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LEI N. 13.

303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEI N. 13.303/2016
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
Diogo Surdi

Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais.. ......................................................................................... 4
1. Licitações Públicas.. ..................................................................................................................... 4
1.1. Introdução................................................................................................................................... 4
1.2. Abrangência............................................................................................................................... 6
1.3. Definições................................................................................................................................... 8
1.4. Princípios e Objetivos............................................................................................................ 10
1.6. Procedimento Licitatório. . ..................................................................................................... 24
2. Contratos Administrativos...................................................................................................... 33
2.1. Formalização. . .......................................................................................................................... 33
2.2. Duração Contratual. . .............................................................................................................. 35
2.3. Exigência de Garantias. . ........................................................................................................ 35
2.4. Alterações Contratuais......................................................................................................... 36
2.5. Sanções Administrativas...................................................................................................... 37
3. Fiscalização e Controle............................................................................................................ 38
3.1. Classificação do Controle.. .................................................................................................... 39
3.2. Controle das Empresas Estatais......................................................................................... 42
4. Disposições Societárias...........................................................................................................44
Questões de Concursos................................................................................................................ 47
Gabarito............................................................................................................................................ 77

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Apresentação
Olá, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos a Lei n. 13.303/2016, norma que instituiu o estatuto jurídico
das empresas públicas e das sociedades de economia mista, sendo conhecida, popularmente,
como “Lei das Estatais”.
Grande abraço e boa aula!

Diogo

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LEI N. 13.303/2016 – LEI DAS ESTATAIS


1. Licitações Públicas
1.1. Introdução
Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 173, § 1º, que a lei estabelecerá o regime
jurídico das empresas estatais, conceito que envolve, dentre outras, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e
de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens
ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores

O mencionado artigo, no entanto, trata-se de uma norma constitucional de eficácia limita-


da, carecendo de regulamentação para que possa produzir efeitos jurídicos.
Desta forma, com a edição da Lei n. 13.303/2016, popularmente conhecida como a “lei das
estatais”, tivemos a regulamentação do artigo constitucional, passando as empresas estatais,
a partir da entrada em vigor da nova norma, a contar com uma série de deveres, prerrogati-
vas e responsabilidades. Estava estabelecido, depois de anos, o estatuto jurídico das empre-
sas estatais.
Antes de entrarmos no estudo específico da nova lei, façamos uma breve revisão acerca
da necessidade de realização de licitação por parte dos órgãos e entidades da Administra-
ção Pública.
O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da promulgação da
Constituição Federal de 1988, o legislador optou por conferir uma regra mais bem detalhada
para as compras e demais aquisições que envolvessem recursos públicos, possibilitando, as-
sim, que houvesse um maior controle por parte de toda a sociedade e dos próprios Tribunais
de Contas.

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Em seu artigo 37, XXI, a Constituição Federal assim dispõe:

Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão


contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condi-
ções efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Do artigo constitucional, podemos concluir que a regra é a realização de licitação, ou seja,


toda a administração pública de todas as esferas de governo, ressalvadas algumas poucas
exceções, estão obrigadas a licitar.
Neste mesmo sentido, como não poderia deixar de ser, é o texto da Lei das Estatais, que
afirma, em seu artigo 28, que a regra, para as empresas estatais, é a realização de licitação,
sendo exceções as hipóteses de licitação dispensável, de contratação direta e de vedação à
realização da licitação.

Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de
bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a
serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, serão
precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.

A licitação dispensável ocorre quando as estatais, desejando contratar com particulares,


podem escolher entre realizar o procedimento licitatório ou contratar diretamente. Para tal, as
situações devem estar previamente estabelecidas em lei.

Como exemplo, podemos citar a situação onde uma determinada empresa estatal deseja con-
tratar uma instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do
ensino ou do desenvolvimento institucional.
Nesta hipótese, poderá a entidade escolher entre a realização da licitação e a contratação
direta com a instituição.

A contratação direta, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de compe-
tição, de forma que a realização de licitação encontra-se seriamente prejudicada. As hipóteses
de contratação direta expressas na Lei n. 13.303 em muito se assemelham com o instituto da
inexigibilidade de licitação, previsto na Lei n. 8.666.

Seria o caso da Caixa Econômica Federal (empresa pública) necessitar de uma máquina que
só seja fabricada por uma determinada empresa. Neste caso, não há a menor possibilidade de
ocorrer a licitação, uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para ofertar à entidade.
Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, uma vez que há inviolabilidade
de competição.

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Por fim, temos as situações de vedação à realização da licitação, que, de acordo com a lei
das estatais, são situações em que a realização da licitação não pode ocorrer.

Podemos citar a situação em que uma sociedade de economia mista exploradora de atividade
econômica (o Banco do Brasil, por exemplo), tem o interesse em comercializar a abertura de
novas contas correntes.
Como a abertura de contas correntes é considerada uma atividade-fim do Banco do Brasil, não
faz nenhum sentido que seja realizado o procedimento licitatório.

1.2. Abrangência
De fundamental importância é sabermos quais as entidades que estão abrangidas pelas
disposições da Lei das Estatais. Inicialmente, vejamos o teor do artigo 1º da norma em análise:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mis-
ta e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia
mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que explore atividade econômica
de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que a atividade eco-
nômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços públicos.

Importante salientar que a Lei das Estatais trata-se de uma norma que possui caráter na-
cional. As leis nacionais, ao contrário do que ocorre com as normas de um determinado ente
federativo (como as leis federais), possuem regras e mandamentos que devem ser observados
por todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Ainda que a Lei n. 13.303 seja uma lei nacional, podem os demais entes federativos editar,
de acordo com as suas peculiaridades, leis e regulamentos relacionados com a licitação das

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empresas estatais. Em todas as hipóteses, no entanto, as legislações locais devem obedecer


às regras gerais traçadas pela Lei das Estatais.

Estão compreendidas pelas disposições da Lei n. 13.303 as seguintes entidades estatais:


a) Empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem a atividade econômi-
ca de produção e comercialização de bens;
b) Empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem a atividade econômi-
ca de prestação de serviços, ainda que em caráter de monopólio;
c) Empresas públicas e sociedades de economia mista que participem de consórcio na
condição de operadora;
d) Sociedade, inclusive a de propósito específico, que seja controlada por empresa pública
ou por sociedade de economia mista;
e) Subsidiárias das empresas públicas e das sociedades de economia mista;
f) Empresas que sejam controladas pelas empresas públicas ou pelas sociedades de eco-
nomia mista;
Observa-se assim que a intenção do legislador foi o de abranger o maior número possível
de empresas estatais exploradoras de atividade econômica.
Contudo, para que as estatais criadas antes da entrada em vigor da norma em análise ti-
vessem tempo de se adequar às novas disposições, a Lei n. 13.303 conferiu a elas o prazo de
24 meses para a realização das modificações que entenderem necessárias.

Art. 91. A empresa pública e a sociedade de economia mista constituídas anteriormente à vigência
desta Lei deverão, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, promover as adaptações necessárias à
adequação ao disposto nesta Lei.

Até que este prazo finde, as entidades poderão optar entre aplicar as disposições da Lei n.
8.666 ou, caso entendam que estão aptas para o novo regramento, passar a aplicar as regras

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da Lei das Estatais. Após o prazo de 24 meses, todas as estatais, sem distinções, devem, obri-
gatoriamente, seguir as disposições da Lei n. 13.303.

1.3. Definições
A Lei n. 13.303 apresenta, em seus artigos 3º e 4º, os conceitos de empresa pública e de
sociedade de econômica mista. Trata-se de novidade legislativa, ainda que a doutrina já apon-
tasse uma série de diferenças entre as duas entidades.

Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com cria-
ção autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a partici-
pação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administra-
ção indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as respon-
sabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e
deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse público que
justificou sua criação.
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na Comis-
são de Valores Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista são a parte da administração


indireta mais voltada para o direito privado, sendo chamadas, por parte da doutrina, de empre-
sas estatais.
A primeira definição importante é que ambas as entidades (empresas públicas e sociedade
de economia mista), podem ser divididas, no que se refere à área de atuação, entre prestado-
ras de serviço público e atuantes na atividade econômica. Dessa forma, temos dois tipos de
empresas públicas e dois tipos de sociedades de economia mista.
Em outras palavras, temos que todas as empresas estatais, seja ela prestadora de servi-
ços públicos ou exploradora de atividade econômica, possui personalidade jurídica de direi-
to privado.
A diferença entre elas é quanto à atividade que exercem: se ela for prestadora de ser-
viço público, a atividade desempenhada, como não poderia deixar de ser, é regida pelo
direito público.

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Se ela for exploradora de atividade econômica, e como forma de evitar assim que o
princípio da livre concorrência seja prejudicado, tais atividades serão reguladas pelo di-
reito privado.

Como exemplo de empresas estatais exploradoras de atividade econômica temos a Caixa Eco-
nômica Federal (empresa pública) e o Banco do Brasil (sociedade de economia mista). Como
tais entidades disputam o mercado com as demais empresas privadas, e em plena sintonia
com o princípio da livre concorrência, devem ser regidas pelo direito privado.
Como exemplo de empresas estatais prestadoras de serviços públicos temos os Correios
(empresa pública) e a Sabesp (sociedade de economia mista). Em ambas as entidades, nota-
-se que o objetivo primordial não é auferir lucros, mas sim prestar um serviço à coletividade.
Logo, nada mais natural do que tais entidades estarem regidas pelo direito público.

Do conceito apresentado pela Lei das Estatais, conseguimos observar uma série de dife-
renças entre as empresas estatais e as sociedades de economia mista. Vejamos...
As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização
legislativa, com a totalidade do capital público e regime organizacional livre.
As sociedades de economia mista, por sua vez, são pessoas jurídicas de direito privado,
criadas por autorização legislativa, com a maioria do capital público e organizadas, obrigato-
riamente, sob a forma de sociedades anônimas (S/A).
Da análise dos dois conceitos apresentados, consegue-se perceber uma série de caracte-
rísticas que diferenciam as duas entidades da administração indireta. Duas destas diferenças
estão em sintonia com a Lei das Estatais, sendo elas a forma de constituição e o modo como
ocorre a formação de seu capital social.
Com relação à forma de constituição, as empresa públicas podem se organizar adotando
qualquer uma das formas admitidas em nosso ordenamento jurídico. Podem ainda, caso seja
necessário, serem criadas com a utilização de uma forma jurídica até então não utilizada para
as demais empresas, oportunidade em que teremos a adoção de uma forma “sui generis”, ou
seja, sem precedentes anteriores.
Como consequência, as empresas públicas podem adotar qualquer tipo societário admi-
tido, tal como as de sociedade limitada (LTDA) ou sociedade anônima (S/A). A depender da
forma utilizada, a entidade deverá registrar seus documentos na junta comercial ou no cartório
de registro de pessoas jurídicas.
As sociedades de economia mista, por outro lado, apenas podem ser constituídas sob a
forma de sociedade anônima (S/A). Consequentemente, sempre serão registradas na junta co-
mercial, possuindo caráter mercantil e sendo regidas pelas disposições da Lei 6.404. Quando
a SEM for registrada na Comissão de Valores Mobiliários, deverá, ainda, sujeita-se às disposi-
ções da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976.

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As empresas públicas possuem todo o seu capital formado por recursos públicos, que po-
dem ser de apenas um ente público (unipessoal) ou de mais de um ente público (pluripessoal).

Temos um exemplo de empresa pública de caráter unipessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de apenas um ente federativo (a União, por exemplo).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter pluripessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de mais de um ente federativo ou das respectivas entidades da adminis-
tração indireta dotadas de personalidade jurídica de direito público (autarquias e fundações
públicas).

As sociedades de economia mista, por sua vez, são constituídas obrigatoriamente com
capital formado por recursos públicos e privados (daí a existência da expressão “mista” de
seus nomes). Ressalta-se, no entanto, que a maioria do capital social deverá, necessariamente,
ser constituído de recursos públicos, garantindo ao Poder Público, desta forma, o controle da
sociedade.

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Totalidade do capital público Capital público e privado

Qualquer forma de organização


Obrigatoriamente S/A
societária

1.4. Princípios e Objetivos


Em seu artigo 31, a Lei das Estatais elenca tanto os princípios que devem nortear todas as
etapas do procedimento licitatório quanto os objetivos que devem ser atingidos com a realiza-
ção da licitação.

Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e sociedades de
economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que
se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou su-
perfaturamento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade
e do julgamento objetivo.

Dois são os objetivos a serem alcançados com a realização da licitação, sendo eles:
a) a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de vida
do objeto;
b) evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou superfaturamento;

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Merece destaque, no que se refere aos objetivos ou finalidades da licitação, os conceitos


de sobrepreço e superfaturamento, conforme previsão da Lei n. 13.303:
Teremos o sobrepreço quando os preços orçados para a licitação ou os preços contratados
são expressivamente superiores aos preços referenciais de mercado, podendo referir-se ao va-
lor unitário de um item, se a licitação ou a contratação for por preços unitários de serviço, ou ao
valor global do objeto, se a licitação ou a contratação for por preço global ou por empreitada;
O superfaturamento ocorrerá, por sua vez, quando houver dano ao patrimônio da empresa
pública ou da sociedade de economia mista, caracterizado, por exemplo:
a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente executadas ou fornecidas; b)
pela deficiência na execução de obras e serviços de engenharia que resulte em diminuição da
qualidade, da vida útil ou da segurança; c) por alterações no orçamento de obras e de servi-
ços de engenharia que causem o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato em favor do
contratado; d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem recebimentos con-
tratuais antecipados, distorção do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do
prazo contratual com custos adicionais para a empresa pública ou a sociedade de economia
mista ou reajuste irregular de preços.

Com relação aos princípios que regem às licitações das empresas estatais, veremos, em
breve síntese, aqueles que estão expressos nas disposições do estatuto jurídico em estudo.

1.4.1. Impessoalidade

O princípio da impessoalidade, no que se refere às licitações, implica em uma atuação da


administração pública pautada no dever de conferir tratamento isonômico a todos os licitan-
tes, sem favorecimentos ou obrigações que não sejam igualmente estendidas aos demais
licitantes.

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1.4.2. Moralidade

Segundo a moralidade, a atuação da administração não deve apenas ser pautada pela
legalidade, mas também em conceitos mais amplos, que permitam ao particular fiscalizar e
analisar se todos os atos foram realizados com observância da probidade, do decoro, da boa-
-fé e da honestidade.
Se a administração estivesse, no âmbito do processo licitatório, apenas pautada pela lega-
lidade, bastaria que cumprisse todas as normas legais para que sua atuação fosse conside-
rada correta.
Para conferir um maior controle, a moralidade deve acompanhar todo o processo licitató-
rio. Assim, não basta ser legal, tem que ser probo, reto, leal e honesto para que a atuação dos
agentes públicos possa ser considerada adequada às finalidades propostas.
O princípio da moralidade adquiriu tamanha importância, atualmente, que diversos Tribu-
nais Superiores têm admitido a desconsideração da personalidade jurídica de empresas ante-
riormente inabilitadas em processos licitatórios, evitando-se assim o abuso das formas, como
a constituição de uma nova sociedade comercial com a finalidade de burlar a penalidade im-
posta pela administração.
No julgamento do Recurso Ordinário n. 15.166/BA, o Superior Tribunal de Justiça proferiu o
seguinte entendimento (ainda que o julgado faça menção às disposições da Lei n. 8.666, trata-
-se de regra a ser observada no procedimento licitatório das empresas estatais).

A constituição de nova sociedade, com o mesmo objeto social, com os mesmos sócios
e com o mesmo endereço, em substituição a outra declarada inidônea para licitar com
a Administração Pública Estadual, com o objetivo de burlar à aplicação da sanção admi-
nistrativa, constitui abuso de forma e fraude à Lei de Licitações (Lei n. 8.666/93), de
modo a possibilitar a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica
para estenderem-se os efeitos da sanção administrativa à nova sociedade constituída. A
Administração Pública pode, em observância ao princípio da moralidade administrativa
e da indisponibilidade dos interesses públicos tutelados, desconsiderar a personalidade
jurídica de sociedade constituída com abuso de forma e fraude à lei, desde que facultado
ao administrado o contraditório e a ampla defesa em processo administrativo regular.

Uma empresa pública realiza licitação com o objetivo de contratar particular. Na execução do
contrato, constata-se que o particular não cumpriu com as determinações inicialmente pre-
vistas, dando ensejo à aplicação da penalidade de suspensão temporária de participação em
licitação e impedimento de contratar com a entidade sancionadora, por prazo não superior a
2 (dois) anos.

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Caso houvesse a aplicação da penalidade, a empresa estaria impossibilitada de participar de


novas licitações por um período determinado de tempo. Poderia a empresa, como forma de
burlar a regra prevista na norma, criar uma nova sociedade com a participação dos sócios ante-
riormente existentes na empresa anterior, conseguindo assim participar de novas licitações.
Como forma de evitar tal mecanismo protelatório, o STJ entende ser possível a desconstitui-
ção da personalidade jurídica da empresa recém criada, estando esta, da mesma forma que a
anterior, impedida de participar de novas licitações durante o prazo da penalidade.

A Lei n. 13.303, em plena sintonia com o princípio da moralidade, apresenta uma lista de
pessoas que estão impedidas de participar do procedimento licitatório:

Art. 38. Estará impedida de participar de licitações e de ser contratada pela empresa pública ou
sociedade de economia mista a empresa:
I – cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital social seja dire-
tor ou empregado da empresa pública ou sociedade de economia mista contratante;
II – suspensa pela empresa pública ou sociedade de economia mista;
III – declarada inidônea pela União, por Estado, pelo Distrito Federal ou pela unidade federativa a que
está vinculada a empresa pública ou sociedade de economia mista, enquanto perdurarem os efeitos
da sanção;
IV – constituída por sócio de empresa que estiver suspensa, impedida ou declarada inidônea;
V – cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea;
VI – constituída por sócio que tenha sido sócio ou administrador de empresa suspensa, impedida
ou declarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
VII – cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de empresa suspensa, impedida ou de-
clarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
VIII – que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que participou, em razão de vínculo de mesma
natureza, de empresa declarada inidônea.
Parágrafo único. Aplica-se a vedação prevista no caput:
I – à contratação do próprio empregado ou dirigente, como pessoa física, bem como à participação
dele em procedimentos licitatórios, na condição de licitante;
II – a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau civil, com:
a) dirigente de empresa pública ou sociedade de economia mista;
b) empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista cujas atribuições envolvam a
atuação na área responsável pela licitação ou contratação;
c) autoridade do ente público a que a empresa pública ou sociedade de economia mista esteja vin-
culada.
III – cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha terminado seu prazo de gestão ou rom-
pido seu vínculo com a respectiva empresa pública ou sociedade de economia mista promotora da
licitação ou contratante há menos de 6 (seis) meses.

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1.4.3. Igualdade

O princípio da igualdade, também chamado de igualdade entre os participantes, é a clás-


sica definição de isonomia que permeia todos os procedimentos licitatórios. Segundo tal prin-
cípio, que em muito se confunde com a impessoalidade, a comissão de licitação não deve
dispensar tratamento favorecido a nenhum dos participantes.
É o bom e velho “tratar todos iguais, na medida de suas desigualdades” que norteia toda a
administração pública.

1.4.4. Publicidade

A publicidade conferida às licitações é a mesma que norteia toda a atuação da adminis-


tração pública, segundo a qual, para que os atos possam produzir efeitos quanto a terceiros,
faz-se necessária a devida publicação na imprensa oficial.
A licitação, conforme já mencionado, é um procedimento administrativo, constituído, as-
sim, de uma série de atos administrativos formados em ordem cronológica. Todos eles, para
produzirem os efeitos que a administração deseja, devem ser publicados na imprensa oficial.
Decorrem da publicidade diversos dispositivos da Lei n. 13.303:

Art. 8º, § 2º Quaisquer obrigações e responsabilidades que a empresa pública e a sociedade de eco-
nomia mista que explorem atividade econômica assumam em condições distintas às de qualquer
outra empresa do setor privado em que atuam deverão:
I – estar claramente definidas em lei ou regulamento, bem como previstas em contrato, convênio ou
ajuste celebrado com o ente público competente para estabelecê-las, observada a ampla publicida-
de desses instrumentos;
II – ter seu custo e suas receitas discriminados e divulgados de forma transparente, inclusive no
plano contábil.
Art. 48. Será dada publicidade, com periodicidade mínima semestral, em sítio eletrônico oficial na
internet de acesso irrestrito, à relação das aquisições de bens efetivadas pelas empresas públicas
e pelas sociedades de economia mista, compreendidas as seguintes informações:
I – identificação do bem comprado, de seu preço unitário e da quantidade adquirida;
II – nome do fornecedor;
III – valor total de cada aquisição.

1.4.5. Eficiência

Basicamente, a eficiência pode ser entendida como “fazer mais com menos”. É, de acordo
com esta análise, a obrigatoriedade dos agentes públicos pautarem suas atuações de acordo
com padrões de economicidade.

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No âmbito das licitações, o princípio da eficiência determina que as ações das empresas
estatais busquem, sempre que possível, a melhor relação possível entre os custos x benefícios
com a realização do procedimento.

1.4.6. Probidade Administrativa

A doutrina destaca que a probidade administrativa decorre da moralidade, ou seja, ainda


que sejam princípios diversos, a moralidade é um princípio constitucional, aplicável à adminis-
tração em todas as suas manifestações de vontade.
A probidade administrativa, por sua vez, implica em um conceito onde o administrador
público deve ser honesto não apenas com a administração pública, mas também com os ad-
ministrados que participam da licitação.
A diferença é sutil, e para não restar nenhuma dúvida, vamos esquematiza-la:

1.4.7. Economicidade

A economicidade decorre do princípio constitucional da eficiência. De acordo com Rafael


Fernandes de Oliveira, “economicidade diz respeito a se saber se foi obtida a melhor propos-
ta para a efetuação da despesa pública, isto é, se o caminho perseguido foi o melhor e mais
amplo, para chegar-se à despesa e se ela fez-se com modicidade, dentro da equação custo-
-benefício”.
Observa-se, desta forma, que o princípio em questão faz todo o sentido no âmbito das
licitações, uma vez que, com a realização do procedimento, objetiva-se selecionar a proposta
mais vantajosa para as empresas estatais.

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1.4.8. Desenvolvimento Nacional Sustentável

A inclusão do princípio do desenvolvimento nacional sustentável como de observância


obrigatória na realização das licitações possui a finalidade de utilizar o poder de compra das
empresas estatais como forma de incentivar um comportamento sustentável por parte de toda
a sociedade.
Assim, na medida em que as empresas estatais darão preferência aos bens e serviços pro-
duzidos de maneira sustentável, promove-se um incentivo na forma com que os particulares
interessados em contratar com tais entidades passarão a produzir seus bens e serviços.

1.4.9. Vinculação ao Instrumento Convocatório

Vincular-se ao instrumento convocatório implica em não poder descumprir as normas


previstas no edital regulador do processo licitatório. Significa dizer que a administração e os li-
citantes devem obedecer a dois diplomas normativos: as leis que regulam a atividade adminis-
trativa e o edital da licitação, que, por estabelecer normas pertinentes a todo o procedimento, é
o documento que sempre deve ser observado quando as licitações forem realizadas.

1.4.10. Competitividade

A competitividade deve permear todo o procedimento licitatório, sendo, basicamente, a


essência da sua realização. Caso não tivéssemos competitividade, não haveria motivos para a
realização da licitação.
Neste sentido, a Lei das Estatais determina, em seu artigo 30, que, em caso de inviabilidade
de competição, estarão as estatais impedidas de realizar a licitação, devendo contratar direta-
mente com os particulares.

Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de (...)

1.4.11. Julgamento Objetivo

Todas as licitações que são promovidas pelas empresas estatais devem possuir, no res-
pectivo edital, um critério que possibilita às entidades verificar, após a apresentação de todas
as propostas, àquela que melhor atendeu aos requisitos solicitados pela administração.
Assim, os critérios utilizados pela administração para conseguir mensurar com confiabili-
dade devem ser claros e objetivos, não havendo a possibilidade, por isso mesmo, da escolha
do objeto da licitação dar-se de por interesses subjetivos.
A Lei n. 13.303 elenca os critérios de julgamento que poderão ser utilizados para as licita-
ções das empresas estatais:
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Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:
I – menor preço;
II – maior desconto;
III – melhor combinação de técnica e preço;
IV – melhor técnica;
V – melhor conteúdo artístico;
VI – maior oferta de preço;
VII – maior retorno econômico;
VIII – melhor destinação de bens alienados.

1.5. Hipóteses de Não Realização da Licitação

Como anteriormente afirmado, a regra, com a entrada em vigor do estatuto das empresas esta-
tais, passou a ser a obrigatoriedade de realização de licitação. As exceções, conforme o texto da Lei
n. 13.303, ficam por conta das hipóteses de licitação dispensável, de contratação direta (conceito
que se assemelha com a inexigibilidade da Lei n. 8.666) e de vedação à realização de licitação.
Em todas estas situações, ou seja, quando a licitação não for realizada, caso seja compro-
vado, pelo órgão de controle externo, sobrepreço ou superfaturamento, responderão solidaria-
mente pelo dano causado quem houver decidido pela contratação direta e o fornecedor ou o
prestador de serviços.

De acordo com a norma, o processo de contratação, quando a licitação não for realizada,
será instruído com os seguintes elementos:
I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quan-
do for o caso;
II – razão da escolha do fornecedor ou do executante;
III – justificativa do preço.

1.5.1. Vedação à Realização de Licitação

As situações de vedação à realização de licitação são apenas duas, hipóteses em que as


empresas estatais não poderão realizar o procedimento licitatório.

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O motivo, em ambas as situações, decorre do fato da contratação estar relacionada com a


finalidade da entidade. Consequentemente, caso a licitação fosse obrigatória, as estatais es-
tariam prejudicadas em relação às demais empresas privadas, uma vez que ambas disputam,
em alguns casos, a concorrência de mercado.

Art. 28, § 3º São as empresas públicas e as sociedades de economia mista dispensadas da obser-
vância dos dispositivos deste Capítulo nas seguintes situações:
I – comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas mencionadas no caput,
de produtos, serviços ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos sociais;
II – nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares,
vinculada a oportunidades de negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedi-
mento competitivo.

1.5.2. Licitação Dispensável

Tal como ocorre com o texto da Lei n. 8.666, a Lei das Estatais apresenta uma lista taxativa
de situações onde a realização da licitação poderá ser dispensável. A realização do procedi-
mento, desta forma, trata-se de uma faculdade para as estatais, que podem escolher entre
realizar a licitação ou contratar diretamente com os particulares.

Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
I – para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que não se
refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma natureza
e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
II – para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para alienações,
nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra
ou alienação de maior vulto que possa ser realizado de uma só vez;

Nestes dois incisos, estamos diante da licitações dispensável em razão dos pequenos
valores. Os valores serão considerados “pequenos” a depender do objeto que está sendo
contratado.
Assim, se estivermos diante de obras e serviços de engenharia, a licitação será dispensável
para contratações até o valor de R$ 100 mil. Se estivermos diante de compras ou de outros
serviços, o limite para a dispensa é de R$ 50 mil.

Nas hipóteses de licitação dispensável em razão dos pequenos valores, o limite informado pela
norma deve ser o valor global da contratação, não sendo possível a utilização de tais valores
quando estes se tratarem de parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou então de obra ou ser-
viço de mesma natureza e que poderia ser realizada conjuntamente ou concomitantemente.

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Importante salientar, ainda, que os valores informados podem ser alterados, por delibera-
ção do Conselho de Administração das empresas estatais, para refletir a variação de custos,
sendo admitido, ainda, a existência de valores diferenciados para cada sociedade.

III – quando não acudirem interessados à licitação anterior e essa, justificadamente, não puder ser
repetida sem prejuízo para a empresa pública ou a sociedade de economia mista, bem como para
suas respectivas subsidiárias, desde que mantidas as condições preestabelecidas;

A licitação deserta, como próprio nome sugere, ocorre nas situações em que não apare-
cem interessados em participar da licitação. A administração publica o edital e cumpre todas
as formalidades exigidas pela lei, mas não aparecem licitantes com interesse em contratar
com a respectiva repartição.
Nesta situação, poderá a administração considerar a licitação dispensável e contratar dire-
tamente com o fornecedor, motivando o respectivo ato de dispensa com a informação de que
não apareceram interessados na licitação anteriormente realizada.

Uma empresa estatal publica edital de licitação que possui como objeto a contratação de equi-
pamentos de informática. Cumpridas todas as formalidades, nenhum particular apresentou
proposta junto à repartição.
Neste caso, caso a estatal verifique que a realização de uma nova licitação poderá trazer pre-
juízos à entidade, deverá motivar o ato administrativo e dispensar a realização de um novo pro-
cedimento, podendo, desta forma, contratar diretamente com outro fornecedor.

IV – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos pra-


ticados no mercado nacional ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes;

A licitação fracassada resta configurada quando aparecem interessados em contratar com


as empresas estatais, no entanto, as propostas apresentadas configuram preços superiores
aos praticados no mercado ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais.

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Uma sociedade de economia mista divulga edital de licitação com a finalidade de contratar
diversos materiais de expediente. No edital que regula o certame, a entidade estabelece um
valor máximo a ser pago aos particulares pelo fornecimento dos materiais.
Cinco são os licitantes que apresentam propostas. Contudo, todas as propostas apresentadas
estão acima do valor máximo previsto no edital.
Nesta situação, estaremos diante de uma licitação fracassada, ou seja, que mesmo tendo inte-
ressados em contratar com a empresa estatal, a contratação não pode ser concretizada.

Para não restar dúvidas entre a licitação deserta e a licitação fracassada:

V – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades precípuas,


quando as necessidades de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, desde que
o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;

Observem que a situação de dispensa do inciso V apenas será possível quando as neces-
sidades de instalação e localização condicionem a escolha do imóvel. Ainda assim, o preço
deverá ser compatível com os valores de mercado, segundo avaliação prévia.

VI – na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento, em consequência de


rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as
mesmas condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato, inclusive quanto ao preço, devi-
damente corrigido;

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Na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento, o que é levado


em conta é a continuidade da prestação como forma de evitar danos à coletividade. Evita-se,
com isso, que as empresas estatais tenham que realizar outro procedimento licitatório para a
contratação de empresa destinada a “terminar” o serviço inacabado.
Para que a licitação seja dispensável, deve ser observada a ordem de classificação e o lici-
tante remanescente deve aceitar as mesmas condições contratadas com o licitante vencedor,
inclusive com relação aos preços, que devem ser obrigatoriamente corrigidos.
Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação, a empresa pública e a socieda-
de de economia mista poderão convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classifica-
ção, para a celebração do contrato nas condições ofertadas por estes, desde que o respectivo
valor seja igual ou inferior ao orçamento estimado para a contratação, inclusive quanto aos
preços atualizados nos termos do instrumento convocatório.

VII – na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa,


do ensino ou do desenvolvimento institucional ou de instituição dedicada à recuperação social do
preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins
lucrativos;
VIII – para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira necessários à
manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original
desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da
garantia;
IX – na contratação de associação de pessoas com deficiência física, sem fins lucrativos e de com-
provada idoneidade, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;
X – na contratação de concessionário, permissionário ou autorizado para fornecimento ou supri-
mento de energia elétrica ou gás natural e de outras prestadoras de serviço público, segundo as
normas da legislação específica, desde que o objeto do contrato tenha pertinência com o serviço
público.
XI – nas contratações entre empresas públicas ou sociedades de economia mista e suas respecti-
vas subsidiárias, para aquisição ou alienação de bens e prestação ou obtenção de serviços, desde
que os preços sejam compatíveis com os praticados no mercado e que o objeto do contrato tenha
relação com a atividade da contratada prevista em seu estatuto social;
XII – na contratação de coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos reci-
cláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações
ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda que tenham como
ocupação econômica a coleta de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis
com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública;
XIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam,
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão
especialmente designada pelo dirigente máximo da empresa pública ou da sociedade de economia
mista;

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XIV – nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei n.
10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes;
XV – em situações de emergência, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que
possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos
e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da
situação emergencial e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo
máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contado da ocorrência da emer-
gência, vedada a prorrogação dos respectivos contratos, observado o disposto no § 2º;

A contratação direta com base neste inciso não dispensará a responsabilização de quem,
por ação ou omissão, tenha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive com relação aos even-
tuais atos de improbidade administrativa, que estarão sujeitos às disposições da Lei 8.429.

XVI – na transferência de bens a órgãos e entidades da administração pública, inclusive quando


efetivada mediante permuta;
XVII – na doação de bens móveis para fins e usos de interesse social, após avaliação de sua oportu-
nidade e conveniência socioeconômica relativamente à escolha de outra forma de alienação;
XVIII – na compra e venda de ações, de títulos de crédito e de dívida e de bens que produzam ou
comercializem.

1.5.3. Contratação Direta (Inexigibilidade)

Casos de inexigibilidade são situações onde não há a viabilidade para a competição, não
restando alternativa para a administração que não seja a contratação direta.
A lista de situações de licitação inexigível é exemplificativa, de forma que sempre que esti-
vermos diante da impossibilidade jurídica de competição, deverão as empresas estatais con-
tratar diretamente com os particulares.
Ainda assim, a Lei n. 13.303 apresenta duas situações de “contratação direta” (termo utili-
zado, na norma, para se referir à inexigibilidade):
a) aquisição de materiais ou equipamentos exclusivos;
b) contratação de serviços técnicos especializados.

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Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de:
I – aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor,
empresa ou representante comercial exclusivo;

Nesta situação, estamos diante de equipamentos ou materiais que apenas pode ser for-
necido produtor, empresa ou representante exclusivo. Consequentemente, não faz nenhum
sentido a realização do procedimento licitatório, uma vez que não há concorrentes no mercado
em condições de atender, da mesma forma que o particular declarado exclusivo, a demanda
das entidades estatais.

II – contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas de


notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

Para a contratação dos serviços em questão, devem ser atendidas, simultaneamente, outras
duas características: a natureza singular do serviço e a notória especialização do contratado.
De acordo com a norma, considera-se de notória especialização o profissional ou a empre-
sa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos,
experiência, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou outros requisitos re-
lacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivel-
mente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.

 Obs.: É vedada a inexigibilidade para os serviços de publicidade e divulgação.

Contratação Direta
Licitação dispensável
(Licitação inexigível)

Licitação é possível, mas a lei faculta


Ocorre quando a licitação é
à administração escolher entre
juridicamente impossível
licitar ou contratar diretamente

Situações exemplificativas Situações taxativas

Motivação obrigatória Motivação obrigatória

Ato vinculado Ato discricionário

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1.6. Procedimento Licitatório


As licitações previstas na Lei das Estatais devem seguir, como regra geral, uma sequência
de fases, que podem ser mais bem visualizadas por meio do seguinte quadro sinótico:

Ao contrário do que acontece com as licitações regidas pela Lei n. 8.666, onde a adjudicação
compulsória é a última fase do procedimento, nas licitações das empresas estatais a última
fase será, sempre, a homologação.

Diferentemente das disposições da Lei n. 8.666, em que temos uma série de modalidades
licitatórias, a Lei n. 13.303 não apresenta nenhuma modalidade a ser utilizada, apenas fazendo
uma recomendação para que, sempre que possível, seja feito uso do pregão.
No entanto, como é sabido, o pregão apenas pode ser utilizada para a contratação de bens
e serviços comuns. Logo, em todas as demais situações (em que não estivermos diante de
bens e serviços comuns) deve ser adotado o procedimento expresso na Lei n. 13.303, sem
menção a uma modalidade específica.

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A Lei das Estatais não apresenta uma lista de modalidades


licitatórias. Apenas há a recomendação para que, no caso de
licitações que tenham como objeto bens e serviços comuns,
seja feito uso do pregão.

Além disso, a Lei das Estatais apresenta uma série de diretrizes que devem ser observadas
quando da realização de qualquer tipo de licitação:

Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes diretrizes:
I – padronização do objeto da contratação, dos instrumentos convocatórios e das minutas de con-
tratos, de acordo com normas internas específicas;
II – busca da maior vantagem competitiva para a empresa pública ou sociedade de economia mista,
considerando custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental,
inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de depreciação
econômica e a outros fatores de igual relevância;
III – parcelamento do objeto, visando a ampliar a participação de licitantes, sem perda de economia
de escala, e desde que não atinja valores inferiores aos limites estabelecidos no art. 29, incisos I e II;
IV – adoção preferencial da modalidade de licitação denominada pregão, instituída pela Lei n.
10.520, de 17 de julho de 2002, para a aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital,
por meio de especificações usuais no mercado;
V – observação da política de integridade nas transações com partes interessadas.
§ 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei devem respeitar, especialmente, as nor-
mas relativas à:
I – disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras con-
tratadas;
II – mitigação dos danos ambientais por meio de medidas condicionantes e de compensação am-
biental, que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental;
III – utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo
de energia e de recursos naturais;
IV – avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;
V – proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da ava-
liação do impacto direto ou indireto causado por investimentos realizados por empresas públicas e
sociedades de economia mista;
VI – acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Informação interessante, e que provavelmente será objeto de muitas questões de concur-


so, refere-se ao tempo mínimo de antecedência com que as informações deverão ser divulga-
das na imprensa oficial antes do recebimento das propostas.

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Art. 39. Os procedimentos licitatórios, a pré-qualificação e os contratos disciplinados por esta Lei
serão divulgados em portal específico mantido pela empresa pública ou sociedade de economia
mista na internet, devendo ser adotados os seguintes prazos mínimos para apresentação de propos-
tas ou lances, contados a partir da divulgação do instrumento convocatório:
I – para aquisição de bens:
a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério de julgamento o menor preço ou o maior des-
conto;
b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses;
II – para contratação de obras e serviços:
a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de julgamento o menor preço ou o maior
desconto;
b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses;
III – no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação em que se adote como critério de jul-
gamento a melhor técnica ou a melhor combinação de técnica e preço, bem como para licitação em
que haja contratação semi-integrada ou integrada.

Para facilitar a compreensão, podemos esquematizar estes prazos da seguinte forma:

Prazo (antecedência
Situação Critério de julgamento
mínima)

Aquisição de bens 5 dias úteis Menor preço ou Maior desconto

Aquisição de bens 10 dias úteis Demais casos

Contratação de obras
15 dias úteis Menor preço ou Maior desconto
e serviços

Contratação de obras
30 dias úteis Demais casos
e serviços

Melhor técnica
Melhor combinação de
técnica e preço
Situações específicas 45 dias úteis Quando houver contratação
semi-integrada
Quando houver contratação
integrada.

1.6.1. Preparação

A fase da preparação pode ser conceituada como todas as medidas e atos praticados pe-
las empresas estatais antes da publicação do edital. Pode-se dizer que a fase da preparação

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da Lei n. 13.303 se assemelha à fase interna da Lei n. 8.666, sendo que ambas terminam com
a divulgação do instrumento convocatório.
Como exemplos de atos que compõem a preparação da licitação, temos a verificação orça-
mentária dos recursos necessários para a contratação, a elaboração do edital, a descrição do
objeto a ser licitado, dos prazos e condições de pagamento e dos requisitos necessários para
que os particulares interessados possam vir a apresentar propostas.
Observa-se, assim, que todos os atos possuem em comum a característica de serem prati-
cados em momento anterior à publicação do edital.

1.6.2. Divulgação

Como o próprio nome sugere, a divulgação acontece com a publicação do instrumento


convocatório, momento a partir do qual os particulares passam a ter conhecimento do interes-
se das empresas estatais em contratar, podendo, caso tenham interesse, apresentar propostas
ou lances.
De acordo com a Lei n. 13.303, os atos decorrentes da divulgação, bem como das de-
mais fases do procedimento licitatório, deverão ser praticados, preferencialmente, por meio
eletrônico.
Com relação aos avisos contendo os resumos dos editais das licitações e contratos, deve-
rão estes ser publicados, para que possam surtir efeitos, no Diário Oficial da União, do Estado
ou do Município e na internet.

Art. 51, § 2º Os atos e procedimentos decorrentes das fases enumeradas no caput praticados por
empresas públicas, por sociedades de economia mista e por licitantes serão efetivados preferen-
cialmente por meio eletrônico, nos termos definidos pelo instrumento convocatório, devendo os
avisos contendo os resumos dos editais das licitações e contratos abrangidos por esta Lei ser pre-
viamente publicados no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município e na internet.

1.6.3. Apresentação de Lances ou Propostas

Importante peculiaridade da fase de apresentação de lances ou propostas refere-se à pos-


sibilidade de utilização dos modos de disputa aberto ou fechado, ou, quando o objeto da licita-
ção puder ser parcelado, a combinação de ambos.
A própria Lei n. 13.303 apresenta os conceitos dos modos de disputa aberto e fechado:

Art. 52. Poderão ser adotados os modos de disputa aberto ou fechado, ou, quando o objeto da li-
citação puder ser parcelado, a combinação de ambos, observado o disposto no inciso III do art. 32
desta Lei.
§ 1º No modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão lances públicos e sucessivos, crescen-
tes ou decrescentes, conforme o critério de julgamento adotado.
§ 2º No modo de disputa fechado, as propostas apresentadas pelos licitantes serão sigilosas até a
data e a hora designadas para que sejam divulgadas.

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A norma elenca, ainda, um pequeno regramento que deve ser observado quando o modo de
disputa utilizado for o aberto:

Art. 53. Quando for adotado o modo de disputa aberto, poderão ser admitidos:
I – a apresentação de lances intermediários;
II – o reinício da disputa aberta, após a definição do melhor lance, para definição das demais colocações,
quando existir diferença de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e o subsequente.
Parágrafo único. Consideram-se intermediários os lances:
I – iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado o julgamento pelo critério da maior oferta;
II – iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando adotados os demais critérios de julgamento.

1.6.4. Julgamento

Como vimos anteriormente, um dos princípios que norteia a realização do procedimento


licitatório no âmbito das estatais é o julgamento objetivo. Assim, a lei em estudo apresenta, em
seu artigo 54, uma série de critérios que podem ser utilizados para o julgamento das licitações.
Em todos eles, é importante ressaltar, estaremos diante de métodos objetivos de julga-
mento, não sendo permitido que formas subjetivas sejam empregadas para o julgamento das
propostas apresentadas.

Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:


I – menor preço;
II – maior desconto;
III – melhor combinação de técnica e preço;
IV – melhor técnica;
V – melhor conteúdo artístico;
VI – maior oferta de preço;
VII – maior retorno econômico;
VIII – melhor destinação de bens alienados.
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Importante questão refere-se aos critérios que serão utilizados em caso de empate entre
duas ou mais propostas apresentadas.

Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão utilizados, na ordem em que se encon-
tram enumerados, os seguintes critérios de desempate:
I – disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada, em ato
contínuo ao encerramento da etapa de julgamento;
II – avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista sistema objetivo de
avaliação instituído;
III – os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991, e no § 2º do art.
3º da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993;
IV – sorteio.

 Obs.: Os critérios mencionados no inciso III, relacionados com as leis 8.248 e 8.666, são os
seguintes:
 a) bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País;
 b) bens e serviços produzidos de acordo com processo produtivo básico, na forma a ser
definida pelo Poder Executivo.
 c) produzidos no País;
 d) produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
 e) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvi-
mento de tecnologia no País;
 f) produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

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1.6.5. Verificação da Efetividade das Propostas

A verificação da efetividade das propostas trata-se da fase onde as propostas serão analisa-
das, procedendo-se à desclassificação daquelas que apresentem as seguintes irregularidades:
I – contenham vícios insanáveis;
II – descumpram especificações técnicas constantes do instrumento convocatório;
III – apresentem preços manifestamente inexequíveis;
IV – se encontrem acima do orçamento estimado para a contratação, ressalvadas as ex-
ceções legais;
V – não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela empresa pública
ou pela sociedade de economia mista;
VI – apresentem desconformidade com outras exigências do instrumento convocatório,
salvo se for possível a acomodação a seus termos antes da adjudicação do objeto e sem que
se prejudique a atribuição de tratamento isonômico entre os licitantes.
Importante salientar que a verificação da efetividade poderá ser feita exclusivamente em
relação aos lances e propostas mais bem classificados, podendo, para o cumprimento da ve-
rificação, ser realizadas diligências para aferir a exequibilidade das propostas ou, quando esti-
vermos diante de propostas inexequíveis, exigir dos licitantes que ela seja demonstrada.

Nas licitações de obras e serviços de engenharia, consideram-se inexequíveis as propostas


com valores globais inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:
I – média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinquenta por cento) do valor
do orçamento estimado pela empresa pública ou sociedade de economia mista; ou
II – valor do orçamento estimado pela empresa pública ou sociedade de economia mista.
§ 4º Para os demais objetos, para efeito de avaliação da exequibilidade ou de sobrepreço, de-
verão ser estabelecidos critérios de aceitabilidade de preços que considerem o preço global,
os quantitativos e os preços unitários, assim definidos no instrumento convocatório.

1.6.6. Negociação

A fase da negociação ocorre após o julgamento das propostas, possibilitando que as empresas
estatais negociem com o licitante que apresentou a melhor proposta condições mais vantajosas.
Caso, no entanto, o preço do primeiro colocado, após a realização de negociação, esteja aci-
ma do orçamento prévio das estatais, a negociação será feita, também, com os demais licitantes.

Art. 57. Confirmada a efetividade do lance ou proposta que obteve a primeira colocação na etapa
de julgamento, ou que passe a ocupar essa posição em decorrência da desclassificação de outra
que tenha obtido colocação superior, a empresa pública e a sociedade de economia mista deverão
negociar condições mais vantajosas com quem o apresentou.
§ 1º A negociação deverá ser feita com os demais licitantes, segundo a ordem inicialmente esta-
belecida, quando o preço do primeiro colocado, mesmo após a negociação, permanecer acima do
orçamento estimado.

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1.6.7. Habilitação

De acordo com a Lei n. 13.303, são os seguintes os documentos de habilitação que devem
ser exigidos dos licitantes:

Art. 58. A habilitação será apreciada exclusivamente a partir dos seguintes parâmetros:
I – exigência da apresentação de documentos aptos a comprovar a possibilidade da aquisição de
direitos e da contração de obrigações por parte do licitante;
II – qualificação técnica, restrita a parcelas do objeto técnica ou economicamente relevantes, de
acordo com parâmetros estabelecidos de forma expressa no instrumento convocatório;
III – capacidade econômica e financeira;
IV – recolhimento de quantia a título de adiantamento, tratando-se de licitações em que se utilize
como critério de julgamento a maior oferta de preço.

Ao contrário do que ocorre com a Lei n. 8.666, não é exigido,


nas licitações das empresas estatais, a comprovação da regu-
laridade fiscal e trabalhista.

1.6.8. Interposição de Recursos

Em sentido amplo, são considerados recursos todas as medidas possíveis para que os
particulares possam solicitar o reexame de uma matéria.
Em sentido estrito, o recursos é um dos instrumentos cabíveis para que os particulares
solicitem a apreciação da matéria por autoridade de hierarquia superior.
No âmbito da Lei das Estatais, poderemos ter a fase recursal de duas formas:
a) Quando o procedimento seguir a ordem de fases prevista no texto da norma, a fase re-
cursal será única, ocorrendo após a fase da habilitação.
b) Quando ocorrer a inversão das fases da licitação (com a habilitação ocorrendo antes da apre-
sentação dos lances ou propostas), teremos a possibilidade de apresentação de recursos em dois
momentos distintos: após a habilitação e após a verificação da efetividade dos lances ou propostas.
Em ambos os casos, os recursos deverão ser apresentados no prazo de 5 dias úteis, con-
forme disposição expressa da lei em análise:

Art. 59. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento licitatório terá fase recursal única.
§ 1º Os recursos serão apresentados no prazo de 5 (cinco) dias úteis após a habilitação e contem-
plarão, além dos atos praticados nessa fase, aqueles praticados em decorrência do disposto nos
incisos IV e V do caput do art. 51 desta Lei.
§ 2º Na hipótese de inversão de fases, o prazo referido no § 1º será aberto após a habilitação e após
o encerramento da fase prevista no inciso V do caput do art. 51, abrangendo o segundo prazo tam-
bém atos decorrentes da fase referida no inciso IV do caput do art. 51 desta Lei.

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1.6.9. Adjudicação do Objeto

Adjudicar é conferir ao particular vencedor do processo licitatório o objeto da licitação. É


atribuir ao vencedor a preferência de poder contratar com a administração caso a mesma opte
por realizar tal procedimento.
Como decorrência da adjudicação do objeto, a Lei das Estatais determina, em seu
artigo 61, que “A empresa pública e a sociedade de economia mista não poderão celebrar
contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estra-
nhos à licitação”.
A informação mais importante, no entanto, com relação à adjudicação, é fato desta fase,
ao contrário do que ocorre com as licitações regidas pela Lei n. 8.666, não ser a última do pro-
cedimento licitatório.

1.6.10. Homologação

Com a homologação, temos a verificação de que todas as etapas do procedimento licitató-


rio transcorreram de acordo com as disposições legais.
De acordo com a Lei n. 13.303 (e temos aqui uma importante novidade legislativa), a
homologação implica na constituição de direito relativo à celebração de contrato com o lici-
tante vencedor.
Isso implica em afirmar que, ao contrário de todos os demais normativos sobre licitação
(em que há uma mera expectativa de direito com a realização da adjudicação), nas licitações
das empresas estatais passa a existir, com a homologação, o direito do licitante vencedor à
celebração do contrato.

Art. 60. A homologação do resultado implica a constituição de direito relativo à celebração do con-
trato em favor do licitante vencedor.

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2. Contratos Administrativos
2.1. Formalização
Os contratos administrativos, em regra, precisam ser escritos, pois tal característica asse-
gura que toda a sociedade possa compreender e fiscalizar as suas cláusulas, exigindo, quando
do seu descumprimento, a adoção das medidas cabíveis.
Neste sentido, o artigo 69 da Lei das Estatais elenca as cláusulas necessárias de todos os
contratos celebrados com as empresas estatais.

Art. 69. São cláusulas necessárias nos contratos disciplinados por esta Lei:
I – o objeto e seus elementos característicos;
II – o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III – o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a periodicidade do reajusta-
mento de preços e os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obriga-
ções e a do efetivo pagamento;
IV – os prazos de início de cada etapa de execução, de conclusão, de entrega, de observação, quan-
do for o caso, e de recebimento;
V – as garantias oferecidas para assegurar a plena execução do objeto contratual, quando exigidas,
observado o disposto no art. 68;
VI – os direitos e as responsabilidades das partes, as tipificações das infrações e as respectivas
penalidades e valores das multas;
VII – os casos de rescisão do contrato e os mecanismos para alteração de seus termos;
VIII – a vinculação ao instrumento convocatório da respectiva licitação ou ao termo que a dispensou
ou a inexigiu, bem como ao lance ou proposta do licitante vencedor;

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IX – a obrigação do contratado de manter, durante a execução do contrato, em compatibilidade com
as obrigações por ele assumidas, as condições de habilitação e qualificação exigidas no curso do
procedimento licitatório;
X – matriz de riscos.

É importante mencionar que a norma apenas faz menção à observância dos preceitos de
direito privado, e não, tal como ocorre com os contratos regidos pela Lei n. 8.666, às disposi-
ções do direito público.
Assim, o melhor entendimento que deve ser dado é no sentido de que os contratos celebra-
dos com as estatais não possuem, tal como os contratos da Lei das Licitações, a totalidade
das cláusulas exorbitantes.

Art. 68. Os contratos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas, pelo disposto nesta Lei
e pelos preceitos de direito privado.

Ainda assim, como veremos adiante, temos, no âmbito da contratação com as empresas
estatais, a exigência de garantias e a possibilidade de aplicação de sanções administrativas,
institutos tipicamente ligados ao direito público.
Durante a execução contratual, o contratado possui uma série de obrigações e respon-
sabilidades.
Com relação às obrigações, a Lei n. 13.303 determina, em seu artigo 76, que a reparação,
correção e demais ajustes devem ser providenciados pelo contratado sempre que forem verifi-
cados vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução contratual.
Nesta situação, responderá ele, ainda, pelos eventuais danos causados à terceiros ou às
entidades contratantes independente da comprovação de dolo ou culpa.

Art. 76. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expen-
sas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções
resultantes da execução ou de materiais empregados, e responderá por danos causados direta-
mente a terceiros ou à empresa pública ou sociedade de economia mista, independentemente da
comprovação de sua culpa ou dolo na execução do contrato.

O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais resultantes


da execução do contrato.
A eventual inadimplência do contratado quanto aos encargos trabalhistas, fiscais e comer-
ciais não transfere à empresa pública ou à sociedade de economia mista a responsabilidade
por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o
uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
Por meio da pessoalidade, a execução do contrato deve ser feita, em regra, pela pessoa que
venceu o procedimento licitatório, pois considera-se que a administração, ao escolher a melhor
proposta, levou em conta certas características do prestador de serviço, tais como idoneidade,
habilitação e regularidade fiscal.
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No âmbito das empresas estatais, no entanto, a regra é a possibilidade de subcontratação,


que apenas não poderá ser realizada nas hipóteses elencadas pela Lei n. 13.303. A subcontra-
tação, no entanto, deverá ser feita até o limite admitido pelas empresas estatais, devendo tal
possibilidade, ainda, estar expressa no edital da licitação:

Art. 78. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e
legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada
caso, pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista, conforme previsto no edital do
certame.
§ 1º A empresa subcontratada deverá atender, em relação ao objeto da subcontratação, as exigên-
cias de qualificação técnica impostas ao licitante vencedor.
§ 2º É vedada a subcontratação de empresa ou consórcio que tenha participado:
I – do procedimento licitatório do qual se originou a contratação;
II – direta ou indiretamente, da elaboração de projeto básico ou executivo.

2.2. Duração Contratual


Considerando que os contratos são manifestações bilaterais de vontade, bem como que
as estatais não podem gastar além dos recursos previstos em seu orçamento, a regra, no que
se refere à duração contratual, é a impossibilidade de termos a celebração de tais vínculos por
prazo indeterminado, estando a duração dos contratos, como regar geral, limitada ao prazo de
5 anos de duração.
Em caráter de exceção, a norma elenca situações em que os contratos poderão ter duração
superior a 5 anos.

Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não excederá a 5 (cinco) anos, contados a
partir de sua celebração, exceto:
I – para projetos contemplados no plano de negócios e investimentos da empresa pública ou da
sociedade de economia mista;
II – nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco) anos seja prática rotineira de
mercado e a imposição desse prazo inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio.
Parágrafo único. É vedado o contrato por prazo indeterminado.

2.3. Exigência de Garantias


A critério da autoridade competente, e desde que tal possibilidade esteja prevista no res-
pectivo instrumento convocatório, poderá ser exigida a prestação de garantia para a execução
de obra, serviços ou compras.
Tal mecanismo visa assegurar a possibilidade da administração ser ressarcida de even-
tuais prejuízos causados pela inexecução do contrato por parte dos contratados. Salienta-se,
contudo, que a decisão de exigir ou não a prestação de garantia é discricionária, cabendo à
administração contratante optar pela sua exigência ou dispensa.

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Caso opte por exigir, além de obrigatoriamente ter que estar prevista no edital, o valor da
garantia oferecida pelo contratado não poderá exceder a 5% do valor do contrato. Em caso de
licitações de grande vulto ou que envolvem grandes riscos, tal percentual poderá ser elevado
para até 10%.
Em todos os casos, no entanto, caberá ao contratado a escolha da garantia a ser ofertada,
que poderá recair em uma das hipóteses a seguir listadas:
I – caução em dinheiro;
II – seguro-garantia;
III – fiança bancária.
A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato.

2.4. Alterações Contratuais


Diferentemente do que ocorre com os contratos administrativos regidos pela Lei n. 8.666,
os contratos celebrados com as empresas estatais não podem ser alterados unilateralmente,
mas sim, em sentido diverso, apenas quando houver concordância de ambas as partes.

Art. 72. Os contratos regidos por esta Lei somente poderão ser alterados por acordo entre as partes,
vedando-se ajuste que resulte em violação da obrigação de licitar.

Em seu artigo 81, a norma elenca as situações que poderão dar ensejo à alteração contratual.

Art. 81. Os contratos celebrados nos regimes previstos nos incisos I a V do art. 43 contarão com
cláusula que estabeleça a possibilidade de alteração, por acordo entre as partes, nos seguintes
casos:
I – quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica
aos seus objetivos;
II – quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminui-
ção quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
III – quando conveniente a substituição da garantia de execução;
IV – quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo
de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
V – quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias su-
pervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação
ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens
ou execução de obra ou serviço;

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VI – para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contra-
tado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento,
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores
ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do
príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

Como anteriormente mencionado, a regra, no âmbito das contratações realizadas pelas


empresas estatais, é que as alterações apenas sejam possíveis quando ambas as partes con-
cordarem com a alteração.
Assim, diferentemente do que acontece com as disposições da Lei das Licitações, as al-
terações, sejam elas decorrentes de supressões ou acréscimos, até o limite de 25% do valor
inicial do contrato, ou, no caso particular de reforma de edifício ou equipamento, até o limite de
50% para os acréscimos, apenas poderá acontecer caso o contratado aceite tal modificação.

Art. 81, § 1º O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou su-
pressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor
inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o
limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.

2.5. Sanções Administrativas


No momento da realização da licitação, as empresas estatais estabelecem, em edital, que
o atraso injustificado na execução do contrato poderá dar ensejo, dentre outras medidas, à
aplicação de sanções administrativas.
A depender do objeto que esteja sendo executado, o Poder Público poderá exigir que o lici-
tante vencedor deposite um valor percentual a título de garantia.
No momento da execução contratual, caso as estatais verifiquem a possibilidade de atraso
injustificado, deverão elas, inicialmente, instaurar processo administrativo com a finalidade de
apurar as eventuais infrações cometidas. Possibilita-se, com isso, que o particular se defenda
das acusações que contra ele estão sendo feitas.
Concluído o processo administrativo, caso se comprove que houve o atraso injustificado
na execução contratual, devem as contratantes aplicar ao licitante, dentre outras medidas ca-
bíveis, a sanção de multa.
Contudo, caso o particular tenha, em momento anterior, depositado algum valor a título de
garantia, deverá a Administração descontar, do valor a ser aplicado como multa, o saldo exis-
tente e corrigido da garantia depositada pelo licitante.
Neste sentido é o texto da Lei n. 13.303:

Art. 83. Pela inexecução total ou parcial do contrato a empresa pública ou a sociedade de economia
mista poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

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I – advertência;
II – multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III – suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a entidade
sancionadora, por prazo não superior a 2 (dois) anos.
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá
o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela
empresa pública ou pela sociedade de economia mista ou cobrada judicialmente.
§ 2º As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão ser aplicadas juntamente com a do
inciso II, devendo a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, ser apresentada no prazo
de 10 (dez) dias úteis.

Tais sanções, em plena consonância com o princípio da autotutela, não precisam de auto-
rização do judiciário para a sua aplicação, transitando exclusivamente na órbita administrativa.
O único requisito que deve ser observado é que antes da aplicação da sanção a adminis-
tração deve assegurar ao contratado as garantias do contraditório e da ampla defesa. Neste
sentido, a defesa, por parte do particular, deve ser apresentada no prazo de 10 dias úteis.
Dentre as penalidades elencadas pela norma, apenas a multa poderá ser aplicada de for-
ma conjunta com as demais sanções.
Ainda de acordo com o texto da Lei n. 13.303, as sanções de suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de contratar com a entidade sancionadora poderão
ser aplicadas, também, a certas empresas e profissionais, conforme disposição do artigo 84:

Art. 84. As sanções previstas no inciso III do art. 83 poderão também ser aplicadas às empresas ou
aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:
I – tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no reco-
lhimento de quaisquer tributos;
II – tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;
III – demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a empresa pública ou a sociedade de
economia mista em virtude de atos ilícitos praticados.

3. Fiscalização e Controle
O controle da administração pública pode ser entendido como a soma de todas as ativi-
dades, internas e externas, que possuem como objetivo garantir a preservação do interesse
público e assegurar que as funções administrativas estão sendo desempenhadas de acordo
com a lei.
Merece destaque, neste sentido, o conceito de controle da administração pública extraído
da obra de José dos Santos Carvalho Filho:

Os mecanismos de controle da Administração Pública podem ser entendidos como ações que têm
como objetivos fundamentais garantir o respeito aos direitos subjetivos dos usuários e assegurar a
observância das diretrizes constitucionais da Administração.

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Assim sendo, teremos controle quando houver o desempenho de qualquer atividade, por
parte dos três poderes ou da população, que tenha o objetivo de proteger o patrimônio público
e o bem-estar coletivo ante a atuação da administração pública.
Salienta-se que o controle da administração pública não pode ser confundido com o con-
trole administrativo. Em nosso ordenamento jurídico, três são as grandes espécies de controle,
sendo elas o controle administrativo, o controle legislativo e o controle judiciário. Tais formas,
em conjunto, representam o controle da administração pública.
Desta forma, o controle da administração pública é um gênero do qual fazem parte as es-
pécies controle administrativo, controle legislativo e controle judicial, conforme se observa, de
maneira mais didática, por meio do gráfico a seguir:

3.1. Classificação do Controle


O controle da administração pública pode ser classificado de acordo com diferentes aspec-
tos. Por meio de tais critérios de classificação, conseguimos encontrar importantes definições
para entendermos como o controle efetivamente é exercido, seja por meio dos três poderes,
seja pela população diretamente interessada.
Para fins de prova, precisamos conhecer a classificação relacionada com a origem, por
meio do qual o controle é classificado em interno, externo e popular.
O controle interno, como o próprio nome sugere, é aquele realizado no âmbito do mesmo
poder, seja por meio de órgão integrante da relação hierárquica, seja através de órgão especia-
lizado integrante da estrutura do mesmo poder.
Nota-se, assim, que teremos controle interno ainda que a relação entre o órgão que prati-
cou o ato e aquele que irá controlá-lo não esteja sujeita à hierarquia.

Vamos imaginar a repartição pública de um fisco qualquer. No desempenho das atividades, os


servidores serão supervisionados pelas chefias imediatas, havendo, desta forma, uma relação
de hierarquia e subordinação.
Da mesma forma, para os casos em que os contribuintes não concordem com o valor lançado,
teremos a possibilidade destes recorrerem ao Conselho de Contribuintes, órgão que, ainda que
não seja hierarquicamente superior, integra, da mesma forma que o fisco, o Poder Executivo.
Em ambos os casos, estamos diante do controle interno.

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Desta forma, o critério que define se o controle é interno ou externo não é, necessariamen-
te, o fato da hierarquia estar ou não presente. O que deve ser levado em consideração para tal
determinação é se o órgão que está controlando integra ou não o mesmo poder.
Além disso, termos controle interno quando a administração direta supervisiona as entida-
des que compõe a administração indireta. Como é sabido, não há hierarquia entre a administra-
ção indireta e os órgãos da administração direta, mas sim mera tutela administrativa, também
chamada, pela doutrina, de supervisão ministerial ou controle.
Logo, quando ocorre a criação de uma autarquia, de uma fundação ou de alguma das em-
presas estatais, não terão tais entidades subordinação em relação à administração direta. Em
sentido oposto, referidas entidades apenas estarão obrigadas a cumprir com as finalidades
para as quais foram instituídas.
Em consonância com a obrigação de cada um dos três poderes em manter um sistema de
controle interno destinado a verificar aspectos relacionados com bom uso dos recursos públi-
cos, é o teor do artigo 74 da Constituição Federal:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Podemos sintetizar as três formas distintas de manifestação do controle interno por meio
do seguinte gráfico:

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O controle externo, por sua vez, é aquele que é exercido por um poder sobre os atos admi-
nistrativos praticados pelos demais poderes. O fundamento para a sua realização, conforme
anteriormente afirmado, é a possibilidade de todos os Poderes da República fazerem uso da
função administrativa.
Assim, toda e qualquer medida adotada por um órgão ou entidade integrante de um dos
Poderes estranhos àquele que praticou o ato será considerado controle da administração pú-
blica exercido de forma externa.

Teremos controle externo quando o Poder Judiciário anula o procedimento licitatório realiza-
do por um órgão do Poder Legislativo. Em tal situação, o Poder Judiciário está exercendo sua
função típica, que é a de julgar, ao passo que o Poder Legislativo, quando da realização da lici-
tação, fazia uso da sua função atípica.
Da mesma forma, teremos controle externo quando o Congresso Nacional, no exercício de sua
função atípica, julga as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República.

Por fim, temos o controle popular, classificação doutrinária que leva em conta o princípio
da indisponibilidade do interesse público.
Como a administração pública atua como mera gestora da coisa alheia (daí o nome in-
disponibilidade), e considerando que a população é quem detém a titularidade do patrimônio
público, nada mais justo que existam diversos mecanismos de controle, possibilitando assim
que os titulares controlem a maneira como seus bens estão sendo geridos.
Neste sentido, são exemplos do controle exercido de forma popular, de acordo com a Cons-
tituição Federal, as seguintes situações:
• O artigo 31, § 3º, determina que as contas dos municípios fiquem disponíveis, anual-
mente, pelo prazo de 60 dias, a todos os administrados, possibilitando assim que os
mesmos questionem a sua legitimidade.
• O § 2º do artigo 74 faculta a qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato
a denúncia ao tribunal de contas da união de quaisquer irregularidades verificadas no
âmbito da gestão pública. Considerado o princípio da simetria, temos que tal possibili-
dade é estendida aos legitimados no âmbito dos tribunais de contas estaduais ou, onde
houver, nos tribunais municipais.
• O artigo 5º, LXXIII, da Constituição estabelece a possibilidade dos cidadãos postularem
ação popular, remédio constitucional através do qual todos os que estiverem no gozo
dos direitos políticos poderão fazer uso.

Nas situações elencadas, tal como em todas aquelas em que o controle é exercido por
meio de iniciativa popular, temos a utilização de uma das principais características da forma
republicana de governo, ou seja, a necessidade de prestação de contas, por parte dos gestores
públicos, dos bens que a eles são conferidos para o alcance da finalidade pública.

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3.2. Controle das Empresas Estatais


Agora que conhecemos as formas de controle, precisamos saber que, nos termos do ar-
tigo 85 da Lei das Estatais, “Os órgãos de controle externo e interno das 3 (três) esferas de
governo fiscalizarão as empresas públicas e as sociedades de economia mista a elas relacio-
nadas, inclusive aquelas domiciliadas no exterior, quanto à legitimidade, à economicidade e à
eficácia da aplicação de seus recursos, sob o ponto de vista contábil, financeiro, operacional
e patrimonial”.
Logo, a fiscalização e controle das empresas estatais será realizado em relação à legi-
timidade, à economicidade e à eficácia da aplicação de seus recursos sob o ponto de vista
contábil, financeiro, operacional e patrimonial.
Para a realização da atividade fiscalizatória, os órgãos de controle deverão ter acesso ir-
restrito aos documentos e às informações necessários à realização dos trabalhos, inclusive
aqueles classificados como sigilosos pela empresa pública ou pela sociedade de economia
mista, conforme previsão do já mencionado artigo 85:

Art. 85, § 1º Para a realização da atividade fiscalizatória de que trata o caput, os órgãos de controle
deverão ter acesso irrestrito aos documentos e às informações necessários à realização dos tra-
balhos, inclusive aqueles classificados como sigilosos pela empresa pública ou pela sociedade de
economia mista, nos termos da Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 2º O grau de confidencialidade será atribuído pelas empresas públicas e sociedades de economia
mista no ato de entrega dos documentos e informações solicitados, tornando-se o órgão de controle
com o qual foi compartilhada a informação sigilosa corresponsável pela manutenção do seu sigilo.
§ 3º Os atos de fiscalização e controle dispostos neste Capítulo aplicar-se-ão, também, às empre-
sas públicas e às sociedades de economia mista de caráter e constituição transnacional no que se
refere aos atos de gestão e aplicação do capital nacional, independentemente de estarem incluídos
ou não em seus respectivos atos e acordos constitutivos.

No artigo 86, encontramos regras relacionadas com a forma como as informações das
empresas estatais devem ser armazenadas para fins de controle:

Art. 86. As informações das empresas públicas e das sociedades de economia mista relativas a li-
citações e contratos, inclusive aqueles referentes a bases de preços, constarão de bancos de dados
eletrônicos atualizados e com acesso em tempo real aos órgãos de controle competentes.
§ 1º As demonstrações contábeis auditadas da empresa pública e da sociedade de economia mis-
ta serão disponibilizadas no sítio eletrônico da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em
formato eletrônico editável.
§ 2º As atas e demais expedientes oriundos de reuniões, ordinárias ou extraordinárias, dos conse-
lhos de administração ou fiscal das empresas públicas e das sociedades de economia mista, inclu-
sive gravações e filmagens, quando houver, deverão ser disponibilizados para os órgãos de controle
sempre que solicitados, no âmbito dos trabalhos de auditoria.

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§ 3º O acesso dos órgãos de controle às informações referidas no caput e no § 2º será restrito e
individualizado.
§ 4º As informações que sejam revestidas de sigilo bancário, estratégico, comercial ou industrial
serão assim identificadas, respondendo o servidor administrativa, civil e penalmente pelos danos
causados à empresa pública ou à sociedade de economia mista e a seus acionistas em razão de
eventual divulgação indevida.
§ 5º Os critérios para a definição do que deve ser considerado sigilo estratégico, comercial ou indus-
trial serão estabelecidos em regulamento.

Como não poderia ser diferente, o controle das despesas decorrentes dos contratos e de-
mais instrumentos será feito pelos órgãos do sistema de controle interno e pelo tribunal de
contas competente, na forma da legislação pertinente, ficando as empresas públicas e as so-
ciedades de economia mista responsáveis pela demonstração da legalidade e da regularidade
da despesa e da execução.
Destaca-se que qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irre-
gularidade na aplicação da Lei das Estatais, devendo protocolar o pedido até 5 dias úteis antes
da data fixada para a ocorrência do certame. Após a apresentação, deverá a entidade julgar e
responder à impugnação em até 3 dias úteis.
Além disso, qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar
ao tribunal de contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregu-
laridades na aplicação da lei.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão disponibilizar para co-


nhecimento público, por meio eletrônico, informação completa mensalmente atualizada sobre
a execução de seus contratos e de seu orçamento, admitindo-se retardo de até 2 meses na
divulgação das informações.
No entanto, a disponibilização de informações contratuais referentes a operações de perfil
estratégico ou que tenham por objeto segredo industrial receberá proteção mínima necessária
para lhes garantir confidencialidade. Esta proteção, no entanto, não será oponível à fiscali-
zação dos órgãos de controle interno e do tribunal de contas, sem prejuízo da responsabi-
lização administrativa, civil e penal do servidor que der causa à eventual divulgação dessas
informações.

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Ainda com relação à fiscalização e controle das empresas estatais, merece ser destacada
a previsão dos artigos 89 e 90, de seguinte redação:

Art. 89. O exercício da supervisão por vinculação da empresa pública ou da sociedade de economia
mista, pelo órgão a que se vincula, não pode ensejar a redução ou a supressão da autonomia confe-
rida pela lei específica que autorizou a criação da entidade supervisionada ou da autonomia inerente
a sua natureza, nem autoriza a ingerência do supervisor em sua administração e funcionamento,
devendo a supervisão ser exercida nos limites da legislação aplicável.
Art. 90. As ações e deliberações do órgão ou ente de controle não podem implicar interferência na
gestão das empresas públicas e das sociedades de economia mista a ele submetidas nem ingerên-
cia no exercício de suas competências ou na definição de políticas públicas.

4. Disposições Societárias
Além de regras relacionadas com as licitações e os contratos administrativos, a Lei n.
13.303 apresenta uma série de informações relacionadas com as disposições societárias.
Vejamos, de acordo com a norma em estudo, as mais relevantes e passíveis de exigência
em provas de Direito Administrativo:

Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade anônima e, res-
salvado o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime previsto na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro
de 1976.
Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias de-
verá observar regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de gestão
de riscos e de controle interno, composição da administração e, havendo acionistas, mecanismos
para sua proteção, todos constantes desta Lei.
Art. 7º Aplicam-se a todas as empresas públicas, as sociedades de economia mista de capital fe-
chado e as suas subsidiárias as disposições da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e as
normas da Comissão de Valores Mobiliários sobre escrituração e elaboração de demonstrações fi-
nanceiras, inclusive a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado nesse órgão.

Outra peculiaridade da Lei n. 13.303 foi a obrigatoriedade das empresas estatais obser-
varem requisitos mínimos de transparência, possibilitando assim uma maior fiscalização por
parte da sociedade e do próprio Poder Público.

Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão observar, no mínimo,


os seguintes requisitos de transparência:
I – elaboração de carta anual, subscrita pelos membros do Conselho de Administração, com a
explicitação dos compromissos de consecução de objetivos de políticas públicas pela empresa
pública, pela sociedade de economia mista e por suas subsidiárias, em atendimento ao interesse
coletivo ou ao imperativo de segurança nacional que justificou a autorização para suas respec-

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tivas criações, com definição clara dos recursos a serem empregados para esse fim, bem como
dos impactos econômico-financeiros da consecução desses objetivos, mensuráveis por meio de
indicadores objetivos;
II – adequação de seu estatuto social à autorização legislativa de sua criação;
III – divulgação tempestiva e atualizada de informações relevantes, em especial as relativas a
atividades desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados econômico-financei-
ros, comentários dos administradores sobre o desempenho, políticas e práticas de governan-
ça corporativa e descrição da composição e da remuneração da administração;
IV – elaboração e divulgação de política de divulgação de informações, em conformidade com
a legislação em vigor e com as melhores práticas;
V – elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz do interesse público que justi-
ficou a criação da empresa pública ou da sociedade de economia mista;
VI – divulgação, em nota explicativa às demonstrações financeiras, dos dados operacionais
e financeiros das atividades relacionadas à consecução dos fins de interesse coletivo ou de
segurança nacional;
VII – elaboração e divulgação da política de transações com partes relacionadas, em con-
formidade com os requisitos de competitividade, conformidade, transparência, equidade e
comutatividade, que deverá ser revista, no mínimo, anualmente e aprovada pelo Conselho de
Administração;
VIII – ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual de governança corporativa, que
consolide em um único documento escrito, em linguagem clara e direta, as informações de
que trata o inciso III;
IX – divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade.

É importante frisar que, tal como ocorre com as entidades estatais, os administradores
destas pessoas jurídicas são submetidos, igualmente, às disposições da Lei 6.404. Neste sen-
tido, são considerados administradores os membros do Conselho de Administração e da Dire-
toria da entidade.

Art. 16. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, o administrador de empresa pública e de socie-
dade de economia mista é submetido às normas previstas na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro
de 1976.
Parágrafo único. Consideram-se administradores da empresa pública e da sociedade de eco-
nomia mista os membros do Conselho de Administração e da diretoria.

Para fazer parte do Conselho de Administração, bem como de cargos da Diretoria das
entidades estatais, os membros deverão, obrigatoriamente, atender a uma série de requisitos.
Das exigências da norma, os dos incisos II e III devem, em todas as situações, ser atendi-
dos. Com relação aos requisitos do inciso I, um deles, pelo menos, deve ser cumprido.

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Vejamos os requisitos em questão...

Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor, in-
clusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação
ilibada e de notório conhecimento, devendo ser atendidos, alternativamente, um dos requisitos das
alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e, cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III:
I – ter experiência profissional de, no mínimo:
a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de atuação da empresa pública ou da socieda-
de de economia mista ou em área conexa àquela para a qual forem indicados em função de direção
superior; ou
b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos:
1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa de porte ou objeto social semelhante ao da
empresa pública ou da sociedade de economia mista, entendendo-se como cargo de chefia superior
aquele situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos não estatutários mais altos da empresa;
2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no setor público;
3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação da empresa pública ou da sociedade
de economia mista;
c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal em atividade direta ou indiretamente vin-
culada à área de atuação da empresa pública ou sociedade de economia mista;
II – ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi indicado; e
III – não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas nas alíneas do inciso I do caput do
art. 1º da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, com as alterações introduzidas pela Lei
Complementar no 135, de 4 de junho de 2010.

Importante destacar, ainda, que o Conselho de Administração das empresas estatais de-
verá contar, obrigatoriamente, com uma parte de membros independentes.
Como regra, o percentual a ser exigido é de 25% dos membros. Quando, contudo, haja de-
cisão pelo exercício da faculdade do voto múltiplo pelos acionistas minoritários, pelo menos 1
membro deverá ser independente.

Art. 22. O Conselho de Administração deve ser composto, no mínimo, por 25% (vinte e cinco por
cento) de membros independentes ou por pelo menos 1 (um), caso haja decisão pelo exercício da
faculdade do voto múltiplo pelos acionistas minoritários, nos termos do art. 141 da Lei n. 6.404, de
15 de dezembro de 1976.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
001. (FGV/AMCI/PREF. NITERÓI/AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2018) A Le Federal
XX dispôs:
Art. 1º. As empresas públicas que exploram atividade econômica seriam amparadas por cláu-
sulas exorbitantes nas obrigações comerciais que viessem a assumir;
Art. 2º. As empresas públicas que exploram atividade econômica teriam privilégios fiscais não
extensivos às do setor privado;
Art. 3º. As empresas públicas que exploram atividade econômica estariam sujeitas ao regime
jurídico próprio das empresas privadas quanto às obrigações trabalhistas.
À luz da sistemática constitucional afeta à ordem econômica e financeira,
a) apenas o Art. 1º é constitucional.
b) apenas o Art. 2º é constitucional.
c) apenas o Art. 3º é constitucional.
d) apenas o Art. 1º e o Art. 2º são constitucionais.
e) apenas o Art. 1º e o Art. 3º são constitucionais.

I: Errado. De acordo com o texto constitucional, as empresas públicas que explorem ativida-
de econômica devem se sujeitar ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. Logo, o artigo do
enunciado é inconstitucional.

Art. 173, § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

II: Errado. Outro artigo inconstitucional, haja vista que, nos termos da Constituição Federal (§
2º do artigo 173), “As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão
gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”.
III: Certo. Conforme visto no Item I, as empresas públicas exploradoras de atividade econô-
mica estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas quanto às obrigações
trabalhistas.
Letra c.

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Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
Diogo Surdi

002. (FGV/ANA GEST/COMPESA/GESTÃO DE PESSOAS/ADMINISTRAÇÃO/2018) Um dos


assuntos abrangidos pela Lei n. 13.303/16 (Lei das Estatais) é o da remuneração dos adminis-
tradores, definidos como os membros do conselho de administração e diretores estatutários.
Com base nos comandos dessa Lei, pode ser afirmado que a COMPESA
a) deve publicar, periodicamente, apenas as verbas indenizatórias dos administradores.
b) deve divulgar, quando exigida pelo Tribunal de Contas, a remuneração dos administradores.
c) está obrigada a publicar, periodicamente, apenas o salário fixo dos administradores.
d) não deve qualquer compromisso de transparência quanto à remuneração dos admi-
nistradores.
e) tem obrigação de divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos administradores.

A questão deve ser respondida com base nas disposições do artigo 12 da Lei das Estatais, que
apresenta a seguinte redação:

Art. 12. A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão:


I – divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos administradores;

Consequentemente, a COMPESA tem a obrigação de divulgar toda e qualquer forma de remu-


neração dos administradores, confirmando a Letra E como gabarito da questão.
Letra e.

003. (FGV/ANA GEST/COMPESA/ENFERMEIRO DO TRABALHO/2018) Considerando a Lei


n. 13.303/16, que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de econo-
mia mista e de suas subsidiárias, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa:
( ) As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão divulgar anualmente o re-
latório integrado ou de sustentabilidade, como parte dos requisitos mínimos de transparência.
( ) Uma sociedade de economia mista, com criação autorizada por lei e dotada de personalida-
de jurídica de direito público, não pode adotar a forma jurídica de sociedade anônima.
( ) As empresas públicas e as sociedades de economia mista estão dispensadas de fazer lici-
tação para qualquer tipo de aquisição, obra ou serviço, pois não fazem parte da administração
pública direta.
As afirmativas são, segundo a ordem apresentada, respectivamente,
a) V – F – F.
b) F – V – V.
c) V – F – V.
d) F – F – F.
e) V – V – V.

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Item I: Verdadeiro. Temos aqui uma obrigação legalmente estabelecida para as empre-
sas estatais:

Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão observar, no mínimo, os


seguintes requisitos de transparência:
IX – divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade.

Item II: Falso. As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, e não de di-
reito público. Tais entidades apenas podem adotar a forma societária de sociedade anônima (S/A).
Item III: Falso. As empresas públicas e as sociedades de economia mista devem, como regra
geral, realizar licitação pública para as suas aquisições, haja vista que, ao contrário do que in-
forma o item, integram a Administração Pública Indireta.
Letra a.

004. (FGV/ANA SAN/COMPESA/ENGENHEIRO ELETRÔNICO/2018) As empresas públicas


e as sociedades de economia mista dispõem de um estatuto jurídico próprio, definido pela Lei
n. 13.303/16.
Sobre os diversos dispositivos regulatórios existentes nesse estatuto, assinale a afirmativa correta.
a) Sujeita as empresas públicas às mesmas penalizações impostas às empresas privadas em
caso de responsabilização administrativa e civil.
b) Proíbe as empresas públicas de participarem de sociedades de propósito específico, exceto
em casos em que a empresa pública seja a sócia majoritária ou controladora do consórcio.
c) Aplica-se integralmente às entidades de direito público, sendo facultativo a entidades de
direito privado a adesão às normas específicas para aquisição de bens.
d) Desobriga as sociedades de economia mista de capital aberto ao cumprimento das leis re-
lativas a sociedades de ações e da Comissão de valores imobiliários.
e) Impõe à pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista os mesmos deveres
e responsabilidades de acionista controlador estabelecidos pela lei das sociedades de ações.

O gabarito da questão é a Letra E, conforme previsão do artigo 4º, § 1º da Lei das Estatais.

Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as respon-
sabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e
deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse público que
justificou sua criação.

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Vejamos o erro das demais alternativas:


Letra A: As empresas estatais integram a Administração Pública. Por isso mesmo, a responsa-
bilização não será igual às empresas do setor privado.
Letra B: As empresas públicas não estão proibidas da participação em sociedades de propó-
sito específico.

Art. 1º, § 6º Submete-se ao regime previsto nesta Lei a sociedade, inclusive a de propósito específi-
co, que seja controlada por empresa pública ou sociedade de economia mista abrangidas no caput.

Letra C: As empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de


direito privado, e não de direito público.
Letra D: As sociedades de economia mista são constituídas sob a forma de sociedades anô-
nimas. Logo, devem elas, assim como ocorre com as demais empresas do setor privado que
adotem tal forma jurídica, dar cumprimento às leis relativas às sociedades de ações e aos
normativos da Comissão de valores imobiliários.
Letra e.

005. (FGV/ANA SAN/COMPESA/ENGENHEIRO ELETROTÉCNICO/2018) A respeito da ob-


servância dos requisitos de transparência das empresas públicas e de economia mista, analise
as afirmativas a seguir.
I – Deve divulgar o relatório integrado ou de sustentabilidade a cada triênio.
II – Deve divulgar informações atualizadas relativas aos dados econômico-financeiros da empresa.
III – Deve divulgar a política de distribuição de dividendos, à luz do interesse público.
Está certo o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e II, somente.
e) II e III, somente.

Para responder à questão, devemos fazer uso das disposições do artigo 8º da Lei das Estatais,
de seguinte redação:

Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão observar, no mínimo, os


seguintes requisitos de transparência:
I – elaboração de carta anual, subscrita pelos membros do Conselho de Administração, com a expli-
citação dos compromissos de consecução de objetivos de políticas públicas pela empresa pública,
pela sociedade de economia mista e por suas subsidiárias, em atendimento ao interesse coletivo
ou ao imperativo de segurança nacional que justificou a autorização para suas respectivas criações,
com definição clara dos recursos a serem empregados para esse fim, bem como dos impactos eco-
nômico-financeiros da consecução desses objetivos, mensuráveis por meio de indicadores objetivos;

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II – adequação de seu estatuto social à autorização legislativa de sua criação;
III – divulgação tempestiva e atualizada de informações relevantes, em especial as relativas a ativi-
dades desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, comen-
tários dos administradores sobre o desempenho, políticas e práticas de governança corporativa e
descrição da composição e da remuneração da administração; (Item II)
IV – elaboração e divulgação de política de divulgação de informações, em conformidade com a
legislação em vigor e com as melhores práticas;
V – elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz do interesse público que justificou a
criação da empresa pública ou da sociedade de economia mista; (Item III)
VI – divulgação, em nota explicativa às demonstrações financeiras, dos dados operacionais e finan-
ceiros das atividades relacionadas à consecução dos fins de interesse coletivo ou de segurança
nacional;
VII – elaboração e divulgação da política de transações com partes relacionadas, em conformidade
com os requisitos de competitividade, conformidade, transparência, equidade e comutatividade, que
deverá ser revista, no mínimo, anualmente e aprovada pelo Conselho de Administração;
VIII – ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual de governança corporativa, que conso-
lide em um único documento escrito, em linguagem clara e direta, as informações de que trata o
inciso III;
IX – divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade. (Erro do Item I)
Letra e.

006. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/EXAME ANUAL 3/2019) Determinada empresa pública esta-
dual, com vistas a realizar a aquisição de bens necessários para o adequado funcionamento
de seus serviços de informática, divulgou, após a devida fase de preparação, o respectivo ins-
trumento convocatório, no qual indicou certa marca, que é comercializada por diversos forne-
cedores, por considerá-la a única capaz de atender ao objeto do contrato, e adotou a sequência
de fases previstas na lei de regência.
No curso da licitação, a proposta apresentada pela sociedade empresária Beta foi considerada
a melhor, mas a sociedade empresária Alfa considerou que houve um equívoco no julgamento
e apresentou recurso administrativo para impugnar tal fato, antes da habilitação, que não foi
aceito. Foi dado prosseguimento ao certame, com a inabilitação da sociedade Beta, de modo
que a vencedora foi a sociedade empresária Sigma, consoante resultado homologado.
Considerando o regime licitatório aplicável às empresas estatais e as circunstâncias do caso
concreto, assinale a afirmativa correta.
a) Existe vício insanável no instrumento convocatório, pois é vedada a indicação de marca,
mesmo nas circunstâncias apontadas.
b) A homologação foi equivocada, na medida em que a empresa pública não observou a sequ-
ência das fases previstas em lei ao efetuar o julgamento das propostas antes da habilitação.
c) O recurso da sociedade Alfa foi apresentado em momento oportuno e a ele deveria ter sido
conferido efeito suspensivo com a postergação da fase da habilitação.
d) A homologação do resultado implica a constituição de direito relativo à celebração do con-
trato em favor da sociedade empresária Sigma.

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a) Errada. Não há vício no instrumento convocatório, uma vez que a alternativa elenca uma das
situações em que é possível a indicação da marca ou modelo.

Art. 47. A empresa pública e a sociedade de economia mista, na licitação para aquisição de bens,
poderão:
I – indicar marca ou modelo, nas seguintes hipóteses:
b) quando determinada marca ou modelo comercializado por mais de um fornecedor constituir o
único capaz de atender o objeto do contrato;

b) Errada. Na lei das estatais, a etapa do julgamento realmente ocorre antes da fase da
habilitação.

Art. 51. As licitações de que trata esta Lei observarão a seguinte sequência de fases:
I – preparação;
II – divulgação;
III – apresentação de lances ou propostas, conforme o modo de disputa adotado;
IV – julgamento;
V – verificação de efetividade dos lances ou propostas;
VI – negociação;
VII – habilitação;
VIII – interposição de recursos;
IX – adjudicação do objeto;
X – homologação do resultado ou revogação do procedimento.

c) Errada. O recurso foi apresentado fora do prazo. De acordo com a Lei n. 13.303, a medida
deve ser tomada após a fase da habilitação, e não antes.

Art. 59. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento licitatório terá fase recursal única.
§ 1º Os recursos serão apresentados no prazo de 5 (cinco) dias úteis após a habilitação e contem-
plarão, além dos atos praticados nessa fase, aqueles praticados em decorrência do disposto nos
incisos IV e V do caput do art. 51 desta Lei.

d) Certa. A homologação, que trata-se da última fase do procedimento licitatório, confere ao


particular vencedor o direito relativo à celebração do contrato.

Art. 60. A homologação do resultado implica a constituição de direito relativo à celebração do con-
trato em favor do licitante vencedor.
Letra d.

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007. (FGV/ANA GEST/COMPESA/ADMINISTRADOR/2018) A COMPESA decidiu realizar a


compra de um equipamento que garantirá a melhora significativa na execução de suas ativida-
des, estando esse equipamento avaliado em R$ 40.000.
Sobre esse procedimento, com base na Lei n. 13.303/16 (Lei das Estatais), assinale a afirma-
tiva correta.
a) A licitação é dispensável, em função do valor.
b) A licitação é inexigível, em função do objeto.
c) A compra não será permitida, em função da matéria.
d) A compra só será permitida em caso de uma licitação fracassada.
e) A compra só será permitida, em casos emergenciais.

No caso apresentado, a licitação é dispensável em função do valor da contratação.

Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
II – para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para aliena-
ções, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizado de uma só vez;
Letra a.

008. (FGV/ANA GEST/COMPESA/ADMINISTRADOR/2018) De acordo da Lei n. 13.303/16


(Lei das Estatais), o tempo de duração dos contratos celebrados pelas estatais pode exceder
o período de 5 anos, caso
a) o parceiro seja uma organização qualificada como OSCIP.
b) o contrato seja elaborado em consonância com o termo de referência e um laudo técnico.
c) o contrato preveja rescisão automática em caso de desconformidade.
d) o projeto esteja contemplado no plano de negócios e de investimentos da organização.
e) o projeto esteja relacionado com os serviços de segurança de informação.

Como regra geral, a duração dos contratos não excederá a 5 anos. Uma das exceções é justa-
mente a elencada pela Letra D, conforme previsão do artigo 71:

Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não excederá a 5 (cinco) anos, contados a
partir de sua celebração, exceto:
I – para projetos contemplados no plano de negócios e investimentos da empresa pública ou da
sociedade de economia mista;
II – nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco) anos seja prática rotineira de
mercado e a imposição desse prazo inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio.
Letra d.

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009. (CEBRASPE/ANDR/CODEVASF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Considerando a ética na ad-


ministração pública e a legislação pertinente, julgue o item a seguir.
Se a CODEVASF realizar um procedimento licitatório para aquisição de determinado produto e
dois licitantes apresentarem duas propostas com o mesmo valor, um dos critérios que poderá
ser utilizado para o desempate será o sorteio.

O sorteio é, assim como afirmado pela questão, um dos critérios de desempate previstos na
Lei das Estatais.

Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão utilizados, na ordem em que se encon-
tram enumerados, os seguintes critérios de desempate:
I – disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada, em ato
contínuo ao encerramento da etapa de julgamento;
II – avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista sistema objetivo de
avaliação instituído;
III – os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991, e no § 2º do art.
3º da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993;
IV – sorteio.
Certo.

010. (CEBRASPE/ANDR/CODEVASF/ENGENHARIA CIVIL/2021) O item que se segue, é apre-


sentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca da legislação
aplicável à contratação de obras e serviços de engenharia.
João trabalha em uma empresa pública e é responsável pela verificação dos documentos para
a assinatura do contrato após a realização do procedimento licitatório. Em uma das verifica-
ções por ele realizadas, observou-se que o contratado havia optado por utilizar fiança bancária
como prestação de garantia. João, então, recusou a garantia, tendo alegado não ser a fiança
uma das opões prevista na Lei n. 13.303/2016. Nessa situação, João agiu de acordo com a lei.

João não agiu de acordo com a lei, uma vez que a fiança bancária pode perfeitamente ser es-
colhida como modalidade de garantia pelo particular.

Art. 70. Poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I – caução em dinheiro;
II – seguro-garantia;
III – fiança bancária.
Errado.

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011. (FCC/AUD FISC/SEFAZ-BA/ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS E CONTROLE INTERNO/


2019) A Lei n. 13.303/2016 estatui normas específicas de licitação aplicáveis às empresas
públicas, às sociedades de economia mista e às suas subsidiárias que explorem atividade
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços.
Nesse tocante, a citada lei
a) veda o uso do critério de melhor técnica no julgamento, admitindo apenas a combinação de
técnica e preço, de modo a prestigiar o princípio da economicidade.
b) admite o uso do critério técnica e preço, porém, na avaliação das propostas técnicas e de
preço, considerar-se-á o percentual de ponderação mais relevante, limitado a 80%.
c) admite o uso do melhor conteúdo artístico como critério de julgamento das licitações, con-
dicionando-o ao emprego de parâmetros específicos, destinados a limitar a subjetividade do
julgamento.
d) permite a utilização do maior desconto como critério de julgamento, tendo por referência
o preço unitário fixado no instrumento convocatório, estendendo-se o desconto oferecido nas
propostas ou lances vencedores a eventuais termos aditivos.
e) prevê o critério de maior retorno econômico, adotado exclusivamente para arrendamento de
bens de capital das empresas estatais.

a) Errada. O critério da melhor técnica é um dos que podem ser utilizados no julgamento das
licitações das empresas estatais.

Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:


IV – melhor técnica;

b) Errada. Quando for utilizado o critério da melhor técnica e preço, o percentual de ponderação
mais relevantes está limitado a 70%, e não 80%, conforme informado.

Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:


III – melhor combinação de técnica e preço;
§ 5º Quando for utilizado o critério referido no inciso III do caput, a avaliação das propostas técnicas e
de preço considerará o percentual de ponderação mais relevante, limitado a 70% (setenta por cento).

c) Certa. O melhor conteúdo artístico é um dos critérios de julgamento utilizados. Neste caso,
será feito uso de parâmetros específicos, definidos no instrumento convocatório, destinados a
limitar a subjetividade do julgamento.

Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:


V – melhor conteúdo artístico;
§ 2º Na hipótese de adoção dos critérios referidos nos incisos III, IV, V e VII do caput deste artigo, o
julgamento das propostas será efetivado mediante o emprego de parâmetros específicos, definidos
no instrumento convocatório, destinados a limitar a subjetividade do julgamento.

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d) Errada. No caso do maior desconto, o critério terá como referência o preço global (e não uni-
tário) fixado no instrumento convocatório, estendendo-se o desconto oferecido nas propostas
ou lances vencedores a eventuais termos aditivos.

Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:


II – maior desconto;
§ 4º O critério previsto no inciso II do caput:
I – terá como referência o preço global fixado no instrumento convocatório, estendendo-se o des-
conto oferecido nas propostas ou lances vencedores a eventuais termos aditivos;

e) Errada. O critério do maior retorno econômico não é adotado exclusivamente para arrenda-
mento de bens de capital das empresas estatais. A ideia, com este critério de julgamento, é
justamente proporcionar economia à empresa pública ou à sociedade de economia mista.

Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:


VII – maior retorno econômico;
§ 6º Quando for utilizado o critério referido no inciso VII do caput, os lances ou propostas terão o ob-
jetivo de proporcionar economia à empresa pública ou à sociedade de economia mista, por meio da
redução de suas despesas correntes, remunerando-se o licitante vencedor com base em percentual
da economia de recursos gerada.
Letra c.

012. (IADES/AUX ENF TR JR/EBCT/2017/ADAPTADA) O estatuto jurídico da empresa públi-


ca, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, é disciplinado pela Lei n. 13.303/2016.
Nos termos na mencionada norma, é certo afirmar que as empresas públicas e as sociedades
de economia mista não são obrigadas a divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos
administradores.

Diferentemente do que afirma a questão, as empresas estatais devem divulgar toda e qualquer
forma de remuneração dos administradores.

Art. 12. A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão:


I – divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos administradores;
Errado.

013. (FUNRIO/ASST/PRÉ-SAL PETRÓLEO SA/LICITAÇÕES E CONTRATOS II/GESTÃO TÉC-


NICA E COMERCIAL DE CONTRATOS/2017) A respeito da garantia exigida pela Empresa Públi-
ca ou Sociedade de Economia Mista, a Lei n. 13.303/16 estabelece as seguintes regras, EXCETO:
a) não excederá a 5% do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições
nele estabelecidas.
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b) para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo complexidade técnica e


riscos financeiros elevados, poderá ser elevado para até 10% do valor do contrato.
c) a garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato.
d) poderá ser em caução em dinheiro, seguro garantia ou fiança bancária.
e) será executada após o término da vigência do contrato, quando do recebimento definitivo
do seu objeto.

Com relação à garantia contratual, temos que fazer uso, para encontrarmos a resposta da
questão, do artigo 70 da Lei n. 13.303:

Art. 70. Poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I – caução em dinheiro;
II – seguro-garantia;
III – fiança bancária. (Letra D)
§ 2º A garantia a que se refere o caput não excederá a 5% (cinco por cento) do valor do contrato
e terá seu valor atualizado nas mesmas condições nele estabelecidas, ressalvado o previsto no §
3ºdeste artigo. (Letra A)
§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo complexidade técnica e ris-
cos financeiros elevados, o limite de garantia previsto no § 2º poderá ser elevado para até 10% (dez
por cento) do valor do contrato. (Letra B)
§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato,
devendo ser atualizada monetariamente na hipótese do inciso I do § 1º deste artigo. (Letra C)

A Letra E, por sua vez, está INCORRETA, haja vista que a garantia, nos termos do § 4º do men-
cionado artigo 70, será liberada ou restituída após a execução do contrato, e não, conforme
afirmado pela questão, executada após o término da vigência do contrato, quando do recebi-
mento definitivo do seu objeto.
Letra e.

014. (FUNRIO/Asst/Pré-Sal Petróleo SA/Licitações e Contratos II/Gestão Técnica e Comercial


de Contratos/2017
Segundo a Lei n. 13.303/16, a duração dos contratos obedecerá à seguinte condição:
a) sua vigência deverá coincidir com o término do exercício financeiro.
b) poderá exceder a 5 anos contados da sua celebração, no caso de compras e serviços comuns.
c) excederá o prazo de 5 anos se estiver contemplado no Plano Plurianual.
d) excederá a 5 anos, no caso dos projetos contemplados no plano de negócios e investimentos.
e) excederá 5 anos no caso de contratos celebrados com o Governo, não podendo ultrapassar
o prazo de 10 anos.

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Com relação à duração contratual, a Lei n. 13.303 estabelece, como regra geral, que os contra-
tos não poderão ter duração superior a 5 anos.
Em caráter de exceção, a norma elenca algumas situações em que os contratos poderão ter
duração superior ao mencionado prazo, sendo elas:

Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não excederá a 5 (cinco) anos, contados a
partir de sua celebração, exceto:
I – para projetos contemplados no plano de negócios e investimentos da empresa pública ou da
sociedade de economia mista;
II – nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco) anos seja prática rotineira de
mercado e a imposição desse prazo inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio.
Letra d.

015. (FUNRIO/ASST/PRÉ-SAL PETRÓLEO SA/LICITAÇÕES E CONTRATOS II/GESTÃO TÉC-


NICA E COMERCIAL DE CONTRATOS/2017) Avalie se, de acordo com a Lei n. 13.303/16, as
licitações e contratos devem respeitar as normas relativas a:
I – Disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras
contratadas.
II – Utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o con-
sumo de energia e de recursos naturais.
III – Avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística.
Assinale a alternativa correta:
a) apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) as afirmativas I, II e III estão corretas.
d) apenas as afirmativas II e III estão corretas.
e) apenas a afirmativa I está correta.

Para responder a presente questão, temos que fazer uso das disposições do artigo 32, § 1º, da
Lei n. 13.303, de seguinte redação:

Art. 32, § 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei devem respeitar, especialmente,
as normas relativas à:
I – disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras contrata-
das; (Item I)
II – mitigação dos danos ambientais por meio de medidas condicionantes e de compensação am-
biental, que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental;

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Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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III – utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo
de energia e de recursos naturais; (Item II)
IV – avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística; (Item III)
V – proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da ava-
liação do impacto direto ou indireto causado por investimentos realizados por empresas públicas e
sociedades de economia mista;
VI – acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Letra c.

016. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ADMINISTRADOR JÚNIOR) A contratação direta


será feita, nos termos da Lei n. 13.303/2016, quando houver inviabilidade de competição, em
especial na hipótese de contratação de profissionais ou empresas de notória especialização
no seguinte serviço técnico especializado:
a) publicidade institucional
b) divulgação de serviços
c) manutenção predial
d) restauração de bens de valor histórico
e) execução de obras vultosas

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra D trata-se de um serviço que pode ser
objeto de contratação direta.

Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de:
II – contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas de
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
Letra d.

017. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE


JÚNIOR) De acordo com a Lei n. 13.303/2016, é dispensável a realização de licitação por em-
presas públicas e sociedades de economia mista em algumas circunstâncias. Por exemplo,
na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento, em consequência de
rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e acei-
tas as mesmas condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato.
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Nos termos da Lei, a manutenção das mesmas condições acima mencionadas inclui o
a) período
b) objetivo
c) termo
d) preço
e) final

Devemos responder à questão com base em uma das situações elencadas pela Lei n. 13.303
como de licitação dispensável.

Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
VI – na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento, em consequência de
rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as
mesmas condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato, inclusive quanto ao preço, devi-
damente corrigido;
Letra d.

018. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ADVOGADO JÚNIOR) É dispensada a licitação, nos


termos da Lei n. 13.303/2016, de imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades precí-
puas, quando as necessidades de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel,
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia, para
a) cessão
b) doação
c) locação
d) permuta
e) transferência

A situação narrada trata-se de um caso de licitação dispensável. Para isso, o imóvel em ques-
tão deverá ser destinado à compra ou à locação, conforme previsão da Lei n. 13.303:

Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
V – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades precípuas,
quando as necessidades de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, desde que
o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
Letra c.

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019. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ENGENHEIRO JÚNIOR – PRODUÇÃO) Nos ter-


mos da Lei n. 13.303/2016, as licitações realizadas e os contratos celebrados destinam-se a
assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que se refere ao ciclo de
a) tratamento compensatório
b) manutenção da coisa
c) qualidade do material
d) vida do objeto
e) custo do bem

Para responder à questão, façamos uso do artigo 31 da Lei n. 13.303, de seguinte redação:

Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e sociedades
de economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no
que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou
superfaturamento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade
e do julgamento objetivo.

Sendo assim, as licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e so-
ciedades de economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa,
inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto.
Letra d.

020. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE


JÚNIOR) A Seção 5, Capítulo I da Lei n. 13.303/2016 legisla sobre o seguinte tópico:
a) Do Procedimento de Licitação
b) Das Normas Específicas para Alienação de Bens
c) Das Normas Específicas para Aquisição de Bens
d) Das Normas Específicas para Obras e Serviços
e) Dos Procedimentos Auxiliares das Licitações

Temos aqui um exemplo de questão que, infelizmente, aparece, vez por outra, nos concursos
públicos. A meu ver, questões como esta não servem para mensurar se o candidato está ou
não preparado, uma vez que exigem a literalidade de uma seção de uma lei.
Ainda assim, o gabarito é a Letra B, sendo que a mencionada Seção se refere às Normas Espe-
cíficas para Alienação de Bens.
Letra b.

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021. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ADMINISTRADOR JÚNIOR) Um profissional com


notória especialização vem a ser contactado sobre a prestação de serviço para uma sociedade
de economia mista.
Nesse caso, de acordo com a Lei n. 13.303 de 30/06/2016, sua contratação será
a) licitada
b) eventual
c) temporária
d) direta
e) proporcional

Considerando que o profissional possui notória especialização, a contratação ocorrerá de for-


ma direta, desde que para um dos serviços elencados pela Lei n. 13.303:

Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de:
II – contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas de
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
Letra d.

022. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ADMINISTRADOR JÚNIOR) Um administrador


exerce atividade de assessoria parlamentar no Congresso Nacional. Ele tem como tare-
fa designada fazer pesquisa sobre aquisição de bens e serviços das sociedades de eco-
nomia mista.
Ao debruçar-se sobre a Lei n. 13.303 de 30/06/2016, verifica que será dispensada a licitação
para obras e serviços de engenharia de valor até
a) R$ 10.000,00
b) R$ 20.000,00
c) R$ 40.000,00
d) R$ 80.000,00
e) R$ 100.000,00

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No caso de obras e serviços de engenharia, a licitação será dispensável sempre que o valor
total for de até R$ 100 mil.

Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
I – para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que não se
refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma natureza
e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
Letra e.

023. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR - PROCESSOS


DE NEGÓCIO) De acordo com os termos da Lei n. 13.303 de 30/06/2016, o profissional ou em-
presa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de, entre outros requisitos, de-
sempenho anterior, estudos, experiência, publicações, organização e aparelhamento, permita
inferir que o seu trabalho é essencial e, indiscutivelmente, o mais adequado à plena satisfação
do objeto do contrato, deve ser considerado como sendo de
a) alto conceito
b) concorrência inadmissível
c) capacidade extraordinária
d) habilidade especial
e) notória especialização

Nos termos da Lei n. 13.303 (artigo 30, § 1º), considera-se de notória especialização o profis-
sional ou a empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho
anterior, estudos, experiência, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou ou-
tros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial
e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
Letra e.

024. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR - PROCESSOS


DE NEGÓCIO) Nos termos da Lei n. 13.303/2016, as demonstrações contábeis auditadas da
empresa pública e da sociedade de economia mista serão disponibilizadas no sítio eletrônico
da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em formato eletrônico
a) criptografado
b) inteligente
c) especial
d) dimensionável
e) editável
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De acordo com o artigo 86, § 1º, da Lei n. 13.303, as demonstrações contábeis auditadas da
empresa pública e da sociedade de economia mista serão disponibilizadas no sítio eletrônico
da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em formato eletrônico editável.

Art. 86. As informações das empresas públicas e das sociedades de economia mista relativas a li-
citações e contratos, inclusive aqueles referentes a bases de preços, constarão de bancos de dados
eletrônicos atualizados e com acesso em tempo real aos órgãos de controle competentes.
§ 1º As demonstrações contábeis auditadas da empresa pública e da sociedade de economia mis-
ta serão disponibilizadas no sítio eletrônico da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em
formato eletrônico editável.
Letra e.

025. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ANALISTA DE SISTEMAS JÚNIOR - PROCESSOS


DE NEGÓCIO) De acordo com os termos da Lei n. 13.303 de 30/06/2016, a empresa pública
e a sociedade de economia mista deverão informar os dados relativos às sanções por elas
aplicadas aos contratados, nos termos definidos no art. 83, de forma a manter atualizado o
cadastro de empresas
a) desabilitadas
b) expulsas
c) inidôneas
d) extintas
e) proibidas

Para responder à questão, façamos uso das regras previstas no artigo 37 da Lei n. 13.303, de
seguinte redação:

Art. 37. A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão informar os dados relativos
às sanções por elas aplicadas aos contratados, nos termos definidos no art. 83, de forma a manter
atualizado o cadastro de empresas inidôneas de que trata o art. 23 da Lei n. 12.846, de 1º de agosto
de 2013.
Letra c.

026. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/AUDITOR JÚNIOR) Nos termos da Lei n.


13.303/2016, o edital poderá exigir, como condição de aceitabilidade da proposta, a adequa-
ção às normas da Associação Brasileira de Normas
a) Industriais (ABNI)
b) Comerciais (ABNC)

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c) Formais (ABNF)
d) Técnicas (ABNT)
e) Metrológicas (ABNM)

Como condição de aceitabilidade da proposta, o edital da licitação poderá exigir do licitante a


adequação às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Art. 47, Parágrafo único. O edital poderá exigir, como condição de aceitabilidade da proposta, a ade-
quação às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou a certificação da quali-
dade do produto por instituição credenciada pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Sinmetro).
Letra d.

027. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ECONOMISTA JÚNIOR) Nos termos da Lei n.


13.303 de 30/06/2016, a formação e a extinção de parcerias e outras formas associativas,
societárias ou contratuais, a aquisição e a alienação de participação em sociedades e outras
formas associativas, societárias ou contratuais, e as operações realizadas no âmbito do mer-
cado de capitais, respeitada a regulação pelo respectivo órgão competente, são consideradas
a) acordos contratuais
b) negociações bilaterais
c) oportunidades de negócio
d) vinculações sociais
e) alternativas empresariais

Nos termos da lei em estudo (art. 28, § 4º), consideram-se oportunidades de negócio a for-
mação e a extinção de parcerias e outras formas associativas, societárias ou contratuais, a
aquisição e a alienação de participação em sociedades e outras formas associativas, societá-
rias ou contratuais e as operações realizadas no âmbito do mercado de capitais, respeitada a
regulação pelo respectivo órgão competente.
Letra c.

028. (CESGRANRIO/2018/TRANSPETRO/ECONOMISTA JÚNIOR) De acordo com os termos


da Lei n. 13.303 de 30/06/2016, ocorrerá a dispensa de licitação para a compra ou locação de
imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades precípuas, quando as necessidades de
instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, desde que o preço seja compatí-
vel com o valor de mercado, segundo
a) indicação do vendedor

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b) tabela de preços oficial


c) critérios definidos pelo Conselho de Engenharia
d) avaliação prévia
e) índices imobiliários oficiais

A questão exige o conhecimento de uma das situações de licitação dispensável, conforme


previsão da Lei n. 13.303:

Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
V – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades precípuas,
quando as necessidades de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, desde que
o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
Letra d.

029. (CESGRANRIO/2018/PETROBRÁS/ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO JÚNIOR) Nos termos


da Lei n. 13.303/2016, nas licitações e contratos de que trata essa Lei, serão observadas algu-
mas diretrizes, dentre as quais a avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação
a) civil
b) urbanística
c) penal
d) processual
e) privada

De acordo com o artigo 32 da Lei das Estatais, tanto as licitações quanto os contratos adminis-
trativos deverão respeitar as normas relacionadas com a avaliação de impactos de vizinhança,
na forma da legislação urbanística.

Art. 32. § 1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei devem respeitar, especialmente,
as normas relativas à:
IV – avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística;
Letra b.

030. (CEBRASPE/AFRDF/SEFAZ-DF/2020) Considerando a Lei n. 13.303/2016, que dispõe


sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas sub-
sidiárias, no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, julgue o item.
Ocorre superfaturamento quando os preços orçados para a licitação ou os preços contratados
são expressivamente superiores aos preços referenciais de mercado.

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Para responder à questão, temos que conhecer as definições de sobrepreço e de superfaturamento.

Art. 31, § 1º Para os fins do disposto no caput, considera-se que há:


I – sobrepreço quando os preços orçados para a licitação ou os preços contratados são expressi-
vamente superiores aos preços referenciais de mercado, podendo referir-se ao valor unitário de um
item, se a licitação ou a contratação for por preços unitários de serviço, ou ao valor global do objeto,
se a licitação ou a contratação for por preço global ou por empreitada;
II – superfaturamento quando houver dano ao patrimônio da empresa pública ou da sociedade de
economia mista caracterizado, por exemplo:
a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente executadas ou fornecidas;
b) pela deficiência na execução de obras e serviços de engenharia que resulte em diminuição da
qualidade, da vida útil ou da segurança;
c) por alterações no orçamento de obras e de serviços de engenharia que causem o desequilíbrio
econômico-financeiro do contrato em favor do contratado;
d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem recebimentos contratuais antecipados,
distorção do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo contratual com custos
adicionais para a empresa pública ou a sociedade de economia mista ou reajuste irregular de preços.

Sendo assim, a definição apresentada pela questão é a de sobrepreço, e não de super-


faturamento.
Errado.

031. (CEBRASPE/ACI/COGE-CE/AUDITORIA/GOVERNAMENTAL/2019) A administração de


uma empresa pública, durante a execução de uma obra contratada conforme as disposições
da Lei n. 13.303/2016, verificou a necessidade de acrescentar serviços e, consequentemente,
propôs aumentar o valor do contrato em 20% do inicialmente pactuado. A contratada não con-
cordou com o aditivo contratual, alegando que os valores apresentados eram demasiadamen-
te baixos para suportar os acréscimos de serviços necessários.
Com relação a essa situação hipotética, é certo afirmar que
a) a contratada tem o direito de recusar o aditivo contratual, porque inexiste obrigação legal
para o aceite.
b) a contratada é obrigada a aceitar o aditivo contratual, porque os acréscimos de valores pro-
postos estão dentro dos limites legais.
c) a contratante não pode propor o aditivo contratual, porque este supera o limite de acréscimo
de valores permitido por lei.
d) a contratada é obrigada a aceitar o aditivo contratual, desde que a contratante concorde em
rever os valores iniciais pactuados.
e) a contratante não pode propor o aditivo contratual, porque a lei veda alterações relativas a
acréscimos ou supressões de valores.

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De acordo com o § 1º do artigo 81, “O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até
25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus
acréscimos”.
Assim, ainda que a alteração esteja dentro do limite de 25%, a contratada tem o direito de re-
cursar o mencionado aditivo, haja vista que, conforme verificado, não há obrigatoriedade de
aceitação da alteração.
Letra a.

032. (FUNDEP/DP MG/DPE MG/2019) Analise as afirmações a seguir acerca do regime licita-
tório das empresas públicas e sociedades de economia mista.
I – As empresas públicas prestadoras de serviços públicos são regidas pela Lei Federal n.
8.666/93 no que diz respeito às suas contratações de bens e serviços.
II – A contratação direta de serviços técnicos especializados por empresas públicas e socieda-
des de economia mista não prescinde da natureza singular do objeto contratado.
III – As licitações promovidas pelas empresas públicas e sociedades de economia mista des-
tinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa e evitar operações em que se ca-
racteriza sobrepreço ou superfaturamento.
IV – Como regra geral, o valor estimado do contrato a ser celebrado pela empresa pública ou
pela sociedade de economia mista será sigiloso.
Estão corretas as afirmações
a) I e II, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I e III, apenas.
d) III e IV, apenas.

I: Errado. As empresas estatais devem seguir as disposições da Lei n. 13.303 no que se refere
às contratações de bens e serviços, e não, conforme informado, as regras da Lei das Licitações.
II: Errado. Ao contrário do que informado, a contratação direta de serviços técnicos exige a
natureza singular do objeto contratado.

Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na
hipótese de:
II – contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas de
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação (...)

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III: Certo. Trata-se da definição do artigo 31 da Lei das Estatais, de seguinte redação:

Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por empresas públicas e sociedades
de economia mista destinam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no
que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou
superfaturamento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade
e do julgamento objetivo.

Item IV: Certo. Como regra geral, os contratos serão, conforme informado, sigilosos.

Art. 34. O valor estimado do contrato a ser celebrado pela empresa pública ou pela sociedade de
economia mista será sigiloso, facultando-se à contratante, mediante justificação na fase de prepa-
ração prevista no inciso I do art. 51 desta Lei, conferir publicidade ao valor estimado do objeto da
licitação, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais informações
necessárias para a elaboração das propostas.
Letra d.

033. (IADES/TEC/IGEPREV-PA/PREVIDENCIÁRIO/A/2018) Com relação à organização ad-


ministrativa, especialmente no que se refere à Lei n. 13.303/2016, que trata do Estatuto Jurídi-
co das Estatais, assinale a alternativa correta.
a) A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista dependerá de prévia
autorização legal que indique, de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo de
segurança nacional, nos termos da Constituição da República de 1988.
b) Essa lei excepciona a respectiva aplicação às estatais que participem de consórcios, na
condição de operadoras do referido ajuste.
c) Não se submete ao regime previsto nessa lei a sociedade, inclusive a de propósito específi-
co, que seja controlada por empresa pública ou por sociedade de economia mista.
d) Essa lei aplica-se apenas às estatais da União.
e) Em regra, não depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias de empresa pú-
blica e de sociedade de economia mista, assim como a participação de qualquer delas em
empresa privada, cujo objeto social deve estar relacionado ao da investidora, inclusive as ope-
rações de tesouraria, adjudicação de ações em garantia e participações autorizadas pelo Con-
selho de Administração em linha com o plano de negócios da empresa pública, da sociedade
de economia mista e das respectivas subsidiárias.

a) Certa. Temos aqui a previsão do § 1º do artigo 2º da Lei das Estatais, de seguinte redação:

Art. 2º, § 1º A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista dependerá de


prévia autorização legal que indique, de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo de
segurança nacional, nos termos do caput do art. 173 da Constituição Federal.

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Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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b) Errada. As estatais que participem de consórcios na condição de operadoras estão dentro


do campo de aplicação da mencionada norma jurídica.
c) Errada. É submetida ao regime da Lei das Estatais a sociedade, inclusive a de propósito es-
pecífico, que seja controlada por empresa pública ou por sociedade de economia mista.

Art. 1º, § 6º Submete-se ao regime previsto nesta Lei a sociedade, inclusive a de propósito específi-
co, que seja controlada por empresa pública ou sociedade de economia mista abrangidas no caput.

d) Errada. Como estamos diante de uma lei nacional, a norma é aplicada às estatais de todos
os entes federativos.
e) Errada. Diferente do que afirmado, depende de autorização legislativa a criação de subsidi-
árias de empresa pública e de sociedade de economia mista, assim como a participação de
qualquer delas em empresa privada.

Art. 2º, § 2º Depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias de empresa pública e de


sociedade de economia mista, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada,
cujo objeto social deve estar relacionado ao da investidora, nos termos do inciso XX do art. 37 da
Constituição Federal.
Letra a.

034. (IADES/PSA/CRQ 21 (ES)/SUPORTE ADMINISTRATIVO/2014) Assinale a alternativa


que indica uma diferença entre as sociedades de economia mista e as empresas públicas.
a) Personalidade jurídica.
b) Forma de criação e de extinção.
c) Regime jurídico.
d) Regime tributário.
e) Forma jurídica.

A forma jurídica é uma das diferenças existentes entre as empresas públicas e as sociedades
de economia mista. Assim, ao passo que as empresas públicas podem adotar todas as formas
admitidas em direito, as sociedades de economia mista apenas podem ser constituídas sob a
forma de sociedades anônimas (S/A).
Letra e.

035. (FCC/ANA ADM/SANASA/SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS/2019) Em uma situação hi-


potética, a SANASA promoverá licitação no final de 2019 e utilizará, no mencionado certame,
como critério de julgamento, a melhor combinação de técnica e preço. Nesse caso, nos termos
da Lei n. 13.303/2016, a avaliação das propostas técnicas e de preço considerará o percentual
de ponderação mais relevante, limitado a
a) 50%.
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b) 80%.
c) 90%.
d) 70%.
e) 30%.

Inicialmente, vejamos a previsão do artigo 54 da norma em estudo:

Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento:


I – menor preço;
II – maior desconto;
III – melhor combinação de técnica e preço;
IV – melhor técnica;
V – melhor conteúdo artístico;
VI – maior oferta de preço;
VII – maior retorno econômico;
VIII – melhor destinação de bens alienados.
§ 5º Quando for utilizado o critério referido no inciso III do caput, a avaliação das propostas técni-
cas e de preço considerará o percentual de ponderação mais relevante, limitado a 70% (setenta por
cento).

No caso, a SANASA está fazendo uso do critério de julgamento da melhor combinação de téc-
nica e preço. Logo, a avaliação das propostas técnicas e de preço considerará o percentual de
ponderação mais relevante, limitado a 70%.
Letra d.

036. (FCC/ANA ADM/SANASA/SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS/2019) No que concerne às


sanções administrativas aplicadas em decorrência de atraso injustificado na execução contra-
tual, expressamente previstas na Lei n. 13.303/2016, considere.
I – A multa impede que a empresa pública ou a sociedade de economia mista rescinda o con-
trato administrativo.
II – A suspensão temporária de participação em licitação e o impedimento de contratar com a
entidade sancionadora, por prazo não superior a dois anos, poderão também ser aplicados às
empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos pela Lei n. 13.303/2016,
tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no reco-
lhimento de quaisquer tributos.
III – A sanção de advertência poderá ser aplicada juntamente com a multa, devendo a defesa
prévia do contratado, no respectivo processo administrativo, ser apresentada no prazo de quin-
ze dias úteis.
IV – A multa aplicada, independentemente de seu valor, não poderá ser descontada dos paga-
mentos devidos pela empresa pública ou sociedade de economia mista.

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Está certo o que consta APENAS em:


a) II.
b) III e IV.
c) I.
d) II e III.
e) I e IV.

I: Errado. Ao contrário do que informa a questão, a multa não impede que a empresa pública ou
a sociedade de economia mista rescinda o contrato.

Art. 82. Os contratos devem conter cláusulas com sanções administrativas a serem aplicadas em
decorrência de atraso injustificado na execução do contrato, sujeitando o contratado a multa de
mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.
§ 1º A multa a que alude este artigo não impede que a empresa pública ou a sociedade de economia
mista rescinda o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.

II: Certo. Uma das sanções que podem ser aplicadas às empresas estatais é a suspensão tem-
porária de participação em licitação e impedimento de contratar com a entidade sancionadora,
por prazo não superior a 2 anos.

Art. 83. Pela inexecução total ou parcial do contrato a empresa pública ou a sociedade de economia
mista poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
III – suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a entidade
sancionadora, por prazo não superior a 2 (dois) anos.

E de acordo com a norma, tal penalidade poderá ser aplicada, também, às empresas ou aos
profissionais que, em razão dos contratos, tenham sofrido condenação definitiva por pratica-
rem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos.

Art. 84. As sanções previstas no inciso III do art. 83 poderão também ser aplicadas às empresas ou
aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:
I – tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no reco-
lhimento de quaisquer tributos;
II – tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;
III – demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a empresa pública ou a sociedade de
economia mista em virtude de atos ilícitos praticados.

III: Errado. O prazo para a defesa é de 10 dias úteis, diferente do que informado.

Art. 83, § 2º As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão ser aplicadas juntamente com
a do inciso II, devendo a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, ser apresentada no
prazo de 10 (dez) dias úteis.

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IV: Errado. De acordo com o § 1º do artigo 83, “Se a multa aplicada for superior ao valor da
garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será
descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela empresa pública ou pela sociedade
de economia mista ou cobrada judicialmente”.
Letra a.

037. (VUNESP/PROC/CM MOGI CRUZES/2017) No que concerne ao contido na Lei Federal


n. 13.303, de 30 de junho de 2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública,
da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, é certo afirmar que
a) a sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
público, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municí-
pios ou a entidade da Administração indireta.
b) a empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito público, com
criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
c) a sociedade de economia mista não poderá solucionar, mediante arbitragem, as divergências
entre acionistas e a sociedade, ou entre acionistas controladores e acionistas minoritários.
d) a sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade limitada e deverá
observar regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de ges-
tão de riscos e de controle interno.
e) a empresa pública e a sociedade de economia mista deverão possuir em sua estrutura so-
cietária Comitê de Auditoria Estatutário como órgão auxiliar do Conselho de Administração, ao
qual se reportará diretamente.

a) Errada. As sociedades de economia mista, ao contrário do que afirmado, são pessoas jurídi-
cas de direito privado, e não de direito público.
b) Errada. As empresas públicas, assim como ocorre com as sociedades de economia mista,
são pessoas jurídica de direito privado, e não público.
c) Errada. A possibilidade de utilização de arbitragem, por parte das sociedades de economia
mista, encontra fundamento nas disposições da Lei n. 13.303:

Art. 12, Parágrafo único. A sociedade de economia mista poderá solucionar, mediante arbitragem,
as divergências entre acionistas e a sociedade, ou entre acionistas controladores e acionistas mino-
ritários, nos termos previstos em seu estatuto social.
d) Errada. As sociedades de economia mista serão constituídas sob a forma de sociedades
anônimas (S/A), e não sociedades limitadas (LTDA).

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Lei n. 13.303/2016 – Lei das Estatais
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Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade anônima e, ressalva-
do o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime previsto na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias de-
verá observar regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de gestão
de riscos e de controle interno, composição da administração e, havendo acionistas, mecanismos
para sua proteção, todos constantes desta Lei.

e) Certa. Trata-se de previsão do artigo 24 da norma em análise.

Art. 24. A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão possuir em sua estrutura so-
cietária Comitê de Auditoria Estatutário como órgão auxiliar do Conselho de Administração, ao qual
se reportará diretamente.
Letra e.

038. (CESPE/ACP/TCE-PB/DEMAIS ÁREAS/2018/ADAPTADA) Na contratação de obras e


serviços por empresas públicas e sociedades de economia mista, segundo a Lei n. 13.303/2016,
entende-se como empreitada por preço global aquela que envolve o desenvolvimento do proje-
to executivo para a entrega final do objeto, sem prévia estipulação do preço total.

A empreitada por preço global, nos termos da Lei das Estatais, possui outra definição:

Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por empresas públicas e sociedades de
economia mista, serão observadas as seguintes definições:
II – empreitada por preço global: contratação por preço certo e total;

A definição apresentada pela questão não encontra qualquer tipo de correspondência na nor-
ma em estudo.
Errado.

039. (CESPE/ACP/TCE-PB/DEMAIS ÁREAS/2018/ADAPTADA) Na contratação de obras e


serviços por empresas públicas e sociedades de economia mista, segundo a Lei n. 13.303/2016,
entende-se como empreitada por preço global aquela que envolve empreendimento em sua
integralidade, por preço certo de unidades determinadas, com todas as etapas de obras sob
inteira responsabilidade da contratada.

O conceito apresentado é o de empreitada integral, e não o de empreitada por preço global,


que, em sentido oposto, possui a seguinte definição.

Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por empresas públicas e sociedades de
economia mista, serão observadas as seguintes definições:
II – empreitada por preço global: contratação por preço certo e total;
Errado.
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040. (CESPE/ACP/TCE-PB/DEMAIS ÁREAS/2018/ADAPTADA) Na contratação de obras e


serviços por empresas públicas e sociedades de economia mista, segundo a Lei n. 13.303/2016,
entende-se como empreitada por preço unitário aquela contratação por preço certo de unida-
des determinadas.

Trata-se da definição de empreitada por preço unitário, nos termos da Lei n. 13.303:

Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por empresas públicas e sociedades de
economia mista, serão observadas as seguintes definições:
I – empreitada por preço unitário: contratação por preço certo de unidades determinadas;
Certo.

041. (IADES/AUX ENF TR JR/EBCT/2017/ADAPTADA) O estatuto jurídico da empresa públi-


ca, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, é disciplinado pela Lei n. 13.303/2016.
Nos termos na mencionada norma, é certo afirmar que a sociedade de economia mista poderá
ser constituída sob qualquer tipo societário.

Ao contrário do que afirma a questão, a sociedade de economia mista apenas poderá ser cons-
tituída sob a forma de sociedade anônima.

Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade anônima e, ressalva-
do o disposto nesta Lei, estará sujeita ao regime previsto na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Errado.

042. (IADES/AUX ENF TR JR/EBCT/2017/ADAPTADA) O estatuto jurídico da empresa públi-


ca, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, é disciplinado pela Lei n. 13.303/2016.
Nos termos na mencionada norma, é certo afirmar que sociedade de economia mista é a en-
tidade dotada de personalidade jurídica de direito público, com criação autorizada por lei, sob
a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à
União, aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios ou a entidade da administração indireta.

Todas as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, e não, con-
forme informado, de direito público.

Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
Errado.
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043. (IADES/AUX ENF TR JR/EBCT/2017/ADAPTADA) O estatuto jurídico da empresa públi-


ca, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, é disciplinado pela Lei n. 13.303/2016.
Nos termos na mencionada norma, é certo afirmar que, quanto à transparência, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista deverão observar, no mínimo, o requisito da divul-
gação mensal de relatório integrado ou de sustentabilidade.

A divulgação do relatório em questão, ao contrário do que afirmado, deve ser feita de forma
anual, e não mensalmente.

Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão observar, no mínimo, os


seguintes requisitos de transparência:
IX – divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade.
Errado.

044. (IADES/AUX ENF TR JR/EBCT/2017/ADAPTADA) O estatuto jurídico da empresa públi-


ca, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, é disciplinado pela Lei n. 13.303/2016.
Nos termos na mencionada norma, é certo afirmar que empresa pública é a entidade dotada
de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio
próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos estados, pelo Distrito Fede-
ral ou pelos municípios.

Trata-se do conceito de empresa pública, conforme disposição da Lei n. 13.303:

Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação
autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Certo.

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GABARITO
1. c 16. d 31. a
2. e 17. d 32. d
3. a 18. c 33. a
4. e 19. d 34. e
5. e 20. b 35. d
6. d 21. d 36. a
7. a 22. e 37. e
8. d 23. e 38. E
9. C 24. e 39. E
10. E 25. c 40. C
11. c 26. d 41. E
12. E 27. c 42. E
13. e 28. d 43. E
14. d 29. b 44. C
15. c 30. E

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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