas recebidas
do Exterior
Transferências através de transferências do exterior.
Correntes
Registram o valor das receitas recebidas
de Pessoas através de contribuições e doações, realizadas
por pessoas físicas.
Registram o valor das receitas recebidas
através de transferências de convênios
de Convênios
firmados com ou sem contraprestação de
serviços.
Registram o valor da receita arrecadada
Multas e juros de mora com penalidades pecuniárias decorrentes da
inobservância de normas.
Indenizações e Representam o valor da arrecadação da receita
restituições com indenizações e restituições.
Outras receitas
correntes Registra o valor de arrecadação da receita da
da Dívida Ativa dívida ativa constituída de créditos da fazenda
pública de natureza tributária e não tributária.
Registram o valor da arrecadação de receitas
Receitas diversas que não se identifiquem com as especificações
anteriores.
Receitas de Capital
Receita de
Classificação Detalhamento
Capital
Registram o valor da arrecadação decorrente
Operações de crédito
de empréstimos internos obtidos de entidades
internas
Operações de estatais ou particulares.
crédito Demonstram o valor da arrecadação da
Operações de crédito
receita decorrente de empréstimos obtidos de
externas
organizações sediadas no exterior.
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Rodrigo Machado
Receita de
Classificação Detalhamento
Capital
Registram o valor da arrecadação da receita
Alienação de bens de alienação de bens móveis, tais como:
móveis títulos, mercadorias, bens inservíveis ou
Alienação de bens desnecessários e outros.
Detalha o valor da arrecadação da receita de
Alienação de bens
alienação de bens imóveis, de propriedade do
imóveis
Estado.
Representa o ingresso proveniente da
amortização, ou seja, parcela referente ao
Amortização de empréstimos recebimento de parcelas de empréstimos
ou financiamentos concedidos em títulos ou
contratos.
Registram o valor das receitas recebidas
Transferências
através de transferências ocorridas entre
Intergovernamentais
diferentes esferas de governo.
Transferências do São receitas oriundas de transferências
Exterior recebidas do exterior.
Transferências de
Representam o valor dos recursos oriundos
Capital
de convênios firmados, com ou sem
contraprestação de serviços, por entidades
Transferências de
públicas de qualquer espécie, ou entre estas e
convênios
organizações particulares, para a realização de
objetivos de interesse comum dos partícipes,
destinados a custear despesas de capital.
Demonstram o valor da arrecadação de
outras receitas, de natureza eventual, não
Outras receitas de
Outras receitas contempladas no plano de contas. Neste título
capital
são classificadas as receitas de capital que não
atendam às especificações anteriores.
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MAPAS MENTAIS
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO-ÁREA ADMI-
NISTRATIVA/2020) Quanto ao impacto que exercem sobre o patrimônio do ente público, a
despesa orçamentária efetiva e a despesa orçamentária não efetiva constituem fatos contá-
beis, respectivamente:
a) modificativo diminutivo e modificativo aumentativo.
b) modificativo aumentativo e permutativo.
c) modificativo aumentativo e modificativo diminutivo.
d) modificativo diminutivo e permutativo.
e) permutativo e modificativo diminutivo.
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O exercício foi aprovado de acordo com as normas vigentes e, durante o exercício, as despesas
orçamentárias realizadas já possuíam alguma dotação na LOA. A única fonte utilizada para
abertura de créditos adicionais foi o excesso de arrecadação.
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Rodrigo Machado
c) Em 5/12/20X7, caso seja enviada a nota fiscal referente ao mês de novembro de 20X7,
podem ser feitos o empenho, a liquidação e o pagamento, a título de despesas de exercícios
anteriores.
d) Em 5/11/20X7, devem ser feitos o empenho e a liquidação referentes ao mês de novembro,
registrando-se a despesa do exercício, enquanto o pagamento deve aguardar apenas o envio
da nota fiscal.
e) Em 5/3/20X8, pode ser feito o pagamento referente a quatro meses, se houver o ateste das
notas fiscais de novembro e dezembro de 20X7, a título de despesas de exercícios anteriores,
e de janeiro e fevereiro de 20X8, a título de despesas do exercício.
A tabela a seguir mostra a movimentação hipotética da União, em R$ milhões, no exercício de
20X9; o mobiliário pago no exercício foi adquirido e entregue em 20X8. Foi liquidado o equiva-
lente a 80% da despesa empenhada e pagos 50% da despesa de capital:
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c) orçamentárias são recursos financeiros de caráter temporário, dos quais o Estado é uma
espécie de agente depositário, por isso integram a Lei Orçamentária Anual (LOA).
d) extraorçamentárias são recursos financeiros que ingressam durante o exercício social e que
aumentam o saldo financeiro da instituição, a fim de viabilizar a execução das políticas públicas.
e) orçamentárias correntes são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as dis-
ponibilidades financeiras do Estado e provocam, em geral, efeitos sobre o patrimônio líquido
por meio da constituição de dívidas.
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GABARITO
1. d 36. c
2. b 37. b
3. b 38. a
4. c 39. b
5. d 40. a
6. e 41. b
7. E 42. e
8. C 43. e
9. C 44. d
10. E 45. a
11. E
12. E
13. E
14. b
15. c
16. c
17. a
18. b
19. c
20. a
21. b
22. E
23. C
24. C
25. E
26. C
27. C
28. E
29. E
30. e
31. d
32. c
33. e
34. d
35. a
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO -ÁREA ADMI-
NISTRATIVA/2020) Quanto ao impacto que exercem sobre o patrimônio do ente público, a
despesa orçamentária efetiva e a despesa orçamentária não efetiva constituem fatos contá-
beis, respectivamente:
a) modificativo diminutivo e modificativo aumentativo.
b) modificativo aumentativo e permutativo.
c) modificativo aumentativo e modificativo diminutivo.
d) modificativo diminutivo e permutativo.
e) permutativo e modificativo diminutivo.
A classificação das despesas públicas está relacionada com o impacto gerado no patrimônio
da entidade do setor público, por isso elas podem ser:
• efetivas; e
• não efetivas.
A despesa orçamentária efetiva é aquela que, no momento de sua realização, gera impacto ad-
verso na situação líquida da entidade do setor público, reduzindo-a. Por essa razão, a despesa
orçamentária efetiva gera um fato contábil modificativo.
Por sua vez, a despesa orçamentária não efetiva é aquela que, na sua realização, não gera im-
pactos na situação líquida da entidade do setor público, mantendo-a constante; é tratada como
fato contábil permutativo.
Letra d.
Há três momentos em que a VPD poderá ser reconhecida: antes, durante ou depois do fato
gerador. Vamos revisar os conceitos e os momentos:
• a VPD é reconhecida antes da liquidação da despesa nos casos do décimo terceiro sa-
lário (13º). Em geral, o empenho, a liquidação e o pagamento do 13º ocorrem em novem-
bro e dezembro do ano corrente, mas os serviços de contabilidade reconhecem a varia-
ção patrimonial diminutiva (VPD) pelo regime de competência, portanto, mensalmente.
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Embora com redação confusa, a questão espera que o candidato marque a opção que carac-
teriza despesas de exercícios anteriores, que são aquelas cujos fatos geradores ocorreram em
exercícios anteriores ao exercício em que deva ocorrer o seu pagamento.
Sobre as DEA, o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964 especifica que:
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Após a revisão do conceito, percebemos que somente a letra “b” atende às característi-
cas das DEA.
Letra b.
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O exercício foi aprovado de acordo com as normas vigentes e, durante o exercício, as despesas
orçamentárias realizadas já possuíam alguma dotação na LOA. A única fonte utilizada para
abertura de créditos adicionais foi o excesso de arrecadação.
Quando se deparar com questões que tenham tabela, recomendo fortemente que faça uma
classificação dos itens antes de ler o enunciado, pois eles podem confundi-lo(a).
Vamos estruturar a resposta em uma tabela, com os títulos e os respectivos valores:
Receitas Correntes
Arrecadação de Impostos 5.800
Recebimento de Taxas 4.100
Aluguéis 3.100
Royalties 1.300
Total 14.300
Letra c.
Quando se deparar com questões que tenham tabela, recomendo fortemente que faça uma
classificação dos itens antes de ler o enunciado, pois eles podem confundi-lo(a).
Vamos estruturar a resposta em uma tabela, com os títulos e os respectivos valores:
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Despesas Extraorçamentárias
Restos a Pagar Processados 3.500
Pagamento de Antecip. de Receita
1.800
Orçamentária
Devolução de Depósitos 1.500
Total 6.800
Letra d.
Quando se deparar com questões que tenham tabela, recomendo fortemente que faça uma
classificação dos itens antes de ler o enunciado, pois eles podem confundi-lo(a).
Vamos estruturar a resposta em uma tabela, com os títulos e os respectivos valores:
Despesas Extraorçamentárias
Pagamento de dívida com FMI 4.300
Aquisição de veículos 7.900
12.200
Total
Letra e.
Determinada entidade contratou dois funcionários para a área de vendas no primeiro dia do
mês. No dia 15 do referido mês, esses dois funcionários receberam adiantamentos correspon-
dentes a 30% dos salários a que tinham direito no mês. O restante foi pago no quinto dia útil do
mês subsequente. A respeito da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
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Receitas e Despesas Públicas
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Os adiantamentos concedidos aos funcionários são fatos contábeis permutativos, pois redu-
zem o saldo de disponibilidades – pela saída de recursos do caixa – e aumentam o saldo da
conta de adiantamentos concedidos (1.1.3.1.0.00.00), que é uma conta do Ativo; são permuta-
tivos porque não alteram a situação líquida da entidade do setor público.
Errado.
De fato, existem receitas que não passarão por todos os estágios previstos.
EXEMPLO
A doação não passará pelo estágio da previsão, assim como não passará pelo estágio do
lançamento.
Certo.
Cuidado com as pegadinhas, ok?! Preste atenção, pois o enunciado está trabalhando com
receita orçamentária; dessa forma, devemos adotar aqui a visão da Lei federal n. 4.320/1964,
portanto a receita será tratada pelo regime de caixa, no efetivo ingresso.
Este mapa mental vai ajudá-lo(a) a fixar os conceitos:
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Certo.
Há três momentos em que a VPD poderá ser reconhecida: antes, durante ou depois do fato
gerador. Vamos revisar os conceitos e os momentos:
• a VPD é reconhecida antes da liquidação da despesa nos casos do décimo terceiro sa-
lário (13º). Em geral, o empenho, a liquidação e o pagamento do 13º ocorrem em novem-
bro e dezembro do ano corrente, mas os serviços de contabilidade reconhecem a varia-
ção patrimonial diminutiva (VPD) pelo regime de competência, portanto, mensalmente.
• a VPD poderá ser reconhecida de maneira simultânea à liquidação da despesa e de seu
fato gerador, como no recebimento de nota fiscal de serviços prestados por uma contra-
tada. Nesse caso, no momento da liquidação já ocorre o reconhecimento contábil da VPD.
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• por outro lado, a VPD poderá ser reconhecida após a liquidação da despesa. Nesse caso,
o fato gerador da obrigação exigível já ocorreu antes ou foi concomitante à liquidação, e
a VPD vem depois. Exemplo desse evento é a aquisição de material de consumo para o
almoxarifado. A VPD é reconhecida quando do uso, portanto, posteriormente.
Errado.
Mais uma questão que demanda atenção em relação ao regime que está sendo abordado. O
enunciado trabalha com o enfoque orçamentário, portanto a receita será reconhecida quando
ocorrer o efetivo ingresso. Esse é o erro da questão.
De novo! Mapa mental “na veia” para não errar questões na prova:
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Errado.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Errado.
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Errado.
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c) Em 5/12/20X7, caso seja enviada a nota fiscal referente ao mês de novembro de 20X7,
podem ser feitos o empenho, a liquidação e o pagamento, a título de despesas de exercícios
anteriores.
d) Em 5/11/20X7, devem ser feitos o empenho e a liquidação referentes ao mês de novembro,
registrando-se a despesa do exercício, enquanto o pagamento deve aguardar apenas o envio
da nota fiscal.
e) Em 5/3/20X8, pode ser feito o pagamento referente a quatro meses, se houver o ateste das
notas fiscais de novembro e dezembro de 20X7, a título de despesas de exercícios anteriores,
e de janeiro e fevereiro de 20X8, a título de despesas do exercício.
No caso apresentado pela banca, temos a figura das despesas de exercícios anteriores. São
despesas que se caracterizam por contar com os seus fatos geradores ocorridos em exercí-
cios anteriores àquele em que deva ocorrer o seu pagamento.
Sobre as DEA, o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964 especifica que:
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Quando se deparar com questões que tenham tabela, recomendo fortemente que faça uma
classificação dos itens antes de ler o enunciado, pois eles podem confundi-lo(a).
Vamos estruturar a resposta em uma tabela, com os títulos e os respectivos valores:
Receitas Extraorçamentárias
Total 9.000
Desse total desse total de 4.600 a entidade pagou 50% das despesas de capital, logo, ela
pagou 1.800 x 50% = 900 reais. Assim, a inscrição como restos a pagar será de 4.600 - 900=
3.700 reais.
É uma questão um tanto quanto polêmica, porque temos a ARO, mas a banca examinadora
foi por outro caminho.
Letra c.
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Receitas de Capital
Alienação de bens 4.200
Amortização de empréstimos 5.500
Total 9.700
Despesas de Capital
Letra a.
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Essa questão é daquelas que dá orgulho do Cespe. Para resolvê-la, primeiro é preciso abordar
os aspectos orçamentários, depois, partir para os aspectos patrimoniais.
Perceba que o enunciado afirma que 80% das despesas empenhadas foram liquidadas, portan-
to precisamos calcular o total empenhado e, na sequência, o liquidado.
Despesas Empenhadas
Pagamento de ARO 3.500
FOPAG 7.200
FPE 1.300
FPM 1.500
Computadores 1.000
Total 14.500
Desse total, 80% foram liquidados, então temos 11.600 liquidados que entrarão nos cálculos
das despesas sob o aspecto patrimonial. Além dos 11.600, teremos as despesas com depre-
ciação, $ 900.
As despesas sob o enfoque patrimonial, portanto, serão de R$ 12.500.
Letra b.
No âmbito contábil, as receitas orçamentárias podem gerar dois tipos de impactos. Elas
podem ser:
• receitas orçamentárias efetivas; ou
• receitas orçamentárias não efetivas.
As receitas orçamentárias efetivas são aquelas que ingressam nos cofres públicos e em cujo
reconhecimento contábil não há uma contrapartida no passivo; não há, portanto, obrigações
correspondentes.
Como vimos, são exemplos de receitas orçamentárias efetivas os impostos recebidos pelas
entidades do setor público.
As receitas orçamentárias não efetivas, por sua vez, são aquelas cujo reconhecimento contá-
bil no ativo gera uma contrapartida no passivo; há o reconhecimento de uma obrigação pela
entidade do setor público. O exemplo clássico das receitas orçamentárias não efetivas são as
operações de crédito.
Vamos ao mapa mental?
Letra c.
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O item II está incorreto, porque as receitas tributárias derivam de competência legal do Estado,
portanto são receitas derivadas.
O item III também está incorreto, pois a amortização de empréstimos é despesa de capital.
Olhe o mapa mental, hein!
Letra a.
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Vamos trabalhar com parte da tabela usada na teoria. Nesse caso, temos uma receita corrente
patrimonial:
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Por essa razão, para a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), os conselhos profissionais po-
dem adotar as normas do MCASP, mas não são obrigados a isso. Por sua vez, o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC) detalha que as normas de contabilidade aplicadas ao setor
público são obrigatórias para os Conselhos de Classe.
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Antes de iniciar a questão, é importante observar o regime de caixa adotado; nessa, vamos
trabalhar com o regime orçamentário.
Estruturando a resposta em uma tabela, com os títulos e os respectivos valores:
Receita Corrente
ICMS arrecadado 1.300
Royalties recebidos 1.700
Total 3.000
Pelo regime orçamentário, as receitas são inferiores a 3,6 milhões, portanto o enunciado
está correto.
Certo.
Mais uma questão em que precisamos ordenar os fatos contábeis e apurar o resultado. Reco-
mendo que leia o enunciado e registre as informações na tabela antes de iniciar os cálculos,
pois a banca costuma criar textos para confundir os candidatos.
É preciso também ficar atento ao regime que está sendo exigido; no caso dessa questão, é o
regime orçamentário.
Dessa forma, teremos:
Despesas orçamentárias
Aquisição de móveis 1.100
Concessão de empréstimos 500
Salários 1.700
Serviços de limpeza 1.800
Liquidação de dívida 1.200
Total 6.300
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Vamos trabalhar com o enfoque orçamentário e estruturar uma tabela com as despesas
de capital:
Despesas de capital
Total 2.800
Receita extraorçamentária
Total 1300
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Essa questão não especifica o regime que está sendo abordado, então devemos pensar de
acordo com ambos.
Pelo regime orçamentário, a receita será reconhecida no momento da arrecadação; pelo regi-
me patrimonial, a receita é reconhecida pelo fato gerador, portanto o enunciado não atende a
nenhum dos dois regimes.
Em relação ao conceito, a inscrição da dívida ativa ocorre quando o crédito tributário vence e
não é pago pelo contribuinte. Assim, os momentos de reconhecimento contábil já ocorreram,
seja ele orçamentário ou patrimonial. Por essa razão, o item está incorreto, e o Cespe merece
aplausos... rsrs.
Errado.
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Quando ocorrer a prestação de contas dos saldos utilizados, a entidade do setor público fará
o reconhecimento contábil da variação patrimonial diminutiva (VPD):
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Professor, se o servidor não utilizar todos os recursos que foram confiados a ele, como é
feito o registro contábil da devolução?
Muito importante essa abordagem, porque o registro contábil da devolução apresentará va-
riação, caso seja realizado no mesmo exercício financeiro ou em exercício financeiro distinto.
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Vale ressaltar que, se a devolução dos recursos for realizada no mesmo exercício financeiro do
adiantamento, será tratada como anulação de despesa. Contudo, se a devolução for realizada
em exercício financeiro posterior, configurará receita orçamentária do exercício financeiro da
devolução.
Errado.
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O empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente, ou não, de implemento de condição.
Portanto, quando um agente público realiza um empenho, ele afirma que aquele valor possui
dotação orçamentária prevista para o seu pagamento. É como se fizéssemos um compromisso
com um fornecedor e déssemos a ele um cheque (empenho) sabendo que em nossa conta há
dinheiro suficiente (dotação orçamentária) para o desconto desse cheque.
Letra d.
Mais uma questão que aborda os momentos de reconhecimento contábil da receita, tanto sob o
enfoque patrimonial quanto sob o enfoque orçamentário. Perceba como o Cespe tem insistido
nesse assunto.
Sob o enfoque orçamentário, a receita será reconhecida contabilmente quando ocorrer o lança-
mento, isso por conta do art. 35 da Lei federal n. 4.320/1964.
De acordo com o Código Tributário Nacional, o momento de lançamento da receita tributária
coincide com o fato gerador, e o regime contábil patrimonial reconhece a variação patrimonial
aumentativa (VPA) quando há o fato gerador.
Portanto, quando tratamos de receita tributária, temos um momento em que o reconhecimento
contábil orçamentário coincidirá com o patrimonial, que será no lançamento da receita tributária.
Letra c.
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Letra e.
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Letra d.
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No âmbito contábil, as receitas orçamentárias podem gerar dois tipos de impactos. Elas
podem ser:
• receitas orçamentárias efetivas; ou
• receitas orçamentárias não efetivas.
As receitas orçamentárias efetivas são aquelas que ingressam nos cofres públicos e em cujo
reconhecimento contábil não há uma contrapartida no passivo; não há, portanto, obrigações
correspondentes. São exemplos de receitas orçamentárias efetivas os impostos recebidos pe-
las entidades do setor público.
As receitas orçamentárias não efetivas, por sua vez, são aquelas cujo reconhecimento contá-
bil no ativo gera uma contrapartida no passivo. Há o reconhecimento de uma obrigação pela
entidade do setor público. O exemplo clássico das receitas orçamentárias não efetivas são as
operações de crédito.
Sendo assim, somente a letra “a” está correta.
Letra a.
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Letra c.
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São despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva
ocorrer o seu pagamento.
Sobre as DEA, o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964 especifica que:
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No que se refere ao registro contábil da lei orçamentária, ele será realizado nas classes 5 (con-
trole da aprovação do planejamento e orçamento) e 6 (controle da execução do planejamento
e orçamento), da seguinte maneira:
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Com os créditos disponíveis e registrados nos sistemas, inicia-se a etapa de execução das
despesas. Nessa fase serão utilizadas as contas das classes 6 (controle da execução do pla-
nejamento e orçamento) e 8 (controle de credores):
A situação ilustra o recebimento de recursos por uma entidade do setor público através de um
acordo que ainda “não se tornou obrigatório”, o que significa dizer que os recursos não podem
ainda ser aplicados, pois os requisitos necessários ainda não foram cumpridos. Os recursos,
contudo, já foram recebidos e precisam ser registrados contabilmente. O ingresso de recursos
gera impacto no Ativo da entidade do setor público, aumentando-o, pelo débito em bancos. A
entidade do setor público, por sua vez, deve reconhecer tanto uma obrigação presente quanto
a contrapartida; o lançamento de débito no ativo será um crédito no passivo.
Letra a.
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Receita
Classificação Detalhamento
Corrente
São tributos cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de
Impostos
qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte.
Têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia ou a utilização, efetiva
Taxas ou potencial, de serviço público específico e
Tributária divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição.
Instituídas para fazer face ao custo de obras
públicas das quais decorra valorização
Contribuições de imobiliária, tendo como limite total a despesa
Melhoria realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.
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Receita
Classificação Detalhamento
Corrente
São destinadas ao custeio da seguridade social,
de Contribuições Contribuições sociais que compreende a previdência social, a saúde e
a assistência social.
Provenientes da utilização, por terceiros, de
Imobiliárias
bens móveis pertencentes ao setor público.
Registram o valor da arrecadação de receitas
de Valores Mobiliários
decorrentes de valores mobiliários.
Demonstram o valor da arrecadação de
receitas originadas da concessão ou da
Patrimonial Concessões e permissão ao particular do direito de
Permissões exploração de serviços públicos, os quais estão
sujeitos ao controle, à fiscalização e à regulação
do poder público.
Registram o valor da arrecadação de outras
Outras Receitas
receitas patrimoniais não classificadas nos
Patrimoniais
itens anteriores.
Representa o valor das receitas decorrentes
de lavouras permanentes, temporárias e
espontâneas (ou nativas), silvicultura e
da Produção Vegetal
extração de produtos vegetais, venda de
sementes, mudas ou assemelhados, desde que
realizados diretamente pelo produtor.
Agropecuária Registra o valor das receitas de produção
Produção animal e animal e derivados, decorrentes de atividades
derivados de exploração econômica de pecuária, caça e
pesca e seus derivados (mel, leite, ovos etc.)
Detalham o valor da arrecadação com outras
Outras Receitas
receitas agropecuárias não classificadas nos
Agropecuárias
itens anteriores.
Indústria de Registra o valor de arrecadação das receitas de
Receita Industrial
Transformação atividades ligadas à indústria de transformação.
Representa o ingresso proveniente da
prestação de serviços de atividades comerciais,
financeiras, de transporte, de saúde, de
Receita de Serviços
comunicação e de armazenagem, serviços
científicos e tecnológicos de metrologia e
outros serviços.
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Receita
Classificação Detalhamento
Corrente
Detalham o valor das receitas recebidas
Intergovernamentais através de transferências ocorridas entre
diferentes esferas de governo.
Englobam contribuições e doações a governos,
de Instituições Privadas
realizadas por instituições privadas.
Registram o valor das receitas recebidas
do Exterior
Transferências através de transferências do exterior.
Correntes
Registram o valor das receitas recebidas
de Pessoas através de contribuições e doações, realizadas
por pessoas físicas.
Registram o valor das receitas recebidas
através de transferências de convênios
de Convênios
firmados com ou sem contraprestação de
serviços.
Registram o valor da receita arrecadada
Multas e juros de mora com penalidades pecuniárias decorrentes da
inobservância de normas.
Indenizações e Representam o valor da arrecadação da receita
restituições com indenizações e restituições.
Outras receitas
correntes Registram o valor de arrecadação da receita da
da Dívida Ativa dívida ativa constituída de créditos da fazenda
pública de natureza tributária e não tributária.
Registram o valor da arrecadação de receitas
Receitas diversas que não se identificam com as especificações
anteriores.
Letra e.
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Receita de
Classificação Detalhamento
Capital
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Receita de
Classificação Detalhamento
Capital
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Rodrigo Machado
Formado em Ciências Contábeis – ênfase em Controladoria pela Pontífica Universidade Católica de Minas
Gerais. Especialista em auditoria, com MBA em Gestão de Contas Públicas e MBA em Compliance e
Investigação de Fraudes (em curso). É Auditor do Estado da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE),
órgão da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul (SEFAZ-RS), ex-auditor interno pleno na
Petrobras S.A., na área de auditorias especiais. Iniciou sua trajetória profissional na iniciativa privada e
acumula 18 anos de experiência com auditorias contábeis e operacionais. É professor de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público (CASP) e Contabilidade Societária.
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