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Você acaba de baixar a amostra do Caderno Mapeado para o concurso Bloco 7 do


Concurso Nacional Unificado.

O Caderno Mapeado é um material que compila os principais tópicos do edital,


focando em exemplificar a teoria por meio de tabelas, esquemas, resumos e macetes das
disciplinas do CNU. Com ele você é capaz de compreender os principais tópicos e
fundamentos de um determinado assunto de maneira facilitada e organizada.

Teoria

Tabelas

CADERNO
Bloco 7 Esquemas
MAPEADO

Resumos

Macetes

Saiba que você deu um passo importante rumo à sua aprovação. Estamos
entusiasmados por fazer parte dessa jornada de conquistas!

No material completo você terá acesso as seguintes disciplinas:

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DISCIPLINAS

Conhecimentos gerais

Políticas públicas

Desafios do estado de direito: democracia e cidadania

Ética e integridade

Diversidade e inclusão na sociedade

Administração pública federal

Finanças públicas

Conhecimentos específicos

Eixo temático 1 – Gestão governamental e governança pública: estratégia, pessoas,

projetos e processos

Eixo temático 2 – Gestão governamental e governança pública: riscos, inovação,

participação, logística e patrimônio

Eixo temático 3 – Políticas públicas e noções de estatística

Eixo temático 4 – Administração financeira e orçamentária, contabilidade pública e

compras na administração pública

Eixo temático 5 – Comunicação, gestão documental, transparência e proteção de

dados

Mas antes veja só o depoimento de um dos nossos alunos que foi aprovado
recentemente no tão disputado concurso do INSS:

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Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o suporte: suporte@cadernomapeado.com.br e WhatsApp.

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Bons Estudos!

Rumo à aprovação!!

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CONHECIMENTOS BÁSICOS:

Políticas públicas

INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS PUBLICAS

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Introdução às políticas públicas: considerações iniciais, conceitos e tipologia.

2) Considerações iniciais

A complexidade da sociedade contemporânea exige a implementação de estratégias coordenadas


para lidar com os desafios que surgem em diversas áreas. Nesse contexto, as Políticas Públicas
emergem como instrumentos fundamentais da ação governamental. Estas políticas representam
um conjunto articulado de ações, decisões e programas desenvolvidos pelos órgãos
governamentais, visando enfrentar problemas sociais, econômicos e políticos, e ao mesmo tempo,
promover o bem-estar coletivo.

A formulação e execução de políticas públicas envolvem um processo dinâmico que abrange desde
a identificação de problemas até a avaliação constante dos resultados alcançados. Além disso, a
participação da sociedade civil torna-se crucial para assegurar que as políticas atendam efetivamente
às necessidades da população.

Neste contexto, esta explanação busca oferecer uma visão abrangente sobre as políticas públicas,
destacando seus conceitos fundamentais e a importância do seu papel na construção de uma
sociedade mais justa, equitativa e eficiente.

3) Conceito

A abrangência da definição de política pública revela-se vasta. Este termo pode ser empregado para
descrever um conjunto de ações do Estado direcionadas a atender as necessidades fundamentais da
sociedade.

O conceito de política pública, representando qualquer iniciativa realizada em prol do povo por
meio da estrutura estatal, constitui a base para a interação entre o governo e a população. Dessa
maneira, as Políticas Públicas devem ser concebidas e implementadas em todas as esferas de poder
de um país, englobando o judiciário, legislativo e executivo.

Elas se configuram como as ideias e programas que um governo emprega na busca por
aprimorar a qualidade de vida de seus cidadãos. A amplitude das políticas públicas é notável,

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abordando temas que vão desde regras administrativas estabelecidas por burocratas no poder
executivo até diretrizes locais simples.

As políticas públicas assumem diversas formas e dimensões, desde revisões abrangentes da


economia até ajustes destinados a segmentos específicos da sociedade. Essas medidas
frequentemente exercem impactos de longo alcance, influenciando desde a renda anual das pessoas
até o acesso aos serviços de saúde e o direito das crianças a brincarem ao ar livre sem restrições.

Em resumo, as Políticas Públicas são as ações empreendidas pelo governo para salvaguardar os
direitos dos cidadãos, prestar assistência ou oferecer serviços. Seu propósito fundamental é
assegurar que as pessoas desfrutem dos direitos garantidos por lei.

Essas iniciativas desempenham um papel crucial na administração pública, representando programas


governamentais voltados para o aprimoramento da sociedade e o atendimento às necessidades dos
cidadãos. Além disso, a política pública serve como uma ferramenta para reduzir a desigualdade
social existente em um país e promover a inclusão social.

Em diversas esferas, uma variedade de tipos de políticas públicas pode ser implementada, sendo
escolhidas de acordo com as demandas locais. Exemplos incluem políticas de saúde, educação,
assistência social, cultura, entre outras.

3.1) Políticas Públicas no Brasil

As Políticas Públicas no Brasil são frequentemente classificadas em três categorias principais:


políticas sociais, econômicas e ambientais.

Políticas
Sociais

Políticas
Públicas

Políticas
Políticas
Ambientais
Econômicas

As iniciativas de políticas sociais têm como foco a melhoria das condições de vida para segmentos
marginalizados e desfavorecidos da sociedade, incluindo famílias de baixa renda, pessoas com
deficiência, residentes em áreas degradadas, e comunidades indígenas.

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As políticas econômicas buscam elevar o padrão de vida dos cidadãos brasileiros, por exemplo,
promovendo o aumento da oferta de empregos, fortalecendo a moeda e reduzindo o déficit
orçamentário.

No que tange às políticas ambientais, o enfoque reside na mitigação dos impactos das mudanças
climáticas, na preservação dos recursos naturais, na promoção da qualidade do ar e na facilitação do
acesso a serviços de saúde sustentáveis.

4) Tipologias

Há quatro categorias distintas de políticas públicas, variando de acordo com os objetivos e a


extensão da medida adotada:

Políticas Distributivas

Políticas Redistributivas
Tipos de Políticas
Públicas
Políticas Constitutivas

Políticas Regulatórias

Essa categorização é amplamente reconhecida como a mais utilizada para classificar políticas
públicas, sendo atribuída ao cientista político Theodore Lowi (1931-2017), cujas contribuições
significativas à pesquisa nesse campo são notáveis.

Vamos nos aprofundar nos tipos de políticas públicas:

Políticas Públicas Distributivas:

Essas políticas visam distribuir benefícios ou recursos entre diferentes grupos sociais, sem
necessariamente corrigir desigualdades existentes. Em outras palavras, as Essas políticas têm como
principal objetivo distribuir serviços, bens ou quantias financeiras para uma parcela específica da
população. Implementadas através do orçamento público, ganharam destaque com a promulgação
da Lei de Organização da Assistência Social (LOAS) no final da década de 1980.

Ex.: Subsídios Agrícolas: Oferecem apoio financeiro a agricultores para incentivar a produção e
manter a estabilidade no setor agrícola.

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Programas de Incentivo à Educação: Bolsas de estudo ou créditos educacionais que distribuem
recursos para estudantes, promovendo o acesso à educação.

Políticas Públicas Redistributivas:

Essas políticas buscam corrigir desigualdades socioeconômicas ao redistribuir recursos e


oportunidades de forma mais equitativa. Ou seja, possuem natureza socias, as quais visam promover
o bem-estar e a igualdade em grupos mais amplos.

Ex.: Imposto de Renda Progressivo: Um sistema tributário em que as alíquotas aumentam à


medida que a renda do contribuinte aumenta, visando uma redistribuição mais justa da carga
tributária.

Programas de Transferência de Renda: Iniciativas que direcionam recursos financeiros para grupos
vulneráveis, como o Bolsa Família no Brasil, para reduzir a pobreza e promover inclusão social.

Políticas Públicas Constitutivas:

Essas políticas são voltadas para a criação ou reformulação de leis, instituições e estruturas
governamentais. Essas políticas estabelecem regras que especificam como os cidadãos podem
participar e se beneficiar da ação estatal.

Ex.: Reformas Constitucionais: Mudanças na constituição de um país para ajustar princípios


fundamentais, como direitos civis, políticos e sociais.

Criação de Agências Reguladoras: Estabelecimento de órgãos independentes para supervisionar


setores específicos, como agências reguladoras de energia, telecomunicações, entre outras.

Políticas Públicas Regulatórias:

Essas políticas estabelecem regras e normas para orientar comportamentos e atividades, garantindo
o funcionamento ordenado da sociedade. Tais politicas organizam o funcionamento do Estado e
podem abranger regras sobre procedimentos burocráticos ou normas de conduta cívica. Envolvem
o desenvolvimento e monitoramento de normas e leis para garantir o bem comum compartilhado
pela comunidade. Isso inclui a regulamentação da comercialização de produtos, estabelecimento de
princípios de comportamento e padrões, garantindo o bem-estar coletivo.

Ex.: Leis Ambientais: Estabelecem padrões para a proteção do meio ambiente, regulando
emissões industriais, gestão de resíduos e conservação de recursos naturais.

Normas de Segurança Alimentar: Regulamentações que garantem a qualidade e segurança dos


alimentos disponíveis no mercado.

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Momento da Questão

Questão inédita – Qual a principal característica das políticas públicas classificadas como
redistributivas?

a) Buscam distribuir benefícios entre diferentes grupos sociais.

b) Estabelecem regras e normas para orientar comportamentos e atividades.

c) Promovem a criação ou reformulação de leis e instituições.

d) Visam corrigir desigualdades socioeconômicas ao redistribuir recursos de forma equitativa.

e) Concentram-se na preservação dos recursos naturais e na redução dos efeitos das mudanças
climáticas.

Gabarito: Letra D.

Comentário: A classificação "Redistributivas" refere-se a políticas públicas que têm como


objetivo corrigir desigualdades socioeconômicas ao redistribuir recursos e oportunidades de
maneira mais equitativa. Portanto, a alternativa correta destacará essa característica distintiva.

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CONHECIMENTOS BÁSICOS:

Desafios do estado de direito: democracia e cidadania

ESTADO DE DIREITO E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Estado de direito e a Constituição Federal de 1988: consolidação da democracia,


representação política e participação cidadã.

2) Considerações iniciais

O Estado de Direito é o princípio fundamental que implica que o governo e todos os cidadãos estão
sujeitos às leis, garantindo a igualdade perante a lei e a proteção dos direitos fundamentais. Isso
significa que o exercício do poder deve ser limitado pelas normas jurídicas, prevenindo
arbitrariedades e assegurando a justiça.

No contexto brasileiro, o Estado de Direito é consagrado pela Constituição Federal de 1988. Agora,
precisamos entender o conceito de Constituição: a constituição é um documento jurídico
fundamental que estabelece a estrutura, os princípios fundamentais, os direitos e deveres de um
Estado ou país. Ela serve como lei suprema que orienta a organização e o funcionamento das
instituições governamentais, define os limites e poderes do governo, além de reconhecer e proteger
os direitos fundamentais dos cidadãos.

2.1) Contexto Histórico

A Constituição Federal de 1988, também conhecida como a "Constituição Cidadã", foi promulgada
em 5 de outubro de 1988 e é a atual constituição do Brasil. Ela foi criada em um contexto histórico
marcado por uma série de acontecimentos e transformações políticas, sociais e econômicas.

Os principais acontecimentos podem ser sintetizados como: i) redemocratização; ii) Assembleia


Nacional Constituinte; iii) fim da hiperinflação; iv) avanços em direitos sociais; v) reconhecimento de
direitos indígenas e ambientais e vi) participação popular.

Redemocratização: A Constituição de 1988 marcou o fim do período de ditadura militar no


Brasil, que durou de 1964 a 1985. A redemocratização do país foi um processo gradual que culminou
na realização de eleições diretas para a presidência em 1989. A Constituição foi um marco importante
nesse processo, estabelecendo os princípios de um Estado democrático de direito.

Assembleia Nacional Constituinte: A elaboração da Constituição de 1988 foi feita por uma
Assembleia Nacional Constituinte eleita especificamente para esse propósito em 1986. Essa
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assembleia era composta por representantes de diversos partidos políticos e setores da sociedade,
incluindo sindicatos, empresários, intelectuais e representantes de minorias. Foi um processo de
discussão e negociação intensas que resultou em um texto constitucional muito abrangente.

Fim da hiperinflação: Nos anos que antecederam a Constituição de 1988, o Brasil enfrentou
uma grave crise econômica, caracterizada pela hiperinflação. Isso afetou a vida cotidiana das pessoas,
tornando o dinheiro praticamente sem valor. A estabilidade econômica tornou-se uma prioridade
durante a elaboração da Constituição, e o texto incluiu várias medidas para controlar a inflação e
estabilizar a economia.

Avanços em direitos sociais: A Constituição de 1988 é conhecida por suas disposições


progressistas em relação aos direitos sociais, estabelecendo garantias como educação gratuita e
universal, assistência à saúde, previdência social e direitos trabalhistas. Essas medidas refletiam o
desejo de criar uma sociedade mais igualitária e justa após décadas de desigualdades sociais.

Reconhecimento de direitos indígenas e ambientais: A Constituição de 1988 também


reconheceu os direitos dos povos indígenas sobre suas terras ancestrais e estabeleceu disposições
para a proteção do meio ambiente. Isso refletia a crescente preocupação com a preservação da
Amazônia e outros recursos naturais do Brasil.

Participação popular: O processo de elaboração da Constituição foi marcado por um alto grau
de participação popular, com audiências públicas, consultas populares e ampla discussão na
sociedade civil. Isso contribuiu para a legitimação do texto constitucional.

Em síntese, a Constituição Federal de 1988 foi elaborada em um momento de transição


democrática, crise econômica e busca por justiça social no Brasil. Ela reflete os valores e as
aspirações da sociedade brasileira da época e continua sendo um documento fundamental na vida
política e jurídica do país.

2.2) Características

A Constituição Federal de 1988 do Brasil é conhecida por suas características distintas e


progressistas. Suas principais características podem ser sistematizadas como sendo:

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Principais Características da Constituição Federal do Brasil

Cidadã e Democrática A Constituição de 1988 é frequentemente chamada de "Constituição Cidadã"


devido ao seu foco na proteção e promoção dos direitos fundamentais dos
cidadãos. Ela estabelece um Estado democrático de direito como princípio
fundamental, garantindo a participação popular nas decisões políticas.

Ampla e Detalhada É uma das constituições mais longas e detalhadas do mundo. Ela aborda uma
ampla gama de temas, desde direitos individuais até a organização do
Estado, direitos sociais, culturais e econômicos, questões ambientais,
propriedade e muito mais.

Garantia de Direitos A Constituição de 1988 reconhece uma ampla gama de direitos


Fundamentais fundamentais, incluindo direitos à igualdade, liberdade, segurança, saúde,
educação, cultura, lazer, previdência social, entre outros. Ela também proíbe
a tortura, a pena de morte e a discriminação.

Separação de Poderes A Constituição estabelece os três poderes do Estado (Executivo, Legislativo e


Judiciário) e define claramente suas atribuições e responsabilidades,
garantindo o sistema de separação de poderes.

Federalismo O Brasil é uma república federativa, e a Constituição de 1988 delineia a


distribuição de poderes entre o governo federal, estados e municípios. Ela
também estabelece os princípios da autonomia dos estados e municípios em
questões administrativas, legislativas e financeiras.

Proteção do Meio A Constituição traz disposições específicas para a proteção do meio


Ambiente e Direitos ambiente e reconhece os direitos dos povos indígenas sobre suas terras
Indígenas tradicionais.

Defesa da Propriedade Embora proteja a propriedade privada, a Constituição também estabelece


Privada que a propriedade deve cumprir sua função social, o que permite a
desapropriação de terras ociosas para fins de reforma agrária, por exemplo.

Justiça Social A Constituição de 1988 enfatiza a justiça social e a redução das desigualdades
no Brasil. Ela estabelece políticas públicas para promover a igualdade e a
distribuição de riqueza.

Mecanismos de Reforma A Constituição é flexível em relação às mudanças, permitindo emendas


constitucionais para ajustar seu texto ao longo do tempo. No entanto, ela
também estabelece cláusulas pétreas, que são disposições que não podem
ser emendadas, garantindo a proteção de certos princípios fundamentais.

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Participação Popular A Constituição de 1988 promove a participação popular em várias esferas da


vida política e social, incluindo a realização de plebiscitos, referendos e
audiências públicas.

Essas características fazem da Constituição Federal de 1988 um documento fundamental na vida


política e jurídica do Brasil, refletindo os valores democráticos e sociais da sociedade brasileira. Ela
tem sido um guia para a construção de um país mais inclusivo e igualitário desde sua promulgação.

2.3) Estrutura do Texto

A estrutura do texto Constitucional é dividida em três partes:

Preâmbulo: A parte introdutória, que não é considerada uma norma constitucional, portanto
não serve para determinar a constitucionalidade das leis;

Corpo normativo: Onde se encontra boa parte das normas da Constituição Federal, que vão do
art. 1º até o art. 250.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): O conjunto de regras que disciplina
a transição entre as normas jurídicas anteriores e as novas normas, que entraram em vigor com a
Constituição, com o intuito de não haver choque entre um ordenamento jurídico e outro.

Corpo normativo
art. 1º ao 250

Preâmbulo ADCT

Estrutura do
Texto da
Constituição
de 1988

3) Consolidação da Democracia

A consolidação da democracia no Brasil é um processo gradual e contínuo de fortalecimento e


aprofundamento das instituições democráticas no país. Esse período tem raízes na transição política

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ocorrida nas décadas de 1980 e 1990, que marcou o fim da ditadura militar e o retorno ao regime
democrático.

A promulgação da Constituição Federal em 1988 representou um marco fundamental na


consolidação da democracia. Ela estabeleceu princípios como a separação dos poderes, a garantia
dos direitos fundamentais, a descentralização do poder e a promoção da participação popular.

Desde a redemocratização, o Brasil tem realizado eleições regulares e livres para escolher seus
representantes em todos os níveis de governo. Esse processo eleitoral é crucial para a expressão da
vontade popular e alternância de poder.

Além disso, a democracia tem buscado promover a participação da sociedade civil por meio de
mecanismos de plebiscitos, referendos, conselhos populares e conferências. Isso fortalece a relação
entre governo e cidadãos, permitindo que estes tenham maior influência nas decisões políticas.

A consolidação da democracia está associada ao fortalecimento das instituições democráticas,


como o Poder Judiciário, o Ministério Público, Tribunal de Contas, entre outras. A independência e
eficácia dessas instituições são essenciais para o bom funcionamento do Estado de Direito.

Ainda no tocante a democratização do país, o respeito aos direitos humanos é um elemento crucial
para a sua consolidação, uma vez que os avanços na proteção dos direitos civis, políticos, sociais e
econômicos contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A consolidação da democracia envolve a construção de uma cultura política democrática na


sociedade, com respeito às diferenças, tolerância, diálogo e aceitação da diversidade como valores
fundamentais. Ademais, a existência de uma imprensa livre e plural é fundamental para o
funcionamento da democracia, fornecendo informações à sociedade, promovendo o debate público
e fiscalizando o poder.

A estabilidade política e institucional é um fator determinante na consolidação da democracia. A


capacidade de superar crises e manter a estabilidade contribui para a confiança nas instituições
democráticas.

Momento da Questão

Questão inédita – Qual foi o marco fundamental na consolidação da democracia no Brasil,


estabelecendo princípios como separação dos poderes, garantia dos direitos fundamentais, a
descentralização do poder e a promoção da participação popular?

a) Eleições regulares e livres.

b) Transição política nas décadas de 1980 e 1990.

c) Promulgação da Constituição Federal em 1988.

d) Participação da sociedade civil por meio de plebiscitos e referendos.

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e) Estabilidade política e institucional.

Gabarito: Letra C.

Comentário: A constituição Federal de 1988 representou um marco fundamental na


consolidação da democracia no Brasil ao estabelecer princípios como a separação dos poderes, a
garantia dos direitos fundamentais, a descentralização do poder e a promoção da participação
popular. As demais alternativas referem-se a aspectos importantes no contexto democrático
brasileiro, mas não representam o marco específico mencionado na pergunta.

4) Representação Política

Como vimos, a democracia brasileira é pautada pela participação ativa da sociedade no meio político,
através de ferramentas de representação política. A representação política é o processo pelo qual
os cidadãos elegem indivíduos para agirem em seu nome no governo. Isso ocorre por meio de
eleições, em que os eleitores escolhem seus representantes para ocuparem cargos em diferentes
níveis de governo, como legislativo e executivo. A representação politica é fundamental em sistemas
democráticos, onde a participação dos cidadãos é essencial para a tomada de decisões
governamentais.

Existem diferentes formas de representação política, as quais vamos nos aprofundar agora:

representação direta

representação indireta ou representação


representiva

Formas de representação
política sistema de partidos políticos

democracia representativa

pluralismo

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CONHECIMENTOS BÁSICOS:

Diversidade e inclusão na sociedade

DIVERSIDADE

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Diversidade: diversidade de sexo, gênero e sexualidade; diversidade étnico-racial;


diversidade cultural.

2) Diversidade de Sexo, Gênero e Sexualidade

A diversidade de sexo, gênero e sexualidade é um espectro complexo que reflete a multiplicidade


de identidades e expressões presentes na sociedade. O sexo, geralmente designado ao nascimento
como masculino ou feminino com base em características biológicas, é apenas o ponto de partida.
Já o gênero transcende essa dicotomia, sendo uma construção social que abrange papéis,
comportamentos e expectativas atribuídos culturalmente a homens e mulheres.

A fluidez do gênero destaca que as identidades de gênero não são fixas e podem variar ao longo
do tempo, desafiando assim as normas tradicionais. Nesse sentido, é crucial reconhecer e respeitar
a diversidade de identidades de gênero, que vai além da binariedade masculino-feminino, incluindo
pessoas não binárias, gênero fluido, entre outras.

No que tange à sexualidade, ela envolve os padrões de atração emocional, romântica e/ou sexual
de uma pessoa. A diversidade sexual reflete a ampla gama de orientações, como heterossexualidade,
homossexualidade, bissexualidade, pansexualidade, entre outras. Compreender e aceitar essa
diversidade implica em superar estigmas e preconceitos, promovendo ambientes inclusivos onde
todas as orientações são respeitadas.

Essas dimensões interconectadas de sexo, gênero e sexualidade são fundamentais para a promoção
da igualdade e respeito à diversidade. A luta por direitos, visibilidade e aceitação visa construir
uma sociedade que reconheça e valorize a singularidade de cada indivíduo, proporcionando espaço
para a livre expressão de identidades e a construção de relações baseadas no respeito mútuo e na
compreensão. O diálogo aberto e a educação são ferramentas essenciais para desafiar estereótipos,
desconstruir preconceitos e criar um ambiente onde todas as pessoas possam viver autenticamente,
sem o peso da discriminação baseada em sua identidade de gênero ou orientação sexual.

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3) Diversidade Étnico-racial

A diversidade étnico-racial constitui um elemento intrínseco à complexidade e riqueza das


sociedades contemporâneas. Ela abrange a multiplicidade de origens, culturas, tradições, linguagens
e ancestralidades presentes em uma determinada comunidade. Esta diversidade vai além das
fronteiras nacionais, englobando um mosaico de grupos étnicos e raciais que coexistem, interagem
e contribuem para a construção da identidade social.

A complexa tapeçaria cultural de uma sociedade é reflexo da diversidade étnico-racial que abrange
povos indígenas, afrodescendentes, asiáticos, europeus, e outros grupos, cada um carregando
consigo uma história única e contribuições valiosas para a construção da identidade nacional e
global.

No entanto, essa diversidade étnico-racial não está isenta de desafios. A persistência da


discriminação racial se manifesta de diversas formas, desde atitudes cotidianas até estruturas
sistêmicas de opressão. Desigualdades socioeconômicas, falta de representatividade em posições de
poder e acesso desigual a oportunidades são algumas das manifestações da discriminação que
impactam negativamente as comunidades étnico-raciais.

Fomentar a compreensão e valorização da diversidade étnico-racial é um caminho crucial para


construir sociedades mais justas e inclusivas. Isso envolve o reconhecimento da importância de
políticas públicas que promovam a igualdade, a luta contra a discriminação, a celebração da
cultura e história de cada grupo étnico-racial, além do estabelecimento de espaços para diálogos
e interações que estimulem a compreensão mútua. É essencial avançar para além da tolerância,
buscando a verdadeira aceitação e valorização da diversidade étnico-racial como um elemento
central para o enriquecimento social e cultural de uma nação.

Momento da Questão

Questão inédita – Em uma cidade diversificada, onde diferentes grupos étnico-raciais


coexistem, surge a necessidade de promover um ambiente inclusivo e respeitoso. No entanto,
a discriminação racial ainda persiste, afetando a igualdade de oportunidades e a coesão social.
Nesse contexto, a questão aborda os desafios específicos enfrentados pelas comunidades
étnico-raciais e destaca a importância de estratégias para superar tais barreiras. Considerando
a convivência de diferentes grupos étnico-raciais em uma cidade, qual desafio específico as
comunidades enfrentam para alcançar a equidade?

a) Exclusão linguística.

b) Uniformidade cultural.

c) Discriminação racial persistente.

d) Fortalecimento de estereótipos positivos.

e) Ausência de diversidade linguística.

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Gabarito: Letra D.

Comentário: Essa realidade impacta negativamente a equidade, restringindo o acesso a


oportunidades e prejudicando a coesão social. As demais opções não abordam diretamente o
desafio proposto no contexto apresentado.

4) Diversidade Cultural

A diversidade cultural é um fenômeno intrincado e fascinante que caracteriza a sociedade humana.


Ela abrange a multiplicidade de manifestações culturais, crenças, tradições, costumes, linguagens,
expressões artísticas e modos de vida presentes em diferentes grupos e comunidades ao redor do
mundo.

Essa riqueza de diversidade cultural não se limita apenas a diferentes países, mas também está
presente em contextos urbanos, rurais e em comunidades minoritárias. Cada cultura contribui
para a construção da identidade coletiva, oferecendo perspectivas únicas sobre o mundo, valores e
formas de interação social.

A diversidade cultural é um elemento fundamental para o enriquecimento das sociedades. Ela


proporciona uma variedade de experiências, conhecimentos e pontos de vista que contribuem para
a construção de uma visão global e interconectada do mundo. A troca cultural entre diferentes
grupos promove a aprendizagem mútua e a compreensão, fortalecendo os laços humanos e
promovendo um ambiente de respeito e tolerância.

Contudo, a diversidade cultural confronta desafios significativos. Por um lado, a globalização facilita
a interação entre diferentes culturas; por outro, pode conduzir à homogeneização cultural e à perda
de tradições locais. Adicionalmente, o choque cultural e a falta de compreensão podem gerar
conflitos e tensões.

Para promover uma convivência pacífica e enriquecedora, é imperativo adotar uma abordagem que
respeite e valorize a diversidade cultural. Isso implica na implementação de políticas que protejam e
promovam expressões culturais locais, na celebração de festivais e eventos culturais, na promoção
da educação intercultural e no estímulo ao diálogo aberto entre diferentes comunidades.

Em última análise, a diversidade cultural representa um patrimônio valioso que deve ser preservado,
respeitado e celebrado. Desempenhando um papel crucial na construção de sociedades mais
inclusivas, justas e harmoniosas, ela propicia um ambiente em que as diferenças são reconhecidas
como fontes de enriquecimento, e não como obstáculos.

Tome nota!

A cultura é amplamente reconhecida como um patrimônio valioso da humanidade, representando


a soma das realizações humanas em termos de conhecimento, expressão artística, tradições e modos
de vida. Essa visão considera a cultura não apenas como uma série de manifestações artísticas ou
históricas, mas como um elemento dinâmico e vivo que molda a identidade de comunidades e
nações.
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CONHECIMENTOS BÁSICOS:

Políticas Públicas

CICLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

1) Introdução

Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos
os blocos de nível superior:

1 – Ciclos de políticas públicas: agenda e formulação; processos de decisão; implementação,


seus planos, projetos e programas; monitoramento e avaliação;

2) Ciclos de Políticas Públicas

Os ciclos de políticas públicas representam a sequência de fases pelas quais uma política passa
desde a sua identificação como um problema até a sua implementação, avaliação e possível revisão.

O processo de elaboração de políticas públicas é uma dinâmica na qual diversos atores, tanto formais
quanto informais, com diferentes níveis de poder, interagem em diversas arenas para debater,
aprovar e implementar políticas públicas. Este processo envolve uma barganha política entre esses
atores, ocorrendo dentro das restrições impostas pelo ambiente institucional.

O comportamento desses atores é influenciado por suas preferências e pelos incentivos


oferecidos, todos limitados por essas condições. Portanto, a produção de políticas públicas está
intrinsecamente ligada à capacidade de cooperação entre os diversos atores, sendo este um fator
crucial nesse processo. Esses ciclos geralmente incluem etapas como agenda setting (definição da
agenda), formulação, decisão, implementação e avaliação.

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Construção da
Agenda

Formulação da
Avaliação
Política

Processo de
Implementação
Decisão

O ciclo de políticas públicas possui, como objetivo principal, nortear a elaboração de políticas
públicas a partir de um processo composto por cinco etapas que veremos a seguir.

3) Construção da Agenda

Antes de iniciar qualquer processo, é imperativo que o poder público tenha clareza quanto às suas
prioridades. Diante da ampla gama de setores que demandam investimentos contínuos, como saúde,
educação e habitação, por exemplo, frequentemente nos deparamos com recursos escassos para
atender todas as demandas necessárias.

Assim, a primeira fase concentra-se na identificação dos problemas que requerem maior atenção,
visando orientar o planejamento. Durante essa etapa, os atores envolvidos devem conduzir análises
abrangentes de todos os dados existentes sobre a situação. É a partir do reconhecimento dos
problemas prioritários que a agenda governamental se delineia.

No entanto, diante do elevado número de questões a serem abordadas, nem todas as ações
delineadas na agenda receberão resposta imediata. Esse cenário ocorre principalmente devido à
necessidade de avaliação criteriosa de fatores como custo-benefício, disponibilidade de recursos
e urgência das demandas para viabilizar efetivamente muitos projetos.

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4) Formulação da Política

Após a fase de formação de agenda, o Ciclo de Políticas Públicas direciona-se para a apresentação
de soluções. Neste momento, delineiam-se os objetivos da política pública, bem como todos os
programas e linhas de ação que devem ser desenvolvidos. Com a conclusão dessa etapa, dá-se
início ao processo de avaliação das causas subjacentes e à consideração de possíveis alternativas
para resolver ou, pelo menos, mitigar o problema apresentado.

Assim, a segunda etapa solidifica-se com a elaboração detalhada de alternativas para a agenda
estabelecida. Isso inclui a organização de ideias, a alocação apropriada de recursos e o diálogo com
especialistas no tema em questão para estabelecer objetivos gerais e os resultados que se almeja
alcançar. A partir desse ponto, estratégias são delineadas e os atores envolvidos dedicam-se à
elaboração de suas propostas.

5) Processo de Decisão

Após a avaliação de todos os planos e alternativas, o Ciclo de Políticas Públicas avança para a fase
de definição da ação a ser adotada. Nesse estágio, os atores, no âmbito de suas estratégias,
estabelecem os recursos necessários e o prazo para a execução da ação. A tomada de decisão
torna-se, assim, o ponto central deste momento.

Importante!

Os autores são os agentes que interagem para a produção de políticas públicas, os quais são
divididos em: formais e informais.

Autores – Políticas Públicas

Formais Agentes que atuam diretamente nos âmbitos políticos

Ex.: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário

Informais Agentes que atuam na política em busca de outros fins próprios

Ex.: empresários, sindicatos, movimentos sociais, mídia, atores-técnicos (agentes


que atuam de forma profissional no processo de formulação de políticas públicas)

21
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6) Implementação

A quarta fase é caracterizada pela implementação. Com todas as definições estruturadas, é o


momento de colocar todo o planejamento em prática. Nessa etapa, os recursos, sejam eles
financeiros, tecnológicos, materiais ou humanos, são direcionados para executar a política pública.

Tome nota!

Um dos principais desafios no processo de implementação de políticas decorre de desenhos


inadequados das políticas públicas. Esses problemas podem surgir por diversas razões, como a
falta de adequação da estrutura administrativa necessária para a implementação, a ausência de
recursos financeiros disponíveis ou a inviabilidade prática da proposta. Quando o desenho inicial da
política não contempla a existência ou necessidade desses recursos, as chances de insucesso
aumentam significativamente.

7) Avaliação

Finalmente, a última fase do Ciclo de Políticas Públicas compreende um dos momentos mais cruciais:
o acompanhamento da implementação e a análise dos resultados. O monitoramento possibilita
a compreensão de como a política pública está sendo aplicada e se há necessidade de corrigir
possíveis falhas.

Dependendo do êxito da implementação, pode ser necessário reiniciar todo o Ciclo de Políticas
Públicas, com base na deliberação do poder público, que analisará se há a necessidade de propor
alterações ou se o projeto deve ser mantido. Esse processo destaca-se, ainda, como uma valiosa
fonte de aprendizado. Para alcançar resultados mais eficazes, as políticas públicas devem ter como
principal objetivo promover a cooperação entre os atores e estabelecer-se como um programa
implementável.

Para avaliar as atividades em andamento, a avaliação recorre ao uso de medidas de desempenho,


que constituem estimativas quantitativas ou qualitativas sobre a execução das tarefas e os efeitos
resultantes das atividades realizadas pelos órgãos avaliados. As medidas mais comumente
empregadas incluem:

Insumos (inputs): Envolve os recursos alocados, como financeiros, pessoal e equipamentos.

Resultados (outputs): Refere-se às atividades desenvolvidas e aos serviços prestados, como o


número de alunos em sala de aula ou o número de crianças vacinadas.

Impacto (outcomes): Diz respeito ao efeito produzido pelos resultados alcançados, como o
alívio da pobreza ou a prevenção de casos de doenças.

Produtividade: Avalia a capacidade de solução dos problemas identificados, como chamadas de


emergência resolvidas ou problemas de saúde detectados.

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Custos: Analisa os custos médios associados à produção dos serviços prestados, como o custo
para construir um quilômetro de estrada ou educar uma criança ao longo de um ano.

Satisfação do usuário: Envolvem queixas recebidas e resultados de pesquisas de opinião por


parte dos usuários dos serviços.

Qualidade do serviço: Avalia a disponibilidade e adequação do serviço procurado, como o


tempo de resposta da polícia ou o tempo de espera em um hospital.

Momento da Questão

Questão inédita – No contexto do ciclo de políticas públicas, considere as etapas de


formulação de agenda, formulação de políticas, implementação, avaliação e decisão de
manutenção, expansão ou encerramento. Qual das seguintes afirmativas representa
corretamente uma característica complexa e desafiadora associada à fase de avaliação?

a) A avaliação é uma etapa meramente técnica, sem influência política, sendo realizada por
especialistas independentes.

b) A avaliação pode ser subjetiva, influenciada por interesses políticos, e frequentemente requer a
consideração de múltiplos critérios de sucesso.

c) A avaliação ocorre de forma isolada, sem relação com as fases anteriores do ciclo, visando apenas
mensuração de resultados específicos.

d) A avaliação é uma etapa única e conclusiva, não permitindo revisões ou ajustes nas politicas
implementadas.

e) A avaliação concentra-se exclusivamente em resultados quantitativos, desconsiderando aspectos


qualitativos e impactos sociais.

Gabarito: Letra B.

Comentário: A avaliação pode ser subjetiva, pois é influenciada por interesses políticos. Isso
significa que diferentes atores políticos podem ter perspectivas distintas sobre o sucesso ou fracasso
de uma política, o que torna a avaliação um processo sensível às interpretações e alinhamentos
políticos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS:

EIXO TEMÁTICO 1 – Gestão governamental e governança pública:


estratégia, pessoas, projetos e processos

PLANEJAMENTO E GESTÃO ESTRATÉGICA

1) Introdução

Iniciaremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco
7 – Gestão Governamental e Administração Pública:

1 – Planejamento e gestão estratégica: conceitos, princípios, etapas, níveis, métodos e


ferramentas. Balanced Scorecard (BSC). Matriz SWOT. Estabelecimento de objetivos e metas
organizacionais. Métodos de desdobramento de objetivos e metas e elaboração de planos de
ação e mapas estratégicos. Implementação de estratégias. Análise de cenários. Ferramentas
de gestão. Metodologias para medição de desempenho. Indicadores de desempenho:
conceito, formulação e análise. Detalhamento da ferramenta de avaliação de desempenho:
OKR.

2) Conceitos e Princípios da Administração Pública Federal

A administração pública refere-se ao conjunto de órgãos, entidades e servidores públicos que


atuam na gestão dos interesses coletivos. Seu propósito é atender às necessidades da sociedade de
forma eficiente, ética e transparente.

Os princípios fundamentais da administração surgiram a partir da abordagem neoclássica do


francês Jules Henri Fayol foi tido como o primeiro a tratar e explicitar sobre as chamadas funções
básicas do administrador. Sua teoria (clássica) ficou conhecida como POC3 – Planejar, Organizar,
Comandar, Coordenar e Controlar.

Ao longo da evolução histórica da administração, a teoria neoclássica, aplicada na administração


pública federal, é derivada do PCDDC. Este será objeto de estudo detalhado nos próximos passos.

Os princípios fundamentais das atividades da administração pública federal estão elencados no


art. 6º do Decreto-Lei nº 200/67:

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Planejamento Coordenação Descentralização

Delegação de
Controle
Competência

2.1) Princípio do Planejamento

O planejamento é a elaboração de planos e programas que visam alcançar objetivos específicos. O


planejamento é essencial para direcionar as ações da Administração Pública de forma estratégica e
eficiente. O planejamento é um processo contínuo, enquanto os planos e programas de governo
são temporários.

Em outras palavras, todas as ações governamentais dependerão de planejamento para a promoção


de desenvolvimento econômico-social e segurança nacional.

São instrumentos básicos do planejamento:

plano geral de governo

programas gerais, setoriais e regionais (duração


plurianual)
Instrumentos básicos
do planejamento
orçamento-programa (duração anual)

programção financeira de desembolso

Tome nota!

O principal instrumento do planejamento é o orçamento-programa.

25
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2.2) Princípio da Coordenação

O princípio da coordenação envolve a articulação e integração das diversas atividades setoriais da


Administração Pública. A coordenação busca evitar a fragmentação e garantir a harmonia nas
ações governamentais.

permanente
execução do coordenação (em
atividades
planejamento todos os níveis da
administração)

2.3) Princípio da Descentralização

O princípio da descentralização busca distribuir responsabilidades e competências entre diferentes


órgãos e níveis de governo. A descentralização visa aproximar a gestão das necessidades locais e
regionais, promovendo uma maior eficiência na prestação dos serviços.

Importante!

Cuidado com as pegadinhas! A descentralização é administrativa e não política.

A descentralização poderá ocorrer:

Administração Federal: a descentralização pode ser internamente, dentro da própria estrutura


da Administração Federal. Isso implica na distribuição de responsabilidades e competências entre
diversos órgãos e entidades que compõem a administração central. A decisão da descentralização é
casuística, ou seja, a depender de caso a caso.

Administração Federal para as entidades federativas (Estados, DF e Municípios): essa


modalidade ocorre na transferência de atribuições e competências da administração das entidades
federativas. Essa transferência visa aproximar a gestão das demandas locais e regionais. Essa
descentralização ocorre mediante convênio para executar as atividades administrativas.

Administração Federal para o setor privado: assim como as unidades federativas, o setor
privado dever contar com a capacidade de executar os serviços e projetos previamente planejados
pela Administração Federal. A execução desses serviços e projetos serão realizados por contratos e
concessões.

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2.4) Princípio da Delegação de Competência

O princípio da delegação de competência consiste na transferência de atribuições e poderes de


um órgão ou entidade para outro. A delegação de competência permite uma maior agilidade na
tomada de decisões e na execução de atividades especificas.

Este princípio é um instrumento do princípio da descentralização.

2.5) Princípio do Controle

Por fim, o princípio do controle trata-se da fiscalização e acompanhamento das ações da


Administração Pública para garantir que estejam em conformidade com as leis e regulamentos. O
controle é essencial para assegurar a legalidade, eficiência e eficácia na gestão pública.

Tome nota!

O controle ocorre em todos os níveis da administração pública federal.

Momento da Questão

Questão inédita – Em uma autarquia federal, responsável por serviços essenciais à população,
enfrenta-se um desafio significativo devido ao aumento de demanda por seus serviços. A
necessidade de lidar com essa situação levou à realização de uma reunião estratégica para
propor medidas que otimizem a atuação da autarquia. Diante desse cenário, qual o princípio
fundamental da Administração Federal seria particularmente crucial para garantir a gestão
eficaz do aumento da demanda?

a) Princípio do planejamento.

b) Princípio do controle.

c) Princípio da delegação de competência.

d) Princípio da coordenação.

e) Princípio da descentralização.

Gabarito: Letra A.

Comentário: O aumento da demanda por serviços demanda uma abordagem estratégica. O


princípio do Planejamento é crucial para antecipar as necessidades, alocar recursos de maneira eficaz
e garantir uma resposta adequada. Embora a coordenação, a descentralização, a delegação de
competência e o controle sejam importantes, o planejamento destaca-se como a base para uma
gestão eficiente diante de desafios crescentes.
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3) Estrutura e Estratégia Organizacional

Segundo Idalberto Chiavenato, o planejamento é um processo permanente e contínuo, pois é


realizado continuamente dentro da empresa e não se esgota na simples montagem de um plano
de ação.

Definição de objetivos;

Identificação de recursos;

Análise do ambiente;

Definição de estratégias;

Estabelecimento de metas;
Principais Elementos
Elabiração de planos de ação;

Revisão e monitoramento;

Comunicação e engajamento;

Avaliação de riscos;

Monitoramento e avaliação.

O conceito de planejamento inclui o aspecto de temporalidade e de futuro: o planejamento é uma


relação entre coisas a fazer e o tempo disponível para fazê-las. Como o passado já se foi e o presente
vai andando, é com o futuro que o planejamento se preocupa.

Planejar, portanto, é uma função administrativa que busca a determinação antecipada dos
objetivos/metas traçadas pela organização, bem como também os caminhos a serem seguidos
para atingi-los.

É através do planejamento que se define de onde se pretende partir, como chegar e o que dever ser
feito quando atingir esse objetivo. Planejar, portanto, é um modelo para ação futura.

3.1) Planejamento Estratégico

Durante a realização do planejamento estratégico é realizada a análise do mercado com a


finalidade de verificar o melhor caminho a ser seguido. Portanto, incialmente é realizada a análise

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do mercado para depois a empresa planejar e definir o plano de ação. Para atuar no mercado, é
necessário conhecê-lo.

Cúpula da empresa (diretoria) – habilidades


Estratégico
conceituais. Toda a organização + a relação com o
ambiente externo.

Nível intermediário (gerencial) – áreas funcionais e


Tático
departamentos, com habilidades humanas e
interpessoais.

Operacional Nível básico (supervisão) – habilidades técnicas,


tarefas e atividades específicas que compõem a rotina
da organização, possui ênfase no interior da empresa.

3.2) Fases do Planejamento Estratégico

Como já estudamos, o planejamento estratégico é um processo organizacional que visa estabelecer


a direção futura da empresa e a alocação de recursos para alcançar seus objetivos. Esse processo é
dividido em algumas fases, proporcionando uma abordagem sistemática e abrangente para o
desenvolvimento e implementação da estratégia.

formulação de objetivos "organizacionais" - aonde a


organização quer chegar

análise externa - coleta de dados e informações sobre o


ambiente externo

análise interna - coleta de dados e informações sobre o


ambiente interno

formulação de alternativas estratégicas e escolha da


estratégia - escolher o melhor caminho

planos táticos e operacionais

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3.3) Estabelecimento de Objetivos e Metas Organizacionais

O estabelecimento de objetivos e metas organizacionais auxiliam para o sucesso das


organizações. Antes de estabelecer novos objetivos e metas, é importante entender a situação atual
da organização. Isso pode envolver análise de desempenho passado, identificação dos pontos fortes
e fracos, análise competitiva e consideração de tendências do mercado. A ferramenta missão-visão-
valores é empregado para definir a direção estratégica da empresa, da integração das operações
à estratégia da companhia e da motivação da equipe.

Missão Visão Valores

•Define a razão de existência •Futuro desejado pela •São os princípios, crenças ou


da organização, delimitando organização - deve ser montes morais que orietam a
a área de atuação. - É inspiradora (motivacional) organização no cumprimento
atemporal •Assim como a missão, é da missão e em busca da
•É definida no nível definida no nível estratégico visão
estratégico da organização •Refletem a cultura do
organização
•Também definida no nível
estratégico.

Com a definição da visão, missão e valores da organização, seguiremos aos objetivos de longo
prazo, que são aqueles que a organização deseja alcançar em um horizonte de tempo mais amplo,
geralmente de três a cinco anos. Esses objetivos devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis,
relevantes e temporais (SMART).

Além disso, as metas de curto prazo são etapas especificas que a organização deve alcançar para
avançar em direção aos objetivos de longo prazo. Essas metas devem ser claramente definidas e
detalhadas, com prazos específicos e responsáveis atribuídos.

Após definidos objetivos de longo prazo e as metas de curto prazo, é necessário identificar os
recursos necessários para alcançar os objetivos e metas estabelecidos. Isso pode incluir recursos
financeiros, humanos, tecnológicos e materiais. Garantir que os recursos sejam alocados de forma
eficiente e eficaz direcionam ao sucesso da organização.

Uma vez que os objetivos e metas estejam estabelecidos e em andamento, é importante monitorar
regularmente o progresso e realizar avaliações periódicas. Isso permite fazer ajustes conforme
necessário e garantir que a organização permaneça no caminho certo para alcançar seus objetivos.

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4) Análise de Mercado e Metodologias de Desempenho

A análise de mercado é o procedimento de avaliação e identificação de diversos fatores e condições


internos e externos de um mercado dentro de um nicho específico. Ela envolve a coleta, avaliação e
interpretação de informações relacionadas ao mercado em que a empresa/organização atua.

a) Balanced Scorecard (BSC)

O Balanced Scorecard é uma metodologia desenvolvida por Robert Kaplan e David Norton na
década de 1990. Ele é uma ferramenta abrangente que visa traduzir a estratégia organizacional em
indicadores de desempenho tangíveis e mensuráveis, alinhando os objetivos estratégicos com as
ações operacionais.

Sociedade/cidadão

processos internos BSC orçamento público

aprendizado e
crescimento

O BSC substitui os tradicionais sistemas de medição de desempenho focados somente nos aspectos
financeiros. Além disso, objetiva a implementação e acompanhamento da estratégia organizacional,
por meio do estabelecimento de indicadores de objetivos e metas.

O BSC auxilia os gestores a visualizarem e monitorar o progresso em todas as perspectivas,


possibilitando uma análise holística do desempenho organizacional e a tomada de decisões mais
estratégicas e embasadas em dados.

Importante!

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As perspectivas clássicas do BSC podem ser adaptadas a qualquer organização, inclusive
organizações públicas.

Funções básicas do BSC:

esclarecer e atualizar a estratégia


organizacional

alinhar objetivos, metas, estratégias e


Funções básicas do BSC

indicadores

comunicar a estratégia a toda a organização

integrar a estratégia no orçamento -


fundamental no setor público

avaliar o desempenho como um todo

b) Matriz SWOT

É uma ferramenta bastante conhecida e útil no segmento administrativo. Esta ferramenta permite
analisar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças ao negócio, elencando fatores a serem
considerados para montar uma estratégia de inserção ou expansão.

Força Fraqueza
(strenghts) (weakness)

Oportunidade Ameaças
(opportunities) (threats)

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Análise interna: forças e fraquezas – são controláveis (variáveis internas).

Análise externa: oportunidades e ameaças – são incontroláveis (variáveis externas).

Durante esta análise, tenha em mente que as forças e oportunidades são uteis para a empresa,
enquanto as fraquezas e ameaças são prejudiciais para a empresa.

c) OKR – Objectives and Key Results

A Metodologia OKR é um sistema de gestão de metas amplamente utilizado em organizações para


criar alinhamento e engajamento em direção aos objetivos estratégicos. Desenvolvida pelo ex-CEO
da Intel, Andrew Grove, e popularizada pelo Google, a abordagem OKR é eficaz tanto em ambientes
corporativos quanto para indivíduos que desejam definir e atingir metas de maneira clara e
mensurável.

O termo OKR não é apenas um jargão; ele está intrinsecamente ligado à maneira como a
metodologia opera.

objetivos

resultados chave

alinhamento e transparência
OKR

metas SMART

ciclos de revisão / gestão por ciclos

engajamento contínuo

desdobramento hierárquico

Vamos explorar o significado de cada elemento do nome e como eles se complementam:

Objetivos: Os objetivos fornecem uma orientação clara sobre o que a empresa busca alcançar.
Cada objetivo é formulado não apenas para esclarecer a meta a ser perseguida, mas também para
manter todos os membros da equipe engajados na missão em questão. Esses alvos são claros,
específicos e deixam pouco espaço para dúvidas sobre o foco pretendido.

Resultados-Chave/ Key Results: Sem essa parte do planejamento, a realização dos objetivos
propostos inicialmente seria bastante desafiadora. Mensurar de forma objetiva e precisa, por

33
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exemplo, o quão espetacular é o suporte ao cliente seria uma tarefa árdua. Os resultados-chave
servem como parâmetros para determinar quão próximo a empresa está de atingir um objetivo. Em
outras palavras, são metas menores que contribuem diretamente para a consecução do objetivo
principal.

Alinhamento e transparência: A metodologia OKR promove o alinhamento, garantindo que


todos os níveis da organização estejam cientes dos Objetivos principais e dos Resultados-Chave
associados. A transparência é essencial para construir uma cultura de responsabilidade e
colaboração.

Definição de Metas SMART: Cada Objetivo e Resultado-Chave deve ser SMART: Específico,
Mensurável, Atingível, Relevante e Temporal. Isso garante clareza na execução e facilita a avaliação
do progresso.

Ciclo de Revisão / gestão por ciclos: Os OKRs são geralmente definidos em ciclos,
comumente trimestrais. Durante esses períodos, a equipe revisa o desempenho, faz ajustes nos OKRs
existentes e define novos objetivos para o próximo ciclo.

Engajamento contínuo: A metodologia OKR incentiva o engajamento contínuo, estimulando


o aprendizado e a adaptação conforme a organização ou indivíduo avança em direção às metas.

Desdobramento hierárquico: Os OKRs podem ser desdobrados hierarquicamente,


conectando os objetivos organizacionais aos departamentais e individuais. Isso mantém a coesão e
o alinhamento em toda a estrutura.

Ao aplicar a Metodologia OKR, organizações e indivíduos podem criar um ambiente focado,


mensurável e alinhado com seus objetivos estratégicos, impulsionando o desempenho e a
realização.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS:

EIXO TEMÁTICO 3 – Políticas públicas e noções de estatística

O PROCESSO DE ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre o Eixo temático 3 – Políticas Públicas
e noções de estatística (Bloco 7) para todos os blocos de nível superior:

2 O processo de elaboração de políticas; o papel do Estado; a burocracia e o Estado; poder,


racionalidade e tomada de decisões.

3 Implementação de políticas públicas: problemas, dilemas e desafios. Arranjos institucionais


para implementação de políticas públicas.

2) O que são políticas públicas?

Primeiramente, é fundamental compreender que a administração pública, no desempenho de suas


atribuições, deve sempre direcionar suas ações para o benefício da coletividade, evitando favorecer
interesses individuais em detrimento do bem comum. Em outras palavras, a atuação da
administração pública deve ser orientada para o bem-estar geral, considerando os cidadãos, a
sociedade e demais partes envolvidas como destinatários de suas ações, buscando promover o bem
comum e o desenvolvimento sustentável.

Quanto ao conceito de políticas públicas, é variado e depende da abordagem de cada autor,


refletindo diferentes perspectivas. Por exemplo, alguns autores podem enfatizar a importância da
equidade na distribuição dos recursos públicos, enquanto outros podem destacar a eficiência na
implementação de programas governamentais. Em resumo, a compreensão do termo "políticas
públicas" pode variar de acordo com a ênfase dada por cada pensador ou estudioso do tema.

Segundo o autor Secchi, uma política pública é definida como "uma diretriz elaborada para
abordar um problema público". Isso quer dizer que uma política pública consiste em dois
elementos essenciais: a intencionalidade pública e a resposta a um problema público. Em outras
palavras, a razão subjacente à criação de uma política pública é a abordagem ou resolução de um
problema considerado como relevante para a coletividade.

Já Dias e Matos, por sua vez, complementam essa definição, explicando que as políticas públicas são
"ações realizadas ou não pelos governos, com o propósito de estabelecer condições equitativas na
convivência social, visando proporcionar a todos a oportunidade de alcançar uma melhoria na
qualidade de vida condizente com a dignidade humana."

Por exemplo, vamos considerar uma política pública de educação voltada para a redução das
disparidades no acesso à educação de qualidade. Nesse caso, a intencionalidade pública seria
promover a equidade educacional, enquanto o problema público abordado seria a desigualdade no

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acesso à educação. A implementação dessa política visa criar condições que permitam a todos atingir
uma qualidade de vida melhor, alinhada com os princípios da dignidade humana.

Resumindo

As políticas públicas englobam um conjunto de escolhas, iniciativas e operações que o governo

realiza com o intuito de obter resultados que promovam o aprimoramento da qualidade de vida

da população. Em outras palavras, referem-se a um conjunto de estratégias, planos, metas e

propósitos delineados pelo governo com a finalidade de alcançar o bem-estar social, ou seja, o

benefício coletivo.

Exemplo

Por exemplo, uma política pública na área de saúde pode envolver a implementação de

programas de vacinação, a construção de hospitais e a promoção de campanhas preventivas.

Todas essas ações, dentro de um planejamento governamental, visam melhorar a saúde da

população como um todo, exemplificando o papel das políticas públicas na busca pelo bem

comum.

3) Dos atores

Os "atores" referem-se a organizações, pessoas ou conjuntos sociais que têm participação e impacto,
seja de forma direta ou indireta, no desenvolvimento de políticas públicas. Em outras palavras, esses
atores desempenham algum tipo de "papel" (função), seja ela direta ou indireta, no cenário político.

Dentro desse contexto, os atores podem ser categorizados como Governamentais e Não
Governamentais.

Governamentais

Atores

Não governamentaris

a) Atores governamentais são indivíduos ou grupos que possuem funções claramente definidas
pelo Estado. Isso inclui agentes políticos, nomeados politicamente, servidores e funcionários
públicos, além de juízes. Em outras palavras, são aqueles que ocupam posições no aparato estatal e
têm responsabilidades específicas atribuídas pelo poder público.
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Por exemplo, em um contexto jurídico, juízes são atores governamentais que aplicam a lei para
garantir a justiça. Em relação à implementação de políticas públicas de saúde, como os servidores
do Ministério da Saúde, são atores governamentais que têm a responsabilidade de executar e
administrar as iniciativas nessa área. Essa categorização destaca a diversidade de funções
desempenhadas por diferentes atores dentro do âmbito governamental.

b) Atores Não Governamentais referem-se a instituições e organizações privadas que


desempenham papéis significativos na sociedade e na esfera política. Exemplos desses atores
incluem Grupos de Interesse, Partidos Políticos, Meios de Comunicação, Grupos de Pressão,
destinatários (beneficiários) das políticas públicas, Think Tanks (organizações dedicadas a aconselhar
e conduzir pesquisas na área de políticas públicas), empresários, sociedade civil organizada,
Organizações do Terceiro Setor e outros Stakeholders.

Em outras palavras, são entidades e grupos que, embora não façam parte diretamente do aparato
estatal, têm um impacto relevante no desenvolvimento e implementação de políticas públicas,
representando uma variedade de interesses e perspectivas na sociedade.

Por exemplo, Meios de Comunicação desempenham um papel crucial na formação de opinião


pública e podem influenciar a agenda política por meio de reportagens e análises. Grupos de Pressão,
como associações setoriais, podem defender políticas específicas em benefício de seus membros.
Organizações do Terceiro Setor, como ONGs, muitas vezes desempenham funções de
implementação e monitoramento de programas sociais.

Essa diversidade de atores não governamentais destaca a complexidade e a pluralidade de vozes


envolvidas no cenário das políticas públicas, contribuindo para a formação de uma sociedade
participativa e dinâmica.

4) Políticas Públicas X Decisão Política

É fundamental compreender que Política Pública e Decisão Política não são termos diferentes. Em
geral, uma política pública vai além de uma simples decisão, envolvendo uma série de ações
estrategicamente selecionadas para implementar as decisões tomadas. Por outro lado, a decisão
política representa a escolha entre diversas alternativas, refletindo as preferências hierárquicas dos
atores envolvidos e demonstrando, em maior ou menor grau, uma adaptação entre os objetivos
desejados e os recursos disponíveis.

Em outras palavras, uma política pública é resultado de decisões políticas, pois depende das escolhas
feitas pelos tomadores de decisão para atender a necessidades específicas da sociedade. No entanto,
nem toda decisão política se transforma em uma política pública, já que isso demanda um conjunto
mais amplo de ações coordenadas para a efetiva implementação e impacto na sociedade.

Por exemplo, consideremos uma decisão política de aumentar o investimento em educação. Essa
decisão representa uma escolha dentre várias possíveis. No entanto, para se tornar uma política
pública efetiva, seria necessário um conjunto de ações coordenadas, como elaboração de programas
educacionais, treinamento de professores e alocação de recursos específicos para a implementação

37
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bem-sucedida da decisão. Assim, a diferença entre decisão política e política pública reside na
extensão e na abrangência das ações que acompanham e concretizam as escolhas políticas.

Momento da questão

Questão para treino - Com relação à distinção entre política pública e decisão política, analise
as afirmativas a seguir.

I. Uma política pública geralmente envolve mais de uma decisão e requer diversas ações
estrategicamente selecionadas para implementar as decisões tomadas.

II. A decisão política corresponde a uma escolha dentre as opções de alternativas conforme a
hierarquia das preferências dos atores envolvidos, expressando uma adequação entre os fins
pretendidos e os meios disponíveis.

III. Embora uma política pública implique uma decisão política, nem toda decisão política chega a
constituir uma política pública.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) I e II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

Gabarito: Letra E

Comentários:

A primeira afirmação é correta. De fato, a elaboração de políticas públicas geralmente vai além de
uma única decisão e demanda a implementação de uma série de ações estrategicamente escolhidas
para efetivar as decisões tomadas.

Por exemplo, ao decidir implementar uma política pública voltada para a melhoria da educação, o
governo não se limita a uma única decisão. Em vez disso, são necessárias várias ações coordenadas,
como a formulação de currículos educacionais, a capacitação de professores e a alocação de recursos
para a construção de escolas. Essas medidas estratégicas representam a implementação efetiva da
decisão política inicial de melhorar a qualidade da educação.

A segunda afirmação está correta. De fato, a decisão política implica na escolha entre diferentes
opções, de acordo com a hierarquia das preferências dos atores envolvidos, demonstrando, em
maior ou menor medida, uma adaptação entre os objetivos desejados e os recursos disponíveis.

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A terceira afirmação também está correta. Com efeito, pode-se afirmar que uma política pública é
resultante de decisões políticas, indicando que a formulação de políticas depende das escolhas feitas
pelos tomadores de decisão. Em termos mais simples, uma política pública é, de fato, uma
materialização de decisões políticas.

No entanto, é importante destacar que nem toda decisão política se transforma automaticamente
em uma política pública. Isso significa que a efetiva implementação de uma decisão política como
uma política pública requer ações coordenadas e estratégias específicas para alcançar os resultados
desejados na sociedade. Por exemplo, a decisão política de combater a desigualdade social pode
demandar uma série de medidas e programas específicos para se tornar uma política pública efetiva.

5) Ciclo de políticas públicas

Segundo o autor Secchi, o ciclo de políticas públicas é um modelo que organiza a trajetória de uma
política pública em fases sequenciais e interdependentes. No entanto, o autor ressalta que esse
ciclo raramente reflete a dinâmica real de uma política pública, pois as fases geralmente se
apresentam de maneira misturada, e as sequências podem se alternar.

Em outras palavras, as políticas públicas são compostas por várias fases que ocorrem de maneira
interligada e sequencial. No entanto, é importante observar que essas fases podem acontecer
simultaneamente, se sobrepondo umas às outras, ou até mesmo em uma ordem diferente do que
sugere o modelo padrão.

Para o referido autor, o ciclo de políticas públicas é constituído pelas fases a seguir:

Fases do ciclo de políticas públicas

1) Identificação do problema

2) Formação da agenda

3) Formulação de alternativas

4) Tomada de decisão

5) Implementação

6) Avaliação

7) Extinção

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Para aprofundarmos o estudo, neste momento, vamos identificar as fases das políticas públicas na
visão de Howlett e Ramesh.

Construção da
agenda;

Formulação da
Avaliação.
política;

Fases das Políticas


Públicas
Howlett e Ramesh

Tomada de
Implementação;
decisão;

Vários são os modelos de fases e ciclos das políticas públicas, de modo que a depender o autor
teremos um modelo diferente. Entretanto, atente-se a lógica dos modelos, para chegar na hora da
prova e conseguir acertar a questão.

6) Racionalidade e Tomada de decisões

Primeiramente, é relevante ressaltar que, dependendo do modelo de ciclo analisado, a tomada de


decisões é considerada como uma parte integrante da fase de formulação de políticas públicas.
Nesse contexto, a tomada de decisão é uma das partes mais cruciais do processo de formular
políticas públicas.

A tomada de decisão representa a etapa em que se opta por uma ação (ou não ação) para lidar com
um problema público. Durante essa fase, os agentes políticos escolhem, dentre as alternativas
disponíveis, aquela que consideram ser a melhor solução para o problema em questão.

Para ilustrar, consideremos uma situação em que o governo está formulando políticas para combater
a desigualdade de renda. Na fase de tomada de decisões, os formuladores de políticas decidiriam

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sobre as medidas específicas a serem implementadas, como a criação de programas sociais ou
ajustes nos impostos. Essa escolha estratégica é parte integrante do processo de formulação de
políticas públicas, conforme o modelo destacado.

6.1) Modelos de tomada de decisão

Destaca-se que existem os seguintes modelos de tomada de decisão:

Modelo
Racional
(Racional-
compreensivo)

Modelos de
Garbage can Modelo
(lata de lixo) tomada de Incremental
decisão

Mixed-scanning
(Sondagem
mista)

6.1) Do modelo Racional (Racional-compreensivo)

O Modelo Racional (Racional-compreensivo) considera que o tomador de decisão possui


informações completas e habilidades para processá-las, sendo capaz de compreender exatamente
as consequências de cada decisão. Nesse modelo, parte-se do princípio de que o responsável pela
tomada de decisões conhece todos os custos e benefícios envolvidos em cada escolha. O objetivo é
selecionar políticas nas quais os benefícios superem os custos, evitando aquelas em que os custos
sejam maiores que os benefícios. O foco principal está em buscar as alternativas mais eficientes.

O Modelo de Decisão Racional opera sob a premissa de que as consequências de cada opção de
política pública podem ser previstas antecipadamente. Segundo o modelo, os tomadores de decisão
devem escolher a opção que maximize a realização de seus objetivos, valores e metas individuais.

Apesar de parecer um modelo "ideal" que leva a uma implementação mais eficiente de políticas
públicas, sua aplicação é desafiadora, uma vez que requer uma quantidade significativa de
informações. Por exemplo, ao decidir sobre uma política para melhorar o sistema de transporte
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público em uma cidade, os responsáveis pela tomada de decisão precisariam avaliar minuciosamente
os custos e benefícios de diferentes abordagens antes de implementar a medida mais eficaz.

6.2) Modelo Incremental

O Modelo Incremental busca abordar problemas de forma gradual, evitando mudanças bruscas ou
rupturas significativas. Em vez de estabelecer objetivos específicos e avaliar decisões que possam
atendê-los, os tomadores de decisão escolhem alternativas comparando-as e estimando quais
podem produzir os resultados esperados. Nesse contexto, a "melhor decisão" não é aquela que
maximiza os valores e objetivos dos tomadores de decisão, mas aquela que assegura o "melhor
acordo" entre os interesses envolvidos.

Ao contrário do modelo racional, o modelo incremental considera os "custos" das decisões e


reconhece que nem sempre todas as informações estão disponíveis. Portanto, as decisões muitas
vezes precisam ser incrementais, de pequena escala, envolvendo processos de "ajustamento mútuo
entre os parceiros".

Dessa forma, o Modelo de Decisão Incremental analisa a tomada de decisão pública como um
processo com limitações de tempo e informação, caracterizado por conflitos, negociações e
compromissos entre os decisores com interesses próprios. Nesse modelo, ao invés de adotar
alternativas de "maximização", espera-se que as decisões resultem de novas propostas em relação
aos resultados de decisões anteriores, geralmente resultando em mudanças incrementais do que era
antes.

Enquanto o modelo racional aborda o problema de forma abrangente desde o início, o modelo
incremental define e redefine o problema ao longo do processo, adaptando-se à medida que novas
informações e circunstâncias emergem. Por exemplo, ao lidar com questões de tráfego em uma
cidade, o modelo incremental poderia envolver a implementação gradual de medidas como
alterações nas sinalizações e pequenas modificações nas vias, em vez de uma reestruturação
completa do sistema viário.

Momento da questão

Questão para treino - A tomada de decisão é a função de política pública em que se decide tomar
um curso de ação (ou não ação) para tratar de um problema de políticas. Cientistas de políticas
públicas usam uma variedade de modelos para capturar a dinâmica da tomada de decisão de
políticas públicas. Acerca desse assunto, julgue a assertiva a seguir.

O modelo de decisão “racional” analisa a tomada de decisão pública como um processo com
restrição de tempo e informação, caracterizado por conflitos, negociações e compromisso entre os
tomadores de decisão com interesses próprios

Gabarito: Letra E

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Comentários: De forma alguma! O Modelo de Decisão Incremental analisa o processo de
tomada de decisão pública como um procedimento restrito pelo tempo e pela informação,
caracterizado por conflitos, negociações e compromissos entre os tomadores de decisão com
interesses próprios.

6.3) Mixed-scanning (Sondagem mista)

O conceito de Mixed-Scanning, ou Sondagem Mista, surge como resposta às limitações percebidas


nos modelos anteriores. O modelo racional é criticado por sua ingenuidade ao supor que a
informação é perfeita e por não considerar adequadamente as relações de poder na tomada de
decisões. Por outro lado, o modelo incremental é visto como pouco compatível com a necessidade
de mudanças e pode ser tendencioso para conservadorismo. Para superar essas limitações, Etzioni
propôs o modelo de mixed-scanning.

Nesse modelo, são identificados dois tipos de decisões: as decisões ordinárias ou incrementais
(relativas ao cotidiano) e as decisões fundamentais ou estruturantes (decisões estratégicas que
estabelecem os rumos básicos das políticas públicas). O mixed-scanning é uma abordagem híbrida
que incorpora esses dois tipos de decisões, tanto as incrementais quanto as estruturantes.

Em termos simples, o mixed-scanning exige que os tomadores de decisão realizem uma revisão
abrangente do campo de decisão, sem se dedicarem à análise detalhada de cada alternativa, como
faz o modelo racional-compreensivo. Essa revisão permite que alternativas de longo prazo sejam
examinadas, levando a decisões estruturantes. As decisões incrementais, por sua vez, derivam das
decisões estruturantes e envolvem uma análise mais detalhada de alternativas específicas.

Em resumo, os tomadores de decisão, no mixed-scanning, iniciam com uma revisão ampla do campo
de decisão sem aprofundar a análise das alternativas, tomando decisões estruturantes.
Posteriormente, examinam detalhadamente as alternativas específicas que decorrem dessas decisões
estruturantes, culminando em decisões incrementais.

Por exemplo, ao formular políticas de desenvolvimento urbano, poderia ocorrer uma revisão ampla
considerando aspectos como meio ambiente, infraestrutura e habitação, resultando em decisões
estruturantes. Em seguida, as decisões incrementais poderiam envolver análises detalhadas de
propostas específicas para cada área, como a implementação de projetos de infraestrutura ou
programas habitacionais.

6.4) Garbage can (lata de lixo)

O modelo da "lata de lixo" (Garbage Can) se destaca pela ideia central de que as soluções ou
alternativas procuram problemas, em oposição à abordagem convencional em que os problemas
exigem soluções específicas. No âmbito desse modelo, o processo se inicia com a construção de
diversas soluções em teoria, ou seja, propostas que ainda não têm um problema específico em
mente. Essas soluções são então armazenadas em uma "lata de lixo", que funciona como uma
coleção de opções teóricas.

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Em um segundo momento, os agentes públicos procuram identificar problemas que possam ser
resolvidos pelas soluções contidas em sua "coleção". Em outras palavras, os gestores escolhem o
problema a ser abordado a partir das soluções já disponíveis, utilizando as capacidades existentes
como base para a decisão.

O modelo de decisão da lata de lixo é aplicável em situações em que há um grande número de


tomadores de decisão e considerável incerteza sobre as causas dos problemas e suas soluções. Um
exemplo prático desse modelo poderia ser observado em um contexto governamental em que várias
propostas ou políticas são desenvolvidas sem ter um problema específico em vista. Posteriormente,
quando surge um desafio específico, os decisores podem recorrer à "lata de lixo" de soluções
existentes para encontrar uma adequada, em vez de desenvolver uma resposta sob medida para o
problema identificado.

6.2) Etapas do Processo Decisório (Fases do Processo Decisório)

Conforme a explicação de Maximiano, o processo decisório é uma sequência de etapas que se inicia
com a identificação de um problema ou oportunidade e se encerra com a escolha e implementação
de uma ação ou solução. Quando a decisão é efetivamente aplicada, o ciclo se fecha, criando uma
nova situação que pode demandar novas decisões ou processos de resolução de problemas.

O referido autor destaca que o processo de tomada de decisões abrange cinco fases principais. Essas
fases podem ser entendidas como os estágios sequenciais que uma decisão percorre desde sua
identificação até sua concretização, proporcionando uma compreensão abrangente e estruturada
desse importante aspecto na gestão organizacional.

De acordo com o autor, o processo de decisão compreende cinco fases fundamentais:

Identificação do problema ou oportunidade

Diagnóstico da situação

Cinco fases fundamentais do processo de Geração de alternativas (Desenvolvimento de


decisão alternativas)

Avaliação e escolha de uma alternativa

Avaliação da decisão

a) Identificação do problema ou oportunidade: Esta fase refere-se ao momento em que se


percebe a presença de uma oportunidade a ser explorada ou a existência de algum problema que
demanda uma decisão.

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b) Diagnóstico da situação: Nesta etapa, busca-se compreender a oportunidade ou o problema,
identificando suas causas e consequências.

c) Geração de alternativas (Desenvolvimento de alternativas): Após o diagnóstico, torna-se


necessário criar alternativas (ideias) para aproveitar a oportunidade ou solucionar o problema.

d) Avaliação e escolha de uma alternativa: Esta etapa envolve a seleção de uma das alternativas
geradas. As opções são avaliadas, julgadas e comparadas, visando escolher aquela que apresenta as
maiores vantagens.

e) Avaliação da decisão: O processo de tomada de decisão é concluído quando a decisão é


implementada e seus efeitos são avaliados. A avaliação de uma decisão reinicia o ciclo do processo
de resolução de problemas ou aproveitamento de oportunidades.

Em outras palavras, o autor destaca que o processo decisório percorre essas fases sequenciais, desde
a identificação do problema ou oportunidade até a avaliação dos resultados da decisão
implementada. Essa abordagem estruturada e cíclica demonstra a importância de considerar diversas
etapas para uma tomada de decisão eficaz. Por exemplo, ao identificar um problema de baixa
eficiência em uma empresa, a fase de diagnóstico envolveria a análise das causas desse problema,
seguida pela geração de alternativas (como reorganização de processos) e, finalmente, a avaliação e
implementação da melhor alternativa.

Momento da questão

Cesgranrio – 2022. Um projeto de sistema de informações para apoio decisório foi encomendado
por um órgão público. Esse sistema deve possuir 5 módulos principais, representando as 5 etapas
de um processo decisório.

Por conta desse requisito, esse sistema deve possuir os módulos de

a) Diagnóstico; Recuperação de histórico; Análise de soluções; Verificação de alternativas e Avaliação


final

b) Identificação do problema; Avaliação de soluções; Workflow de tarefas; Tomada de decisão e


Controle de tarefas

c) Identificação do problema; Diagnóstico; Verificação das alternativas; Tomada de decisão e


Avaliação final

d) Recuperação de histórico; Análise de soluções; Designação de responsabilidades; Execução e


Tomada de decisão

e) Workflow de tarefas; Designação de responsabilidades; Tomada de decisão; Execução e Controle


de tarefas

Gabarito: Letra C

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Comentário:

De acordo com Maximiano, o processo de tomar decisões envolve 05 fases principais:

Identificação do problema ou oportunidade

Diagnóstico da situação

Geração de alternativas (Desenvolvimento de alternativas) – Verificação das alternativas

Avaliação e escolha de uma alternativa – Tomada de decisão

Avaliação da decisão – Avaliação final

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