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A RELAÇÃO DO ORÇAMENTO

COM AS POLÍTICAS FISCAL,


TRIBUTÁRIA E CAMBIAL.

Prof. Leandro Ravyelle


FUNÇÃO REGULADORA
Regular as ações do Estado (direta ou indireta), foi agregada adicionalmente, derivada da função
alocativa. A regulação nada mais é do que a ordenação das atividades econômicas. Assim, a regulação da
atividade econômica e a neutralização dos fatores podem levar ao desequilíbrio de um sistema
econômico, servindo, assim, para manter ou restabelecer o funcionamento do sistema econômico de
modo equilibrado.
❑ corrigir falhas de mercado;
❑ corrigir externalidades;
❑ criar as condições de mercado nos monopólios naturais;
❑ criar um sistema de concorrência
❑ promover a eficiência e a equidade econômicas; e
❑ proteger interesses econômicos dos agentes regulados ou de grupos de
❑ interesse.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
POLÍTICA ECONÔMICA

POLÍTICA ECONÔMICA FISCAL


Tributação e Gasto público
(orçamento)

Taxa de juros, oferta de


MONETÁRIA
moeda

Estimular a concorrência e
REGULATÓRIA
corrigir falhas de mercado

AFO
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POLÍTICA ECONÔMICA

Falhas de Mercado
Imperfeições na
concorrência
Mercados
incompletos

Externalidades

Bens públicos
AFO
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FUNÇÕES DO ORÇAMENTO
Está ligada à alocação de recursos por parte do Governo, que oferece bens e serviços
públicos puros (ex.: rodovias, segurança, justiça), os quais não seriam oferecidos pelo
mercado, ou o seriam em condições ineficientes. Oferece também bens meritórios ou
ALOCATIVA
semipúblicos (ex.: educação e saúde). E ainda cria condições para que bens privados sejam
oferecidos no mercado pelos produtores. Além disso, esta função diz respeito a promover
ajustamentos na alocação de recursos e se justifica quando o funcionamento do mecanismo
de mercado (sistema de ação privada) não garante a necessária eficiência na utilização
desses recursos.
Objetiva promover ajustamentos na distribuição de renda devido às falhas de mercado
(desigualdades sociais, monopólios empresariais, etc.). É uma função que busca tornar a
DISTRIBUTIVA sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza, por meio da tributação e de
transferências financeiras, subsídios, incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas
mais pobres da população etc.
Trata da aplicação das diversas políticas econômico-financeiras a fim de ajustar o nível geral
de preços, melhorar o nível de emprego, estabilizar a moeda e promover o crescimento
econômico, mediante instrumentos de política monetária, cambial e fiscal, ou outras medidas
ESTABILIZADORA
de intervenção econômica (controles por leis, limitação etc.). É uma função associada à
manutenção da estabilidade econômica, justificada como meio de atenuar o impacto social e
econômico na presença de inflação ou depressão.
POLÍTICA FISCAL

Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o


Governo arrecada receitas e realiza despesas de modo a
cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a
redistribuição da renda e a alocação de recursos. A função
estabilizadora consiste na promoção do crescimento
econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade
de preços. A função redistributiva visa assegurar a distribuição
equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no
fornecimento eficiente de bens e serviços públicos,
compensando as falhas de mercado. AFO
Estatísticas Fiscais e Planejamento – Governo Federal Prof. Leandro Ravyelle
POLÍTICA FISCAL
Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob
diferentes ângulos, que podem focar na mensuração da
qualidade do gasto público bem como identificar os impactos
da política fiscal no bem-estar dos cidadãos. Para tanto podem
ser utilizados diversos indicadores para análise fiscal, em
particular os de fluxos (resultados primário e nominal) e
estoques (dívidas líquida e bruta). A saber, estes indicadores
se relacionam entre si, pois os estoques são formados por
meio dos fluxos. Assim, por exemplo, o resultado nominal
apurado em certo período afeta o estoque de dívida bruta.
AFO
Estatísticas Fiscais e Planejamento – Governo Federal Prof. Leandro Ravyelle
POLÍTICA FISCAL
Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as
despesas primárias durante um determinado período. O resultado
fiscal nominal, por sua vez, é o resultado primário acrescido do
pagamento líquido de juros. No Brasil, a política fiscal é conduzida em
conjunto com a responsabilidade fiscal. O uso equilibrado dos
recursos públicos visa a redução gradual da dívida líquida como
percentual do PIB, de forma a contribuir com a estabilidade, o
crescimento e o desenvolvimento econômico do país. Mais
especificamente, a política fiscal busca a criação de empregos, o
aumento dos investimentos públicos e a ampliação da rede de
seguridade social, com ênfase na redução da pobreza e da
desigualdade. Estatísticas Fiscais e Planejamento – Governo Federal
AFO
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

Antigamente, acreditava-se que o mercado por si só resolvia a maioria


dos problemas da sociedade, principalmente os econômicos. Quem
pensava assim eram os teóricos da teoria clássica, como Adam Smith.
Eles pregavam o liberalismo econômico e a “mão invisível do
mercado”, o qual afirmava que o interesse individual, por si só,
poderia resultar na melhoria do bem comum. Em outras palavras, esta
corrente defendia que o Estado deveria intervir o mínimo possível,
tanto na vida pessoal (liberalismo individual) quanto na vida
econômica (liberalismo econômico).

AFO
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

Na lógica de Adam Smith, o Estado possui apenas


três funções: a defesa da sociedade contra os
inimigos externos, a proteção dos indivíduos contra
as ofensas mútuas e a realização de obras públicas
que não possam ser realizadas pela iniciativa privada
(BOBBIO, 1992).

AFO
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

O keynesianismo basicamente estuda as medidas de intervenção


do governo na economia, buscando o pleno emprego, o
desenvolvimento econômico, a estabilização da moeda e a melhor
distribuição da renda. Nesse contexto, podemos afirmar que o
Estado intervém na Economia para:
❑ Atender as necessidades da sociedade.
❑ Manter a Estabilidade econômica.
❑ Melhorar a distribuição de renda.
❑ Promover o crescimento econômico.

AFO
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FEDERALISMO FISCAL
GOVERNOS ALOCATIVA DISTRIBUTIVA ESTABILIZADORA
Bens cujo consumo seja uniforme,
em termos de preferência e em
Central termos de quantidade individual Destinadas ao governo central do estado federativo
demandada em todo o território
nacional
Provisão de itens com preferências Os esforços
Regional regionais desenvolvidos
Quando adotadas por
unilateralmente por
governos subnacionais,
uma unidade federativa
em um quadro de ampla
Bens cujo perfil demandado seja seriam parcialmente
Local mobilidade de fatores,
específico de uma localidade neutralizados, gerando
podem ser neutralizadas
ineficiências
econômicas.

AFO
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FEDERALISMO FISCAL
Conclui-se que as funções distributivas e
estabilizadora DEVEM ser conduzidas pelo
governo central, enquanto que a função
alocativa PODE ser conduzida pelas três
esferas de Governo.

AFO
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1. CESGRANRIO TRANSPETRO
Richard Musgrave propôs uma classificação das funções
econômicas do Estado, que se tornou clássica e se confunde
com a classificação das funções do orçamento.
Em decorrência disso, passaram a ser consideradas do
orçamento as funções:
a) financeira, econômica e social.
b) alocativa, distributiva e estabilizadora.
c) perceptiva, repressiva e arbitrária.
d) determinista, compromissória, ordenatória e avaliadora.
e) de planejamento, direção e controle.
AFO
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3. FGV - TCU Auditor 2022
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) é considerada
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como imune ao pagamento de
impostos mesmo quanto às atividades em que atua em regime de
livre concorrência. A razão dada pelo STF é a de que a EBCT oferta o
serviço público de entrega de correspondência em localidades
distantes a preço módico, serviço que não seria oferecido
adequadamente (a não ser por alto custo) pelo sistema de mercado.
Assim, as atividades mais rentáveis da EBCT estariam também imunes
para auxiliar no custeio das operações de entrega de correspondência
em locais pouco habitados e de difícil acesso.
AFO
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3. FGV - TCU AUDITOR 2022
À luz das nomenclaturas cunhadas na teoria das funções de
Governo, o fenômeno descrito no enunciado expressa a função:
(A) distribucionista do Estado;
(B) estabilizadora do Estado;
(C) alocativa do Estado;
(D) progressiva do Estado;
(E) referencial do Estado.

AFO
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4. FGV CGU AUDITOR 2022
Em relação às funções do governo e às políticas econômicas, é correto afirmar que:
a) o governo exerce a função alocativa ao implementar atividades que requerem investimentos elevados e
com retorno econômico baixo, mas que, no longo prazo, produzem retornos sociais importantes;
b) a intervenção direta do setor público na produção de bens e serviços de infraestrutura, ao claramente
beneficiar as classes sociais menos favorecidas, atende precipuamente o objetivo da função
estabilizadora;
c) o financiamento de políticas fiscais contracíclicas via elevação do déficit público, com o intuito de
estimular uma economia recessiva na armadilha da liquidez, provoca o efeito crowding out total e é
vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal;
d) a votação em um candidato a um cargo público majoritário sinaliza a intenção da população em relação
à implementação da política pública desejada. Assim, o candidato vencedor que utiliza como pauta
principal a taxação de grandes fortunas revela o desejo da sociedade pela função reguladora;
e) a independência do Banco Central do Brasil fortalece a credibilidade da política monetária e torna a
gestão da taxa de juros mais eficiente ao combater pressões inflacionárias e estimular o crescimento
econômico, cumprindo assim o papel preponderante da função distributiva.

AFO
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ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO
DAS LEIS DE MATÉRIA
ORÇAMENTÁRIA.

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CICLO REDUZIDO

AFO
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CICLO AMPLIADO
1 formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo

2 apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo

proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de


3
recursos pelo Executivo

4 apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo

5 elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo

6 apreciação, adequação e autorização legislativa

7 execução dos orçamentos aprovados

8 avaliação da execução e julgamento das contas


AFO
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ELABORAÇÃO DA LOA
O processo de elaboração da proposta orçamentária para os Poderes
Legislativo e Judiciário, para o Ministério Público da União e Defensoria
Pública da União apresenta as seguintes peculiaridades:
❑ Geralmente deve ser entregue à SOF até o dia 14 de agosto de cada
ano;
❑ Poder Judiciário deverá encaminhar à CMO parecer de mérito de suas
propostas orçamentárias elaborado pelo Conselho Nacional de
Justiça, conforme estabelece a LDO; (o mesmo vale para o CNMP)
❑ Há também os limites orçamentários para a despesa primária para a
elaboração de suas respectivas propostas orçamentárias.

AFO
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ELABORAÇÃO DA LOA
CF
Se os órgãos dos demais poderes não encaminharem as
respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
Executivo considerará, para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
estipulados.

AFO
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ELABORAÇÃO DA LOA
Lei 4.320/64

Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo


fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos
Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta
a Lei de Orçamento vigente.

AFO
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PLANO ORÇAMENTÁRIO - PO
No contexto da revisão das ações, foi criado o Plano
Orçamentário - PO, que se constitui em uma identificação
orçamentária parcial ou total de uma ação, de caráter
gerencial (ou seja, não constante na LOA), vinculada à ação
orçamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a
elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico
e financeiro da execução ocorram num nível mais
detalhado do que o do subtítulo (localizador de gasto) da
ação.
AFO
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PLANO ORÇAMENTÁRIO - PO
Nos casos em que não houver necessidade de utilização dos
POs, envia-se ao SIAFI um código para indicar a sua
inexistência. As ações padronizadas da União, de
pagamento de pessoal e benefícios ao servidor, passam a
conter um conjunto de POs padronizados. Também criou-se
um PO com código exclusivo para se identificar as despesas
administrativas não passíveis de apropriação nos demais
POs da ação finalística. Em ambos os casos, os POs
padronizados são criados pela SOF.
AFO
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DESPESAS COM TIC
Em razão do disposto na LDO, parágrafo único, para fins de
atendimento ao disposto no inciso XIII do Anexo I da
referida lei é necessário detalhar, em nível de subelemento
de despesa, os gastos previstos com tecnologia da
informação e comunicação, inclusive, hardware, software e
serviços.

AFO
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PLOA E O TETO DE GASTOS
Cabe destacar que a Emenda Constitucional nº 95 (EC 95)
impôs ao Governo Federal, quando do encaminhamento do
projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional, a
necessidade de demonstrar os valores máximos de
programação compatíveis com os limites individualizados,
por Poder e Órgão, calculados na forma do § 1º do Art. 107,
observados também os §§ 7º a 9º do mesmo artigo. Tal
imposição encontra-se prevista no § 3º do Art. 107 da EC
95.
AFO
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AFO

PLOA E O TETO DE GASTOS


Prof. Leandro Ravyelle

Cabe destacar que a Emenda Constitucional nº 95 (EC 95)


impôs ao Governo Federal, quando do encaminhamento do
projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional, a
necessidade de demonstrar os valores máximos de
programação compatíveis com os limites individualizados,
por Poder e Órgão, calculados na forma do § 1º do Art. 107,
observados também os §§ 7º a 9º do mesmo artigo. Tal
imposição encontra-se prevista no § 3º do Art. 107 da EC
95.
Reta Final TJBA
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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas
duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
Ainda conforme a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e
Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA,
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da
República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais
e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a
fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do
Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988.

AFO
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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

enquanto não iniciada a


Presidente votação, na Comissão
PODERÁ Mensagem CN Modificação mista, da parte cuja
da República alteração é proposta.

AFO
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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
Seguindo os preceitos da CF, as EMENDAS ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias NÃO
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. As emendas ao projeto de lei de
diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano
plurianual As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias
indiquem os recursos necessários, dotações para pessoal e seus encargos
admitidos apenas os provenientes
serviço da dívida
de anulação de despesa, excluídas
as que incidam sobre transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal

sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões


com os dispositivos do texto do projeto de lei
AFO
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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
Além disso, a LRF traz outra possibilidade: o Poder
Legislativo poderia tentar, sem embasamento técnico,
reestimar os valores de receitas apresentados pelo Poder
Executivo. Para prevenir isso, o § 1º do art. 12 da LRF
determina:
§ 1º Reestimativa de receita por parte do Poder
Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão
de ordem técnica ou legal.

AFO
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APROVAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
A Lei nº 4.320/64 traz mais dispositivos em relação às emendas. Segundo o art. 33
da Lei 4.320/1964, NÃO se admitirão emendas ao projeto de lei de orçamento que
visem:
Alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse
ponto a inexatidão da proposta
Conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos
competentes
Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja
anteriormente criado
Conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do
Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

AFO
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EMENDAS (APROVAÇÃO E EXECUÇÃO)
Art. 166
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2%
(dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do
projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos
de saúde.
§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% caberá às emendas de
Deputados e 0,45% às de Senadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de
2022)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no §
9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198,
vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais.

AFO
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EMENDAS (APROVAÇÃO E EXECUÇÃO)
Art. 166
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações oriundas de
emendas individuais, em montante correspondente ao limite a que se refere o § 9º deste
artigo, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei
complementar prevista no § 9º do art. 165 desta Constituição, observado o disposto no § 9º-A
deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às
programações incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de
Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente
líquida realizada no exercício anterior.
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de
execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica.

AFO
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EMENDAS (APROVAÇÃO E EXECUÇÃO)
Art. 166
§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da
programação prevista nos §§ 11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao
Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo
destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins
de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169.
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos
§§ 11 e 12 deste artigo poderão ser considerados para fins de cumprimento da
execução financeira até o limite de 1% (um por cento) da receita corrente líquida do
exercício anterior ao do encaminhamento do projeto de lei orçamentária, para as
programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por
cento), para as programações das emendas de iniciativa de bancada de
parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.
AFO
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EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
ART. 165
§ 10. A administração tem o dever de executar as programações
orçamentárias, adotando os meios e as medidas necessários, com o
propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à
sociedade.“
§ 19 Considera-se equitativa a execução das programações de
caráter obrigatório que observe critérios objetivos e imparciais e que
atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas,
independentemente da autoria.
AFO
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TRANSFERÊNCIAS
Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária
anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)

os recursos serão repassados diretamente ao estado ou município beneficiado, independente de


celebração de convênio; pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e
TRANSFERÊNCIA ESPECIAL serão aplicados em programações finalísticas das áreas de competência do governo local (beneficiado).
O ente federado beneficiado poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o
acompanhamento da execução orçamentária na aplicação dos recursos.

TRANSFERÊNCIA COM os recursos serão vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e aplicados nas
FINALIDADE DEFINIDA áreas de competência constitucional da União.

pelo menos 70% das transferências especiais deverão ser destinadas a despesas de capital

no máximo 30% dos recursos dessas transferências poderão ser destinados ao custeio

AFO
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TRANSFERÊNCIAS
Art. 166-A.
§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a
receita do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e
para o cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do §
16 do art. 166, e de endividamento do ente federado, vedada, em qualquer caso, a
aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no pagamento de:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com
pensionistas; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
II - encargos referentes ao serviço da dívida. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 105, de 2019)

AFO
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5. CESGRANRIO TRANSPETRO
As entidades da administração pública elaboram seus
orçamentos em bases anuais e prestam contas em períodos
menores, para permitir melhor acompanhamento da execução
orçamentária. A periodicidade da elaboração e execução
orçamentária
a) baseia-se no calendário civil.
b) tem vigência plurianual.
c) coincide com o mandato eleitoral.
d) é definida no decreto de programação financeira.
e) depende do ciclo de atividade financeira da entidade.
AFO
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6. CESGRANRIO IBGE ANALISTA
O ciclo orçamentário corresponde ao período no qual as atividades do Orçamento Público
são processadas, sendo composto por quatro etapas: elaboração, aprovação, execução e
controle e avaliação orçamentária. Relacione cada uma dessas etapas a suas respectivas
características.
As associações corretas são:
a) I – P , II – Q , III – R , IV – S
b) I – Q , II – P , III – R , IV – S
c) I – Q , II – P , III – S , IV – T
d) I – R , II – Q , III – T , IV – S
e) I – R , II – S , III – T , IV – P

AFO
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7. CESGRANRIO IBGE ANALISTA
Os instrumentos de planejamento previstos na Constituição Federal
são elaborados periodicamente de forma cíclica, contemplando fases e
atividades sob responsabilidades de diferentes poderes e órgãos.
Uma das características do ciclo orçamentário é que ele
a) se restringe às atividades de elaboração, aprovação, execução e
avaliação do orçamento anual.
b) prevê o acompanhamento do controle interno, externo e social.
c) coincide com exercício financeiro de execução do orçamento.
d) amplia o período de vigência do plano plurianual.
e) possui diferentes fases em cada ente federado.

AFO
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8. CESGRANRIO EPE FINANÇAS
Com relação ao acompanhamento e controle da Execução Orçamentária, cabe à
SOF (Secretaria de Orçamento Federal) a elaboração e formalização dos Atos
Legais relativos às alterações orçamentárias. Dentre os documentos abaixo,
aquele que NÃO é de responsabilidade da SOF é o(a)
a) Decreto do Poder Executivo para créditos suplementares autorizados na LOA
e para a transposição e os remanejamentos (De/Para institucionais) autorizados
na LDO.
b) Decreto de Limitação dos gastos públicos.
c) Projeto de lei para os créditos suplementares dependentes de autorização
legislativa e para os créditos especiais.
d) Medida Provisória para os créditos extraordinários.
e) Portaria do Secretário da SOF para alterações de fonte de recursos, de
identificador de uso ou de identificador de resultado primário.
AFO
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9. CESGRANRIO FUNASA TÉCNICO
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) é enviado, anualmente,
pelo Presidente da República, até o dia 31 de agosto e deve ser
devolvido até o dia 22 de dezembro, do mesmo ano.
Qual o órgão para quem é enviado o projeto LOA e a razão pela qual
ele precisa ser devolvido ao Presidente da República?
a) Tribunal de Contas – análise pela Secretaria de Planejamento.
b) Congresso Nacional – sanção presidencial.
c) Câmara dos Deputados – consolidação pelo Banco Central.
d) Senado Federal – elaboração do plano plurianual.
e) Senado federal – veto presidencial.

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10. FGV PROCURADOR NITERÓI 2023
Uma deputada federal resolveu apresentar uma emenda ao projeto de lei do orçamento anual da
União. Sobre essa emenda, é correto afirmar que:
a) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, mas não com o Plano Plurianual;
b) deve ser apresentada no Plenário da Câmara dos Deputados e deve indicar os recursos
necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação de despesas;
c) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional e somente pode ser aprovada se indicar os recursos
necessários, admitidos apenas aqueles provenientes da anulação de despesas;
d) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com o Plano Plurianual,
mas não com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
e) deve ser apresentada no Plenário do Senado Federal e somente pode ser aprovada se indicar
os recursos necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação de despesas.

AFO
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11. FGV CGM-RJ 2023 CONTADOR
Um servidor foi designado para assessorar a comissão permanente de
orçamentos de uma câmara municipal, formada, em sua maioria, por novos
vereadores. O servidor preparou uma apresentação com regras
constitucionais sobre apresentação e aprovação de emendas ao projeto de
lei orçamentária. Entre as orientações contidas na apresentação do servidor,
destaca-se a necessidade de:
a) aprovação com maioria qualificada dos membros do Poder Legislativo;
b) independência em relação às disposições de orçamentos anteriores;
c) indicação de fonte de recursos para proposição de emendas;
d) que as emendas não estejam relacionadas a erros e incorreções da
proposta orçamentária;
e) se referir a novas despesas, não iniciadas em exercícios anteriores.
12. FGV CGM-RJ 2023 TÉCNICO
Conforme disposições constitucionais, as emendas parlamentares individuais apresentadas
ao projeto de lei orçamentária anual (PLOA) serão aprovadas em termos de percentual da
receita corrente líquida (RCL), de acordo com a seguinte configuração:
a) 1,0% da RCL arrecadada no exercício anterior, sendo 50% destinada a ações e serviços
públicos de saúde;
b) 1,2% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de
saúde;
c) 1,2% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50%
destinada a ações e serviços públicos de saúde;
d) 2,0% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de
saúde;
e) 2,0% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50%
destinada a ações e serviços públicos de saúde.

AFO
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13. FGV AGENERSA 2023
Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Para que as emendas ao
projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem sejam
aprovadas, devem ser indicados os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa, sendo excluídas as que incidem sobre
a) o serviço da dívida e a compra de bens de capital.
b) as dotações para pessoal e seus encargos e o serviço da dívida.
c) as dotações para a área da saúde e para pessoal e seus encargos.
d) as transferências tributárias constitucionais e as dotações para a área da
saúde.
e) a compra de bens de capital e as transferências tributárias constitucionais.
AFO
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14. FGV CGU 2022 AUDITOR
Em um sistema democrático, a participação na elaboração do orçamento público é
uma prerrogativa do Poder Legislativo. No Brasil, essa participação é garantida na
Constituição da República de 1988, que dispõe também sobre os instrumentos de
planejamento e seus conteúdos. Recentemente foram observadas alterações
significativas no processo orçamentário, com destaque para as emendas impositivas
ao orçamento. Nesse contexto, à luz das regras vigentes, é correto afirmar que as
emendas parlamentares individuais apresentadas à Lei Orçamentária Anual:
a) acentuam a fragmentação do processo de alocação de recursos;
b) ampliam a atuação dos órgãos de controle na aplicação dos recursos alocados;
c) colaboram para um atendimento mais efetivo das demandas sociais;
d) desenvolvem a integração com as diretrizes e os objetivos governamentais;
e) estimulam a coordenação programática entre as políticas públicas desenvolvidas.

AFO
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15. FGV CGU 2022 AUDITOR
Em determinado exercício financeiro, o Tribunal de Contas da União (TCU) elaborou
a sua proposta orçamentária e a encaminhou ao Presidente da República para que
este promovesse a devida consolidação da proposta orçamentária anual da União.
Em seguida, ao analisar a proposta encaminhada pelo chefe do Poder Executivo, o
Congresso Nacional aprovou emenda parlamentar reduzindo a proposta
orçamentária do TCU, tendo sido realizados cortes de 90% para “investimentos” e
20% para “custeio”. Irresignado com essa situação, o TCU recorreu ao Poder
Judiciário. Com base no exposto, é correto afirmar que os cortes foram:
a) indevidos, tendo em vista a desproporcionalidade dos percentuais, o que traz um
risco relevante para a manutenção da regularidade das atividades básicas de
prestação adequada e eficiente da atividade de controle;
b) devidos, pois há liberdade absoluta, conferida ao Poder Legislativo, quanto ao
poder de emendar o projeto de lei orçamentária anual na seara do estado
democrático
AFO
de direito;
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15. FGV CGU 2022 AUDITOR
c) indevidos, por consubstanciarem afronta ao princípio da divisão funcional de
poderes, uma vez que possibilitam o surgimento de um estado de submissão
financeira e de subordinação orçamentária incompatível com a autonomia dos
Poderes e Órgãos Independentes reconhecida pelo ordenamento constitucional;
d) devidos, pois, salvo em situações graves e excepcionais, não cabe ao Poder
Judiciário, sob pena de violação ao princípio da separação dos Poderes, interferir na
função do Poder Legislativo de definir receitas e despesas da Administração Pública,
emendando projetos de leis orçamentárias, quando atendidas as condições previstas
na Constituição da República de 1988;
e) indevidos, por afrontarem as normas procedimentais do devido processo
legislativo orçamentário, dado que não cabe ao Poder Legislativo alterar a proposta
orçamentária encaminhada pelos Poderes e Órgãos Independentes.

AFO
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RECEITAS PÚBLICAS
CLASSIFICAÇÕES
ETAPAS
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RECEITAS PÚBLICAS
RECEITAS PÚBLICAS
São todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de
STRICTO tempo, que se incorporam ao patrimônio público sem compromisso de
SENSU devolução posterior. Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições,
receitas industriais etc. Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas
orçamentárias.
São todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em
LATO certo período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos,
SENSU podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver
contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de
crédito, operações de crédito por antecipação de receita, cauções etc.

AFO
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RECEITAS PÚBLICAS
A matéria pertinente à receita vem disciplinada no art. 3º, conjugado com o art.57, e no art. 35 da Lei
nº 4.320/1964:
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e
passivo financeiros. [...]
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como
receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes
de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
AFO
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INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS
✓ Ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o
Estado é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita a autorização legislativa,
portanto, não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). Por serem constituídos por
ativos e passivos exigíveis, os ingressos extraorçamentários, em geral, não têm reflexos no
Patrimônio Líquido da Entidade. São exemplos de ingressos extraorçamentários: os
depósitos em caução, as fianças, as operações de crédito por antecipação de receita
orçamentária (ARO), a emissão de moeda, e outras entradas compensatórias no ativo e
passivo financeiros.
✓ Os ingressos extraorçamentários não alteram o patrimônio do ente público, não
aumentam o saldo patrimonial: geram apenas um fato permutativo no patrimônio –
entram recursos e geram-se obrigações. Para a STN, os ingressos extraorçamentários são
aqueles pertencentes a terceiros, arrecadados pelo ente público exclusivamente para fazer
face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. Esses ingressos não se
encontram previstos no orçamento, e a STN os denomina de recursos de terceiros.
AFO
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OPERAÇÕES INTRAORÇAMENTÁRIAS
Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais
entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do
orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não
representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas
movimentação de receitas entre seus órgãos. De fato, define-se como intra-
orçamentárias as operações que resultem de despesas de órgãos, fundos,
autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de
materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o
recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa
estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da
mesma esfera de governo.

AFO
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OPERAÇÕES INTRAORÇAMENTÁRIAS
Alguns exemplos são:
❑ Contratações de empresas estatais dependentes e demais entidades que
integram o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social para publicações em Diário
Oficial, para prestação de serviços de treinamento, realização de concursos
públicos ou para fornecimentos de bens.
❑ Recolhimento de contribuições patronais ao RPPS.
❑ Aportes mensais com valores preestabelecidos definidos em plano de
amortização
❑ instituído para o equacionamento do déficit atuarial do RPPS.
❑ Recolhimento de contribuições patronais ao RGPS pelas empresas estatais da
União.
❑ Recolhimento de tributos do próprio ente por empresas estatais dependentes.

AFO
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CLASSIFICAÇÕES DO MTO
A classificação da receita orçamentária, a exemplo do que
ocorre na despesa, é de utilização obrigatória por todos os
entes da Federação, sendo facultado o seu desdobramento
para atendimento das respectivas necessidades. Nesse
sentido, as receitas orçamentárias são classificadas segundo
os seguintes critérios:
❑ natureza de receita;
❑ indicador de resultado primário;
❑ fonte/destinação de recursos; e
❑ esfera orçamentária.
AFO
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CLASSIFICAÇÕES DO MTO
Observa-se que este Manual Técnico de
Orçamento adota a definição no sentido
estrito; dessa forma, a citação ao termo
“receita pública”, neste documento, implica
referência às “receitas orçamentárias”.

AFO
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RECEITAS ORIGINÁRIAS E DERIVADAS
❑ Receitas públicas originárias são as arrecadadas por meio da
exploração de atividades econômicas pela Administração Pública.
Resultam, principalmente, de rendas do patrimônio mobiliário e
imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços públicos, de
prestação de serviços comerciais e de venda de produtos
industriais ou agropecuários.
❑ Receitas públicas derivadas são as obtidas pelo poder público por
meio da soberania estatal. Decorrem de norma constitucional ou
legal e, por isso, são auferidas de forma impositiva, como, por
exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais.
AFO
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL
Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação patrimonial
líquida, a receita pode ser “efetiva” ou “não-efetiva”:
❑ RECEITA ORÇAMENTÁRIA EFETIVA aquela em que os ingressos de
disponibilidade de recursos não foram precedidos de registro de
reconhecimento do direito e não constituem obrigações
correspondentes.
❑ RECEITA ORÇAMENTÁRIA NÃO EFETIVA é aquela em que os
ingressos de disponibilidades de recursos foram precedidos de
registro do reconhecimento do direito ou constituem obrigações
correspondentes, como é o caso das operações de crédito.

AFO
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16. CESGRANRIO UNIRIO/2019
Considerando-se o impacto de uma receita pública na
situação líquida patrimonial do ente, uma espécie de receita
que, quando arrecadada, tem efeito nulo no patrimônio do
ente refere-se a
a) royalties
b) outorga de direitos de uso
c) alienação de títulos mobiliários
d) inscrição em concursos e processos seletivos
e) serviços de registro, certificação e fiscalização

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17. CESGRANRIO EPE/Contabilidade/2014
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público,
Parte I, a receita orçamentária (receita pública), quanto ao reflexo na
situação patrimonial líquida, sob o enfoque contábil, pode ser
classificada como efetiva e não efetiva.
Nesse enfoque da situação patrimonial líquida, uma receita
orçamentária efetiva indica a ocorrência de um fato contábil
a) misto aumentativo
b) misto diminutivo
c) modificativo aumentativo
d) modificativo diminutivo
e) permutativo
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18. CESGRANRIO EPE/FINANÇAS/2014
De acordo com os conceitos e categorias de receitas previstas
na Lei nº 4.320/1964, constituem receitas orçamentárias os
recursos provenientes de
a) cauções
b) depósitos em garantia
c) emissões de papel-moeda
d) compensações financeiras
e) operações de crédito por antecipação da receita

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19. CESGRANRIO CEFET RJ/2014
Duas receitas distintas precisam ser registradas no sistema de
controle contábil e orçamentário de uma entidade pública: a primeira
receita, no montante de R$ 1.000,00, tem caráter temporário e
devolutivo; e a segunda, no montante de R$ 2.000,00, não estava
prevista na Lei Orçamentária anual.
As classificações possíveis para essas receitas são, respectivamente,
a) corrente e de capital
b) corrente e extraorçamentária
c) orçamentária e extraorçamentária
d) extraorçamentária e orçamentária
e) de transferência e extraorçamentária
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20. CESGRANRIO IBGE/Auditoria
As receitas orçamentárias, nos termos do Manual de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, classificam-se segundo alguns critérios.
Os critérios são estes:
a) espécie; fonte/destinação de recursos; indicador de resultado
nominal
b) espécie; fonte/destinação de recursos; indicador de resultado
primário
c) natureza; fonte/destinação de recursos; categoria econômica
d) natureza; fonte/destinação de recursos; indicador de resultado
nominal
e) natureza; fonte/destinação de recursos; indicador de resultado
primário
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CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR NATUREZA

AFO
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CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR NATUREZA
São arrecadadas dentro do exercício, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em
geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido, e constituem instrumento para financiar os
objetivos definidos nos programas e ações correspondentes às políticas públicas. São Receitas
RECEITA
Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de
CORRENTE
serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de
direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas
Correntes.

São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de


constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
RECEITA DE outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em
CAPITAL Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Aumentam as disponibilidades
financeiras do Estado. Porém, de forma diversa das Receitas Correntes, as Receitas de Capital não
provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido.

AFO
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CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR NATUREZA

AFO
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21. CESGRANRIO UNIRIO/2019 - Adaptada
Analise as receitas, a seguir, apresentadas por um determinado estado,
em 2018.
Considerando-se exclusivamente as informações recebidas e as
orientações do MCASP, o valor das Receitas Correntes, em R$ milhões, é
a) 140
b) 240
c) 300
d) 360
e) 440

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TAXA X PREÇO PÚBLICO
A distinção entre taxa e preço público, também
chamado de tarifa, está descrita na Súmula nº 545
do Supremo Tribunal Federal (STF): “Preços de
serviços públicos e taxas não se confundem, porque
estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e
têm sua cobrança condicionada à prévia autorização
orçamentária, em relação à lei que a instituiu”.

AFO
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RECEITAS PATRIMONIAIS
São provenientes da fruição de patrimônio pertencente ao ente
público, tais como as decorrentes de aluguéis, dividendos,
compensações financeiras/royalties, concessões, entre outras. Ainda
temos como receitas patrimoniais a Delegação de Serviços Públicos
Mediante Concessão, Permissão, Autorização ou Licença: de
Transporte, de Infraestrutura e de Telecomunicações; da Exploração
do Patrimônio Intangível, como o Direito de Uso da Imagem e de
Reprodução dos Bens do Acervo Patrimonial; e a Cessão de Direitos:
como a Cessão do Direito de Operacionalização de Pagamentos.

AFO
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RECEITAS DE SERVIÇOS
Decorrem da prestação de serviços por parte do ente
público, tais como comércio, transporte, comunicação,
serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos,
culturais, etc. Tais serviços são remunerados mediante
preço público, também chamado de tarifa. São também
receitas de serviços o recebimento de juros associados aos
empréstimos concedidos, pois tais juros são a remuneração
do capital.

AFO
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TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
São provenientes do recebimento de recursos financeiros de
outras pessoas de direito público ou privado destinados a
atender despesas de manutenção ou funcionamento que não
impliquem contraprestação direta em bens e serviços a quem
efetuou essa transferência. Por outro lado, a utilização dos
recursos recebidos vincula-se à determinação constitucional ou
legal, ou ao objeto pactuado. Tais transferências ocorrem entre
entidades públicas de diferentes esferas ou entre entidades
públicas e instituições privadas.

AFO
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OUTRAS RECEITAS CORRENTES
Constituem-se pelas receitas cujas características não
permitam o enquadramento nas demais classificações da
receita corrente, tais como indenizações, restituições,
ressarcimentos, multas previstas em legislações específicas,
entre outras.
1.9.0.0.00.0.0 OUTRAS RECEITAS CORRENTES
1.9.3.0.02.0.0 Alienação de bens apreendidos
1.9.3.0.02.1.0 Alienação de bens e mercadorias apreendidos
Alienação de bens e mercadorias associados ao tráfico ilícito de
1.9.3.0.02.2.0
entorpecentes e drogas afins

AFO
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TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
Recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado destinados a atender despesas com
investimentos ou inversões financeiras, independentemente da
contraprestação direta a quem efetuou essa transferência. Por
outro lado, a utilização dos recursos recebidos vincula-se ao
objeto pactuado. Tais transferências ocorrem entre entidades
públicas de diferentes esferas ou entre entidades públicas e
instituições privadas.

AFO
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OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL
Registram-se nesta origem receitas cujas
características não permitam o
enquadramento nas demais classificações da
receita de capital, tais como resultado do
Banco Central, remuneração das
disponibilidades do Tesouro, entre outras.

AFO
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ESPÉCIE
A espécie, nível de classificação vinculado à origem,
permite qualificar com maior detalhe o fato gerador
das receitas. Por exemplo, dentro da origem
“Contribuições”, identificam-se as espécies
“Contribuições Sociais”, “Contribuições Econômicas”
e “Contribuições para Entidades Privadas de Serviço
Social e de Formação Profissional”

AFO
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DESDOBRAMENTO
A partir de 2022, inclusive elaboração do Orçamento, os 5º e 6º dígitos da
codificação, que constituem parte dos desdobramentos, separam os códigos da
União daqueles específicos dos demais entes federados, de acordo com a seguinte
estrutura lógica:
❑ “00” até “49” identificam códigos reservados para a União, que poderão ser
utilizados, no que couber, por Estados, DF e Municípios;
❑ “50” até “98” identificam códigos reservados para uso específico de Estados, DF
e Municípios; e
❑ “99” será utilizado para registrar “outras receitas”, entendidas assim as receitas
genéricas que não tenham código identificador específico, atendidas as normas
contábeis aplicáveis.

AFO
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TIPO
0 Quando se tratar de natureza de receita não valorizável ou agregadora
1 Quando se tratar da arrecadação principal da receita
2 Quando se tratar de multas e juros de mora da respectiva receita
3 Quando se tratar de dívida ativa da respectiva receita
4 Quando se tratar de multas e juros de mora da dívida ativa da respectiva receita
5 Quando se tratar das multas da respectiva receita quando a legislação pertinente diferenciar a destinação das
multas da destinação dos juros de mora, situação na qual não poderá ser efetuado registro de arrecadação no
tipo “2 – multas e juros de mora”;
6 Quando se tratar dos juros de mora da respectiva receita, quando a legislação pertinente diferenciar a
destinação das multas da destinação dos juros de mora, situação na qual não poderá ser efetuado registro de
arrecadação no tipo “2 – multas e juros de mora”;
7 Quando se tratar das multas da dívida ativa da respectiva receita, quando a legislação pertinente diferenciar a
destinação das multas da dívida ativa da destinação dos juros de mora da dívida ativa, situação na qual não
poderá ser efetuado registro de arrecadação no tipo “4 – multas e juros de mora da dívida ativa”;
8 Quando se tratar dos juros da dívida ativa da respectiva receita, quando a legislação pertinente diferenciar a
destinação das multas da dívida ativa da destinação dos juros de mora da dívida ativa, situação na qual não
poderá ser efetuado registro de arrecadação no tipo “4 – multas e juros de mora da dívida ativa”;
9 Quando se tratar de desdobramentos que poderão ser criados, caso a caso, pela secretaria de orçamento
federal do ministério do planejamento, desenvolvimento e gestão – sof/mp, mediante portaria específica.
AFO
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22. CESGRANRIO IQUIGÁS/Auditoria/2018
As receitas com operações de crédito, nos termos da Lei
nº 4.320/1964, são consideradas como Receitas de
a) Investimento
b) Operação
c) Capital
d) Gerência
e) Constituição

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23. CESGRANRIO EPE 2014
Na busca do equilíbrio orçamentário, o Governo estabelece
uma meta para superavit do orçamento corrente. Tal receita,
consoante a Lei Geral que regula a Contabilidade Pública, é
considerada como sendo uma receita de
a) capital
b) inversão
c) exploração
d) aplicação
e) patrimônio

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24. CESGRANRIO BNDES/Contabilidade
A receita da administração pública é classificada nos enfoques
orçamentário e patrimonial. As receitas orçamentárias, por
sua vez, são classificadas em Receitas Correntes e Receitas de
Capital. No contexto das Receitas Correntes, o recebimento
de Juros de Mora é classificado como uma receita corrente
a) Tributária
b) Patrimonial
c) De Contribuições
d) Transferências Correntes
e) Outras Receitas Correntes
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25. CESGRANRIO EPE FINANÇAS
As receitas oriundas de outras pessoas de direito público,
quando destinadas a atender a despesas de manutenção e
funcionamento e que se destinam a atender a despesas
correntes, são as
a) Receitas Patrimoniais
b) Receitas de Contribuições
c) Receitas Tributárias
d) Transferências Correntes
e) Transferências de Capital

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26. CESGRANRIO TCE RO TÉCNICO
As receitas de capital do setor público envolvem receitas derivadas da obtenção de
recursos mediante a constituição de dívidas, amortização de empréstimos e
financiamentos e/ou alienação de componentes do Ativo Permanente. Em relação às
receitas de capital, assinale a afirmação correta.
a) A categoria Serviços é parte das receitas de capital e se refere ao recebimento de
parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos.
b) A categoria Transferências de Capital é parte das receitas de capital e inclui o ingresso
proveniente da amortização e do recebimento de juros.
c) A categoria Alienação de Bens é parte das receitas de capital e constitui o ingresso
proveniente da alienação de componentes do Ativo Permanente.
d) A categoria Receitas Industriais é parte das receitas de capital e constitui a alienação
patrimonial para subsídio direto às indústrias.
e) As receitas de capital podem ser divididas em receitas tributárias, industriais e de
serviços.

Finanças Públicas
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CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA

AFO
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IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO
Esta classificação orçamentária da receita não tem
caráter obrigatório para todos os entes e foi
instituída para a União com o objetivo de identificar
quais são as receitas e as despesas que compõem o
resultado primário do Governo Federal, que é
representado pela diferença entre as receitas
primárias e as despesas primárias.

AFO
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IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO
❑ As RECEITAS PRIMÁRIAS referem-se, predominantemente, às receitas correntes que
advêm dos tributos, das contribuições sociais, das concessões, dos dividendos recebidos
pela União, da cota-parte das compensações financeiras, das decorrentes do próprio
esforço de arrecadação das UOs, das provenientes de doações e convênios e outras
também consideradas primárias.
❑ As RECEITAS FINANCEIRAS são aquelas que não alteram o endividamento líquido do
Governo (setor público não financeiro) no exercício financeiro correspondente, uma vez
que criam uma obrigação ou extinguem um direito, ambos de natureza financeira,
junto ao setor privado interno e/ou externo. São adquiridas junto ao mercado
financeiro, decorrentes da emissão de títulos, da contratação de operações de crédito
por organismos oficiais, das receitas de aplicações financeiras da União (juros recebidos,
por exemplo) e outras. A exceção a essa regra é a receita advinda dos juros de operações
financeiras, que, apesar de contribuírem com a redução do endividamento líquido,
também se caracterizam como receita financeira.

AFO
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INDICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO
RP 0 Financeira
RP 1 Obrigatória , primária e considerada na apuração do resultado primário para
cumprimento da meta
RP 2 discricionária, primária e considerada na apuração do resultado primário para
cumprimento da meta
RP 3 discricionária e abrangida pelo Programa de Aceleração do Crescimento – Novo PAC
RP 4 primária constante do Orçamento de Investimento e não considerada na apuração do
resultado primário para cumprimento da meta
RP 5 discricionária e abrangida pelo PAC (constante no Orçamento de Investimentos)
RP 6 individuais, de execução obrigatória
RP 7 bancada estadual, de execução obrigatória
RP 8 de comissão permanente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e de comissão
mista permanente do Congresso Nacional
FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS
O grupo de fontes de recursos também deverá permitir discriminar,
na elaboração do Orçamento, os recursos oriundos de propostas de
alterações na legislação da receita que estejam em tramitação no
Congresso Nacional, bem como identificar, nas alterações
orçamentárias, se os recursos pertencem ao exercício corrente ou a
exercícios anteriores. Além disso, na composição do código das
fontes de recursos deverá ser observada a compatibilidade entre o
grupo de fontes e a especificação das fontes de recursos. A
classificação por fonte de recursos é dividida, hoje, conforme os
grupos abaixo (alteração no MTO 2022 e PORTARIA CONJUNTA
STN/SOF/ME Nº 21, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2021)
AFO
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FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS
Em linhas gerais, pode-se dizer que há destinações vinculadas e não
vinculadas:
a) destinação vinculada: processo de vinculação entre a origem e a
aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas
estabelecidas pela norma. Há, ainda, ingressos de recursos em decorrência
de convênios ou de contratos de empréstimos e de financiamentos. Esses
recursos também são vinculados, pois foram obtidos com finalidade
específica - e à realização dessa finalidade deverão ser direcionados.
b) destinação não vinculada (ou livre): é o processo de alocação livre entre
a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades,
desde que dentro do âmbito das competências de atuação do órgão ou
entidade.
AFO
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FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS
1º DÍGITO
GRUPO da Fonte de Recurso (1º Dígito)

1 Recursos Arrecadados no Exercício Corrente


3 Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores
Recursos de Operações de Crédito Ressalvadas pela Lei de Crédito Adicional
7 da Regra de Ouro
Esse dígito objetiva identificar, na elaboração do
Recursos Orçamento, os recursos oriundos de propostas de
9* Condicionados alterações na legislação da receita que estejam em
tramitação no Congresso Nacional.

AFO
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FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS

AFO
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DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS
Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de
dezembro de 2024, 30% (trinta por cento) da arrecadação da União
relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das
despesas do Regime Geral de Previdência Social, às contribuições de
intervenção no domínio econômico e às taxas, já instituídas ou que
vierem a ser criadas até a referida data.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
§ 4º A desvinculação de que trata o caput não se aplica às receitas
das contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social.

AFO
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DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS
Art. 76-A. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de
dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos Estados e do
Distrito Federal relativas a impostos, taxas e multas, já instituídos ou que
vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos
acréscimos legais, e outras receitas correntes.
(Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93, de 2016)
Art. 76-B. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de
dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos Municípios
relativas a impostos, taxas e multas, já instituídos ou que vierem a ser
criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais, e
outras receitas correntes.
(Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93, de 2016)

AFO
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DEDUÇÕES DA RECEITA
No âmbito da administração pública, a dedução de receita
orçamentária é o procedimento padrão a ser utilizado para as
situações abaixo elencadas, salvo a existência de determinação legal
expressa de se contabilizar fatos dessa natureza como despesa
orçamentária:
✓ Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que
pertencem a outro ente, de acordo com a legislação vigente
(transferências constitucionais ou legais);
✓ Restituição de tributos recebidos a maior ou indevidamente;

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
NÃO SE RECONHECE COMO RECEITA

RECONHECIDOS COMO RECEITA a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo


financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de créditos neles
NÃO DEVEM SER

Superávit Financeiro vinculadas. Portanto, trata-se de saldo financeiro e não de


nova receita a ser registrada. O superávit financeiro pode
ser utilizado como fonte para abertura de créditos
suplementares e especiais

consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios


anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo
de disponibilidade comprometida, originária de receitas
Cancelamento de Despesas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma nova
receita a ser registrada. O cancelamento de restos a pagar
Inscritas em Restos a Pagar não se confunde com o recebimento de recursos
provenientes do ressarcimento ou da restituição de
despesas pagas em exercícios anteriores que devem ser
reconhecidos como receita orçamentária do exercício.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
REGISTROS DAS TRANSFERÊNCIAS
INTERGOVERNAMENTAIS
✓ As transferências intergovernamentais constitucionais ou legais podem ser
contabilizadas pelo ente transferidor como uma despesa ou como dedução de
receita, dependendo da forma como foi elaborado o orçamento do ente.
✓ Se as receitas arrecadadas constarem no orçamento do ente transferidor a
transferência deverá ser registrada como despesa orçamentária. Por outro lado,
se as receitas não constarem será registrada como dedução da receita. No
entanto, em se tratando de transferências voluntárias, a contabilização deve ser
como despesa, visto que não há uma determinação legal para a transferência,
sendo necessário haver, de acordo com o disposto no art. 25 da LRF, existência
de dotação específica que permita a transferência.
✓ Para contabilização no ente recebedor, faz-se necessário distinguir os dois tipos
de transferências: as constitucionais e legais e as voluntárias.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA RECEITA
Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de receitas
orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação de receitas não previstas e
também das que não foram lançadas, como é o caso de uma doação em
espécie recebida pelos entes públicos.

ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA


PLANEJAMENTO PREVISÃO
LANÇAMENTO
EXECUÇÃO ARRECADAÇÃO
RECOLHIMENTO
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA RECEITA - PLANEJAMENTO
A etapa de planejamento compreende a previsão de arrecadação da
receita orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual (LOA),
resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas,
observada as disposições constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF). Diz-se que a receita é prevista, estimada ou orçada. Qualquer
um desses termos indica o quanto se espera arrecadar durante o
exercício financeiro ao qual a LOA se refere. A previsão da receita
antecede a fixação da despesa; previsão é a estimativa de
arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual (LOA),
que resulta da metodologia de projeção de receitas orçamentárias.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA RECEITA - PLANEJAMENTO
LRF
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e
legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da
variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia
de cálculo e premissas utilizadas.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA RECEITA - LANÇAMENTO
O art. 53 da Lei nº 4.320/1964, define o lançamento como ato da repartição
competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é
devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez, para o art. 142 do CTN, lançamento
é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do
tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da
penalidade cabível. Observa-se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150 do CTN,
a etapa de lançamento situa-se no contexto de constituição do crédito tributário, ou
seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de melhoria. Além disso, de acordo
com o art. 52 da Lei nº 4.320/1964, são objeto de lançamento as rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA RECEITA - LANÇAMENTO
TIPOS DE LANÇAMENTO CARACTERÍSTICA EXEMPLO

efetuado pela administração sem


DIRETO OU DE OFÍCIO IPTU, IPVA
a participação do contribuinte

contribuinte (sujeito passivo)


DECLARAÇÃO OU MISTO presta informações indispensáveis ITCMD, ITBI, II e IE
ao lançamento

realizado pelo sujeito passivo que


HOMOLOGAÇÃO OU AUTO- antecipa impostos, sem prévio ICMS, IPI, IR, PIS E
LANÇAMENTO exame da autoridade CONFINS.
administrativa competente

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
27. CESGRANRIO EPE 2014
A realização da receita orçamentária se dá em estágios,
caracterizados por fatos e procedimentos que dão objetividade aos
registros contábeis.
O momento a partir do qual os valores estão efetivamente
disponíveis para o ente público caracteriza o estágio da(o)
a) arrecadação
b) liquidação
c) lançamento
d) pagamento
e) Recolhimento

Finanças Públicas
Prof. Leandro Ravyelle
28. CESGRANRIO FINEP
O lançmento direto ou de ofício significa
a) registro realizado pela autoridade judicial em casos levados à sua
apreciação pelo contribuinte.
b) medida adotada pela autoridade formal empossada pelo chefe do
Executivo quando determina uma alteração no orçamento.
c) renúncia da receita reconhecida no período e constante do
orçamento, autorizada pelo Comitê de Revisão Orçamentária.
d) ato da repartição competente relacionado ao registro da despesa
fiscal relativa ao período vigente.
e) lançamento feito pela autoridade administrativa de forma
unilateral, sem intervenção do contribuinte.
Finanças Públicas
Prof. Leandro Ravyelle
29. CESGRANRIO MPE RO ANALISTA
O estágio da receita pública que visa a identificar e
individualizar o contribuinte ou o devedor, verificando a
procedência do crédito fiscal, é denominado:
a) empenho.
b) recolhimento.
c) lançamento.
d) arrecadação.
e) liquidação.

Finanças Públicas
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS PÚBLICAS
CLASSIFICAÇÕES
ETAPAS
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS PÚBLICAS
DESPESAS PÚBLICAS
é o fluxo que deriva da utilização de crédito consignado no
orçamento da entidade, podendo ou não diminuir a situação
líquida patrimonial. As despesas devem ser necessariamente
STRICTO SENSU autorizadas, enquanto, para as receitas, basta apenas a
estimativa. As despesas não podem ultrapassar o valor
autorizado, salvo mediante crédito adicional, mas as receitas
podem.
é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos
para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos
LATO SENSU
prestados à sociedade (despesas orçamentárias e
extraorçamentárias).
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS PÚBLICAS

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DISPÊNDIOS EXTRAORÇAMENT[ARIOS
✓ Despesa orçamentária é toda transação que depende de
autorização legislativa, na forma de consignação de dotação
orçamentária, para ser efetivada.
✓ Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei
orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de
numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a
pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita
e recursos transitórios e que não necessitam de autorização
legislativa para que ocorra o desembolso.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
30. CESGRANRIO EPE 2014
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, Parte I, no campo conceitual
da receita e da despesa, apresenta a seguinte definição: “é toda transação que
depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação
orçamentária, para ser efetivada”.
Os termos acima transcritos indicam a definição de
a) despesa orçamentária
b) dispêndio extraorçamentário
c) empréstimo vencível antes de 10 meses
d) receita extraorçamentária
e) receita orçamentária

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
31. CESGRANRIO FUNASA TÉCNICO
Com relação a orçamento, a despesa extraorçamentária
envolve
a) despesas com pessoal e encargos sociais.
b) inversões financeiras.
c) restituição de depósitos.
d) amortização da dívida.
e) juros e encargos da dívida.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
32. CESGRANRIO INEA CONTADOR
Define-se despesa orçamentária como
a) saída financeira decorrente de aplicação de recursos recebidos anteriormente a título de
ingresso extraorçamentário.
b) saída financeira oriunda de mutações que em nada diminuem o patrimônio líquido,
constituindo simples saídas ou alterações compensatórias dos elementos que a compõem.
c) desembolsos ou aplicações de recursos em operações que permitam o aumento dos ativos
da entidade e tenham sido estabelecidos por lei.
d) aplicação de recursos públicos na realização dos serviços necessários à manutenção e
expansão dos serviços públicos.
e) aplicação de recursos públicos na execução de programas determinados por decreto e
definidos como prioritários pela população.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RECONHECIMENTO DA DESPESA
Quanto ao enfoque patrimonial, fundamenta-se nos princípios
da oportunidade e da competência, e afirma que as despesas
devem ser reconhecidas no momento da ocorrência do fato
gerador, independentemente de pagamento. De acordo com os
Manuais de Despesa Nacional da STN/SOF, na maioria das vezes
o momento do fato gerador coincide com a liquidação da
despesa orçamentária, por exemplo, na entrega de bens de
consumo imediato ou de serviços contratados, que constituem
despesas efetivas.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RECONHECIMENTO DA DESPESA
Já conforme o enfoque orçamentário, a Lei nº 4.320/1964
estabeleceu a regra para o reconhecimento da despesa
orçamentária, considerando do exercício todas as despesas
empenhadas:
art. 35.
Pertencem ao exercício financeiro:
[...] II – as despesas nele legalmente empenhadas;”

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA
PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA

CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
o programa de trabalho define
qualitativamente a programação orçamentária CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
e deve responder, de maneira clara e objetiva, ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
às perguntas clássicas que caracterizam o ato
de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, INFORMAÇÕES SOBRE OS PROGRAMAS, Ação, descrição, forma de
implementação, produto,
composto dos seguintes blocos de informação INICIATIVAS, AÇÕES E SUBTÍTULOS
unidade de medida e subtítulo.

❑ A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da meta física, que
PROGRAMAÇÃO
QUANTITATIVA

corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num
determinado período e instituída para cada ano.
❑ Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da natureza da despesa,
identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de resultado
primário, dotação e justificativa.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO
BLOCOS DA ESTRUTURA ITEM DA ESTRUTURA PERGUNTA A SER RESPONDIDA
Classificação por Esfera Esfera Orçamentária Em qual Orçamento?

Órgão
Classificação Institucional Quem é o responsável por fazer?
Unidade Orçamentária
Função Em que áreas de despesa a ação governamental será
Classificação Funcional realizada?
Subfunção
O que se pretende alcançar com a implementação da
Estrutura Programática Programa
Política Pública?

O que será desenvolvido para alcançar o objetivo do


Ação
programa?
Descrição O que é feito? Para que é feito?
Forma de Implementação Como é feito?

Informações Principais da Ação Produto O que será produzido ou prestado?


Unidade de Medida Como é mensurado?
Onde é feito?

Subtítulo
Onde está o beneficiário do gasto?

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
33. CESGRANRIO UNIRIO/2019
Uma das classificações legalmente requeridas para a despesa pública refere-se à
classificação institucional, que reflete a estrutura de alocação dos créditos
orçamentários em níveis hierárquicos. Na classificação institucional da despesa,
uma autarquia de ensino superior federal, subordinada ao Ministério da Educação,
a) constitui um agrupamento de unidades orçamentárias com dotações próprias.
b) recebe dotações orçamentárias diretamente do Tesouro Nacional.
c) é considerada uma unidade orçamentária, identificada com três dígitos.
d) é considerada um órgão orçamentário, identificado com dois dígitos.
e) está impedida de receber transferências não autorizadas pelo Ministério a que
está subordinada.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
34. CESGRANRIO IBGE/Orçamento 2013
De acordo com o Manual da Despesa Nacional de 2008 da Secretaria do Tesouro
Nacional, a despesa nacional pode ter quatro grandes classificações: institucional,
funcional, estrutura programática e natureza da despesa orçamentária. Segundo
esse manual, a finalidade da classificação funcional é
a) identificar se os recursos pertencem ao Orçamento Fiscal, ao Investimento das
Empresas Estatais ou à Seguridade Social.
b) reportar em qual área de ação governamental a despesa será realizada.
c) ampliar a visibilidade para a sociedade dos resultados e benefícios gerados pelas
realizações do governo.
d) expressar o objetivo e facilitar o acompanhamento das ações do governo.
e) evitar as duplas contagens decorrentes da inclusão dos recursos no orçamento.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
Conjunto de operações das quais resultam produtos (bens ou
serviços) que contribuem para atender ao objetivo de um
programa. Incluem-se também no conceito de ação as
transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da
Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de
subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre outros,
os financiamentos e as reservas de contingência. As ações
orçamentárias podem ser tipificadas como “projetos”,
“atividades” ou “operações especiais”.
AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa
envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produ
que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. As ações do
PROJETO tipo Projeto expandem a produção pública ou criam infraestrutura para novas atividade
ou, ainda, implementam ações inéditas num prazo determinado. Para efeito de
programação, os projetos classificam-se em: Obra, Equipamento, Capacitação,
Estudo/Pesquisa, Prestação de Serviço e Outros Projetos do PPA.
AÇÃO

É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa


envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanen
ATIVIDADE
das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
ações do tipo Atividade garantem a manutenção do mesmo nível da produção pública

Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das


ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação diret
OPERAÇÃO ESPECIAL sob a forma de bens ou serviços. Em grande medida, as operações especiais estão
associadas aos programas do tipo Operações Especiais, os quais constarão apenas do
orçamento, não integrando o PPA.
AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUBTÍTULO
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados
especialmente para identificar a localização física da ação orçamentária ou a localização
física do seu beneficiário, não podendo haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade,
do produto e das metas estabelecidas. A adequada localização do gasto permite maior
controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de
evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. A localização do
gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste, Centro
Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério
específico, quando necessário. A LDO veda, na especificação do subtítulo, a referência a mais
de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, no mesmo subtítulo e também a
denominação que evidencie finalidade divergente daquela especificada na ação. Na União, o
subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera
orçamentária, por GND, por modalidade de aplicação, IDUSO e por fonte/destinação de
recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUBTÍTULO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PROGRAMAÇÃO QUANTITATIVA

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA
1º 2º 3º e 4º 5º e 6º 7º e 8º + 9º
DESDOBRAMENTO
GRUPO DE NATUREZA DE MODALIDADE DE
CATEGORIA ECONÔMICA ELEMENTO DA DESPESA FACULTATIVO DO
DESPESA APLICAÇÃO
ELEMENTO

classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a
DESPESAS
CORRENTES formação ou aquisição de um bem de capital. conforme GIACOMONI (2018), possibilitam
determinar a participação do setor público no consume geral do país.

classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a


formação ou aquisição de um bem de capital. cuidado com a diferença entre os itens que
DESPESAS DE compõem as despesas correntes para a lei 4320/64 e para o que diz o MTO e MCASP.
CAPITAL

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA

as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados,


CUSTEIO inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e
adaptação de bens imóveis
DESPESAS
as dotações para despesas as quais não corresponda
CORRENTES
TRANSFERÊNCIAS contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para
CORRENTES contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção
de outras entidades de direito público ou privado

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
NA LEI Nº 4.320/64
DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL

DESPESAS DE CUSTEIO INVESTIMENTOS INVERSÕES FINANCEIRAS


pessoa civil
obras públicas aquisição de imóveis
participação em constituição ou aumento de
serviços em regime de programação especial capital de empresas ou entidades comerciais ou
pessoal militar financeiras

equipamentos e instalações aquisição de títulos representativos de capital de


material de consumo empresa em funcionamento

serviços de terceiros material permanente


constituição de fundos rotativos
participação em constituição ou aumento de concessão de empréstimos
capital de empresas ou entidades industriais ou
encargos diversos agrícolas diversas inversões financeiras

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL


subvenções sociais amortização da dívida pública
subvenções econômicas auxílios para obras públicas
auxílios para equipamentos e instalações
inativos
auxílios para inversões financeiras
pensionistas
salário família e abono familiar
Reta Final TJBA
juros da dívida pública outras contribuições.
contribuições
Prof. Leandro Ravyelle de previdência social
diversas transferências correntes.
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA
AQUISIÇÃO DE TÍTULOS QUE
CONSTITUIÇÃO/
LEI 4.320/64 NÃO IMPORTEM AUMENTO
AUMENTO DE CAPITAL DE EMPRESAS
DE CAPITAL

COM CARÁTER COMERCIAL


OU FINANCEIRO
INVERSÃO FINANCEIRA INVERSÃO FINANCEIRA

SEM CARÁTER COMERCIAL


OU FINANCEIRO
INVERSÃO FINANCEIRA INVESTIMENTOS

MCASP 9ª ED. INVERSÕES - Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou


bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de
empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não
importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas,
AFO
Prof. Leandro Ravyelle além de outras despesas classificáveis neste grupo.
GRUPO DE NATUREZA DE DESPESA
CÓDIGO GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA

1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA

3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES

4 INVESTIMENTOS

5 INVERSÕES FINANCEIRAS

6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

9 RESERVA DE CONTINGÊNCIA
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
35. CESGRANRIO INEA CONTADOR
Em um dado exercício, um determinado órgão teve créditos orçamentários aprovados para
aquisição de bens, materiais e serviços com o seguinte detalhamento:
Em relação ao total dos créditos aprovados, os montantes das despesas correntes e das
despesas de capital representam, respectivamente,
a) 40,3% e 59,7%
b) 40,6% e 59,4%
c) 38,3% e 61,7%
d) 40,8% e 59,2%
e) 39,7% e 60,3%

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
35. CESGRANRIO INEA CONTADOR

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
36. CESGRANRIO IBGE/Auditoria/2013
De acordo com a Lei nº 4.320, de 1964, as despesas públicas são classificadas
segundo as categorias econômicas, divididas em despesas correntes e de capital.
Por sua vez, as despesas de capital são subdivididas em três grandes grupos:
transferência de capital, de
a) investimentos e de inversões financeiras
b) custeio e de investimentos
c) subvenções econômicas e de custeio
d) juros da dívida pública e de investimentos
e) inversões financeiras e de amortização da dívida pública.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUBVENÇÕES
as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa.
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subvenções sociais visará à prestação de
SUBVENÇÕES

serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem
SOCIAIS

privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica. O valor das subvenções, sempre que possível, será
calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos
os padrões mínimos de eficiência previamente fixados. Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem
julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. A cobertura dos
déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções
SUBVENÇÕES ECONÔMICAS

econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, dos estados, dos municípios ou do
Distrito Federal. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: as dotações destinadas a cobrir a diferença
entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; e as
dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.
Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á
mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado,
do Município ou do Distrito Federal.
Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo
quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial.

AFO
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MODALIDADE DE APLICAÇÃO

diretamente, pela unidade detentora do crédito orçamentário ou, em


decorrência de descentralização de crédito orçamentário, por outro órgão
ou entidade integrante dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social
indiretamente, mediante transferência, por outras esferas de governo,
seus órgãos, fundos ou entidades, ou por entidades privadas
indiretamente, mediante delegação, por outros entes federativos ou
consórcios públicos para a aplicação de recursos em ações de
responsabilidade exclusiva da União, especialmente nos casos que
impliquem preservação ou acréscimo no valor de bens públicos federais

AFO
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OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DO MTO
Identificador de uso - IDUSO
Esse código vem completar a informação
concernente à aplicação dos recursos e destina-
se a indicar se os recursos compõem
contrapartida nacional de empréstimos ou de
doações ou destinam-se a outras aplicações,
constando da LOA e de seus créditos adicionais.
AFO
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OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DO MTO
Identificador de doação e de operação de crédito - IDOC

O IDOC identifica as doações de entidades


internacionais ou operações de crédito contratuais
alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem
contrapartida de recursos da União. O número do IDOC
também pode ser usado nas ações de pagamento de
amortização, juros e encargos para identificar a
operação de crédito a que se referem os pagamentos.
AFO
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ETAPAS DA DESPESA
PLANEJAMENTO
EXECUÇÃO
CONTROLE E AVALIAÇÃO
FIXAÇÃO
DESCENTRALIZAÇÃO/
DOUTRINAS E
PLANEJAMENTO MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS
MANUAIS
PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
PROCESSO DE LICITAÇÃO
EMPENHO
LIQUIDAÇÃO LEI 4.320/64
EXECUÇÃO
PAGAMENTO
AFO
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ETAPAS DA DESPESA

AFO
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37. CESGRANRIO IBGE/Auditoria/2013
No processo de execução da despesa pública, o estágio que consiste na
reserva de dotação orçamentária para um fim específico
a) depende da verificação da procedência do respectivo crédito fiscal.
b) será anulado somente quando o objeto do contrato não tiver sido
cumprido.
c) ocorre, em geral, antes da publicação da programação financeira e do
cronograma de desembolso.
d) representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário
disponível e suficiente para atender à despesa objeto do contrato.
e) não está sujeito à limitação de movimentação financeira.
AFO
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38. CESGRANRIO FINEP/Jurídica/2014
Quanto à despesa pública, com base na lei aplicável à espécie, o ato
emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição corresponde à(ao)
a) liquidação
b) receita corrente
c) receita de capital
d) ordem de pagamento
e) empenho

AFO
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39. CESGRANRIO FINEP/Jurídica/2014
Em um determinado exercício, uma despesa fixada em R$ 50.000,00
foi 90% empenhada, 80% liquidada e 90% paga. Naquele exercício, o
desembolso financeiro efetivo relativo a essa despesa foi de
a) 45.000,00
b) 40.500,00
c) 40.000,00
d) 36.000,00
e) 32.400,00

AFO
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40. CESGRANRIO FINEP/Jurídica/2014
O Empenho é o ato emanado da autoridade competente que cria para o
Estado uma obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição. Nesse contexto, o ato emanado da autoridade competente para
atender às despesas contratuais de aluguéis é enquadrado na modalidade
de empenho
a) fixo
b) estimativo
c) integral
d) ordinário
e) Global
AFO
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USP Analista
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