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NOÇÕES DE

CONTABILIDADE
PÚBLICA
Introdução à Contabilidade

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Introdução à Contabilidade Pública.. .....................................................................................................................4
1. Aspectos Iniciais sobre a Contabilidade. ........................................................................................................4
1.1. Conceitos Iniciais.. .....................................................................................................................................................4
2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público. ...................................................................................................12
2.1. Contextualização....................................................................................................................................................12
2.2. Regimes Contábeis...............................................................................................................................................16
2.3. Regime Orçamentário. . ........................................................................................................................................18
2.4. Regime Patrimonial.. ...........................................................................................................................................20
3. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Campo de Aplicação................................................ 28
3.1. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – de acordo com a Revogada NBC T 16.1
e com a NBC TSP – Estrutura Conceitual........................................................................................................29
3.2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Aplicabilidade das Normas.............................34
4. Princípios da Contabilidade. . ..............................................................................................................................34
4.1. Entidade......................................................................................................................................................................35
4.2. Continuidade.. ..........................................................................................................................................................36
4.3. Oportunidade..........................................................................................................................................................36
4.4. Registro pelo Valor Original.. .........................................................................................................................37
4.5. Competência............................................................................................................................................................38
4.6. Prudência...................................................................................................................................................................39
Resumo.................................................................................................................................................................................41
Mapas Mentais. . ..............................................................................................................................................................46
Questões de Concurso.................................................................................................................................................51
Gabarito...............................................................................................................................................................................62
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................63

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NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

Apresentação
Fala, meu filho! Faaaaaaaaaaaala, minha filha!
Seja bem-vindo(a) à nossa aula inicial do curso de Contabilidade Aplicada ao Setor Pú-
blico (CASP).

Professor, como será o curso?

Nosso curso será estruturado para que o estudo transcorra de uma maneira leve e sem
traumas. Traumas? Por que traumas? Por que a Contabilidade seria traumática? Explico. Iniciei
meus estudos em Contabilidade nos idos de 1996, ainda adolescente e um curso técnico em
contabilidade. Meu primeiro contato com a matéria não foi dos mais românticos, na verdade,
foi traumático. Com menos de uma semana de aulas eu já tinha decidido que concluiria o
curso, mas não queria ser contador – de jeito nenhum –, seria advogado. O que criou o trauma
com contabilidade? A didática inicial. Na primeira aula aprendi que o “ativo debita, passivo
credita”. Depois eu vi que tinha créditos no ativo e nada mais fez sentido. A didática conta
muito e desde então procurei não repetir aquela famosa didática nas minhas aulas.
Ok! Se não terá didática traumática, como será, então? Excelente pergunta. Nos nossos
cursos, procuro seguir a seguinte linha: primeiro, fazemos um voo panorâmico sobre deter-
minado assunto, algo mais abrangente, desenhando o cenário. Em segundo, chamo-os para o
voo rasante, o voo da águia, certeiro, direto ao ponto e baixo risco de errar e com muito bom
humor. Essa é metodologia e o caminho para chegarmos ao lugar que queremos é usar os
melhores e mais atualizados materiais didáticos, mas relaxa, essa tarefa será minha. Pesquiso
muito sobre materiais didáticos e invisto muito neles ($$$) e nossas aulas são reflexos disso.
Embora utilize os melhores livros, não fico citando determinado autor ao longo das aulas, pra
evitar aulas burocráticas e deixá-las mais dinâmicas, como um bate-papo e aula presencial.
A citação somente aparecerá quando for indispensável, como no caso de um artigo de deter-
minada Lei. Fechado? Ah! Uma parada, nós teremos MUITOS esquemas gráficos. É padrão
do Gran que cada aula tenha muitas questões, sendo todas elas comentadas.
Nem sempre encontraremos questões da banca examinadora para um determinado as-
sunto, principalmente em provas mais recentes, nesse caso vamos trabalhar com questões
de outras bancas. O critério para selecionar uma questão será:
• assunto abordado; e
• banca de referência.

Quanto mais questões fizermos, melhor.


Combinado?
Vamos começar esse trem, então? Boralá, sô!
Abs.
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE PÚBLICA

1. Aspectos Iniciais sobre a Contabilidade


1.1. Conceitos Iniciais
A Contabilidade é uma ciência social que estuda o Patrimônio de uma entidade econô-
mico-administrativa, seja essa entidade uma pessoa física ou jurídica, se tiver Patrimônio,
entra no escopo da Contabilidade. Muita atenção deve ser dada ao termo “ciência social”,
sabe por quê?
As bancas adoram afirmar erroneamente que a Contabilidade é uma ciência exata. Re-
centemente a Vunesp tentou pegar os candidatos de surpresa no concurso para Contador no
Ministério Público de São Paulo, 2019. A banca afirmou que a contabilidade:

É uma ciência exata que permite mensurar objetivamente o patrimônio líquido das entidades eco-
nômicas. O patrimônio líquido corresponde à diferença entre os grupos ativo intangível e passivo
intangível.

Para tornar correto esse enunciado faremos as seguintes correções:


A contabilidade é uma ciência social que permite mensurar objetivamente o patrimônio
líquido das entidades econômicas. O patrimônio líquido corresponde à diferença ativo e passivo.
Já sei, você está pensando aí: “Ah, essa aula foi elaborada para algum concurso da Vunesp
e o cara está requentando no meu concurso.”
Engana-se. Usar a Vunesp como exemplo foi para detalhar que não só o Cespe que faz
essas pegadinhas. Olha o que ela aprontou recentemente:

001. (CESPE/PF/AGENTE PF/2018) Considerando que a contabilidade é a ciência que estuda


os fenômenos patrimoniais sob o aspecto da finalidade organizacional, julgue o item a seguir,
no que se refere a conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade.
A contabilidade integra o rol das ciências exatas por estar dedicada à mensuração da riqueza
do ente contábil.

Agora ficou fácil, né? A contabilidade é uma ciência social.


Errado.

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002. (CESPE/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA-BR/TÉCNICO ESPECIALI-


ZADO/GESTÃO DE ATIVOS E PARCERIAS/2022/Q2225858) A situação patrimonial líquida
de uma entidade é expressa pelo conjunto de seus bens, seus direitos e suas obrigações.

A situação líquida é representada pela diferença entre o ativo e o passivo e calculada por meio
da equação fundamental do patrimônio: A = P + PL.
Detalhe pequeno! Não confunda patrimônio líquido com patrimônio. São conceitos distintos!

Patrimônio líquido Patrimônio

Diferença entre o ativo e o passivo. É o que sobra


dos bens e direitos após o pagamento de todas
as obrigações da entidade. Também sinônimo de
situação líquida. Conjunto de bens, direitos e obrigações.
É calculado pela equação fundamental do
patrimônio:
A=P + PL

Errado.

Bom, definida a Contabilidade como ciência social partimos para o próximo conceito,
que é o objeto. O Objeto da Contabilidade é o Patrimônio. Em 2018 no concurso da EBSERH
o Cespe afirmou que o “objeto de estudo da contabilidade são as entidades econômico-ad-
ministrativas, o que inclui as instituições com fins sociais”. Como não poderia ser diferente,
o gabarito foi errado, porque o objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades econô-
mico-administrativas. Sempre!

003. (CESPE/TCE-RJ/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2022/Q2384951) O patrimônio


é o objeto da contabilidade aplicada ao setor público.

O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades, sejam elas do setor público ou privado.
Não se esqueça disso jamais, porque garante pontos em provas.
Certo.

004. (CESPE/DPDF/CONTADOR/2022/Q2353433) Patrimônio público, para fins contábeis,


é o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.

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O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações. O Cespe é bom de bico demais da


conta, né? A gente vai lendo, achando bonito e cai no conto. Foi assim que minha esposa me
passou na lábia, graças a Deus, quando percebi, estava falando “sim” para o juizão. Graças a Deus!
O gabarito é errado, deixou de fora do conceito as obrigações.
Errado.

005. (CESPE/MJ/TÉC. ESPECIALIZADO/GESTÃO DE ATIVOS E PARCERIAS/2022/Q2225855)


O objeto da ciência contábil é o registro dos atos e fatos que modificam a situação patrimonial
das entidades.

Tem isso não, viu! O objeto da contabilidade é o patrimônio.


Gabarito é errado demais da conta.
Errado.

Professor, se o objeto é o Patrimônio, qual seria, portanto, o objetivo?

Ótima dúvida, mas ela acaba aqui. Regra geral, o objetivo da contabilidade pode ser
destacado o controle do patrimônio que é realizado através dos lançamentos contábeis. A
contabilidade tem como finalidade fornecer aos usuários informações sobre os resultados
alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patri-
mônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio a:
• processo de tomada de decisão;
• adequada prestação de contas; e
• necessário suporte para a instrumentalização do controle social.

Outro fator relevante sobre nossa amada ciência contábil diz respeito ao seu aspecto
informacional. Ela se destina a levar informações aos usuários e estas informações são rela-
cionadas ao patrimônio, seja ele público ou privado. Portanto, a finalidade da contabilidade
é levar informações aos seus usuários.

O PULO DO GATO
O Cespe trata o objetivo e a finalidade da contabilidade como sinônimos.

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006. (CESPE/TRE BA/TJ CONTABILIDADE/2017) A contabilidade tem como principal ob-


jetivo a(o)
a) fornecimento de informações que proporcionem aos seus mais diversos usuários — seja
internos, seja externos — utilidade no processo de tomada de decisões.
b) elaboração de guias de recolhimento de tributos a fim de manter a entidade em conformidade
com os ditames legais.
c) elaboração de demonstrações contábeis que atendam às finalidades específicas de deter-
minado grupo de usuários.
d) avaliação da capacidade das entidades comerciais em arcar com suas obrigações financeiras.
e) mensuração de bens patrimoniais a fim de elaborar corretamente as demonstrações contábeis.

O gabarito dessa questão foi a letra “a”, portanto, muita atenção aos conceitos na hora de re-
solver as questões, especialmente as do Cespe. Uma excelente ferramenta para os estudos e
revisão do conteúdo é o mapa mental e nesse curso nós vamos trabalhar com muitos deles.
Vamos ao primeiro, portanto:

Letra a.
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A ciência da contabilidade possui dois ramos, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público


e a Contabilidade Societária, Financeira, Comercial ou Geral. A regulamentação destes ramos
apresenta diferenças, pois a CASP adota os critérios definidos na Lei Federal n. 4.320/64 e
demais legislações correlatas. Por sua vez, a Contabilidade Societária adota os critérios da
legislação comercial, a Lei Federal n. 6.404/76. Para os dois ramos há uma congruência, pois
cabe ao Conselho Federal de Contabilidade emitir as normas brasileiras de Contabilidade, no
entanto, as nomenclaturas divergem para cada ramo de atuação. As normas brasileiras voltas
à contabilidade aplicada ao setor público são detalhadas por NBC TSP, enquanto a contabili-
dade societária segue as NBC TG.
Essas informações mudam conforme o interesse dos usuários. No setor público, os usuá-
rios da informação contábil possuem interesses distintos daqueles do setor privado. Veja:
Finalidade e interesse dos usuários
Contabilidade Aplicada ao Setor Público Contabilidade Societária
Se a entidade prestou seus serviços à sociedade de
O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito
maneira eficiente e eficaz;
geral1 é fornecer informações contábil-financeiras acerca
Quais são os recursos atualmente disponíveis para gastos
da entidade que reporta essa informação (reporting entity)
futuros, e até que ponto há restrições ou condições para
que sejam úteis a investidores existentes e em potencial,
a utilização desses recursos;
a credores por empréstimos e a outros credores, quando
A extensão na qual a carga tributária, que recai sobre
da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos
os contribuintes em períodos futuros para pagar por
para a entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender
serviços correntes, tem mudado; e
ou manter participações em instrumentos patrimoniais e
Se a capacidade da entidade para prestar serviços
em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar
melhorou ou piorou em comparação com exercícios
empréstimos ou outras formas de crédito.
anteriores.

Professor, quem são os usuários da informação contábil?

Qualquer pessoa que tiver interesse em conhecer a situação de uma entidade, seja ela
pública ou privada, será usuário da informação contábil. Isso porque ele vai buscar informa-
ções acerca deste patrimônio fazendo uso do conjunto das demonstrações contábeis. Quando
se fala em usuários da informação contábil é importante ficar atento em relação às normas
brasileiras de contabilidade.
No âmbito do setor público, a NBC TSP Estrutura Conceitual define que:

(...) os RCPGs devem ser elaborados e divulgados, principalmente, para atender às necessidades de
informações dos usuários dos serviços e dos provedores de recursos, quando estes não detêm a
prerrogativa de exigir que a entidade do setor público divulgue as informações que atendam às suas
necessidades específicas. Os membros do poder Legislativo são também usuários primários dos
RCPGs e utilizam extensiva e continuamente esses relatórios enquanto atuam como representantes
dos interesses dos usuários de serviços e dos provedores de recursos. Assim, para os propósitos
desta estrutura conceitual, os usuários primários dos RCPGs são os usuários dos serviços e seus
representantes e os provedores de recursos e seus representantes (doravante identificados como
usuários dos serviços e provedores de recursos, a não ser que sejam identificados de outra forma).

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Por sua vez, na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação do Relatório Contábil-
-Financeiro – CPC 00 (R1) – detalha que:

As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral,


tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas. Governos, órgãos reguladores
ou autoridades tributárias, por exemplo, podem determinar especificamente exigências para aten-
der a seus próprios interesses. Essas exigências, no entanto, não devem afetar as demonstrações
contábeis elaboradas segundo esta Estrutura Conceitual.
Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam
fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte
dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de
determinados grupos de usuários.
Demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade satisfazem as necessidades comuns da
maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles utilizam essas demonstrações contábeis
para a tomada de decisões econômicas, tais como:
a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e
quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefícios;
d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;
e) determinar políticas tributárias;
f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;

Um detalhe extremamente importante sobre a contabilidade e que costuma gerar con-


fusão quando se estuda a contabilidade societária e aplicada ao setor público é acerca do
que será contabilizado. Na contabilidade societária não há controle de atos administrativos,
somente dos fatos.

Como assim, mineirim?

Simples. Os atos não provocam alterações no patrimônio das Entidades, por isso não são
objeto de registro pelo ramo da contabilidade societária, eles são apenas decisões e proce-
dimentos. Os fatos contábeis, sim, são contabilizados.
Um fato é uma ação feita. Fato contábil é todo evento econômico na entidade contábil que
possui expressão monetária e que afeta o patrimônio, com impacto quantitativo ou qualitativo.
Esse fato pode ser administrativo ou não administrativo. Vamos aos conceitos?
Os fatos administrativos são praticados pela gestão e que correspondem à maioria dos
fatos que são realizados em qualquer período analisado. Os fatos não administrativos são
aqueles que não resultam de uma ação da gestão da Entidade, como por exemplo, o roubo de
hélices de navio em uma Autarquia Estadual. Embora sejam fatos e serão contabilizados —

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porque diminuem o patrimônio da referida Autarquia —, eles são fatos não administrativos, pois
não decorreram de decisões da gestão, embora, a ela possa ser imputada a responsabilidade.
Quando se fala da Contabilidade Aplicada ao Setor Público nós teremos a contabilização
de atos administrativos e, recordando os conceitos, regra geral, os atos não vão gerar modi-
ficações no patrimônio da entidade.

Professor, então por que a CASP realiza a contabilização dos atos?

É porque ela possui esse viés orçamentário. Quer um exemplo? Quando temos a aprova-
ção da Lei Orçamentária Anual, temos a previsão de receitas e fixação de despesas, correto?
Nesse momento não há modificação do patrimônio público, mas uma previsão daquilo que
virá a acontecer ao longo do exercício financeiro; e a CASP realiza a contabilização. Nessa
fase teremos a previsão de arrecadação e a fixação dos gastos.
Pode-se dizer que a CASP tem então um perfil mais conservador que a Contabilidade
Societária, porque ela realiza a contabilização do seu planejamento orçamentário, enquanto
a Contabilidade Societária, não faz. Quando a CASP realiza estes registros de previsões, ela
utiliza o sistema de Controle e esse assunto será melhor detalhado ao longo do nosso cur-
so, beleza?
Vamos fazer uma esquematização dessa diferença entre a CASP e a contabilidade societá-
ria? Lembrando que existem diversas outras diferenças e vamos detalhando ao longo do curso.
Diferenças entre Contabilidade Societária e Aplicada ao Setor Público

Societária Via de regra, não registra contabilmente atos administrativos

Realiza a contabilização de atos Utiliza o sistema de Controle para


Aplicada ao Setor Público
administrativos esse registro contábil

Por fim, de modo amplo nós temos a finalidade da Contabilidade, que é fornecer infor-
mações aos seus usuários e estas informações são levadas aos usuários por meios das
demonstrações contábeis. De modo mais restrito, as demonstrações contábeis no setor
público devem proporcionar:

Informação útil para subsidiar a tomada de decisão e a prestação de contas e responsabilização


da entidade quanto aos recursos que lhe foram confiados, fornecendo informações:
a) sobre as fontes, as alocações e os usos de recursos financeiros;
b) sobre como a entidade financiou suas atividades e como supriu suas necessidades de caixa;
c) úteis na avaliação da capacidade de a entidade financiar suas atividades e cumprir com suas
obrigações e compromissos;
d) sobre a condição financeira da entidade e suas alterações; e
e) agregadas e úteis para a avaliação do desempenho da entidade em termos dos custos dos
serviços, eficiência e cumprimento dos seus objetivos. (NBC TSP 11 – Apresentação das Demons-
trações Contábeis).

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A Contabilidade, assim como as demais ciências sociais, busca suas especializações de


acordo com os ramos de atuação e assim nós temos alguns campos aplicados da ciência
contábil e podemos estruturá-los inicialmente em dois ramos:
• Contabilidade Aplicada ao Setor Público, e
• Contabilidade Societária/Financeira/Geral.

Ufa! Vamos sintetizar todas essas informações em um mapa mental?

Abaixo de cada ramo da Ciência Contábil você pode perceber qual o foco que é dado por
ele em relação àquilo que é trabalhado. Nesse curso nós vamos trabalhar com a Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, a nossa CASP. Para que possamos avançar no estudo da nossa
matéria é imprescindível que nossa linguagem esteja alinhada. Então, as demonstrações con-
tábeis passam a ser denominadas Relatórios Contábeis de Propósito Geral ou simplesmente,
RCPG. Vamos buscar sempre os conceitos mais atualizados nas nossas normas brasileiras de
contabilidade, fazendo seus devidos esclarecimentos e ajustando os conceitos. Combinado?

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2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público


2.1. Contextualização
Inicialmente nós conceituamos a contabilidade e agora vamos aprofundar a conceituação
própria para a Contabilidade Aplicada ao Setor Público. A Contabilidade Aplicada ao Setor
Público não é uma ciência e isso deve ser bastante frisado, pois é comum as bancas quere-
rem confundir os candidatos e afirmar o contrário, portanto, a Contabilidade é uma ciência
(social) e a CASP é um ramo da Contabilidade. Agora sim, vamos ao conceito:

Obs.: A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no
processo gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas contá-
beis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público.

Professor, há outros conceitos importantes?

Tem isso, sim! Vamos estudá-los por meio de uma tabela, então passa a visão:
CASP Objetivo Objeto Função social

Fornecer aos usuários informações


sobre os resultados alcançados e os
É o ramo da ciência contábil
aspectos de natureza orçamentária, Deve refletir, sistematicamente,
que aplica, no processo
econômica, financeira e física do o ciclo da administração pública
gerador de informações, os
patrimônio da entidade do setor para evidenciar informações
Princípios Fundamentais de Patrimônio
público e suas mutações, em apoio necessárias à tomada de
Contabilidade e as normas público
ao processo de tomada de decisão; decisões, à prestação de
contábeis direcionados
a adequada prestação de contas; contas e à instrumentalização
ao controle patrimonial de
e o necessário suporte para a do controle social.
entidades do setor público.
instrumentalização do controle
social.

O PULO DO GATO
O Cespe trabalha com objetivo e finalidade como sendo sinônimos.

A ciência contábil no Brasil vem passando por um processo de constante atualização rumo
à convergência de suas práticas com as internacionais, nesse contexto é necessário que seja
analisado esse processo de uma maneira sistêmica e histórica. Essa evolução histórica na
ciência contábil vem alinhada com a própria evolução das finanças públicas e é com essa
abordagem que o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) afirma que:

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Introdução à Contabilidade
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(...) o primeiro marco histórico foi a edição da Lei n. 4.320/1964, que estabeleceu importantes regras
para propiciar o controle das finanças públicas, bem como a construção de uma administração
financeira e contábil sólidas no País, tendo como principal instrumento o orçamento público. Deste
modo, o orçamento público ganhou significativa importância no Brasil. Como consequência, as nor-
mas relativas a registros e demonstrações contábeis, vigentes até hoje, acabaram por dar enfoque
sobretudo aos conceitos orçamentários, em detrimento da evidenciação dos aspectos patrimoniais.

No âmbito normativo, que cabe ao Conselho Federal de Contabilidade, as ações tiveram


início no ano de 1988 quando foi considerada a necessidade de evolução da CASP. Nesse
ano foi criado o Grupo de Estudos para tal finalidade, a premissa principal era fazer com que
a CASP passasse a enfatizar o controle do seu objeto, portanto, o patrimônio.

Professor, a CASP não controlava o patrimônio antes de 1988?

Controlava, mas de maneira tímida, com alguns artigos na Lei n. 4.320/64, mas não exis-
tiam normas. A partir de então, o Conselho Federal de Contabilidade constituiu grupos de
estudos e de trabalhos, para atender as necessidades de normatização para a época, assim
como, para responder as consultas que eram formuladas pelos profissionais do setor.
Após uma parceria com o Ministério da Fazenda, o CFC divulgou em 2008 uma série de
normas brasileiras de contabilidade voltadas para o setor público, as NBC T16, que utilizavam
os conceitos de normas internacionais. A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), como órgão
central de contabilidade na União passou a implementar gradativamente as inovações con-
tábeis. Nessa marcha de inovação foi necessário adotar um plano de contas único (União,
Estados, DF e municípios), para possibilitar, inclusive, a consolidação das contas públicas.
Por meio da criação do Grupo Assessor das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas
ao Setor Público (GA/NBC TSP), a Secretaria do Tesouro Nacional e o Conselho Federal de
Contabilidade buscaram consolidar o processo de convergência das normas nacionais aos
padrões internacionais, fazendo com que a CASP voltasse sua atenção para o seu real objeto:
o patrimônio. Segundo o CFC:

No ano de 2015, o CFC reformulou o GA NBC TSP com o objetivo de impulsionar o processo de
convergência das normas contábeis do setor público aos padrões internacionais. Nesta nova fase,
o trabalho do GA NBC TSP tem sido o de harmonizar as normas internacionais (International Public
Sector Accounting Standards – IPSAS) à realidade brasileira. A harmonização exige não apenas a
tradução das normas para a língua portuguesa, mas a análise sobre a aplicabilidade do contexto
das normas internacionais à realidade dos entes públicos brasileiros.
O GA NBC TSP se reúne periodicamente para as discussões sobre as NBC TSP. Assim que é con-
cluída uma minuta de nova norma, o CFC submete o texto à audiência pública e, posteriormente
aprova e edita a respectiva norma. Passo seguinte a STN implementa a norma no âmbito federal e,
por intermédio da inserção do seu conteúdo no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
(MCASP), leva o normativo de forma prática para implantação nos demais entes federativos. A
proposta é que o MCASP funcione como um filtro normativo de aplicabilidade das NBC TSP.

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Nesse aspecto de avanços das finanças públicas e da ciência da contabilidade, outro mar-
co que merece destaque é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Essa lei estabeleceu para
toda a Federação, direta ou indiretamente, limites de dívida consolidada, garantias, operações
de crédito, restos a pagar e despesas de pessoal, dentre outros, com o intuito de propiciar
o equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos de transparência da gestão fiscal.
Portanto, a grande temática da LRF foi colocar “em ordem a casa” atrás de equilíbrio das
contas, sem gastar mais do que se arrecada.
No âmbito contábil, a LRF inovou ao criar a obrigação de consolidação das contas públicas.

Ué, explica melhor, professor?

Claro, sô. Deixa comigo. A LRF estabeleceu a exigência de realizar a consolidação nacional
das contas públicas. Lembra que quando estudamos a Contabilidade Societária e abordamos
a consolidação das demonstrações contábeis e combinação de negócios? Então, o concei-
to é o mesmo, mas se lá nós consolidamos demonstrações contábeis da iniciativa privada,
por exigência da LRF consolidamos os relatórios contábil-financeiro no âmbito público. Esta
competência é exercida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) por meio da publicação
anual do Balanço do Setor Público Nacional (BSPN), congregando as contas da União, estados,
Distrito Federal e municípios. Maneiro demais, não? E é cobrado em concurso.
O concurso de 2016 para Auditor de Controle Externo no Tribunal de Contas do Estado do
Pará, o Cespe afirmou que:

(...) além de exercer o papel de órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, a Secretaria do
Tesouro Nacional também exerce a atividade de órgão setorial contábil dos órgãos integrantes da
Presidência da República.

O gabarito da questão é errado, mas por ter afirmado que a STN exerce a atividade de
órgão setorial contábil dos órgãos integrantes da Presidência da República. Quem desempe-
nha essa função é o controle interno da Casa Civil, conforme previsto na Lei n. 10.180/2001.
Para que aconteça esse processo consolidação dos relatórios contábeis de propósitos
gerais é necessária uma padronização, nesse intento, a STN recebeu essa competência por
meio do Decreto n. 6.796/2009 e Portaria MF n. 184/2008, portanto, cabe a ela editar:
• Normativos;
• Manuais;
• Instruções de procedimentos contábeis;
• Plano de contas aplicado ao setor público.

Todos estes instrumentos encontram-se alinhados às normas brasileiras de Contabilidade,


editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e trabalham no sentido de buscar

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convergência às normas internacionais de contabilidade aplicada ao setor público – Interna-


tional Public Sector Accounting Standards (IPSAS) – editadas pelo International Public Sector
Accounting Standards Board (IPSASB).
O MCASP define o plano de contas aplicado ao setor público como uma das maiores con-
quistas da contabilidade aplicada ao setor público, por tornar uma ferramenta fundamental à
consolidação das demonstrações contábeis e adoção das normas internacionais de conta-
bilidade aplicada ao setor público. Adicionalmente, o MCASP afirma que o Plano de Contas
Aplicado ao Setor Público (PCASP) possibilitou:

a) Segregação das informações orçamentárias e patrimoniais: no PCASP as contas contábeis são


classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam – orçamentária, patrimonial
e de controle, de modo que os registros orçamentários não influenciem ou alterem os registros
patrimoniais, e vice-versa.
b) Registro dos fatos que afetam o patrimônio público segundo o regime de competência: as va-
riações patrimoniais aumentativas (VPA) e as variações patrimoniais diminutivas (VPD) registram
as transações que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido, devendo ser reconhecidas nos
períodos a que se referem, segundo seu fato gerador, sejam elas dependentes ou independentes
da execução orçamentária.
c) Registro de procedimentos contábeis gerais em observância às normas internacionais, como as
provisões, os créditos tributários e não tributários, os estoques, os ativos imobilizados e intangíveis,
dentre outros. Incluem-se também os procedimentos de mensuração após o reconhecimento, tais
como a reavaliação, a depreciação, a amortização, a exaustão e a redução ao valor recuperável
(impairment), dentre outros.

Bom, após essas informações podemos estruturar mais um esquema gráfico com as
inovações que aconteceram na nossa amada CASP:

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2.2. Regimes Contábeis


Na Ciência Contábil há praticamente dois regimes contábeis que podem ser utilizados para
o reconhecimento das variações realizadas no patrimônio das Entidades e na determinação
dos resultados destas variações:
• Regime de Caixa, e
• Regime de Competência.

No regime de caixa o reconhecimento das receitas ocorre no momento do ingresso dos


recursos e o reconhecimento das despesas se dá no momento que acontece o pagamento.
Para esse regime, o fluxo de caixa é o critério principal de observação e registro contábil.
Por outro lado, no regime de competência há a orientação que determina o reconhecimento
contábil, tanto da receita quanto da despesa, que deve ser dado na ocorrência do fato gerador,
independentemente do momento do pagamento. O Princípio da Competência encontra sua
definição na Res. n. 750/93 do CFC e recentemente ela foi revogada. Quando essa norma bra-
sileira de contabilidade foi revogada, vários alunos questionaram se não era mais necessário
estudar os Princípios de Contabilidade. Minha resposta sempre foi a mesma, pois embora
a norma tivesse sido revogada, os princípios de contabilidade continuam existindo. Dá para
imaginar a contabilidade sem seus princípios? Não dá, né?
Beleza, então vamos passar a visão nos Princípios de Contabilidade? Vamos lá!

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Embora contemos com a revogação da Resolução CFC n. 750/93 os Princípios de Contabi-


lidade continuam vigendo, mesmo que implicitamente nas normas brasileiras de contabilidade.
Veja esse trecho da nossa Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBC
TSP – Estrutura Conceitual):

22. As demonstrações contábeis e os relatórios de EFP [Estatísticas de Finanças Públicas] têm


muito em comum. Ambas as estruturas de relatórios estão voltadas para (a) informação contábil,
baseada no regime de competência, (b) ativos, passivos, receitas e despesas governamentais e
(c) informações abrangentes sobre os fluxos de caixa. Há uma considerável sobreposição entre
as duas estruturas de relatórios que sustentam essas informações. (Grifamos)

Um dos avanços realizados pela Ciência Contábil Aplicada ao Setor Público foi a segrega-
ção das informações orçamentárias e patrimoniais e assim, no PCASP as contas contábeis
são classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam – orçamentária, pa-
trimonial e de controle, de modo que os registros orçamentários não influenciem ou alterem
os registros patrimoniais, e vice-versa. Essa mudança é relativamente recente e antes disso
a CASP tinha enfoque essencialmente sob o regime orçamentário.

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2.3. Regime Orçamentário


O regime para reconhecimento das receitas e das despesas orçamentárias, adotado no
Brasil para a CASP é o regime misto. Por meio desse regime adota-se o regime de caixa e o
regime de competência.
A adoção do regime misto decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n.
4.320/64, em seu art. 35, in verbis:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Esquematizando:

Muitos estudiosos afirmam que a Lei n. 4.320/64 adotou um perfil conservador quando
estabeleceu o reconhecimento da receita pelo regime de caixa e a despesa pelo regime de
competência.

Professor, pode aprofundar nessa explicação?

Antes de iniciar sua resposta, farei uma ressalva, ainda não estudamos os estágios da
receita e da despesa pública, mas isso não vai impactar negativamente no seu entendimento.
O detalhamento desses estágios será feito adiante em curso. Pois bem, em relação à receita
orçamentária, no que diz respeito ao momento do reconhecimento, cabe frisar que o estágio
da arrecadação ainda não deixa os recursos financeiros disponíveis para utilização pelos
agentes públicos. Nesse estágio da receita pública os recursos podem estar, ainda, em poder
de instituições financeiras arrecadadoras. Então, meu caro(a) aluno(a), somente no estágio

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do recolhimento é que os agentes arrecadadores transferem os recursos para o Tesouro, é


nessa fase que há o ingresso dos numerários nos cofres públicos.
Portanto, sob o enfoque orçamentário, o procedimento de reconhecer contabilmente a
receita somente no estágio da arrecadação é condizente com o regime de caixa. Veja que
esse assunto é bastante cobrado em provas de concursos e na visão do Cespe — que é uma
banca examinadora de referência —, é correto afirmar que:

Diferenciar o regime orçamentário por meio do qual receitas e despesas são tratadas pode ser útil
para melhor evidenciar a situação fiscal do governo. Nesse sentido, adota-se, no Brasil, o regime
orçamentário misto: para a receita, adota-se o regime de caixa e, para a despesa, o regime de
competência (CESPE, TRT 10ª Região, 2013).

Professor, entendi a parte da receita, mas e a despesa, como funciona?

No que diz respeito à despesa orçamentária, a legislação adotou uma postura conservadora
também. Isso porque determinou que seu reconhecimento se dá pelos valores legalmente
empenhados, independente do seu pagamento, ainda que seus serviços e os bens solicitados

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não tenham sido recebidos pela Administração Pública. Sabe por quê? Porque o empenho é
o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemente de condição. Portanto, quando um agente público realiza
um empenho, ele afirma que aquele valor possui dotação orçamentária prevista para o seu
pagamento. É como se nós dois fizemos um compromisso com um fornecedor e déssemos a
ele um cheque (empenho), sabendo que em nossa conta possui dinheiro suficiente (dotação
orçamentária) para o desconto desse cheque.
Sendo assim, o regime orçamentário tem esse enfoque voltado, ora para o reconhecimento
pelo regime de caixa, ora para o reconhecimento pelo regime de competência. A Contabili-
dade Aplicada ao Setor Público perdurou no Brasil por longos anos sob forte conotação dos
conceitos orçamentários, mas isso vem mudando sistematicamente. Embora não se tenha
deixado de lado a contabilidade realizada sobre o enfoque orçamentário, adicionou-se o en-
foque patrimonial. É sobre isso que nós vamos falar agora, parceiro(a).

2.4. Regime Patrimonial


No processo de convergência das normas brasileiras de contabilidade às normas interna-
cionais, a CASP passou a adotar reconhecimento contábil das receitas e das despesas pelo
regime de competência. Esse um posicionamento defendido pela melhor doutrina. Contudo,
além da doutrina, contamos agora com as normas brasileiras de contabilidade priorizando o
regime de competência para elaboração e divulgação das demonstrações contábeis de propó-
sito geral. A exemplo disso temos a NBC TSP 11 que ao definir seu alcance estabelece: “Esta
norma deve ser aplicada em todas as demonstrações contábeis elaboradas e apresentadas
de acordo com o regime de competência e com as NBCs TSP.”
A receita e a despesa contábeis decorrem de fatos modificativos aumentativos e diminu-
tivos, respectivamente. Portanto, seus efeitos devem ser reconhecidos no patrimônio quando
da alteração da respectiva situação patrimonial e esse reconhecimento deve ocorrer indepen-
dentemente de haver ou não autorização orçamentária. Logo, esse é exatamente o enfoque
dado pelo regime patrimonial e que é festejado pelo Manual de Contabilidade Aplicado ao
Setor Público.
Embora estejamos passando por todas essas mudanças, de adoção de uma contabilidade
patrimonial adicionada à contabilidade orçamentária, a Estrutura Conceitual destaque em seu
item 8 e 9 o funcionamento e a importância do orçamento público, pois:

O governo e outras entidades do setor público elaboram orçamentos. No Brasil, a Constituição exige
a elaboração do orçamento anual, a sua aprovação pelo poder Legislativo e a sua disponibilização
à sociedade. A legislação brasileira define o que a peça orçamentária deve conter. A sociedade
fiscaliza a gestão das entidades públicas diretamente, respaldada pela Constituição, ou indireta-

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mente, por meio de representantes. O orçamento aprovado é utilizado como base para a definição
dos níveis de tributação e de outras receitas, compondo o processo de obtenção de autorização
legislativa para a realização do gasto público.

Ao tratar a devida importância do orçamento público, o mesmo documento afirma que:

Devido à importância do orçamento público aprovado, as informações que possibilitam aos usuá-
rios compararem a execução orçamentária com o orçamento previsto facilitam a análise quanto
ao desempenho das entidades do setor público. Tais informações instrumentalizam a prestação
de contas e a responsabilização (accountability) e fornecem subsídios para o processo decisório
relativo aos orçamentos dos exercícios subsequentes. A elaboração de demonstrativo que apresen-
ta e compara a execução do orçamento com o orçamento previsto é o mecanismo normalmente
utilizado para demonstrar a conformidade com os requisitos legais relativos às finanças públicas.

Veja que interessante, a adoção do regime de competência nas entidades do setor público
para gerar informações patrimoniais requer atenção quanto às regras para reconhecimento
das etapas da execução orçamentária. Assim, quando o fato gerador de um passivo exigível
ocorrer antes do empenho, ou entre o empenho e a liquidação orçamentária, a entidade deve
registrar uma etapa chamada “empenho em liquidação”.
Sendo assim, após essa introdução sobre como era e como é, atualmente, nossa Conta-
bilidade Aplicada ao Setor Público, vejamos qual o seu campo de aplicação.

007. (CESPE/DPDF/CONTADOR/2022/Q2353468) Devido ao regime de competência contá-


bil, em muitas situações, a variação patrimonial diminutiva é reconhecida antes da liquidação
da despesa orçamentária, mas podem ocorrer situações em que esse reconhecimento seja
posterior à liquidação da despesa orçamentária.

Essa é uma das maiores dúvidas recebidas através do Fórum de Dúvidas (use-o bastante, tá?).
Anote aí: é possível reconhecer uma variação patrimonial aumentativa antes da liquidação
da despesa.
O exemplo clássico é o 13º salário. Há o empenho no início do exercício financeiro – para garantir
a dotação orçamentária –, mas a liquidação ocorre somente ao final do exercício. Normalmen-
te lá pelo dia 18 ou 19 de dezembro, para possibilitar o pagamento no dia 20. No entanto, as
variações patrimoniais diminutivas são reconhecidas mensalmente.
Em um mapa mental teremos os seguintes detalhes:

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Certo.

Perceba como o Cespe vem enfatizando esse assunto:

008. (CESPE/DPE-RO/CONTADOR/2022/Q2484906) Acerca da relação entre passivo exigí-


vel (visão patrimonial) e as etapas da execução orçamentária (visão orçamentária), é correto
afirmar que o registro da obrigação patrimonial deve ocorrer
a) antes da execução orçamentária.
b) concomitantemente com a execução orçamentária.
c) depois da execução orçamentária.
d) independentemente da execução orçamentária.
e) depois da prestação de contas da execução orçamentária.

Independente de Madre Miguel!


Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa e vice-e-versa! Os registros contábeis da
natureza de informação orçamentária são independentes dos registros contábeis da natureza
de informação patrimonial.

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Lembre-se sempre disso, combinado? Gabarito é letra “d”.


Letra d.

Mais uma vez!

009. (CESPE/IBAMA/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2022/Q2199507) Não é possível reco-


nhecer uma VPD após a liquidação da despesa orçamentária.

Tem isso não, uai! A variação patrimonial diminutiva poderá ser reconhecida após a liquidação
da despesa orçamentária. Lembre-se desse trem toda hora: os registros contábeis da natureza
de informação orçamentária são independentes dos registros contábeis da natureza de infor-
mação patrimonial.
Quer um exemplo?
A aquisição de material de consumo que fica estocada no almoxarifado é o exemplo clássico
desse caso. Há o empenho, a liquidação e muitas vezes, o pagamento. Depois de estocado o
material ele é utilizado e é nesse momento que a variação patrimonial diminutiva é reconhecida.
Maneiro, né?
Errado.

DICA
A variação patrimonial diminutiva poderá ser reconhecida conta-
bilmente antes, concomitante ou após a liquidação da despesa
orçamentária.

Professor, já entendi, mas essa visão é só para as VPDs ou se aplica às VPAs também?

Uai, é igualzinho, quer ver?

010. (CESPE/DPDF/CONTADOR/2022/Q2353487) Uma variação patrimonial aumentativa


(VPA) pode ser reconhecida mesmo depois da arrecadação da receita orçamentária.

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Uma variação patrimonial aumentativa poderá ser reconhecida após a arrecadação da despesa
orçamentária e o exemplo mais clássico dessa situação é o imposto. Por exemplo, existem
operações que os Estados realizam para conceder descontos no IPVA caso ocorram antecipa-
ções de pagamentos.
A depender da legislação do Estado, o fato gerador do IPVA é no dia 01 de janeiro, mas algumas
unidades da federação concedem descontos para os contribuintes que pagarem até o dia 31
de novembro do ano anterior. Isso faz com que a arrecadação ocorra dois meses antes do fato
gerador do imposto. Esse é um dos exemplos em que teremos a VPA reconhecida (somente em
janeiro, na ocorrência do fato gerador) e a receita orçamentária, pela arrecadação, em novembro.
Certo.

011. (QUADRIX/CRF-GO/CONTADOR/2022/Q2176547) A contabilidade aplicada ao setor


público adota, no Brasil, um regime misto para o registro das variações patrimoniais: de caixa,
para as variações aumentativas; e de competência, para as variações diminutivas.

Muita atenção! Quando a banca examinadora falar em variações patrimoniais ela está se refe-
rindo ao regime patrimonial. Nesse caso devemos trabalhar com o regime de competência para
as receitas e para as despesas. A referência é aqui são as normas brasileiras de contabilidade
(NBC TSP).
O enunciado aborda o regime misto, que é previsto na Lei n. 4.320/64 e vai adotar o regime de
caixa para as receitas (arrecadadas) e competência para as despesas (empenhadas).
Não podemos confundir.
Errado.

012. (CESPE/DPDF/CONTADOR/2022/Q2353464) Por ocasião do lançamento de um tributo,


ocorre o fato gerador que obriga o registro da variação patrimonial aumentativa correspondente.

Ainda não estudamos todos os assuntos necessários ao domínio completo da abordagem


dessa questão, mas quero destacar que nesse momento é importante entender que o registro
contábil pelo enfoque patrimonial será feito pelo fato gerador.
Entenda que o reconhecimento contábil da receita (também chamada de variação patrimonial
aumentativa) e da despesa (também denominada variação patrimonial diminutiva) será reali-
zada pelo fato gerador.

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O fato gerador é o momento no qual são realizados os critérios de reconhecimento de determinado


evento contábil. Esse momento poderá ser simultâneo ou não com o recebimento de recursos
ou com o pagamento. Entendido esses conceitos, dê-se por satisfeito(a) nesse momento. Mais
adiante nas aulas posteriores vamos aprofundar. Não queira entender tudo de uma vez, não...
dominar a contabilidade requer um pouco de paciência também.

Certo.

013. (CESPE/DPDF/CONTADOR/2022) Devido ao regime de competência contábil, em muitas


situações, a variação patrimonial diminutiva é reconhecida antes da liquidação da despesa
orçamentária, mas podem ocorrer situações em que esse reconhecimento seja posterior à
liquidação da despesa orçamentária.

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Perceba que a questão está trabalhando com o fato gerador novamente. Nessa a abordagem é
feita em relação às despesas, também chamadas de variação patrimonial diminutiva. Já vimos
que pelo aspecto orçamentário a despesa é reconhecida no momento do empenho e no segun-
do estágio de execução há a liquidação. No momento do empenho afirmamos que há despesa
orçamentária por força do art. 35 da Lei n. 4.320/64, no entanto, não há nesse momento uma
despesa sob o enfoque contábil.

Misericórdia, professor!!! Explica isso daí?

Toda hora, uai! A despesa sob o enfoque contábil vai gerar um decréscimo no patrimônio da
entidade do setor público; também por isso é chamada de variação patrimonial diminutiva. Essa
é a visão patrimonial.
Na visão orçamentária a despesa ocorre no momento do empenho, mas vem cá.... qual decrés-
cimo patrimonial ocorre no momento do empenho? Nenhum, né? O que ocorre ali são movimen-
tações de dotação orçamentária, de reserva de créditos orçamentários antes aprovados. Não
há decréscimo patrimonial. Por isso dizemos que é uma despesa pelo aspecto orçamentário e
isso é uma forma de conciliar os aspectos da Lei n. 4.320/64 com os princípios de contabilidade.
Pronto! Voltamos para a questão. Na liquidação da despesa (art. 63 da Lei n. 4.320/64) há o
reconhecimento, pela entidade do setor público, da obrigação de pagamento. Esse momento
poderá ser realizado antes ou posterior ao fato gerador da despesa. Exemplos:

Liquidação da despesa orçamentária (Art. 63, Lei n. 4.320/64)


Antes do FG Após o FG

Seguros pagos antecipadamente;


Pagamento de 13º salário;
Assinaturas de jornais e revistas (pagamento em
Pagamento de férias de servidores.
janeiro e vigência anual).

Certo.

014. (CESPE/DPDF/CONTADOR/2022/Q2353487) Uma variação patrimonial aumentativa


(VPA) pode ser reconhecida mesmo depois da arrecadação da receita orçamentária.

Perceba a insistência do Cespe sobre esse assunto em suas últimas provas. Assim como as
despesas (VPD) as receitas (VPA) podem ser reconhecidas contabilmente após o estágio de
execução orçamentária denominado arrecadação. Quer um exemplo?

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No âmbito municipal tem o IPTU que depende da legislação, mas o mais comum é que seu fato
gerador seja realizado em 01/01, mas o imposto é recebido pelo município a partir de março. O
reconhecimento contábil da VPA é feito em janeiro – coincidente com o fato gerador.
Certo.

015. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2021/


Q1586580) O registro dos fatos relacionados com a execução orçamentária deve obedecer ao
mesmo regime contábil aplicado aos fatos que alteram o patrimônio das entidades públicas.

Na execução orçamentária os registros contábeis são realizados pelo regime misto (caixa para
as receitas e competência para as despesas). Os registros contábeis sob o enfoque patrimonial
são realizados pelo regime de competência.
Mapa mental:

Errado.

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3. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Campo de Aplicação


O campo de aplicação da contabilidade pública é delimitado pela Lei n. 4.320/64. Essa lei
é a responsável pela definição de uma série de procedimentos aplicáveis à contabilidade no
setor público. Em seu preâmbulo consta que ela: “estatui normas gerais de direito financeiro
para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito Federal”.
Em seu título X, a Lei n. 4.320/64 coloca em seu bojo as autarquias e fundações ao
prever que:

Art. 107. As entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive de previdência social ou investidas de


delegação para arrecadação de contribuições parafiscais da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito Federal terão seus orçamentos aprovados por decreto do Poder Executivo, salvo se
disposição legal expressa determinar que o sejam pelo Poder Legislativo. (Vide Decreto n. 60.745,
de 1967)
Parágrafo único. Compreendem-se nesta disposição as empresas com autonomia financeira e
administrativa cujo capital pertencer, integralmente, ao Poder Público.
(...)
Art. 110. Os orçamentos e balanços das entidades já referidas, obedecerão aos padrões e normas
instituídas por esta lei, ajustados às respectivas peculiaridades.
Parágrafo único. Dentro do prazo que a legislação fixar, os balanços serão remetidos ao órgão
central de contabilidade da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, para fins de
incorporação dos resultados, salvo disposição legal em contrário.

No que diz respeito às entidades que estão sujeitas às normas da Contabilidade Pública,
na doutrina não há consenso. De acordo com muitos autores, empresas públicas e socieda-
des de economia mista que integrarem os orçamentos fiscal e da seguridade social devem
obedecer às normas de contabilidade aplicada ao setor público. De outro modo, há autores
que se limitam a incluir no rol da contabilidade pública somente as autarquias e fundações.
Portanto, não há consenso. Nesse caso, a melhor alternativa para apoiar nossas decisões
são os posicionamentos das bancas de concursos públicos.
Veja bem qual foi o posicionamento do Cespe em concurso do Ministério Público da União
no ano de 2013:

(...) as empresas de capital aberto que não estão contempladas no orçamento de investimentos,
mas constam do orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo de aplicação da conta-
bilidade pública e são isentas das exigências da contabilidade empresarial.

Na visão da banca examinadora, essa questão está incorreta, mas seu erro está centra-
lizado na afirmativa de que as empresas de capital aberto prescindem das exigências da
contabilidade empresarial. Logo, meu caro(a) companheiro(a) de estudos, é correto afirmar
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que, para o Cespe, as empresas de capital aberto que não estão contempladas no orçamento
de investimentos, mas constam no orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo
de aplicação da contabilidade pública.
Quando se fala em campo de aplicação da contabilidade governamental é necessário
fazer alguns alertas, pois tivemos recentemente a revogação da NBC T 16.1 – Conceituação,
Objeto e Campo de Aplicação e como os examinadores gostam de cobrar novidades, fique-
mos atentos.

3.1. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – de acordo com a


Revogada NBC T 16.1 e com a NBC TSP – Estrutura Conceitual
Feita a ressalva que a referida NBC foi revogada pela NBC TSP – Estrutura Conceitual,
vamos conceituar o campo de aplicação que era previsto anteriormente. De acordo com a
NBC T 16.1 constitui campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público:

7. O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades


do setor público.
8. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas
próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:
a) integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais;
b) parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de
prestação de contas e instrumentalização do controle social.

A revogação da referida norma não altera o campo de aplicação da contabilidade gover-


namental, contudo, o concurseiro deve se manter atento, principalmente aquele que já tinha
estudado a NCT 16.1, pois a Estrutura Conceitual trouxe novidades.
A primeira delas diz respeito ao termo. Atualmente não temos mais “campo de aplicação”
da contabilidade governamental nas normas brasileiras, mas sim, alcance. De acordo com a
Estrutura Conceitual, seu alcance é detalhado da seguinte maneira:

1.8A. Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito
de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus res-
pectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos,
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder
público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).

Vamos esquematizar?

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Outro esquema gráfico aplicável:

Temos aqui um conceito necessário de esclarecimentos, concorda? O que é uma estatal


dependente? A própria Estrutura Conceitual cuidou de esclarecer o termo em seu item 1.8B,
ao afirmar que as empresas estatais dependentes são empresas controladas que recebem do
ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal, despesas
de custeio em geral ou despesas de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes
de aumento de participação acionária.

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Assim quando formos definir se uma empresa estatal é dependente, devemos usar um
check list para chegarmos à conclusão; e não errar na prova.

Veja que interessante, se a empresa for controlada, receber recursos para o pagamento
de despesas de pessoal e custeio em geral, receber recursos para pagamento de despesas
de capital, será considerada estatal dependente. Caso os recursos repassados pelo Ente con-
trolador a uma empresa estatal se caracterizem como aumento de participação acionária,
por si só, não a transforma em estatal dependente, ok? Fiquemos ligados na fita!
Vamos aproveitar a onda e conceituar empresas estatais independentes? Bora ou vamos?
Se liga então:

(...) as empresas estatais independentes são todas as demais empresas controladas pelas entidades
do setor público que não se enquadram nas características expostas no item 1.8B, as quais, em
princípio, não estão no alcance desta estrutura conceitual e das demais NBCs TSP (ver item 1.8D).

Por fim, a Estrutura Conceitual criou uma decisão discricionária para algumas entidades
ao afirmar em seu item 1.8D que:

(...) as demais entidades não compreendidas no item 1.8A, incluídas as empresas estatais indepen-
dentes, poderão aplicar esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP de maneira facultativa ou
por determinação dos respectivos órgãos reguladores, fiscalizadores e congêneres.

Contudo, caso algum órgão regulador ou fiscalizador determine à entidade inicialmente


fora do alcance da NBC TSP, a adoção da referida norma, ela entra no alcance. Fiquem ligados
nas pegadinhas, combinado? 😊
Sabe por que é importante estudar isso? Por isso mesmo, porque é cobrado em provas,
então vamos resolver mais uma questão:

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016. (CESPE/ABIN/2018) A respeito da estrutura conceitual que fundamenta a elaboração


e a divulgação dos relatórios contábeis de propósitos gerais das entidades do setor público
(RCPGs), julgue o item que se segue.
A estrutura conceitual se aplica não somente aos governos federal, estadual, municipal e dis-
trital, mas, também, às autarquias e às fundações mantidas pelo poder público, aos fundos e
consórcios públicos.

De acordo com o item 1.8A da Estrutura Conceitual podemos afirmar que o gabarito desta
questão é correto, pois afirma que as NBCs TSP se aplicam, obrigatoriamente, às entidades do
setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito
de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus
respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público),
órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas
pelo poder público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das
administrações direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
Certo.

O PULO DO GATO
Temos uma polêmica quando o assunto é alcance das NBC TSP e os Conselhos de Regula-
mentação Profissional. A NBC T 16.1 incluía essas organizações no rol daquelas que devem
observá-la, a Estrutura Conceitual é silente a respeito dessas organizações. Os Conselhos de
Regulamentação Profissional são autarquias, portanto, essas entidades estão dentro do alcance
obrigatório da Estrutura Conceitual, de acordo com a visão do Conselho Federal de Contabilida-
de. Contudo, o MCASP torna facultativa a aplicação das normas contábeis aplicadas ao setor
público para essas entidades. Vamos esquematizar esse trem?

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Outro aspecto merecedor de atenção é quando falamos acerca do alcance das normas
brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público e os Serviços Sociais Autônomos,
conhecidos como Sistema “S”, composto por:
• SESI;
• SENAI;
• SENAT;
• SENAC;
• SESC;
• SEBRAE;
• SENAR;
• SEST;
• SESCOOP.

De acordo com a NBC TSP – Estrutura Conceitual, emitida pelo Conselho Federal de
Contabilidade as entidades do Sistema S estão fora do alcance das normas contábeis apli-
cadas ao setor público por se tratar de entidades sem fins lucrativos. A elas aplicam-se as
determinações previstas na ITG 2002 (R1) – Entidades sem fins lucrativos. Anteriormente,
por meio da revogada NBC T 16.1, o Sistema S era obrigado a aplicar as normas destinadas
ao setor público.
Como treta pouca é bobagem, em maio de 2019 o Tribunal de Contas da União decidiu que
o Sistema S está obrigado a aplicar as normas de contabilidade voltadas ao setor público. Se
liga concurseiro! Veja aí a reportagem na íntegra < https://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/
sistema-s-deve-utilizar-normas-contabeis-aplicadas-ao-setor-publico.htm>
Em decisão recente, por meio do Acórdão n. 1567 – Plenário do Tribunal de Contas da
União, publicado no Diário Oficial da União em 17/06/2020 tivemos a seguinte decisão:

ACORDAM os ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do Plenário, ante as


razões expostas pelo Relator, em:
9.1. considerar cumprida a determinação contida no item 9.2.2 do acórdão 991/2019-TCU-Plenário;
9.2. fixar o entendimento de que se aplicam aos serviços sociais autônomos, em complemento
às Normas Brasileiras de Contabilidade expedidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, as
normas de contabilidade pública emitidas pela Secretaria do Tesouro Nacional, na condição de
órgão central do sistema de contabilidade federal;
9.3. dar ciência desta decisão aos entes nacionais do Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional
de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social do Transporte (Sest), Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte (Senat), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), à Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), à Associação das Pioneiras
Sociais (APS) e à Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater);
9.4. encerrar o processo e arquivar os presentes autos.

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É isso, caso conste em sua prova, fique atento ao enunciado e o alcance da Contabilidade
Aplicada ao Setor Público.

3.2. Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Aplicabilidade das


Normas
Atualmente contamos com duas fontes fundamentais quando nos referimos às normas
de contabilidade que são aplicadas ao setor público, sendo elas:
• Normas Brasileiras Contábeis Técnicas, e
• Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público.

As normas brasileiras contábeis técnicas são documentos emitidos pelo Conselho Federal
de Contabilidade e, como normas, são de aplicabilidade obrigatória por aqueles que operam
a Ciência da Contabilidade no âmbito público. Já o que o Manual de Contabilidade Aplicado
ao Setor Público (MCASP) é documento emitido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN),
que é órgão central de contabilidade aplicada ao setor público no Brasil. Como órgão central
de contabilidade no Brasil, a STN regulamenta os padrões contábeis no âmbito da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
Embora a STN e o CFC tenham grupos de trabalhos conjuntos e realizem a padronização
contábil na busca do processo de convergência das normas nacionais à internacionais, even-
tualmente vamos perceber que um assunto foi regulado pelo CFC e não foi regulado pela STN
e vice-e-versa.
Quando se trata da aplicabilidade das normas de contabilidade a STN e o CFC possuem enten-
dimento alinhado e de acordo com ambos, as entidades detalhadas abaixo devem realizar seus
procedimentos em consonância com as normas emitidas por eles, com uma diferença que, um
tem adoção obrigatória, outro, facultativa, conforme já detalhamos nos itens anteriores.

4. Princípios da Contabilidade
A Contabilidade é entendida como uma ciência social assim como a administração, o
direito, a sociologia. Como ciência social, a contabilidade conta com princípios que servem
para delimitar de forma objetiva suas diretrizes. Independente do setor em que está inserida
a entidade, seu porte, seu enquadramento tributário, todas devem observar os princípios de
contabilidade na preparação e divulgação de seus relatórios contábeis.
Tais princípios foram sendo criados ao longo do próprio desenvolvimento da ciência e,
no Brasil, foram regulados pela Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n. 750/93.
Contudo, esta resolução foi revogada pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Professor, então quer dizer que não precisamos mais estudar os princípios de contabilidade?

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Muito antes, pelo contrário. É necessário continuar estudando os princípios. Afinal de


contas a contabilidade é uma ciência social e inconcebível imaginar uma ciência social sem
seus princípios. Os princípios são divididos em seis e um recurso mnemônico que facilita a
memorização é a palavra: PRECOCe. Veja:
P Prudência

R Registro pelo Valor Original


E Entidade
C Competência
O Oportunidade
C Continuidade
e vai de brinde
Embora revogada, a Res. CFC n. 750/93 continua importante por seus aspectos didáticos
e, principalmente, porque sua leitura e entendimento facilita a compreensão da Estrutura
Conceitual, visto que os princípios constam no documento, de forma implícita. Ah, tem mais
um detalhe absolutamente importante: ela consta no edital
Por fim, cumpre destacar que a observância dos Princípios de Contabilidade é obrigató-
ria no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC).

4.1. Entidade
O princípio da entidade é um dos mais exigidos por bancas de concursos públicos. O pri-
meiro fator a ser destacado acerca deste princípio reside no objeto da contabilidade. É por
força do princípio da entidade que se entende o patrimônio como objeto da contabilidade.
O segundo fator está concentrado na separação dos patrimônios existentes, dos sócios e
da entidade que reporta a informação. Estes patrimônios não podem se confundir, portanto,
devem manter-se separados.

Professor, qual a necessidade de separar esses patrimônios? Não é tudo a mesma coisa?

Não é, não. Primeiro, qual seria a motivação de um empreendedor em criar algo sabendo
que seu patrimônio particular poderá ser alcançado por credores? Imagine, o cara cria algo,
decreta falência e ele perde a casa própria para pagar dívidas? Sabemos que no ramo do
Direito há esta possibilidade de avanço no patrimônio do particular, mas este não é o escopo
desta aula.
Agora um exemplo real, um servidor resolve abrir um restaurante na Serra Gaúcha e toma
empréstimos consignados para criar capital de giro, notou que ele confundiu os patrimônios?
O negócio não prospera e ele decreta falência do restaurante. O que poderia ser somente

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um mau negócio torna-se um drama, porque o crédito consignado continuará na folha deste
servidor por muitos anos, comprometendo seus rendimentos.
Perceba, com este exemplo, que o princípio da Entidade não é algo apenas para ser cobrado
em provas. Ele precisa ser aplicado na vida real. Em tempo, nunca tive restaurante.
Nas questões de concursos, atenção, apareceu a palavrinha patrimônio, há grandes chan-
ces de ser referente ao princípio da entidade.

DICA
O Princípio da Entidade se afirma, para o ente público, pela au-
tonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente.
A autonomia patrimonial tem origem na destinação social do
patrimônio e a responsabilização pela obrigatoriedade da pres-
tação de contas pelos agentes públicos.

4.2. Continuidade
O princípio da continuidade é relevância no contexto da contabilidade, porque em decor-
rência deste princípio há o entendimento de que a entidade continuará em operação do futuro.

Professor, qual a relevância de presumir que uma entidade continuará em operação?

É porque essa presunção influenciará a forma como as entidades reconhecerão seus ativos
e passivos. Por exemplo, se for especificado que uma determinada entidade tem, no máximo,
mais 03 (três) anos de operação, ela deverá ajustar o reconhecimento da depreciação – apenas
um exemplo –, para o período estipulado, alinhado ao tempo de vida da entidade. Portanto,
este princípio é importante para a definição das políticas contábeis aplicadas.

Obs.: No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimen-


to da destinação social do seu patrimônio, ou seja, a continuidade da entidade se dá
enquanto perdurar sua finalidade.

4.3. Oportunidade
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação
contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. Por esta razão, este princípio deter-
mina que o registro contábil deve ser realizado correta e completamente e, sobretudo, em
momento oportuno.

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Nos anos longínquos existiu no Brasil um slogan bastante famoso que dizia: “aconteceu,
virou manchete”. O princípio da oportunidade é similar: “aconteceu, registra-se”. Com este
procedimento a informação contábil será tempestiva e útil, afinal de contas, de que adianta
divulgar uma informação dois anos após sua ocorrência?

DICA
O Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade
e à fidedignidade dos processos de reconhecimento, mensu-
ração e evidenciação da informação contábil, dos atos e dos
fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade
pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade
aplicadas ao Setor Público.
A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade
de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, inde-
pendentemente do cumprimento das formalidades legais para
sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência
sobre a forma.

4.4. Registro pelo Valor Original


Este princípio especifica que os registros contábeis serão realizados primariamente pelo
custo histórico original da transação. Por exemplo, uma nota fiscal de compra de matéria-
-prima será registrada pelo seu valor de face. Um veículo adquirido será contabilizado pelo
seu valor histórico, pelo valor detalhado na nota fiscal (mais custos diretamente vinculados
à transação). Após integrado ao patrimônio da entidade do setor público, o custo histórico
poderá sofrer variações e o ativo anteriormente reconhecido poderá ser tratado pelo custo
histórico ajustado ou valor justo.

Professor, dá para apresentar um exemplo?

Dá demais, uai. Imagine uma entidade que tenha adquirido um veículo que servirá como
viatura na polícia civil. Este veículo precisa ser reconhecido contabilmente por um valor e a
entidade utilizará o valor presente na nota fiscal, certo? Pois é, este é o valor histórico. Pos-
teriormente teremos procedimentos de depreciação e redução ao valor recuperável, mas o
valor histórico permanecerá registrado, de acordo com a documentação comprobatória.

DICA
Nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o
valor original dos componentes patrimoniais.
Valor Original, que ao longo do tempo não se confunde com o
custo histórico, corresponde ao valor resultante de consensos
de mensuração com agentes internos ou externos, com base
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em valores de entrada — a exemplo de custo histórico, custo


histórico corrigido e custo corrente; ou valores de saída — a
exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor pre-
sente do fluxo de benefício do ativo e valor justo.

4.5. Competência
O princípio da competência exige que o impacto patrimonial seja reconhecido no momento
da sua ocorrência e não no momento do seu pagamento ou recebimento. O exemplo clássico
é o décimo terceiro salário que, geralmente, é pago em dezembro. Contudo, seu fator gera-
dor acontece ao longo do exercício social e por essa razão, o registro contábil é realizado ao
longo do ano.
A cada período transcorrido e que o funcionário adquire o direito de 1/12 avos, a entidade
que reporta a informação reconhecerá a despesa com 13º salário (uma variação patrimonial
diminutiva – VPD), independente do fato que o pagamento ocorrerá somente em dezembro.
Em uma linha de tempo o reconhecimento das despesas de décimo terceiro salário de um
funcionário com salário mensal de R$ 12.000 será realizado da seguinte forma:

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A cada mês com o reconhecimento de R$ 1.000 e ao final do período a entidade terá


reconhecido os 12 mil reais necessários. Além do reconhecimento da despesa no período a
entidade deve reconhecer, também, o décimo terceiro a pagar, que também segue o regime
de competência.

DICA
O princípio da competência aplica-se integralmente ao setor
público.

4.6. Prudência
A Contabilidade é uma ciência prudente, ela não reconhece o aumento patrimonial antes
do momento adequado. Por esta razão opta por, diante de situações igualmente válidas, reco-
nhecer o menor valor para o ativo e o maior para o passivo. Esta postura, também conhecida
pelo termo conservadorismo, faz com que a contabilidade reconhece o menor valor para o
patrimônio líquido.

DICA
A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou
um passivo já escriturado por determinados valores, segundo
os Princípios do Valor Original, surgirem possibilidades de novas
mensurações.
A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos
ou a situações classificáveis como manipulação do resultado,
ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo
contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da
Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência
de valores fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, espe-
cialmente gestores, ordenadores e controladores.

Vamos esquematizar os princípios da Contabilidade:

017. (AOCP/ALE-RN/CONTADOR/2022/Q2593582) Considerando os princípios fundamen-


tais da contabilidade, assinale a alternativa correta.
a) O Princípio da Entidade entende que o Patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não
é verdadeira.

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b) O Princípio da Competência reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade.


c) O princípio do Registro pelo Valor Original pressupõe que a Entidade continuará em operação
no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam
em conta essa circunstância.
d) O Princípio da Oportunidade pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de
despesas correlatas.
e) O Princípio da Prudência determina a adoção do maior valor para os componentes do ativo e
do menor para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para
a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O princípio da Entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a sua


autonomia patrimonial. Já o princípio da competência determina o reconhecimento dos fatos
contábeis por seu fato gerador, independente do recebimento ou do pagamento. O princípio do
registro pelo valor original determina que os registros contábeis serão realizados primariamente
pelo custo histórico original da transação. É o princípio da continuidade que especifica que a
entidade continuará operando; por sua vez, o princípio da oportunidade determina que os fatos
contábeis sejam reconhecidos de imediato. Por fim, o princípio da prudência orienta no sentido
que, diante de alternativas igualmente válidas, os responsáveis pela governança nas entidades
devem optar pelo menor valor para o ativo e o maior valor para o passivo; sem que com isso
seja afetada a neutralidade da informação.
Por isso, todos os itens estão incorretos e a questão foi anulada.
Anulada.

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RESUMO

Conceito de Contabilidade

A Contabilidade é uma ciência social que estuda o Patrimônio de uma entidade econômi-
co-administrativa, seja essa entidade uma pessoa física ou jurídica, se tiver Patrimônio, entra
no escopo da Contabilidade.

Conceito de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no


processo gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas contábeis di-
recionados ao controle patrimonial de entidades do setor público.

Inovações na Contabilidade Aplicada ao Setor Público

O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-administrativas. Sempre!


O processo de convergência das normas contábeis nacionais às normas contábeis inter-
nacionais trouxe inovações no âmbito da contabilidade aplicada ao setor público, pois realizou
a segregação das informações orçamentárias e patrimoniais. A contabilidade deixou de ser
um instrumento de controle orçamentário e tornou-se um instrumento de controle patrimo-
nial. Os registros dos fatos que alteram o patrimônio público passaram a ser realizados sob
o regime de competência.

Princípios de Contabilidade

São 06 (seis) os Princípios de Contabilidade:


• Prudência
• Registro pelo valor original
• Entidade
• Continuidade
• Oportunidade
• Competência
• e vai de brinde.

Um recurso mnemônico que auxilia a recordar os Princípios da Contabilidade é a pala-


vra PRECOCe.

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Alcance das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

A estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades


do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs.
Estão compreendidos no conceito de entidades do setor público:
• os governos nacionais;
• estaduais;
• distrital e municipais e seus respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as
defensorias e o Ministério Público);
• órgãos;
• secretarias;
• departamentos;
• agências;
• autarquias;
• fundações (instituídas e mantidas pelo poder público);
• fundos;
• consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações direta
e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).

Aplicabilidade Entidades

Governos nacional, estaduais, distritais e municipais, assim como seus


respectivos poderes, inclusive os tribunais de contas, as defensorias
públicas e o Ministério Público.
Obrigatoriamente: às entidades do setor
público quanto à elaboração e divulgação
Órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações
dos RCPGs.
instituídas e mantidas pelo poder público.

Para a STN, todas as entidades do orçamento fiscal e seguridade social

Empresas estatais independentes


Não estão abrangidas, mas podem aplicar a
estrutura conceitual e as demais NBCs de
Demais entidades
maneira facultativa ou por determinação
dos respectivos órgãos reguladores,
fiscalizadores e congêneres. De acordo com a STN, todas as entidades do orçamento de
investimentos.

Definição de Empresa Estatal Dependente

Uma empresa estatal dependente – EED é uma controlada que recebe do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou custeio em geral ou de ca-
pital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participações acionária.
Esse conceito é trazido pelo art. 1º, II da Lei Complementar n. 101/2000.

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NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

Conselhos de Regulamentação Profissional e Normas Brasileiras de Contabili-


dade Aplicadas ao Setor Público

Muita atenção deve ser direcionada aos Conselhos de Regulamentação Profissional quando
o assunto é a adoção ou não das práticas contábeis aplicadas ao setor público. De acordo
com o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Estrutura Conceitual, tais entidades
devem observar obrigatoriamente as NBCs TSP.
Contudo, o MCASP, emitido pela STN torna a adoção das NBCs TSP facultativa para os
Conselhos de Regulamentação Profissional. Logo, devemos ter muita atenção com os enun-
ciados das questões.
Por fim, informação extremamente recente:

De acordo com a NBC TSP – Estrutura Conceitual, emitida pelo Conselho Federal de
Contabilidade as entidades do Sistema S estão fora do alcance das normas contábeis apli-
cadas ao setor público por se tratar de entidades sem fins lucrativos. A elas aplicam-se as
determinações previstas na ITG 2002 (R1) – Entidades sem fins lucrativos. Anteriormente,
por meio da revogada NBC T 16.1, o Sistema S era obrigado a aplicar as normas destinadas
ao setor público.
Como treta pouca é bobagem, em maio de 2019 o Tribunal de Contas da União decidiu
que o Sistema S está obrigado a aplicar as normas de contabilidade voltadas ao setor público.

Princípios de Contabilidade

Os princípios são divididos em seis e um recurso mnemônico que facilita a memorização


é a palavra: PRECOCe. Veja:
P Prudência
R Registro pelo Valor Original
E Entidade
C Competência
O Oportunidade
C Continuidade
e vai de brinde
No contexto de variações patrimoniais existem os conceitos da fatos contábeis modifica-
tivos, permutativos e os mistos. Os fatos contábeis modificativos são aqueles que alteram o
Patrimônio Líquido. Os fatos contábeis permutativos não alteram o patrimônio líquido e os
fatos contábeis mistos são aqueles que envolvem um fato contábil misto e um permutativo
simultaneamente.

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

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NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

MAPAS MENTAIS

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Introdução à Contabilidade
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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

QUESTÕES DE CONCURSO

001. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA


CONTABILIDADE/2019) Caso a única receita de um conselho federal profissional seja oriunda
das contribuições dos profissionais registrados, as normas de contabilidade pública devem
ser aplicadas aos registros desse conselho.

002. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA


CONTABILIDADE/2019) Independentemente de sua personalidade jurídica, toda entidade
que emprega recursos públicos deve elaborar relatórios contábeis de propósitos gerais das
entidades do setor público.

003. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA


CONTABILIDADE/2019) Do ponto de vista orçamentário, deve-se adotar o regime misto de
contabilização tanto das receitas quanto das despesas.

004. (FUNDATEC/PREFEITURA DE PORTO ALEGRE-RS/AUDITOR DE CONTROLE INTER-


NO/2019) Levando em conta o disposto na legislação e nas normas vigentes no Brasil a
respeito da contabilidade aplicada ao setor público, em especial em relação aos regimes
contábeis, qual das afirmativas a seguir NÃO está correta?
a) De acordo com a Lei n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a despesa e a assunção
de compromisso serão registradas segundo o regime de competência.
b) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o sistema orçamentário deve registrar, no exercício fi-
nanceiro, a despesa pelo regime de competência e a receita pelo de caixa.
c) De acordo com o MCASP – 8ª edição, no sistema patrimonial (contas de natureza de infor-
mação patrimonial), as receitas são registradas pelo regime de caixa e as despesas, pelo de
competência.
d) Segundo a Lei n. 4.320/1964, a contabilidade deve evidenciar as variações patrimoniais,
independentes ou resultantes da execução orçamentária.
e) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, as variações
patrimoniais, diminutivas ou aumentativas, devem levar em conta o regime de competência.

005. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) A con-


tabilidade tem um vasto campo de atuação. Na Administração Pública, ela está voltada para:
a) as contas da União, apenas.
b) as contas dos Estados.
c) as contas da União e dos Estados.
d) as contas das pessoas de direito público e de direito privado.
e) centralização nas pessoas de direito público.

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006. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) A Lei


n. 4.320/64 estatui normas de finanças e contabilidade pública, e permite que as empresas
públicas se utilizem principalmente do regime contábil:
a) de caixa.
b) de competência.
c) misto.
d) de contrapartidas.
e) de partidas simples.

007. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) A


Contabilidade Pública é o ramo da Contabilidade que tem como objeto o patrimônio público
e suas variações. Sua finalidade é:
a) manter atualizado o patrimônio das empresas públicas
b) fornecer aos gestores informações atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas de decisões.
c) controlar as receitas e as despesas públicas.
estudar e analisar as transações financeiras e econômicas das empresas públicas.
d) manter os registros contábeis das empresas públicas.

008. (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) A adoção do regime de competência nas entidades


do setor público para gerar informações patrimoniais requer atenção quanto às regras para
reconhecimento das etapas da execução orçamentária.
Assim, quando o fato gerador de um passivo exigível ocorrer antes do empenho, ou entre o
empenho e a liquidação orçamentária, a entidade:
a) deve registrar o fato somente em contas de controle.
b) deve aguardar a emissão do empenho para registrar o passivo.
c) deve registrar uma etapa chamada “empenho em liquidação”.
d) não deve relacionar visão patrimonial com regras orçamentárias.
e) não deve registrar o passivo exigível antes da liquidação orçamentária.

009. (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) Um requisito essencial para que um evento seja re-


conhecido pelo regime de competência é o(a):
a) emissão da nota fiscal.
b) manutenção dos riscos e benefícios.
c) ocorrência do fato gerador.
d) prazo exato de realização financeira.
e) recebimento ou entrega de produtos ou serviços.

010. (AOCP/UFPB/TÉC. CONTABILIDADE/2019) No que diz respeito aos regimes contábeis


da área pública, assinale a alternativa correta.

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

a) No regime de competência, toda receita e toda despesa do exercício pertencem ao próprio


exercício, embora já empenhadas, ou seja, uma vez terminada a vigência do orçamento, passam
para o exercício seguinte, a fim de serem arrecadadas ou pagas.
b) O regime de caixa determina que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios de
acordo com a real incorrência, ou seja, de acordo com a data do fato gerador e não quando são
recebidas ou pagas em dinheiro.
c) No regime de competência, tanto as receitas por arrecadar, ainda que lançadas, como as des-
pesas empenhadas e a liquidadas, porém não pagas, devem ser transferidas para o orçamento
do exercício financeiro seguinte.
d) O regime de caixa é o período em que se executa o orçamento. Quando o ano financeiro não
coincide com o ano civil, existe a necessidade de um período adicional.
e) No regime de competência, a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e a
despesa paga nesse mesmo período. O regime de caixa compreende todos os recebimentos e
pagamentos efetuados no exercício.

011. (AOCP/UFPB/TÉC. CONTABILIDADE/2019) Segundo os Art. 34 e 35 da Lei n. 4.320/1964,


o exercício financeiro, na contabilidade pública, coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de
janeiro a 31 de dezembro de cada ano. Nesse sentido, é correto afirmar que pertencem ao
exercício financeiro as
a) receitas previstas.
b) despesas fixadas.
c) receitas nele arrecadadas.
d) receitas fixadas.
e) despesas previstas.

012. (COSEAC/UFF/TÉC. CONTABILIDADE/2019) ) O espaço de atuação do Profissional


de Contabilidade que demanda estudo, interpretação, identificação, mensuração, avaliação,
registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimo-
niais em entidades do setor público, denomina-se:
a) Patrimônio Público.
b) Instrumentalização do Controle Social.
c) Entidade do Setor Público.
d) Campo de Aplicação.
e) Normas e Técnicas Próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

013. (FCC/PREF. DE RECIFE/CONTADOR/2019) O art. 35 da Lei n. 4.320/1964 refere-


-se ao Regime
a) Orçamentário que deve ser atendido pelas empresas de economia mista municipais não
dependentes.

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NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

b) Contábil que deve ser atendido pelas fundações instituídas e mantidas pelo poder público
municipal.
c) Contábil que deve ser atendido pela Administração direta municipal.
d) Orçamentário que deve ser atendido pelas autarquias municipais.
e) Contábil que deve ser atendido pelas empresas municipais dependentes.

014. (FGV/PREF. NITERÓI/APPGG/2018) Leia o fragmento a seguir.


Tem gênese contábil: entre ativos e passivos, o administrador deve, em eventual escolha para
seus valores, optar pelos menores para os ativos e maiores para os passivos.
Esta definição se refere ao princípio da(o)
a) razoabilidade fiscal.
b) eficiência na Administração Pública.
c) responsabilidade fiscal.
d) equilíbrio orçamentário.
e) prudência na Contabilidade Pública.

015. (CESPE/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/2018) A respeito de contabilidade pública e


assuntos correlatos, julgue o item seguinte.
Visando atender à demanda de informações requeridas pelos usuários e possibilitar a análise de
demonstrações contábeis adequadas aos padrões internacionais, a nova contabilidade pública
passou a adotar os enfoques patrimonial, orçamentário e econômico.

016. (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/2018)


A respeito da receita orçamentária, julgue o item a seguir.
No Brasil, a contabilidade pública não está obrigada a evidenciar, de forma tempestiva, os fatos
ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial.

017. (CESPE/TRE-BA/TÉC. JUDICIÁRIO/CONTADOR/2017) A contabilidade aplicada ao


setor público tem como objeto
a) o caixa do setor público.
b) o balanço patrimonial do setor público.
c) a dívida pública.
d) o orçamento público.
e) o patrimônio público.

018. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) Acerca de contabilidade


pública, julgue o item a seguir.
O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é a prestação de contas, aos cidadãos, a
respeito da situação patrimonial das entidades públicas.

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

019. (CESPE/SEDF/ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL/CONTABILIDADE/2017) Julgue


o item a seguir, relativo aos conceitos de contabilidade pública.
O campo de aplicação da contabilidade pública restringe-se às aziendas, que têm por objetivo
metas econômicas e financeiras.

020. (FCC/TRT 20ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2016) Determinada


sociedade de economia mista recebeu, no exercício de 2015, do ente controlador recursos
financeiros destinados ao pagamento de despesas de pessoal e de custeio em geral, no valor
de R$ 37.500.000,00. Considerando a destinação dos recursos transferidos pelo ente contro-
lador, é correto afirmar que trata-se de uma empresa estatal
a) dependente e está sujeita apenas as regras da contabilidade privada.
b) independente e está sujeita as regras da contabilidade orçamentária e patrimonial.
c) dependente, mas não está sujeita as regras de contabilidade aplicada ao setor público.
d) independente cujos recursos financeiros repassados pelo controlador contribui para evitar
prejuízos na empresa.
e) dependente e está sujeita as regras da contabilidade privada e da contabilidade aplicada ao
setor público.

021. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) Com referência à contabi-


lidade aplicada ao setor público, julgue o item subsequente.
Deve aplicar normas de contabilidade pública fundação pública de direito privado que receba
recursos do estado do Pará para o custeio de suas atividades.

022. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/CONTADOR/2016) Conforme o disposto nas Normas


Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da CASP é
a) um conjunto de procedimentos administrativos que objetivam adquirir materiais, contratar obras
e serviços, alienar ou ceder bens a terceiros, observando os princípios da administração pública.
b) a mensuração, a estruturação e as variações que geram reflexos no patrimônio público, além
de apresentar temas específicos, como o sistema de custos.
c) determinar os valores pelos quais os elementos patrimoniais devem ser reconhecidos e
apresentados nas demonstrações contábeis.
d) o conjunto de direitos e de bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, que seja porta-
dor ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços
públicos ou a exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
e) o orçamento público, contendo a discriminação da receita e da despesa de forma a evidenciar
a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo.

023. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/CONTADOR/2016) De acordo com as Normas Brasi-


leiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, a contabilidade aplicada ao setor público
(CASP) é o ramo da ciência contábil que

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

a) apresenta as disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício


orçamentário por meio do qual se viabiliza a execução das políticas.
b) compreende a apuração e a evidenciação dos indicadores estabelecidos pela Lei de Respon-
sabilidade Fiscal, a fim de verificar o equilíbrio das contas públicas.
c) compreende o registro e a evidenciação do orçamento público, que são a base para a elabo-
ração dos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos balanços públicos.
d) aplica, no processo gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas
contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público.
e) representa um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade governamental,
e apresenta o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em determinado período.

024. (CESPE/TCE-SC/AFCE/2016) A respeito do campo de aplicação e dos objetivos da


contabilidade pública, julgue o item a seguir.
Os objetivos da contabilidade aplicada ao setor público incluem informar os usuários da infor-
mação contábil relativa às mutações do patrimônio das entidades do setor público.

025. (CESPE/FUB/2015) É um objetivo da contabilidade aplicada ao setor público fornecer


aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orça-
mentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e de suas
mutações com fins de apoio ao processo de tomada de decisões.

026. (CESPE/PREVIC/CONTADOR/2011/ADAPTADA) O alcance da estrutura conceitual


aplicada ao setor público abrange obrigatoriamente os consórcios públicos e os fundos em
todos os seus aspectos operacionais.

027. (CESPE/TRE-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011/ADAPTADA) De acordo com o dispos-


to nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBCASP) e na Lei n.
4.320/64, os serviços sociais devem observar integralmente as normas e técnicas próprias
da contabilidade do setor público.

028. (CESPE/TRE-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011/ADAPTADA) O alcance da estrutura


conceitual aplicada ao setor público se estende a entidades de direito privado – inclusive,
para fora do âmbito do setor público propriamente dito –, mas que, por disporem de recursos
públicos, estão sujeitas a prestação de contas contábil.

029. (CESPE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2018)


Os conselhos profissionais estão entre as entidades que devem observar parcialmente as
normas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, utilizando-as como ferramentas
de prestação de contas e de instrumentalização do controle social.

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Introdução à Contabilidade
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030. (INSTITUTO ACESSO/SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS-AM/


CONTADOR/2018) Analise as perguntas abaixo:
I – O dono de uma empresa subtrai valores do caixa decorrentes da atividade comercial para
pagar contas de sua residência. Ao fazê-lo, estará deixando de observar qual Princípio da
Contabilidade?
II – A empresa comercial vendeu mercadorias em janeiro de 2018, porém recebeu o valor ape-
nas em março do mesmo ano. O contador registrou a receita referente ao mês de janeiro. Qual
Princípio de Contabilidade é evidenciado?
III – Uma empresa provisiona os Créditos de Liquidação Duvidosa em 2% do valor das duplicatas
a receber emitidas no ano. Que Princípio de Contabilidade foi observado?
A alternativa cujos Princípios de Contabilidade preenchem respectivamente as perguntas acima é:
a) Oportunidade/Entidade/Prudência.
b) Entidade/Registro pelo Valor Original/Oportunidade
c) Competência/Registro pelo Valor Original/Oportunidade.
d) Entidade/Competência/Prudência.
e) Registro pelo Valor Original/Prudência/Oportunidade.

031. (IADES/CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA-BR/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2018)


Um lançamento de determinado fato contábil ocasionou uma variação qualitativa no patrimô-
nio da entidade. A esse respeito, é correto afirmar que houve
a) aumento do patrimônio líquido.
b) fato contábil modificativo.
c) alteração do patrimônio líquido em importância igual ao aumento do ativo.
d) troca entre os componentes patrimoniais do ativo e (ou) do passivo sem impacto sobre o
patrimônio líquido.
e) aumento do passivo e diminuição do patrimônio líquido.

032. (IADES/CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA-BR/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2018)


As informações a seguir foram extraídas de um balancete de verificação.

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Introdução à Contabilidade
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Considere o registro de um fato contábil permutativo envolvendo apenas contas do ativo, no


valor de R$ 250,00, e assinale a alternativa correta.
a) O saldo das contas devedoras diminuiu.
b) O saldo das contas credoras aumentou.
c) No patrimônio líquido, houve aumento de R$ 250,00.
d) O saldo das contas devedoras totalizou R$ 1.770,00.
e) No patrimônio líquido, houve diminuição de R$ 500,00

033. (AOCP/INSTITUTO TÉCNICO/CIENTÍFICO DE PERÍCIA-RN/PERITO CRIMINAL/CIÊN-


CIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS/2018) Os Princípios de Contabilidade repre-
sentam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, no seu sentido
mais amplo de ciência social, ela tem um objeto. Assinale a alternativa que evidencia o objeto
da contabilidade.
a) O gerenciamento contábil das entidades.
b) A apuração do lucro das entidades.
c) Geração de relatórios a seus proprietários.
d) O controle das entidades.
e) O patrimônio das entidades.

034. (QUADRIX/CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA/8ª REGIÃO-BA/


ASSISTENTE FINANCEIRO/2017) Os Princípios de Contabilidade surgiram do entendimento
científico e profissional e norteiam a conduta profissional na área. A descrição “as Receitas
e as Despesas devem ser incluídas na Apuração do Resultado do Período em que ocorreram,
sempre simultaneamente, quando se relacionarem, independente de recebimento e pagamen-
to” está relacionada ao Princípio do(a):
a) Prudência.
b) Registro pelo Valor Original.
c) Competência.
d) Oportunidade.
e) Entidade.

035. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO


FEDERAL DO PODER JUDICIÁRIO-BR/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA/CONTABILIDA-
DE/2016) Em função de fatores como a mensuração do ativo pelo valor presente, o princípio
do registro pelo valor original é compatível com a variação do custo histórico.

036. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO


FEDERAL DO PODER JUDICIÁRIO-BR/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA/CONTABILI-
DADE/2016) O princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação entre
ativos e passivos.

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037. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO


FEDERAL DO PODER JUDICIÁRIO-BR/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA/CONTABILI-
DADE/2016) O princípio da entidade reconhece a pessoa jurídica ou física como objeto da
contabilidade, de modo que se admite que essas entidades pertençam ao universo do patri-
mônio contábil.

038. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO


FEDERAL DO PODER JUDICIÁRIO-BR/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA/CONTABILI-
DADE/2016) As EFPC são desobrigadas de atender aos princípios de contabilidade em seus
registros contábeis, uma vez que a aplicação de tais princípios restringe-se a empresas ca-
racterizadas como sociedades anônimas.

039. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE-ES/FISCAL DE TRI-


BUTOS/2016) Considerando conhecimentos básicos de contabilidade, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade – CFC, atualmente denominam-se apenas
Princípios de Contabilidade – PC.
b) Os Princípios Contábeis são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência
social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.
c) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e
profissional.
d) São Princípios de Contabilidade: Princípio da Anterioridade, Princípio da Continuidade, Princípio
da oportunidade, Princípio do Registro pelo Valor Bruto, Princípio da competência e Princípio
do Conservadorismo.

040. (CESPE/SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA-BR/ANALISTA JUDICIÁRIO/APOIO ESPE-


CIALIZADO/CONTADORIA/2015) Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias
para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando todos os custos de aquisição. Em
31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor
de R$ 7,80, ao passo que o preço de venda unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50,
e o gasto estimado necessário para a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em
uma transação sem favorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no
mercado pelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015. Com base na situação
hipotética apresentada, julgue os próximos itens, considerando os princípios de contabilidade
aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Em atendimento ao princípio do registro pelo valor original, que indica o custo histórico como a
base de mensuração a ser utilizada para o registro inicial dos componentes patrimoniais, cada
unidade da mercadoria adquirida deve ser reconhecida ao preço de R$ 7,00.

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NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

041. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE IBIRAÇU-ES/CONTADOR/2015) De acordo com os


Princípios de Contabilidade, associe adequadamente as colunas a seguir.

( ) Pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração


1. Princípio da Entidade.
e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
( ) Determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados
2. Princípio da Continuidade.
pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
( ) Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia
3. Princípio da Oportunidade. patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo
dos patrimônios existentes.
4. Princípio do Registro pelo ( ) Refere‐se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais
Valor Original. para produzir informações íntegras e tempestivas. A sequência está correta em
a) 4, 1, 3, 2.
b) 2, 4, 1, 3.
c) 3, 1, 4, 2.
d) 1, 4, 2, 3.

042. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE IBIRAÇU-ES/CONTADOR/2015) Na aplicação dos


Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve preva-
lecer sobre seus aspectos formais. Sobre os Princípios de Contabilidade, assinale a alterna-
tiva correta.
a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão.
b) Os Princípios de Contabilidade são apenas uma fonte de consulta, não precisa usá‐los.
c) A observância dos Princípios de Contabilidade não é obrigatória no exercício da profissão.
d) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória somente para as grandes empresas.

043. (FCC/TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO/BR/ANALISTA JUDICIÁRIO/


ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) Em relação aos Princípios de Contabilidade sob a Perspec-
tiva do Setor Público, os Restos a Pagar não Processados referentes a Outros Serviços de
Terceiros – Pessoa Física, cuja prestação de serviços ainda tenha sido realizada, não devem
ser reconhecidos como um passivo porque fere o Princípio
a) da entidade.
b) da continuidade.
c) da competência.
d) da prudência.
e) do registro pelo valor original.

044. (IBFC/FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS-MG/ANALISTA DE SAÚDE/ÁREA FINANCEIRA/2014)


A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e cons-
titui condição de legitimidade:
a) Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
b) Das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

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NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

c) Conselho Regional de Contabilidade (CRC).


d) Para o contador.

045. (IBEG/COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTO DO MARANHÃO-MA/CONTADOR/2014)


A Loja de Brinquedos TOM & JERRY vendeu mercadorias, a prazo, em janeiro de 2013 e o
contabilista deixou para contabilizar a operação quando recebesse o valor da fatura, que se
daria em junho do mesmo ano. Tal procedimento está em conformidade com os Princípios
de Contabilidade? Assinale a alternativa que aponta a resposta correta:
a) Sim. Está de acordo com os princípios da oportunidade e da competência.
b) Sim. Está de acordo com o princípio da prudência.
c) Não. Fere os princípios da oportunidade e da competência.
d) Não. Fere o princípio da prudência.
e) Sim. O procedimento não é incompatível com nenhum princípio de contabilidade.

046. (VUNESP/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA CIÊN-


CIAS CONTÁBEIS/2014) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas
e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos
universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto
a) é o patrimônio das entidades.
b) são as normas contábeis atribuídas pelo Tribunal de Contas da União.
c) é o arcabouço de informações a investidores, governo e credores diversos.
d) é a representatividade econômica, financeira e qualitativa das informações contábeis.
e) são os investidores.

047. (FCC/DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO-SP/AGENTE DE DEFEN-


SORIA PÚBLICA/CONTADOR/2013) Em relação aos Princípios de Contabilidade, considere:
I – Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações concretas em que os aspectos
formais devem prevalecer sobre a essência das transações.
II – O Princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de
despesas correlatas.
III – Os princípios do Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária, Competência e Pru-
dência são princípios de contabilidade.
IV – O princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
De acordo com a Resolução CFC n. 750/93 e alterações posteriores, está correto o que se afir-
ma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

GABARITO

1. E 36. E
2. E 37. E
3. E 38. E
4. c 39. d
5. d 40. C
6. c 41. b
7. b 42. a
8. c 43. c
9. c 44. b
10. a 45. c
11. c 46. a
12. d 47. a
13. d
14. e
15. C
16. E
17. e
18. E
19. E
20. e
21. C
22. d
23. d
24. C
25. C
26. C
27. E
28. C
29. E
30. d
31. d
32. d
33. e
34. c
35. C

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

GABARITO COMENTADO

001. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA


CONTABILIDADE/2019) Caso a única receita de um conselho federal profissional seja oriunda
das contribuições dos profissionais registrados, as normas de contabilidade pública devem
ser aplicadas aos registros desse conselho.

Ótima questão para nos dar um norte sobre como proceder nas questões sobre este assunto.
Como visto, caso a banca não cite as NBC TSP, seu posicionamento é de acordo com a Secretaria
do Tesouro Nacional, portanto, muita atenção deve ser direcionada aos Conselhos de Regula-
mentação Profissional quando o assunto é a adoção ou não das práticas contábeis aplicadas
ao setor público. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Estrutura
Conceitual, tais entidades devem observar obrigatoriamente as NBCs TSP.
Contudo, o MCASP, emitido pela STN torna a adoção das NBCs TSP facultativa para os Conse-
lhos de Regulamentação Profissional. Logo, devemos ter muita atenção com os enunciados
das questões.

Esquema Gráfico

Errado.

002. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA


CONTABILIDADE/2019) Independentemente de sua personalidade jurídica, toda entidade
que emprega recursos públicos deve elaborar relatórios contábeis de propósitos gerais das
entidades do setor público.

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NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

Perceba como o Cespe vem insistindo neste assunto, duas questões na mesma prova, então é
um ótimo indicativo. Para iniciar os comentários desta questão vamos partir do esquema gráfico:

Veja que as NBC TSP se aplicam obrigatoriamente às entidades do setor público. Contudo há
o caso, por exemplo, das entidades do terceiro setor que recebem recursos públicos para sua
aplicação em convênios e termos de parceria. O fato de administrarem recursos públicos não
transforma estes organismos em entidades do setor público, portanto, não devem aplicar as
NBC TSP. No entanto, devem adotar procedimentos específicos capazes de possibilitar a trans-
parência e a fiscalização da aplicação dos recursos que administram.
Errado.

003. (CESPE/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA


CONTABILIDADE/2019) Do ponto de vista orçamentário, deve-se adotar o regime misto de
contabilização tanto das receitas quanto das despesas.

O regime para reconhecimento das receitas e das despesas orçamentárias, adotado no Brasil
para a CASP é o regime misto. Por meio desse regime adota-se o regime de caixa e o regime
de competência.
A adoção do regime misto decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n. 4.320/64,
em seu art. 35, in verbis:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Errado.

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

004. (FUNDATEC/PREFEITURA DE PORTO ALEGRE-RS/AUDITOR DE CONTROLE INTER-


NO/2019) Levando em conta o disposto na legislação e nas normas vigentes no Brasil a
respeito da contabilidade aplicada ao setor público, em especial em relação aos regimes
contábeis, qual das afirmativas a seguir NÃO está correta?
a) De acordo com a Lei n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a despesa e a assunção
de compromisso serão registradas segundo o regime de competência.
b) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o sistema orçamentário deve registrar, no exercício fi-
nanceiro, a despesa pelo regime de competência e a receita pelo de caixa.
c) De acordo com o MCASP – 8ª edição, no sistema patrimonial (contas de natureza de infor-
mação patrimonial), as receitas são registradas pelo regime de caixa e as despesas, pelo de
competência.
d) Segundo a Lei n. 4.320/1964, a contabilidade deve evidenciar as variações patrimoniais,
independentes ou resultantes da execução orçamentária.
e) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, as variações
patrimoniais, diminutivas ou aumentativas, devem levar em conta o regime de competência.

Na contabilidade aplicada ao setor público nós temos algumas peculiaridades em relação ao


regime contábil, pois a Lei n. 4.320/64 determina o regime misto, com uma visão orçamentá-
ria. Por sua vez, o MCASP adiciona à visão orçamentária, a patrimonial, fazendo com que, as
entidades adotem, também, o regime patrimonial.

Letra c.

005. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) A con-


tabilidade tem um vasto campo de atuação. Na Administração Pública, ela está voltada para:
a) as contas da União, apenas.
b) as contas dos Estados.
c) as contas da União e dos Estados.
d) as contas das pessoas de direito público e de direito privado.
e) centralização nas pessoas de direito público.

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NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA
Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

Veja bem o que diz nossa Estrutura Conceitual:

1.8A. Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito
de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus res-
pectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos,
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder
público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).

As opções “a”, “b” e “c” estão erradas porque delimitaram os Entes que devem utilizar a contabili-
dade aplicada ao setor público. Já em relação à opção “e” limitou às entidades de direito público.
Sabemos que todos os Entes (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) devem observar as
normas da CASP, que são entidades de direito público. As entidades de direito privado também
devem adotar a CASP, incluindo nesse rol as da Administração Indireta (Fundações Públicas de
Direito Privado, Autarquias, inclusive, empresas estatais dependentes).
Letra d.

006. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) A Lei


n. 4.320/64 estatui normas de finanças e contabilidade pública, e permite que as empresas
públicas se utilizem principalmente do regime contábil:
a) de caixa.
b) de competência.
c) misto.
d) de contrapartidas.
e) de partidas simples.

O regime para reconhecimento das receitas e das despesas orçamentárias, adotado no Brasil
para a CASP é o regime misto. Por meio desse regime adota-se o regime de caixa e o regime
de competência.
A adoção do regime misto decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n. 4.320/64,
em seu art. 35, in verbis:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Letra c.

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

007. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) A


Contabilidade Pública é o ramo da Contabilidade que tem como objeto o patrimônio público
e suas variações. Sua finalidade é:
a) manter atualizado o patrimônio das empresas públicas
b) fornecer aos gestores informações atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas de decisões.
c) controlar as receitas e as despesas públicas.
d) estudar e analisar as transações financeiras e econômicas das empresas públicas.
e) manter os registros contábeis das empresas públicas.

De modo amplo nós temos a finalidade da Contabilidade, que é fornecer informações aos seus
usuários e estas informações são levadas aos usuários por meios das demonstrações contá-
beis. De modo mais restrito, as demonstrações contábeis no setor público devem proporcionar:

(...) informação útil para subsidiar a tomada de decisão e a prestação de contas e responsabilização
da entidade quanto aos recursos que lhe foram confiados, fornecendo informações:
a) sobre as fontes, as alocações e os usos de recursos financeiros;
b) sobre como a entidade financiou suas atividades e como supriu suas necessidades de caixa;
c) úteis na avaliação da capacidade de a entidade financiar suas atividades e cumprir com suas
obrigações e compromissos;
d) sobre a condição financeira da entidade e suas alterações; e
e) agregadas e úteis para a avaliação do desempenho da entidade em termos dos custos dos
serviços, eficiência e cumprimento dos seus objetivos. (NBC TSP 11 – Apresentação das Demons-
trações Contábeis).

Letra b.

008. (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) A adoção do regime de competência nas entidades


do setor público para gerar informações patrimoniais requer atenção quanto às regras para
reconhecimento das etapas da execução orçamentária.
Assim, quando o fato gerador de um passivo exigível ocorrer antes do empenho, ou entre o
empenho e a liquidação orçamentária, a entidade:
a) deve registrar o fato somente em contas de controle.
b) deve aguardar a emissão do empenho para registrar o passivo.
c) deve registrar uma etapa chamada “empenho em liquidação”.
d) não deve relacionar visão patrimonial com regras orçamentárias.
e) não deve registrar o passivo exigível antes da liquidação orçamentária.

Esta saiu diretamente do livro do Prof. Glauber Mota (2009) quando ele afirma que:

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado
(...) a adoção do regime de competência nas entidades do setor público para gerar informações
patrimoniais requer atenção quanto às regras para reconhecimento das etapas da execução orça-
mentária. Assim, quando o fato gerador de um passivo exigível ocorrer antes do empenho, ou entre
o empenho e a liquidação orçamentária, a entidade deve registrar uma etapa chamada “empenho
em liquidação”.

E isso acontece na prática também, quando temos a figura do empenho em liquidação.


Letra c.

009. (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) Um requisito essencial para que um evento seja re-


conhecido pelo regime de competência é o(a):
a) emissão da nota fiscal.
b) manutenção dos riscos e benefícios.
c) ocorrência do fato gerador.
d) prazo exato de realização financeira.
e) recebimento ou entrega de produtos ou serviços.

Vamos ao nosso conceito de regime de competência?

COMPETÊNCIA
Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos
períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da
confrontação de receitas e de despesas correlatas.

Quando o Princípio afirma que os eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se referem
está afirmando que tal reconhecimento será dado de acordo com a ocorrência do fato gerador,
independentemente se houve pagamento ou recebimento. É exatamente essa a proposta quan-
do a Contabilidade faz a apropriação de despesas pagas antecipadamente, tais como jornais e
revistas, que possui assinatura anual, mas como pagamento antecipado e entrega dos produtos
ao longo do período de vigência da assinatura.
Letra c.

010. (AOCP/UFPB/TÉC. CONTABILIDADE/2019) No que diz respeito aos regimes contábeis


da área pública, assinale a alternativa correta.
a) No regime de competência, toda receita e toda despesa do exercício pertencem ao próprio
exercício, embora já empenhadas, ou seja, uma vez terminada a vigência do orçamento, passam
para o exercício seguinte, a fim de serem arrecadadas ou pagas.

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

b) O regime de caixa determina que as receitas e as despesas são atribuídas aos exercícios de
acordo com a real incorrência, ou seja, de acordo com a data do fato gerador e não quando são
recebidas ou pagas em dinheiro.
c) No regime de competência, tanto as receitas por arrecadar, ainda que lançadas, como as des-
pesas empenhadas e a liquidadas, porém não pagas, devem ser transferidas para o orçamento
do exercício financeiro seguinte.
d) O regime de caixa é o período em que se executa o orçamento. Quando o ano financeiro não
coincide com o ano civil, existe a necessidade de um período adicional.
e) No regime de competência, a receita é reconhecida no período em que é arrecadada e a
despesa paga nesse mesmo período. O regime de caixa compreende todos os recebimentos e
pagamentos efetuados no exercício.

a) Certa.
b) Errada. Se refere ao regime de competência, quando as receitas e as despesas são reconhe-
cidas no período de sua ocorrência, de seu fato gerador, e não quando se dá seu recebimento
ou pagamento. Pelo regime de caixa o reconhecimento, tanto da receita quanto da despesa se
dá quando ocorre o recebimento e o pagamento, respectivamente. Por isso ela está incorreta,
pois inverteu os conceitos.
c) Errada. A alternativa incorre em erro ao afirmar que as receitas a arrecadar devem ser trans-
feridas para o exercício para o exercício seguinte, devemos ficar atento para o fato gerador da
receita. Quando ele ocorrer, devemos reconhecê-las e as receitas a arrecadar ainda não contam
com o respectivo fato gerador, por isso a opção está incorreta.
d) Errada. A alternativa é sem pé nem cabeça.... rs. O ano financeiro a ser observado pela Con-
tabilidade coincide com o ano civil, por força mandamental da Lei n. 4.320 em ser art. 34: “O
exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”
e) Errada. A alternativa também cometeu inversão de conceitos, ela é referente ao regime de
caixa, quando receitas são receitas pela arrecadação e despesas pelo pagamento.
Letra a.

011. (AOCP/UFPB/TÉC. CONTABILIDADE/2019) Segundo os Art. 34 e 35 da Lei n. 4.320/1964,


o exercício financeiro, na contabilidade pública, coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de
janeiro a 31 de dezembro de cada ano. Nesse sentido, é correto afirmar que pertencem ao
exercício financeiro as
a) receitas previstas.
b) despesas fixadas.
c) receitas nele arrecadadas.
d) receitas fixadas.
e) despesas previstas.

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Introdução à Contabilidade
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Esta foi literal, pois sob o enfoque orçamentário a contabilidade aplicada ao setor público
adota o regime misto e essa adoção decorre diretamente de obrigatoriedade prevista na Lei n.
4.320/64, em seu art. 35, in verbis:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Letra c.

012. (COSEAC/UFF/TÉC. CONTABILIDADE/2019) O espaço de atuação do Profissional de


Contabilidade que demanda estudo, interpretação, identificação, mensuração, avaliação, regis-
tro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimoniais
em entidades do setor público, denomina-se:
a) Patrimônio Público.
b) Instrumentalização do Controle Social.
c) Entidade do Setor Público.
d) Campo de Aplicação.
e) Normas e Técnicas Próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

Atualmente não temos mais “campo de aplicação” da contabilidade governamental nas normas
brasileiras, mas sim, alcance. De acordo com a Estrutura Conceitual, seu alcance é detalhado
da seguinte maneira:

1.8A. Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades
do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito
de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus res-
pectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos,
secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder
público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).

A questão foi cobrada à época em que a NBCT 16 estava em vigor, mas isso não invalida o
estudo, pois, apesar dos conceitos terem sido atualizados o objeto de alcance da CASP conti-
nua em vigor.
Letra d.

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Introdução à Contabilidade
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013. (FCC/PREF. DE RECIFE/CONTADOR/2019) O art. 35 da Lei n. 4.320/1964 refere-


-se ao Regime
a) Orçamentário que deve ser atendido pelas empresas de economia mista municipais não
dependentes.
b) Contábil que deve ser atendido pelas fundações instituídas e mantidas pelo poder público
municipal.
c) Contábil que deve ser atendido pela Administração direta municipal.
d) Orçamentário que deve ser atendido pelas autarquias municipais.
e) Contábil que deve ser atendido pelas empresas municipais dependentes.

Vamos ver o que diz a Lei n. 4.320/64, em seu art. 35, in verbis:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Bom, esse artigo da Lei se refere ao regime contábil sob o enfoque orçamentário, com esse
entendimento já podemos eliminar as opções “b”, “c” e “e”. A letra “a” está errada porque as
empresas de economia mista municipais não dependentes ou independentes não estão sob o
enfoque tratado nesse artigo da Lei n. 4.320/64.
Letra d.

014. (FGV/PREF. NITERÓI/APPGG/2018) Leia o fragmento a seguir.


Tem gênese contábil: entre ativos e passivos, o administrador deve, em eventual escolha para
seus valores, optar pelos menores para os ativos e maiores para os passivos.
Esta definição se refere ao princípio da(o)
a) razoabilidade fiscal.
b) eficiência na Administração Pública.
c) responsabilidade fiscal.
d) equilíbrio orçamentário.
e) prudência na Contabilidade Pública.

Este é o nosso Princípio da Prudência ou Conservadorismo, quando, em situações cujas alter-


nativas sejam igualmente válidas e adotamos o menor valor para o ativo e maior para o passivo.

PRUDÊNCIA
Determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para
os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Letra e.

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

015. (CESPE/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/2018) A respeito de contabilidade pública e


assuntos correlatos, julgue o item seguinte.
Visando atender à demanda de informações requeridas pelos usuários e possibilitar a análise de
demonstrações contábeis adequadas aos padrões internacionais, a nova contabilidade pública
passou a adotar os enfoques patrimonial, orçamentário e econômico.

Ah! O Cespe, sempre com suas novidades. A questão foi considerada correta e tivemos uma
enxurrada de recursos, mas a banca não mudou sua opinião. Pois bem, a razão dos recursos
é o comando da questão, pois afirma que a nova contabilidade pública, logo, é referente ao
processo de convergência das normas contábeis brasileiras. Nesse sentido, consta no MCASP:

Com isso, a contabilidade poderá́ atender a demanda de informações requeridas por seus usuários,
possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas aos padrões internacionais e a
avaliação da situação fiscal dos órgãos e entidades públicos, sob os enfoques orçamentário e
patrimonial, com base em um Plano de Contas Nacional.

Portanto, na parte introdutória do Manual não há citação acerca do enfoque econômico e no


item 3 do referido documento há a afirmação de que:

(...) é importante compreender os diferentes aspectos da contabilidade aplicada ao setor público


(CASP) – orçamentário, patrimonial e fiscal, de modo a interpretar corretamente as informações
contábeis.

Mais uma vez, não há nenhuma referência ao aspecto econômico.


Ainda falando sobre o MCASP, seu item 2.3 aborda o conceito de conta contábil com o detalha-
mento que elas são agrupadas segundo suas funções para possibilitar: “d. Elaborar os Balanços
Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais, de Fluxo
de Caixa, das Mutações do Patrimônio Líquido e do Resultado Econômico.”
Pois é! Não é aspecto econômico, mas sim, resultado econômico. Ah, o Cespe. Bom, então é
isso, fiquemos de olho na banca examinadora e seus posicionamentos.
Certo.

016. (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/2018)


A respeito da receita orçamentária, julgue o item a seguir.
No Brasil, a contabilidade pública não está obrigada a evidenciar, de forma tempestiva, os fatos
ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial.

Desta vez o Cespe não trouxe nenhuma surpresa. De acordo com o MCASP 8ª ed. em sua
página 51:

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Rodrigo Machado
(...) a contabilidade deve evidenciar, tempestivamente, os fatos ligados à administração orçamen-
tária, financeira e patrimonial, gerando informações que permitam o conhecimento da composição
patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros.

Copiou e colou.
Errado.

017. (CESPE/TRE-BA/TÉC. JUDICIÁRIO/CONTADOR/2017A contabilidade aplicada ao setor


público tem como objeto
a) o caixa do setor público.
b) o balanço patrimonial do setor público.
c) a dívida pública.
d) o orçamento público.
e) o patrimônio público.

Mais uma questão acerca do objeto da Contabilidade. Será sempre o patrimônio. Fácil, né?
Letra e.

018. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) Acerca de contabilidade


pública, julgue o item a seguir.
O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é a prestação de contas, aos cidadãos, a
respeito da situação patrimonial das entidades públicas.

Errado, né?! Sempre que vier um blábláblá... “O objeto da Contabilidade” pode marcar patrimônio.
Errado.

019. (CESPE/SEDF/ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL/CONTABILIDADE/2017Julgue o


item a seguir, relativo aos conceitos de contabilidade pública.
O campo de aplicação da contabilidade pública restringe-se às aziendas, que têm por objetivo
metas econômicas e financeiras.

O termo azienda é sinônimo de patrimônio. O enunciado da questão afirma que o campo de


aplicação da contabilidade se restringe ao patrimônio das entidades que têm por objetivo o
lucro, contudo, sabemos que a contabilidade também se aplica a entidades sem fins lucrativos,
portanto, incorre em erro.
Errado.

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020. (FCC/TRT 20ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/2016) Determinada


sociedade de economia mista recebeu, no exercício de 2015, do ente controlador recursos
financeiros destinados ao pagamento de despesas de pessoal e de custeio em geral, no valor
de R$ 37.500.000,00. Considerando a destinação dos recursos transferidos pelo ente contro-
lador, é correto afirmar que trata-se de uma empresa estatal
a) dependente e está sujeita apenas as regras da contabilidade privada.
b) independente e está sujeita as regras da contabilidade orçamentária e patrimonial.
c) dependente, mas não está sujeita as regras de contabilidade aplicada ao setor público.
d) independente cujos recursos financeiros repassados pelo controlador contribui para evitar
prejuízos na empresa.
e) dependente e está sujeita as regras da contabilidade privada e da contabilidade aplicada ao
setor público.

Uma entidade de economia mista estará sujeita às regras da contabilidade privada, contudo,
quando ela receber recursos do seu Ente controlador, para pagamento de despesas de pessoal
e custeio em geral ela será enquadrada no conceito de estatal dependente. Como estatal de-
pendente ela está sujeita, também, às regras da contabilidade aplicada ao setor público.
Letra e.

021. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) Com referência à contabi-


lidade aplicada ao setor público, julgue o item subsequente.
Deve aplicar normas de contabilidade pública fundação pública de direito privado que receba
recursos do estado do Pará para o custeio de suas atividades.

Embora seja uma fundação seja de direito privado, o que nos levaria a crer que ela seguiria as
regras da contabilidade privada, ela recebe recursos do Estado para o custeio de suas ativida-
des e, por esse motivo, ela está no rol das entidades da administração indireta que devem se
sujeitar às regras da CASP, sendo assim, está correto o enunciado.
Certo.

022. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/CONTADOR/2016) Conforme o disposto nas Normas


Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da CASP é
a) um conjunto de procedimentos administrativos que objetivam adquirir materiais, contratar obras
e serviços, alienar ou ceder bens a terceiros, observando os princípios da administração pública.

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Introdução à Contabilidade
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b) a mensuração, a estruturação e as variações que geram reflexos no patrimônio público, além


de apresentar temas específicos, como o sistema de custos.
c) determinar os valores pelos quais os elementos patrimoniais devem ser reconhecidos e
apresentados nas demonstrações contábeis.
d) o conjunto de direitos e de bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, que seja porta-
dor ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços
públicos ou a exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
e) o orçamento público, contendo a discriminação da receita e da despesa de forma a evidenciar
a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo.

Outra questão abordando o objeto da Contabilidade, que é o patrimônio e com ela temos uma
completa conceituação do termo. Patrimônio é o conjunto de direitos e de bens, tangíveis ou
intangíveis, onerados ou não, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente
ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou a exploração econômica por entidades
do setor público e suas obrigações.
Letra d.

023. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/CONTADOR/2016) De acordo com as Normas Brasi-


leiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, a contabilidade aplicada ao setor público
(CASP) é o ramo da ciência contábil que
a) apresenta as disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício
orçamentário por meio do qual se viabiliza a execução das políticas.
b) compreende a apuração e a evidenciação dos indicadores estabelecidos pela Lei de Respon-
sabilidade Fiscal, a fim de verificar o equilíbrio das contas públicas.
c) compreende o registro e a evidenciação do orçamento público, que são a base para a elabo-
ração dos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos balanços públicos.
d) aplica, no processo gerador de informações, os princípios de contabilidade e as normas
contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público.
e) representa um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade governamental,
e apresenta o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em determinado período.

De acordo com as normas brasileiras de contabilidade, a Contabilidade Aplicada ao Setor


Público é o ramo especializado da ciência que aplica, no processo gerador de informações,
os princípios de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de
entidades do setor público. A letra “a” não está errada, mas incompleta. A letra “b” se refere
aos aspectos fiscais da CASP, de acordo com preceitos da Estrutura Conceitual. Por sua vez, a

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letra “c” é relacionada aos aspectos orçamentários da CASP e a letra “e” aborda apenas um dos
aspectos da CASP; ela vai muito além de apenas servir como ferramenta para o planejamento.
Letra d.

024. (CESPE/TCE-SC/AFCE/2016) A respeito do campo de aplicação e dos objetivos da


contabilidade pública, julgue o item a seguir.
Os objetivos da contabilidade aplicada ao setor público incluem informar os usuários da infor-
mação contábil relativa às mutações do patrimônio das entidades do setor público.

Regra geral, o objetivo da contabilidade pode ser destacado o controle do patrimônio que é
realizado através dos lançamentos contábeis. Esse controle do patrimônio tem como objetivo,
também, é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos
de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor
público e suas mutações, em apoio a:
• processo de tomada de decisão;
• adequada prestação de contas; e
• necessário suporte para a instrumentalização do controle social.
Certo.

025. (CESPE/FUB/2015) É um objetivo da contabilidade aplicada ao setor público fornecer


aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orça-
mentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e de suas
mutações com fins de apoio ao processo de tomada de decisões.

Repeteco da questão anterior, por isso a importância de fazer muitas questões 😊.


Certo.

026. (CESPE/PREVIC/CONTADOR/2011/ADAPTADA) O alcance da estrutura conceitual


aplicada ao setor público abrange obrigatoriamente os consórcios públicos e os fundos em
todos os seus aspectos operacionais.

Estas são entidades que devem adotar obrigatoriamente a estrutura conceitual, veja:

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Aplicabilidade Entidades
Governos nacional, estaduais, distritais e municipais, assim como seus
respectivos poderes, inclusive os tribunais de contas, as defensorias públicas
Obrigatoriamente: às entidades do e o Ministério Público.
setor público quanto à elaboração
Órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações
e divulgação dos RCPGs.
instituídas e mantidas pelo poder público.
Para a STN, todas as entidades do orçamento fiscal e seguridade social
Não estão abrangidas, mas Empresas estatais independentes
podem aplicar a estrutura
conceitual e as demais NBCs Demais entidades
de maneira facultativa ou por
determinação dos respectivos
órgãos reguladores, fiscalizadores De acordo com a STN, todas as entidades do orçamento de investimentos.
e congêneres.
Certo.

027. (CESPE/TRE-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011/ADAPTADA) De acordo com o dispos-


to nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBCASP) e na Lei n.
4.320/64, os serviços sociais devem observar integralmente as normas e técnicas próprias
da contabilidade do setor público.

De acordo com a STN e o CFC os Serviços Sociais estão dispensados de adotar a estrutura
conceitual. Portanto, gabarito é Errado.
Atenção, em 2019 o Tribunal de Contas da União emitiu julgado obrigando os serviços sociais
a adotar a estrutura conceitual. Fique ligado.
Errado.

028. (CESPE/TRE-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011/ADAPTADA) O alcance da estrutura


conceitual aplicada ao setor público se estende a entidades de direito privado – inclusive,
para fora do âmbito do setor público propriamente dito –, mas que, por disporem de recursos
públicos, estão sujeitas a prestação de contas contábil.

Mesmo sendo de direito privado e não pertencendo à área pública, uma entidade poderá estar
sujeita à prestação de contas contábil, como são os casos das Fundações de Apoio que recebem
recursos públicos para a gestão de pesquisas científicas. Nesse caso, embora sejam entidades
que não pertençam à administração pública, se sujeitam à estrutura conceitual.
Certo.

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029. (CESPE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2018)


Os conselhos profissionais estão entre as entidades que devem observar parcialmente as
normas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, utilizando-as como ferramentas
de prestação de contas e de instrumentalização do controle social.

Os conselhos profissionais devem observar integralmente as normas contábeis aplicadas ao


setor público.
Errado.

030. (INSTITUTO ACESSO/SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS-AM/


CONTADOR/2018) Analise as perguntas abaixo:
I – O dono de uma empresa subtrai valores do caixa decorrentes da atividade comercial para
pagar contas de sua residência. Ao fazê-lo, estará deixando de observar qual Princípio da
Contabilidade?
II – A empresa comercial vendeu mercadorias em janeiro de 2018, porém recebeu o valor ape-
nas em março do mesmo ano. O contador registrou a receita referente ao mês de janeiro. Qual
Princípio de Contabilidade é evidenciado?
III – Uma empresa provisiona os Créditos de Liquidação Duvidosa em 2% do valor das duplicatas
a receber emitidas no ano. Que Princípio de Contabilidade foi observado?
A alternativa cujos Princípios de Contabilidade preenchem respectivamente as perguntas acima é:
a) Oportunidade/Entidade/Prudência.
b) Entidade/Registro pelo Valor Original/Oportunidade
c) Competência/Registro pelo Valor Original/Oportunidade.
d) Entidade/Competência/Prudência.
e) Registro pelo Valor Original/Prudência/Oportunidade.

Vamos analisar caso a caso o que aconteceu.


No item I o dono de uma empresa não respeitou a separação dos patrimônios do particular, no
caso, o dele, e o patrimônio da entidade. Quando ele utiliza recursos da empresa para pagar
despesas pessoais está ferindo o princípio da Entidade.
O item II detalha a ocorrência de uma venda de mercadoria a prazo. O contador andou bem ao
registrar a receita no período do seu fato gerador – janeiro – independente do período de rece-
bimento. Ao proceder desta forma, foi obedecido o princípio da Competência.
O item III detalha o reconhecimento contábil de um ativo por seu valor líquido. Esse procedimento
é realizado em obediência ao princípio da Prudência (ou conservadorismo).
Letra d.

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031. (IADES/CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA-BR/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2018)


Um lançamento de determinado fato contábil ocasionou uma variação qualitativa no patrimô-
nio da entidade. A esse respeito, é correto afirmar que houve
a) aumento do patrimônio líquido.
b) fato contábil modificativo.
c) alteração do patrimônio líquido em importância igual ao aumento do ativo.
d) troca entre os componentes patrimoniais do ativo e (ou) do passivo sem impacto sobre o
patrimônio líquido.
e) aumento do passivo e diminuição do patrimônio líquido.

As transações provocam variações no patrimônio da entidade que reporta a informação e estas


alterações podem ser quantitativa ou qualitativa.
A variação qualitativa é aquela que não modifica o patrimônio líquido da entidade, por envolver
somente uma troca entre os componentes patrimoniais do ativo e (ou) do passivo.
Por sua vez, a variação quantitativa é aquela altera o patrimônio líquido da entidade.
Letra d.

032. (IADES/CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA-BR/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2018)


As informações a seguir foram extraídas de um balancete de verificação.

Considere o registro de um fato contábil permutativo envolvendo apenas contas do ativo, no


valor de R$ 250,00, e assinale a alternativa correta.
a) O saldo das contas devedoras diminuiu.
b) O saldo das contas credoras aumentou.
c) No patrimônio líquido, houve aumento de R$ 250,00.
d) O saldo das contas devedoras totalizou R$ 1.770,00.
e) No patrimônio líquido, houve diminuição de R$ 500,00

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Vamos dar uma revisada na natureza das contas e somar seus saldos:

Soma de Soma de
Descrição Elemento Natureza
Débitos Créditos

Caixa Ativo Devedora 250

Banco conta movimento Ativo Devedora 360

Mercadorias Ativo Devedora 510

Duplicatas a receber Ativo Devedora 220

Móveis e Utensílios Ativo Devedora 430

Fornecedores a pagar Passivo Credora 550

Salários a pagar Passivo Credora 380

Impostos a recolher Passivo Credora 240

Capital Social Patrimônio Líquido Credora 600

SOMA 1770 1770

Quando o enunciado afirma ter ocorrido um fato contábil permutativo podemos eliminar as op-
ções que afirmam quaisquer tipos de alterações no patrimônio líquido. Isso porque a variação
qualitativa é aquela que não modifica o patrimônio líquido da entidade, por envolver somente
uma troca entre os componentes patrimoniais do ativo e (ou) do passivo.
O enunciado nos diz, também, que o fato contábil permutativo foi realizado no ativo, isso signi-
fica que houve um débito no ativo e um crédito no ativo. Não há aumento no ativo total, não há
aumento nos saldos credores e nem devedores, pois os lançamentos se anulam (mesma teoria
dos números positivos e negativos, presente na matemática).
Assim, nos resta a opção “d”, que como verificado na tabela, soma 1.770 os totais de débitos
e créditos.
Letra d.

033. (AOCP/INSTITUTO TÉCNICO/CIENTÍFICO DE PERÍCIA-RN/PERITO CRIMINAL/CIÊN-


CIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS/2018) Os Princípios de Contabilidade repre-
sentam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, no seu sentido

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mais amplo de ciência social, ela tem um objeto. Assinale a alternativa que evidencia o objeto
da contabilidade.
a) O gerenciamento contábil das entidades.
b) A apuração do lucro das entidades.
c) Geração de relatórios a seus proprietários.
d) O controle das entidades.
e) O patrimônio das entidades.

O objeto da contabilidade é o patrimônio.


Letra e.

034. (QUADRIX/CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA/8ª REGIÃO-BA/


ASSISTENTE FINANCEIRO/2017) Os Princípios de Contabilidade surgiram do entendimento
científico e profissional e norteiam a conduta profissional na área. A descrição “as Receitas
e as Despesas devem ser incluídas na Apuração do Resultado do Período em que ocorreram,
sempre simultaneamente, quando se relacionarem, independente de recebimento e pagamen-
to” está relacionada ao Princípio do(a):
a) Prudência.
b) Registro pelo Valor Original.
c) Competência.
d) Oportunidade.
e) Entidade.

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Literal:

Letra c.

035. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO


FEDERAL DO PODER JUDICIÁRIO-BR/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA/CONTABILIDA-
DE/2016) Em função de fatores como a mensuração do ativo pelo valor presente, o princípio
do registro pelo valor original é compatível com a variação do custo histórico.

Esta é a essência do princípio do registro pelo valor original. Não é porque o ativo será reco-
nhecido por ser valor original ou histórico que ele permanecerá ad eternum com este valor. A
Ciência da Contabilidade possui procedimentos para garantir que as demonstrações contábeis
representem, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira e patrimonial da entidade.
No ativo circulante o critério avaliação exposto tanto pela Lei quanto pela Teoria da Contabilidade
é o “custo ou mercado, o mais baixo”. Como já tivemos oportunidade de abordar anteriormente,
sabemos que os itens do ativo são reconhecidos inicialmente por seu valor de custo, seja por
compra ou por fabricação. Logo, se o valor de mercado for menor que o valor de custo, deverá
prevalecer o valor de mercado.
Essa regra encontra respaldo no princípio do conservadorismo, onde está contida a premissa
de que a Contabilidade nunca deve antecipar lucro, e sim, prejuízo. Em outras palavras, de
acordo com o princípio do conservadorismo, sempre que pousarem dúvidas acerca do valor
de uma transação econômica, a Contabilidade deve reconhecer o menor valor para o Ativo e o
maior valor para o Passivo.
Certo.

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036. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO


FEDERAL DO PODER JUDICIÁRIO-BR/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA/CONTABILI-
DADE/2016) O princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação entre
ativos e passivos.

O correto é confrontação das receitas e das despesas.


Errado.

037. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO


FEDERAL DO PODER JUDICIÁRIO-BR/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA/CONTABILI-
DADE/2016) O princípio da entidade reconhece a pessoa jurídica ou física como objeto da
contabilidade, de modo que se admite que essas entidades pertençam ao universo do patri-
mônio contábil.

O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade.


Errado.

038. (CESPE/FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO


FEDERAL DO PODER JUDICIÁRIO-BR/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA/CONTABILI-
DADE/2016) As EFPC são desobrigadas de atender aos princípios de contabilidade em seus
registros contábeis, uma vez que a aplicação de tais princípios restringe-se a empresas ca-
racterizadas como sociedades anônimas.

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Quaisquer entidades, sejam elas do setor privado ou público, devem obedecer aos princípios
de contabilidade, sem distinção.
Errado.

039. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE-ES/FISCAL DE TRI-


BUTOS/2016) Considerando conhecimentos básicos de contabilidade, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade – CFC, atualmente denominam-se apenas
Princípios de Contabilidade – PC.
b) Os Princípios Contábeis são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência
social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.
c) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e
profissional.
d) São Princípios de Contabilidade: Princípio da Anterioridade, Princípio da Continuidade, Princípio
da oportunidade, Princípio do Registro pelo Valor Bruto, Princípio da competência e Princípio
do Conservadorismo.

Para responder à esta questão vamos utilizar o recurso mnemônico e que facilita a memorização:

P Prudência
R Registro pelo Valor Original
E Entidade
C Competência
O Oportunidade
C Continuidade
E vai de brinde
Não existe o princípio da anterioridade (isso é coisa de direito tributário).
Letra d.

040. (CESPE/SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA-BR/ANALISTA JUDICIÁRIO/APOIO ESPE-


CIALIZADO/CONTADORIA/2015) Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias
para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando todos os custos de aquisição. Em
31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidas mercadorias havia alcançado o valor
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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

de R$ 7,80, ao passo que o preço de venda unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50,
e o gasto estimado necessário para a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em
uma transação sem favorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no
mercado pelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015. Com base na situação
hipotética apresentada, julgue os próximos itens, considerando os princípios de contabilidade
aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Em atendimento ao princípio do registro pelo valor original, que indica o custo histórico como a
base de mensuração a ser utilizada para o registro inicial dos componentes patrimoniais, cada
unidade da mercadoria adquirida deve ser reconhecida ao preço de R$ 7,00.

Qual foi o valor de compra? R$ 7,00.


Certo.

041. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE IBIRAÇU-ES/CONTADOR/2015) De acordo com os


Princípios de Contabilidade, associe adequadamente as colunas a seguir.

( ) Pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro


1. Princípio da Entidade. e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do
patrimônio levam em conta esta circunstância.
( ) Determina que os componentes do patrimônio devem ser
2. Princípio da Continuidade. inicialmente registrados pelos valores originais das transações,
expressos em moeda nacional.
( ) Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma
3. Princípio da Oportunidade. a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
( ) Refere‐se ao processo de mensuração e apresentação dos
4. Princípio do Registro pelo Valor Original. componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e
tempestivas. A sequência está correta em
a) 4, 1, 3, 2.
b) 2, 4, 1, 3.
c) 3, 1, 4, 2.
d) 1, 4, 2, 3.

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Pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto,


Princípio da Continuidade a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam
em conta esta circunstância.
Determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente
Princípio do Registro pelo Valor
registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda
Original.
nacional.
Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia
Princípio da Entidade patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular
no universo dos patrimônios existentes.
Refere‐se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
Princípio da Oportunidade
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Letra b.

042. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE IBIRAÇU-ES/CONTADOR/2015) Na aplicação dos


Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve preva-
lecer sobre seus aspectos formais. Sobre os Princípios de Contabilidade, assinale a alterna-
tiva correta.
a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão.
b) Os Princípios de Contabilidade são apenas uma fonte de consulta, não precisa usá‐los.
c) A observância dos Princípios de Contabilidade não é obrigatória no exercício da profissão.
d) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória somente para as grandes empresas.

Os princípios de contabilidade são obrigatórios no exercício da profissão. Questões assim dis-


pensam grande envolvimento de tempo e explicações.
Letra a.

043. (FCC/TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO/BR/ANALISTA JUDICIÁRIO/


ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) Em relação aos Princípios de Contabilidade sob a Perspec-
tiva do Setor Público, os Restos a Pagar não Processados referentes a Outros Serviços de
Terceiros – Pessoa Física, cuja prestação de serviços ainda tenha sido realizada, não devem
ser reconhecidos como um passivo porque fere o Princípio
a) da entidade.
b) da continuidade.
c) da competência.

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d) da prudência.
e) do registro pelo valor original.

Estudamos que os restos a pagar não processados são aqueles que ainda não passaram pela
fase de liquidação, portanto, não são reconhecidos como obrigação para a entidade e não há
o reconhecimento de uma variação patrimonial e, dessa forma, em observância ao princípio da
competência – reconhecimento contábil dos fatos nos períodos de ocorrência – não devem
ser reconhecidos no passivo.
Letra c.

044. (IBFC/FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS-MG/ANALISTA DE SAÚDE/ÁREA FINANCEIRA/2014)


A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e cons-
titui condição de legitimidade:
a) Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
b) Das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
c) Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
d) Para o contador.

Além de obrigatória no exercício da profissão, a observância dos princípios de contabilidade


representa condição de legitimidade das normas brasileiras de contabilidade.
Letra b.

045. (IBEG/COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTO DO MARANHÃO-MA/CONTADOR/2014)


A Loja de Brinquedos TOM & JERRY vendeu mercadorias, a prazo, em janeiro de 2013 e o
contabilista deixou para contabilizar a operação quando recebesse o valor da fatura, que se
daria em junho do mesmo ano. Tal procedimento está em conformidade com os Princípios
de Contabilidade? Assinale a alternativa que aponta a resposta correta:
a) Sim. Está de acordo com os princípios da oportunidade e da competência.
b) Sim. Está de acordo com o princípio da prudência.
c) Não. Fere os princípios da oportunidade e da competência.
d) Não. Fere o princípio da prudência.
e) Sim. O procedimento não é incompatível com nenhum princípio de contabilidade.

Ao realizar estes procedimentos foram descumpridos dois princípios da contabilidade:

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Letra c.

046. (VUNESP/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA CIÊN-


CIAS CONTÁBEIS/2014) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas
e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos
universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto
a) é o patrimônio das entidades.
b) são as normas contábeis atribuídas pelo Tribunal de Contas da União.
c) é o arcabouço de informações a investidores, governo e credores diversos.
d) é a representatividade econômica, financeira e qualitativa das informações contábeis.
e) são os investidores.

Bláblábláblá... o objeto da contabilidade: patrimônio. Sempre!


Letra a.

047. (FCC/DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO-SP/AGENTE DE DEFEN-


SORIA PÚBLICA/CONTADOR/2013) Em relação aos Princípios de Contabilidade, considere:
I – Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações concretas em que os aspectos
formais devem prevalecer sobre a essência das transações.
II – O Princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de
despesas correlatas.
III – Os princípios do Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária, Competência e Pru-
dência são princípios de contabilidade.
IV – O princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

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Introdução à Contabilidade
Rodrigo Machado

De acordo com a Resolução CFC n. 750/93 e alterações posteriores, está correto o que se afir-
ma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

I – Errada. A essência deverá prevalecer sobre a forma.


III – Errada. São princípios de contabilidade: Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro
pelo Valor Original, Competência e Prudência.
Caso dê aquele branco, o recurso mnemônico (PRECOCe) pode ser útil:

P Prudência
R Registro pelo Valor Original
E Entidade
C Competência
O Oportunidade
C Continuidade
E vai de brinde
Letra a.

Para começo de conversa, é isso!


Abração.
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total

Rodrigo Machado
Formado em Ciências Contábeis – ênfase em Controladoria pela Pontífica Universidade Católica de Minas
Gerais. Especialista em auditoria, com MBA em Gestão de Contas Públicas e MBA em Compliance e
Investigação de Fraudes (em curso). É Auditor do Estado da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE),
órgão da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul (SEFAZ-RS), ex-auditor interno pleno na
Petrobras S.A., na área de auditorias especiais. Iniciou sua trajetória profissional na iniciativa privada e
acumula 18 anos de experiência com auditorias contábeis e operacionais. É professor de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público (CASP) e Contabilidade Societária.

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