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ADMINISTRATIVO
Lei n. 13.460/2017 – Lei do Usuário do
Serviço Público
Livro Eletrônico
DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 13.460/2017 – Lei do Usuário do Serviço Público
Adriel Sá
Sumário
Lei n. 13.460/2017 – Lei do Usuário do Serviço Público. ...........................................................................3
1. Do que Trata a Lei n. 13.460/2017?. . ..................................................................................................................3
2. Conceitos e Princípios da Lei n. 13.460/2017..............................................................................................4
2.1. A Quem se Aplica?.. ..................................................................................................................................................4
2.2. Conceitos......................................................................................................................................................................5
2.3 Princípios para a Adequada Realização dos Serviços Públicos e Atendimento dos
Usuários.................................................................................................................................................................................5
3. Dos Direitos e Deveres dos Usuários..............................................................................................................6
3.1. Direitos Básicos dos Usuários. . ........................................................................................................................7
3.2. Carta de Serviços ao Usuário............................................................................................................................7
3.3. Deveres do Usuário................................................................................................................................................8
4. Das Manifestações dos Usuários de Serviços Públicos.......................................................................8
5. Ouvidorias..................................................................................................................................................................... 10
6. Conselhos de Usuários. . ..........................................................................................................................................11
7. Avaliação Continuada dos Serviços Públicos. ..........................................................................................13
8. Lei n. 13.460/2017 – Lei do Usuário do Serviço Público. ....................................................................13
Resumo................................................................................................................................................................................20
Exercícios............................................................................................................................................................................23
Gabarito................................................................................................................................................................................41
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................42
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EXEMPLO
Nesse contexto, surgem mecanismos para aprimorar cada vez mais os serviços prestados. Ima-
gine a seguinte situação hipotética: determinada companhia de energia elétrica, constituída na
forma de empresa pública (portanto, integrante da Administração Pública) desliga a energia –
serviço essencial – de todos os usuários, causando verdadeiro caos. Ora, esses usuários não
podem ficar desamparados; é necessário que haja meios de efetuar uma reclamação para que o
serviço volte a ser prestado adequadamente.
Um exemplo típico são as ouvidorias, órgãos criados internamente pelas instituições que per-
mitem aos usuários dos serviços protocolarem manifestações e denúncias para a melhoria dos
serviços prestados.
A Lei n. 13.460/2017 veio para regulamentar o disposto no art. 37, §3º, inciso I, que assim
estabeleceu:
Pois bem! Para uma melhor compreensão da temática, precisamos estudar alguns conceitos
e princípios trazidos pela legislação e que, frequentemente, são objetos de cobranças em prova.
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Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do
usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública.
§ 1º O disposto nesta Lei aplica-se à administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do inciso I do § 3º do art. 37 da Constituição Federal.
§ 2º A aplicação desta Lei não afasta a necessidade de cumprimento do disposto:
I – em normas regulamentadoras específicas, quando se tratar de serviço ou atividade sujeitos a
regulação ou supervisão; e
II – na Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, quando caracterizada relação de consumo.
§ 3º Aplica-se subsidiariamente o disposto nesta Lei aos serviços públicos prestados por particular.
Como vimos, a lei n. 13.460/2017 se aplica aos serviços públicos prestados direta ou indireta-
mente pela administração pública, logo abrange todos os órgãos e entidades do poder público
que de qualquer forma preste serviços públicos. Assim estabelece o §1º do art. 1º da lei:
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§ 1º O disposto nesta Lei aplica-se à administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do inciso I do § 3º do art. 37 da Constituição Federal.
Vale frisar que essa lei também se aplica, de forma subsidiária, aos serviços públicos prestados
por particular, ou seja, na ausência de outra lei específica será aplicável a lei n. 13.460/2017.
Letra e.
2.2. Conceitos
A lei traz alguns conceitos interessantes e que são frequentemente cobrados em provas;
vejamos (art. 2º da Lei):
• Usuário: pessoa física ou jurídica que se beneficia ou utiliza, efetiva ou potencialmente,
de serviço público;
• Serviço Público: atividade administrativa ou de prestação direta ou indireta de bens ou
serviços à população, exercida por órgão ou entidade da administração pública;
• Administração Pública: órgão ou entidade integrante da administração pública de qual-
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a Advoca-
cia Pública e a Defensoria Pública;
• Agente Público: quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou
militar, ainda que transitoriamente ou sem remuneração;
• Manifestações: reclamações, denúncias, sugestões, elogios e demais pronunciamentos
de usuários que tenham como objeto a prestação de serviços públicos e a conduta de
agentes públicos na prestação e fiscalização de tais serviços.
• Carta de Serviços ao Usuário: É o meio pelo qual a Administração Pública ou o presta-
dor de serviços informa o usuário sobre os serviços prestados pelo órgão ou entidade,
as formas de acesso a esses serviços e seus compromissos e padrões de qualidade
de atendimento ao público. É como um grande menu, onde constam os serviços e as
formas de acesso.
Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário serão realizados de forma adequada, ob-
servados os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, genera-
lidade, transparência e cortesia.
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• Efetividade;
• Segurança;
• Atualidade;
• Generalidade;
• Transparência e
• Cortesia.
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
I – urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no atendimento aos usuários;
II – presunção de boa-fé do usuário;
III – atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos de urgência e aqueles em que houver
possibilidade de agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas com deficiência, aos
idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo;
IV – adequação entre meios e fins, vedada a imposição de exigências, obrigações, restrições e san-
ções não previstas na legislação;
V – igualdade no tratamento aos usuários, vedado qualquer tipo de discriminação;
VI – cumprimento de prazos e normas procedimentais;
VII – definição, publicidade e observância de horários e normas compatíveis com o bom atendimen-
to ao usuário;
VIII – adoção de medidas visando a proteção à saúde e a segurança dos usuários;
IX – autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados pelo
usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenticidade;
X – manutenção de instalações salubres, seguras, sinalizadas, acessíveis e adequadas ao serviço
e ao atendimento;
XI – eliminação de formalidades e de exigências cujo custo econômico ou social seja superior ao
risco envolvido;
XII – observância dos códigos de ética ou de conduta aplicáveis às várias categorias de agentes
públicos;
XIII – aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar processos e procedimentos de aten-
dimento ao usuário e a propiciar melhores condições para o compartilhamento das informações;
XIV – utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estran-
geirismos;
XV – vedação da exigência de nova prova sobre fato já comprovado em documentação válida apre-
sentada; e
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XVI – comunicação prévia ao consumidor de que o serviço será desligado em virtude de inadimple-
mento, bem como do dia a partir do qual será realizado o desligamento, necessariamente durante
horário comercial.
I – serviços oferecidos;
II – requisitos, documentos, formas e informações necessárias para acessar o serviço;
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III – principais etapas para processamento do serviço;
IV – previsão do prazo máximo para a prestação do serviço;
V – forma de prestação do serviço; e
VI – locais e formas para o usuário apresentar eventual manifestação sobre a prestação do serviço.
Além disso, a Carta de Serviços ao Usuário também deve detalhar os compromissos e pa-
drões de qualidade do atendimento relativos, no mínimo, aos seguintes aspectos:
I – prioridades de atendimento;
II – previsão de tempo de espera para atendimento;
III – mecanismos de comunicação com os usuários;
IV – procedimentos para receber e responder as manifestações dos usuários; e
V – mecanismos de consulta, por parte dos usuários, acerca do andamento do serviço solicitado e
de eventual manifestação.
Obs.: Importante ressaltar que a Carta de Serviços ao Usuário será objeto de atualização
periódica e de permanente divulgação mediante publicação em sítio eletrônico do
órgão ou entidade na internet.
O usuário dos serviços públicos também possui deveres. Nesse sentido, o art. 8º da lei esta-
belece quais são os deveres dos usuários. Vejamos quais são eles:
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Caso não haja ouvidoria, o usuário poderá apresentar manifestações diretamente ao ór-
gão ou entidade responsável pela execução do serviço e ao órgão ou entidade a que se su-
bordinem ou se vinculem.
Outra questão relevante é a forma pela qual o usuário poderá protocolar a sua manifestação.
De acordo com o § 4º do art. 10 da lei, a manifestação poderá ser feita por meio eletrônico, ou
correspondência convencional, ou verbalmente, hipótese em que deverá ser reduzida a termo.
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5. Ouvidorias
Como mencionamos anteriormente, as ouvidorias são os Órgãos para os quais o usuário
de serviços públicos direciona a sua manifestação em relação a determinado serviço. É co-
mum que cada órgão ou entidade possua a sua ouvidoria e crie um canal de atendimento de
fácil acesso aos usuários.
A lei determina que as ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras
estabelecidas em regulamento específico (Art. 13 da Lei n. 13.460/2017):
Perceba que as ouvidorias possuem papel auxiliar na prestação dos serviços públicos. As-
sim, fique atento aos verbos principais acerca das atribuições das ouvidorias: “propor aperfei-
çoamentos”; “auxiliar”; “propor a adoção de medidas”; “receber, analisar e encaminhar às au-
toridades competentes as manifestações”; e “promover a adoção de mediação e conciliação”.
Note que não cabe às ouvidorias o julgamento das manifestações ou decisões em proce-
dimentos administrativos!
O trâmite adequado, regra geral, quando do recebimento de manifestações pela ouvidoria
é: receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações. Após, a
autoridade competente devolve para a comunicação ao usuário.
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Para melhor fixar o conteúdo relativo ao trâmite das manifestações na ouvidoria vamos
esquematizar!
6. Conselhos de Usuários
A Lei n. 13.460/2017 possibilita e estimula a participação dos usuários no acompanhamen-
to da prestação e na avaliação dos serviços públicos. Essa participação se dá primordialmente
através dos conselhos de usuários, podendo também haver outras formas de participação
previstas em outras legislações.
Os Conselhos de Usuários são APENAS órgãos consultivos, dotados das seguintes
atribuições:
Note que não há previsão de atribuições aos Conselhos de Usuários no sentido de delibe-
rar/decidir; daí depreende-se que possuem apenas caráter CONSULTIVO.
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Art. 19. A composição dos conselhos deve observar os critérios de representatividade e pluralida-
de das partes interessadas, com vistas ao equilíbrio em sua representação.
Parágrafo único. A escolha dos representantes será feita em processo aberto ao público e diferen-
ciado por tipo de usuário a ser representado.
Art. 19. A composição dos conselhos deve observar os critérios de representatividade e pluralidade
das partes interessadas, com vistas ao equilíbrio em sua representação.
a) Errada. A participação do usuário no conselho será considerada serviço relevante e deverá
ser remunerada.
Não haverá remuneração, conforme o art. 21 da lei:
Art. 21. A participação do usuário no conselho será considerada serviço relevante e sem remuneração.
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Vigora o princípio da ampla publicidade e transparência, razão pela qual o processo de escolha
dos representantes dos usuários será ABERTO AO PÚBLICO. Além do mais, não é “RESTRITO
EXCLUSIVAMENTE ao tipo de usuário a ser representado”, e sim “DIFERENCIADO por tipo de
usuário”. Veja o que dispõe o parágrafo único do art. 19:
Art. 19 (...) Parágrafo único. A escolha dos representantes será feita em processo aberto ao público
e diferenciado por tipo de usuário a ser representado.
Letra e.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do
usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública.
§ 1º O disposto nesta Lei aplica-se à administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do inciso I do § 3º do art. 37 da Constituição Federal .
§ 2º A aplicação desta Lei não afasta a necessidade de cumprimento do disposto:
I – em normas regulamentadoras específicas, quando se tratar de serviço ou atividade sujeitos a
regulação ou supervisão; e
II – na Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, quando caracterizada relação de consumo.
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§ 3º Aplica-se subsidiariamente o disposto nesta Lei aos serviços públicos prestados por particular.
Art. 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I – usuário - pessoa física ou jurídica que se beneficia ou utiliza, efetiva ou potencialmente, de
serviço público;
II – serviço público - atividade administrativa ou de prestação direta ou indireta de bens ou serviços
à população, exercida por órgão ou entidade da administração pública;
III – administração pública - órgão ou entidade integrante da administração pública de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a Advocacia Pública e a
Defensoria Pública;
IV – agente público - quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração; e
V – manifestações - reclamações, denúncias, sugestões, elogios e demais pronunciamentos de usu-
ários que tenham como objeto a prestação de serviços públicos e a conduta de agentes públicos na
prestação e fiscalização de tais serviços.
Parágrafo único. O acesso do usuário a informações será regido pelos termos da Lei n. 12.527, de
18 de novembro de 2011 .
Art. 3º Com periodicidade mínima anual, cada Poder e esfera de Governo publicará quadro geral dos
serviços públicos prestados, que especificará os órgãos ou entidades responsáveis por sua realiza-
ção e a autoridade administrativa a quem estão subordinados ou vinculados.
Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário serão realizados de forma adequada, obser-
vados os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, generalidade,
transparência e cortesia.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS BÁSICOS E DEVERES DOS USUÁRIOS
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
I – urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no atendimento aos usuários;
II – presunção de boa-fé do usuário;
III – atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos de urgência e aqueles em que houver
possibilidade de agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas com deficiência, aos
idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo;
IV – adequação entre meios e fins, vedada a imposição de exigências, obrigações, restrições e san-
ções não previstas na legislação;
V – igualdade no tratamento aos usuários, vedado qualquer tipo de discriminação;
VI – cumprimento de prazos e normas procedimentais;
VII – definição, publicidade e observância de horários e normas compatíveis com o bom atendimen-
to ao usuário;
VIII – adoção de medidas visando a proteção à saúde e a segurança dos usuários;
IX – autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados pelo
usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenticidade;
X – manutenção de instalações salubres, seguras, sinalizadas, acessíveis e adequadas ao serviço
e ao atendimento;
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XI – eliminação de formalidades e de exigências cujo custo econômico ou social seja superior ao
risco envolvido;
XII – observância dos códigos de ética ou de conduta aplicáveis às várias categorias de agentes públicos;
XIII – aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar processos e procedimentos de aten-
dimento ao usuário e a propiciar melhores condições para o compartilhamento das informações;
XIV – utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estran-
geirismos; e
XV – vedação da exigência de nova prova sobre fato já comprovado em documentação válida apresentada.
XVI – comunicação prévia ao consumidor de que o serviço será desligado em virtude de inadimple-
mento, bem como do dia a partir do qual será realizado o desligamento, necessariamente durante
horário comercial. (Incluído pela Lei n. 14.015, de 2020)
Parágrafo único. A taxa de religação de serviços não será devida se houver descumprimento da exigên-
cia de notificação prévia ao consumidor prevista no inciso XVI do caput deste artigo, o que ensejará a
aplicação de multa à concessionária, conforme regulamentação. (Incluído pela Lei n. 14.015, de 2020)
Art. 6º São direitos básicos do usuário:
I – participação no acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços;
II – obtenção e utilização dos serviços com liberdade de escolha entre os meios oferecidos e sem
discriminação;
III – acesso e obtenção de informações relativas à sua pessoa constantes de registros ou bancos
de dados, observado o disposto no inciso X do caput do art. 5º da Constituição Federal e na Lei n.
12.527, de 18 de novembro de 2011 ;
IV – proteção de suas informações pessoais, nos termos da Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011 ;
V – atuação integrada e sistêmica na expedição de atestados, certidões e documentos comproba-
tórios de regularidade; e
VI – obtenção de informações precisas e de fácil acesso nos locais de prestação do serviço, assim
como sua disponibilização na internet, especialmente sobre:
a) horário de funcionamento das unidades administrativas;
b) serviços prestados pelo órgão ou entidade, sua localização exata e a indicação do setor respon-
sável pelo atendimento ao público;
c) acesso ao agente público ou ao órgão encarregado de receber manifestações;
d) situação da tramitação dos processos administrativos em que figure como interessado; e
e) valor das taxas e tarifas cobradas pela prestação dos serviços, contendo informações para a
compreensão exata da extensão do serviço prestado.
VII – comunicação prévia da suspensão da prestação de serviço. (Incluído pela Lei n. 14.015, de 2020)
Parágrafo único. É vedada a suspensão da prestação de serviço em virtude de inadimplemento por
parte do usuário que se inicie na sexta-feira, no sábado ou no domingo, bem como em feriado ou no
dia anterior a feriado. (Incluído pela Lei n. 14.015, de 2020)
Art. 7º Os órgãos e entidades abrangidos por esta Lei divulgarão Carta de Serviços ao Usuário.
§ 1º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo informar o usuário sobre os serviços prestados
pelo órgão ou entidade, as formas de acesso a esses serviços e seus compromissos e padrões de
qualidade de atendimento ao público.
§ 2º A Carta de Serviços ao Usuário deverá trazer informações claras e precisas em relação a cada
um dos serviços prestados, apresentando, no mínimo, informações relacionadas a:
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I – serviços oferecidos;
II – requisitos, documentos, formas e informações necessárias para acessar o serviço;
III – principais etapas para processamento do serviço;
IV – previsão do prazo máximo para a prestação do serviço;
V – forma de prestação do serviço; e
VI – locais e formas para o usuário apresentar eventual manifestação sobre a prestação do serviço.
§ 3º Além das informações descritas no § 2º, a Carta de Serviços ao Usuário deverá detalhar os com-
promissos e padrões de qualidade do atendimento relativos, no mínimo, aos seguintes aspectos:
I – prioridades de atendimento;
II – previsão de tempo de espera para atendimento;
III – mecanismos de comunicação com os usuários;
IV – procedimentos para receber e responder as manifestações dos usuários; e
V – mecanismos de consulta, por parte dos usuários, acerca do andamento do serviço solicitado e
de eventual manifestação.
§ 4º A Carta de Serviços ao Usuário será objeto de atualização periódica e de permanente divulga-
ção mediante publicação em sítio eletrônico do órgão ou entidade na internet.
§ 5º Regulamento específico de cada Poder e esfera de Governo disporá sobre a operacionalização
da Carta de Serviços ao Usuário.
§ 6º Compete a cada ente federado disponibilizar as informações dos serviços prestados, conforme
disposto nas suas Cartas de Serviços ao Usuário, na Base Nacional de Serviços Públicos, mantida
pelo Poder Executivo federal, em formato aberto e interoperável, nos termos do regulamento do Po-
der Executivo federal. (Incluído pela Lei n. 14.129, de 2021) (Vigência)
Art. 8º São deveres do usuário:
I – utilizar adequadamente os serviços, procedendo com urbanidade e boa-fé;
II – prestar as informações pertinentes ao serviço prestado quando solicitadas;
III – colaborar para a adequada prestação do serviço; e
IV – preservar as condições dos bens públicos por meio dos quais lhe são prestados os serviços de
que trata esta Lei.
CAPÍTULO III
DAS MANIFESTAÇÕES DOS USUÁRIOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 9º Para garantir seus direitos, o usuário poderá apresentar manifestações perante a administra-
ção pública acerca da prestação de serviços públicos.
Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou entidade responsável e conterá a iden-
tificação do requerente.
§ 1º A identificação do requerente não conterá exigências que inviabilizem sua manifestação.
§ 2º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da apresentação de
manifestações perante a ouvidoria.
§ 3º Caso não haja ouvidoria, o usuário poderá apresentar manifestações diretamente ao órgão ou enti-
dade responsável pela execução do serviço e ao órgão ou entidade a que se subordinem ou se vinculem.
§ 4º A manifestação poderá ser feita por meio eletrônico, ou correspondência convencional, ou ver-
balmente, hipótese em que deverá ser reduzida a termo.
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§ 5º No caso de manifestação por meio eletrônico, prevista no § 4º, respeitada a legislação específi-
ca de sigilo e proteção de dados, poderá a administração pública ou sua ouvidoria requerer meio de
certificação da identidade do usuário.
§ 6º Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei deverão colocar à disposição do usuá-
rio formulários simplificados e de fácil compreensão para a apresentação do requerimento previsto
no caput , facultada ao usuário sua utilização.
§ 7º A identificação do requerente é informação pessoal protegida com restrição de acesso nos
termos da Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011 .
Art. 10-A. Para fins de acesso a informações e serviços, de exercício de direitos e obrigações ou
de obtenção de benefícios perante os órgãos e as entidades federais, estaduais, distritais e mu-
nicipais ou os serviços públicos delegados, a apresentação de documento de identificação com
fé pública em que conste o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) será sufi-
ciente para identificação do cidadão, dispensada a apresentação de qualquer outro documento.
(Incluído pela Lei n. 14.129, de 2021) (Vigência)
§ 1º Os cadastros, os formulários, os sistemas e outros instrumentos exigidos dos usuários para a
prestação de serviço público deverão disponibilizar campo para registro do número de inscrição no
CPF, de preenchimento obrigatório, que será suficiente para sua identificação, vedada a exigência de
apresentação de qualquer outro número para esse fim. (Redação dada pela Lei nº 14.534, de 2023)
§ 2º O número de inscrição no CPF poderá ser declarado pelo usuário do serviço público, desde que
acompanhado de documento de identificação com fé pública, nos termos da lei. (Incluído pela Lei n.
14.129, de 2021) (Vigência)
§ 3º Ato de cada ente federativo ou Poder poderá dispor sobre casos excepcionais ao previsto no
caput deste artigo. (Incluído pela Lei n. 14.129, de 2021) (Vigência)
Art. 11. Em nenhuma hipótese, será recusado o recebimento de manifestações formuladas nos
termos desta Lei, sob pena de responsabilidade do agente público.
Art. 12. Os procedimentos administrativos relativos à análise das manifestações observarão os
princípios da eficiência e da celeridade, visando a sua efetiva resolução.
Parágrafo único. A efetiva resolução das manifestações dos usuários compreende:
I – recepção da manifestação no canal de atendimento adequado;
II – emissão de comprovante de recebimento da manifestação;
III – análise e obtenção de informações, quando necessário;
IV – decisão administrativa final; e
V – ciência ao usuário.
CAPÍTULO IV
DAS OUVIDORIAS
Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em
regulamento específico:
I – promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras enti-
dades de defesa do usuário;
II – acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade;
III – propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços;
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IV – auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios
estabelecidos nesta Lei;
V – propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determi-
nações desta Lei;
VI – receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhando o tra-
tamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a que se vincula; e
VII – promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública,
sem prejuízo de outros órgãos competentes.
Art. 14. Com vistas à realização de seus objetivos, as ouvidorias deverão:
I – receber, analisar e responder, por meio de mecanismos proativos e reativos, as manifestações
encaminhadas por usuários de serviços públicos; e
II – elaborar, anualmente, relatório de gestão, que deverá consolidar as informações mencionadas
no inciso I, e, com base nelas, apontar falhas e sugerir melhorias na prestação de serviços públicos.
Art. 15. O relatório de gestão de que trata o inciso II do caput do art. 14 deverá indicar, ao menos:
I – o número de manifestações recebidas no ano anterior;
II – os motivos das manifestações;
III – a análise dos pontos recorrentes; e
IV – as providências adotadas pela administração pública nas soluções apresentadas.
Parágrafo único. O relatório de gestão será:
I – encaminhado à autoridade máxima do órgão a que pertence a unidade de ouvidoria; e
II – disponibilizado integralmente na internet.
Art. 16. A ouvidoria encaminhará a decisão administrativa final ao usuário, observado o prazo de trinta dias,
prorrogável de forma justificada uma única vez, por igual período.
Parágrafo único. Observado o prazo previsto no caput , a ouvidoria poderá solicitar informações e esclare-
cimentos diretamente a agentes públicos do órgão ou entidade a que se vincula, e as solicitações devem
ser respondidas no prazo de vinte dias, prorrogável de forma justificada uma única vez, por igual período.
Art. 17. Atos normativos específicos de cada Poder e esfera de Governo disporão sobre a organiza-
ção e o funcionamento de suas ouvidorias.
CAPÍTULO V
DOS CONSELHOS DE USUÁRIOS
Art. 18. Sem prejuízo de outras formas previstas na legislação, a participação dos usuários no
acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços públicos será feita por meio de con-
selhos de usuários.
Parágrafo único. Os conselhos de usuários são órgãos consultivos dotados das seguintes atribuições:
I – acompanhar a prestação dos serviços;
II – participar na avaliação dos serviços;
III – propor melhorias na prestação dos serviços;
IV – contribuir na definição de diretrizes para o adequado atendimento ao usuário; e
V – acompanhar e avaliar a atuação do ouvidor.
Art. 19. A composição dos conselhos deve observar os critérios de representatividade e pluralidade
das partes interessadas, com vistas ao equilíbrio em sua representação.
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Parágrafo único. A escolha dos representantes será feita em processo aberto ao público e diferen-
ciado por tipo de usuário a ser representado.
Art. 20. O conselho de usuários poderá ser consultado quanto à indicação do ouvidor.
Art. 21. A participação do usuário no conselho será considerada serviço relevante e sem remuneração.
Art. 22. Regulamento específico de cada Poder e esfera de Governo disporá sobre a organização e
funcionamento dos conselhos de usuários.
CAPÍTULO VI
DA AVALIAÇÃO CONTINUADA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 23. Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei deverão avaliar os serviços presta-
dos, nos seguintes aspectos:
I – satisfação do usuário com o serviço prestado;
II – qualidade do atendimento prestado ao usuário;
III – cumprimento dos compromissos e prazos definidos para a prestação dos serviços;
IV – quantidade de manifestações de usuários; e
V – medidas adotadas pela administração pública para melhoria e aperfeiçoamento da prestação
do serviço.
§ 1º A avaliação será realizada por pesquisa de satisfação feita, no mínimo, a cada um ano, ou por
qualquer outro meio que garanta significância estatística aos resultados.
§ 2º O resultado da avaliação deverá ser integralmente publicado no sítio do órgão ou entidade,
incluindo o ranking das entidades com maior incidência de reclamação dos usuários na periodici-
dade a que se refere o § 1º, e servirá de subsídio para reorientar e ajustar os serviços prestados, em
especial quanto ao cumprimento dos compromissos e dos padrões de qualidade de atendimento
divulgados na Carta de Serviços ao Usuário.
Art. 24. Regulamento específico de cada Poder e esfera de Governo disporá sobre a avaliação da
efetividade e dos níveis de satisfação dos usuários.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 25. Esta Lei entra em vigor, a contar da sua publicação, em:
I – trezentos e sessenta dias para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais
de quinhentos mil habitantes;
II – quinhentos e quarenta dias para os Municípios entre cem mil e quinhentos mil habitantes; e
III – setecentos e vinte dias para os Municípios com menos de cem mil habitantes.
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RESUMO
• Lei n. 13.460/2017: trata da participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos
serviços públicos da administração pública. Abrange:
− Administração Pública: em âmbito geral, seja direta ou indireta de qualquer dos Pode-
res da União, dos Estados, DF e Municípios prestadores de serviços públicos;
− Particulares: aplica-se, subsidiariamente, aos particulares prestadores de serviços
públicos.
• Princípios para a adequada prestação dos serviços públicos e atendimento aos usuários:
− Regularidade;
− Continuidade;
− Efetividade;
− Segurança;
− Atualidade;
− Generalidade;
− Transparência e
− Cortesia.
• Os agentes públicos e prestadores de serviços públicos devem observar as seguintes
diretrizes:
− Urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no atendimento aos usuários;
− Presunção de boa-fé do usuário;
− Atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos de urgência e aqueles em que
houver possibilidade de agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas
com deficiência, aos idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas
por crianças de colo;
− Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de exigências, obrigações, restri-
ções e sanções não previstas na legislação;
− Igualdade no tratamento aos usuários, vedado qualquer tipo de discriminação;
− Cumprimento de prazos e normas procedimentais;
− Definição, publicidade e observância de horários e normas compatíveis com o bom
atendimento ao usuário;
− Adoção de medidas visando a proteção à saúde e a segurança dos usuários;
− Autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apre-
sentados pelo usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em
caso de dúvida de autenticidade;
− Manutenção de instalações salubres, seguras, sinalizadas, acessíveis e adequadas
ao serviço e ao atendimento;
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EXERCÍCIOS
001. (VUNESP/ESCRITURÁRIO/CM POTIM/”SEM ÁREA”/2021) De acordo com a Lei no
13.460/2017, que dispõe sobre a proteção dos usuários dos serviços públicos, o atendimento
ao cidadão deverá observar os princípios da
a) regularidade, segurança e cortesia.
b) impessoalidade, moralidade e eficiência.
c) transparência, continuidade e celeridade.
d) atualidade, legalidade e pessoalidade.
e) disciplina, serenidade e efetividade.
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e) Tipos de serviços prestados; tempo estimado para entrega das solicitações; canais para
reclamação e divulgação de tabela de preços.
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A sequência correta é
a) V - F - F - F.
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b) F - V - V - V.
c) V - V - F - F.
d) F - F - V - V.
e) F - V - F - V.
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a) a participação do usuário no conselho será considerada serviço relevante e deverá ser remunerada.
b) o conselho de usuários é órgão consultivo e deliberativo.
c) o conselho de usuários deverá ser sempre consultado quanto à indicação do ouvidor.
d) a escolha dos representantes dos usuários será feita em processo fechado ao público, fican-
do restrito exclusivamente ao tipo de usuário a ser representado.
e) a composição do conselho de usuários deverá observar os critérios de representatividade e
pluralidade das partes interessadas, com vistas ao equilíbrio em sua representação.
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c) apenas II e IV.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
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a) apenas I.
b) apenas III.
c) apenas II e IV.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
049. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa que corresponde com uma das atribuições do
conselho de usuários, conforme Lei n. 13.460/2017:
a) Acompanhar a prestação dos serviços.
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050. (INÉDITA/2022) Tendo em vista as disposições da Lei n. 13.460/2017, que trata da proteção
dos usuários dos serviços públicos, o atendimento ao cidadão deverá observar os princípios da
a) continuidade, regularidade, segurança e cortesia.
b) continuidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.
c) regularidade, transparência, continuidade e celeridade.
d) regularidade, atualidade, legalidade e pessoalidade.
e) continuidade, disciplina, serenidade e efetividade.
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GABARITO
1. a 37. c
2. e 38. e
3. b 39. d
4. e 40. e
5. d 41. d
6. c 42. e
7. a 43. d
8. e 44. e
9. c 45. E
10. e 46. C
11. d 47. C
12. e 48. C
13. b 49. a
14. e 50. a
15. b
16. e
17. e
18. b
19. d
20. e
21. c
22. a
23. b
24. d
25. e
26. a
27. c
28. e
29. d
30. c
31. e
32. e
33. d
34. d
35. d
36. b
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GABARITO COMENTADO
001. (VUNESP/ESCRITURÁRIO/CM POTIM/”SEM ÁREA”/2021) De acordo com a Lei no
13.460/2017, que dispõe sobre a proteção dos usuários dos serviços públicos, o atendimento
ao cidadão deverá observar os princípios da
a) regularidade, segurança e cortesia.
b) impessoalidade, moralidade e eficiência.
c) transparência, continuidade e celeridade.
d) atualidade, legalidade e pessoalidade.
e) disciplina, serenidade e efetividade.
Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário serão realizados de forma adequada, ob-
servados os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, generali-
dade, transparência e cortesia.
Portanto, ao todo temos 8 princípios a serem observados:
• Princípios da regularidade,
• Continuidade,
• Efetividade,
• Segurança,
• Atualidade,
• Generalidade,
• Transparência; e
• Cortesia.
Desta forma, podemos identificar que as demais alternativas estão incorretas pelo seguinte:
b) Errada. “Impessoalidade, moralidade e eficiência” são princípios que regem a Administra-
ção pública, constantes no art. 37 da CF88. O examinador tentou confundir o candidato, por
isso fique atento!
c) Errada. Perceba que a celeridade não é um dos princípios acima mencionados. Os demais
estão corretos.
d) Errada. Não existe “princípio da pessoalidade” no âmbito da administração pública.
e) Errada. Pois os princípios da disciplina e da serenidade NÃO fazem parte do rol acima elen-
cado, tornando a alternativa incorreta.
Letra a.
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Nessa questão foi cobrado conhecimento da “letra da lei”, pois o examinador extraiu trechos
do art. 12 da Lei n. 13.460/2017 para formar a questão. Assim estabelece o dispositivo:
Art. 23. Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei deverão avaliar os serviços presta-
dos, nos seguintes aspectos:
(...)
§ 1º A avaliação será realizada por pesquisa de satisfação feita, no mínimo, a cada um ano, ou por
qualquer outro meio que garanta significância estatística aos resultados.
b) Errada. Pois o art. 21 da lei estabelece que “A participação do usuário no conselho será con-
siderada serviço relevante e sem remuneração”. Portanto, NÃO HÁ REMUNERAÇÃO para os
participantes do conselho como afirma o examinador
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Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou entidade responsável e conterá a
identificação do requerente.
Letra e.
Nessa questão foi abordada a temática direito de informação do usuário, especialmente aque-
las informações essenciais que devem estar claramente disponíveis aos usuários, as quais
estão elencados no art. 6º, inciso VI da Lei n. 13.460 que assim dispõe:
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c) acesso ao agente público ou ao órgão encarregado de receber manifestações;
d) situação da tramitação dos processos administrativos em que figure como interessado; e
e) valor das taxas e tarifas cobradas pela prestação dos serviços, contendo informações para a
compreensão exata da extensão do serviço prestado.
A letra B é a única que apresenta corretamente as informações essenciais disponíveis aos
usuários sendo, portanto, o gabarito.
Vejamos as demais alternativas:
a) Errada. Em nenhum momento a lei menciona a necessidade de fornecer o “nome do dirigen-
te máximo do órgão ou entidade”.
c) Errada. A lei não exige a comunicação do “tempo de espera estimado do serviço” no que se
refere aos serviços públicos da administração pública. Cuidado com a pegadinha! O examina-
dor tentou confundir o aluno, pois o §2º, IV da lei menciona que a Carta de Serviços ao Usuário
deve conter “previsão do prazo máximo para a prestação do serviço”, o que não se confunde
com a estimativa de espera.
d) Errada. A lei não exigi a comunicação do “nome de cada membro da equipe de funcionários”,
nem a “indicação de prazos estimados para cada serviço prestado”.
e) Errada. Como dito anteriormente, não há exigência de comunicação de “tempo estimado”
para entrega das solicitações.
Letra b.
A lei n. 13.460/2017 se aplica aos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela
administração pública, logo abrange todos os órgãos e entidades do poder público que de
qualquer forma preste serviços públicos. Assim estabelece o §1º do art. 1º da lei:
§ 1º O disposto nesta Lei aplica-se à administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do inciso I do § 3º do art. 37 da Constituição Federal.
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Nenhuma das afirmativas está correta, o examinador trocou alguns pequenos detalhes para
confundir o aluno. Então fique atento! Vejamos cada afirmativa:
Na assertiva I foi cobrado o disposto no art. 23 da Lei n. 13.460/2017, o qual estabelece que:
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Art. 23. Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei deverão avaliar os serviços presta-
dos, nos seguintes aspectos:
I – satisfação do usuário com o serviço prestado;
II – qualidade do atendimento prestado ao usuário;
III – cumprimento dos compromissos e prazos definidos para a prestação dos serviços;
IV – quantidade de manifestações de usuários; e
V – medidas adotadas pela administração pública para melhoria e aperfeiçoamento da prestação
do serviço.
§ 1º A avaliação será realizada por pesquisa de satisfação feita, no mínimo, a cada um ano, ou por
qualquer outro meio que garanta significância estatística aos resultados.
Note que o examinador afirmou que a avaliação será realizada no mínimo A CADA 2 ANOS.
Ao passo que o correto seria A CADA ANO. Logo, a afirmativa está incorreta. Fique atento pois
este prazo sempre é objeto de cobrança em provas.
A assertiva II cobra conhecimento do §2º do art. 23 da lei, segundo o qual:
Art. 23 (...) § 2º O resultado da avaliação deverá ser integralmente publicado no sítio do órgão
ou entidade, incluindo o ranking das entidades com maior incidência de reclamação dos usuários
na periodicidade a que se refere o § 1º, e servirá de subsídio para reorientar e ajustar os serviços
prestados, em especial quanto ao cumprimento dos compromissos e dos padrões de qualidade de
atendimento divulgados na Carta de Serviços ao Usuário.
Perceba que não há exigência no sentido de publicar os respectivos planos de ação e metas
de qualidade. O que deve ser publicado é o resultado integral da avaliação, incluindo o ranking
das entidades. Muito embota tais informações possam, no futuro, servir de base para que os
gestores elaborem eventuais planos de ação, em nenhum momento a lei exige a publicação de
planos de ação por parte da administração pública.
Em sendo assim, considerando que nenhuma das afirmativas está correta, o gabarito da ques-
tão é a letra D.
Letra d.
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e) A manifestação poderá ser feita por meio eletrônico ou correspondência convencional, ve-
dada a sua exposição verbal.
Foi cobrado pela banca o conhecimento do disposto no parágrafo único do art. 6º da Lei n.
13.460/2017:
Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou entidade responsável e conterá a iden-
tificação do requerente.
e) Errada. A lei permite exposição verbal da manifestação.
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É o que estabelece o art. 6º da Lei n. 13.460/2017, que dispõem acerca “dos direitos básicos
do usuário”. Então, vejamos:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência(...).
c) Errada. NÃO HÁ “prioridade no atendimento, em razão de filiação à organização de caráter
político, religioso ou filosófico”. As prioridades no atendimento são previstas no art. 5º inciso
III que determina:
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Art. 5º (...)
III – atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos de urgência e aqueles em que houver
possibilidade de agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas com deficiência, aos
idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo;
d) Errada. Não há previsão legal de expedição de documentos de forma imediata, nem mesmo
no sentido de que o usuário poderá escolher o formato a seu critério.
e) Errada. Existe proteção de informações pessoais do usuário, porém essa não é incondi-
cional, ou seja, há situações em que o ordenamento jurídico permite a quebra do sigilo de
informações pessoais, tal como ocorre com a quebra do sigilo bancário, desde que atendi-
das as condicionantes legais – especialmente que haja ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente.
Letra a.
O examinador cobrou conhecimentos acerca dos direitos do usuário, os quais estão previstos
no art. 5º da Lei n. 13.460/2017 que assim dispõe:
5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os agentes
públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
I – urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no atendimento aos usuários;
II – presunção de boa-fé do usuário;
(...)
Mesmo que o candidato não tivesse conhecimento do dispositivo, lendo com calma cada al-
ternativa já seria possível, por eliminação, acertar a questão. Então vamos rever uma a uma:
a) Errada. “Cortesia • Impaciência • Respeito”. Impaciência não é condizendo com boas práti-
cas de atendimento ao usuário – nem com qualquer outra, portanto alternativa incorreta.
b) Errada. “Acessibilidade • Pressa • Opacidade”. Da mesma forma pressa e opacidade são
sempre aspectos negativos. A pressa sempre atrapalha as atividades. Ao passo que “opacida-
de” seria falta de transparência, o que não se coaduna com a Administração Pública, pois esta
é regida justamente pelo princípio da transparência.
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c) Errada. “Opacidade • Urbanidade • Respeito”. Como dito acima opacidade é falta de transpa-
rência, contrário, portanto, ao princípio da transparência que rege o serviço público
d) Errada. “Uso de linguagem rebuscada • Cortesia • Respeito“. Na prestação dos serviços pú-
blicos deve-se usar linguagem simples, clara e coerente, de fácil compreensão para o usuário,
evitando-se, portanto, o uso de linguagem rebuscada.
Letra e.
As atribuições das ouvidorias estão previstas no art. 13 da Lei n. 13.460/2017, que assim
estabelece:
Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em
regulamento específico:
I – promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras enti-
dades de defesa do usuário;
II – acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade;
III – propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços;
IV – auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios
estabelecidos nesta Lei;
V – propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determi-
nações desta Lei;
VI – receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhando
o tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a que
se vincula; e
VII – promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública,
sem prejuízo de outros órgãos competentes.
Obs.: Fique atento(a)! O examinador quer saber aquela que NÃO SE CONSTITUI atribuição
das ouvidorias, portanto devemos marcar a afirmativa falsa nesse caso. Em sendo
assim, a letra c será o nosso gabarito, pois afirma que cabe às ouvidorias “decidir
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Trata-se de outra questão cobrando as atribuições das ouvidorias, as quais estão previstas no
art. 13 da Lei n. 13.460/2017, que assim estabelece:
Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em
regulamento específico:
I – promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras enti-
dades de defesa do usuário;
II – acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade;
III – propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços;
IV – auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios
estabelecidos nesta Lei;
V – propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determi-
nações desta Lei;
VI – receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhando
o tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a que
se vincula; e
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VII – promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública,
sem prejuízo de outros órgãos competentes.
Obs.: Fique atento(a)! O examinador pediu aquela que NÃO constitui atribuição da ouvidoria.
A única alternativa incorreta é a letra e, pois dispõe que cabe às ouvidorias “propor a
adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em inobservância às deter-
minações de lei”.
Cuidado com os trocadilhos! A banca trocou o termo observância para deixar a alternativa
incorreta. Vale frisar: em decorrência do princípio da legalidade a prestação dos serviços públi-
cos deve sempre OBSERVÂNCIA ÀS DETERMINAÇÕES DE LEI!
As demais alternativas estão CORRETAS:
a) Promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras
entidades de defesa do usuário. (em conformidade com o inciso I, acima mencionado).
b) Acompanhar a prestação dos serviços, visando garantir a sua efetividade. (em conformida-
de com o inciso II, acima mencionado).
c) Propor aperfeiçoamento na prestação dos serviços. (em conformidade com o inciso III,
acima mencionado).
d) Auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princí-
pios estabelecidos em lei. (em conformidade com o inciso IV, acima mencionado).
Letra e.
Mais uma questão cobrando as atribuições das ouvidorias, as quais encontram-se estabeleci-
das no art. 13 da Lei n. 13.460/2017, que assim estabelece:
Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em
regulamento específico:
I – promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras enti-
dades de defesa do usuário; (...)
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Nessa questão foi cobrado conhecimento acerca das atribuições dos conselhos de usuários,
as quais encontram-se no art. 18 da Lei n. 13.460/2017. Vejamos:
Art. 18. Sem prejuízo de outras formas previstas na legislação, a participação dos usuários no
acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços públicos será feita por meio de conse-
lhos de usuários.
Parágrafo único. Os conselhos de usuários são órgãos consultivos dotados das seguintes atribuições:
I – acompanhar a prestação dos serviços;
II – participar na avaliação dos serviços;
III – propor melhorias na prestação dos serviços;
IV – contribuir na definição de diretrizes para o adequado atendimento ao usuário; e
V – acompanhar e avaliar a atuação do ouvidor.
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Perceba que a única atribuição dos conselhos de usuários corretamente trazida pelo examina-
dor é a letra E, conforme o inciso I acima mencionado “acompanhar a prestação dos serviços”.
Vamos ver os erros das demais:
a) Errada. “Atuar, de maneira integrada e sistêmica, na expedição de atestados, de certidões e
de documentos comprobatórios de regularidade” NÃO SE encontra dentre as atribuições dos
conselhos de usuários. O examinador tentou confundir o candidato mencionando um dos direi-
tos básicos do usuário (art. 6º da lei) o que não se confunde com as atribuições do conselho.
b) Errada. “Garantir os serviços oferecidos ao usuário” NÃO é atribuição do conselho de usu-
ários, conforme menciona o dispositivo. Vele frisar: o conselho de usuários se constitui de
órgão meramente consultivo.
c) Errada. “Promover mecanismos de comunicação com os usuários.” NÃO é atribuição do
conselho de usuários, conforme menciona o dispositivo.
d) Errada. “Realizar diligências e representar o usuário em caso de denúncias” NÃO é atribui-
ção do conselho de usuários, conforme menciona o dispositivo.
Letra e.
Obs.: Fique atento(a)! O examinador quer saber aquele que NÃO corresponde com os princí-
pios estabelecidos na Lei n. 13.460/2017 relativos à resolução das manifestações dos
usuários. De acordo com o art. 12 da lei:
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Portanto, a única alternativa que NÃO corresponde com os princípios para resolução das ma-
nifestações dos usuários é a letra b, pois via de regra não cabe aos usuários escolher dentre
meios em que o serviço é prestado, desde que este seja prestado de forma eficiente.
As demais alternativas estão corretas, vejamos:
a) Certa. Recepção da manifestação no canal de atendimento adequado. (conforme o inciso I);
c) Certa. Emissão de comprovante de recebimento da manifestação (conforme o inciso II);
d) Certa. Análise e obtenção de informações, quando necessário (conforme o inciso III).
Letra b.
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
XIV – utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estran-
geirismos.
A ideia é que o cidadão compreenda as informações prestadas pelo atendente, razão pela qual a
linguagem deve ser o mais simples e claro possível para que qualquer pessoa possa compreender.
Assim, as demais alternativas estão ERRADAS:
a) Errada. Utilização de linguagem rebuscada e acadêmica.
Não se deve utilizar linguagem rebuscada e acadêmica! Pelo contrário, as informações devem
ser claras e em linguagem simples, ou seja, acessível a todos os usuários.
b) Errada. Utilização de linguagem simples e repleta de jargões.
Não se deve utilizar linguagem repleta de jargões! Os jargões são aqueles termos específi-
cos de determinada área, compreensíveis apenas por aqueles que possuem formação aca-
dêmica naquela temática específica. Vale repetir a informação deve ser simples e de fácil
compreensão.
c) Errada. Utilização de linguagem simples e repleta de siglas.
Não se deve utilizar siglas no atendimento. As siglas apenas complicam a linguagem e dificul-
tam a comunicação.
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Os princípios que devem ser observados no atendimento ao usuário de serviços públicos estão
previstos no art. 4º da Lei n. 13.460, de 26 de junho de 2017, vejamos:
Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário serão realizados de forma adequada, ob-
servados os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, genera-
lidade, transparência e cortesia.
Logo, a única alternativa que apresenta corretamente os princípios é a Letra b.
Vamos estudar o que há de errado nas demais:
a) Errada. Regularidade, continuidade, efetividade, insegurança, atualidade, generalidade, transpa-
rência e cortesia. O examinador alterou “segurança” por “insegurança” tornando a alternativa errada.
c) Errada. Irregularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, generalidade, trans-
parência e cortesia. O examinador alterou “regularidade” por “irregularidade”, tornando a alter-
nativa errada.
d) Errada. Regularidade, descontinuidade, efetividade, segurança, atualidade, generalidade,
transparência e cortesia. O examinador alterou “continuidade” por “descontinuidade” tornando
a alternativa errada.
e) Errada. Regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, obscuridade, trans-
parência e cortesia. O examinador alterou “regularidade” por “obscuridade” tornando a alterna-
tiva errada.
Letra b.
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A questão cobrou conhecimento dos procedimentos a serem adotados pelo auditor para a
efetiva resolução das manifestações realizadas pelos usuários de serviços públicos. A Lei n.
13.460/2017 estabelece tais procedimentos no parágrafo único do art. 12, nos seguintes termos:
Art. 12 Parágrafo único. A efetiva resolução das manifestações dos usuários compreende:
I – recepção da manifestação no canal de atendimento adequado;
II – emissão de comprovante de recebimento da manifestação;
III – análise e obtenção de informações, quando necessário;
IV – decisão administrativa final; e
V – ciência ao usuário.
Obs.: Fique ligado(a)! O examinador quer a alternativa incorreta, analisando cada uma das
alternativas percebemos que a única afirmativa errada é a letra e “O auditor deve asse-
gurar que todas as denúncias permaneçam no anonimato”. Como estudamos anterior-
mente, as manifestações não admitem o anonimato, pois devem conter a identifica-
ção do responsável pela denúncia.
Assim, as demais alternativas estão corretas:
a) Certa. O auditor deve analisar e obter informações, quando necessário.
b) Certa. O auditor deve emitir o comprovante de recebimento da manifestação.
c) Certa. O auditor deve tomar a decisão administrativa final e dar ciência ao usuário.
d) Certa. O auditor deve receber a manifestação no canal de atendimento adequado.
Letra e.
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Obs.: Fique ligado(a)! O examinador quer a alternativa incorreta. A Lei n. 13.460/2017 esta-
belece que todos os usuários de serviços públicos têm direito à prestação dos servi-
ços de forma adequada e eficiente, para tanto os agentes públicos e prestadores de
serviços públicos devem observar as diretrizes fixadas no art. 5º, quais sejam:
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
II – presunção de boa-fé do usuário;
(...)
IV – adequação entre meios e fins, vedada a imposição de exigências, obrigações, restrições e
sanções não previstas na legislação;
(...)
IX – autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados pelo
usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenticidade;
(...)
XIII - aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar processos e procedimentos de aten-
dimento ao usuário e a propiciar melhores condições para o compartilhamento das informações;
XIV – utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estran-
geirismos; (...)
Sendo assim, a única alternativa incorreta é a letra e, pois o examinador alterou a parte final
do inciso IV. O correto seria “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de exigências,
obrigações, restrições e sanções não previstas na legislação”.
As demais alternativas estão corretas:
a) Certa. Autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apre-
sentados pelo usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dú-
vida de autenticidade. (CONFORME INCISO IX)
b) Certa. Utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e
estrangeirismos. (CONFORME INCISO XIV)
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Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou entidade responsável e conterá a iden-
tificação do requerente.
§ 1º A identificação do requerente não conterá exigências que inviabilizem sua manifestação.
A lógica é não criar obstáculos que inviabilizem que o usuário protocole sua reclamação peran-
te a ouvidoria, razão pela qual a sua manifestação deve conter apenas os elementos necessá-
rios para a identificação e solução de sua denúncia.
Vejamos o erro das demais alternativas:
a) Errada. “Não serão vedadas exigências relativas aos motivos determinantes da apresenta-
ção de manifestações perante a Ouvidoria”, seria o mesmo que dizer que podem ser exigidos
os motivos determinantes da apresentação da manifestação, SENDO QUE ISSO ESTÁ ERRA-
DO! O §2º do art. 10 estabelece que “são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos
determinantes da apresentação de manifestações perante a ouvidoria.”
c) Errada. Existem várias formas pelas quais a manifestação poderá ser feita, nos termos do
§4º do art. 10:
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§ 4º A manifestação poderá ser feita por meio eletrônico, ou correspondência convencional, ou ver-
balmente, hipótese em que deverá ser reduzida a termo.
d) Errada. É VEDADA A RECUSA DO RECEBIMENTO DE MANIFESTAÇÕES
Art. 11. Em nenhuma hipótese, será recusado o recebimento de manifestações formuladas nos
termos desta Lei, sob pena de responsabilidade do agente público.
O que pode ocorrer é que, uma vez recebida a manifestação, eventual requerimento protocola-
do pelo usuário seja ao final indeferido. Note que a manifestação deve ser recebida e analisa-
da, jamais recusado o recebimento.
e) Errada. Trata-se do disposto no art. 12 da lei:
Todas as afirmativas apresentadas pela banca estão CORRETAS; passamos à análise de cada
uma delas:
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Art. 7º Os órgãos e entidades abrangidos por esta Lei divulgarão Carta de Serviços ao Usuário.
§ 1º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo informar o usuário sobre os serviços prestados
pelo órgão ou entidade, as formas de acesso a esses serviços e seus compromissos e padrões de
qualidade de atendimento ao público.
II – Certa. É exatamente o que prevê o §4º do mesmo artigo:
Art. 7º Os órgãos e entidades abrangidos por esta Lei divulgarão Carta de Serviços ao Usuário.
§ 1º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo informar o usuário sobre os serviços presta-
dos pelo órgão ou entidade, as formas de acesso a esses serviços e seus compromissos e padrões
de qualidade de atendimento ao público.
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Perceba que o examinador cobrou a literalidade do texto da lei, sendo imprescindível o seu
estudo para a prova.
Vamos analisar o erro das demais alternativas:
a) Errada. Cada Poder e esfera de governo publicará, semestralmente, quadro geral dos serviços
públicos prestados, especificando os órgãos ou as entidades responsáveis por sua realização.
O art. 3º fixou que o prazo para a publicação do quadro geral dos serviços públicos presta-
dos é ANUAL:
Art. 3º Com periodicidade mínima anual, cada Poder e esfera de Governo publicará quadro geral dos
serviços públicos prestados, que especificará os órgãos ou entidades responsáveis por sua realiza-
ção e a autoridade administrativa a quem estão subordinados ou vinculados.
b) Errada. “Continuidade, razoabilidade, proporcionalidade e segurança são princípios a serem
observados na execução dos serviços públicos e no atendimento do seu usuário”.
Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário serão realizados de forma adequada, ob-
servados os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, genera-
lidade, transparência e cortesia.
c) Errada. “O usuário de serviço público tem direito de obter informações precisas e de fácil
acesso pela Internet, salvo se forem dados referentes à situação da tramitação de processos
administrativos, ainda que de seu interesse.”
Trata-se de um direito básico do usuário verificar a situação da tramitação de processos admi-
nistrativos, ainda mais quando é do seu interesse. Assim dispõe o Art. 6º da lei 13.460/2017:
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Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do
usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública.
§ 1º O disposto nesta Lei aplica-se à administração pública direta e indireta da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, (...).
II – Certa. É o que estabelece art. 4º da lei:
Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário serão realizados de forma adequada, obser-
vados os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, generalidade,
transparência e cortesia.
III – Certa. O art. 18 da citada lei criou os conselhos de usuários, visando a possibilitar a parti-
cipação dos usuários no acompanhamento da prestação e da avaliação dos serviços públicos:
Art. 18. Sem prejuízo de outras formas previstas na legislação, a participação dos usuários no
acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços públicos será feita por meio de conse-
lhos de usuários.
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Parágrafo único. Os conselhos de usuários são órgãos consultivos dotados das seguintes atribuições:
I – acompanhar a prestação dos serviços;
II – participar na avaliação dos serviços;
III – propor melhorias na prestação dos serviços;
IV – contribuir na definição de diretrizes para o adequado atendimento ao usuário; e
V – acompanhar e avaliar a atuação do ouvidor.
IV – Errada. A partir da publicação da lei, o agente público passou a poder autenticar os docu-
mentos, à vista dos originais apresentados pelo usuário, sendo vedada a exigência de reconhe-
cimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenticidade.
Cuidado com a pegadinha! De fato, a lei prevê, no art. 5º, inciso IX que o agente público tem o
poder de autenticar os documentos, exatamente como diz o enunciado, porém não foi “a partir
dessa lei”, pois os agentes públicos, em razão da presunção de veracidade, sempre tiveram o
poder de autenticar os documentos.
Em sendo assim, o gabarito da questão é a letra C.
Letra c.
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do
usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública.
§ 1º O disposto nesta Lei aplica-se à administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do inciso I do § 3º do art. 37 da Constituição Federal.
§ 2º A aplicação desta Lei não afasta a necessidade de cumprimento do disposto:
I – em normas regulamentadoras específicas, quando se tratar de serviço ou atividade sujeitos a
regulação ou supervisão; e
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II – na Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, quando caracterizada relação de consumo.
§ 3º Aplica-se subsidiariamente o disposto nesta Lei aos serviços públicos prestados por particular.
Vejamos o erro das demais alternativas:
b) Errada. O inciso II, acima mencionado, deixa claro que aplicamos também o CDC.
c) Errada. Estabelece o Art. 2º da lei que os usuários são PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS:
Art. 37 (...)
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indire-
ta, regulando especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manuten-
ção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade
dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, obser-
vado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.
e) Errada. De acordo com o art. 22 da lei, a temática é reservada ao regulamento:
Art. 22. Regulamento específico de cada Poder e esfera de Governo disporá sobre a organização e
funcionamento dos conselhos de usuários.
Letra a.
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Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em
regulamento específico:
I – promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras enti-
dades de defesa do usuário;
II – acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade;
III – propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços;
IV – auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios
estabelecidos nesta Lei;
V – propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determi-
nações desta Lei;
VI – receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhando
o tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a que
se vincula; e
VII – promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública,
sem prejuízo de outros órgãos competentes.
Abaixo, analisaremos os erros das demais alternativas:
a) Errada. Implementar aperfeiçoamento na prestação dos serviços, acompanhando a efetivi-
dade das medidas.
As ouvidorias não implementam, apenas Acompanham!
c) Errada. Não cabe às ouvidorias a instauração de procedimento administrativos. No caso,
apenas recebem, analisam as denúncias e encaminham à autoridade competente (inciso VI do
art. 13 – acima mencionado). Na sequência, caso a autoridade competente entenda que há ne-
cessidade, esta (a autoridade competente) é que irá instaurar o procedimento administrativo.
d) Errada. O prazo é SIM prorrogável. Vejamos:
Art. 16. A ouvidoria encaminhará a decisão administrativa final ao usuário, observado o prazo de
trinta dias, prorrogável de forma justificada uma única vez, por igual período.
e) Errada. Nos termos do art. 14, o que deve constar do relatório é o número de manifestações
recebidas, e não “dados dos responsáveis pela solução”.
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II – os motivos das manifestações;
III – a análise dos pontos recorrentes; e
IV – as providências adotadas pela administração pública nas soluções apresentadas.
Letra b.
Art. 7º (...)
§ 2º A Carta de Serviços ao Usuário deverá trazer informações claras e precisas em relação a cada
um dos serviços prestados, apresentando, no mínimo, informações relacionadas a:
I – serviços oferecidos;
II – requisitos, documentos, formas e informações necessárias para acessar o serviço;
III – principais etapas para processamento do serviço;
IV – previsão do prazo máximo para a prestação do serviço;
V – forma de prestação do serviço; e
VI – locais e formas para o usuário apresentar eventual manifestação sobre a prestação do serviço.
Vamos estudar os erros das demais:
a) Errada. De acordo com o art. 5º, IX da Lei n. 13.460/2017, a autenticação de documentos
pelo próprio agente público deverá ocorrer “à vista dos originais apresentados pelo usuário”.
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
IX – autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados
pelo usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenti-
cidade;
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b) Errada. A mencionada lei autoriza SIM a cobrança de taxas e tarifas pela prestação dos
serviços. Nesse sentido:
Art. 18. Sem prejuízo de outras formas previstas na legislação, a participação dos usuários no
acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços públicos será feita por meio de conse-
lhos de usuários.
Parágrafo único. Os conselhos de usuários são órgãos consultivos dotados das seguintes atribuições:
I – acompanhar a prestação dos serviços;
II – participar na avaliação dos serviços;
III – propor melhorias na prestação dos serviços;
IV – contribuir na definição de diretrizes para o adequado atendimento ao usuário; e
V – acompanhar e avaliar a atuação do ouvidor.
Art. 10 (...) § 2º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da apresen-
tação de manifestações perante a ouvidoria.
Letra d.
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respeitada a legislação específica de sigilo e proteção de dados, podendo ser exigida a certifi-
cação da identidade do usuário.
c) É dever dos agentes públicos e prestadores de serviços públicos exigir prova nova sobre fato já
comprovado em documentação válida, apresentada pelo usuário após o prazo contratual do serviço.
d) É dever do usuário apresentar os documentos cadastrais devidamente autenticados, median-
te reconhecimento de firma, para fruição do direito à adequada prestação dos serviços públicos.
e) A participação no acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços é direito bá-
sico do usuário de serviço público.
Art. 3º Com periodicidade mínima anual, cada Poder e esfera de Governo publicará quadro geral dos
serviços públicos prestados, que especificará os órgãos ou entidades responsáveis por sua realiza-
ção e a autoridade administrativa a quem estão subordinados ou vinculados.
b) Errada. O usuário poderá apresentar manifestação para garantir seus direitos perante a ad-
ministração pública acerca da prestação de serviços públicos, desde que o faça por meio ele-
trônico, respeitada a legislação específica de sigilo e proteção de dados, podendo ser exigida
a certificação da identidade do usuário.
A manifestação pode ser protocolada por meio eletrônico; por correspondência ou até verbal-
mente no órgão. Nesse sentido o art. 10 da lei dispõe que:
Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou entidade responsável e conterá a iden-
tificação do requerente.
(...)
§ 4º A manifestação poderá ser feita por meio eletrônico, ou correspondência convencional, ou ver-
balmente, hipótese em que deverá ser reduzida a termo.
§ 5º No caso de manifestação por meio eletrônico, prevista no § 4º, respeitada a legislação específi-
ca de sigilo e proteção de dados, poderá a administração pública ou sua ouvidoria requerer meio de
certificação da identidade do usuário.
c) Errada. É dever dos agentes públicos e prestadores de serviços públicos exigir prova nova
sobre fato já comprovado em documentação válida, apresentada pelo usuário após o prazo
contratual do serviço.
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Completamente descabida a afirmativa, uma vez que o fato já está documentado, não há ra-
zões para se exigir produção de provas. Assim estabelece o inciso XV do art. 5º da lei:
Art. 5º. (...) XV - vedação da exigência de nova prova sobre fato já comprovado em documentação
válida apresentada.
d) Errada. É dever do usuário apresentar os documentos cadastrais devidamente autentica-
dos, mediante reconhecimento de firma, para fruição do direito à adequada prestação dos
serviços públicos.
Os documentos cadastrais NÃO PRECISAM ser autenticados mediante reconhecimento de
firma, pois o próprio agente público deverá autenticá-los. Veja o disposto no art. 5º, IX da lei:
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
IX – autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados pelo
usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenticidade;
Letra e.
A sequência correta é
a) V - F - F - F.
b) F - V - V - V.
c) V - V - F - F.
d) F - F - V - V.
e) F - V - F - V.
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Art. 18 (...) Parágrafo único. Os conselhos de usuários são órgãos consultivos dotados das seguin-
tes atribuições:
(...)
V – acompanhar e avaliar a atuação do ouvidor.
“O conselho de usuários deverá ser consultado quanto à indicação do ouvidor.”
Errada. Não existe dever de consultar o conselho para indicação do ouvidor. Trata-se de uma
faculdade, ou seja, “poderá ser consultado”:
Art. 20. O conselho de usuários poderá ser consultado quanto à indicação do ouvidor.
“A participação do usuário no conselho será considerada relevante e remunerada.”
Errada. A participação do usuário no conselho É SEM REMUNERAÇÃO.
Art. 21. A participação do usuário no conselho será considerada serviço relevante e sem remuneração.
Errada. “A escolha dos representantes será feita em processo fechado e diferenciado por tipo
de usuário a ser representado.”
A escolha dos representantes ocorre por PROCESSO ABERTO.
Art. 19 (...) Parágrafo único. A escolha dos representantes será feita em processo aberto ao público
e diferenciado por tipo de usuário a ser representado.
Portanto, está correto a letra A (sequência V-F-F-F).
Letra a.
Vejamos quais são os princípios que devem ser observados para que o atendimento do usuário
seja realizado de forma adequada, os quais estão previstos no art. 4º da lei, que assim dispõe:
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Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário serão realizados de forma adequada, ob-
servados os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, genera-
lidade, transparência e cortesia.
Note que as afirmativas I e II contém de fato princípios relacionados ao adequado atendimento
do usuário. Por outro lado, a assertiva III não contém nenhum dos princípios acima mencionados.
Letra c.
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
III – atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos de urgência e aqueles em que houver
possibilidade de agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas com deficiência, aos
idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo;
Portanto, a regra do atendimento é a ordem de chegada, salvo urgência e as regras de priori-
dades acima mencionadas.
Vejamos os erros das demais alternativas:
a) Errada. Trata-se de um dos direitos básicos dos usuários a possibilidade de participação
no acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços, nos termos do art. 6º, I da lei:
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b) Errada. Tanto pessoas físicas como jurídicas são considerados usuários, nos termos do art.
2º, I da Lei:
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
IX – autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados pelo
usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenticidade;
Letra e.
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Art. 7º Os órgãos e entidades abrangidos por esta Lei divulgarão Carta de Serviços ao Usuário.
§ 1º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo informar o usuário sobre os serviços prestados
pelo órgão ou entidade, as formas de acesso a esses serviços e seus compromissos e padrões de
qualidade de atendimento ao público.
§ 2º A Carta de Serviços ao Usuário deverá trazer informações claras e precisas em relação a cada
um dos serviços prestados, apresentando, no mínimo, informações relacionadas a:
I – serviços oferecidos;
II – requisitos, documentos, formas e informações necessárias para acessar o serviço;
III – principais etapas para processamento do serviço;
IV – previsão do prazo máximo para a prestação do serviço;
V – forma de prestação do serviço; e
VI – locais e formas para o usuário apresentar eventual manifestação sobre a prestação do serviço.
As demais alternativas estão erradas, pois o examinador criou termos que não se encontram
na Lei n. 13.460/2017 com relação à prestação de serviços ao usuário. Assim NÃO EXISTE:
a) Errada. O Regulamento de Serviços ao Usuário.
b) Errada. O Informativo de Serviços ao Usuário.
c) Errada. O Boletim de Serviços ao Usuário.
Letra d.
O enunciado cobrou conhecimentos acerca dos direitos básicos do usuário, os quais estão
previstos no art. 6º da lei. Vejamos cada uma das afirmativas:
I – Certa. Nos termos do inciso II do art. 6º:
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II – Errada. Não há restrição no que se refere a participação e avaliação dos serviços recebidos,
nos termos do inciso I do art. 6º:
Art. 6º (...) VI - obtenção de informações precisas e de fácil acesso nos locais de prestação do ser-
viço, assim como sua disponibilização na internet, especialmente sobre:
a) horário de funcionamento das unidades administrativas;
b) serviços prestados pelo órgão ou entidade, sua localização exata e a indicação do setor respon-
sável pelo atendimento ao público;
c) acesso ao agente público ou ao órgão encarregado de receber manifestações;
d) situação da tramitação dos processos administrativos em que figure como interessado; e
e) valor das taxas e tarifas cobradas pela prestação dos serviços, contendo informações para a
compreensão exata da extensão do serviço prestado.
Portanto, gabarito letra C, sendo corretas as afirmativas I e IV.
Letra c.
Perceba que o examinador quer aquela alternativa que NÃO corresponde às diretrizes previs-
tas na lei, sendo a “letra e” o nosso gabarito, pois afirma que há “exigência de nova prova sobre
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Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
XV – vedação da exigência de nova prova sobre fato já comprovado em documentação válida apre-
sentada.
As demais alternativas estão corretas, conforme os dispositivos do art. 5º; vejamos:
Art. 5º (...)
I – urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no atendimento aos usuários; (Letra A)
(...)
V – igualdade no tratamento aos usuários, vedado qualquer tipo de discriminação; (Letra B)
(...)
IX – autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados
pelo usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenti-
cidade; (Letra C)
X – manutenção de instalações salubres, seguras, sinalizadas, acessíveis e adequadas ao serviço e
ao atendimento; (Letra D)
(...)
Letra e.
Art. 19. A composição dos conselhos deve observar os critérios de representatividade e pluralidade
das partes interessadas, com vistas ao equilíbrio em sua representação.
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Art. 21. A participação do usuário no conselho será considerada serviço relevante e sem remune-
ração.
b) Errada. O conselho de usuários é órgão consultivo e deliberativo.
O Conselho de Usuários não tem função deliberativa, apenas consultiva.
Art. 18 (...) Parágrafo único. Os conselhos de usuários são órgãos consultivos dotados das seguin-
tes atribuições: (...)
c) Errada. O conselho de usuários deverá ser sempre consultado quanto à indicação do ouvidor.
Não há obrigatoriedade quanto a consulta do conselho para indicação do ouvidor, essa consul-
ta pode ocorrer, portanto é FACULTATIVA.
Art. 20. O conselho de usuários poderá ser consultado quanto à indicação do ouvidor.
d) Errada. A escolha dos representantes dos usuários será feita em processo fechado ao pú-
blico, ficando restrito exclusivamente ao tipo de usuário a ser representado.
Vigora o princípio da ampla publicidade e transparência, razão pela qual o processo de escolha
dos representantes dos usuários será ABERTO AO PÚBLICO. Além do mais, não é “RESTRITO
EXCLUSIVAMENTE ao tipo de usuário a ser representado”, e sim é DIFERENCIADO por tipo de
usuário. Veja o que dispõe o parágrafo único do art. 19:
Art. 19 (...) Parágrafo único. A escolha dos representantes será feita em processo aberto ao público
e diferenciado por tipo de usuário a ser representado.
Assim, restou correta apenas a letra E, que é o nosso gabarito!
Letra e.
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IV – Autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresenta-
dos pelo usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvidas
de autenticidade.
a) II.
b) I.
c) IV.
d) III
Obs.: Fique atento(a), pois o examinador quer saber aquela que NÃO constitui diretrizes
para garantir um bom atendimento aos usuários. Dito isso, vamos analisar cada uma
das afirmativas:
I – Certa. É exatamente o disposto no art. 5º, III da Lei, que trata justamente da ordem do
atendimento:
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
III – atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos de urgência e aqueles em que houver
possibilidade de agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas com deficiência, aos
idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo;
II – Certa. É o que estabelece o art. 5º, VII da lei; vejamos:
VII – definição, publicidade e observância de horários e normas compatíveis com o bom atendimen-
to ao usuário;
III – Errada. Não existe previsão no sentido de que familiares de servidores públicos ou em car-
gos superiores e militares terão atendimento prioritário, seria uma afronta direta aos princípios
aqui estudados. Vejamos o disposto no inciso V do art. 5º da Lei:
IX – autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados pelo
usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenticidade;
Em sendo assim, a única afirmativa errada é a de número III; logo, o gabarito da questão
é a letra D.
Letra d.
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A questão trata das atribuições das ouvidorias dos órgãos públicos. As ouvidorias estão pre-
vistas no art. 13 e seguintes da lei, o qual dispõe que:
Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em
regulamento específico:
I – promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras enti-
dades de defesa do usuário;
II – acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade;
III – propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços;
IV – auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios
estabelecidos nesta Lei;
V – propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determi-
nações desta Lei;
VI – receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhando
o tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a que
se vincula; e
VII – promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública,
sem prejuízo de outros órgãos competentes.
Note que o gabarito trouxe os exatos termos do inciso VI acima citado. Vejamos os erros das
demais assertivas:
a) Errada. Conforme o inciso II acima citado, cabe às ouvidorias justamente acompanhar a
prestação dos serviços, visando garantir sua transparência.
b) Errada. Não cabe às ouvidorias propor mudanças regimentais, MAS SIM propor aperfeiçoa-
mentos na prestação dos serviços (inciso III)
c) Errada. Muito pelo contrário, deve sempre buscar a conciliação dos conflitos; nesse sentido
o inciso VII dispõe que:
VII – promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública,
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Obs.: Fique atento(a)! O examinador quer a afirmativa incorreta. Então vejamos cada
uma delas:
a) Certa. Portanto não é o nosso gabarito. Assim estabelece o art. 5º, inciso I da lei:
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
I – urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no atendimento aos usuários;
b) Certa. Portanto não é o nosso gabarito. Exatamente o que estabelece o art. 5º, inciso IV da lei:
III – atendimento por ordem de chegada, ressalvados casos de urgência e aqueles em que houver
possibilidade de agendamento, asseguradas as prioridades legais às pessoas com deficiência, aos
idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo;
d) Errada. Igualdade no tratamento aos usuários, eliminando a formalidade no tratamento e
exigências cujo custo econômico ou social seja superior ao risco envolvido, bem como a legi-
timação de qualquer tipo de discriminação.
Portanto, esse é o nosso gabarito. Completamente descabida a afirmativa “legitimação da discri-
minação”, lembre-se: é VEDADO QUALQUER TIPO DE DISCRIMINAÇÃO (inciso V do art. 5º da Lei).
Letra d.
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Lei n. 13.460/2017 – Lei do Usuário do Serviço Público
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O examinador cobrou conhecimentos acerca do art. 5º da lei, que trata das diretrizes a
serem observadas pelos agentes públicos e prestadores de serviços públicos. Vamos ana-
lisar cada afirmativa:
I – Certa. É o que estabelece o art. 5º, I:
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
I – urbanidade, respeito, acessibilidade e cortesia no atendimento aos usuários;
II – Errada. Existe presunção de boa-fé dos usuários, logo não há que se “certificar” a respeito.
Nesse sentido o inciso II:
Art. 5º (...) VIII - adoção de medidas visando a proteção à saúde e a segurança dos usuários;
IV – Certa. É o que dispõe o art. 5º, XIV:
XIV – utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estran-
geirismos.
V – Errada. Veja o que dispõe o art. 5º, IX:
IX – autenticação de documentos pelo próprio agente público, à vista dos originais apresentados
pelo usuário, vedada a exigência de reconhecimento de firma, salvo em caso de dúvida de autenti-
cidade;
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Portanto, via de regra, a autenticação é feita pelo próprio agente público, não sendo exigido que
o usuário apresente documentos autenticados em cartório.
Diante do exposto, restam corretos os itens I, III e IV, sendo a letra B o nosso gabarito.
Letra b.
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do
usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública.
§ 1º O disposto nesta Lei aplica-se à administração pública direta e indireta da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do inciso I do § 3º do art. 37 da Constituição Federal.
(...)
§ 3º Aplica-se subsidiariamente o disposto nesta Lei aos serviços públicos prestados por particular.
Portanto, correta a letra C.
Letra c.
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exclui essa possibilidade, afirmando a aplicação exclusiva de suas normas quanto à maté-
ria consumerista nos serviços públicos.
b) Já que se trata de uma lei promulgada pela União, só terá efeitos para regulamentar os di-
reitos dos usuários em relação aos serviços prestados por aquele ente, não sendo atingidos
pelas suas normas os Estados-membros, o Distrito Federal e Municípios.
c) Suas normas têm efeitos apenas aos serviços públicos prestados diretamente pela Admi-
nistração Pública, não tendo qualquer aplicabilidade sobre os serviços delegados a particular
por concessão ou permissão, já que possuem disposições específicas em outras leis.
d) Uma novidade trazida pela lei é a denominada “Carta de Serviços aos Usuários”. Trata-se de
um conjunto de informações sobre os serviços prestados pelo órgão ou entidade da adminis-
tração responsável pelo serviço, explicando as formas de acesso a ele, os compromissos do
prestador e padrões de qualidade, com atualização periódica e divulgada na internet e, anual-
mente, em propagandas de rádio e televisão.
e) A referida lei consagra que os usuários dos serviços públicos têm presunção de boa-fé. Isso
pode dar a entender que os usuários, quando de uma reclamação sobre um serviço, têm suas
argumentações como verdadeiras, devendo a Administração Pública agir na investigação e
resolução daqueles fatos, já que deve considerar como existente a deficiência na prestação do
serviço alegada pelo reclamante.
A letra E está corretíssima! De fato, o usuário possui presunção de boa-fé em relação às infor-
mações que apresenta; nesse sentido dispõe o art. 5º, II:
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
II – presunção de boa-fé do usuário;
Vejamos agora o erro de cada uma das demais alternativas:
a) Errada. A Lei n. 13.460/2017 estabelece a possibilidade de uso de outros dispositivos legais
para proteção dos usuários. Assim determina o art. 1º, §2º:
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do
usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública.
§ 2º A aplicação desta Lei não afasta a necessidade de cumprimento do disposto:
I – em normas regulamentadoras específicas, quando se tratar de serviço ou atividade sujeitos a
regulação ou supervisão; e
II – na Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, quando caracterizada relação de consumo.
§ 3º Aplica-se subsidiariamente o disposto nesta Lei aos serviços públicos prestados por particular.
b) Errada. A lei TAMBÉM É APLICÁVEL aos estados, municípios e Distrito Federal, nos termos
do art. 1º, §1º:
Art. 1º (...) § 1º O disposto nesta Lei aplica-se à administração pública direta e indireta da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do inciso I do § 3º do art. 37 da Cons-
tituição Federal.
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c) Errada. Conforme estudamos na “letra a”, a lei se aplica aos serviços prestados direta e indi-
retamente pelos entes públicos (art. 1º, §3º).
d) Errada. A atualização da Carta de Serviços deve ocorrer de forma periódica e permanente,
de modo que não se limita à atualização anual. Veja o que estabelece o art. 7º, §4º, da lei:
Art. 7º Os órgãos e entidades abrangidos por esta Lei divulgarão Carta de Serviços ao Usuário.
§ 1º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo informar o usuário sobre os serviços prestados
pelo órgão ou entidade, as formas de acesso a esses serviços e seus compromissos e padrões de
qualidade de atendimento ao público.
(...)
§ 4º A Carta de Serviços ao Usuário será objeto de atualização periódica e de permanente divulga-
ção mediante publicação em sítio eletrônico do órgão ou entidade na internet.
Note que o examinador tentou confundir o candidato mencionando “prazo anual” que, na ver-
dade, é a periodicidade para elaboração do relatório de gestão previsto no inciso II do art. 14,
que não se confunde com a carta de serviços. Então decore: a Carta de Serviços ao Usuário
será objeto de atualização periódica e de permanente divulgação mediante publicação em
sítio eletrônico do órgão ou entidade na internet.
Letra e.
A questão tratou dos Conselhos de Usuários previstos pela Lei n. 13.460/2017. Assim dispõe
o seu art. 18:
Art. 18. Sem prejuízo de outras formas previstas na legislação, a participação dos usuários no
acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços públicos será feita por meio de conse-
lhos de usuários.
Obs.: Fique atento(a) o examinador quer a alternativa que NÃO corresponde a uma atri-
buição do conselho de usuários.
Para facilitar o estudo vamos analisar uma a uma as atribuições contidas nos incisos do art.
18 e relacioná-las com as alternativas:
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II – participar na avaliação dos serviços; (Letra B)
III – propor melhorias na prestação dos serviços; (Letra C)
IV – contribuir na definição de diretrizes para o adequado atendimento ao usuário; e
V – acompanhar e avaliar a atuação do ouvidor. (Letra E)
Logo, a letra D está errada, portanto é o nosso gabarito. Note que ela fala em “abster-se de
participar na definição de diretrizes para o atendimento ao usuário”, mas na verdade deve con-
tribuir na definição de diretrizes para o adequado atendimento ao usuário.
Letra d.
A questão cobrou conhecimentos acerca das atribuições das ouvidorias, as quais estão pre-
vistas no art. 13 da Lei n. 13.460/2017. Fique atento! É preciso indicar aquela que NÃO se
constitui de uma atribuição da ouvidoria. Para facilitar a compreensão vejamos primeiramente
aquelas alternativas corretas conforme a disposição legal:
Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em
regulamento específico:
I – promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras enti-
dades de defesa do usuário; (Letra a)
II – acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade; (Letra b)
III – propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços; (Letra c)
IV – auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios
estabelecidos nesta Lei; (Letra d)
V – propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determi-
nações desta Lei;
VI – receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhando
o tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a que
se vincula; e
VII – promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública,
sem prejuízo de outros órgãos competentes.
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Note que a única alternativa que não corresponde com as atribuições das ouvidorias é a “letra
E”. Conforme estudamos não cabe às ouvidorias “prolação de decisão administrativa final”. O
examinador tentou confundir o candidato mencionando trechos do art. 12, vejamos:
É para marcar a INCORRETA, aquela que NÃO constitui deveres do usuário. O examinador ten-
tou confundir direitos x deveres, note que a “alternativa d” trata de um dos direitos do usuário
e não de um dever:
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IV – preservar as condições dos bens públicos por meio dos quais lhe são prestados os serviços de
que trata esta Lei. (letra D)
Assim, o gabarito é a letra D.
Letra d.
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Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
V – igualdade no tratamento aos usuários, vedado qualquer tipo de discriminação;
IV – Certa. É o que dispõe o art. 8º, I da Lei:
Estão corretas apenas as afirmativas I, II e III. Vejamos cada uma delas e o que está errada
nas demais:
I – Certa. Nos termos do art. 4º da Lei:
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Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário serão realizados de forma adequada, obser-
vados os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, generalidade,
transparência e cortesia.
II – Certa. Nos termos do art. 5º, XIV da Lei:
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços, devendo os
agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...)
XIV – utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estran-
geirismos;
III – Certa. Nos termos do art. 6º, VI, “a” da Lei:
Art. 10 (...)
§ 2º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da apresentação de
manifestações perante a ouvidoria.
Letra d.
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Art. 10 (...)
§ 1º A identificação do requerente não conterá exigências que inviabilizem sua manifestação.
III – Certa. Em conformidade com o art. 10, §4º da Lei n. 13.460/2017:
Art. 10 (...)
§ 4º A manifestação poderá ser feita por meio eletrônico, ou correspondência convencional, ou ver-
balmente, hipótese em que deverá ser reduzida a termo.
IV – Certa. Em conformidade com o caput do art. 10 da Lei n. 13.460/2017:
Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou entidade responsável e conterá a iden-
tificação do requerente.
Portanto, o nosso gabarito é a letra E, pois todas as afirmativas estão corretas.
Letra e.
Cuidado com o termo “exclusivamente” ou “em nenhuma hipótese”, pois em muitos casos aca-
bam tornando incorreta a questão. No caso o enunciado afirma que o usuário deve dirigir-se exclu-
sivamente à ouvidoria do órgão ou ingressar em juízo, o que não é verdade; vejamos o disposto no
§3º do art. 10 da Lei:
Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou entidade responsável e conterá a iden-
tificação do requerente.
(...)
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§ 3º Caso não haja ouvidoria, o usuário poderá apresentar manifestações diretamente ao órgão ou
entidade responsável pela execução do serviço e ao órgão ou entidade a que se subordinem ou se
vinculem.
Note que, caso não haja ouvidoria, o usuário poderá apresentar a manifestação diretamente
ao órgão ou entidade responsável pela execução do serviço e ao órgão ou entidade a que se
subordinem ou se vinculem. Portanto, não é exclusivamente na ouvidoria, embora essa seja a
regra. Logo, afirmativa errada!
Errado.
O examinador cobrou vários detalhes acerca dos direitos dos usuários, então vamos conferir
ponto a ponto:
Primeiramente, como estudamos ao longo da aula, o usuário dos serviços públicos possui
o direito de apresentar manifestação acerca da prestação dos serviços públicos, sendo, via
de regra, protocolada perante a ouvidoria. Caso não haja ouvidoria, a manifestação pode
ser protocolada diretamente no órgão executor do serviço, bem como no órgão ou entida-
de a que se subordinem ou se vinculem. Assim estabelece o art. 10 caput e §3º da Lei n.
13460/2017; vejamos:
Art. 10. A manifestação será dirigida à ouvidoria do órgão ou entidade responsável e conterá a iden-
tificação do requerente.
(...)
§ 3º Caso não haja ouvidoria, o usuário poderá apresentar manifestações diretamente ao órgão
ou entidade responsável pela execução do serviço e ao órgão ou entidade a que se subordinem
ou se vinculem.
A Lei requer a identificação do requerente, porém esta não pode conter exigências que invia-
bilizem a sua manifestação. Ademais, são vedadas quaisquer exigências acerca dos motivos
determinantes da apresentação da manifestação perante a ouvidoria. Nesse sentido dispõe os
parágrafos 2º e 3º do art. 10 da lei:
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Nesse ponto merecem destaque os demais parágrafos do art. 10, pois são objeto de cobrança
frequente em provas:
Art. 10 (...) § 4º A manifestação poderá ser feita por meio eletrônico, ou correspondência convencio-
nal, ou verbalmente, hipótese em que deverá ser reduzida a termo.
§ 5º No caso de manifestação por meio eletrônico, prevista no § 4º, respeitada a legislação específi-
ca de sigilo e proteção de dados, poderá a administração pública ou sua ouvidoria requerer meio de
certificação da identidade do usuário.
§ 6º Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei deverão colocar à disposição do usuá-
rio formulários simplificados e de fácil compreensão para a apresentação do requerimento previsto
no caput, facultada ao usuário sua utilização.
§ 7º A identificação do requerente é informação pessoal protegida com restrição de acesso nos
termos da Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011.
Por fim, o examinador cobrou uma das atribuições da ouvidoria ao afirmar que “caso a mani-
festação seja dirigida à ouvidoria, esta poderá propor aperfeiçoamento do serviço público”, o
que está perfeitamente correto nos termos do art. 13, III da lei:
Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em
regulamento específico:
I – promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras enti-
dades de defesa do usuário;
II – acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade;
III – propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços;
IV – auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios
estabelecidos nesta Lei;
V – propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determi-
nações desta Lei;
VI – receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhando
o tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a que
se vincula; e
VII – promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública,
sem prejuízo de outros órgãos competentes.
Certo.
Trata-se de disposição expressa do texto da lei, contida no Art. 1º, §3º, vejamos:
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do
usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública.
§ 3º Aplica-se subsidiariamente o disposto nesta Lei aos serviços públicos prestados por particular.
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Lei n. 13.460/2017 – Lei do Usuário do Serviço Público
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É importante memorizar que as normas previstas na Lei n. 13.460/2017 se aplicam aos órgãos
da Administração Pública em geral prestadores de serviços, de todos os Poderes da União, dos
Estados, DF e Municípios, bem como subsidiariamente aos serviços públicos prestados por
particular, ou seja, envolvendo serviço público, via de regra, será aplicada a lei.
Certo.
Art. 23. Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei deverão avaliar os serviços presta-
dos, nos seguintes aspectos:
I – satisfação do usuário com o serviço prestado;
II – qualidade do atendimento prestado ao usuário;
III – cumprimento dos compromissos e prazos definidos para a prestação dos serviços;
IV – quantidade de manifestações de usuários; e
V – medidas adotadas pela administração pública para melhoria e aperfeiçoamento da prestação
do serviço.
Ademais, o art. 24 estabelece ainda que:
Art. 24 Regulamento específico de cada Poder e esfera de Governo disporá sobre a avaliação da
efetividade e dos níveis de satisfação dos usuários.
Certo.
049. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa que corresponde com uma das atribuições do
conselho de usuários, conforme Lei n. 13.460/2017:
a) Acompanhar a prestação dos serviços.
b) receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompa-
nhando o tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou
entidade a que se vincula; e
c) elaborar, anualmente, relatório de gestão, que deverá consolidar as informações previstas
na lei, e, com base nelas, apontar falhas e sugerir melhorias na prestação de serviços públicos.
d) Abster-se de participar na definição de diretrizes para o atendimento ao usuário.
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A questão cobrou conhecimento acerca das atribuições dos Conselhos de Usuários, as quais
são descritas na Lei n. 13.460/2017. Vejamos:
Art. 18. Sem prejuízo de outras formas previstas na legislação, a participação dos usuários no
acompanhamento da prestação e na avaliação dos
Parágrafo único. Os conselhos de usuários são órgãos consultivos dotados das seguintes atribuições:
I – acompanhar a prestação dos serviços;
II – participar na avaliação dos serviços;
III – propor melhorias na prestação dos serviços;
IV – contribuir na definição de diretrizes para o adequado atendimento ao usuário; e
V – acompanhar e avaliar a atuação do ouvidor.
Note que a letra A é a única alternativa que menciona uma das atribuições do conselho de
usuários, logo é o nosso gabarito.
Vejamos os erros das demais:
b) Errada. Pois “receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifesta-
ções” é tarefa que cabe às ouvidorias nos termos do art. 13, VI da lei:
Art. 13. As ouvidorias terão como atribuições precípuas, sem prejuízo de outras estabelecidas em
regulamento específico:
(...)
VI – receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhan-
do o tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a
que se vincula;
c) Errada. Quem elabora o relatório de gestão são as ouvidorias, nos termos do art. 14, II:
050. (INÉDITA/2022) Tendo em vista as disposições da Lei n. 13.460/2017, que trata da proteção
dos usuários dos serviços públicos, o atendimento ao cidadão deverá observar os princípios da
a) continuidade, regularidade, segurança e cortesia.
b) continuidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.
c) regularidade, transparência, continuidade e celeridade.
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Art. 4º Os serviços públicos e o atendimento do usuário serão realizados de forma adequada, obser-
vados os princípios da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, generalidade,
transparência e cortesia.
Portanto, ao todo temos 8 princípios a serem observados:
• Princípios da regularidade,
• Continuidade,
• Efetividade,
• Segurança,
• Atualidade,
• Generalidade,
• Transparência; e
• Cortesia.
Vejamos onde está o erro das demais alternativas:
b) Errada. “Continuidade, Impessoalidade, moralidade e eficiência” apenas a continuidade tra-
ta de um dos princípios relativos ao atendimento nos serviços públicos, os demais são princí-
pios que regem a Administração pública, constantes no art. 37 da CF88. O examinador tentou
confundir o candidato, por isso fique atento!
c) Errada. Perceba que a celeridade não é um dos princípios acima mencionados. Os demais
estão corretos.
d) Errada. Não existe “princípio da pessoalidade” no âmbito da administração pública.
e) Errada. Os princípios da disciplina e da serenidade NÃO fazem parte do rol acima elencado,
tornando a alternativa incorreta.
Letra a.
Adriel Sá
Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos
presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal
de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e autor da
obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora
Juspodivm.
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