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FINANÇAS PÚBLICAS

Despesa Pública – Parte I

Livro Eletrônico
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Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240111518687

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Finanças Públicas
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Despesa Pública – Parte I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Conceito de Despesa Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2. Diferenciação – Despesas Orçamentárias, Extraorçamentárias e
Intraorçamentárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. Diferenciação – Enfoque Orçamentário e Patrimonial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2. Estágios da Despesa Pública Orçamentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1. Diferença – Doutrina X Lei n. 4.320/1964. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2. Planejamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3. Execução da Despesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3. Classificação das Despesas Públicas Orçamentárias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.1. Quanto à Forma de Ingresso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.2. Classificação quanto à Efetividade/Afetação Patrimonial . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.3. Classificação Institucional/Departamental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.4. Classificação Funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.5. Classificação por Estrutura Programática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.6. Quanto à Natureza da Despesa (por Categorias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.7. Classificação por Categoria Econômica (1º Nível) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.8. Quanto ao GND – Grupo de Natureza da Despesa (2º Nível). . . . . . . . . . . . . . 54
3.9. Quanto à Modalidade de Aplicação (3º Nível) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
3.10. Quanto ao Elemento de Despesa (4º Nível). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
3.11. Classificação da Lei n. 4.320/1964. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
3.12. Classificação na LRF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
3.13. Portaria Interministerial n. 163/2001. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
3.14. Classificação Regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
3.15. Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

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3.16. Quanto à Regularidade ou Periodicidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65


3.17. Quanto à Esfera Orçamentária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
3.18. Por Identificador de Uso – IDUSO e por Identificador de Doação/
Operação de Crédito – IDOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
3.19. Por Competência Institucional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nessa aula é conhecer a primeira parte dos principais aspectos
relacionados às Despesas Públicas.

Como disse Abraham Lincoln:

A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.

Então vamos fazer nossa parte e criar o nosso futuro. Acredite! Acreditar já é meio
caminho andado... o resto é ter persistência, disciplina e não desistir.
Seja IMPARÁVEL!
Boa aula.
Prof. Manuel Piñon

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Despesa Pública – Parte I
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DESPESA PÚBLICA – PARTE I

1. CONCEITO DE DESPESA PÚBLICA

1.1. DEFINIÇÕES
De acordo com a melhor Doutrina, a Despesa Pública representa o conjunto de dispêndios
do Estado, ou de outra pessoa de Direito Público, com a finalidade de funcionamento dos
serviços públicos e de atendimento às necessidades coletivas aplicando certa quantia dentro
de uma autorização legislativa, buscando a manutenção das atividades do ente estatal ou
para a conservação ou construção de bens públicos.
Em outras palavras, a Despesa Pública é o conjunto de dispêndios efetuados pelo Estado,
em dinheiro, que financiam o funcionamento dos serviços públicos. Está contida no orçamento
e compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições governamentais.
De acordo com o MCASP, a despesa orçamentária pública é o conjunto de dispêndios
realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos
prestados à sociedade.
Ampliando um pouco mais o conceito, podemos dizer que a Despesa Pública é o conjunto
de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público a qualquer título, a fim de
saldar gastos fixados na lei do orçamento ou em lei especial, visando à realização e ao
funcionamento dos serviços públicos.
De acordo com a definição presente no site do Tesouro Nacional, a despesa pública é:

a aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública ou
para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o compromisso de gasto dos
recursos públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade
da coletividade prevista no orçamento.

Para o saudoso Mestre Aliomar Baleeiro, despesa pública é:

a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente,
dentro de uma autorização legislativa, para execução de um fim a cargo do governo.

Nessa toada, a Despesa pública também pode ser definida como o conjunto de gastos
realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade
ou para a realização de investimentos.

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As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, compondo o orçamento
público, com exceção das chamadas despesas extraorçamentárias.

Nessa linha de raciocínio, podemos dizer que a despesa é parte do orçamento, e, assim,
compõe a distribuição e emprego dos recursos públicos para custeio e investimento em
diferentes setores da administração governamental.
No âmbito contábil-financeiro, a despesa pública nada mais é do que a aplicação de
recursos monetários na realização de gastos efetivos (aqueles que geram decréscimo no
patrimônio público) ou por mutação patrimonial (aqueles que tem efeito permutativo, pela
entrada de um bem ou valor patrimonial).
Do ponto de vista político-institucional, a despesa pública é, por seu turno, a realização
de gastos na implementação de políticas públicas e no cumprimento das finalidades
inerentes à existência do Estado.
Quando analisada em sob a ótica econômica, a despesa é o gasto é uma parcela dos
agregados que expressam a atividade econômica nacional.

1.2. DIFERENCIAÇÃO – DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS, EXTRAORÇAMENTÁRIAS


E INTRAORÇAMENTÁRIAS
Importante registrar que os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em
orçamentários e extraorçamentários. Segundo o artigo 35 da Lei n. 4.320/1964:

Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

De acordo com o MCASP, “a despesa orçamentária é toda transação que depende de


autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada,
enquanto o dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária
anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos,
pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita
e recursos transitórios”.
Dessa forma, podemos sintetizar esse quadro dizendo que a despesa orçamentária
é toda transação que depende de autorização legislativa (LOA e Créditos Adicionais), na
forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Já o chamado dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na LOA – Lei
Orçamentária Anual, e compreende certas saídas de numerário oriundas de depósitos,

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pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita


ou ainda de recursos transitórios.

Saída de Recursos nos Cofres Públicos

Despesas Desembolsos Despesas


Orçamentárias Extraorçamentários Intraorçamentárias

Caracteriza despesa pública Não caracteriza despesa pública


(são destinadas às necessidades públicas) (não são destinadas às necessidades públicas)

Note na figura anterior que também os chamados “desembolsos extraorçamentários”


não caracterizam uma despesa pública, assim como uma despesa enquadrada como
intraorçamentária (mera “arrumação” de contas dentro do próprio orçamento do ente,
sem alterar o total da despesa pública).

1.3. DIFERENCIAÇÃO – ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO E PATRIMONIAL


Em termos de regime a ser utilizado no registro de receitas e despesas públicas
tenha em mente que o regime a ser utilizado nas matérias Direito Financeiro e AFO é
o regime misto, onde receitas são contabilizadas pelo regime de caixa (arrecadadas
– entradas efetivas de dinheiro) para as receitas e regime de competência para as
despesas (empenhadas – comprometimento do recurso no orçamento).
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Nosso mantra é o artigo 35 da Lei n. 4.320/1964 que define o seu enfoque orçamentário.
O objetivo desse enfoque orçamentário é evitar o risco de que a execução das despesas
orçamentárias ultrapasse a arrecadação efetiva que foi “colocada” na conta. Veja-o novamente:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Assim, na maior parte do nosso curso estudamos o enfoque orçamentário, como as


classificações das despesas e receitas orçamentárias.
Entretanto, a própria Lei n. 4.320/1964 reconhece o enfoque patrimonial para
contabilidade pública, sendo tratada em título específico da citada lei (Título IX – Da
Contabilidade), no qual se determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas,
sejam elas independentes ou resultantes da execução orçamentária.
Lembre-se que em relação à Receita, no enfoque patrimonial, como o seu objetivo é o
de evidenciar o impacto no patrimônio de transações realizadas mesmo que ainda os valores
não tenham sido embolsados pela Administração Pública, usa-se o regime de competência.
Assim, basicamente deve ser registrada uma eventual variação patrimonial aumentativa,
independentemente da execução orçamentária, em função do fato gerador, observando-se
os princípios da competência e da oportunidade. Tenha em mente que a receita deve ser
reconhecida mesmo que o valor ainda não tenha sido efetivamente recebido.
Já para a Despesa, no enfoque patrimonial a ideia é registrar a variação patrimonial
diminutiva em função do fato gerador da despesa, que é um decréscimo nos benefícios
econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução de ativos
ou incremento em passivos, que resulte em decréscimo do patrimônio líquido.

DICA
A despesa sob o enfoque patrimonial sempre gera diminuição
do Patrimônio líquido do ente, não se confundindo, assim,
com a despesa sob a ótica orçamentária.

Obs.: Note, por exemplo, que uma despesa de capital relativa à amortização de um
empréstimo obtido não é considerada despesa sob a ótica patrimonial.
Normalmente, o fato gerador será simultâneo tanto na liquidação da despesa, como
na aquisição de bens de consumo. Entretanto, em algumas situações, o fato gerador
poderá ocorrer em momento diferente da liquidação.

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EXEMPLO
Veja o caso da aquisição de um seguro com vigência de 12 meses. Enquanto no enfoque
patrimonial, temos a apropriação de um direito ao seguro. No enfoque orçamentário, a
despesa será reconhecida apenas na liquidação durante o exercício corrente e, ao final desse
exercício, por meio do empenho.

001. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e


despesas públicas.
Do ponto de vista orçamentário, as despesas públicas correspondem aos decréscimos nos
benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução
de ativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido.

Na verdade, assertiva conceituou a despesa sob o ponto de vista patrimonial. Já do


ponto de vista orçamentário, a despesa orçamentária é toda transação que depende de
autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Errado.

002. (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) A propósito de despesa e receita públicas, julgue o


item subsequente.
De acordo com as normas de contabilização das receitas e das despesas públicas, as receitas
orçamentárias são contabilizadas pelo regime de caixa; e as despesas orçamentárias, pelo
regime de competência.

A Lei n. 4.320/1964 manda que as receitas sejam reconhecidas quando arrecadadas (entrada
no caixa), ou seja, manda usar o regime de caixa para as receitas. No regime de caixa, a
contabilização ocorre no momento da entrada ou saída do numerário do caixa
Para as despesas, a Lei n. 4.320/1964 manda que sejam reconhecidas quando empenhadas
(fato gerador), ou seja, pelo regime de competência. No regime de competência, a
contabilização ocorre no momento do fato gerador, independentemente da entrada ou
saída de caixa.
Certo.

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Os Manuais da STN/SOF nos trazem como novidade a classificação sob o aspecto


patrimonial.
No que diz respeito à entidade que apropria a despesa, sob o enfoque patrimonial temos
a despesa pública (quando efetuada por entidade pública) e despesa privada (quando
efetuada por entidade privada).
No que diz respeito à dependência da execução orçamentária temos a despesa resultante
da execução orçamentária (aquela depende de autorização orçamentária para acontecer
como as despesas com salários) e a despesa independente de autorização orçamentária
para acontecer (a que não depende de autorização orçamentária para acontecer como
despesa com depreciação).

2. ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA ORÇAMENTÁRIA

2.1. DIFERENÇA – DOUTRINA X LEI N. 4.320/1964


No que diz respeito às fases, estágios ou etapas de realização da despesa pública, é
importante destacar que a execução da despesa orçamentária pública transcorre em
três estágios, que conforme previsto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e
pagamento.

No entanto, a Doutrina majoritária e o MCASP incluem a Fixação (ou programação) da


despesa inerente à etapa do Planejamento que antecede a execução da despesa como
sendo um dos estágios. Logo, os estágios da despesa, doutrinariamente falando, são:
1 –Fixação.
2 – Empenho.
3 – Liquidação.
4 – Pagamento.

Veja no desenho seguinte a sobreposição da visão doutrinária das etapas da despesa,


em que temos a etapa relativa ao planejamento da despesa, em relação à previsão da Lei
n. 4.320/1964 que prevê apenas a parte relativa à sua execução.

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2.2. PLANEJAMENTO
A etapa do planejamento e contratação abrange, de modo geral, a fixação (ou
programação da despesa orçamentária), a descentralização e movimentação de créditos,
a programação orçamentária e financeira e o processo de licitação com a formalização
do contrato, embora não esteja prevista na Lei n. 4.320/1964.

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Estágios da despesa orçamentária


Planejamento
Descentralização Programação
Fixação da Processo
de créditos orçamentária e
despesa licitatório
orçamentários financeira

Execução

Entrega de bens
Contrato Empenho
e/ou serviços

Execução

Pagamento e
Liquidação Retenção
recolhimento

003. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo à implementação do


orçamento público no Brasil.
A fixação da despesa, que compreende a adoção de medidas em determinada situação
idealizada, conforme os recursos disponíveis e as diretrizes e prioridades traçadas pelo
governo, é um dos estágios da despesa pública previstos na legislação em vigor.

Assertiva errada, pois a banca colocou ao seu final a expressão “previstos na legislação em
vigor”. E isso não é verdade.
A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que conforme
previsto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.
Errado.

Nesse sentido, é importante destacar que a legislação não permite a troca de ordem
entre os estágios, com exceção apenas para o estágio da programação e apenas para
aquelas as despesas realizadas via abertura de créditos extraordinários, que, tendo em
vista a sua natureza de imprevisibilidade e urgência não passa pela fase da programação.

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Veja a relação entre as etapas e a legislação suporte na figura seguinte:

Outras formas de visualizar:


Estágios da Despesa Pública

• Fixação da despesa
Planejamento • Descentralização de créditos
• Programação orçamentária e financeira

• Empenho
• Em liquidação
Execução
• Liquidação
• Pagamento

Controle

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Planejamento
Execução
ou pré-empenho

Fixação da despesa Empenho

Descentralização
Liquidação
dos créditos

Programação
Pagamento
orçamentária
e financeira

Licitação
e contratação

Vamos agora falar de cada uma dessas etapas.

2.2.1. FIXAÇÃO DA DESPESA


A fase de fixação engloba a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada,
tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas
pelo governo. A criação ou expansão da despesa requer adequação orçamentária e
compatibilidade com a LDO e o PPA.

FIXAÇÃO
A fixação é um estágio da despesa pública
mais relacionado ao processo de elaboração
orçamentária. É a etapa que dá origem aos
créditos orçamentários, iniciada na elaboração
orçamentária e que se materializa pela
publicação da Lei do Orçamento Anual - LOA.

Note que a fixação da despesa tem como correspondente a etapa de previsão da receita
ainda durante o processo de elaboração da LOA e lembre-se que o processo da fixação da
despesa orçamentária é concluído com a autorização dada pelo poder legislativo por
meio da LOA-Lei Orçamentária Anual, ressalvadas, claro, as eventuais aberturas de créditos
adicionais no decorrer da vigência do orçamento.

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A fixação, etapa inerente ao Planejamento (programação) da Despesa, está presente


na Doutrina e no MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO, mas não na
legislação vigente.

004. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos


mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação
orçamentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse
assunto, julgue o item subsequente.
A autorização orçamentária deve preceder a execução financeira da despesa pública.

Sem dúvida, inicialmente a despesa deve ser fixada na LOA (autorização orçamentária)
conforme disposto no MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO:

A etapa do planejamento abrange, de modo geral, toda a análise para a formulação do plano
e ações governamentais que servirão de base para a fixação da despesa orçamentária, a
descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira, e o
processo de licitação e contratação.

Depois, temos a execução financeira da despesa pública, com os estágios previstos. Confira
no MCASP:

4.4.2. Execução
A execução da despesa orçamentária se dá em três estágios, na forma prevista na Lei n. 4.320/1964:
empenho, liquidação e pagamento.

Certo.

2.2.2. DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS


A Descentralização de Créditos Orçamentários corresponde à movimentação de parte dos
créditos orçamentários para que outras unidades administrativas possam executar a despesa
orçamentária, assunto esse normalmente tratado em aula específica (Programação e
Execução Orçamentária e Financeira) do nosso curso.

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2.2.3. PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA


A Programação Orçamentária e Financeira basicamente é compatibilização do fluxo de
pagamentos ao fluxo de recebimentos, de modo a ajustar a execução da despesa fixada às
disponibilidades de caixa do ente, assunto esse normalmente tratado em aula específica
(Programação e Execução Orçamentária e Financeira) do nosso curso.

005. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Para realizar uma despesa pública, a autoridade


competente deve proceder, sucessivamente, às etapas de
a) fixação, programação financeira, pagamento, empenho e liquidação.
b) programação financeira, empenho, fixação, liquidação e pagamento.
c) fixação, empenho, programação financeira, liquidação e pagamento.
d) programação financeira, fixação, empenho, pagamento e liquidação.
e) fixação, programação financeira, empenho, liquidação e pagamento.

Normalmente a doutrina considera a existência de 4 fases/etapas para realizar uma despesa


seguindo a seguinte sequência: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
O diferencial dessa questão foi exigir que o candidato soubesse que a etapa da programação
financeira ocorre entre a fixação e o empenho. Importante destacar que a programação
financeira também pode ser considerada uma espécie “pré-empenho”, ou seja, faz parte
do planejamento da despesa.
Letra e.

2.2.4. PROCESSO DE LICITAÇÃO


O Processo de Licitação é um procedimento administrativo formal para contratação de
serviços ou aquisição de produtos pelos entes da Administração Pública direta ou indireta,
sendo regulado pelas Leis n. 8.666/1993 e n. 10.520/2002, assunto esse estudado no
Direito Administrativo.

2.2.5. FORMALIZAÇÃO DO CONTRATO


Findo o processo de licitação e selecionado o vencedor, firma-se um contrato administrativo
que também é objeto de estudo do Direito Administrativo.

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Enquanto parte da Doutrina entende “pré-empenho” como sendo sinônimo de toda a


etapa de planejamento, outra parte da Doutrina entende a sistemática do “pré-empenho”,
como sendo uma etapa específica que antecede os estágios da execução da despesa,
e que funciona como uma espécie de reserva de dotação orçamentária, ocorrendo
após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu comprometimento para a
realização da despesa, de modo a “cobrir” o lapso de tempo inerente a todo o processo
licitatório de contratação dos respectivos bens e serviços a que se referem os gastos,
servindo para “guardar” o crédito até o final da licitação.

Despesa Pública: Estágios

PPA

LDO LOA

Fixação Pré-empenho Empenho

• Fase entendida
pela Doutrina. ? Ordinária
• Autorização
dada pelo Poder Global
Legislativo ao
Poder Executivo. Por estimativa

2.3. EXECUÇÃO DA DESPESA


Tenha em mente que quando falamos em “executar o orçamento”, estamos falando que
vamos realizar as despesas públicas nele previstas e apenas estas, já que para que qualquer
utilização de recursos públicos seja efetuada, o primeiro requisito é que esse gasto tenha
sido legalmente autorizado pelo Poder Legislativo, e que sejam seguidas as 3 etapas da
execução das despesas previstos na Lei 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.

2.3.1. EMPENHO
A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, II, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as
despesas nele legalmente empenhadas.

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Mas, e você, sabe o que é empenho?


Sim, eu sei que você está se empenhando muito nesse curso, mas vamos ver para fins
de Finanças Públicas o que vem a ser o empenho de uma despesa pública:
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Nos termos do disposto no
art. 58 da Lei n. 4.320/1964:

o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.

Na verdade, o empenho gera somente obrigação orçamentária, ou seja, é uma autorização


da autoridade competente para a realização da despesa.
Vale dizer que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das
dotações orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao
resgate do débito.
A obrigação jurídica de pagar decorre da etapa seguinte: a liquidação. Somente com
a liquidação, segundo estágio da execução da despesa, que será cobrada a prestação dos
serviços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o pagamento sem
o implemento de condição.

DESPESA PÚBLICA
ESTÁGIOS DA DESPESA
1° ESTÁGIO – EMPENHO DA DESPESA
É o ato emanado de autoridade competente
que cria para o Estado obrigação de pagamento,
pendente ou não de condição. Em outras palavras,
o empenho é o ato que oficialmente reserva
(destaca) um determinado montante de uma
dotação orçamentária para fazer frente a uma
despesa específica.

Guarde que, nos casos de despesas relativas a contratos ou convênios de vigência


plurianual, deve-se as empenhar em cada exercício financeiro pela parte a ser executada
no referido exercício.

Modalidades de Empenho
Aluno(a), tenha em mente que o empenho, de acordo com sua natureza e finalidade,
pode ser ordinário, global ou por estimativa.

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Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas normais com montante previamente
conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o empenho global é aquele que serve para aquelas despesas com montante
previamente conhecido, mas cujo pagamento seja parcelado, como nos casos das despesas
com aluguéis, prestação de serviços, salários etc.

006. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária,


julgue o item.
O empenho do tipo global é utilizado para despesas contratuais ou outras de valor
determinado, sujeitas a parcelamento.

Assertiva do tipo “cara crachá” com o que diz o artigo 60 da Lei n. 4.320/1964 a seguir
reproduzido com grifos nossos:

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


§1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota
de empenho.
§2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar.
§3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

Certo.

Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente,
usa-se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias
etc. São gastos que ocorrem regularmente, mas cujos valores oscilam bastante.

Anulação de um Empenho
Um empenho pode ser anulado, ao longo do exercício, seja parcial ou totalmente.
Importante destacar que, quando o valor empenhado é superior ao montante da despesa,
deve-se anulá-lo parcialmente, no valor correspondente ao excesso.
Entretanto, quando o serviço contratado não tenha sido prestado ou o material
encomendado não tiver sido entregue, bem como se houver incorreção na emissão do
empenho, nesses casos deve-se anular o empenho totalmente.
Importante destacar que, ao final de cada exercício, o empenho deve ser totalmente
anulado caso ainda não tenha sido liquidado, exceto para aqueles que se enquadrarem
nas condições previstas para inscrição em Restos a Pagar.
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E qual o destino dos valores correspondentes aos empenhos anulados?


Os valores correspondentes à anulação do empenho revertem ao programa de
trabalho, tornando-os novamente disponíveis para empenho.
Veja o que nos diz a esse respeito o Decreto 93.872/1986 em seus artigos 35 e 28:

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro,
para todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa,
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou
o empenho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a importância correspondente
à respectiva dotação, pela qual ficará automaticamente desonerado o limite de saques da
unidade gestora.

Características do Empenho
O empenho serve, na verdade, para reservar parte dos créditos disponíveis, em
consonância com o artigo 60 da Lei n. 4.320/1964, que veda a realização de despesa sem
prévio empenho.
Em outras palavras, após a realização do empenho, o montante correspondente da
dotação necessário para fazer face à despesa fica protegido, evitando-se, assim, que,
depois de executado o contrato, não haja recursos financeiros para o pagamento do bem
ou serviço prestado à Administração Pública.
Importante destacar que o empenho da despesa não pode exceder o limite dos créditos
concedidos, ou seja, as despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos
orçamentários iniciais e dos créditos orçamentários adicionais, em consonância com o
cronograma de desembolso da unidade gestora, devidamente aprovado.
Guarde também que o empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação
orçamentária, nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado.

007. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à execução do


orçamento, julgue o item que se segue.
O empenho de despesa impõe ao Estado uma obrigação de pagamento, ainda que o bem
correspondente não tenha sido fornecido ou o serviço correspondente não tenha sido prestado.

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Numa primeira leitura, nossa tendência é achar que a assertiva está errada, mas se acordo
com a Lei n. 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria
para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Assim, o empenho em verdade é uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do
que foi tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado para ele.
Mas é bom destacar que mesmo estando a despesa legalmente empenhada, o Estado ainda
não se vê obrigado a efetuar o pagamento, já que o implemento de uma determinada
condição poderá estar concluído ou não.
Guarde que a Lei n. 4.320/1964 determina que o pagamento de qualquer despesa pública,
independentemente do valor, passe pela fase “decisiva” da liquidação.
Somente com a liquidação, segundo estágio da execução da despesa, que será cobrada a
prestação dos serviços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o
pagamento sem o implemento de condição.
Certo.

Nesse contexto, devemos mencionar ao princípio do equilíbrio, quando a Lei n. 4.320/1964


determina que os empenhos não podem ultrapassar o limite dos respectivos créditos
concedidos, evitando-se, assim, a criação de obrigação de pagamento superior à capacidade
do Estado.
Importante destacar ainda que o Decreto 93.872/1986, aquele que dispõe sobre a
unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, também dispõe acerca dos estágios
da despesa. De acordo com o referido Decreto, o empenho importa deduzir seu valor de
dotação adequada à despesa a realizar, por força do compromisso assumido.

O Decreto 93.872/1986 admite que, em caso de urgência, o ato do empenho seja


contemporâneo à realização da despesa, podendo ser dispensada a nota de empenho,
mas nunca o empenho.

A Nota de Empenho – NE é a materialização do empenho, sendo é elaborada no SIAFI


quando da União e tendo uma NE para cada empenho, que serve para registrar as operações
que geram o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome
do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo
da dotação própria.

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Outra Classificação dos Empenhos


Existem situações em que o valor do empenho original não é suficiente, sendo necessário
uma espécie de “empenho de reforço” para complementar o valor original inicial.

008. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No exercício de 2016, uma escola pública do DF recebeu


dotação orçamentária para a execução do programa de merenda escolar. A dotação previa
dispêndio com despesas correntes para a aquisição de gêneros alimentícios necessários à
elaboração das refeições a serem servidas aos alunos daquela escola. A SEE/DF providenciou
licitação para a escolha da empresa que irá fornecer os gêneros. Com referência a essa
situação hipotética, julgue o item subsequente.
No caso de o valor empenhado ser insuficiente para atender as despesas com a merenda
escolar, o executor de despesas deverá providenciar a anulação total do empenho e elaborar
outro empenho no valor adequado.

Na situação em tela, em que o valor do empenho original é insuficiente, faz-se necessário


um empenho de reforço para complementar o valor inicial e não a anulação do empenho.
Errado.

Seguindo essa linha de raciocínio, somos agora apresentados ao empenho denominado


“empenho de anulação”, que é aquele empenho emitido posteriormente e que se destina
à anulação parcial ou total dos empenhos originais ou, eventualmente, dos empenhos
de reforço, que são chamados de empenho excedente (anulação parcial) e empenho
incorreto ou de objeto não cumprido (anulação total).
Parte da Doutrina ainda classifica/divide o empenho em função das fases a que se
referem: licitação ou sua dispensa, autorização e formalização.
Lembrando que licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar,
entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para a
aquisição de bem ou serviço, enquanto a autorização é a permissão dada por autoridade
competente para a realização da despesa e a formalização é a dedução do valor da despesa,
feita no saldo disponível da dotação ou do crédito apropriado comprovada pela Nota
de Empenho.
Importante registar que existe ainda a fase denominada em liquidação, entre o empenho
e a liquidação propriamente dita. Ocorre por exemplo quando se recebe a nota fiscal, mas
demora-se para conferir se o serviço foi efetivamente prestado ou o material efetivamente

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recebido. Nesse caso, registra-se essa nota fiscal como “em liquidação”, mas muita atenção
na hora da prova. Você deve prestar atenção ao enunciado da questão para respondê-la
corretamente.

2.3.2. LIQUIDAÇÃO

A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens


e serviços contratados. Nos termos do disposto no artigo 63 da Lei n. 4.320/1964, a
liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo
por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Aí você me pergunta: e para que serve finalmente a liquidação?
Colega, na liquidação da despesa é verificada a correção da execução do contrato pelo
fornecedor, para apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
II – a importância exata a pagar;
III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
Assim, a liquidação visa verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar,
para extinguir a obrigação, sendo realizada no SIAFI, por meio da Nota de Lançamento –
NL, nos casos de despesas federais. Além disso, é na fase de liquidação que é cobrada a
prestação dos serviços ou a entrega dos bens, ou, ainda, a realização da obra, evitando,
dessa forma, o pagamento sem o implemento de condição.

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DESPESA PÚBLICA
ESTÁGIOS DA DESPESA
2° ESTÁGIO – LIQUIDAÇÃO
A liquidação nos termos do art. 63 da Lei n. 4.320/1964, consiste na verificação
do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.
O objetivo da liquidação é de apurar o implemento de condição, ou seja, se o
credor cumpriu ou não a sua parte, verificando:
• A origem e o objetivo do que se deve pagar;
• A importância exata a pagar;
• A quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação;
A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá
por base:
• O contrato, ajuste ou acordo respectivo
• A nota de empenho
• Os comprovantes de entrada do material ou prestação de serviço

De acordo com a Doutrina existe ainda a fase denominada em liquidação, entre o


empenho e a liquidação propriamente dita. Ocorre por exemplo quando se recebe a nota
fiscal, mas demora-se para conferir se o serviço foi efetivamente prestado ou o material
efetivamente recebido. Nesse caso, registra-se essa nota fiscal como “em liquidação”.

Estágios da despesa pública


Esquematizando:
EXECUÇÃO

Em
Empenho Liquidação Pagamento
liquidação

Documento: Busca do registro Confirma o direito Ordem de


Nota Empenho no patrimônio do credor em pagamento ao
documentos credor

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009. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispêndios


realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade
ou para a realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
De acordo com a legislação vigente, para que determinado ente público efetue o pagamento
a fornecedores de material de consumo, basta que, no processo de execução orçamentária,
a despesa a que se refira o pagamento tenha sido empenhada.

Na verdade, para que a despesa seja paga é necessário que tenha sido empenhada e liquidada.
Confira essa condição no MCASP, com grifos nossos:

4.4.2.4. Pagamento
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo,
ordens de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação
da despesa.

Errado.

2.3.3. PAGAMENTO
O pagamento é o terceiro e último estágio execução da despesa. Regulado no artigo
64 da Lei n. 4.320/1964, “a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga”.

Importante gravar que o pagamento da despesa só pode ser efetuado quando ordenado
após sua regular liquidação, ou seja, desde que seja verificado o direito adquirido do credor,
no estágio da liquidação.
Em regra, o pagamento deve ser realizado via de ordem bancária, precedida da autorização
do titular da Unidade Gestora ou seu preposto. Em termos de União, é realizado via SIAFI,
mediante ordem bancária correspondente à respectiva dívida líquida. Em outros termos,
equivale à assinatura do gestor público determinando o pagamento.

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Tecnicamente falando, a ordem bancária – OB é o documento do SIAFI utilizado para


o pagamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins de
suprimento de fundos.
O Decreto 93.872/1986 determina, em seu artigo 38 que:

Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de materiais, execução de
obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade pública, admitindo-se, todavia, mediante as
indispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo
contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele estabelecida, prevista
no edital de licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta.

Um ponto que merece destaque diz respeito à reposição de valores pagos indevidamente,
no mesmo exercício financeiro, que deve ser procedida à conta bancária da Unidade Gestora
de origem, usando-se a Guia de Recebimento. Caso a reposição ocorra em outro exercício
financeiro, no caso da União deve-se usar o DARF, a crédito do Tesouro Nacional.

010. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item seguinte, relativo a receitas e


despesas públicas.
O estágio de pagamento da despesa caracteriza-se pelo despacho por meio do qual a
autoridade competente determina que a despesa seja liquidada.

O examinador colocou uma casca de banana no final da assertiva colocando a palavra


“liquidada”, quando deveria ser paga. Veja a reprodução a seguir do artigo 64 da Lei n.
4.320/1964, com grifos nossos:

A ordem de pagamento é despacho exarado por autoridade competente, determinando que a


despesa seja paga.

Errado.

Confira no quadro seguinte algumas das principais características dos estágios de


execução da despesa:

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3. CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS


ORÇAMENTÁRIAS
Sob o enfoque orçamentário, as classificações orçamentárias da despesa pública, que
têm evoluído ao longo do tempo no sentido de uniformização, servem para atender diversas
necessidades de informação, exercendo o papel de organizar logicamente os gastos públicos
de modo a dotá-las de maior transparência no atendimento das necessidades da população.
Seguindo o que a legislação orienta, com destaque para a Lei n. 4.320/1964 e para o
MTO – Manual Técnico Orçamentário, a classificação da despesa no orçamento público
deve ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e unidade
orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas (programa, projeto, atividade
e operações especiais) e segundo a natureza (categorias econômicas, grupos, modalidades
de aplicação e elementos). Entretanto, temos também classificações doutrinárias que
também são cobradas em prova.
Vamos agora conhecer as classificações das Despesas Públicas mais relevantes para
concursos públicos.

Somente as despesas orçamentárias são objeto de classificação, ou seja, as despesas


extraorçamentárias nem classificadas são.

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3.1. QUANTO À FORMA DE INGRESSO


Parte da Doutrina utiliza o termo “natureza” nessa classificação, mas não devemos
confundir com a classificação por natureza da despesa que estudaremos ao longo da aula.
Dessa forma, penso que que os termos “forma de ingresso” seja o mais adequado para
utilizar no que diz respeito ao critério aplicado nessa classificação.

3.1.1. DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS


Basicamente, podemos dizer que as despesas orçamentárias são aquelas que PRECISAM
estar previstas na LOA ou nas Leis de Créditos Adicionais e que financiam o funcionamento
dos serviços públicos. Guarde que a sua realização depende de autorização legislativa.
Em outras palavras, são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de
créditos adicionais, instituídas em bases legais, dependendo de autorização legislativa
e obedecendo aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
Contabilmente falando, constituem despesas orçamentárias a redução do Ativo em
decorrência de desembolso financeiro pela execução da despesa à vista ou aumento do
Passivo em decorrência da despesa a prazo, posto que a despesa orçamentária deve seguir
o regime da competência.

A partir da classificação da despesa em orçamentária é que vem todas as demais


classificações, ou seja, as despesas extraorçamentárias não são objeto de outras
classificações.

011. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Denomina-se despesa orçamentária a despesa que tenha sido realizada com o sacrifício de
receitas orçamentárias, ainda que não tenha sido objeto de dotação orçamentária.

Na verdade, guarde que a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Errado.

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3.1.2. DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS


São despesas extraorçamentárias aquelas que não constam na LOA ou nas leis de
Créditos Adicionais, tendo em vista o seu caráter transitório. Em suma, a sua realização
não se vincula à execução do orçamento.
Em outras palavras, são aquelas despesas não presentes no orçamento ou nas leis de
créditos adicionais, correspondendo à devolução de recursos transitórios que foram obtidos
como receitas extraorçamentárias que pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos.
Nessa toada, contabilmente falando, constituem despesas extraorçamentárias a redução
do Ativo em decorrência da desincorporação de bens e direitos e o aumento do passivo em
decorrência do surgimento de obrigações, ambas independentes da execução orçamentária.
Em suma, são, na verdade, restituição ou à entrega de valores arrecadados sob o título de
receitas extraorçamentárias.
II – As despesas extraorçamentárias
I – As despesas extraorçamentárias tratam de mera devolução dos valores
constituim-se em saídas do ativo PORQUE cuja entrada no ativo financeiro do
e do passivo financeiro do Estado Estado se deu através de receitas
extraorçamentárias.

Podemos citar as seguintes para exemplificar: devoluções de cauções, fianças, salários


e vencimentos não reclamados; pagamentos de restos a pagar, restituições a pagar e
consignações em folha de pagamento.

Enquanto o pagamento do principal das operações de crédito por antecipação de receita


orçamentária é despesa extraorçamentária, o pagamento da parte relativas aos encargos
referentes a tais despesas é despesa orçamentária classificada no elemento de despesa
“25 – Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita”.

012. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Denomina-se despesa orçamentária a despesa que tenha sido realizada com o sacrifício de
receitas orçamentárias, ainda que não tenha sido objeto de dotação orçamentária.

Na verdade, guarde que a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Errado.

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3.2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À EFETIVIDADE/AFETAÇÃO PATRIMONIAL


De acordo com o MCASP, para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser
classificada quanto ao impacto na situação líquida patrimonial em:
Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento de sua realização, reduz a
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo.
Também chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial.

DICA
A grande dica aqui é que, no geral, a despesa orçamentária
efetiva é despesa corrente, mas pode haver despesa corrente
não efetiva como a despesa com a aquisição de materiais para
estoque e a despesa com adiantamentos, que representam
fatos permutativos, embora sejam despesas correntes.

Já a despesa não efetiva normalmente é uma despesa de capital, mas existem


despesas de capital que são efetivas como as transferências de capital, que causam variação
patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva, embora sejam
despesas de capital.
Guarde:

No momento de sua realização, reduz a situação


Efetiva líquida patrimonial da entidade. Constitui fato
contábil modificativo diminutivo.

Despesa
Orçamentária

No momento de sua realização, não reduz a


Não Efetiva situação líquida patrimonial da entidade e constitui
fato contábil permutativo. Também chamada de
despesa por mutação/mudança patrimonial.

013. (CESPE/CNJ/TÉCNICO/2013) Consoante à despesa pública, julgue o item subsequente.


Uma despesa pública é considerada não efetiva quando não reduz a situação líquida
patrimonial da entidade no momento de sua realização.
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A despesa pública considerada não efetiva é aquela que, no momento da sua realização,
não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo.
Também chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
Certo.

3.3. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL/DEPARTAMENTAL


De acordo com o MCASP, a classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos
créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário
e unidade orçamentária. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços
subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias
(art. 14 da Lei n. 4.320/1964). Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem a
agrupamentos de unidades orçamentárias. As dotações são consignadas às unidades
orçamentárias, responsáveis pela realização das ações.
Considerada como sendo uma classificação qualitativa, a classificação Institucional da
Despesa ordena as despesas de acordo com o ente político competente à sua instituição
ou realização, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal,
relacionando os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias.

Classificação Institucional

25 2 01

ÓRGÃO OU
Ministério da Fazenda

TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
9 – Fundo

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Banco Central do Brasil

Corresponde aos órgãos e à s unidades orçamentárias que constituem o agrupamento de


serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.

Sua principal utilidade é permitir a identificação da instituição responsável pela


execução e prestação de contas do programa ou ação governamental.

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Para facilitar a sua compreensão, vamos nos basear na estrutura administrativa do


Poder Executivo Federal, que se divide em:
• Administração Direta:
− Presidência da República;
− Ministérios;
− Órgãos Autônomos – são órgãos que se destinam à pesquisa, ao ensino e às ati-
vidades industriais, comerciais e agrícolas. A estrutura funcional desses órgãos
é dotada de um Fundo Especial de Natureza Contábil.
• Administração Indireta
− Autarquias
− Fundações Públicas;
− Empresas Públicas;
− Sociedades de Economia Mista.

A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente é
o titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades
Orçamentárias, às quais caberão a execução das despesas, bem como a fiscalização a ser
executada pelo órgão setorial de controle interno.

Guarde que uma Unidade Orçamentária é o agrupamento de serviços subordinados ao


mesmo órgão ou repartição para a qual serão consignadas dotações próprias.
Importante destacar que as Unidades Orçamentárias podem corresponder a uma
estrutura administrativa, como Tribunais, Ministérios etc., bem como podem se constituir
apenas em uma classificação para agrupar despesas afins, tais como “Encargos Financeiros”,
“Reserva de Contingência” etc.
De acordo com o MCASP, um órgão orçamentário ou uma unidade orçamentária não
correspondem necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo,
com alguns fundos especiais e com as unidades orçamentárias “Transferências a Estados,
Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de
Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”.
Em outras palavras, as Unidades Orçamentárias podem corresponder a uma estrutura
administrativa, como Tribunais, Ministérios etc., bem como podem se constituir apenas em
uma classificação para agrupar despesas afins, tais como “Encargos Financeiros”, “Reserva
de Contingência” etc.

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Guarde ainda que na classificação institucional, a nível federal, são Órgãos: Presidência
da República e Ministérios, Câmara dos Deputados, Senado Federal e TCU, STF, STJ, Justiça
Federal, Justiça Militar da União, Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho e a Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios.
Importante destacar também que além das subdivisões de cada Órgão, são também
Unidades Orçamentárias os chamados órgãos autônomos, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

O código da classificação Institucional é composto por cinco dígitos, sendo que os dois
primeiros identificam o Órgão e os três últimos, a Unidade Orçamentária.

3.4. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL


De acordo com o MCASP, a classificação funcional segrega as dotações orçamentárias
em funções e subfunções, buscando responder basicamente à indagação “em que área” de
ação governamental a despesa será realizada.
A ideia-chave da classificação Funcional, considerada uma classificação qualitativa, é
funcionar como elemento de ligação dos gastos públicos nas três esferas de governo,
sendo utilizada, tanto no orçamento da União, quanto no orçamento dos Estados. Também
os Municípios estão obrigados a observar essa regra.
O objetivo é que as funções representem as ações desenvolvidas pelo Governo, seja
direta ou indiretamente, aglutinadas em grupos maiores, de acordo com os objetivos
nacionais.
De acordo com o MTO:

A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação
do setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como cultura, educação, saúde,
defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. Há situações em que o órgão pode
ter mais de uma função típica, considerando-se que suas competências institucionais podem
envolver mais de uma área de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada, entre as competências
institucionais, aquela que está mais relacionada com a ação.

De acordo com o MCASP, a classificação funcional é representada por cinco dígitos.


Os dois primeiros referem-se à função, enquanto os três últimos dígitos representam a
subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do
setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária

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Atualmente temos 28 funções com códigos de dois dígitos, já que as funções são
divididas em sub funções. A subfunção representa uma partição da função, visando agregar
determinado subconjunto de despesas do setor público. Veja na tabela a seguir, a título
exemplificativo, parte das funções e subfunções extraídas do SIAFI:

Tabela de Funções e Subfunções

FUNÇÃO SUBFUNÇÃO
031 - Ação Legislativa
01 - Legislativa
032 - Controle Externo
061 - Ação Judiciária
02 - Judiciária
062 - Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário
091 - Defesa da Ordem Jurídica
03 - Essencial à Justiça
092 - Representação Judicial e Extrajudicial
121 - Planejamento e Orçamento
122 - Administração Geral
123 - Administração Financeira
124 - Controle Interno
125 - Normatização e Fiscalização
04 - Administração 126 - Tecnologia da Informação
127 - Ordenamento Territorial
128 - Formação de Recursos Humanos
129 - Administração de Receitas
130 - Administração de Concessões
131 - Comunicação Social
151 - Defesa Aérea
05 - Defesa Nacional 152 - Defesa Naval
153 - Defesa Terrestre
181 - Policiamento
06 - Segurança Pública 182 - Defesa Civil
183 - Informação e Inteligência
211 - Relações Diplomáticas
07 - Relações Exteriores
212 - Cooperação Internacional
241 - Assistência ao Idoso
242 - Assistência ao Portador de Deficiência
08 - Assistência Social
243 - Assistência à Criança e ao Adolescente
244 - Assistência Comunitária

Guarde, portanto, que. enquanto o código das funções é composto por dois dígitos
numéricos, o das subfunções, por três dígitos, sem significado especial.
Destaca-se a função Encargos Especiais, que engloba as despesas que não podem
ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais
como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma
agregação neutra. A utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas.
A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determinado
subconjunto de despesas do setor público.
De acordo com o MTO:

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A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar


a natureza da atuação governamental. De acordo com a Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999, é
possível combinar as subfunções a funções diferentes daquelas a elas diretamente relacionadas,
o que se denomina matricialidade.

Em sua lógica, há uma matricialidade, ou seja, as subfunções poderão ser combinadas


com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas.
De acordo com o MCASP, “a atual classificação funcional foi instituída pela Portaria n.
42/1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão (hoje Ministério da Economia), e é
composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos
gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de uma
classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação
nacional dos gastos do setor público”.
Em outras palavras, a Portaria n. 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por
funções de que trata a Lei n. 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, sub função,
programa, projeto, atividade, operações especiais; e dá outras providências.
Vale registar ainda que, além da classificação funcional da mencionada Portaria n.
42/1999, temos ainda a classificação da execução orçamentária dos últimos exercícios
financeiros segundo a classificação das Funções de Governo COFOG – Classification
of Functions of Government, que foi desenvolvida pela OCDE, para as despesas do
governo central.
Registre-se que orçamento brasileiro com base na COFOG está disponível no Painel
do Orçamento Federal e compreende gastos do governo a partir de 2015.
Guarde que os dados contemplam apenas as despesas do governo central, envolvendo
todas as unidades orçamentárias inclusas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.
Assim, o Orçamento de Investimento da Estatais não consta nessa classificação funcional.
A ideia é aumentar a transparência e a comparabilidade das despesas do governo
brasileiro com as despesas de outras nações.

014. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária,


julgue o item.
Na classificação funcional da despesa orçamentária, a função, via de regra, relaciona-se
com a missão institucional do órgão, e a subfunção deve evidenciar cada área da atuação
governamental.

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Sim, a assertiva conceituou corretamente a classificação funcional da despesa. Vamos


aproveitar a oportunidade para dar uma lida, com grifos nossos, no que diz o MCASP –
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público sobre esse assunto:

4.2.2. Classificação Funcional


A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções,
buscando responder basicamente à indagação “em que área” de ação governamental a
despesa será realizada.
(...)
4.2.2.1. Função
A função é representada pelos dois primeiros dígitos da classificação funcional e pode ser traduzida
como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A função quase
sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde,
defesa, que, na União, de modo geral, guarda relação com os respectivos Ministérios.
(...)
4.2.2.2. Subfunção
A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um
nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação
governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e
identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções.

Certo.

3.5. CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA


De acordo com o MCASP, “toda ação do Governo está estruturada em programas
orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do PPA,
ou seja, quatro anos”.
Ainda de acordo com o MCASP, “a Portaria MOG n. 42/1999 definiu que a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios devem estabelecer, em atos próprios, suas estruturas de
programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações nela contidos”.
Assim, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas e ações, mas
cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com a Portaria n. 42/1999.
O Plano Plurianual (PPA) para o período de 2020-2023 (Lei n. 13.971/2020) apresenta
4 (quatro) pilares em sua construção, quais sejam:
• simplificação metodológica;
• realismo fiscal;
• integração entre planejamento e avaliação; e
• visão estratégica e foco em resultados.

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Conforme a figura seguinte, a metodologia do PPA 2020-2023 compreende 3 dimensões:


1) a Dimensão Estratégica, composta pelos eixos da Estratégia Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (Endes), as diretrizes do PPA e os Temas.
2) a Dimensão Tática, composta pelos Programas e seus objetivos, meta e indicador
de resultado.
3) a Dimensão Operacional, onde estão as ações orçamentárias e não-orçamentárias.

Eixos estratégicos
Legenda
estratégica
Dimensão

Diretrizes PPA Integração PPA

Não
Tema LOA
orçamentário
Dimensão
tática

Programa Indicador de
Objetivo Meta
resultado

Ação Plano
Produto
operacional

orçamentário
Dimensão

orçamentária

Ação não Produto


orçamentária

Segundo a metodologia para elaboração do PPA 2020-2023, foram adotados os seguintes


conceitos:
Diretrizes – possuem a finalidade de retratar as declarações de governo e indicam as
preferências políticas dos governantes eleitos.
Temas – buscam refletir a estrutura institucional adotada pela administração federal.
Programa – é a categoria que articula um conjunto de ações (orçamentárias e não-
orçamentárias) suficientes para enfrentar um problema. Seu desempenho deve ser passível
de aferição.
Assim sendo, a ótica de organização governamental integrando Planejamento e
Orçamento está consubstanciada na ligação das ações orçamentárias e não orçamentárias

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diretamente aos novos programas. Portanto, o produto de uma ação, como resultado,
deve visar a concretização/realização dos objetivos pretendidos nos programas.
O conjunto dos produtos de determinadas ações viabilizará a execução do objetivo e
o cumprimento da meta geral estabelecida para um programa finalístico, mensurada por
um indicador de resultado.
Ao se resgatar o modelo lógico como organizador dos elementos constitutivos dos
programas do novo PPA, a metodologia visa contribuir para um adequado desenho dos
programas, o que posteriormente auxilia na avaliação das políticas públicas na medida em
que identifica claramente os objetivos e resultados esperados do programa, bem como os
indicadores de resultado.

No PPA 2020-2023 os programas são os finalísticos e o programa de gestão.

O Programa finalístico pode ser conceituado como sendo um conjunto de ações


orçamentárias e não orçamentárias suficientes para enfrentar um problema da sociedade
com definição de objetivos, metas e unidade responsável.
Em outras palavras, os programas finalísticos resultam em bens e serviços diretamente
prestados à sociedade.

EXEMPLO
Programa Brasil Universitário.

O Programa de Gestão pode ser conceituado como sendo um conjunto de ações


orçamentárias e não orçamentárias que não são passíveis de associação aos programas
finalísticos, ou seja, abrange ações de gestão governamental.

EXEMPLO
Programa Gestão da Política de Saúde.

Registre-se que somente os programas finalísticos têm definidos unidade responsável,


objetivo, meta e indicador, ou seja, os programas de gestão não têm esses atributos.

De acordo com o mestre Augustinho Paludo:

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Os programas são definidos e organizados no PPA, após a etapa de elaboração da “dimensão


estratégica” que define diretrizes, objetivos e metas.

Guarde que, para alcançar os objetivos estratégicos definidos no PPA toda a ação do
governo deve estar estruturada em programas.
De acordo com o MCASP, programa é o instrumento de organização da atuação
governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de
um objetivo comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento
de determinada necessidade ou demanda da sociedade.
Em outras palavras, os programas nada mais são do que uma organização de ações,
e, devemos que destacar que são as execuções das ações que tornam um programa
algo prático por meio do alcance do seu objetivo e das suas metas, ou seja, as ações é
que são executáveis.

Em suma, as ações são instrumentos de realização dos programas.

A ação orçamentária representa operação da qual resultam produtos (bens ou serviços)


que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito
de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a
pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre
outros, e os financiamentos.
No âmbito da despesa pública, de acordo com o mestre Augustinho Paludo:

Nenhuma ação pode conter simultaneamente dotações destinadas a despesas financeiras e


primárias, ressalvada a reserva de contingência.

Importante registrar que na LOA uma ação orçamentária padronizada pode estar
vinculada a mais de um objetivo e que as ações devem estar relacionadas às subfunções
relativas à finalidade do gasto, independente do ente público a que pertençam.
Nesse sentido, o MTO recomenda que quando do cadastro das ações, deve-se primeiro
identificar se é uma atividade, um projeto ou uma operação especial e, em seguida, faz-
se o registro das demais características das ações como título, tipo, descrição, base legal,
produto, unidade de medida etc.
Desse modo, precisamos agora conhecer os conceitos dos 3 tipos de ações: atividade,
projeto e operações especiais.

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A Atividade é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de


um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo
e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da
ação de Governo.

EXEMPLO
Despesas com manutenção, com atividades de fiscalização e monitoramento e campanhas
anuais de vacinação.
Ação 4339 – Qualificação da Regulação e Fiscalização da Saúde Suplementar.

O Projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um


programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta
um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
Pode-se dizer as ações do tipo projeto aumentam a produção pública e criam condições
para novas atividades ou que tratam de ações inéditas com prazo determinado.

EXEMPLO
Construção de uma escola ou de um hospital.
Ação 7M63 – Adequação de Trecho Rodoviário – km 714 – km 725 – na BR-364/RO.

DICA
Cada projeto ou atividade, devidamente quantificada em
sua unidade de medida, somente pode ser associada a um
único produto, dando origem à respectiva meta.

A Operação Especial é usada para despesas que não contribuem para a manutenção,
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto
e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

EXEMPLO
Pense, por exemplo, em uma despesa com juros da dívida pública ou em uma despesa com
contribuição para organismos internacionais como a ONU. Essas despesas não contribuem
para a manutenção das ações do governo e não geram bens e serviços para a população
sendo, portanto, operações especiais.

Destaque-se que as operações especiais têm como característica não retratar a atividade
produtiva no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens
ou serviços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes.

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Guarde que, por sua vez, o Plano Orçamentário – PO é, nas palavras do MTO, uma
identificação orçamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação
orçamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a elaboração do orçamento quanto
o acompanhamento físico e financeiro da execução ocorram em um nível mais detalhado
do que o do subtítulo (localizador de gasto) da ação. O código do PO é uma identificação
alfanumérica de quatro posições.
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em programação
qualitativa e programação quantitativa. Vamos conhecê-los e diferenciá-los.
Programação qualitativa – o programa de trabalho define qualitativamente a programação
orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que
caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes
blocos de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação
Funcional, Estrutura Programática e principais informações do Programa e Ação.

Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira.


A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio
da meta “física”, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de
forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano.
As metas físicas são indicadas são indicadas no nível de subtítulo e agregadas de acordo
com os respectivos projetos, atividades ou operações especiais. De acordo com o MCASP,
a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamente
definidos para a ação.

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EXEMPLO
O exemplo clássico é o da vacinação dos idosos contra a gripe, onde a meta é regionalizada
de acordo com o número de idosos de cada Estado, mesmo sendo uma campanha nacional
e as vacinas sejam compradas pelo Governo Federal.

Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da
natureza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações
de crédito, identificador de resultado primário, dotação e justificativa.

DICA
É por meio da classificação quantitativa financeira que
os recursos correspondentes aos créditos orçamentários
pretendidos são inseridos na programação, com a
especificação das respectivas fontes de recursos.

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

EXEMPLO
Estrutura completa da programação extraída do MTO

CÓDIGO COMPLETO* 10. 39. 252. 26. 782. 2075. 7M64. 0043. 9999. 0. 100. 4490. 2

Esfera: Orçamento Fiscal 10

Órgão: Ministério dos


39
Transportes
CLASSIFICAÇÃO
INSTITUCIONAL Unidade Orçamentária:
Departamento Nacional
252
de Insfraestrutura de
Transportes - DNIT
QUALITATIVA

Função: Transporte 26
CLASSIFICAÇÃO
FUNCIONAL Subfunção: Transporte
782
Rodoviário

Programa: Transporte
2075
Terrestre
CLASSIFICAÇÃO Ação: Construção de trecho
PROGRAMÁTICA 7M64
rodoviário

Subtítulo: Rio Grande do Sul 0043

IDOC: Outros recursos 9999

IDUSO: Recursos não destinados à contrapartida 0


QUANTITATIVA

Fonte de Recursos: Recursos do Tesouro -


100
Exercício Corrente (1) Recurso Ordinários (00)

Natureza da Despesa: Categoria Econômica:


Despesas de Capital (4); Grupo de Natureza:
4490
Investimentos (4); Modalidade de Aplicação:
Aplicação Direta (90)

Identificador de Resultado Primário: Primária


2
Discricionária

3.6. QUANTO À NATUREZA DA DESPESA (POR CATEGORIAS)


De acordo com o MCASP, a classificação da despesa orçamentária, segundo a sua
natureza, compõe-se de:
• a. Categoria Econômica
• b. Grupo de Natureza da Despesa
• c. Elemento de Despesa
Ainda de acordo com o MCASP, A natureza da despesa será complementada pela
informação gerencial denominada “Modalidade de Aplicação”, a qual tem por finalidade
indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da
mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades,
e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos
transferidos ou descentralizados.

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

Importante ter em mente que a classificação econômica, basicamente divide as despesas


em correntes (não contribuem diretamente para a formação de ou aquisição de um bem
de capital) e as despesas de capital (que contribuem diretamente para a formação de ou
aquisição de um bem de capital).
Importante informar que a classificação econômica foi instituída pela Lei n. 4.320/1964,
sendo adotada até hoje, com as devidas atualizações instituídas pela Portaria SOF/STN
n. 163/2001. Aqui temos um ponto importante: as bancas cobram tanto as classificações
da Lei n. 4.320/1964 quanto da PORTARIA n. 163/2001. Por isso precisamos conhecer
as 2 classificações e prestar MUITA ATENÇÃO AO COMANDO DA QUESTÃO, de modo a
identificar exatamente qual classificação a banca quer.
Pela Lei n. 4.320/1964, as despesas correntes são divididas em despesas de custeio
e transferências correntes. Já as despesas de capital são divididas em investimentos,
inversões financeiras e transferências de capital.
A Lei n. 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e elementos
em seus artigos 12 e 13, mas atualmente, em regra, devemos seguir o Anexo II da Portaria
Interministerial SOF/STN n. 163/2001. Registre-se ainda que, de acordo com o artigo 6º
dessa Portaria, “Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação”.
Nessa pegada, o conjunto de informações que formam o código é conhecido como
classificação por natureza de despesa e informa a Categoria econômica, o Grupo a que
pertence, a Modalidade de aplicação e o Elemento, e o desdobramento facultativo do
elemento da Despesa (sub elemento).

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º

Categoria Grupo de Natureza Modalidade de Elemento de


subelemento
econômica da Despesa Aplicação Despesa

Exemplo: código “3.1.90.11.00”, segundo o esquema abaixo:


Categoria econômica
Grupo de Natureza da Despesa
Modalidade de Aplicação
Elemento de Despesa
Desdobramento facultativo do elemento
(subelemento)

3 1 90 11 00

Vencimentos e vantagens fixas - Pessoal civil

Aplicação direta

Pessoal e encargos sociais

Despesa corrente

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DICA
Guarde o mnemônico: C-G-MM-EE-DD, CGMMEE ou CGMED.

Em outras palavras, a classificação por natureza, na verdade, engloba as classificações


por categoria econômica, por grupo de despesa, por modalidade de aplicação e pelo
elemento de despesa.
Dessa forma, constitui-se um código de seis dígitos, no qual o primeiro dígito indica
a categoria econômica (3-corrente ou 4-capital), o segundo, o grupo de natureza de
despesa (1 a 6), o terceiro e quarto indicam a modalidade de aplicação e os dois últimos,
o elemento de despesa.

DICA
Com 6 dígitos (sem os desdobramentos dos subelementos
que são facultativos) C-G-MM-EE.
Com 8 dígitos (completo, com os subelementos)
C-G-MM-EE-DD.

No que diz respeito a Categoria econômica obedece ao critério econômico, e denota o


impacto dos gastos públicos na economia do país, sendo classificada em duas categorias
econômicas, com os seguintes códigos:
3 – Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas
que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
4 – Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

Classificação por ND: Categoria Econômica


Categoria Econômica: identifica se o gastos vai contribuir para formação ou aquisição de um bem
de capital.
CATEGORIA ECONÔMICA
DESPESA Não contribui para formação ou Pode provocar registro em ATIVOS ou
CORRENTE aquisição bem de capital PASSIVO CIRCULANTES.
DESPESA DE Contribui para formação ou aquisição de Provoca, em geral, registro no ATIVO ou
CAPITAL bem de capital ou amortização de dívida no PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Permitida a reprodução total ou parcial


desta publicação desde que citada a fonte.

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No que diz respeito ao Grupo de natureza de despesa – GND, podemos dizer que
é um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao
objeto de gasto.

No que diz respeito à Modalidade de aplicação, podemos dizer que, visando eliminar a
dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados, indica se os recursos serão
aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização
orçamentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para
entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela
unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do
mesmo nível de Governo. Ressalte-se que a modalidade de Aplicação 90 é a mais utilizada,
pois é a aplicação direta do recurso público pelo próprio ente.
No que diz respeito ao Elemento de despesa, podemos dizer que tem por finalidade
identificar os objetos de gasto, enquanto o seu desdobramento facultativo visa atender
necessidades específicas de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.
A título meramente exemplificativo, podemos mencionar o caso das despesas com
aquisição de material de consumo que tem a natureza da despesa classificada como 3.3.90.30.
São classificadas como “3 – Despesas Correntes”, no grupo de despesa “3 – Outras
Despesas Correntes”. Como essa despesa executada diretamente pela União, quanto à
modalidade de aplicação é classificada “90 – Aplicações Diretas. Já o elemento de despesa
no qual devem ser registrados os gastos com aquisição de material de consumo é o “30
– Material de Consumo”.

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Importante saber que a classificação por natureza de despesa é obrigatória para todos os
entes da federação e tem por finalidade a obtenção de informações macroeconômicas sobre
os efeitos dos gastos do setor público na economia e o controle gerencial do gasto. Guarde
ainda que o conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária
forma um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade
de aplicação e o elemento. Também, compõe o código o sub elemento que é facultativo.

Ressalte-se que a categoria econômica e o grupo de natureza integram a classificação


econômica, que tem por objetivo de evidenciar o efeito econômico da realização da despesa.
Nessa pegada, essa classificação viabiliza o fornecimento de elementos para avaliação do
efeito econômico das transações do setor público, com ênfase no efeito dos gastos sobre a
economia. A seguir uma visão sistematizada da classificação quanto à natureza da despesa:

Categoria Efeito econômico


Econômica (corrente ou capital)

Grupo de Agrupa elementos de despesa de


Natureza mesma característica
Quanto à
Natureza Modalidade Aplicação direta ou por
(efeito na de Aplicação transferência (evita dupla contagem)
economia)
Elemento Identificar os objetos de gasto
(não sai na LOA) (o que será adquirido?)

Subelemento Desdobramento facultativo

Registre-se que o 5º nível, desdobramento facultativo ou sub elemento deve ser aplicado
de acordo com a necessidades cada Ente em termos de escrituração contábil e controle
da execução orçamentária.

015. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.

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Independentemente do ente federativo, para fins de escrituração contábil e controle da


execução orçamentária, é obrigatório o desdobramento dos elementos de despesa em
níveis menores de classificação.

Na verdade, o Elemento de Despesa identifica o objeto do gasto e o Desdobramento do


Elemento de Despesa é Facultativo, conforme necessidades de escrituração contábil e
controle da execução orçamentária.

No que diz respeito à natureza da despesa orçamentária, as reservas não são classificadas
como despesas correntes nem como despesas de capital. Para efeito de classificação, as
reservas do RPPS – Regime Próprio de Previdência Social e as reservas de contingência serão
identificadas como grupo “9”, todavia, não são passíveis de execução, servindo de fonte
para abertura de créditos adicionais, mediante os quais se dará efetivamente a despesa
que será classificada nos respectivos grupos.
Errado.

3.7. CLASSIFICAÇÃO POR CATEGORIA ECONÔMICA (1º NÍVEL)


A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 12, instituiu a classificação das despesas segundo
sua categoria econômica, que é dividida em duas categorias: Despesa Corrente e Despesa
de Capital.
As Despesas Correntes são as que não contribuem diretamente para a formação ou
aquisição de um bem de capital. São, portanto, as que contribuem para a manutenção
das atividades.

As Despesas de Capital, ao contrário, contribuem diretamente para a formação ou aquisição


de um bem de capital, implicando em aumento patrimonial.

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Despesa
Não contribui para formação ou aquisição de
Corrente
bem de capital
Pode provocar registro em ativos ou passivos
Classificação da circulares
Despesa por
Categoria Econômica

Contribui para formação ou aquisição de bem


Despesa
de capital
de Capital
Provoca geralmente registro no ativo ou passivo
NÃO circulante

016. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispêndios


realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade
ou para a realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
Segundo a categoria econômica, as despesas públicas são classificadas em despesas
correntes e despesas de capital.

Confira a classificação da despesa pública quanto à categoria econômica diretamente no


MCASP, com grifos nossos:

4.2.4.2. Categoria Econômica


A despesa orçamentária, assim como a receita orçamentária, é classificada em duas categorias
econômicas, com os seguintes códigos:
3 Despesas Correntes
4 Despesas de Capital.

Certo.

Vamos detalhar mais isso.


Despesas Correntes
As Despesas Correntes são subdivididas em Despesas de Custeio e Transferências
Correntes.
3. Despesas Correntes
3.1. Despesas de Custeio
3.2. Transferências Correntes
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Segundo o artigo 12, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, as Despesas de Custeio são aquelas
destinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a
atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
As Transferências Correntes, por outro lado, são as dotações para despesas às quais
não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços.
Além dessas, classificam-se como correntes as contribuições e subvenções destinadas
a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado, neste
caso, evidentemente, com contraprestação em bens ou serviços deficitários, mas de
interesse público.
As transferências podem ser constitucionais, legais, decorrentes de convênios ou
contratos de repasse ou simplesmente decorrentes de autorizações orçamentárias.
As subvenções são transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades
beneficiadas, distinguindo-se como subvenções sociais e econômicas.
As subvenções sociais são as que se destinem a instituições públicas ou privadas de
caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa.
As subvenções econômicas são as que se destinem a empresas públicas ou privadas
de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subvenções
sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional,
sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos,
revelar-se mais econômica.
O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de
serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os
padrões mínimos de eficiência previamente fixados.
Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias
pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica
ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas
correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas as dotações destinadas
a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo,
de gêneros alimentícios ou outros materiais e as dotações destinadas ao pagamento de
bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.
A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa
de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido
expressamente autorizada em lei especial.

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Despesas de Capital
As Despesas de Capital são subdivididas em Investimentos, Inversões Financeiras e
Transferências de Capital.
4. Despesas de Capital
4.1. Investimentos
4.2. Inversões Financeiras
4.3. Transferências de Capital
Investimentos: são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive
as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à sua realização, bem como
para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente e constituição ou aumento do capital de empresas industriais ou agrícolas.
Importante destacar que são classificados como Investimentos, as Sentenças
Judiciárias e Despesas de Exercícios Anteriores, quando expressamente se referirem
a investimentos.
Inversões Financeiras: são as dotações destinadas à aquisição de imóveis, ou de bens
de capital já em utilização, aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento
do capital, e a constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a
objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
A construção de um prédio, portanto, constitui investimento, enquanto a aquisição de
um prédio já em utilização consiste em inversão financeira. A aquisição de um imóvel novo
para ser utilizado especificamente no fim a que se destina o órgão público é classificada
como investimento.

As despesas de capital do grupo investimento contribuem para a formação do Produto


Interno Bruto, diferentemente da despesa de capital do grupo inversão financeira, que não
contribui para o incremento do PIB.

017. (CESPE/PREFEITURA-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das


receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.

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A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição


de instituição bancária é classificada como investimento.

Na verdade, a Lei n. 4.320/1964 determina que a dotação para a constituição de instituição


bancária seja classificada como inversão financeira. Confira com grifos nossos:

Art. 12, §5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:


I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

Errado.

Saiba que o PIB – Produto Interno Bruto se refere ao valor agregado de todos os bens
e serviços finais produzidos dentro do território econômico do país, independentemente
da nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços.
Assim, a despesa de capital só impacta o PIB se servir para agregar valor aos bens e
serviços finais dessa economia.
No caso de uma inversão financeira, como a aquisição de um prédio já pronto (usado)
para a instalação de um serviço público não agrega valor à economia, não alterando o PIB.
Já os investimentos são as despesas de capital que agregam valor aos bens e,
gerando acréscimos ao PIB.

EXEMPLO
Veja, por exemplo, a construção de um novo prédio para abrigar um órgão público, que é uma
despesa de capital – investimento, incrementou o PIB ao agregar valor a um bem que não
existia (prédio novo).

018. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Se determinado órgão público precisar adquirir


equipamentos novos necessários à execução de determinada obra, a despesa correspondente
será classificada como
a) subvenção econômica.
b) transferência de capital.
c) inversão financeira.
d) investimento.
e) subvenção social.

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Caro(a) aluno(a), a despesa correspondente à aquisição de equipamentos novos necessários


à execução de determinada obra, deve ser classificada como investimento, pois se enquadra
na definição legal desse tipo de gasto: “despesas com softwares e com o planejamento e a
execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização
destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente”.
Letra d.

Transferências de Capital: são as dotações para investimentos ou inversões financeiras


que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de
contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios
ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial
anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.

3.8. QUANTO AO GND – GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA (2º NÍVEL)


Basicamente o grupo- GND funciona como um agregador de elementos de despesa,
mantendo as mesmas características no que diz respeito ao objeto do gasto. A ideia é que
a classificação por Grupo de Natureza de Despesa – GND agrupe aquelas despesas com
características comuns.
Em termos de utilidade prática dessa classificação, podemos citar o caso do atendimento
às emendas no Congresso Nacional quando, por exemplo, por força de dispositivos
constitucionais, as despesas classificadas nos GND 1, 2 e 6 não podem ser canceladas.

DICA
A classificação por GND diverge daquela por Grupo de
Despesa utilizada nas leis de orçamento.

A Classificação GND é a seguinte.

3.8.1. GND DAS DESPESAS CORRENTES


1 – pessoal e encargos sociais: despesas de natureza salarial decorrentes do pagamento
pelo efetivo exercício do cargo ou do emprego ou de função de confiança no setor público, quer
civil ou militar, ativo ou inativo, bem como das obrigações trabalhistas de responsabilidade
do empregador, incidentes sobre a folha de salários.
2 – juros e encargos da dívida: despesas com o pagamento de juros, comissões e outros
encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida
pública mobiliária federal.
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3 – outras despesas correntes: despesas com aquisição de material de consumo,


pagamento de serviços prestados por pessoa física sem vínculo empregatício ou pessoa
jurídica, independentemente de forma contratual, e outras da categoria econômica “Despesas
Correntes” não classificáveis nos grupos anteriores, como diárias, auxílio-alimentação e
auxílio transporte.

3.8.2. GND DAS DESPESAS DE CAPITAL

4 – investimentos: despesas com softwares e com o planejamento e a execução de


obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, com assim com os programas especiais de trabalho (regime de execução especial)
e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
5 – inversões financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens
de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento
do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas que visem a objetivos
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
6 – amortização da dívida: despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal
e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou
mobiliária. Os GND 1, 2 e 3 constituem as despesas correntes, e os GND 4, 5 e 6, as despesas
de capital, segundo a classificação por categoria econômica.

Não confunda “amortização de dívida” com “amortização de empréstimos”, que é uma


das origens das receitas de capital. Guarde que o grupo “amortização da dívida” deve ser
classificado na categoria econômica das despesas de capital. Guarde ainda que o grupo “juros
e encargos da dívida” deve ser classificado na categoria econômica de despesas correntes.

3.9. QUANTO À MODALIDADE DE APLICAÇÃO (3º NÍVEL)


Importante saber que a classificação por modalidade de aplicação serve para possibilitar
a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.
Nessa linha de pensamento, serve para indicar se os recursos serão aplicados:
Diretamente pela própria unidade detentora do crédito orçamentário ou pela entidade
no âmbito do mesmo nível de governo.

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OU
Indiretamente, via transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização
orçamentária para outras esferas de governo, seus órgãos ou entidades, ou ainda para
entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições.
A especificação da modalidade de aplicação observará, no mínimo, o seguinte
detalhamento:
30 – governo estadual;
40 – administração municipal;
50 – entidade privada sem fins lucrativos;
90 – aplicação direta; ou
99 – a ser definida.
Em outras palavras, a modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão
aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou transferidos,
ainda que na forma de descentralização, a outras esferas de governo, órgãos ou entidades,
de acordo com a especificação estabelecida pela Secretaria de Orçamento Federal, do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG (que foi absorvido pelo Ministério
da Economia), observando-se, no mínimo, o seguinte detalhamento:

20 – Transferências à União
Despesas realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante
transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da
administração indireta.

30 – Transferências a Estados e ao Distrito Federal


Despesas realizadas mediante transferências de recursos financeiros da União
ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entidades da
administração indireta.

40 – Transferências a Municípios
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos
Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta.

50 – Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos


Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem
fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

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60 – Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos


Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades com
fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais


Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades nacionais,
criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação.

80 – Transferências ao Exterior
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a órgãos e entidades
governamentais pertencentes a outros países, a organismos internacionais e a fundos
instituídos por diversos países, inclusive aqueles que tenham sede ou recebam os recursos
no Brasil.

90 – Aplicações Diretas
Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos
de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da
Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo. Essa é a modalidade de aplicação
mais usada, já que é a aplicação direta do recurso pelo órgão.

99 – A Definir
Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo ou para classificação orçamentária
da Reserva de Contingência e da Reserva do RPPS, vedada a execução orçamentária enquanto
não houver sua definição.

3.10. QUANTO AO ELEMENTO DE DESPESA (4º NÍVEL)


A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 15, estabelece o princípio da discriminação que
exige que as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida,
define elementos como:

o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se
serve a administração pública para a consecução dos seus fins.

A lei de diretrizes orçamentárias – LDO normalmente reafirma a necessidade de que as


leis orçamentárias venham discriminadas por elementos de despesa, mas abre a possibilidade
de que essa discriminação esteja disponível apenas em meio eletrônico.

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Na prática, o projeto de lei orçamentária impresso é encaminhado ao Congresso Nacional


sem a discriminação por elemento de despesa. A informação, contudo, estará disponível
em meio eletrônico aos membros do Congresso.
Os elementos de despesa não são avaliados durante a tramitação do projeto de lei no
Congresso Nacional. Aprovada a lei orçamentária, o Poder Executivo faz as adequações
necessárias das despesas no nível de elemento.
A classificação da despesa quanto ao seu elemento de despesas visa identificar os
objetos de gasto, ou seja, aquilo que será adquirido, tais como vencimentos e vantagens
fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer
forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente,
auxílios, amortização e outros de que a administração pública se serve para a consecução
de seus fins.
Como exemplos de elemento de despesa, temos: 01 – Aposentadorias e Reformas,
13 – Obrigações Patronais, 19 – Auxílio Fardamento, 43 – Subvenções Sociais, 51 – Obras e
Instalações, dentre outros.

3.11. CLASSIFICAÇÃO DA LEI N. 4.320/1964


O artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 estabelece que o orçamento terá quadro demonstrativo
da Receita e Despesa organizado pela Categoria Econômica.

Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar


a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios
de unidade universalidade e anualidade.
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas...

Por sua vez, de acordo com o previsto o artigo 12 da Lei n. 4.320/1964, a estrutura de
agrupamento está um pouco diferente da estrutura atual, mas não está errado, já que a
estrutura atual está apenas um pouco mais detalhada.
Se numa eventual questão de prova o examinador pedir para você julgar a seguinte
assertiva: “de acordo com a lei n. 4.320/1964, as despesas correntes têm como grupo
despesas de custeio e transferências correntes”, você pode marcar a questão como correta.

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos

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Inversões Financeiras
Transferências de Capital”
§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação
de bens imóveis.
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir
despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I – subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial
ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II – subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter
industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de
obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização
destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações,
equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que
não sejam de caráter comercial ou financeiro.
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais
ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras
que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de
contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou
contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente
anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.

Já o artigo 13 da Lei n. 4.320/1964 apresenta os elementos:

Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da


despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao
seguinte esquema:

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DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
-Obras Públicas
DESPESAS CORRENTES -Serviços em Regime de Programação Especial
Despesas de Custeio -Equipamentos e Instalações
- Pessoa Civil -Material Permanente
- Pessoal Militar -Participação em Constituição ou Aumento de Capital
- Material de Consumo de Empresas ou Entidades Industriais ou Agrícolas
- Serviços de Terceiros Inversões Financeiras
- Encargos Diversos - Aquisição de Imóveis
Transferências Correntes - Participação em Constituição ou Aumento de Capital
- Subvenções Sociais de Empresas ou Entidades Comerciais ou Financeiras
- Subvenções Econômicas - Aquisição de Títulos Representativos de Capital de
- Inativos Empresa em Funcionamento
- Pensionistas - Constituição de Fundos Rotativos
- Salário Família e Abono Familiar - Concessão de Empréstimos
- Juros da Dívida Pública - Diversas Inversões Financeiras
-Contribuições de Previdência Social Transferências de Capital
-Diversas Transferências Correntes. - Amortização da Dívida Pública
- Auxílios para Obras Públicas
- Auxílios para Equipamentos e Instalações
- Auxílios para Inversões Financeiras
- Outras Contribuições.

Importante destacar que a participação em constituição ou aumento de Capital


de Empresas ou Entidades Industriais ou Agrícolas é considerada investimento e
a participação em constituição ou aumento de Capital de Empresas ou Entidades
Comerciais ou Financeiras é considerada inversão financeira.

Essa diferenciação aparece na literalidade do artigo 12 da Lei n. 4.320/1964, sendo que


esse dispositivo legal não foi revogado. Entretanto, no MTO, essa diferenciação NÃO É
APRESENTADA. Confira no trecho extraído do MTO com grifos nossos:

4 – Investimentos – Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução


de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
5 – Inversões Financeiras – Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de
capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades
de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com
a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis
neste grupo.

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Existem diferenças no conceito de inversões financeiras entre a Lei n. 4.320/1964 e o


previsto nos Manuais que orientam a Classificação por Natureza da Despesa. Note que
enquanto nos Manuais temos que são inversões financeiras a despesa orçamentária com
a constituição ou aumento do capital de empresas (sem restrições); a Lei n. 4.320/1964
prevê que são inversões financeiras apenas as despesas orçamentárias com a constituição
ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou
financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros (e as demais despesas orçamentárias
com a constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial
ou financeiro são classificadas como investimentos).

019. (CESPE/PREFEITURA-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das


receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição
de instituição bancária é classificada como investimento.

Na verdade, a Lei n. 4.320/1964 determina que a dotação para a constituição de instituição


bancária seja classificada como inversão financeira. Confira com grifos nossos:

Art. 12, §5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:


I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

Errado.

RESUMINDO, na Lei n. 4.320/1964 TEMOS:

Quanto à
Lei n. 46320/1964

Despesas Correntes Despesas de Capital

Transferências Despesas de Inversões Transferências


Investimentos
Correntes Custeio Financeiras de Capital

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O artigo 15 da Lei n. 4.320/1964, diz que a despesa na lei do orçamento será detalhada
até o nível elemento e seu §2º traz o requisito para classificação de material permanente
como duração superior a dois anos:

Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços,
obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
§2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração
superior a dois anos.

Note que, de acordo com a Lei n. 4.320/1964, a Lei de Orçamento, a discriminação


da despesa far-se-á no mínimo por elementos (artigo 15), sendo por elementos o
desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que
se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
Mas, de modo distinto, pela Portaria n. 163/2001, na LOA, a discriminação da despesa,
quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza
de despesa e modalidade de aplicação.

DICA
Em uma questão de prova fique atento ao comando
da questão. Se citar a legislação, responda conforme a
situação anterior. Se não citar, qualquer das duas situações
estão corretas.

3.12. CLASSIFICAÇÃO NA LRF


A LRF – Lei de responsabilidade Fiscal também traz informações acerca da Classificação
da Despesa, e determina que o RREO – Relatório Resumido de Execução Orçamentária deverá
conter o balanço orçamentário e o demonstrativo de execução das despesas classificados
quanto à natureza. Veja:

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e
composto de:

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I – balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:


b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa
liquidada e o saldo;
II – demonstrativos da execução das:
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação
inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício.

3.13. PORTARIA INTERMINISTERIAL N. 163/2001


A Portaria n. 163/2001 regulou o uso da classificação por natureza para elaboração e
controle dos orçamentos da União, dos Estados e dos Municípios e do Distrito Federal. Veja:

Art. 3º A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de:


I – categoria econômica;
II – grupo de natureza da despesa;
III – elemento de despesa;
§1º A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “modalidade
de aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por
órgãos ou por entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação
e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla
contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.
§2º Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregação de elementos de despesa que
apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto.
§3º O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos
e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer
forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios,
amortização e outros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.
§4º As classificações da despesa por categoria econômica, por grupo de natureza, por modalidade
de aplicação e por elemento de despesa, e respectivos conceitos e/ou especificações, constam
do Anexo II desta Portaria.
§5º É facultado o desdobramento suplementar dos elementos de despesa para atendimento
das necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.

Observe que no artigo 5º dessa portaria, a exigência maior de detalhamento é para


a execução do orçamento. Lembre-se que para a elaboração do orçamento, ou seja,
para a LOA, consta apenas a exigência de classificação por grupo e modalidade (a e b).

Art. 5º Em decorrência do disposto no art. 3º, a estrutura da natureza da despesa a ser observada
na execução orçamentária de todas as esferas de governo será “c.g.mm.ee.dd”, onde:
a) ’c’ representa a categoria econômica;
b) ‘g’ o grupo de natureza da despesa;
c) ’mm’ a modalidade de aplicação;
d) ’ee’ o elemento de despesa; e
e) ’dd’ o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.

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3.14. CLASSIFICAÇÃO REGIONAL


As despesas públicas são distribuídas por região, estados e municípios. Há casos em
que as despesas são especificadas até em bairros de cidades, mas essa localização não faz
parte da classificação regional.
A classificação regional consiste em instrumento que visa possibilitar a verificação do
atendimento ao dispositivo constitucional que determina o uso das leis orçamentárias,
compatibilizadas com o Plano Plurianual – PPA, para reduzir as desigualdades inter-
regionais segundo o critério populacional.
Para evitar confusão entre Municípios com o mesmo nome, mas em Estados diferentes,
cada Municípios recebe um código de identificação composto de cinco dígitos, que é
fornecido pelo IBGE no início de cada processo orçamentário no Congresso Nacional.

3.15. DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE CARÁTER CONTINUADO


A LRF, também conhecida por nós como Lei Complementar n. 101, de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal) introduziu na Administração Pública o conceito de despesa
obrigatória de caráter continuado, assim definida no art. 17 da LRF: “Considera-se
obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória
ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução
por um período superior a dois exercícios”.
A estimativa da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado é
um requisito introduzido pela LRF, para assegurar que não haverá a criação de nova despesa
sem fontes consistentes de financiamento, entendidas essas como aumento permanente
de receita ou redução de outra despesa de caráter continuado.
O aumento permanente de receita é definido como aquele proveniente da elevação de
alíquotas, ampliação da base de cálculo ou majoração ou criação de tributo ou contribuição
(§ 3º do art. 17 da LRF).
Demonstrar origem dos recursos
Demonstrar que não afeta as metas fiscais

Medidas que devem Estimar o impacto financeiro e orçamentário


ser adotadas no exercício inicial e nos dois seguintes
Adotar medidas compensatória via aumento de
DOCC (DESPESAS receitas ou redução permanente da despesa
OBRIGATÓRIAS DE
CARÁTER
CONTINUADO)
Serviço da dívida
Exceções às
Reajuste da remuneração de pessoal
medidas
conforme inciso X do art. 37 da CF/1988

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Em suma, considera-se como obrigatória de caráter continuado a despesa corrente


derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o
ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios (caput
do art. 17 da LRF).

3.16. QUANTO À REGULARIDADE OU PERIODICIDADE


Podem ser ordinárias, aquelas despesas perenes e que possuem característica de
continuidade, pois se repetem em todos os exercícios, como as despesas com pessoal,
encargos etc. ou extraordinárias, aquelas que não integram sempre o orçamento, pois são
despesas de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as despesas
decorrentes de calamidade pública, guerras, comoção interna etc.

3.17. QUANTO À ESFERA ORÇAMENTÁRIA


A classificação por esfera orçamentária, considerada pela Doutrina como sendo uma
classificação qualitativa, serve apenas para identificar se o orçamento é fiscal, da seguridade
social ou de investimento das empresas estatais, conforme disposto no § 5º do art. 165
da CF/1988:
Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que sejam não
dependentes.
Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da Administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.

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3.18. POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO E POR IDENTIFICADOR DE


DOAÇÃO/OPERAÇÃO DE CRÉDITO – IDOC
A classificação por código do IDUSO, embora pouco presente em provas de concursos
públicos, serve para completar a informação concernente à aplicação dos recursos e
destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos,
doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus
créditos adicionais.
As classificações por IDUSO são as seguintes:
• 0 Recursos não destinados à contrapartida.
• 1 Contrapartida de empréstimos do BIRD2.
• 2 Contrapartida de empréstimos do BID3.
• 3 Contrapartida de empréstimos por desempenho ou com enfoque setorial amplo.
• 4 Contrapartida de outros empréstimos.
• 5 Contrapartida de doações.
• 6 Recursos não destinados à contrapartida, para identificação dos recursos destinados
à aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde.
Já a classificação por IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou
operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem
contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos
serão programados com o Identificador de Uso – IDUSO – igual a 1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com
o número da respectiva operação de crédito, enquanto para as contrapartidas de doações
serão utilizados o IDUSO 5 e o respectivo IDOC.

3.19. POR COMPETÊNCIA INSTITUCIONAL


Trata-se de uma classificação doutrinária que classifica as despesas de acordo com o
ente político competente à sua instituição ou realização, quais sejam: Governo Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Municipal.

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Despesa Pública – Parte I
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RESUMO
1 – Conceito de Despesa Pública
A Despesa Pública representa o conjunto de dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de
Direito Público, com a finalidade de funcionamento dos serviços públicos e de atendimento
às necessidades coletivas aplicando certa quantia dentro de uma autorização legislativa,
buscando a manutenção das atividades do ente estatal ou para a conservação ou construção
de bens públicos, com exceção são as chamadas despesas extra orçamentarias. Importante
registrar que os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e
extraorçamentários.

2 – Estágios/Fases da Despesa Pública


A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que conforme
previsto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento. No entanto, a
doutrina majoritária inclui a Fixação da despesa como sendo um dos estágios, integrando
o Planejamento.
A etapa do planejamento e contratação abrange, de modo geral, a fixação da despesa
orçamentária, a descentralização e movimentação de créditos, a programação orçamentária
e financeira e o processo de licitação.
O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no art. 58 da Lei
n. 4.320/1964, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que
cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
O empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações orçamentárias
destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas com montante previamente conhecido
e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o empenho global atende às despesas com montante previamente conhecido, mas
cujo pagamento seja parcelado.
Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente,
usa-se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc.
A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e
serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação
da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos
e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
O pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante do artigo 64
da Lei n. 4.320/1964 define: a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga.

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3 – Classificações da Despesa Pública


Classificação da Despesas quanto à presença no Orçamento:

Despesas Orçamentárias
As despesas orçamentárias são aquelas que podem ser previstas na lei orçamentária
anual e que financiam o funcionamento dos serviços públicos. Sua realização depende de
autorização legislativa.

Despesas Extraorçamentárias
São despesas extraorçamentárias as que não podem ser previstas na lei orçamentária
anual e têm caráter transitório. Sua realização não se vincula à execução orçamentária.

Classificação quanto à efetividade / afetação patrimonial


Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento de sua realização, reduz a
situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo.
Também chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial.

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Classificação Institucional da Despesa

Classificação Institucional

25 2 01

ÓRGÃO OU
Ministério da Fazenda

TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
3 – Fundo

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Banco Central do Brasil

Corresponde aos órgãos e à s unidades orçamentárias que constituem o


agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão
consignadas dotações próprias.

Classificação Funcional da Despesa Orçamentária

20 604 0371 2154

AÇÃO (*): Classificação e inspeção de produtos de


origem animal
PROGRAMA
SUBFUNÇÃO: Produção animal
FUNÇÃO: Agricultura

Para que servem algumas classificações das despesas:

Classificação Responde à indagação “quem é o responsável pela


Institucional programação?”

Classificação Responde à indagação “em que área de ação


Funcional governamental a despesa será realizada?”

Estrutura Responde à indagação “para que os recursos serão


Programática alocados?” (finalidade)

Classificação da Responde à indagação “o que será adquirido e qual


Despesa por Natureza o efeito econômico da realização da despesa?”

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Classificação da Despesa quanto à Natureza econômica

Categoria Efeito econômico


Econômica (corrente ou capital)

Grupo de Agrupa elementos de despesa de


Natureza mesma característica
Quanto à
Natureza Modalidade Aplicação direta ou por
(efeito na de Aplicação transferência (evita dupla contagem)
economia) Elemento
Identificar os objetos de gasto
(não sai na
(o que será adquirido?)
LOA)

Subelemento Desdobramento facultativo

Classificação por Categoria Econômica

Classificação por ND: Categoria Econômica


Categoria Econômica: identifica se o gastos vai contribuir para formação ou aquisição de um bem
de capital.
CATEGORIA ECONÔMICA
DESPESA Não contribui para formação ou Pode provocar registro em ATIVOS ou
CORRENTE aquisição bem de capital PASSIVO CIRCULANTES.
DESPESA DE Contribui para formação ou aquisição de Provoca, em geral, registro no ATIVO ou
CAPITAL bem de capital ou amortização de dívida no PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Permitida a reprodução total ou parcial


desta publicação desde que citada a fonte.

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Despesa Pública – Parte I
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Classificação por GRUPOS de natureza da despesa

Classificação por Modalidade de aplicação

CLASSIFICAÇÃO POR ND: MODALIDADE DE APLICAÇÃO

MODALIDADE DE APLICAÇÃO
20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO
22 TRANSFERÊNCIAS DELEGADAS À UNIÃO
30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL
31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E DF - FUNDO A FUNDO
32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADO E DF
40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS
41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS - FUNDO A FUNDO
42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS
50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS
70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS
71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR
90 APLICAÇÕES DIRETAS
91 APLICAÇÃO DIRETA INTRAORÇAMENTÁRIA (OFSS)

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Despesa Pública – Parte I
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Classificação quanto ao Elemento de despesa


A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 15, estabelece o princípio da descriminação que exige
que as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida, define
elementos como

o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se
serve a administração pública para a consecução dos seus fins-.

Classificação da Lei n. 4.320/1964:


O artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 estabelece que o orçamento terá quadro demonstrativo
da Receita e Despesa organizado pela Categoria Econômica.

A despesa é classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital”

Esquema:

Quanto à
Lei n. 46320/1964

Despesas Correntes Despesas de Capital

Transferências Despesas de Inversões Transferências


Investimentos
Correntes Custeio Financeiras de Capital

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Classificação por Esfera Orçamentária:

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MAPA MENTAL

Pela forma de ingresso ou


presença no orçamento

Quanto à efetividade/ Despesa Extraorçamentária


afetação patrimonial Conceito
Despesas Orçamentárias
Institucional ou departamental

Funcional

Programática

Por natureza da despesa Classificações mais


importantes Fixação
Por categoria econômica Por estimativa

Por GND Empenho Ordinário


DESPESA
Estágios
Por modalidade de aplicação PÚBLICA Liquidação Global

Por elemente de despesa


Pagamento
Pela Lei n. 4.320/1964
Pela Portaria n. 163/2001

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e


despesas públicas.
Do ponto de vista orçamentário, as despesas públicas correspondem aos decréscimos nos
benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução
de ativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido.

002. (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) A propósito de despesa e receita públicas, julgue o


item subsequente.
De acordo com as normas de contabilização das receitas e das despesas públicas, as receitas
orçamentárias são contabilizadas pelo regime de caixa; e as despesas orçamentárias, pelo
regime de competência.

003. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo à implementação do


orçamento público no Brasil.
A fixação da despesa, que compreende a adoção de medidas em determinada situação
idealizada, conforme os recursos disponíveis e as diretrizes e prioridades traçadas pelo
governo, é um dos estágios da despesa pública previstos na legislação em vigor.

004. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos


mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação
orçamentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse
assunto, julgue o item subsequente.
A autorização orçamentária deve preceder a execução financeira da despesa pública.

005. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Para realizar uma despesa pública, a autoridade


competente deve proceder, sucessivamente, às etapas de
a) fixação, programação financeira, pagamento, empenho e liquidação.
b) programação financeira, empenho, fixação, liquidação e pagamento.
c) fixação, empenho, programação financeira, liquidação e pagamento.
d) programação financeira, fixação, empenho, pagamento e liquidação.
e) fixação, programação financeira, empenho, liquidação e pagamento.

006. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária,


julgue o item.
O empenho do tipo global é utilizado para despesas contratuais ou outras de valor
determinado, sujeitas a parcelamento.

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007. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à execução do


orçamento, julgue o item que se segue.
O empenho de despesa impõe ao Estado uma obrigação de pagamento, ainda que o bem
correspondente não tenha sido fornecido ou o serviço correspondente não tenha sido prestado.

008. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No exercício de 2016, uma escola pública do DF recebeu


dotação orçamentária para a execução do programa de merenda escolar. A dotação previa
dispêndio com despesas correntes para a aquisição de gêneros alimentícios necessários à
elaboração das refeições a serem servidas aos alunos daquela escola. A SEE/DF providenciou
licitação para a escolha da empresa que irá fornecer os gêneros. Com referência a essa
situação hipotética, julgue o item subsequente.
No caso de o valor empenhado ser insuficiente para atender as despesas com a merenda
escolar, o executor de despesas deverá providenciar a anulação total do empenho e elaborar
outro empenho no valor adequado.

009. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispêndios


realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade
ou para a realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
De acordo com a legislação vigente, para que determinado ente público efetue o pagamento
a fornecedores de material de consumo, basta que, no processo de execução orçamentária,
a despesa a que se refira o pagamento tenha sido empenhada.

010. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item seguinte, relativo a receitas e


despesas públicas.
O estágio de pagamento da despesa caracteriza-se pelo despacho por meio do qual a
autoridade competente determina que a despesa seja liquidada.

011. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Denomina-se despesa orçamentária a despesa que tenha sido realizada com o sacrifício de
receitas orçamentárias, ainda que não tenha sido objeto de dotação orçamentária.

012. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Denomina-se despesa orçamentária a despesa que tenha sido realizada com o sacrifício de
receitas orçamentárias, ainda que não tenha sido objeto de dotação orçamentária.

013. (CESPE/CNJ/TÉCNICO/2013) Consoante à despesa pública, julgue o item subsequente.


Uma despesa pública é considerada não efetiva quando não reduz a situação líquida
patrimonial da entidade no momento de sua realização.

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014. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária,


julgue o item.
Na classificação funcional da despesa orçamentária, a função, via de regra, relaciona-se
com a missão institucional do órgão, e a subfunção deve evidenciar cada área da atuação
governamental.

015. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
Independentemente do ente federativo, para fins de escrituração contábil e controle da
execução orçamentária, é obrigatório o desdobramento dos elementos de despesa em
níveis menores de classificação.

016. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispêndios


realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade
ou para a realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
Segundo a categoria econômica, as despesas públicas são classificadas em despesas
correntes e despesas de capital.

017. (CESPE/PREFEITURA-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das


receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição
de instituição bancária é classificada como investimento.

018. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Se determinado órgão público precisar adquirir


equipamentos novos necessários à execução de determinada obra, a despesa correspondente
será classificada como
a) subvenção econômica.
b) transferência de capital.
c) inversão financeira.
d) investimento.
e) subvenção social.

019. (CESPE/PREFEITURA-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das


receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição
de instituição bancária é classificada como investimento.

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Despesa Pública – Parte I
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QUESTÕES DE CONCURSO

020. (CESGRANRIO/UNIRIO/TÉCNICO/2019) A pessoa jurídica de direito público TTA possui


dotação para investimento, independentemente de contraprestação direta em bens ou
serviços. Nos termos da Lei n. 4.320/1964, tal dotação é uma transferência de
a) auxílio
b) capital
c) contribuição
d) dívida
e) moeda

021. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) Uma das classificações legalmente


requeridas para a despesa pública refere-se à classificação institucional, que reflete a
estrutura de alocação dos créditos orçamentários em níveis hierárquicos.
Na classificação institucional da despesa, uma autarquia de ensino superior federal,
subordinada ao Ministério da Educação,
a) constitui um agrupamento de unidades orçamentárias com dotações próprias.
b) recebe dotações orçamentárias diretamente do Tesouro Nacional.
c) é considerada uma unidade orçamentária, identificada com três dígitos.
d) é considerada um órgão orçamentário, identificado com dois dígitos.
e) está impedida de receber transferências não autorizadas pelo Ministério a que está
subordinada.

022. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) No processo de execução da despesa


pública, o estágio que consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico
a) depende da verificação da procedência do respectivo crédito fiscal.
b) será anulado somente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido.
c) ocorre, em geral, antes da publicação da programação financeira e do cronograma de
desembolso.
d) representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e suficiente
para atender à despesa objeto do contrato.
e) não está sujeito à limitação de movimentação financeira.

023. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor


Público, Parte I, no campo conceitual da receita e da despesa, apresenta a seguinte definição:
“é toda transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de
dotação orçamentária, para ser efetivada”.

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Despesa Pública – Parte I
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Os termos acima transcritos indicam a definição de


a) despesa orçamentária
b) dispêndio extraorçamentário
c) empréstimo vencível antes de 10 meses
d) receita extraorçamentária
e) receita orçamentária

024. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) Em um dado exercício, um determinado órgão


teve créditos orçamentários aprovados para aquisição de bens, materiais e serviços com
o seguinte detalhamento:
Item Valor Item Valor
Computadores 5.000,00 Seguro para veículos 3.000,00
Impressoras 3.000,00 Serviço de limpeza e vigilância 18.000,00
Material de expediente 12.000,00 Livros 3.500,00
Mobiliário (estantes, mesas e cadeiras) 25.000,00 Aparelho de ar condicionado 2.500,00
Diárias 10.000,00 Pen-drives 500,00
Passagens aéreas 15.000,00 Frigobar 1.000,00
Veículos 70.000,00 Forno de Micro-ondas 500,00
Combustível 8.000,00 Serviços de Telefonia e Internet 3.000,00

Em relação ao total dos créditos aprovados, os montantes das despesas correntes e das
despesas de capital representam, respectivamente,
a) 40,3% e 59,7%
b) 40,6% e 59,4%
c) 38,3% e 61,7%
d) 40,8% e 59,2%
e) 39,7% e 60,3%

025. (CESGRANRIO/FINEP/ANALISTA/2014) Quanto à despesa pública, com base na lei aplicável


à espécie, o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição corresponde à(ao)
a) liquidação
b) receita corrente
c) receita de capital
d) ordem de pagamento
e) empenho

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026. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) As informações a seguir devem ser usadas para


responder à questão.
Em um determinado exercício, uma despesa fixada em R$ 50.000,00 foi 90% empenhada,
80% liquidada e 90% paga.
Naquele exercício, o desembolso financeiro efetivo relativo a essa despesa foi de
a) 45.000,00
b) 40.500,00
c) 40.000,00
d) 36.000,00
e) 32.400,00

027. (CESGRANRIO/BNDES/CONTADOR/2013) O Empenho é o ato emanado da autoridade


competente que cria para o Estado uma obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.
Nesse contexto, o ato emanado da autoridade competente para atender às despesas
contratuais de aluguéis é enquadrado na modalidade de empenho
a) fixo
b) estimativo
c) integral
d) ordinário
e) global

028. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) A despesa pública que se relaciona a projeto,


atividade ou operação especial classifica-se como
a) funcional
b) econômica
c) programática
d) institucional
e) por elementos

029. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) Um gerente financeiro deseja realizar inversões


financeiras para aumentar o capital uma vez que há sobra expressiva de caixa do seu órgão.
Nos termos das categorias econômicas previstas na Lei n. 4.320/1964, essas inversões são
classificadas como
a) despesas correntes
b) despesas de capital
c) subvenções sociais
d) subvenções econômicas
e) transferências internas
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030. (IDECAN/COGERP-SE/PERITO/2023) As classificações da despesa propiciam a obtenção


de informações que são fundamentais à análise do gasto público. Sobre a Classificação
Orçamentárias da Despesa, assinale a alternativa incorreta.
a) A classificação institucional está presente nos documentos orçamentários e nos atos
relativos à execução da despesa. Expresso por um código numérico de cinco dígitos, esse
classificador pode ser facilmente interpretado.
b) O modelo atual de classificação funcional foi também introduzido pela reforma gerencial
do orçamento, no ano de 2000. Seu escopo principal é a identificação das áreas em que as
despesas ocorrem. Em sua lógica, as subfunções não devem ser combinadas com funções
diferentes daquelas a que estejam vinculadas.
c) A classificação funcional (por funções e subfunções) serve como um agregador dos gastos
do governo, evidenciando a programação a partir de grandes áreas de atuação governamental
d) A classificação por natureza da despesa tem por finalidade possibilitar a obtenção de
informações macroeconômicas sobre os efeitos dos gastos do setor público na economia.
Além disso, facilita o controle contábil do gasto.
e) A classificação econômica da despesa é constituída por duas categorias econômicas:
despesas correntes e despesas de capital.

031. (VUNESP/ALESP/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa correta sobre a classificação


das receitas e despesas públicas.
a) A classificação das despesas em seis grupos não se vincula às categorias econômicas e
sim aos agentes.
b) A classificação da despesa orçamentária segundo a natureza pode ser feita por categoria
econômica, grupos, modalidade de aplicação e elementos.
c) A classificação institucional da receita tem por finalidade demonstrar os recursos que
se destinam ao atendimento das despesas correntes e aqueles que viabilizam as despesas
de capital.
d) A finalidade básica da classificação funcional é demonstrar as realizações do governo,
isto é, o desempenho do seu trabalho em prol da sociedade.
e) Ao classificar uma despesa pelo critério programático, o intuito é a evidenciação de
dados e estatísticas sobre os gastos públicos nos principais segmentos de atuação do
Poder Legislativo.

032. (VUNESP/PREF-PIRACICABA-SP/CONTADOR/2022) As receitas e despesas públicas


podem ser classificadas, respectivamente, por/em

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Despesa Pública – Parte I
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a) natureza e estrutura programática.


b) institucional e fonte/destinação de recursos.
c) funcional e esfera orçamentária.
d) esfera e indicador de resultado primário.
e) esfera fiscal e fonte/destinação de recursos.

033. (VUNESP/IPSM-SJC/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa correta que apresenta o


elemento da despesa em que são classificadas as despesas orçamentárias com pagamento
de aposentadoria de inativos e de agentes vinculados à administração pública pelo regime
próprio de previdência do servidor.
a) Aposentadoria, Reserva Remunerada e Reformas.
b) Contribuição a Entidade Fechada de Previdência.
c) Outros Benefícios Assistenciais ao Servidor.
d) Pensões.
e) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal Civil.

034. (VUNESP/ALESP/TÉCNICO/2022) O empenho, segundo as normas legais do orçamento


público, é um ato de responsabilidade da autoridade competente que cria ao Estado a
obrigação do pagamento. Ele pode ser classificado como:
a) estimativo, real e ordinário.
b) global, parcial e ordinário.
c) estimativo, real e nominal.
d) ordinário, estimativo e global.
e) nominal, real e global.

035. (VUNESP/CM-TATUÍ/CONTADOR/2019) Em relação à despesa pública, é correto afirmar:


a) despesas orçamentárias efetivas aumentam a situação líquida patrimonial.
b) a liquidação da despesa é o terceiro estágio da execução orçamentária.
c) o empenho ordinário é utilizado para as despesas de valor fixo.
d) o processo de fixação da despesa orçamentária ocorre na LDO.
e) despesas orçamentárias não efetivas aumentam a situação líquida patrimonial.

036. (VUNESP/TJ-SP/ADMINISTRADOR/2019) Assinale a alternativa correta que indica a


classificação responsável por segregar as dotações orçamentárias em funções e subfunções,
buscando responder basicamente à indagação “em que área” de ação governamental a
despesa será realizada, a qual se trata de uma classificação, independentemente dos
programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público.

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Despesa Pública – Parte I
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a) Por estrutura programática.


b) Funcional.
c) Contingencial.
d) Econômica.
e) Orçamentária e financeira.

037. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa que apresenta a classificação da


despesa que reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e que se apresenta
estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.
a) Funcional.
b) Estrutural.
c) Por natureza.
d) Programática.
e) Institucional.

038. (VUNESP/CM-SERRANA/CONTADOR/2019) Em relação a execução orçamentária e seu


controle, conforme as disposições da Lei n. 4.320/64, assinale a alternativa correta.
a) É possível a realização de despesa sem prévio empenho, desde que suportada por crédito
adicional devidamente autorizado.
b) Os limites de despesas fixados poderão ser quebrados mediante a utilização de compras
com parcelamento.
c) A cobertura das despesas orçamentárias vinculadas a fundos especiais far-se-á através
de empenho consignado na Lei de Orçamento.
d) É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
e) O controle prévio da execução orçamentária compreenderá a verificação da probidade
da administração, a guarda e legal emprego dos recursos públicos e o cumprimento da Lei
de Orçamento.

039. (VUNESP/CM-INDAIATUBA/PROCURADOR/2019) De acordo com a classificação da


despesa pública, conforme disposto na Lei n. 4.320/64, são despesas correntes as
a) despesas de custeio e os investimentos.
b) despesas de custeio e as transferências correntes.
c) inversões financeiras e os investimentos.
d) inversões financeiras e as transferências correntes.
e) as transferências de capital e as transferências correntes.

040. (VUNESP/PREF-ITAPEVI/TÉCNICO/2019) A cobertura dos deficits de manutenção das


empresas públicas, de natureza autárquica ou não, será realizada por meio de

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Despesa Pública – Parte I
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a) subsídio de capital autorizado por comissão.


b) crédito por empréstimos ou por fundo perdido.
c) fundo de recursos creditórios.
d) dívida fundada e abertura de crédito incluídas nas despesas extraorçamentárias.
e) subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes.

041. (VUNESP/PREF-ITAPEVI/TÉCNICO/2019) Ao analisar o resultado, como parte do


procedimento de análise e conciliações, o contador de uma entidade pública verifica a
necessidade de reclassificar uma despesa com salário família e abono familiar contabilizada
erroneamente. Baseado no plano de contas público contábil, bem como na classificação
determinada pela Lei n. 4.320/64, assinale a alternativa que contém o grupo de despesa
correto em que essa despesa pública deve ser classificada.
a) Transferências correntes.
b) Custeio.
c) Investimentos de pessoal.
d) De capital.
e) Subvenções sociais.

042. (VUNESP/PREFEITURA-MOGI-CRUZES/PROCURADOR/2016)
Classificam-se como despesas correntes
a) os investimentos.
b) as despesas de custeio.
c) as inversões financeiras.
d) as transferências de capital.
e) as dotações esporádicas.

043. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa que informa quais


as operações desconsideradas pela Lei de Orçamentos, segundo a Lei n. 4.320/64, art. 3º.
a) De crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas
compensatórias, no ativo e passivo financeiros.
b) As dotações globais destinadas a atender indiferentemente as despesas de pessoal.
c) De crédito por antecipação da receita, exclusivamente para atender a insuficiências de
caixa.
d) De consolidação de cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra,
incluindo as despesas.
e) De financiamento de crédito, por receitas correntes e de capital, bem como por despesas
de capital.

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044. (VUNESP/PREF-REGISTRO/CONTADOR/2018) A classificação institucional reflete


a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis
hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Isto posto, conforme o art. 14
da Lei n. 4.320/64, a unidade orçamentária é constituída por
a) agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão
consignadas dotações próprias.
b) dotações orçamentárias de uma unidade administrativa.
c) programas de aplicação comum que permite a consolidação nacional dos gastos do setor
público.
d) agrupamento de Receitas Correntes, somente.
e) órgãos oficiais de fiscalização.

045. (VUNESP/CM-COTIA/CONTADOR/2017) O empenho de despesa é o ato emanado de


autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não
de implemento de condição.
Baseado nessa premissa, é correto afirmar:
a) o empenho poderá ser realizado, mesmo acima do limite concedido, desde que aprovado
recurso para o crédito adicional.
b) o empenho da despesa ocorrerá no momento da contratação do recurso e independe
de crédito adicional.
c) o empenho poderá ser liquidado mediante apresentação da documentação fiscal pelo
fornecedor.
d) o empenho pode ser ordinário, o que significa o pagamento parcelado.
e) o empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.

046. (CONSULPLAN/MPE-PA/TÉCNICO/2022) A Lei n. 4.320/1964 trata, também, da


classificação da despesa por categoria econômica. Considerando o disposto em referida
Lei, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Assim como no caso da receita, os itens da discriminação da despesa serão identificados
por números de código decimal.
b) O grupo de natureza da despesa é um agregador de elemento de despesa com as mesmas
características quanto ao objeto de gasto.
c) Considera-se inversões financeiras, despesas orçamentárias com a aquisição de aquisição
de títulos representativos do capital de empresas, já constituídas, quando a operação não
importe aumento do capital.
d) Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da
atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária,
são classificadas no grupo de inversões financeiras.

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047. (CONSULPLAN/MPE-PA/TÉCNICO/2022) O direito financeiro tem por objeto a disciplina


jurídica de toda a atividade financeira do Estado. O direito tributário tem por objeto
específico a disciplina jurídica de uma das origens da receita pública: o tributo. Para além
dos aspectos jurídicos, importante conhecer, tecnicamente, o funcionamento do sistema
de planejamento, bem como o processo de orçamentação. Considerando os atores que
participam do processo de orçamentação, analise as afirmativas a seguir.
I – “______________________: órgãos ou estruturas funcionais que detêm informações
especializadas sobre aspectos fundamentais da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).”
II – “______________________: unidades de planejamento e orçamento que desempenham
o papel de coordenação dos processos do ciclo orçamentário no seu âmbito de atuação,
integrando e articulando o trabalho das suas unidades administrativas.”
III – “______________________: unidades de planejamento e orçamento responsáveis pela
coordenação dos processos do ciclo orçamentário no nível subsetorial, sob orientação
normativa e supervisão técnica do órgão central.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.
a) I – Órgãos Setoriais (OSs) II – Ministério Público III – Agentes Técnicos (ATs)
b) I – Ministério Público II – Órgãos Setoriais (OSs) III – Subsecretarias de Finanças
c) I – Agentes Técnicos (ATs) II – Unidades Orçamentárias (UOs) III – Órgãos Setoriais (OSs)
d) I – Subsecretarias de Gestão Fiscal II – Unidades Administrativas III – Subsecretarias de
Finanças

048. (CONSULPLAN/FUNPREV/CONTADOR/2021) “A classificação da despesa orçamentária,


segundo a sua natureza, compõe-se de: a. Categoria Econômica; b. Grupo de Natureza
da Despesa; c. Elemento de Despesa. A natureza da despesa será complementada pela
informação gerencial denominada ___________________, que tem por finalidade indicar
se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma
esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva,
precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou
descentralizados.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
a) projeto
b) atividade
c) programa
d) modalidade de aplicação

049. (CONSULPLAN/PREF-CORBÉLIA/CONTADOR/2021) Um ente público municipal teve


despesas, já com dotações destinadas para tal, na Lei Orçamentária Anual de 2021, com

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a aquisição de um terreno para construção de escola pública e com a participação na


constituição de empresa comercial. Em relação à Categoria Econômica tais despesas são
classificadas como Despesas de Capital; já em relação ao Grupo de Despesas, as referidas
despesas deverão ser classificadas, respectivamente, como:
a) Investimentos; inversões financeiras.
b) Pessoal e encargos sociais; investimentos.
c) Inversões financeiras; amortização da dívida.
d) Outras despesas correntes; juros e encargos da dívida.

050. (IADES/SEAGRI-DF/ANALISTA/2023) O orçamento público é muito mais do que um plano


de contas organizado segundo um conjunto de normas específicas. No modelo orçamentário
brasileiro, podem ser observados diversos critérios de classificação da despesa com objetivos
diferentes. A classificação que tem como característica a identificação imediata de cada
tipo de gasto – por exemplo, remuneração de pessoal, material de consumo, investimentos,
entre outros – e é utilizada pela Administração Pública para a consecução de seus fins é a
classificação
a) funcional.
b) programática.
c) por elementos.
d) institucional.
e) econômica de despesa.

051. (IADES/SEPLAD-DF/ANALISTA/2023) Assinale a alternativa correspondente ao ato


emanado de autoridade competente, que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição, referente a estágio da despesa pública.
a) Liquidação
b) Previsão
c) Despesa a pagar
d) Despesas de exercícios anteriores
e) Empenho

052. (IADES/ADASA/REGULADOR/2022) No que se refere à despesa orçamentária, assinale


a alternativa correta.
a) Despesas orçamentárias que não reduzem a situação líquida patrimonial independem
de autorização legislativa.
b) Somente as despesas que cumpriram os três estágios (empenho, liquidação e pagamento)
são consideradas despesas do exercício.

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c) No caso do serviço de fornecimento de água, cujo montante não se pode determinar


previamente, deve-se adotar o empenho global.
d) Despesas correntes que configurem fatos permutativos são classificadas como despesa
orçamentária não efetiva.
e) O resgate de operações de crédito por antecipação de receita, por ser uma despesa de
capital, classifica-se como despesa orçamentária não efetiva.

053. (IADES/CAU-MS/CONTADOR/2021-ADAPTADA) Tendo por base a classificação tratada na


Lei Federal no 4.320/1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração
e controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito
Federal, as dotações destinadas a aquisições de imóveis denominam-se
a) despesas de custeio.
b) despesas correntes.
c) inversões financeiras.
d) transferências correntes.
e) operações de crédito.

054. (IADES/CAU-MS/CONTADOR/2021) A verificação do direito adquirido pelo credor com


a finalidade de apurar o objeto, o valor a pagar e a quem se deve pagar para extinguir a
obrigação, é realizada no estágio do(a)
a) liquidação da despesa pública.
b) empenho da receita pública.
c) pagamento da despesa pública.
d) fixação da despesa pública.
e) programação da receita pública.

055. (IADES/IGEPREV/TÉCNICO/2018) A classificação da despesa pública por esfera


orçamentária utiliza os códigos 10, 20 e 30, que identificam, respectivamente,
a) Despesa Orçamentária, Despesa Extraorçamentária e Outras Despesas.
b) Recursos do Tesouro, Recursos de Transferência e Recursos de Outras Fontes.
c) Despesas Correntes, Despesas de Capital e Outras Despesas.
d) Orçamento Fiscal, Orçamento de Seguridade Social e Orçamento de Investimentos.
e) Atividade, Projeto e Operações Especiais.

056. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) A respeito da despesa pública, o empenho é definido


como ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição. Em relação a esse assunto, a

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modalidade utilizada quando o valor exato da despesa é conhecido e cujo pagamento ocorre
de uma só vez é o (a)
a) empenho estimativo.
b) empenho ordinário.
c) nota de empenho.
d) ordem de pagamento.
e) empenho global.

057. (AOCP/SUSIPE/TÉCNICO/2018) As despesas orçamentárias são classificadas em


institucional, funcional, por programas e segundo a natureza econômica. Assinale a alternativa
que apresenta a categoria atividade e sua classificação.
a) Instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos
pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual, classificação
institucional.
b) Envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente,
das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo, classificação
por programa.
c) Envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto
que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo, classificação por
programa.
d) Contribui para a formação ou aquisição de bens de capital e de produtos para revenda,
concessão e empréstimos e amortização de dívidas, classificação segundo a natureza
econômica.
e) Dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas
a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis, classificação institucional
e funcional.

058. (AOCP/PREF-JF/TÉCNICO-CONTADOR/2016) Assinale a alternativa que apresenta os


estágios, em ordem sequencial, da etapa da despesa orçamentária denominada execução.
a) Fixação, Liquidação e Pagamento.
b) Fixação, Licitação e Pagamento.
c) Empenho, Programação e Pagamento.
d) Empenho, Liquidação e Pagamento.
e) Fixação, Empenho e Pagamento.

059. (FUNDATEC/PREF-VACARIA/TÉCNICO/2021) As dotações para manutenção de serviços


anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação
de bens imóveis, são denominadas:

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a) Despesas Correntes.
b) Despesas de Capital.
c) Transferências Correntes.
d) Transferências de Capital.
e) Despesas de Custeio.

060. (FUNDATEC/PREF-TRAMANDAÍ/OFICIAL/2021) O Art. 61 da Lei Federal n. 4.320/1964


estabelece que para cada empenho será extraído um documento denominado ________________,
que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa pública.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
a) ordem de serviço
b) ordem de pagamento
c) nota de empenho
d) nota de liquidação

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GABARITO

1. E 35. c
2. C 36. b
3. E 37. e
4. C 38. d
5. e 39. b
6. C 40. e
7. C 41. a
8. E 42. b
9. E 43. a
10. E 44. a
11. E 45. e
12. E 46. d
13. C 47. c
14. C 48. d
15. E 49. a
16. C 50. c
17. E 51. e
18. d 52. d
19. E 53. c
20. b 54. a
21. c 55. d
22. d 56. b
23. a 57. b
24. b 58. d
25. e 59. e
26. e 60. c
27. e
28. c
29. b
30. b
31. b
32. a
33. a
34. d

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GABARITO COMENTADO

020. (CESGRANRIO/UNIRIO/TÉCNICO/2019) A pessoa jurídica de direito público TTA possui


dotação para investimento, independentemente de contraprestação direta em bens ou
serviços. Nos termos da Lei n. 4.320/1964, tal dotação é uma transferência de
a) auxílio
b) capital
c) contribuição
d) dívida
e) moeda

De acordo com o enunciado da questão, a pessoa jurídica de direito público (TTA) possui
uma dotação para investimento, independentemente de contraprestação direta em bens
ou serviços. De acordo com o art. 12, §6º da Lei n. 4.320/1964, essa dotação se classifica
como Transferência de Capital. Confira na Lei n. 4.320/1964:

§6º. São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras


que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de
contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou
contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente
anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.

Letra b.

021. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) Uma das classificações legalmente


requeridas para a despesa pública refere-se à classificação institucional, que reflete a
estrutura de alocação dos créditos orçamentários em níveis hierárquicos.
Na classificação institucional da despesa, uma autarquia de ensino superior federal,
subordinada ao Ministério da Educação,
a) constitui um agrupamento de unidades orçamentárias com dotações próprias.
b) recebe dotações orçamentárias diretamente do Tesouro Nacional.
c) é considerada uma unidade orçamentária, identificada com três dígitos.
d) é considerada um órgão orçamentário, identificado com dois dígitos.
e) está impedida de receber transferências não autorizadas pelo Ministério a que está
subordinada.

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A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e


está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.
Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou
repartição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei n. 4.320/1964). Os órgãos
orçamentários, por sua vez, correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias. As
dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações.
No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco
dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade
orçamentária. Não há ato que a estabeleça, sendo definida no contexto da elaboração da
lei orçamentária anual ou da abertura de crédito especial
Podemos concluir que o Ministério da Educação é o órgão orçamentário, enquanto a autarquia
de ensino superior federal representa uma unidade orçamentária, logo como se trata de
uma unidade orçamentária, deve ser identificada com os últimos três dígitos.
Letra c.

022. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) No processo de execução da despesa


pública, o estágio que consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico
a) depende da verificação da procedência do respectivo crédito fiscal.
b) será anulado somente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido.
c) ocorre, em geral, antes da publicação da programação financeira e do cronograma de
desembolso.
d) representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e suficiente
para atender à despesa objeto do contrato.
e) não está sujeito à limitação de movimentação financeira.

a) Errada. Apresentou característica do lançamento.


b) Errada. Na verdade, existe previsão de anulação dos empenhos também quando o gasto
se tornar desnecessário.
c) Errada. Ocorre, em regra, depois da programação financeira e do cronograma de desembolso.
d) Certa. Na letra D, temos uma das definições de empenho, que garante a reserva de
crédito orçamentário para atender à despesa objeto do contrato. O empenho, segundo o
art. 58 da Lei n. 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
e) Errada. Na verdade, nos casos previstos na LRF, os empenhos se sujeitam à limitação de
movimentação financeira.
Letra d.

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023. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor


Público, Parte I, no campo conceitual da receita e da despesa, apresenta a seguinte definição:
“é toda transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de
dotação orçamentária, para ser efetivada”.
Os termos acima transcritos indicam a definição de
a) despesa orçamentária
b) dispêndio extraorçamentário
c) empréstimo vencível antes de 10 meses
d) receita extraorçamentária
e) receita orçamentária

Confira no MCASP:

Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraorçamentários.


Segundo o art. 35 da Lei n. 4.320/1964:
Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Dessa forma, despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização legislativa,
na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo
determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar,
resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios.

Letra a.

024. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) Em um dado exercício, um determinado órgão


teve créditos orçamentários aprovados para aquisição de bens, materiais e serviços com
o seguinte detalhamento:
Item Valor Item Valor
Computadores 5.000,00 Seguro para veículos 3.000,00
Impressoras 3.000,00 Serviço de limpeza e vigilância 18.000,00
Material de expediente 12.000,00 Livros 3.500,00
Mobiliário (estantes, mesas e cadeiras) 25.000,00 Aparelho de ar condicionado 2.500,00
Diárias 10.000,00 Pen-drives 500,00
Passagens aéreas 15.000,00 Frigobar 1.000,00
Veículos 70.000,00 Forno de Micro-ondas 500,00
Combustível 8.000,00 Serviços de Telefonia e Internet 3.000,00

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Em relação ao total dos créditos aprovados, os montantes das despesas correntes e das
despesas de capital representam, respectivamente,
a) 40,3% e 59,7%
b) 40,6% e 59,4%
c) 38,3% e 61,7%
d) 40,8% e 59,2%
e) 39,7% e 60,3%

Vamos classificar, somar e calcular os respectivos percentuais.


Item Valor CLASSIFICAÇÃO
Material de expediente R$ 12.000,00 DESPESA CORRENTE
Diárias R$ 10.000,00 DESPESA CORRENTE
Passagens aéreas R$ 15.000,00 DESPESA CORRENTE
Combustível R$ 8.000,00 DESPESA CORRENTE
Seguro para veículos R$ 3.000,00 DESPESA CORRENTE
Serviço de limpeza e vigilância R$ 18.000,00 DESPESA CORRENTE

Serviços de Telefonia e Internet R$ 3.000,00 DESPESA CORRENTE

Livros R$ 3.500,00 DESPESA CORRENTE


Pen-drives R$ 500,00 DESPESA CORRENTE

TOTAL DE DESPESAS CORRENTES R$ 73.000,00 -

PERCENTUAL DE DESPESAS CORRENTES 40,56% -

Computadores R$ 5.000,00 DESPESA DE CAPITAL


Impressoras R$ 3.000,00 DESPESA DE CAPITAL

Mobiliário (estantes, mesas e cadeiras) R$ 25.000,00 DESPESA DE CAPITAL

Veículos R$ 70.000,00 DESPESA DE CAPITAL


Aparelho de ar condicionado R$ 2.500,00 DESPESA DE CAPITAL
Frigobar R$ 1.000,00 DESPESA DE CAPITAL
Forno de Micro-ondas R$ 500,00 DESPESA DE CAPITAL

TOTAL DE DESPESAS DE CAPITAL R$ 107.000,00 -

PERCENTUAL DE DESPESAS DE CAPITAL 59,44% -

TOTAL DE DESPESAS R$ 180.000,00 -

Letra b.

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025. (CESGRANRIO/FINEP/ANALISTA/2014) Quanto à despesa pública, com base na lei aplicável


à espécie, o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição corresponde à(ao)
a) liquidação
b) receita corrente
c) receita de capital
d) ordem de pagamento
e) empenho

Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

Letra e.

026. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) As informações a seguir devem ser usadas para


responder à questão.
Em um determinado exercício, uma despesa fixada em R$ 50.000,00 foi 90% empenhada,
80% liquidada e 90% paga.
Naquele exercício, o desembolso financeiro efetivo relativo a essa despesa foi de
a) 45.000,00
b) 40.500,00
c) 40.000,00
d) 36.000,00
e) 32.400,00

Temos um total de R$ 50.000,00


90% do total foi empenhado = R$ 45.000,00
80% do que foi empenhado foi liquidado = R$ 36.000,00
90% do que foi liquidado foi pago = R$ 32.400,00
Letra e.

027. (CESGRANRIO/BNDES/CONTADOR/2013) O Empenho é o ato emanado da autoridade


competente que cria para o Estado uma obrigação de pagamento pendente ou não de
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Nesse contexto, o ato emanado da autoridade competente para atender às despesas


contratuais de aluguéis é enquadrado na modalidade de empenho
a) fixo
b) estimativo
c) integral
d) ordinário
e) global

Guarde que o empenho global é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais
ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os
compromissos decorrentes de aluguéis.
Já o empenho ordinário é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e
previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez
Por seu turno, o empenho estimativo é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo
montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de
água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros.
Guarde ainda que inexistem os empenhos do tipo fixo e do tipo integral.
Letra e.

028. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) A despesa pública que se relaciona a projeto,


atividade ou operação especial classifica-se como
a) funcional
b) econômica
c) programática
d) institucional
e) por elementos

A classificação da programática despesa divide o orçamento público em programas. Nessa


classificação toda “ação do Governo está estruturada em programas orientados para a
realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos”.
Os programas são operacionalizados por meio de ações orçamentárias, que podem ser do
tipo atividade, projeto ou operação especial.
ATIVIDADE – instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa,
envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente,
das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.

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Despesa Pública – Parte I
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PROJETO – instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa,


envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto
que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
OPERAÇÃO ESPECIAL – despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou
aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
Letra c.

029. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) Um gerente financeiro deseja realizar inversões


financeiras para aumentar o capital uma vez que há sobra expressiva de caixa do seu órgão.
Nos termos das categorias econômicas previstas na Lei n. 4.320/1964, essas inversões são
classificadas como
a) despesas correntes
b) despesas de capital
c) subvenções sociais
d) subvenções econômicas
e) transferências internas

Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital

Letra b.

030. (IDECAN/COGERP-SE/PERITO/2023) As classificações da despesa propiciam a obtenção


de informações que são fundamentais à análise do gasto público. Sobre a Classificação
Orçamentárias da Despesa, assinale a alternativa incorreta.
a) A classificação institucional está presente nos documentos orçamentários e nos atos
relativos à execução da despesa. Expresso por um código numérico de cinco dígitos, esse
classificador pode ser facilmente interpretado.
b) O modelo atual de classificação funcional foi também introduzido pela reforma gerencial
do orçamento, no ano de 2000. Seu escopo principal é a identificação das áreas em que as
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despesas ocorrem. Em sua lógica, as subfunções não devem ser combinadas com funções
diferentes daquelas a que estejam vinculadas.
c) A classificação funcional (por funções e subfunções) serve como um agregador dos gastos
do governo, evidenciando a programação a partir de grandes áreas de atuação governamental
d) A classificação por natureza da despesa tem por finalidade possibilitar a obtenção de
informações macroeconômicas sobre os efeitos dos gastos do setor público na economia.
Além disso, facilita o controle contábil do gasto.
e) A classificação econômica da despesa é constituída por duas categorias econômicas:
despesas correntes e despesas de capital.

A alternativa errada é a letra B, já que as subfunções podem ser combinadas com funções
diferentes daquelas a que estejam vinculadas, o que é denominado “matricialidade”.
As demais estão corretas.
Letra b.

031. (VUNESP/ALESP/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa correta sobre a classificação


das receitas e despesas públicas.
a) A classificação das despesas em seis grupos não se vincula às categorias econômicas e
sim aos agentes.
b) A classificação da despesa orçamentária segundo a natureza pode ser feita por categoria
econômica, grupos, modalidade de aplicação e elementos.
c) A classificação institucional da receita tem por finalidade demonstrar os recursos que
se destinam ao atendimento das despesas correntes e aqueles que viabilizam as despesas
de capital.
d) A finalidade básica da classificação funcional é demonstrar as realizações do governo,
isto é, o desempenho do seu trabalho em prol da sociedade.
e) Ao classificar uma despesa pelo critério programático, o intuito é a evidenciação de
dados e estatísticas sobre os gastos públicos nos principais segmentos de atuação do
Poder Legislativo.

a) Errada. Na verdade, a classificação das despesas se vincula à categoria econômica.


b) Certa. Realmente, a classificação da despesa orçamentária segundo a natureza pode
ser feita por categoria econômica, grupos, modalidade de aplicação e elementos. Confira
no MCASP:

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A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se de:


a. Categoria Econômica
b. Grupo de Natureza da Despesa
c. Elemento de Despesa
A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “Modalidade
de Aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por
órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação
e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla
contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.

c) Errada. Na verdade, a classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos


créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário
e unidade orçamentária.
d) Errada. Na verdade, a classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em
funções e subfunções, buscando responder basicamente à indagação “em que área” de
ação governamental a despesa será realizada.
e) Errada. Na verdade, toda ação do Governo está estruturada em programas orientados
para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o
período de quatro anos. Conforme estabelecido no art. 3º da Portaria MOG n. 42/1999, a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas
estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações
nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas
e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com a
referida Portaria.
Letra b.

032. (VUNESP/PREF-PIRACICABA-SP/CONTADOR/2022) As receitas e despesas públicas


podem ser classificadas, respectivamente, por/em
a) natureza e estrutura programática.
b) institucional e fonte/destinação de recursos.
c) funcional e esfera orçamentária.
d) esfera e indicador de resultado primário.
e) esfera fiscal e fonte/destinação de recursos.

a) Certa. Importante ter em mente que a classificação por natureza se aplica às receitas
e despesas, enquanto a estrutura programática é uma classificação apenas da despesa.
b) Errada. Na verdade, a classificação institucional se aplica às despesas e a classificação
por fonte/destinação de recursos se aplica às receitas.

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c) Errada. Na verdade, a classificação funcional se aplica às despesas, enquanto a classificação


por esfera orçamentária se aplica às receitas e despesas.
d) Errada. Na verdade, a classificação é por esfera orçamentária.
e) Errada. Na verdade, a classificação é por esfera orçamentária.
Letra a.

033. (VUNESP/IPSM-SJC/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa correta que apresenta o


elemento da despesa em que são classificadas as despesas orçamentárias com pagamento
de aposentadoria de inativos e de agentes vinculados à administração pública pelo regime
próprio de previdência do servidor.
a) Aposentadoria, Reserva Remunerada e Reformas.
b) Contribuição a Entidade Fechada de Previdência.
c) Outros Benefícios Assistenciais ao Servidor.
d) Pensões.
e) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal Civil.

O enunciado se refere ao elemento de despesa 01 – Aposentadorias, Reserva Remunerada


e Reformas. Confira no MCASP:

01 – Aposentadorias, Reserva Remunerada e Reformas


Despesas orçamentárias com pagamento de aposentadorias de servidores inativos e de agentes
vinculados à Administração Pública, pelo Regime Próprio de Previdência do Servidor – RPPS, por
outros institutos próprios de previdência ou diretamente pela Administração Pública, de reserva
remunerada e de reformas dos militares.

Letra a.

034. (VUNESP/ALESP/TÉCNICO/2022) O empenho, segundo as normas legais do orçamento


público, é um ato de responsabilidade da autoridade competente que cria ao Estado a
obrigação do pagamento. Ele pode ser classificado como:
a) estimativo, real e ordinário.
b) global, parcial e ordinário.
c) estimativo, real e nominal.
d) ordinário, estimativo e global.
e) nominal, real e global.

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Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas com montante previamente conhecido
e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez. Já o empenho global atende às despesas
com montante previamente conhecido, mas cujo pagamento seja parcelado. Por seu turno,
para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente, usa-se o empenho
por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc.
Letra d.

035. (VUNESP/CM-TATUÍ/CONTADOR/2019) Em relação à despesa pública, é correto afirmar:


a) despesas orçamentárias efetivas aumentam a situação líquida patrimonial.
b) a liquidação da despesa é o terceiro estágio da execução orçamentária.
c) o empenho ordinário é utilizado para as despesas de valor fixo.
d) o processo de fixação da despesa orçamentária ocorre na LDO.
e) despesas orçamentárias não efetivas aumentam a situação líquida patrimonial.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada, já que as despesas orçamentárias efetivas diminuem a situação patrimonial
líquida.
b) Errada, já que a liquidação da despesa é o segundo estágio da execução orçamentária.
c) Certa. Tenha em mente que o empenho ordinário é aquele usado para despesas de
valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deve ser feito de uma só parcela.
d) Errada, já que é a LOA quem fixa as despesas e estima as receitas.
e) Errada, já que as despesas orçamentárias não efetivas não alteram a situação patrimonial
líquida.
Letra c.

036. (VUNESP/TJ-SP/ADMINISTRADOR/2019) Assinale a alternativa correta que indica a


classificação responsável por segregar as dotações orçamentárias em funções e subfunções,
buscando responder basicamente à indagação “em que área” de ação governamental a
despesa será realizada, a qual se trata de uma classificação, independentemente dos
programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público.
a) Por estrutura programática.
b) Funcional.
c) Contingencial.
d) Econômica.
e) Orçamentária e financeira.

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Veja a descrição da Classificação Funcional diretamente do MCASP:

A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções,


buscando responder basicamente à indagação “em que área” de ação governamental a
despesa será realizada.
Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória,
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação
nacional dos gastos do setor público.

Letra b.

037. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa que apresenta a classificação da


despesa que reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e que se apresenta
estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.
a) Funcional.
b) Estrutural.
c) Por natureza.
d) Programática.
e) Institucional.

Confira a descrição da classificação institucional nas palavras do MCASP:

A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está


estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.

Letra e.

038. (VUNESP/CM-SERRANA/CONTADOR/2019) Em relação a execução orçamentária e seu


controle, conforme as disposições da Lei n. 4.320/64, assinale a alternativa correta.
a) É possível a realização de despesa sem prévio empenho, desde que suportada por crédito
adicional devidamente autorizado.
b) Os limites de despesas fixados poderão ser quebrados mediante a utilização de compras
com parcelamento.
c) A cobertura das despesas orçamentárias vinculadas a fundos especiais far-se-á através
de empenho consignado na Lei de Orçamento.
d) É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
e) O controle prévio da execução orçamentária compreenderá a verificação da probidade
da administração, a guarda e legal emprego dos recursos públicos e o cumprimento da Lei
de Orçamento.

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a) Errada, já que é uma vedação imposta pela Lei n. 4320/64. Confira o dispositivo:

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

b) Errada, já que o certo é usar o empenho global para as despesas sujeitas a parcelamento.
c) Errada, já que contraria o previsto na Lei n. 4.320/64:

Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos especiais far-se-á através
de dotação consignada na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais.

d) Certa. Confira o empenho global previsto na Lei n. 4320/64:

Art. 60, §3º. É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a
parcelamento.

e) Errada. Veja o conceito de controle da execução orçamentária, conforme Lei n. 4320/64:

Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar
a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento
da Lei de Orçamento.

Letra d.

039. (VUNESP/CM-INDAIATUBA/PROCURADOR/2019) De acordo com a classificação da


despesa pública, conforme disposto na Lei n. 4.320/64, são despesas correntes as
a) despesas de custeio e os investimentos.
b) despesas de custeio e as transferências correntes.
c) inversões financeiras e os investimentos.
d) inversões financeiras e as transferências correntes.
e) as transferências de capital e as transferências correntes.

Veja a resposta na do artigo 12 da Lei n. 4.320/64:

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital

Letra b.

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040. (VUNESP/PREF-ITAPEVI/TÉCNICO/2019) A cobertura dos deficits de manutenção das


empresas públicas, de natureza autárquica ou não, será realizada por meio de
a) subsídio de capital autorizado por comissão.
b) crédito por empréstimos ou por fundo perdido.
c) fundo de recursos creditórios.
d) dívida fundada e abertura de crédito incluídas nas despesas extraorçamentárias.
e) subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes.

A resposta está no artigo 18 da Lei n. 4.320/1964. Confira:

Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica
ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas
correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:
a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda,
pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais;
b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros
ou materiais.

Letra e.

041. (VUNESP/PREF-ITAPEVI/TÉCNICO/2019) Ao analisar o resultado, como parte do


procedimento de análise e conciliações, o contador de uma entidade pública verifica a
necessidade de reclassificar uma despesa com salário família e abono familiar contabilizada
erroneamente. Baseado no plano de contas público contábil, bem como na classificação
determinada pela Lei n. 4.320/64, assinale a alternativa que contém o grupo de despesa
correto em que essa despesa pública deve ser classificada.
a) Transferências correntes.
b) Custeio.
c) Investimentos de pessoal.
d) De capital.
e) Subvenções sociais.

A resposta está no artigo 13 da Lei n. 4.320/1964, que nos diz que as transferências
correntes englobam as Subvenções Sociais, Subvenções Econômicas, gastos com Inativos,
Pensionistas, Salário Família e Abono Familiar, além de Juros da Dívida Pública, Contribuições
de Previdência Social e Diversas Transferências Correntes.
Letra a.

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042. (VUNESP/PREFEITURA-MOGI-CRUZES/PROCURADOR/2016)
Classificam-se como despesas correntes
a) os investimentos.
b) as despesas de custeio.
c) as inversões financeiras.
d) as transferências de capital.
e) as dotações esporádicas.

Resposta no caput do artigo 12 da Lei n. 4.320/64. Confira:

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras

Letra b.

043. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa que informa quais


as operações desconsideradas pela Lei de Orçamentos, segundo a Lei n. 4.320/64, art. 3º.
a) De crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas
compensatórias, no ativo e passivo financeiros.
b) As dotações globais destinadas a atender indiferentemente as despesas de pessoal.
c) De crédito por antecipação da receita, exclusivamente para atender a insuficiências de
caixa.
d) De consolidação de cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra,
incluindo as despesas.
e) De financiamento de crédito, por receitas correntes e de capital, bem como por despesas
de capital.

A VUNESP, em outras palavras, questiona acerca das operações extraorçamentárias, ou seja,


aquelas que devem ser excluídas da Lei de Orçamento (não necessitam de autorização do
Parlamento para serem executadas), de acordo com a Lei n. 4.320/1964. Confira:

Art. 3º. A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de


crédito autorizadas em lei.

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Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias,
no ativo e passivo financeiros.

Letra a.

044. (VUNESP/PREF-REGISTRO/CONTADOR/2018) A classificação institucional reflete


a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis
hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Isto posto, conforme o art. 14
da Lei n. 4.320/64, a unidade orçamentária é constituída por
a) agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão
consignadas dotações próprias.
b) dotações orçamentárias de uma unidade administrativa.
c) programas de aplicação comum que permite a consolidação nacional dos gastos do setor
público.
d) agrupamento de Receitas Correntes, somente.
e) órgãos oficiais de fiscalização.

Resposta no artigo 14 da Lei n. 4.320/64. Confira:

Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo


órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.

Letra a.

045. (VUNESP/CM-COTIA/CONTADOR/2017) O empenho de despesa é o ato emanado de


autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não
de implemento de condição.
Baseado nessa premissa, é correto afirmar:
a) o empenho poderá ser realizado, mesmo acima do limite concedido, desde que aprovado
recurso para o crédito adicional.
b) o empenho da despesa ocorrerá no momento da contratação do recurso e independe
de crédito adicional.
c) o empenho poderá ser liquidado mediante apresentação da documentação fiscal pelo
fornecedor.
d) o empenho pode ser ordinário, o que significa o pagamento parcelado.
e) o empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.

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a) Errada, já que não pode (artigo 59 acima)


b) Errada, já que o empenho pode depender de crédito adicional, uma vez que não pode
exceder o limite de crédito.
c) Errada, já que a nota fiscal é emitida quando realizado o pedido, a liquidação é feita
quando o serviço estiver entregue.
d) Errada, já que para pagamentos parcelados, o empenho deve ser global.
e) Certa. Resposta no caput do artigo 59. Confira:

Art. 59 O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.

Letra e.

046. (CONSULPLAN/MPE-PA/TÉCNICO/2022) A Lei n. 4.320/1964 trata, também, da


classificação da despesa por categoria econômica. Considerando o disposto em referida
Lei, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Assim como no caso da receita, os itens da discriminação da despesa serão identificados
por números de código decimal.
b) O grupo de natureza da despesa é um agregador de elemento de despesa com as mesmas
características quanto ao objeto de gasto.
c) Considera-se inversões financeiras, despesas orçamentárias com a aquisição de aquisição
de títulos representativos do capital de empresas, já constituídas, quando a operação não
importe aumento do capital.
d) Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da
atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária,
são classificadas no grupo de inversões financeiras.

a) Errada. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 8º, §1º. Os itens da discriminação da receita e da despesa, mencionados nos artigos 11,
§ 4º, e 13, serão identificados por números de códigos decimal, na forma dos Anexos n.s 3 e 4.

b) Errada. Confira no MTO:

4.6.2.1.2 Grupo de Natureza da Despesa


O GND é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao
objeto de gasto.

c) Errada. Confira na Lei n. 4.320/1964:

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Art. 12, 5º. Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:


I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais
ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

d) Certa. Note que a questão pede para marcarmos a incorreta, que é a letra D, já que esses
gastos devem ser classificados como Amortização da Dívida. Confira no MCASP:

6 – Amortização da Dívida
Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização
monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

Letra d.

047. (CONSULPLAN/MPE-PA/TÉCNICO/2022) O direito financeiro tem por objeto a disciplina


jurídica de toda a atividade financeira do Estado. O direito tributário tem por objeto
específico a disciplina jurídica de uma das origens da receita pública: o tributo. Para além
dos aspectos jurídicos, importante conhecer, tecnicamente, o funcionamento do sistema
de planejamento, bem como o processo de orçamentação. Considerando os atores que
participam do processo de orçamentação, analise as afirmativas a seguir.
I – “______________________: órgãos ou estruturas funcionais que detêm informações
especializadas sobre aspectos fundamentais da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).”
II – “______________________: unidades de planejamento e orçamento que desempenham
o papel de coordenação dos processos do ciclo orçamentário no seu âmbito de atuação,
integrando e articulando o trabalho das suas unidades administrativas.”
III – “______________________: unidades de planejamento e orçamento responsáveis pela
coordenação dos processos do ciclo orçamentário no nível subsetorial, sob orientação
normativa e supervisão técnica do órgão central.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.
a) I – Órgãos Setoriais (OSs) II – Ministério Público III – Agentes Técnicos (ATs)
b) I – Ministério Público II – Órgãos Setoriais (OSs) III – Subsecretarias de Finanças
c) I – Agentes Técnicos (ATs) II – Unidades Orçamentárias (UOs) III – Órgãos Setoriais (OSs)
d) I – Subsecretarias de Gestão Fiscal II – Unidades Administrativas III – Subsecretarias de
Finanças

I – Agente Técnico, conforme MTO 2022:

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

Atores Quem são? O que fazem?

Apresentam propostas de emenda


Órgãos ou estruturas funcionais
e justificativas; encaminham
q u e d e té m i n fo r m a ç õ e s
propostas de emenda para SOF;
Agentes Técnicos (ATs) especializadas sobre aspectos
emitem pareceres, sob demanda,
fundamentais da LDO. Vide
acerca de emendas em temas de
item 5.1.
sua especialidade.

II – Unidade Orçamentária, conforme MTO 2022:


Atores Quem são? O que fazem?

Unidades de planejamento e
orçamento que desempenham
o papel de coordenação dos
processos do ciclo orçamentário
Apresentam propostas de
no seu âmbito de atuação,
emenda e justificativas;
Unidades Orçamentárias (UOs) integrando e articulando o
encaminham propostas
trabalho das suas unidades
para OS.
administrativas, sob orientação
normativa e supervisão técnica
do órgão central e do respectivo
órgão setorial.

III – Órgão Setorial, conforme MTO 2022:


Atores Quem são? O que fazem?
Unidades de planejamento e
orçamento responsáveis pela Solicitam a participação das
coordenação dos processos UOs; analisam propostas
do ciclo orçamentário no das UOs, apresentam
Órgãos Setoriais (OSs)
nível subsetorial (Unidade propostas de emenda e
Orçamentária), sob orientação justificativas; encaminham
normativa e supervisão técnica propostas para SOF.
do órgão central.

Letra c.

048. (CONSULPLAN/FUNPREV/CONTADOR/2021) “A classificação da despesa orçamentária,


segundo a sua natureza, compõe-se de: a. Categoria Econômica; b. Grupo de Natureza
da Despesa; c. Elemento de Despesa. A natureza da despesa será complementada pela
informação gerencial denominada ___________________, que tem por finalidade indicar
se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma
esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva,
precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou
descentralizados.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
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Despesa Pública – Parte I
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a) projeto
b) atividade
c) programa
d) modalidade de aplicação

Trata-se da Modalidade de Aplicação. Confira esse e os demais conceitos no MCASP:

A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “Modalidade


de Aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por
órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação
e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla
contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.
a. Atividade
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta
um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e
Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”.
b. Projeto
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para
a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da rede nacional
de bancos de leite humano”.
c. Operação Especial
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de
governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de
bens ou serviços.

Letra d.

049. (CONSULPLAN/PREF-CORBÉLIA/CONTADOR/2021) Um ente público municipal teve


despesas, já com dotações destinadas para tal, na Lei Orçamentária Anual de 2021, com
a aquisição de um terreno para construção de escola pública e com a participação na
constituição de empresa comercial. Em relação à Categoria Econômica tais despesas são
classificadas como Despesas de Capital; já em relação ao Grupo de Despesas, as referidas
despesas deverão ser classificadas, respectivamente, como:
a) Investimentos; inversões financeiras.
b) Pessoal e encargos sociais; investimentos.
c) Inversões financeiras; amortização da dívida.
d) Outras despesas correntes; juros e encargos da dívida.

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

Confira no MCASP:

4 – Investimentos
Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive
com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
5 – Inversões Financeiras
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização;
aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição
ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.

Letra a.

050. (IADES/SEAGRI-DF/ANALISTA/2023) O orçamento público é muito mais do que um plano


de contas organizado segundo um conjunto de normas específicas. No modelo orçamentário
brasileiro, podem ser observados diversos critérios de classificação da despesa com objetivos
diferentes. A classificação que tem como característica a identificação imediata de cada
tipo de gasto – por exemplo, remuneração de pessoal, material de consumo, investimentos,
entre outros – e é utilizada pela Administração Pública para a consecução de seus fins é a
classificação
a) funcional.
b) programática.
c) por elementos.
d) institucional.
e) econômica de despesa.

O enunciado da questão se refere à classificação por elementos. Confira no MCASP:

4.2.4.5. Elemento de Despesa Orçamentária


Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros,
diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções
sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros
que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. A descrição dos elementos
pode não contemplar todas as despesas a eles inerentes, sendo, em alguns casos, exemplificativa.

Letra c.

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051. (IADES/SEPLAD-DF/ANALISTA/2023) Assinale a alternativa correspondente ao ato


emanado de autoridade competente, que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição, referente a estágio da despesa pública.
a) Liquidação
b) Previsão
c) Despesa a pagar
d) Despesas de exercícios anteriores
e) Empenho

É a fase de empenho da despesa. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

Letra e.

052. (IADES/ADASA/REGULADOR/2022) No que se refere à despesa orçamentária, assinale


a alternativa correta.
a) Despesas orçamentárias que não reduzem a situação líquida patrimonial independem
de autorização legislativa.
b) Somente as despesas que cumpriram os três estágios (empenho, liquidação e pagamento)
são consideradas despesas do exercício.
c) No caso do serviço de fornecimento de água, cujo montante não se pode determinar
previamente, deve-se adotar o empenho global.
d) Despesas correntes que configurem fatos permutativos são classificadas como despesa
orçamentária não efetiva.
e) O resgate de operações de crédito por antecipação de receita, por ser uma despesa de
capital, classifica-se como despesa orçamentária não efetiva.

a) Errada. Não necessariamente. Uma Despesa de Capital, por exemplo, depende de


autorização legislativa e é uma despesa não efetiva (não reduz a situação líquida patrimonial).
b) Errada. Não necessariamente. No enfoque orçamentário, as despesas realizadas são
aquelas que foram empenhadas.
c) Errada. Deve ser usado o empenho estimativo.
d) Certa. Confira no MCASP:

Em geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente. Entretanto, pode haver


despesa corrente não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de materiais

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para estoque e a despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos. A


despesa não efetiva normalmente se enquadra como despesa de capital. Entretanto, há despesa
de capital que é efetiva como, por exemplo, as transferências de capital, que causam variação
patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva.

e) Errada. Na verdade, o resgate de operações de crédito por ARO é um dispêndio


extraorçamentário. Confira no MCASP:

Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo
determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar,
resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios.

Letra d.

053. (IADES/CAU-MS/CONTADOR/2021-ADAPTADA) Tendo por base a classificação tratada


na Lei Federal n. 4.320/1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração
e controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito
Federal, as dotações destinadas a aquisições de imóveis denominam-se
a) despesas de custeio.
b) despesas correntes.
c) inversões financeiras.
d) transferências correntes.
e) operações de crédito.

Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 12, §5º. Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:


I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais
ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

Como a despesa com aquisição de imóveis é uma despesa de capital, já eliminamos as letras
A, B e D. Na letra E temos uma despesa de capital, mas com operações de crédito.
Letra c.

054. (IADES/CAU-MS/CONTADOR/2021) A verificação do direito adquirido pelo credor com


a finalidade de apurar o objeto, o valor a pagar e a quem se deve pagar para extinguir a
obrigação, é realizada no estágio do(a)

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a) liquidação da despesa pública.


b) empenho da receita pública.
c) pagamento da despesa pública.
d) fixação da despesa pública.
e) programação da receita pública.

É a fase de liquidação da despesa. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo
por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§1º. Essa verificação tem por fim apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
II – a importância exata a pagar;
III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§2º. A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II – a nota de empenho;
III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

Letra a.

055. (IADES/IGEPREV/TÉCNICO/2018) A classificação da despesa pública por esfera


orçamentária utiliza os códigos 10, 20 e 30, que identificam, respectivamente,
a) Despesa Orçamentária, Despesa Extraorçamentária e Outras Despesas.
b) Recursos do Tesouro, Recursos de Transferência e Recursos de Outras Fontes.
c) Despesas Correntes, Despesas de Capital e Outras Despesas.
d) Orçamento Fiscal, Orçamento de Seguridade Social e Orçamento de Investimentos.
e) Atividade, Projeto e Operações Especiais.

Confira no MTO:

CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA


Na LOA, a esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal (F),
da Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I), conforme disposto no § 5º
do art. 165 da CF. Na LOA, o classificador de esfera é identificado com as letras “F”, “S” ou “I”. Na
base de dados do SIOP, o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e
será associado à ação orçamentária:

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Letra d.

056. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) A respeito da despesa pública, o empenho é definido


como ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição. Em relação a esse assunto, a
modalidade utilizada quando o valor exato da despesa é conhecido e cujo pagamento ocorre
de uma só vez é o (a)
a) empenho estimativo.
b) empenho ordinário.
c) nota de empenho.
d) ordem de pagamento.
e) empenho global.

O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no art. 58 da Lei n.


4.320/1964, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria
para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. O
empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações orçamentárias
destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas com montante previamente conhecido
e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o empenho global atende às despesas com montante previamente conhecido, mas cujo
pagamento seja parcelado.
Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente, usa-
se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc.
Letra b.

057. (AOCP/SUSIPE/TÉCNICO/2018) As despesas orçamentárias são classificadas em


institucional, funcional, por programas e segundo a natureza econômica. Assinale a alternativa
que apresenta a categoria atividade e sua classificação.

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a) Instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos


objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual,
classificação institucional.
b) Envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente,
das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo, classificação
por programa.
c) Envolve um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto
que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo, classificação
por programa.
d) Contribui para a formação ou aquisição de bens de capital e de produtos para revenda,
concessão e empréstimos e amortização de dívidas, classificação segundo a natureza
econômica.
e) Dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas
a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis, classificação institucional
e funcional.

Vamos primeiro ver um resumo acerca da classificação da despesa em função da estrutura


programática:
O orçamento está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações
sob a forma
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo,
Projeto
das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o
aperfeiçoamento da ação de governo.
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou
Operação especial aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto
e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo
Atividade
contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário
à manutenção da ação de Governo

a) Errada, já que é a classificação por estrutura programática que classifica a despesa em


ações.
b) Certa. Agora já podemos notar que a correta é a letra B, atividade, aquele instrumento
de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto
de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
c) Errada, já que a característica “Limitada no tempo” indica que é um Projeto.

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d) Errada, já que a classificação por estrutura programática que classifica a despesa


segundo as ações.
e) Errada, já que inexiste relação com a classificação institucional e funcional.
Letra b.

058. (AOCP/PREF-JF/TÉCNICO-CONTADOR/2016) Assinale a alternativa que apresenta os


estágios, em ordem sequencial, da etapa da despesa orçamentária denominada execução.
a) Fixação, Liquidação e Pagamento.
b) Fixação, Licitação e Pagamento.
c) Empenho, Programação e Pagamento.
d) Empenho, Liquidação e Pagamento.
e) Fixação, Empenho e Pagamento.

A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que conforme


previsto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.
O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no art. 58 da Lei n.
4.320/64, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria
para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
O empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações orçamentárias
destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e
serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320, de 17/03/64, a
liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo
por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
O pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante do art. 64
da Lei n. 4.320/64 define: a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga.
Letra d.

059. (FUNDATEC/PREF-VACARIA/TÉCNICO/2021) As dotações para manutenção de serviços


anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação
de bens imóveis, são denominadas:
a) Despesas Correntes.
b) Despesas de Capital.
c) Transferências Correntes.
d) Transferências de Capital.
e) Despesas de Custeio.

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São despesas de custeio, que integram o grupo de despesas correntes. Confira na literalidade
da Lei n. 4.320/1964:

Art. 12, §1º. Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação
de bens imóveis.

Letra e.

060. (FUNDATEC/PREF-TRAMANDAÍ/OFICIAL/2021) O Art. 61 da Lei Federal n. 4.320/1964


estabelece que para cada empenho será extraído um documento denominado ________________,
que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa pública.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
a) ordem de serviço
b) ordem de pagamento
c) nota de empenho
d) nota de liquidação

Confira na literalidade da Lei n. 4.320/1964:

Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado “nota de empenho” que
indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução
desta do saldo da dotação própria.

Letra c.

Caro(a) aluno(a), como diria Mark Twain:

Daqui a vinte anos, você não terá arrependimento das coisas que fez, mas das que deixou de
fazer. Por isso, veleje longe do seu porto seguro. Pegue os ventos. Explore. Sonhe. Descubra.

ESTUDE!
Faça o seu melhor!
Isso é o que importa. O resto é consequência...
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.

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Pode ser?
Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
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REFERÊNCIAS

PISCITELLI, Tathiane. Direito Financeiro. 6ª Edição. São Paulo: Editora Método, 2017.

PALUDO, Augustinho. Orçamento Público, AFO e LRF. 10ª Edição. Salvador: Editora
Juspodivm, 2020.

HARADA, Kyoshi. Direito Financeiro e Tributário. São Paulo: Editora Atlas, 2021.

PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. 10ª Edição. São Paulo: Editora
Método, 2019.

GIACOMONI, James. Orçamento Público. 17ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2019.

PACELLI, Giovanni. Administração Financeira e Orçamentária. 2ª Edição. Salvador: Editora


Juspodivm, 2019.

LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 9ª Edição. Salvador: Editora


Juspodivm, 2020.

NASCIMENTO, Sávio. Finanças Públicas. 1ª edição. São Paulo: Editora Campus, 2013.

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