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DIREITO

ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
Diogo Surdi

Apresentação..................................................................................................................4
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas..........................................................................5
1. Conceito e Finalidade da Licitação................................................................................5
2. O Dever de Licitar e sua Dispensa............................................................................... 7
3. Princípios da Licitação............................................................................................... 12
3.1. Legalidade.............................................................................................................. 13
3.2. Impessoalidade...................................................................................................... 13
3.3. Moralidade............................................................................................................. 14
3.4. Igualdade............................................................................................................... 16
3.5. Publicidade. ............................................................................................................ 16
3.6. Probidade Administrativa........................................................................................17
3.7. Vinculação ao Instrumento Convocatório................................................................17
3.8. Julgamento Objetivo.............................................................................................. 18
3.9. Sigilo das Propostas. .............................................................................................. 19
3.10. Adjudicação Compulsória. .................................................................................... 20
3.11. Formalismo...........................................................................................................22
4. Modalidades..............................................................................................................23
4.1. Concorrência. ..........................................................................................................26
4.2. Tomada de Preços................................................................................................. 28
4.3. Convite...................................................................................................................29
4.4. Leilão..................................................................................................................... 31
4.5. Concurso................................................................................................................34
5. Dispensa da Realização de Licitação..........................................................................35

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5.1. Licitação Dispensada...............................................................................................36


5.2. Licitação Inexigível.................................................................................................38
5.3. Licitação Dispensável............................................................................................ 40
6. Etapas da Licitação...................................................................................................44
6.1. Fase Interna. ...........................................................................................................45
6.2. Fase Externa..........................................................................................................46
6.2.1. Abertura.............................................................................................................. 47
6.2.2. Habilitação......................................................................................................... 48
6.2.3. Classificação e Julgamento.................................................................................49
6.2.4. Homologação e Adjudicação...............................................................................53
7. Anulação e Revogação...............................................................................................54
8. Pregão...................................................................................................................... 57
8.1. Aquisição de Bens e Serviços Comuns.. ................................................................... 57
8.2. Inversão das Fases da Licitação............................................................................ 58
8.3. Divisão da Fase de Julgamento............................................................................. 60
8.4. Fases do Pregão.................................................................................................... 61
8.5. Vedações...............................................................................................................63
8.6. Prazo de Validade das Propostas...........................................................................64
Resumo........................................................................................................................ 66
Mapas Mentais...............................................................................................................71
Questões de Concurso................................................................................................... 74
Gabarito...................................................................................................................... 108
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 110

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Apresentação

Olá, tudo bem? Espero que sim!


Na aula de hoje, todas as regras e disposições acerca de um dos assuntos mais “temidos”
pelos candidatos: estamos falando das licitações públicas, cuja principal fonte normativa
consta no texto da Lei n. 8.666/1993.
Além disso, também conheceremos as regras relacionadas com o Pregão, fazendo uso,
para tal, das disposições da Lei n. 10.520/2002.
Grande abraço e boa aula!

Diogo

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LEI N. 8.666/1993 – LICITAÇÕES PÚBLICAS


1. Conceito e Finalidade da Licitação

O conceito de licitação não envolve maiores dificuldades. Ainda que cada autor adminis-
trativista tenha um conceito próprio, a doutrina majoritária, tal como as bancas organizadoras
de concursos, seguem os entendimentos defendidos por Hely Lopes Meirelles, para o qual a
licitação pode ser conceituada da seguinte forma:

O procedimento administrativo mediante o qual a administração pública seleciona a proposta mais


vantajosa para o contrato de seu interesse.

Do conceito do ilustre professor, chegamos a importantes constatações.


A licitação é um procedimento: a licitação não pode ser confundida com um ato adminis-
trativo, ainda que o parágrafo único do artigo 4º da Lei n. 8.666/1993 caracterize a mesma
como ato administrativo formal. Ao contrário, a licitação é um procedimento administrativo,
cuja principal característica é a de ser formada por uma série de atos administrativos.
A licitação é regida pelo direito público: por meio desta característica, as normas concer-
nentes às licitações são reguladas pelo Direito Administrativo. Desta forma, a administração
pública, que é quem dá início ao procedimento, possui uma série de prerrogativas para a sua
celebração, tal como a possibilidade de não contratar o objeto licitado ou, em caso de contra-
tação, de alterar ou rescindir o respectivo contrato.
Trata-se de um contrato de interesse do Poder Público: a Administração realiza a licitação,
fase por fase, e chega a um vencedor, que é aquele que ofereceu a proposta mais vantajosa.
No entanto, a administração não possui a obrigação de contratar com o vencedor, uma vez
que ela pode, após a realização da licitação, constatar, por motivos ocorridos posteriormente
ao procedimento, que não há a necessidade de contratação do serviço ou da obra pública.
Com veremos adiante, após a apresentação da proposta mais vantajosa, a administração
procede à adjudicação, que é a fase onde é declarado o vencedor do procedimento. Com a
adjudicação, é como se a administração declarasse que, se ela resolver contratar o objeto da
licitação, será com a pessoa vencedora, observadas as regras e propostas apresentadas.

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Dessa forma, podemos afirmar que a licitação assegura ao vencedor apenas uma mera
expectativa de direito, de forma que, caso a administração resolva celebrar um contrato cujo
objeto seja aquele anteriormente licitado, deverá assim o fazer com o respectivo vencedor.
Logo, percebe-se que se trata a licitação de um contrato de interesse do Poder Público, uma
vez que a sua pactuação apenas será realizada quando a administração assim desejar.

Com relação à finalidade da licitação, tivemos, com a alteração da Lei n. 8.666/1993, ocor-
rida em 2010, a inclusão de uma nova disposição, de forma que, atualmente, três são as fi-
nalidades a serem alcançadas com a realização da licitação, conforme se observa do teor do
artigo 3º da norma em questão:

A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção


da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sus-
tentável [...].

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Questão 1 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Considerando a legisla-


ção pertinente a licitação e contratos administrativos, julgue o item subsequente.
A garantia da observância do princípio da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa
para a administração pública e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável são
objetivos da licitação.

Certo.
Temos aqui as finalidades ou objetivos a serem alcançados com a realização da licitação,
conforme previsão do artigo 3º da Lei n. 8.666/1993:

Art.  3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia,


a  seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios bá-
sicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos.

2. O Dever de Licitar e sua Dispensa


O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da promulgação da
Constituição Federal de 1988, o legislador optou por conferir uma regra mais bem detalhada
para as compras e demais aquisições que envolvessem recursos públicos, possibilitando, as-
sim, que houvesse um maior controle por parte de toda a sociedade e dos próprios Tribunais
de Contas.
Em seu artigo 37, XXI, a Constituição Federal assim dispõe:

Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão


contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições

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efetivas da proposta, nos termos da lei, o  qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Do artigo constitucional, podemos concluir que a regra é a realização de licitação, ou seja,


toda a administração pública de todas as esferas de governo, ressalvadas algumas poucas
exceções, estão obrigadas a licitar. E para normatizar e detalhar a regra constitucional é que
foi promulgada a Lei n. 8.666/1993, que estabelece como regra a realização do procedimen-
to, e como exceções as possibilidades de termos uma Licitação dispensável, dispensada ou
inexigível.
E como estas três situações são as exceções (a regra, como sabemos, é que ocorra a lici-
tação), inúmeras são as questões que exigem o conhecimento destas possibilidades.
A licitação dispensável ocorre quando a administração, desejando adquirir bens ou servi-
ços, pode escolher entre realizar o procedimento ou contratar diretamente com os particula-
res. Para tal, as situações devem estar previamente estabelecidas em lei.

Exemplo: podemos citar a situação onde uma determinada Prefeitura precisa adquirir pão e
demais alimentos perecíveis para utilizar como lanche para as crianças de uma escola pública.
Imagine como seria complicado se a cada aquisição a administração tivesse que proceder a
uma nova licitação. Ainda, temos que considerar que tais gêneros são perecíveis, o que pode-
ria resultar, caso o procedimento licitatório não ocorresse em um curto espaço de tempo, em
alimentos fora das condições necessárias para a alimentação das crianças.
Assim, para evitar que tais riscos ocorram, a Lei n. 8.666/1993 confere à administração a pos-
sibilidade de dispensar o procedimento, contratando diretamente com a empresa que achar
mais conveniente.

A licitação inexigível, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de com-
petição, de forma que a realização de licitação se encontra seriamente prejudicada. Em tais
situações, a  única alternativa cabível para o Poder Público é a contratação direta com os
particulares.

Exemplo: seria o caso de a administração pública necessitar de uma máquina que só seja
fabricada por uma determinada empresa. Neste caso, não há a menor possibilidade de ocorrer
a licitação, uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para ofertar à administração.

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Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, observados, sempre, os princí-
pios que norteiam toda a atividade administrativa.

Por fim, temos as situações de licitação dispensada, decorrentes de institutos específicos


e normalmente relacionados com repartições públicas. Nestas situações, previstas no artigo
17 da Lei n. 8.666/1993, a administração, assim como ocorre nas hipóteses de licitação ine-
xigível, está impedida de realizar o procedimento.

Exemplo: podemos citar a situação onde um determinado órgão público resolve vender um
imóvel que anteriormente recebera como dação em pagamento (podemos entender dação em
pagamento como uma forma de pagamento que substitui a anteriormente contratada).
Assim, se a Administração Pública aceita um imóvel como pagamento de uma dívida ante-
riormente celebrada com o contribuinte e, posteriormente, opta por alienar tal imóvel, não
poderá realizar tal procedimento por meio de licitação.

Como mencionado, todos os órgãos e entidades de todos os entes federativos estão obri-
gados, como regra, a realizar licitação para as aquisições de bens e serviços. Em caráter de
exceção, encontramos pessoas que estão dispensadas da realização do procedimento, uma
vez que não integram a administração pública ou exercem atividades que necessitam de mui-
ta liberdade para o seu desempenho.
Assim, são as seguintes as pessoas jurídicas que estão desobrigadas da regra constitu-
cional de licitar:

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• Empresas privadas: Uma vez que não integram a administração pública, bem como que
possuem como principal objetivo auferir lucro com a prestação da atividade empre-
sarial, as empresas particulares não precisam contratar bens e serviços por meio de
licitação, podendo realizar suas compras diretamente;
• Concessionárias e permissionárias de serviço público: Da mesma forma que ocorre
com as empresas privadas, as delegatárias de serviço público são pessoas jurídicas de
direito privado. Assim, ainda que prestem serviços públicos à coletividade, não estão
obrigadas à regra da licitação. Nada impede, no entanto, que as concessionárias ou
permissionárias realizem licitação. Caso realizem, assim o fazem por interesse próprio
e com objetivos particulares. Neste sentido, merece destaque o entendimento do STJ,
conforme se observa do teor do julgado do Recurso Especial 429849/RS:

As empresas privadas, embora concessionárias de serviço público, não estão obrigadas


a submeter suas compras ou a contratação de serviços ao regime de licitação. Se os
submetem, o fazem por interesse próprio, mas os atos assim praticados não se trans-
formam em ato administrativo, e  o contrato que daí resulta não será um contrato de
direito público. Continua, como é da sua natureza, um simples ato particular de gestão,
típico ato jurídico privado. Não sendo ato de autoridade, não há como supor-se presente
a viabilidade de atacá-lo pela via do mandado de segurança.

• Organizações sociais e Organizações da sociedade civil do interesse público: tais en-


tidades atuam ao lado do Estado, integrando o denominado terceiro setor. Como não
possuem fins lucrativos, são remuneradas mediante benefícios e isenções concedidas
pelo Poder Público. Assim, apenas estão obrigadas a realizar licitação para as contra-
tações decorrentes da utilização de recursos repassados diretamente pela administra-
ção pública. Nas demais contratações, ou seja, naquelas em que os recursos públicos
não estejam envolvidos, estão as entidades dispensadas da obrigação de licitar;
• Conselhos de classe e a questão da OAB: A questão sobre as contratações realizadas
pela ordem dos advogados do Brasil (OAB) terem ou não que se submeter ao regime
das licitações gerava muitas controvérsias. Isso passou a ocorrer quando os conselhos
de classe passaram a ser classificados como autarquias profissionais.

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Como consequência, por serem autarquias, passaram a integrar a administração pública


indireta dos respectivos entes federativos. Logo, por uma interpretação legal, seria natural
que a OAB estivesse submetida, tal como os demais conselhos, à regra da licitação. No en-
tanto, não há como negar que a submissão às regras pertinentes às licitações e aos contratos
administrativos limitaria, em muitos aspectos, a liberdade funcional da entidade.
Após muitas controvérsias, o STF pôs fim à discussão, conforme se observa do inteiro
teor do julgado proferido na ADIN 3026/2006:

No que se refere ao caput do art.  79 da Lei 8.906/94, o  Tribunal, por maioria, julgou
improcedente o pedido formulado, por entender que, em razão de a OAB não integrar a
Administração Pública, não se haveria de exigir a regra do concurso público.

O melhor entendimento a ser levado para a prova é o de que todos os conselhos de classe
devem se sujeitar às regras de licitação, haja vista integrarem a administração indireta dos
entes federativos. A única exceção fica por conta da OAB, de natureza sui generis, que, por não
integrar a administração pública, não está sujeita às regras da Lei n. 8.666/1993.

A questão referente às entidades obrigadas a licitar, tal como as que não devem obediên-
cia a este dispositivo, pode ser mais bem visualizada por meio da tabela a seguir:
Estão Obrigadas a Licitar Não estão Obrigadas a Licitar
Toda a administração direta. Empresas privadas.
Todas as entidades da administração indireta (autar- Concessionárias e permissionárias de serviço
quias, empresas públicas, sociedades de economia público.
mista e fundações).
Conselhos de classe (espécie de autarquia). Ordem dos advogados do Brasil (OAB).
Entidades do terceiro setor (quando estiverem utili- Entidades do terceiro setor (quando não estiverem
zando recursos públicos). utilizando recursos públicos).

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Questão 2 (CEBRASPE/CESPE/ANA GRS/SLU-DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) No que se refe-


re aos processos governamentais de compras, julgue o item a seguir.
As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios comuns aos demais
entes da administração indireta.

Errado.
As fundações públicas, diferente do que informado, estão sujeitas aos procedimentos licita-
tórios observados pelas demais entidades da Administração Indireta.
Neste sentido, inclusive, é a previsão do artigo 1º da Lei n. 8.666/1993:

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes
a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta,
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades
de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.

3. Princípios da Licitação

A primeira informação é a de que não existe uma unanimidade, por parte da doutrina, so-
bre os princípios aplicáveis à licitação.
Em sua imensa maioria, as bancas seguem, neste ponto, os ensinamentos de Hely Lopes Mei-
relles, de forma que precisamos conhecer, além dos princípios elencados na Lei n. 8.666/1993,
os princípios do sigilo das propostas, da adjudicação compulsória e do formalismo.
A Lei n. 8.666/1993 estabelece, em seu artigo 3º, uma série de princípios a serem obser-
vados quando da realização das licitações:

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A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a  sele-


ção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade admi-
nistrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos.

3.1. Legalidade

Trata-se a legalidade de um princípio balizador de toda a atividade administrativa, segun-


do o qual a administração, ao contrário dos particulares, só pode fazer o que estiver previsto
ou autorizado em lei.
No caso das licitações, temos que o edital tem força de lei para todos os participantes.
Isso implica em dizer que qualquer atuação da administração pública, durante o processo
licitatório, que contrarie as regras previstas no edital regulador, agredirá o princípio da le-
galidade.
Outra perspectiva que temos que considerar é que a administração não pode publicar um
edital regulador de processo licitatório que contrarie as normas jurídicas vigentes, sob pena
de, novamente, incorrer em Ilegalidade e não restar alternativa que não seja a anulação de
todo o procedimento.

3.2. Impessoalidade

O princípio da impessoalidade, no que se refere às licitações, implica em uma atuação da


administração pública pautada no dever de conferir tratamento isonômico a todos os licitantes,

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sem favorecimentos ou obrigações que não sejam igualmente estendidas aos demais licitan-
tes.
Desta perspectiva do princípio da impessoalidade decorrem importantes regras estabele-
cidas na Lei n. 8.666/1993, conforme observa-se, por exemplo, no artigo 3º, § 1º, II, e no artigo
3º, §2º:

É vedado aos agentes públicos:


Estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou
qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, mo-
dalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências interna-
cionais (...)
Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessiva-
mente, aos bens e serviços:
II – produzidos no País;
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País.
V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que aten-
dam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

3.3. Moralidade

Segundo a moralidade, a  atuação da administração não deve apenas ser pautada pela
legalidade, mas também em conceitos mais amplos, que permitam ao particular fiscalizar e
analisar se todos os atos foram realizados com observância da probidade, do decoro, da bo-
a-fé e da honestidade.
Se a administração estivesse, no âmbito do processo licitatório, apenas pautada pela le-
galidade, bastaria que cumprisse todas as normas legais para que sua atuação fosse consi-
derada correta.
Para conferir um maior controle, a moralidade deve acompanhar todo o processo licitató-
rio. Assim, não basta ser legal, tem que ser probo, reto, leal e honesto para que a atuação dos
agentes públicos possa ser considerada adequada às finalidades propostas.
O princípio da moralidade adquiriu tamanha importância, atualmente, que diversos Tri-
bunais Superiores têm admitido a desconsideração da personalidade jurídica de empresas

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anteriormente inabilitadas em processos licitatórios, evitando-se assim o abuso das formas,


como a constituição de uma nova sociedade comercial com a finalidade de burlar a penalida-
de imposta pela administração.
No julgamento do Recurso Ordinário n. 15.166/BA, o Superior Tribunal de Justiça proferiu
o seguinte entendimento:

A constituição de nova sociedade, com o mesmo objeto social, com os mesmos sócios
e com o mesmo endereço, em substituição a outra declarada inidônea para licitar com
a Administração Pública Estadual, com o objetivo de burlar à aplicação da sanção
administrativa, constitui abuso de forma e fraude à Lei de Licitações (Lei n.º 8.666/93),
de modo a possibilitar a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade
jurídica para estenderem-se os efeitos da sanção administrativa à nova sociedade
constituída. A Administração Pública pode, em observância ao princípio da moralidade
administrativa e da indisponibilidade dos interesses públicos tutelados, desconsiderar
a personalidade jurídica de sociedade constituída com abuso de forma e fraude à lei,
desde que facultado ao administrado o contraditório e a ampla defesa em processo
administrativo regular.

Exemplo: poder público realiza licitação com o objetivo de contratar empresa para a presta-
ção de um serviço público. Na execução do contrato, constata-se que o particular não cum-
priu com as determinações inicialmente previstas, dando ensejo à aplicação da penalidade de
declaração de inidoneidade.
Caso houvesse a aplicação da penalidade, a empresa estaria impossibilitada de participar de
novas licitações pelo período mínimo de 2 anos. Poderia a empresa, como forma de burlar a
regra prevista na norma, criar uma nova sociedade com a participação dos sócios anterior-
mente existentes na empresa anterior, conseguindo assim participar de novas licitações.
Como forma de evitar tal mecanismo protelatório, o STJ entende ser possível a desconstitui-
ção da personalidade jurídica da empresa recém-criada, estando esta, da mesma forma que a
anterior, impedida de participar de novas licitações durante o prazo da penalidade.

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3.4. Igualdade

O princípio da igualdade, também chamado de igualdade entre os participantes, é a clás-


sica definição de isonomia defendida pela Lei das Licitações. Segundo tal princípio, que em
muito se confunde com a impessoalidade, a comissão de licitação não deve dispensar trata-
mento favorecido a nenhum dos participantes.
É o bom e velho “tratar todos iguais, na medida de suas desigualdades” que norteia toda
a administração pública.
Decorrem da isonomia diversas regras previstas na Lei n. 8.666/1993, conforme explicita-
das. Repare que em todas se faz necessário observar um juízo de igualdade entre os licitan-
tes, sendo que as condições devem ser as mesmas para todos os participantes da licitação.

É vedado aos agentes públicos:


Admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprome-
tam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades coopera-
tivas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos
licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto
do contrato (…) (art. 3º, §1º, I)
As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de
interesse público, devidamente justificado. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de
interessados residentes ou sediados em outros locais. (art. 20)

3.5. Publicidade
A publicidade conferida às licitações é a mesma que norteia toda a atuação da adminis-
tração pública, segundo a qual, para que os atos possam produzir efeitos quanto a terceiros,
faz-se necessária a devida publicação na imprensa oficial.
A licitação, conforme já mencionado, é um procedimento administrativo, constituído, as-
sim, de uma série de atos administrativos formados em ordem cronológica. Todos eles, para
produzirem os efeitos que a administração deseja, devem ser publicados na imprensa oficial.
Como exemplo do Princípio da Publicidade estampado na Lei n. 8.666/1993, temos o ar-
tigo 3º, § 3º, que assim dispõe:

A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento,
salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

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3.6. Probidade Administrativa

A doutrina destaca que a probidade administrativa decorre da moralidade, ou seja, ainda


que sejam princípios diversos, a moralidade é um princípio constitucional, aplicável à admi-
nistração em todas as suas manifestações de vontade.
A probidade administrativa, por sua vez, implica em um conceito onde o administrador
público deve ser honesto não apenas com a administração pública, mas também com os ad-
ministrados que participam da licitação.
A diferença é sutil, e para não restar nenhuma dúvida, vamos esquematizá-la:

3.7. Vinculação ao Instrumento Convocatório

Vincular-se ao instrumento convocatório implica em não poder descumprir as normas


previstas no edital regulador do processo licitatório. Significa dizer que a administração e os
licitantes devem obedecer a dois diplomas normativos: as leis que regulam a atividade ad-
ministrativa e o edital da licitação, que, por estabelecer normas pertinentes a todo o procedi-
mento, é o documento que sempre deve ser observado quando as licitações forem realizadas.
Neste sentido, importante salientar que a Lei n. 8.666/1993 apresenta, em seu artigo 41,
a impossibilidade de o Poder Público descumprir as normas previstas no edital:

A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estrita-
mente vinculada.

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Ainda que o mencionado artigo apenas faça menção à necessidade de a administração


cumprir com as disposições do edital, a doutrina possui entendimento de que os administra-
dos e demais participantes do processo licitatório também devem fiel obediência às regras
estabelecidas no instrumento convocatório.

3.8. Julgamento Objetivo

Todas as licitações que são promovidas pela administração devem possuir, no respectivo
edital, um critério que possibilita ao Poder Público verificar, após a apresentação de todas as
propostas, àquela que melhor atendeu aos requisitos solicitados pela administração.
Assim, os critérios utilizados pela administração para conseguir mensurar com confiabi-
lidade devem ser claros e objetivos, não havendo a possibilidade, por isso mesmo, da escolha
do objeto da licitação dar-se por interesses subjetivos. Em consonância com tal entendimen-
to, merece destaque o teor do artigo 45 da Lei n. 8.666/1993, que assim dispõe:

O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo
convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabeleci-
dos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a
possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.

A própria Lei n. 8.666/1993 apresenta critérios, a depender da modalidade de licitação,


que podem ser utilizados pela administração pública como forma de conseguir identificar a
proposta que melhor satisfaça aos interesses públicos.
São os chamados tipos de licitação, expressos no § 1º do já mencionado artigo 45, e que
podem, de acordo com a lei das licitações, ser utilizados em todas as modalidades licitatórias,
com exceção da modalidade concurso.

Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso:
I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administra-
ção determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especi-
ficações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II – a de melhor técnica;
III – a de técnica e preço.
IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real
de uso

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Nota-se que o julgamento objetivo, ainda que seja um princípio expresso para todos os tipos
de licitação, consegue ser mais eficazmente utilizado quando estamos diante do menor preço.
Isso ocorre porque, quando da utilização dos demais tipos de licitação, temos envolvido
certo grau de subjetivismo, cabendo à administração, além dos critérios objetivos previstos
no edital, analisar as propostas ofertadas pelos licitantes e definir aquela que melhor se en-
quadra nas necessidades administrativas.
Salienta-se que a modalidade concurso é a única que não faz uso dos tipos de licitação
previstos na Lei n. 8.666/1993. Tal modalidade, conforme veremos adiante, destina-se à es-
colha de um trabalho técnico, artístico ou científico. Em tais situações, ainda que o Poder
Público deva pautar o seu julgamento em critérios objetivos, a escolha do vencedor envolverá,
em maior ou menor grau, certo nível de subjetividade.

Exemplo: determinada prefeitura promove uma licitação na modalidade concurso como forma
de escolher um novo layout a ser utilizado pela administração em todas as correspondências
oficiais,
No caso apresentado, fica muito difícil pautar a escolha por critérios estritamente objetivos,
de forma que a premiação ao vencedor envolverá a análise e o julgamento por parte de uma
comissão de profissionais, envolvendo, desta forma, um maior nível de subjetividade.

3.9. Sigilo das Propostas

Como visto anteriormente, a regra é que a licitação seja pública e acessível a todos que se
interessem em acompanhá-la ou fiscalizá-la. A exceção fica por conta das propostas, que, até

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a abertura dos respectivos envelopes, devem possuir amplo e total sigilo, sob pena de restar
configurada fraude ensejadora da anulação de todo o procedimento.
Neste sentido é o texto do artigo 3º, § 3º, da Lei n. 8.666/1993, de seguinte teor:

A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento,
salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

Caso o sigilo das propostas não seja observado, independente de quem tiver dado causa
ser ou não agente público, teremos a configuração de crime, conforme previsão no artigo 94
da Lei n. 8.666/1993:

Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro


o ensejo de devassá-lo:
Pena – detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.

3.10. Adjudicação Compulsória


Adjudicar é conferir ao particular vencedor do processo licitatório o objeto da licitação.
É atribuir ao vencedor a preferência de poder contratar com a administração caso a mesma
opte por realizar tal procedimento.

Exemplo: transcorridas todas as fases da licitação, teremos uma proposta como vencedora,
que será aquela que melhor atenda às necessidades da administração, independentemente
do tipo de licitação realizado.
Feito isso, a administração pública responsável pela licitação realiza a adjudicação compul-
sória, que consiste em garantir ao vencedor da proposta que, caso a administração opte por
contratar o bem objeto da licitação, assim o fará com ele, estando impedida de firmar contrato
com outros licitantes.

Nota-se, desta forma, que a adjudicação se trata de um mero ato declaratório, que não
vincula a administração a ter que celebrar o contrato respectivo. A única vinculação existente
é que a administração, caso celebre o contrato, deverá fazê-lo com o particular vencedor.
No entanto, diversas circunstâncias podem ocorrer, inviabilizando a celebração do con-
trato, tal como a anulação ou a revogação de todo o procedimento licitatório. Após a adjudicação,

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no entanto, não poderá a administração contratar com outra pessoa, que não seja o particular
detentor da adjudicação, o mesmo objeto licitado.
Da mesma forma, não seria justo que o particular vencedor do certame tivesse que aguar-
dar indefinidamente a manifestação da administração. Para que isso não ocorra, estabelece o
§ 3º do artigo 64 da Lei n. 8.666/1993 o prazo de 60 dias para que o particular, sendo convo-
cado a contratar com o Poder Público, esteja obrigado a assim proceder. Após este prazo, não
havendo manifestação da administração, estará o particular vencedor da licitação desimpe-
dido da obrigação de contratar.

Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contrata-
ção, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.

Questão 3 (CEBRASPE/CESPE/ANA PORT II/EMAP/CONTRATOS/2018) Julgue o item se-


guinte, relativo a contratos administrativos.
O princípio da adjudicação obrigatória ao vencedor é a garantia de que a administração públi-
ca celebrará o contrato com o vencedor do certame.

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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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Errado.
A adjudicação trata-se de um mero ato declaratório, que não vincula a administração a ter
que celebrar o contrato respectivo. A única vinculação existente é que a administração, caso
celebre o contrato, deverá assim o fazer com o particular vencedor da licitação.

3.11. Formalismo
A Lei n. 8.666/1993 estabelece que “o procedimento licitatório previsto nesta lei caracteri-
za ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública”
(art. 4º, parágrafo único).
Interessante percebermos que o formalismo procedimental, defendido como princípio das
licitações, diverge em muitos sentidos do mero formalismo.
Por este princípio, o descumprimento de um procedimento só acarretará nulidade se hou-
ver comprovação de prejuízo. Evita-se, assim, que a administração fique engessada e lega-
lista, conferindo certa liberdade para que determinados atos sejam convalidados e o procedi-
mento licitatório se torne mais eficaz.
Neste mesmo sentido é o entendimento de Hely Lopes Meirelles, conforme se expõe:

Procedimento formal, entretanto, não se confunde com “formalismo”, que se caracteriza por exi-
gências inúteis e desnecessárias. Por isso mesmo, não se anula o procedimento diante de meras
omissões ou irregularidades formais na documentação ou nas propostas desde que, por sua irre-
levância, não causem prejuízo à Administração ou aos licitantes. A regra é a dominante nos pro-
cessos judiciais: não se decreta a nulidade onde não houver dano para qualquer das partes– pas
de nullité sans grief, como dizem os franceses.

Assim, ainda que o princípio em questão seja comumente chamado de formalismo, o cor-
reto sentido da expressão leva em conta o procedimento como um todo, uma vez que apenas
serão consideradas nulas as licitações que não observarem regras cabais ao correto prosse-
guimento da licitação. Em sentido oposto, simples falhas que possam ser convalidadas pela
administração não serão capazes de acarretar, por si só, todo o procedimento licitatório.

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4. Modalidades

As modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993 são cinco, sendo elas: concor-
rência, tomada de preço, convite, concurso e leilão.
Neste ponto da matéria, temos uma grande contradição: Ainda que o texto da Lei n.
8.666/1993 afirme que não poderão ser criadas novas modalidades de licitação, existem, atu-
almente, duas outras modalidades de licitação que não estão elencadas na Lei n. 8.666/1993.
A primeira delas é o pregão, modalidade caracterizada pela inversão das fases da licitação
e pela redução das fases do procedimento, priorizando pela eficiência. No pregão, conforme
veremos adiante, o objetivo é a aquisição de um bem ou serviço comum.
A segunda delas, pouco conhecida, é a consulta, criada pela Lei 9.472/1997, com a estrita
finalidade de ser utilizada para a aquisição de bens e serviços pela Anatel.
Assim, de início, podemos organizar o conhecimento afirmando que sete são as modali-
dades licitatórias existentes em nosso ordenamento, sendo que cinco delas estão previstas
na Lei n. 8.666/1993 e as demais em diplomas legais esparsos.

A escolha de cada uma das modalidades licitatórias não é livre à administração. Em sen-
tido oposto, cada uma das modalidades licitatórias possuem critérios a serem observados
para que sua utilização se coadune com a finalidade da atividade administrativa.

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Com relação à concorrência, tomada de preços e convite, estas restrições incluem valores
máximos a serem observados por modalidade, conforme se observa da tabela:

Modalidade Obras e Serviços de Engenharia Compras e demais Serviços


Convite Até R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 Acima de R$ 1.430.000,00

No caso de consórcios públicos, aplica-se o dobro destes valores quando os consórcios


forem formados por até três entes consorciados, e o triplo quando formados por mais do que
três entes.

Exemplo: Caso um Estado resolva realizar uma licitação para a construção de uma obra de
engenharia orçada em R$ 850.000,00, poderá fazer uso da modalidade tomada de preços,
uma vez que o valor global da contratação se encontra dentro desta faixa de preço.
Caso este mesmo Estado se consorcie com um Município existente no seu território, a tomada
de preços poderá ser utilizada para obras de engenharia até o dobro do valor inicialmente pre-
visto para a modalidade, ou seja, os valores poderão chegar a R$ 6,6 milhões.
Por fim, caso o Estado se consorcie com mais três Municípios, o limite da tomada de preços
será triplicado, podendo os entes federativos consorciados utilizarem a modalidade para as
contratações orçadas em até R$ 9,9 milhões.

De extrema importância é o conhecimento de que as modalidades licitatórias utilizadas


com base no valor total do procedimento (concorrência, tomada de preços e convite) nem
sempre possuirão uma única modalidade passível de utilização. Nestas hipóteses, precisa-
mos adotar a regra de que “quem pode o mais, pode o menos”.
Assim, se estivermos diante de uma licitação que se enquadre dentro dos limites de utili-
zação da tomada de preços, poderá o Poder Público perfeitamente fazer uso da concorrência
para a realização da contratação. Caso estejamos diante de uma obra de engenharia enqua-
drada dentro da faixa prevista para a modalidade convite, a administração poderá fazer uso
tanto da tomada de preços quanto da concorrência.

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Só temos que ter um cuidado especial, uma vez que o efeito contrário não é permitido. As-
sim, se estivermos diante de uma licitação que se enquadre dentro do valor máximo estabe-
lecido para a modalidade tomada de preços, só será possível a substituição pela modalidade
concorrência, e não pela modalidade convite.

As modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993 necessitam, para a sua rea-


lização, da observância de um tempo mínimo entre a publicação do edital e a data do rece-
bimento das propostas. Tal lapso de tempo possui como principal objetivo assegurar aos
particulares participantes o conhecimento de todas as normas do edital, possibilitando assim
que as propostas sejam apresentadas em sintonia com a viabilidade econômica da empresa.
Desta forma, os §§ 3º e 4º do artigo 21 da Lei n. 8.666/1993 estabelecem que a contagem
dos prazos a serem observados entre a publicação do edital e a apresentação das propostas
deve ser iniciada a cada nova publicação da administração pública, tal como ocorre com as
retificações ou adendos.
Quando, no entanto, a alteração promovida não apresentar prejuízos aos particulares (tal
como ocorre com as simples correções de erros formais), não há a necessidade de nova aber-
tura de prazo.

Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edi-
tal resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite
e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.
Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original,
reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração
não afetar a formulação das propostas.

Vejamos os prazos que devem ser observados entre a data da publicação do edital (ou da
última alteração promovida) e a data de recebimento das propostas:

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Tempo mínimo entre a publicação


do edital e o recebimento das pro- Modalidade Modalidade
postas
45 dias Concurso. Concorrência, quando for adotado
o regime de empreitada integral
ou quando a licitação for do tipo
melhor técnica ou técnica e preço.
30 dias Concorrência, nos demais casos. Tomada de preço, quando a licita-
ção for do tipo melhor técnica ou
técnica e preço.
15 dias Tomada de preço, nas demais situ- Leilão.
ações.
5 dias úteis Convite.

4.1. Concorrência
A lei das licitações define concorrência como a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos
mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto (art. 22, §1º).
Trata-se a concorrência da modalidade de licitação mais complexa dentre as previstas na
Lei n. 8.666/1993, possuindo como principais características a ampla publicidade, a possibi-
lidade de qualquer interessado participar de seu certame e o fato de ser utilizada, entre outras
hipóteses, em contratos de grande vulto.
Uma das principais características da concorrência é a necessidade de habilitação prévia
para a análise da proposta apresentada pelo licitante. Assim, antes da abertura dos envelopes
contendo o teor das propostas, a comissão de licitação verificará se estes atendem ou não os
requisitos de habilitação previstos em lei. Em caso positivo, os envelopes serão abertos. Em
caso negativo, o licitante será considerado inabilitado e não poderá participar do procedimento.
Neste sentido, cinco são os critérios de habilitação que podem ser levados em conta para
efeito de verificação da regularidade dos licitantes, conforme se observa pela leitura do artigo
27 da Lei n. 8.666/1993:

Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documen-
tação relativa a:
I – habilitação jurídica;

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II – qualificação técnica;


III – qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.

A habilitação jurídica relaciona-se com a capacidade da empresa em adquirir direitos e


contrair obrigações.
A qualificação técnica, com o fato de o particular contratado reunir todos os requisitos
técnicos necessários para a correta execução do bem ou do serviço contratado.
A qualificação econômico-financeira, com a capacidade da empresa possui fluxo de caixa
para adquirir os bens necessários à execução do contrato.
A regularidade fiscal, com o fato da empresa estar em dia com todos os fiscos (federal,
estaduais e municipais).
Neste mesmo sentido, a regularidade trabalhista relaciona-se com a obrigação da empre-
sa em pagar todas as verbas devidas aos seus funcionários.
Por fim, o artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal, proíbe que as empresas admitam o
trabalho “noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a me-
nores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”.

Em determinadas situações, independentemente do valor do objeto a ser licitado, o Poder


Público obrigatoriamente deverá fazer uso da modalidade concorrência. Nestas situações, o objetivo,

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com a realização da concorrência, é conferir um maior controle ao procedimento licitatório, uma


vez que a concorrência, por exigir a habilitação preliminar como condição para a participação no
procedimento, assegura um maior formalismo a todos os atos decorrentes da licitação.
São as seguintes as situações em que a concorrência é obrigatória:
• na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado os imóveis adquiridos por dação
em pagamento ou procedimento judicial, quando poderão ser utilizadas as modalida-
des concorrência ou leilão;
• nas concessões de direito real de uso;
• nas concessões de serviço público;
• nas licitações internacionais, admitindo-se, neste caso, observados os limites deste
artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro interna-
cional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço
no País;
• para o sistema de registro de preços.

4.2. Tomada de Preços


Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadas-
trados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o tercei-
ro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação
(art. 22, §2º).
No âmbito da tomada de preços, encontramos algumas regras que não são encontradas
nas demais modalidades licitatórias, tal como o fato do particular, para poder participar da
licitação, obrigatoriamente ter que estar cadastrado até três dias antes da entrega das res-
pectivas propostas.
Dessa forma, a habilitação é feita com o próprio cadastramento, sendo neste momento
que a autoridade competente verifica se a empresa atende a todos os requisitos necessários
para, em caso de sagrar-se vencedora da licitação, poder contratar com o Poder Público.
No entanto, a participação na tomada de preços não se restringe às empresas cadastra-
das, sendo assegurada, também, àquelas que atenderem às condições exigidas para cadas-
tramento com antecedência mínima de três dias antes da data do recebimento das propostas.

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Importante mencionar que a tomada de preços é passível de utilização nas licitações in-
ternacionais (onde a regra é a concorrência), bastando para tal que sejam preenchidos dois
requisitos:
• o órgão disponha de cadastro internacional de fornecedores;
• o contrato a ser celebrado esteja dentro dos limites de valor para a respectiva modalidade.

4.3. Convite
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade
administrativa, a  qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas
(art. 22, §3º).
Assim, a regra é que pelo menos três interessados sejam convidados a participar da lici-
tação. No entanto, caso existam mais de três empresas pertinentes ao mesmo ramo, e desde
que estas estejam cadastradas na repartição, a cada novo convite, a administração deverá
convidar, pelo menos, mais um interessado cadastrado que não tenha sido convidado na li-
citação anterior. E isto ocorrerá até que não tenhamos mais empresas cadastradas que não
tenham sido convidadas em licitações anteriores.

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No entanto, a  obrigação da administração de chamar empresas pertinentes ao mesmo

ramo, não convidadas em licitações anteriores, restringe-se às empresas cadastradas.

Exemplo: a administração municipal resolve realizar licitação na modalidade convite com a

finalidade de selecionar um fornecedor de água mineral para todas as repartições públicas

municipais.

Poderão participar da licitação em questão tanto as empresas cadastradas quanto as que

ainda não possuem cadastro no Poder Público. Assim, após a publicação da carta-convite,

a administração convida um número mínimo de três particulares para participar da licitação,

podendo eles ser ou não já cadastrados.

Adicionalmente, a participação no convite será estendida a todos os interessados que mani-

festem sua vontade com a antecedência mínima de 24 horas antes da apresentação das pro-

postas. Tal prerrogativa, no entanto, é assegurada apenas aos previamente cadastrados.

Assim, as empresas que não estejam cadastradas e que não sejam convidadas pelo Po-

der Público não poderão participar da licitação na modalidade convite.

Por outro lado, caso estejamos diante de uma situação onde a administração não consiga

o mínimo de três empresas para convidar, ainda assim poderá ser realizada a licitação. No

entanto, a  impossibilidade de encontrar três interessados pertinentes ao ramo da licitação

deverá ser justificada nos autos do processo, sob pena de todo o procedimento ser anulado.

Outra característica importante do convite é que nesta modalidade não temos um edital,

tal como ocorre nas demais modalidades, mas sim uma simples carta-convite, que não pre-

cisa ser publicada no respectivo diário oficial. Salienta-se, no entanto, que ainda assim deve

haver a observância do princípio da publicidade, de forma que o que está dispensado, no âm-

bito da modalidade convite, é a publicação na imprensa oficial.


Assim, como forma de observância da publicidade, a carta-convite deve ser afixada na
repartição pública que está realizando a licitação, oportunidade em que o respectivo ato pas-
sará a produzir efeitos no universo jurídico.

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Outra peculiaridade da modalidade convite é que o prazo entre a publicação da carta-


-convite e a data do recebimento das propostas é contado em dias úteis, ao contrário do
que ocorre com as demais modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993. Logo,
uma vez publicada a carta-convite, o prazo mínimo para recebimento das propostas é de 5
dias úteis.

4.4. Leilão

Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens


móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penho-
rados, ou para a alienação de bens imóveis adquiridos por meio de dação em pagamento ou
procedimento judicial, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação
(art. 22, §5º).
Do conceito da modalidade, observa-se que três são as situações que dando ensejo à
utilização do leilão, sendo elas...
Venda de bens móveis inservíveis para a administração: nesta situação, o Poder Público,
independente da esfera, deseja vender bens móveis que não mais estejam em condições de
utilização pela respectiva repartição pública.

Exemplo: são bens imóveis inservíveis para utilização do Poder Público mesas, estantes e
balcões que foram substituídos por novos modelos em decorrência da necessidade do aten-
dimento dos requisitos de acessibilidade.

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Venda de produtos legalmente apreendidos ou penhorados: como a finalidade do Poder


Público é assegurar o bem-estar da coletividade, pode a administração, em determinadas
situações, limitar um direito individual em prol da coletividade.

Exemplo: em decorrência do poder de polícia, a administração realiza a fiscalização de diver-


sos estabelecimentos comerciais. Uma vez tendo encontrado produtos sem a corresponden-
te nota fiscal, procede o Poder Público à respectiva apreensão das mercadorias, que poderão,
observadas as normas legais, ser vendidas a terceiros.

Alienação de bens imóveis adquiridos por meio de dação em pagamento ou de procedi-


mento judicial: em ambas as situações, o Poder Público recebe bens imóveis do particular
como forma de pagamento de dívidas anteriormente existentes.
Logo, nada mais natural do que a alienação dos bens recebidos, possibilitando assim que
o Poder Público aufira renda com a respectiva alienação.
Importante salientar que a alienação de bens móveis, tanto quando decorrentes de dação
em pagamento quanto nas hipóteses de procedimento judicial, poderá ser realizada por meio
de leilão ou por meio de concorrência. Nas duas modalidades, faz-se necessária a avaliação
prévia, por parte da administração, dos bens a serem alienados, bem como a comprovação da
necessidade ou utilidade da alienação. 

No leilão, após o agendamento da data para a realização do certame, os  participantes


comparecem para oferecer seus lances, que não podem ser inferior ao inicialmente avaliado
pelo Poder Público. Nota-se, desta forma, que no âmbito das licitações realizadas sob a mo-
dalidade leilão o tipo de licitação será sempre o de maior lance.
A Lei n. 8.666/1993 estabelece, em seu artigo 53, um pequeno regramento de como deve
ser realizada a licitação na modalidade leilão.

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Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administração,
procedendo-se na forma da legislação pertinente.
§ 1º Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para fixação do preço
mínimo de arrematação.
§ 2º Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior
a 5% (cinco por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, imediata-
mente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado
no edital de convocação, sob pena de perder em favor da Administração o valor já recolhido.
§  3º Nos leilões internacionais, o  pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e
quatro horas.
§  4º O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município em que se
realizará.

Exemplo: realizado o leilão e tendo ocorrido a alienação de um bem, deve o seu arrematante
(que é a pessoa que adquire o bem) pagar o valor ofertado à vista, ou, em caso haja previsão
no edital, do valor do parcelamento, que, em qualquer hipótese, não poderá ser inferior a 5%
do valor oferecido.
Nos leilões internacionais, o prazo para o pagamento do valor à vista será de 24 horas, tempo
necessário para a conversão da moeda e demais trâmites legais.

Questão 4 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ADMINISTRAÇÃO/2020) Julgue o item,


relativo à administração de pessoal e a processos de compras governamentais no âmbito do
setor público.
A modalidade de licitação utilizada para a venda de produtos legalmente apreendidos ou pe-
nhorados é denominada concurso.

Errado.
A venda de produtos legalmente apreendidos ou penhorados ocorre por meio do leilão.

Art. 22, § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.

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4.5. Concurso

Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de tra-


balho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com ante-
cedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias (art. 22, § 4º).
Inicialmente, nota-se que o concurso é uma exceção quanto à restrição de valores. En-
quanto na maioria das demais modalidades licitatórias, faz-se necessário a observância das
regras relativas aos valores, no concurso tal restrição não existe, sendo que o que determina
sua utilização não é o valor, mas sim a natureza da atividade.
Da mesma forma, a modalidade concurso é uma exceção quanto ao tipo de licitação, sen-
do que tal modalidade é a única em que nenhum dos tipos previstos em lei serão aplicados.
Ambas as peculiaridades existem uma vez que objetiva-se, com a realização da licitação
na modalidade concurso, a escolha de um trabalho técnico, artístico ou científico. Logo, das
modalidades previstas, o concurso é a que mais leva em conta, para a escolha do seu resul-
tado, uma parcela subjetiva de avaliação. No entanto, ainda assim o Poder Público deverá
pautar sua escolha com base no princípio do julgamento objetivo.

Exemplo: a administração realiza licitação na modalidade concurso com a finalidade de sele-


cionar um novo layout para as correspondências oficiais. Para a escolha, é  formada uma
comissão composta por autoridades que entendam do trabalho em questão.
Assim, para a escolha, cada membro da comissão dará o seu parecer, levando em conta
aspectos pessoais seus (caráter subjetivo). Ainda assim, o julgamento deverá pautar-se em
critérios que estejam previamente descritos no edital da licitação (caráter objetivo).

Estabelece o artigo 52 da Lei n. 8.666/1993 que a licitação na modalidade concurso de-


verá pautar-se em regras previstas em regulamento próprio, que deverá prever uma série de
características:

Art. 52. O concurso a que se refere o § 4º do art. 22 desta Lei deve ser precedido de regulamento
próprio, a  ser obtido pelos interessados no local indicado no edital. §  1º O regulamento deverá
indicar:

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I – a qualificação exigida dos participantes;


II – as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho;
III – as condições de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.

Frisa-se que a comissão que avaliará os trabalhos apresentados no âmbito dos concur-
sos poderá ser composta tanto por servidores quanto por terceiros que não possuam vínculo
com o Poder Público, devendo, para tal, possuir reputação ilibada e reconhecido conhecimen-
to da matéria em exame.
Como nota-se, o concurso é uma exceção a diversas características presentes nas de-
mais modalidades. Assim, para facilitar o conhecimento, elenca-se as características desta
modalidade licitatória:

5. Dispensa da Realização de Licitação

Ainda que a regra seja a realização da licitação para todas as aquisições realizadas pela
administração pública, a Lei n. 8.666/1993 confere, em determinadas situações, a possibili-
dade de termos a dispensa de licitação, situações em que o Poder Público poderá contratar
diretamente com o particular.
Tais situações são divididas nas hipóteses de licitação dispensável, dispensada e inexigível.

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5.1. Licitação Dispensada

As situações em que temos a licitação dispensada estão estipuladas no artigo 17 da Lei n.


8.666/1993. São casos bem específicos e que estão relacionados, basicamente, com órgãos
da administração pública.

A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devi-


damente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
Quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e en-
tidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá
de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes
casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de
qualquer esfera de governo;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permis-
são de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no
âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvi-
dos por órgãos ou entidades da administração pública;
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro
de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja compe-
tência legal inclua-se tal atribuição;
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permis-
são de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos
e cinquenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da
União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1º do art. 6º da Lei no 11.952,
de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e
Quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes
casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua
oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de aliena-
ção;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;

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e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Públi-


ca, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública,
sem utilização previsível por quem deles dispõe.

As situações de licitação dispensada são exceções à regra da necessidade de licitação


quando da alienação de bens móveis e imóveis pertencentes ao Poder Público.
Quando a alienação envolver bens móveis, deve haver a avaliação prévia (que é realizada
pela administração) e, como regra, ser realizada a licitação. Como exceção, temos as situa-
ções em que não poderá ocorrer o procedimento licitatório.

Quando a alienação envolver bens imóveis, dependerá de avaliação prévia e da realização


de licitação na modalidade concorrência. Além disso, quando os bens forem pertencentes
à administração direta ou de autarquias e fundações públicas, deverá haver a autorização
legislativa. A necessidade de licitação, em caráter de exceção, poderá ser dispensada em di-
versas oportunidades.

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Nas hipóteses caracterizadas como exceção ao dever de licitar, estaremos diante da licita-
ção dispensada, de forma que o Poder Público não poderá realizar o procedimento licitatório.

5.2. Licitação Inexigível


Casos de inexigibilidade são situações onde não há a viabilidade para a competição, não
restando alternativa para a administração que não seja a contratação direta.
São apenas três as situações apresentadas, conforme previsão do artigo 25 da Lei n.
8.666/1993. No entanto, as situações expressas na mencionada lei trata-se de uma lista me-
ramente exemplificativa, de forma que outras situações em que restar configurada a inviabili-
dade de competição também serão objeto de contratação direta com base na inexigibilidade.
Vejamos as situações previstas na lei das licitações:

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por pro-
dutor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação;
III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre-
sário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Os serviços técnicos relacionados no mencionado artigo 13 são os relativos a:

I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;


II – pareceres, perícias e avaliações em geral;
III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

Em todas as três situações apresentadas, duas características se fazem presentes: a ex-


clusividade do prestador de serviço e a notória especialização da atividade ou do profissional
selecionado.

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Questão 5 (CEBRASPE/CESPE/AUXJ/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2020) A legislação prevê a inexi-


gibilidade de licitação em caso de
a) coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos recicláveis.
b) impossibilidade jurídica de competição entre os participantes.
c) compra de peças ou componentes durante o período de garantia.
d) compra de navios, embarcações e aeronaves.
e) compra de materiais de uso pelas Forças Armadas.

Letra b.
Situações de licitação inexigível são aquelas em que não há a possibilidade jurídica de com-
petição. Consequentemente, apenas a Letra B elenca uma situação que fundamenta a inexi-
gibilidade do procedimento licitatório.

Questão 6 (CEBRASPE/CESPE/AAP/PGE-PE/CALCULISTA/2019) Com relação a licitações e


contratos administrativos e às disposições da Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item
que se segue.
Configura hipótese de dispensa de licitação a contratação de profissional de qualquer setor
artístico, diretamente ou por intermédio de empresário exclusivo, desde que o profissional
seja consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

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Errado.
A situação não é caso de licitação inexigível, e não de dispensa de licitação. Nas licitações
inexigíveis, o que ocorre é a impossibilidade jurídica de competição, ensejando a impossibili-
dade da Administração Pública realizar o procedimento licitatório.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre-
sário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

5.3. Licitação Dispensável


As hipóteses de licitação dispensável, ainda que tenham aumentado consideravelmente
após a edição da Lei n. 8.666/1993, constam de uma lista exaustiva, que está expressa no
artigo 24 da norma em questão, de seguinte teor:

Art. 24. É dispensável a licitação:


I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea
“a”, do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou servi-
ço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
conjunta e concomitantemente;

Nesta situação, estaremos diante de obras e serviços de engenharia com valor global até
R$ 33.000,00.

II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea
“a”, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não
se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser
realizada de uma só vez;

No mesmo sentido, poderão ser contratados por meio de licitação dispensável as com-
pras e demais serviços com valor até R$ 17.600,00.

III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;


IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendi-
mento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,

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serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens neces-
sários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e ser-
viços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos;
V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser
repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabe-
lecidas;
VI – quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o
abastecimento;
VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos pra-
ticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais com-
petentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação,
será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do
registro de preços, ou dos serviços;
VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou servi-
ços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado
para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado;
IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabe-
lecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da
administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde
que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de resci-
são contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mes-
mas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário
para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no
preço do dia;
XIII – na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pes-
quisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação
social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não
tenha fins lucrativos;
XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico apro-
vado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas
para o Poder Público;
XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certi-
ficada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administra-
ção, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa
jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública,
criados para esse fim específico

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XVII – para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários


à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original
desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da
garantia;
XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações,
unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta
duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimenta-
ção operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a
normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na
alínea “a” do inciso II do art. 23 desta Lei: (Até R$ 176 mil)
XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso
pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela
estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão
instituída por decreto;
XX – na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de
comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de
serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado.
XXI – para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no
caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea “b”
do inciso I do caput do art. 23;
XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com con-
cessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica;
XXIII – na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas
subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de ser-
viços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qua-
lificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato
de gestão.
XXV – na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica – ICT ou por agência de fo-
mento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração
de criação protegida.
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua
administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do
autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação.
XXVII – na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associa-
ções ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas
pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatí-
veis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam,
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão
especialmente designada pela autoridade máxima do órgão.

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XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das
Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente jus-
tificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante
da Força.
XXX – na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrati-
vos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa
Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária,
instituído por lei federal.
XXXI – nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no
10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes.
XXXII – na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para
o Sistema Único de Saúde – SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme
elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos
durante as etapas de absorção tecnológica.
XXXIII – na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação de cister-
nas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de alimen-
tos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água.
XXXIV – para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos
para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha
por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação em projetos
de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à
inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução desses projetos,
ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Siste-
ma Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para
esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja com-
patível com o praticado no mercado.
XXXV – para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabelecimentos penais,
desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança pública.

Nas situações de licitação dispensável, a  administração pode escolher entre realizar a


licitação ou contratar diretamente com o particular. Desta forma, a  licitação dispensável,
ao contrário do que ocorre com as situações de licitação dispensada e inexigível, trata-se de
um ato discricionário.
As principais características das três hipóteses de dispensa podem ser resumidas no
quadro a seguir:

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Licitação Inexigível Licitação Dispensável Licitação Dispensada


Ocorre quando a licitação é juridi- Licitação é possível, mas a lei Licitação é impossibilitada,
camente impossível. faculta à administração escolher devendo a administração contratar
entre licitar ou contratar direta- diretamente.
mente.
Situações exemplificativas. Situações taxativas. Situações taxativas.
Motivação obrigatória. Motivação obrigatória. Motivação obrigatória.
Ato vinculado. Ato discricionário. Ato vinculado.

Questão 7 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020) Acerca de dispensa e


inexigibilidade de licitação, julgue o item que se segue à luz da Lei n.º 8.666/1993.
No processo licitatório, as hipóteses de dispensa possibilitam a competição, o que não ocorre
com as hipóteses de inexigibilidade, que inviabilizam a competição.

Certo.

Na licitação dispensável, a Administração Pública pode escolher entre realizar ou não o pro-
cedimento. Logo, há a possibilidade de competição.
Na licitação inexigível, em razão da inviabilidade jurídica de competição, o procedimento lici-
tatório não poderá ser realizado.

6. Etapas da Licitação
Ainda que a Lei n. 8.666/1993 não mencione expressamente quais são as etapas do pro-
cedimento licitatório, conseguimos identificar, pela leitura de seus artigos, cada uma das eta-
pas que compõem o procedimento.
Importante frisar que nem todas as modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993
apresentam o mesmo número de etapas. E isso decorre de um critério bastante lógico, uma

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vez que, se todas as etapas fossem as mesmas em todas as modalidades, não teríamos razão
para a previsão legal de diversas modalidades licitatórias.
Tratam-se as etapas da licitação, desta forma, de uma maneira de diferenciar o proce-
dimento a ser seguido no âmbito de cada modalidade. Neste sentido, pode-se afirmar que a
ideia do legislador, ao estabelecer várias modalidades de licitação, foi a de simplificar o pro-
cesso em determinados casos e torná-lo mais complexo em outras situações.
Prova disso é que a concorrência, modalidade de licitação mais complexa dentre as exis-
tentes na Lei 8666, é a que apresenta todas as etapas aqui estudadas. Para efeitos de prova,
as  bancas não fazem menção, quando exigem uma questão sobre as etapas da licitação,
acerca de qual modalidade está sendo utilizada, bastando que o candidato memorize as ca-
racterísticas de cada uma das etapas.
Importante diferenciarmos as etapas da licitação das fases do procedimento. Enquanto
as fases são divididas em interna e externa, as etapas são os atos que, reunidos, compõem
todo o procedimento licitatório.

6.1. Fase Interna


A fase interna pode ser conceituada como todas as medidas e atos praticados pela admi-
nistração antes da publicação do edital. Por isso mesmo, pode-se dizer que a fase interna da
licitação termina quando ocorre a publicação do edital.
A Lei n. 8.666/1993 menciona, em seu artigo 38, a fase interna da licitação:

O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente


autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu
objeto e do recurso próprio para a despesa (...)

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Como exemplos de atos que compõem a fase interna da licitação, temos a verificação
orçamentária dos recursos necessários para a contratação, a escolha da melhor modalidade
a ser utilizada, a elaboração do edital, a designação dos membros que irão compor a comis-
são de licitação e a descrição do objeto a ser licitado, dos prazos e condições de pagamento
e dos requisitos necessários para que os particulares interessados possam vir a apresentar
propostas.
Observa-se, assim, que todos os atos possuem em comum a característica de serem pra-
ticados em momento anterior à publicação do edital.

6.2. Fase Externa

Com a publicação do edital, os particulares tomam conhecimento da intenção do Poder


Público em contratar algum bem ou serviço. Trata-se a publicidade de condição necessária
para que o instrumento convocatório possa produzir todos os efeitos perante terceiros.
No entanto, nem todas as modalidades apresentam, propriamente, um edital. Nas lici-
tações realizadas por meio da modalidade convite, conforme anteriormente demonstrado,
teremos o instrumento convocatório por meio de uma carta-convite, que não precisará ser
publicada na imprensa oficial, mas sim apenas afixada no recinto da repartição. Ainda assim,
conforme já demonstrado, a publicidade será cumprida.

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6.2.1. Abertura

A abertura de todo o procedimento de licitação ocorre com a publicação do edital. Antes


do edital, todas as deliberações da administração acerca da necessidade de licitar são toma-
das internamente. Com a publicação do edital, todas as pessoas passam a ter conhecimento
de que aquela repartição pública está querendo licitar.
Costuma-se mencionar que o edital é a lei entre as pessoas que dele participam, ficando
a administração pública obrigada a seguir todas as normas nele previstas, em plena conso-
nância com o princípio da vinculação ao instrumento convocatório.
Desta forma, uma série de informações deve, obrigatoriamente, estar presente dos editais
de licitação, sendo elas (art. 40):

I – objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;


II – prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, para execução do
contrato e para entrega do objeto da licitação;
III – sanções para o caso de inadimplemento;
IV – local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;
V – se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde
possa ser examinado e adquirido;
VI – condições para participação na licitação e forma de apresentação das propostas;
VII – critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;
VIII – locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão
fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para
atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;
IX – condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de
licitações internacionais;
X – o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação
de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de va-
riação em relação a preços de referência;
XI – critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a
adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta,
ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;
XIII – limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que
serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;
XIV – condições de pagamento;
XV – instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei;
XVI – condições de recebimento do objeto da licitação;
XVII – outras indicações específicas ou peculiares da licitação.

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A lei das licitações confere a qualquer cidadão a possibilidade de impugnar as normas


contidas no edital de licitação. Para tal, a impugnação deverá ser feita dentro do prazo de 5
dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação.
Feito isso, dispõe a administração do prazo de 3 dias úteis para julgar e responder à im-
pugnação.

6.2.2. Habilitação

A fase da habilitação é aquela onde a administração verifica a documentação e demais


requisitos dos licitantes, sendo feita, em regra, antes da análise das propostas. Com a habi-
litação preliminar, o Poder Público realiza o controle de toda a documentação apresentada
pelos particulares. Em caso de irregularidade, será o licitante inabilitado e impossibilitado de
participar da licitação.
Desta forma, a fase da habilitação existe justamente para evitar que um possível vencedor
da licitação estivesse impedido de assinar o contrato administrativo em virtude de alguma
irregularidade encontrada após o resultado da licitação.

Exemplo: no decorrer de uma licitação, cinco licitantes apresentam suas propostas. Como
forma de controle, a administração procede, inicialmente, à verificação de toda a documenta-
ção apresentada pelos cinco particulares.
Caso encontre alguma irregularidade, deverá declarar a exclusão do respectivo particular,
sendo que a sua proposta sequer será conhecida.

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Assim, a habilitação prévia é condição necessária para o conhecimento da proposta apresen-


tada pelo respectivo licitante.

Não há como negar, no entanto, que a fase da habilitação preliminar, ainda que represente
um importante meio de controle, acabada tendo como consequência a morosidade de todo
o procedimento. Como forma de conferir maior celeridade à tramitação das licitações, veio à
tona uma nova modalidade licitatória, denominada pregão e destinada à aquisição de bens e
serviços comuns.
No pregão, uma das principais características é a inversão das fases da licitação, de for-
ma que a administração apenas verifica os requisitos de habilitação com relação ao licitante
vencedor. Caso o mesmo seja inabilitado, passa-se à análise do licitante que apresentou a
segunda mais bem proposta, e assim por diante até que se encontre uma proposta que aten-
da aos requisitos de habilitação.
Nas demais modalidades, no entanto, a regra continua sendo a mesma, ou seja, a habili-
tação prévia dos licitantes.

6.2.3. Classificação e Julgamento


Publicado o edital e estando os licitantes com a documentação em situação regular, é hora
de a administração abrir os envelopes e verificar a melhor proposta.
Tal procedimento é realizado, em regra, por uma comissão de licitação instituída para
coordenar todos os trabalhos referentes ao procedimento. A exceção fica por conta da moda-
lidade convite, nas pequenas unidades administrativas, onde a comissão, devido à exiguidade
de pessoal, poderá ser substituída por um único servidor.
Cumpre informar que a comissão de licitação deverá pautar sua escolhe em critérios ob-
jetivos. Portanto, qualquer questão de prova que mencione que a julgamento da licitação po-
derá se pautar em critérios subjetivos deverá sem considerada errada.
E isso vale até mesmo para a modalidade concurso, onde o objetivo da licitação é esco-
lher um trabalho técnico, artístico ou científico. Mesmo nestes casos, a escolha do trabalho
vencedor será pautada em critérios objetivos, que, em virtude do princípio da vinculação ao
instrumento convocatório, deverá estar previsto no respectivo edital.

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Como o julgamento sempre deve ser objetivo, a Lei n. 8.666/1993 estabelece os critérios
que serão adotados em caso de empate entre duas ou mais propostas. Neste sentido, deve-
-se fazer uso do artigo 3º, §2º, da mencionada lei, que assim dispõe:

Art. 3º, § 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços:
II – produzidos no País;
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País.
V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que aten-
dam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

Questão 8 (CEBRASPE/CESPE/AJ/TJ-PA/ADMINISTRAÇÃO/2020) Um órgão da adminis-


tração pública lançou edital para adquirir determinado produto de segurança eletrônica. Par-
ticiparam do certame as empresas brasileiras A, B e C, as quais ofertaram, pelo mesmo preço,
produtos distintos que atendiam igualmente às exigências do projeto básico.

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A empresa A diferencia-se das demais por ter capital nacional e por importar seu produto da
China, onde o custo de produção é menor, comparado ao do Brasil.
A empresa B diferencia-se das demais por comprovar o cumprimento de reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da previdência social e por
atender às regras de acessibilidade previstas na legislação brasileira.
A empresa C diferencia-se das demais por produzir seu produto no Brasil e por investir em
pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no Brasil.
Considerando essa situação, assinale a opção que apresenta, respectivamente, a  empresa
que faz jus à preferência na licitação e o critério de desempate primário que justifica tal pre-
ferência nesse caso, conforme a Lei n.º 8.666/1993 e suas alterações.
a) empresa A — empresa brasileira de capital nacional
b) empresa A — menor custo de produção
c) empresa B — obediência à legislação de acessibilidade
d) empresa C — produto produzido no Brasil
e) empresa C — investimento no desenvolvimento de tecnologia

Letra d.
O primeiro critério de desempate estabelecido no texto da Lei das Licitações é o dos bens e
serviços produzidos no País. Consequentemente, a empresa C, por ter um produto produzido
no Brasil, será a vencedora do procedimento.

Art. 3º, § 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços:
II – produzidos no País;
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País.
V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que aten-
dam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

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Licitação Deserta

A licitação deserta, como próprio nome sugere, ocorre nas situações em que não apare-
cem interessados em participar da licitação. A administração publica o edital e cumpre todas
as formalidades exigidas pela lei, mas não aparecem licitantes com interesse em contratar
com a respectiva repartição.
Nesta situação, poderá a administração considerar a licitação dispensável e contratar
diretamente com o fornecedor, motivando o respectivo ato de dispensa com a informação de
que não apareceram interessados na licitação anteriormente realizada.
Por isso mesmo é que uma das hipóteses de licitação dispensável é justamente na situa-
ção de termos licitação deserta (art. 24, V):

Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repe-
tida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas.

Exemplo: a administração publica edital de licitação que possui como objeto a contratação de
equipamentos de informática. Cumpridas todas as formalidades, nenhum particular apresen-
tou proposta junto à repartição.
Caso o Poder Público verifique que a realização de uma nova licitação poderá trazer prejuízos
aos cofres públicos, deverá motivar o ato administrativo e dispensar a realização de um novo
procedimento, podendo, desta forma, contratar diretamente com outro fornecedor.

Licitação Fracassada

Já a licitação fracassada resta configurada quando aparecem interessados em contratar com


a administração, no entanto, as propostas apresentadas estão em desacordo com as normas do
edital ou todos os licitantes foram inabilitados por não atenderem às regras de habilitação.
Nestas situações, aplica-se o artigo 48, § 3º, da Lei n. 8.666/1993:

Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a ad-
ministração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova do-
cumentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no
caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.

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Exemplo: a administração publica edital de licitação com a finalidade de contratar diversos


materiais de expediente. No edital que regula o certame, o Poder Público estabelece um valor
máximo a ser pago aos particulares pelo fornecimento dos materiais.
Cinco são os licitantes que apresentam propostas. No momento de verificação dos requisitos
de habilitação, três deles são desclassificados por não atenderem aos requisitos previstos no
edital.
Dos licitantes restantes, as propostas apresentadas por ambos estão acima do valor previsto
no edital.
Em ambas as situações, estaremos diante de uma licitação fracassada, ou seja, que mesmo
tendo interessados em contratar com o Poder Público, não pode ser concretizada.
Neste caso, a administração poderá abrir o prazo de 8 dias para que os licitantes sanem as
irregularidades apresentadas. Em caso de convite, o prazo poderá ser de 3 dias.

Para não restar dúvidas entre a licitação deserta e a licitação fracassada:

6.2.4. Homologação e Adjudicação

Escolhida a proposta mais vantajosa para a administração pública, tem-se que os traba-
lhos da comissão de licitação estão encerrados.

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Com isso, a respectiva comissão encaminha todo o processo e documentação pertinente


para a autoridade competente, que irá homologar o procedimento de licitação (atestando que
não houve irregularidades nos trabalhos da comissão e que todas as normas legais foram
respeitadas) e adjudicar o objeto da licitação ao detentor da proposta classificada em primei-
ro lugar.
A adjudicação, desta forma, é o último ato do procedimento de licitação.
No entanto, como mencionado, a adjudicação não é garantia de que a administração irá
contratar com o respectivo vencedor. Representa apenas uma garantia para o detentor da
melhor proposta, de forma que, caso a administração resolva contratar ou adquirir o objeto da
licitação, obrigatoriamente deverá fazê-lo com o licitante que apresentou a melhor proposta.

7. Anulação e Revogação

Os conceitos de anulação e revogação em muito se assemelham aos utilizados quando


do estudo dos atos administrativos. Desta forma, teremos anulação quando o processo licita-
tório apresentar alguma ilegalidade e revogação quando o Poder Público verificar, por razões
de conveniência e oportunidade, que o procedimento deve ser retirado do mundo jurídico.
Na anulação, teremos um ato vinculado da administração, que, ao se deparar com uma
situação ilegal, deve, obrigatoriamente, anular todo o procedimento. Na revogação, estaremos
diante de um ato facultativo, que, por isso mesmo, pode ou não ser realizado, observando-se,
nesta decisão, o interesse da administração.
A anulação caracteriza-se por possuir efeitos retroativos, de forma que tudo aquilo que
foi produzido (com a ressalva dos terceiros de boa-fé) deve ser retirado do universo jurídico.

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Possui a anulação, dessa forma, efeitos ex tunc. A revogação, por sua vez, opera de forma
prospectiva, sendo que os efeitos já produzidos continuarão em vigor. Por isso mesmo, men-
ciona-se que tal forma de desfazimento possui eficácia ex nunc.
No âmbito das licitações, os conceitos de anulação e de revogação encontram respaldo
no artigo 49 da Lei n. 8.666/1993:
A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar
a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente
comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ile-
galidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente
fundamentado.
Como a consequência do procedimento licitatório é a celebração de um contrato admi-
nistrativo, a  eventual anulação da licitação acarretará, como consequência, a  anulação do
contrato dela decorrente.
No que se refere à revogação, a particularidade trazida pela Lei n. 8.666/1993 é no sentido
de haver necessidade, para a utilização desta forma de desfazimento, do interesse público
decorrente de fato superveniente devidamente comprovado. Tal característica ganha impor-
tância na medida em que permite a distinção entre a utilização da revogação no âmbito das
licitações daquela utilizada nos atos administrativos.

Exemplo: a administração municipal instaura procedimento licitatório com a finalidade de


adquirir equipamentos ergonômicos para a utilização de seus servidores.
Em momento posterior, tal ente verifica que, devido a cortes nos repasses públicos, deixará de
receber um percentual significativo em comparação com o ano anterior, de forma que a via-
bilidade financeira do município estará prejudicada caso ocorra a contratação de tais bens.
Consequentemente, em razão do interesse público, a administração revoga o procedimento
licitatório.

Nota-se, assim, que a revogação da licitação apenas será possível quando estivermos
diante de um fato superveniente (ocorrido em momento posterior) devidamente comprovado.
Tanto a anulação quanto a revogação geram o direito, para o particular, da utilização das
garantias do contraditório e da ampla defesa. No entanto, os tribunais superiores possuem

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entendimento consolidado no sentido de que a revogação, quando ocorrida antes da adjudi-


cação do bem licitado, não gera o direito ao contraditório e à ampla defesa ao particular.
Nestas situações, de acordo com os tribunais superiores, o procedimento licitatório ainda
está em curso, podendo, por isso mesmo, ser revogado pelo Poder Público, uma vez que não
gerou direito adquirido para os seus participantes.
De acordo com este entendimento, merece destaque a decisão do STJ no âmbito 7017-DF:

Revogação de licitação em andamento com base em interesse público devidamente jus-


tificado não exige o cumprimento do §3º, do art. 49, da Lei n. 8.666/1993/93. Só há apli-
cabilidade do §3º, do art. 49, da Lei n. 8.666/1993/93, quando o procedimento licitatório,
por ter sido concluído, gerou direitos subjetivos ao licitante vencedor (adjudicação e con-
trato) ou em casos de revogação ou de anulação onde o licitante seja apontado, de modo
direto ou indireto, como tendo dado causa ao proceder o desfazimento do certame.

Caso, no entanto, a licitação já esteja concluída, o entendimento majoritário é de a revo-


gação sempre dará direito às garantias do contraditório e da ampla defesa.

Importante destacar que tanto a revogação quanto a anulação estão dentre as situações
em que será possível a interposição de recurso administrativo por parte dos particulares
atingidos.

Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:


I – recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata,
nos casos de:
a) habilitação ou inabilitação do licitante;
b) julgamento das propostas;

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c) anulação ou revogação da licitação;


d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei;
f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa;
II – representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o
objeto da licitação ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;
III – pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de Estado, ou Secretário Estadual ou Muni-
cipal, conforme o caso, na hipótese do § 4º do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis da
intimação do ato.

8. Pregão
Inicialmente, a modalidade pregão era utilizada apenas pelas agências reguladoras. Pos-
teriormente – e devido à grande celeridade que esta nova modalidade apresentou – o pregão
foi estendido para toda a administração pública.
Atualmente, temos que o pregão é obrigatório na aquisição de bens e serviços comuns
no âmbito da União, mas facultativo na utilização desses mesmos bens e serviços quando
estamos diante dos demais entes federativos.
Ainda que a administração faça uso da modalidade pregão, cumpre salientar que, subsi-
diariamente, as disposições da Lei n. 8.666/1993 continuam sendo aplicadas para as aquisi-
ções decorrentes dessa nova modalidade.
As regras previstas para tal modalidade licitatória encontram amparo na Lei 10.520, sen-
do que três são as características do pregão que merecem destaque: a) aquisição de bens e
serviços comuns; b) inversão das fases da licitação; c) divisão da fase do julgamento.

8.1. Aquisição de Bens e Serviços Comuns


De acordo com o artigo XX da Lei 10.520, encontramos a finalidade do pregão, que, con-
forme se observa o de adquirir bens e serviços comuns.

Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pre-
gão, que será regida por esta Lei.

Os bens e serviços comuns podem ser conceituados como todos aqueles cujos padrões
de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no edital, tais como a aqui-
sição de materiais de expediente ou de serviços de manutenção de computadores.

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Em todas estas situações, verifica-se que os bens podem facilmente ser mensurados com
base nos dados do mercado. Com isso, os padrões de desempenho e a qualidade dos bens
podem ser definidos de forma objetiva no edital, facilitando a compreensão por parte dos in-
teressados em participar da modalidade.

Questão 9 (CEBRASPE/CESPE/AJ/TJ-PA/DIREITO/2020) Para aquisição de bens e servi-


ços comuns, isto é, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetiva-
mente definidos por edital, mediante especificações usuais no mercado, a licitação
a) é dispensável.
b) pode ser feita na modalidade de pregão.
c) deve ser feita na modalidade de convite.
d) pode ser feita na modalidade de leilão.
e) deve ser feita na modalidade de tomada de preços.

Letra b.
Para a aquisição de bens e serviços comuns, a licitação poderá ser realizada por meio do pre-
gão. Caso a licitação seja realizada no âmbito da União, o pregão será obrigatório.

8.2. Inversão das Fases da Licitação

Como estudamos nas demais modalidades de licitação (previstas na Lei n. 8.666/1993),


a licitação é um procedimento composto por diversas etapas ou fases, sendo que, para tais
modalidades, temos primeiramente a habilitação de todos os participantes (o que implica na
conferência da documentação) para só então partirmos para a fase das propostas.
Percebe-se, assim, que diversos são os licitantes que possuem seus documentos confe-
ridos, mas apenas um deles é o vencedor.

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Para resolver tal morosidade, a Lei 10.520, ao estipular as regras pertinentes ao pregão,
tratou de colocar como uma de suas principais características a inversão das fases da lici-
tação, de forma que apenas será conferida a documentação do licitante que efetivamente
vencer a licitação.
Caso o licitante vencedor não apresente a documentação legal exigível (ou caso possua
a mesma em situação irregular), o pregoeiro analisará a documentação do licitante detentor
da segunda mais bem proposta, e assim sucessivamente até encontrar um licitante com a
documentação regular.
Tal procedimento foi um grande avanço e deixou as licitações muito mais céleres e dinâmicas.

Exemplo: em uma licitação com base nas modalidades da Lei n. 8.666/1993, apenas será
verificada a proposta dos licitantes que estiverem com todas as habilitações em dia. Assim,
em um procedimento licitatório com 100 empresas, deverá ser conferida a documentação de
todas elas antes da abertura dos envelopes.
No pregão, caso estas mesmas 100 empresas estejam participando, elas primeiro participam
da fase das propostas, oportunidade em que uma delas será considerada vencedora. Pos-
teriormente é feita a conferência da documentação, que, ao contrário do método tradicional,
apenas recairá no licitante detentor da melhor proposta.
Caso ele não esteja com a documentação regular, passa-se, só então, à análise da documen-
tação do segundo colocado, e assim por diante.

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8.3. Divisão da Fase de Julgamento


O julgamento das propostas apresentadas, no pregão, pode ser dividido em duas fases.
Recebidos os envelopes dos interessados em participar da licitação, o pregoeiro irá abrir to-
dos os que forrem relativos às propostas, classificando-os por ordem de menor preço (1ª Fase).
Em seguida, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10%
(dez por cento) superior àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a pro-
clamação do vencedor (2ª Fase).

Exemplo: no âmbito de um pregão, a empresa Alfa apresentou uma proposta de R$ 100.000,00;


a empresa Beta, uma proposta de R$ 105.000,00; a empresa Delta, uma proposta de R$
109.000,00 e a empresa Ômega uma proposta de R$ 112.000,00.
Neste caso, a empresa que apresentou a melhor oferta (Alfa, com R$ 100.000,00) e as que
apresentaram propostas até 10% superior à proposta de alfa (as demais, com exceção de
Ômega) terão direito a apresentar novos lances, verbais e sucessivos, até que se chegue efe-
tivamente ao menor preço.

Neste sentido, duas das principais características da modalidade pregão são levadas em
consideração.
Em primeiro lugar, ao contrário do que ocorre com a maioria das modalidades licitatórias
previstas na Lei n. 8.666/1993, o pregão não possui um limite de valor, de forma que os bens
e serviços, desde que sejam comuns, poderão ser licitados independentemente do valor.
Da mesma forma, as modalidades previstas na Lei n. 8.666/1993 possuem, como critério
de julgamento, diversos tipos de licitação (melhor técnica, técnica e preço, maior lance ou
menor preço). No pregão, todas as licitações serão realizadas tomando por base, para o seu
julgamento, o critério do menor preço.

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8.4. Fases do Pregão

Duas são as fases ou etapas do procedimento licitatório quando efetuado por meio do
pregão: fase preparatória e fase externa.

8.4.1. Fase Preparatória

A fase preparatória do pregão observará o seguinte:


• a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá o objeto do
certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as san-
ções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos
para fornecimento;
• a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que,
por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição;
• dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso
I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoia-
dos, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação,
dos bens ou serviços a serem licitados; e
• a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade pro-
motora da licitação, o  pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui,
dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade
e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao
licitante vencedor.

8.4.2. Fase Externa

A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará
as seguintes regras:

I – a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em diário oficial
do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e facultativamente, por
meios eletrônicos e conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do
regulamento de que trata o art. 2º;

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II – do aviso constarão a definição do objeto da licitação, a indicação do local, dias e horários em
que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital;
III – do edital constarão todos os elementos definidos na forma do inciso I do art. 3º, as normas que
disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso;
IV – cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à disposição de qualquer pessoa para
consulta e divulgadas na forma da Lei n. 9.755, de 16 de dezembro de 1998;
V – o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não
será inferior a 8 (oito) dias úteis;
VI – no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública para recebimento das propos-
tas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a exis-
tência dos necessários poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os demais
atos inerentes ao certame;
VII – aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão declaração dando ci-
ência de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes conten-
do a indicação do objeto e do preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à verifica-
ção da conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório;
VIII – no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até
10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a pro-
clamação do vencedor;
IX – não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão
os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e su-
cessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;
X – para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, obser-
vados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de
desempenho e qualidade definidos no edital;
XI – examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pre-
goeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;
XII – encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do
invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta,
para verificação do atendimento das condições fixadas no edital;
XIII – a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular perante
a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, e as
Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende às exigên-
cias do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e econômico-financeira;
XIV – os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de habilitação que já constem do
Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e sistemas semelhantes mantidos
por Estados, Distrito Federal ou Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso
aos dados nele constantes;
XV – verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor;
XVI – se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o prego-
eiro examinará as ofertas subsequentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação,
e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante
declarado vencedor;

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XVII – nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar diretamente com
o proponente para que seja obtido preço melhor;
XVIII  – declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a
intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentação das ra-
zões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar contrarrazões
em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes
assegurada vista imediata dos autos;
XIX – o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aprovei-
tamento;
XX – a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a decadência do direito de
recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor;
XXI – decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do objeto da licitação ao
licitante vencedor;
XXII – homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para
assinar o contrato no prazo definido em edital; e
XXIII – se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não cele-
brar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.

8.5. Vedações

Considerando que a ideia do legislador, ao instituir o pregão, foi tentar simplificar ao má-
ximo os procedimentos, nada mais justo do que a lei que regula tal modalidade estabelecer
certas vedações à administração pública contratante.
Desta forma, temos que, de acordo com o artigo XX da Lei 10.520:

É vedada a exigência de:
I – garantia de proposta;
II – aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame; e
III – pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não
serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de
tecnologia da informação, quando for o caso.

Exemplo: no âmbito do pregão, ao contrário do que ocorre com a maioria das modalidades
licitatórias da Lei n. 8.666/1993, é vedada a exigência de garantia de proposta como condição
para participação no procedimento. Assim, se um licitante apresentar uma proposta de R$
100 mil, não terá a obrigação de depositar, como garantia, um percentual deste valor.

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8.6. Prazo de Validade das Propostas


Ainda de acordo com a lei do pregão, temos que a validade das propostas não será su-
perior a 60 dias, exceto se outro prazo estiver previsto no respectivo edital. Neste sentido é a
disposição do artigo 6º da Lei 10.520:

O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital.

Importante frisar que o edital do pregão pode perfeitamente apresentar outro prazo para a
validade das propostas. Caso seja omisso quanto a este aspecto, deve o Poder Público fazer
uso do prazo de 60 dias.
Dentro deste prazo, o licitante que apresentou a melhor proposta, quando intimado pelo
Poder Público, possui a obrigação de firmar o contrato com a administração. Após o mencio-
nado prazo, deixa de valer a validade da proposta, de forma que o licitante não possui mais a
obrigação de celebrar o contrato administrativo.
As principais características do pregão podem ser resumidas no gráfico:

Questão 10 (CESPE/DEL POL/PC-GO/2017) Determinado órgão público pretende dar publi-


cidade a um instrumento convocatório com objetivo de comprar armas de fogo do tipo pis-
tola, de calibre 380, usualmente vendidas no mercado brasileiro. O valor orçado da aquisição
dos produtos é de R$ 700.000.

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Nessa situação, a compra poderá ser efetuada mediante licitação na modalidade


a) tomada de preço do tipo técnica e preço.
b) concorrência do tipo melhor técnica.
c) concorrência do tipo técnica e preço.
d) pregão do tipo menor preço.
e) tomada de preços do tipo menor preço.

Letra d.
O enunciado apresenta a situação em que a Administração Pública está interessada em ad-
quirir bens de uso comum (armas de fogo do tipo pistola, de calibre 380, usualmente vendidas
no mercado brasileiro).
Logo, a modalidade licitatória que deve ser utilizada é o pregão, no qual o tipo de licitação será
sempre o menor preço.

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RESUMO
A licitação pode ser conceituada como o procedimento administrativo mediante o qual a
administração pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse.
O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da promulgação da
Constituição Federal de 1988, o legislador optou por conferir uma regra mais bem detalhada
para as compras e demais aquisições que envolvessem recursos públicos, possibilitando, as-
sim, que houvesse um maior controle por parte de toda a sociedade e dos próprios Tribunais
de Contas.
Assim, a regra é a realização de licitação para todas as compras e aquisições do Poder
Público, sendo exceções as situações de licitação dispensável, dispensada e inexigível.
A licitação dispensável ocorre quando a administração, desejando adquirir bens ou servi-
ços, pode escolher entre realizar o procedimento ou contratar diretamente com os particula-
res. Para tal, as situações devem estar previamente estabelecidas em lei.
A licitação inexigível, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de com-
petição, de forma que a realização de licitação se encontra seriamente prejudicada. Em tais
situações, a  única alternativa cabível para o Poder Público é a contratação direta com os
particulares.
Por fim, temos as situações de licitação dispensada, decorrentes de institutos específicos
e relacionados com repartições públicas. Nestas situações, a  administração, assim como
ocorre nas hipóteses de licitação inexigível, está impedida de realizar o procedimento.
O dever de licitar deve ser observado por toda a administração pública, seja ela direta ou
indireta, de todos os entes federativos.
São as seguintes as pessoas jurídicas que estão desobrigadas da regra constitucional
de licitar: a) empresas privadas; b) organizações sociais e organizações da sociedade civil do
interesse público; c) concessionárias e permissionárias de serviço público.
No âmbito dos conselhos profissionais, vigora a regra da obrigatoriedade da realização
de licitação, com a ressalva da OAB, que, na visão do STF, é uma instituição sui generis, não
integrando a administração pública.

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Estão Obrigadas a Licitar Não estão Obrigadas a Licitar


Toda a administração direta. Empresas privadas.
Todas as entidades da administração indireta Concessionárias e permissionárias de serviço
(autarquias, empresas públicas, sociedades de eco- público.
nomia mista e fundações).
Conselhos de classe (espécie de autarquia). Ordem dos advogados do Brasil (OAB).
Entidades do terceiro setor (quando estiverem Entidades do terceiro setor (quando não estiverem
utilizando recursos públicos). utilizando recursos públicos).

As modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993 são cinco, sendo elas: concor-
rência, tomada de preço, convite, concurso e leilão.
Com relação à concorrência, tomada de preços e convite, estas restrições incluem valores
máximos a serem observados por modalidade, conforme se observa da tabela:

Modalidade Obras e Serviços de Engenharia Compras e demais Serviços


Convite Até R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Mais que R$ 3.300.000,00 Mais que R$ 1.430.000,00

As modalidades previstas na Lei n. 8.666/1993 devem observar um limite mínimo entre a


data da publicação do edital e a data do recebimento das propostas.

Tempo mínimo entre a publicação


do edital e o recebimento das Modalidade Modalidade
propostas
45 dias Concurso Concorrência, quando for adotado
o regime de empreitada integral ou
quando a licitação for do tipo melhor
técnica ou técnica e preço.
30 dias Concorrência, nos Tomada de preço, quando a
demais casos. licitação for do tipo melhor técnica ou
técnica e preço.
15 dias Tomada de preço, nas Leilão
demais situações.
5 dias úteis Convite

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A lei das licitações define concorrência como a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos
mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastra-
dos ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade admi-
nistrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estende-
rá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse
com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou pe-
nhorados, ou para a alienação de bens imóveis adquiridos por meio de dação em paga-
mento ou procedimento judicial, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor
da avaliação.
Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de tra-
balho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com ante-
cedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
As principais características das três hipóteses de dispensa podem ser resumidas no
quadro a seguir:

Licitação inexigível Licitação dispensável Licitação dispensada


Ocorre quando a licitação é juridi- Licitação é possível, mas a lei Licitação é impossibilitada,
camente impossível. faculta à administração escolher devendo a administração contratar
entre licitar ou contratar direta- diretamente.
mente.
Situações exemplificativas. Situações taxativas. Situações taxativas.
Motivação obrigatória. Motivação obrigatória. Motivação obrigatória.
Ato vinculado. Ato discricionário. Ato vinculado.

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A licitação pode ser dividida em duas fases, sendo elas interna ou externa.
A fase interna pode ser conceituada como todas as medidas e atos praticados pela admi-
nistração antes da publicação do edital. Por isso mesmo, pode-se dizer que a fase interna da
licitação termina quando ocorre a publicação do edital.
Com a publicação do edital, os particulares tomam conhecimento da intenção do Poder
Público em contratar algum bem ou serviço. Trata-se a publicidade de condição necessária
para que o instrumento convocatório possa produzir todos os efeitos perante terceiros.
A abertura de todo o procedimento de licitação ocorre com a publicação do edital. Antes
do edital, todas as deliberações da administração acerca da necessidade de licitar são toma-
das internamente
A fase da habilitação é aquela onde a administração verifica a documentação e demais
requisitos dos licitantes, sendo feita, em regra, antes da análise das propostas.
Publicado o edital e estando os licitantes com a documentação em situação regular, é hora
de a administração abrir os envelopes e verificar a melhor proposta. Tal procedimento é rea-
lizado, em regra, por uma comissão de licitação instituída para coordenar todos os trabalhos
referentes ao procedimento. A exceção fica por conta da modalidade convite, nas pequenas
unidades administrativas, onde a comissão, devido à exiguidade de pessoal, poderá ser subs-
tituída por um único servidor.
A licitação deserta, como próprio nome sugere, ocorre nas situações em que não apare-
cem interessados em participar da licitação. A administração publica o edital e cumpre todas
as formalidades exigidas pela lei, mas não aparecem licitantes com interesse em contratar
com a respectiva repartição.
Já a licitação fracassada resta configurada quando aparecem interessados em contratar
com a administração, no entanto, as  propostas apresentadas estão em desacordo com as
normas do edital ou todos os licitantes foram inabilitados por não atenderem às regras de
habilitação.
Escolhida a proposta mais vantajosa para a administração pública, tem-se que os traba-
lhos da comissão de licitação estão encerrados. Com isso, a respectiva comissão encaminha
todo o processo e documentação pertinente para a autoridade competente, que irá homologar

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DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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o procedimento de licitação (atestando que não houve irregularidades nos trabalhos da co-
missão e que todas as normas legais foram respeitadas) e adjudicar o objeto da licitação ao
detentor da proposta classificada em primeiro lugar.
A adjudicação, desta forma, é o último ato do procedimento de licitação.
Inicialmente, a modalidade pregão era utilizada apenas pelas agências reguladoras. Pos-
teriormente, devido à grande celeridade que esta nova modalidade apresentou, o pregão foi
estendido para toda a administração pública.
Atualmente, o pregão é utilizado para as aquisições de bens e serviços comuns, sendo
obrigatório para as contratações da União e facultativo para os demais entes federativos.
São características do pregão a divisão da fase de julgamento e a inversão das fases da
licitação.
No pregão, é vedada a exigência de: a) garantia de proposta; b) aquisição do edital pelos
licitantes, como condição para participação no certame; e c) pagamento de taxas e emolu-
mentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não serão superiores ao custo de
sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de tecnologia da informação,
quando for o caso.
No pregão, o prazo de validade das propostas será de 60 dias, se outro não for fixado no
edital.

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MAPAS MENTAIS
Procedimento administrativo mediante o qual a administração pública
seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse
Observância da
Pautada prioritariamente nos princípios da isonomia
impessoalidade e da isonomia

Seleção da proposta
Possui as seguintes finalidades
mais vantajosa

Julgamento das propostas deve ocorrer de forma objetiva Promoção do


desenvolvimento
nacional sustentável

Licitações
públicas 1º) Bens e serviços produzidos no País

2º) Bens e serviços produzidos ou prestados por empresas


Em caso de empate
brasileiras
entre duas ou mais
propostas, devem ser
utilizados os
3º) Bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no
seguintes critérios
desenvolvimento de tecnologia no País

4º) Bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento
de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação

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Concurso 45 dias

Quando for adotado o regime de empreitada


integral ou quando a licitação for do tipo melhor 45 dias
técnica ou técnica e preço
Concorrência

Nas demais situações 30 dias

Tempo mínimo
entre a publicação
Quando a licitação for do tipo melhor técnica
do edital e o 30 dias
ou técnica e preço
recebimento das
propostas Tomada de preços

Nos demais casos 15 dias

Convite 5 dias úteis

Leilão 15 dias

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Hipóteses taxativamente previstas
Licitação
dispensável

A administração pública pode escolher entre


realizar ou não o procedimento

Hipóteses taxativamente previstas

Dispensa de Licitação
licitação dispensada

Licitação é vedada

Hipóteses exemplificativamente previstas

Licitação
inexigível
Licitação não pode ser realizada em razão da
impossibilidade jurídica de competição

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ENGENHARIA CIVIL/2020) Julgue o pró-
ximo item, relativo a licitação de obras públicas.
Em processo licitatório para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, deve-se utili-
zar uma combinação das modalidades convite e concurso.

Questão 2 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ENGENHARIA CIVIL/2020) Julgue o item


a seguir, relativo a contratos de obras públicas.
O edital de processo de contratação de obra e serviço de engenharia deve conter, entre outras
informações, a modalidade, o regime de execução e o tipo de licitação, bem como as condi-
ções de pagamento, sendo facultado ao agente público divulgar o cronograma de desembol-
so máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros.

Questão 3 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ENGENHARIA CIVIL/2020) Julgue o pró-


ximo item, relativo à licitação de obras públicas.
A revogação consiste em desfazer um ato válido, legítimo, porém não mais conveniente, útil
ou oportuno para a administração pública, não cabendo recurso administrativo após a inti-
mação desse ato ou a lavratura da ata.

Questão 4 (CEBRASPE/CESPE/AJ/TJ-PA/ADMINISTRAÇÃO/2020) Nos casos de inexigi-


bilidade de licitação, a  autoridade superior de órgão público possui uma função específica
como condição para eficácia do ato de contratação direta. Essa condição consiste em
a) ratificar o atestado de exclusividade expedido pelo órgão de registro do comércio local,
após a pesquisa de preços.
b) realizar a pesquisa de preço e publicá-la conjuntamente com a comissão de licitação.
c) aprovar e publicar o projeto básico antes do lançamento do respectivo edital.
d) ratificar e publicar os serviços considerados como de natureza singular.
e) ratificar e publicar a contratação direta na imprensa oficial, no prazo de cinco dias, após
receber a comunicação, feita dentro do prazo de três dias.

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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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Questão 5 (CEBRASPE/CESPE/AFRE/SEFAZ-AL/2020) Julgue o próximo item, relativo a li-


citações e contratos administrativos.
A existência de fornecedor exclusivo de determinado produto é hipótese de inexigibilidade de
licitação.

Questão 6 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPECE/DIREITO/2020) Acerca de dispensa e ine-


xigibilidade de licitação, julgue o item que se segue à luz da Lei n.º 8.666/1993.
Na legislação pertinente, as hipóteses de dispensa são exemplificativas, ao passo que o rol de
hipóteses de inexigibilidade é taxativo.

Questão 7 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020) Acerca de dispensa e


inexigibilidade de licitação, julgue o item que se segue à luz da Lei n.º 8.666/1993.
Comprovado superfaturamento em um processo de contratação direta, a responsabilidade do
fornecedor e do agente público que originaram o dano causado à fazenda pública é solidária.

Questão 8 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ENGENHARIA CIVIL/2020) Julgue o pró-


ximo item, relativo à licitação de obras públicas.
É hipótese de inexigibilidade de licitação a contratação de profissional ou empresa de notória
especialização para fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras, de natureza singu-
lar, quando houver inviabilidade de competição.

Questão 9 (CEBRASPE/CESPE/TEC MIN/MPE-CE/2020) À luz das disposições da Lei n.º


8.666/1993, que institui normas para licitações e contratos da administração pública, julgue
o próximo item.
Caracteriza hipótese de dispensa de licitação a necessidade de contratação de serviços téc-
nicos, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, para
restauração de obra de arte, com valor histórico, de determinado museu municipal.

Questão 10 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STM/APOIO ESPECIALIZADO/ANÁLISE DE SISTE-


MAS/2018) Acerca do acesso à informação e da licitação administrativa, julgue o item que se
segue.

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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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Nas hipóteses de contratação direta por dispensa ou por inexigibilidade de licitação, caso
se comprove superfaturamento, o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público
responsável pelo ato responderão, de forma solidária, pelo dano causado à fazenda pública.

Questão 11 (CESPE/AUFC/TCU/CONTROLE EXTERNO/2015) Com base nas normas que re-


gulam as licitações e os contratos administrativos, julgue o item.
Dado o princípio da isonomia, é vedado atribuir preferências para bens e serviços produzidos
e prestados no Brasil, ou por empresas brasileiras, mesmo que se trate de critério de desem-
pate em procedimentos licitatórios, situação que deverá ser resolvida por sorteio.

Questão 12 (CESPE/ADM/FUB/2015) Com base na Lei de Licitações e Contratos e no Esta-


tuto e Regimento Geral da Universidade de Brasília, julgue o item que se segue.
Se, em determinado processo licitatório, houver empate e igualdade de condições entre con-
correntes, deverá ser dada preferência à concorrente que produzir bens e serviços no Brasil
em detrimento da empresa que o fizer em país estrangeiro.

Questão 13 (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o seguinte item, referente a li-


citações, pregão e sistema de registro de preços.
A impessoalidade é princípio que norteia a administração e está intimamente afeta às licita-
ções públicas.

Questão 14 (CESPE/TJ/STJ/APOIO ESPECIALIZADO/SAÚDE BUCAL/2015) Julgue o item a


seguir, referentes a institutos diversos do direito administrativo.
O objetivo da licitação pública é escolher a proposta mais vantajosa para o futuro contrato e
fazer prevalecer o princípio da isonomia, visando à promoção do desenvolvimento nacional
sustentável.

Questão 15 (CESPE/ANA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com base no que dispõe a


Lei n.º 8.666/1993 e suas alterações, julgue o item que se segue.
Dado o princípio da transparência dos atos administrativos, o conteúdo das propostas apre-
sentadas na licitação deve ficar disponível à consulta pública até a data de sua abertura.

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Questão 16 (CESPE/AJ/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Determinado ente da administra-


ção pública deseja realizar procedimento licitatório para a contratação de serviços de segu-
rança patrimonial armada para seu edifício sede.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item.
O valor estimado da contratação é determinante na escolha da modalidade licitatória a ser
adotada: concorrência pública, tomada de preços, convite ou pregão.

Questão 17 (CESPETRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o item a seguir, referente a res-


ponsabilidade civil do Estado e licitações.
As modalidades de licitação incluem a concorrência, a tomada de preços, o convite, o concur-
so, o leilão e a seleção por melhor técnica e preço.

Questão 18 (CESPE/TJ/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) Com rela-


ção a licitações, julgue o item que se segue.
Na modalidade convite, empresas que não tenham sido convidadas pela administração não
poderão participar da licitação.

Questão 19 (CESPE/ATA/DPU/2016) Uma autarquia federal, desejando comprar um bem


imóvel — não enquadrado nas hipóteses em que a licitação é dispensada, dispensável ou
inexigível — com valor de contratação estimado em R$ 50.000,00, efetuou licitação na moda-
lidade concorrência.
Considerando a situação descrita, julgue o item a seguir, acerca da organização administra-
tiva da União, das licitações e contratos administrativos e do disposto na Lei n.º 8.112/1990.
Em virtude do valor de contratação estimado, se cumpridas as exigências legais, seria permi-
tida a realização da licitação sob a modalidade convite.

Questão 20 (CESPE/ANA/FUNPRESP/ ADMINISTRATIVA/2016) Com relação às hipóteses de


dispensa e inexigibilidade de licitação previstas na Lei n.º 8.666/1993, julgue o item a seguir.
A licitação é dispensável para a aquisição ou restauração de obras de arte e de objetos his-
tóricos com autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do
órgão ou da entidade.

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Questão 21 (CESPE/ADM/FUB/2015) De acordo com os dispositivos legais que regulam as


licitações públicas, julgue o item a seguir.
Nos casos de inviabilidade de competição, como a contratação de profissional de qualquer
setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública, apli-
ca-se a contratação direta, pois se caracteriza a inexigibilidade de licitação.

Questão 22 (CESPE/TEC NS/MPOG/”ENAP”/2015) Sobre procedimento licitatório e inexigi-


bilidade de licitação, julgue o item subsecutivo.
Se um órgão público tiver de adquirir material que só possa ser fornecido por representante
comercial exclusivo, a licitação será inexigível e a administração ficará dispensada de justifi-
car os preços praticados.

Questão 23 (CESPE/ANA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com relação às hipóteses de


dispensa e inexigibilidade de licitação previstas na Lei n.º 8.666/1993, julgue o item a seguir.
Será inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição para contratação de
profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou por intermédio de empresário exclusi-
vo, se o profissional for consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Questão 24 (CESPE/ADM/MPOG/2015) De acordo com a Lei de Licitações, julgue o item que


se segue.
O registro de preços é a modalidade de licitação utilizada para as compras efetuadas pela
administração pública.

Questão 25 (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o seguinte item, referente a li-


citações, pregão e sistema de registro de preços.
As entidades federais não participantes do sistema de registro de preços poderão aderir à
ata de registro de preços de outros entes da Federação, desde que devidamente justificada a
vantagem e mediante anuência do órgão gerenciador, cabendo ao fornecedor beneficiário da
ata, observadas as condições nela estabelecidas, aceitar ou não a adesão.

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Questão 26 (CESPE/ANA/FUNPRESP/ ADMINISTRATIVA/2016) De acordo com o Decreto n.º


7.892/2013, que regula o sistema de registro de preços, julgue o item a seguir.
Entidades da administração pública federal podem aderir a atas de registro de preços geren-
ciadas por órgãos e entidades municipais, distritais ou estaduais.

Questão 27 (CESPE/TNS/PREF SL/ENGENHARIA CIVIL/2017) Se a administração decidir li-


citar uma obra sem previsão de recursos orçamentários, o gestor público responsável pela
decisão
a) poderá licitar a obra, mas a homologação da licitação estará condicionada à existência de
crédito orçamentário.
b) poderá licitar a obra, mas a assinatura do contrato estará condicionada à existência de
crédito orçamentário.
c) deverá captar recursos até o momento da homologação da licitação.
d) poderá prever no edital que o futuro contratado providencie o financiamento necessário
para a obra em bancos públicos.
e) não poderá licitar a obra enquanto não houver previsão de recursos orçamentários.

Questão 28 (CESPE/AGE/SE-DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Acerca de licitações, contratos e


convênios na administração pública, julgue o item.
A estrita observância ao edital constitui princípio básico de toda licitação. Assim, o descum-
primento desse requisito enseja nulidade do certame.

Questão 29 (CESPE/AGE/SE-DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Acerca de licitações, contratos e


convênios na administração pública, julgue o item.
A aquisição de produtos e serviços com recursos transferidos pela União, por meio de convê-
nios com entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, deve ser precedida de licitação,
ressalvados os casos previstos pela legislação própria.

Questão 30 (CESPE/PROC MUN/PREFEITURA DE FORTALEZA/2017) Acerca da intervenção


do Estado na propriedade, das licitações e dos contratos administrativos, julgue o seguin-
te item.

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Situação hipotética: Pretendendo contratar determinado serviço por intermédio da modalida-


de convite, a administração convidou para a disputa cinco empresas, entre as quais apenas
uma demonstrou interesse apresentando proposta. Assertiva: Nessa situação, a administra-
ção poderá prosseguir com o certame, desde que devidamente justificado.

Questão 31 (CESPE/PROC MUN/PREFEITURA DE FORTALEZA/2017) Acerca da intervenção do


Estado na propriedade, das licitações e dos contratos administrativos, julgue o seguinte item.
Caso, em decorrência de uma operação da Polícia Federal, venha a ser apreendida grande
quantidade de equipamentos com entrada ilegal no país, a administração poderá realizar lei-
lão para a venda desses produtos.

Questão 32 (CESPE/AUX TEC CE/TCE-PA/INFORMÁTICA/2016) Com base no disposto nas


Leis n.º 8.666/1993 e n.º 10.520/2002, julgue o item que se segue.
A administração deve realizar procedimento licitatório para a contratação, com terceiros, de
compras, serviços, obras, alienações e permissões, entre outros objetos.

Questão 33 (CESPE/AUD CE/TCE-PA/FISCALIZAÇÃO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca das


normas para licitações e contratos da administração pública, julgue o item subsequente.
De acordo com a legislação vigente, é permitida, conforme o tamanho do contrato, a criação de
novas modalidades de licitação ou a implantação de processos licitatórios mistos e adaptados.

Questão 34 (CESPE/ANA MPU/MPU/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ATUARIAL/2015)


Julgue o próximo item, acerca de inexigibilidade de licitação e do leilão como modalidade
licitatória.
Se a administração pública pretender vender bens móveis inservíveis, ela deverá fazê-lo me-
diante leilão a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação dos bens
em questão.

Questão 35 (CESPE/AUD GOV/CGE-PI/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2015) A respei-


to da contratação de bens e serviços de TI, julgue o item a seguir, de acordo com a Lei n.º
8.666/1993.

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A modalidade de licitação por leilão pode ocorrer entre os interessados, previamente cadas-
trados, que atendam aos requisitos exigidos para o cadastramento até o terceiro dia anterior
à data de recebimento das propostas.

Questão 36 (CESPE/AUD CE/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/ADMINISTRAÇÃO/2016) Com rela-


ção à licitação pública, julgue o item seguinte.
Concurso é a modalidade de licitação indicada para a escolha de trabalho técnico ou científi-
co, mediante a instituição aos vencedores de prêmios em dinheiro, conforme critérios cons-
tantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de trinta dias.

Questão 37 (CESPE/TJ/TRE-PI/ADMINISTRATIVA/2016) Caso determinado órgão público


pretenda contratar serviço técnico de treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, de natureza
singular, a ser prestado por pessoa jurídica de notória especialização, a licitação
a) será dispensada.
b) será inexigível.
c) será dispensável, devido ao fato de se referir a serviço técnico específico.
d) deverá ser do tipo melhor técnica.
e) deverá ser realizada na modalidade convite.

Questão 38 (CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) No que se re-


fere aos contratos e licitações e à responsabilidade civil, julgue o item subsequente.
As hipóteses de dispensa de licitação estão previstas em rol exemplificativo, cabendo ao
agente público justificar a necessidade de contratação direta.

Questão 39 (CESPE/TA/ANVISA/2016) O teto de um imóvel pertencente à União desabou em


decorrência de fortes chuvas, as quais levaram o poder público a decretar estado de calami-
dade na região. Maria, servidora pública responsável por conduzir o processo licitatório para
a contratação dos serviços de reparo pertinentes, diante da situação de calamidade pública,
decidiu contratar mediante dispensa de licitação. Findo o processo de licitação, foi escolhida
a Empresa Y, que apresentou preços superiores ao preço de mercado, mas, reservadamente,
prometeu, caso fosse contratada pela União, realizar, com generoso desconto, uma grande

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reforma no banheiro da residência de Maria. Ao final, em razão da urgência, foi firmado con-
trato verbal entre a União e a Empresa Y e executados tanto os reparos contratados quanto a
reforma prometida.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Maria equivocou-se ao enquadrar a situação como típica de dispensa de licitação, tendo em
vista que, nos casos de calamidade, é possível a contratação por inexigibilidade.

Questão 40 (CESPE/TEC AE/DPU/2016) A respeito da responsabilidade civil do Estado e das


licitações, julgue o item subsequente.
A exigência de processo licitatório para a contratação aplica-se apenas às pessoas jurídicas
de direito público.

Questão 41 (CESPE/TCU/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/2015) A respeito de licita-


ções, julgue o item.
Dado o princípio da adjudicação compulsória, a administração não pode, concluída a licita-
ção, atribuir o objeto desse procedimento a outrem que não o vencedor.

Questão 42 (CESPE/AGE/SE-DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Acerca de licitações, contratos e


convênios na administração pública, julgue o item.
Concorrência, pregão e parcerias são, segundo a Lei n.º 8.666/1993, as  modalidades de
licitação.

Questão 43 (CESPE/ADM/FUB/2015) De acordo com os dispositivos legais que regulam as


licitações públicas, julgue o item a seguir.
A concorrência pública é a modalidade de licitação que deve ser utilizada para a venda de
bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou pe-
nhorados, ou para a alienação de bens imóveis.

Questão 44 (CESPE/ESP GT/TELEBRAS/CONTADOR/2015) A respeito das licitações públi-


cas e dos contratos administrativos, julgue o item a seguir à luz da legislação pertinente.
A fase externa da licitação, conforme previsão legal, tem início com a divulgação do edital.

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Questão 45 (CESPE/APF/DEPEN/ÁREA 1/2015) Com relação aos processos licitatórios na


administração pública, julgue o item.
A homologação do certame é o ato administrativo pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da
licitação, outorgando-lhe a titularidade jurídica do resultado alcançado.

Questão 46 (CEBRASPE/CESPE/AFRE/SEFAZ-RS/2019) Um estado da Federação criou uma


premiação como forma de reconhecimento pelos serviços prestados por agentes públicos de
diversos órgãos. Assim, o estado contratou um artista plástico amplamente consagrado pela
crítica especializada para elaborar os troféus e as medalhas, hipótese que configura
a) inexigibilidade de licitação.
b) dispensa de licitação.
c) leilão.
d) concorrência.
e) tomada de preço.

Questão 47 (CEBRASPE/CESPE/JE/TJ-BA/2019) Um município deseja realizar obra de


construção de uma ponte. Embora pequena, a  obra é complexa, sem especificação usual,
dada a peculiaridade do terreno, e está orçada em cerca de R$ 1,6 milhão.
Nessa situação hipotética, o gestor poderá escolher, para a contratação, a licitação na moda-
lidade
a) convite.
b) concorrência.
c) pregão.
d) leilão.
e) concurso.

Questão 48 (CEBRASPE/CESPE/ASSP/PGE-PE/2019) Julgue o item subsequente, relativo a


processos licitatórios.
A contratação direta por notória especialização é caso especial de inexigibilidade de licitação.

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Questão 49 (CEBRASPE/CESPE/JE/TJ-SC/2019) Um bem imóvel, que foi adquirido pela ad-


ministração pública em decorrência de procedimento judicial, deverá ser alienado.
Nessa situação, à luz da Lei n.º 8.666/1993, as modalidades de licitação que podem ser ado-
tadas pela administração pública para alienação do referido bem são
a) concorrência e leilão.
b) concorrência e convite.
c) leilão e pregão.
d) convite e tomada de preço.
e) tomada de preço e pregão.

Questão 50 (CEBRASPE/CESPE/ACI/COGE-CE/AUDITORIA/OBRAS PÚBLICAS/2019) Con-


forme a Lei n.º 8.666/1993, a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadas-
trados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação, é
a) a concorrência.
b) a tomada de preços.
c) o convite.
d) o leilão.
e) o pregão.

Questão 51 (CEBRASPE/CESPE/ASSP/PGE-PE/2019) Julgue o item subsequente, relativo a


processos licitatórios.
Para a promoção de atividades de natureza artística, técnica ou científica, a modalidade lici-
tatória apropriada é o convite.

Questão 52 (CEBRASPE/CESPE/ACI/COGE-CE/AUDITORIA/GOVERNAMENTAL/2019) A ad-


ministração pública adotou a modalidade licitatória pregão para contratar uma empresa para
realizar a troca do piso de uma sala de órgão público.
Nesse caso, a escolha da referida modalidade licitatória foi

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a) errada, pois o pregão é permitido apenas para contratar serviços de engenharia que sejam
de natureza estritamente intelectual.
b) errada, pois o pregão é vedado para qualquer tipo de obra ou serviço de engenharia.
c) correta, pois a troca de piso de uma sala é considerada um serviço de engenharia comum.
d) errada, pois a troca de piso de uma sala é uma complexa obra de engenharia.
e) correta, pois a troca do piso de uma sala é apenas um serviço de fornecimento de material
comum.

Questão 53 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/APOIO ESPECIALIZADO/BIBLIOTECONOMIA/2018)


Com relação à organização da administração pública e a licitações e contratos administrati-
vos, julgue o item que se segue.
Em respeito ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório, não é permitido à admi-
nistração pública alterar edital de licitação já publicado.

Questão 54 (CEBRASPE/CESPE/ANA/EMAP/ADMINISTRATIVA/2018) Em relação a dispen-


sa e inexigibilidade de licitação, julgue o item que se segue.
Não havendo interessados quando da realização de procedimento licitatório, é  permitida a
dispensa de licitação se o certame não puder ser repetido sem prejuízo para a administração,
situação em que devem ser suprimidas as condições que tiverem impedido tal certame.

Questão 55 (FCC/ASS LEG/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E OPERACIONAL/ASSIS-


TENTE DE OPERAÇÕES TÉCNICAS/2020) A Administração Pública pretende alienar bem imó-
vel que lhe pertence, cuja aquisição derivou de procedimento judicial. Em conformidade com
a Lei n. 8.666/1993, referido bem, devidamente avaliado, poderá ser alienado por ato da auto-
ridade competente, através da adoção de procedimento licitatório, sob a modalidade
a) de concorrência apenas, independentemente da necessidade ou utilidade da alienação.
b) de concorrência ou leilão, independentemente da necessidade ou utilidade da alienação.
c) de concorrência apenas, comprovada a necessidade ou utilidade da alienação.
d) de concorrência ou leilão, comprovada a necessidade ou utilidade da alienação.
e) de leilão apenas, comprovada a necessidade ou utilidade da alienação.

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Questão 56 (FCC/ASS LEG/ALAP/ATIVIDADE LEGISLATIVA/ASSISTENTE LEGISLATI-


VO/2020) São modalidades licitatórias adequadas à alienação de bens da Administração pú-
blica, de acordo com os critérios previstos na Lei n. 8.666/93:
a) a tomada de preços e a concorrência.
b) o concurso e o convite.
c) o pregão e a tomada de preços.
d) o leilão e a concorrência.
e) o concurso e a tomada de preços.

Questão 57 (FCC/JE/TJ-MS/2020) No tocante aos chamados “tipos de licitação”, dispõe a


Lei Federal n. 8.666/1993 que
a) quando a concorrência for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”, o prazo mínimo
para recebimento das propostas será de 45 dias.
b) é vedada a adoção dos tipos “melhor técnica” ou “técnica e preço” para licitações na mo-
dalidade convite.
c) quando a tomada de preço for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”, o prazo mínimo
para recebimento das propostas será de 20 dias.
d) a adoção dos tipos “melhor técnica” ou “técnica e preço” para licitações na modalidade
pregão é possível, porém limitada à fase de julgamento e classificação das propostas, não se
aplicando à fase de lances.
e) para contratação de bens e serviços de informática, a Administração Pública adotará obri-
gatoriamente o tipo de licitação “melhor técnica”, permitido o emprego de outro tipo de licita-
ção nos casos indicados em decreto do Poder Executivo.

Questão 58 (FCC/ASS LEG/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E OPERACIONAL/ASSIS-


TENTE ADMINISTRATIVO/2020) XYZ, convocada dentro do prazo de validade da sua proposta
oferecida em pregão, não a manteve. Em conformidade com a Lei n. 10.520 de 17 de julho de
2002, XYZ
a) ficará impedida de licitar e contratar apenas com a entidade perante a qual não manteve a sua
proposta e, será descredenciada no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores

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semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até 10 anos,
sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.
b) ficará impedida de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios
e, será descredenciada no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores seme-
lhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até 10 anos, se
não pagar as multas específicas previstas no edital para esta hipótese.
c) ficará impedida de licitar e contratar apenas com a entidade perante a qual não manteve a
sua proposta e, será descredenciada no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de forne-
cedores semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de 10
anos, se não pagar as multas específicas previstas no edital para esta hipótese.
d) ficará impedida de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios
e, será descredenciada no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores seme-
lhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até 5 anos, sem
prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.
e) será compelida a cumprir a proposta como oferecida, mediante execução forçada a ser
determinada pelo Poder Judiciário, ficando impedida de contratar pelo prazo não inferior a 8
anos com a entidade perante a qual ofereceu a proposta não cumprida voluntariamente.

Questão 59 (FCC/ASS TF/PREFEITURA DE MANAUS/”SEM ÁREA”/2019) Uma sociedade de


economia mista estadual criada em 1990 no âmbito da administração de determinado esta-
do presta serviços técnicos especializados em conservação e desenvolvimento rural e am-
biental, tais como recuperação e conservação de solo e de nascentes. O  estado contratou
a empresa para execução de serviços de medição, avaliação e realização de estudos para
desenvolvimento econômico de seus imóveis rurais. A medida
a) viola o princípio da isonomia, tendo em vista que a empresa não é a única no mercado que
desenvolve os serviços objeto da contratação.
b) é lícita e regular, caso a contratação tenha se dado por inexigibilidade de licitação.
c) é regular e observa a lei de licitações, que permite, no caso como descrito, a contratação de
empresa integrante da Administração indireta estadual.
d) configura ato ilícito, tendo em vista que as empresas estatais submetem-se a regime ju-
rídico típico das empresas privadas, sendo necessária a realização de prévio procedimento
licitatório.

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e) pode configurar ato de improbidade se restar configurado prejuízo ao erário, considerando


que não há dispositivo legal autorizando a contratação direta da empresa estatal.

Questão 60 (FCC/AJ/TRF-4ª/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2019)


O Ministério da Saúde necessita promover licitação, a fim de contratar o fornecimento de um
lote de 3 milhões de fraldas geriátricas descartáveis, para uso nos hospitais federais, descrito
esse objeto com base em especificações usuais do mercado. O valor estimado da contrata-
ção é de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) e a entrega se dará até o final do exercício
fiscal. Em vista das características da aquisição e à luz do que dispõem as leis federais sobre
licitação, são elegíveis as modalidades
a) leilão e concorrência.
b) tomada de preços e convite.
c) concorrência e pregão.
d) tomada de preços e concorrência.
e) concurso e pregão.

Questão 61 (FCC/PJ/MPE-MT/2019) A modalidade de licitação adequada para escolha do


trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração
aos vencedores, a exemplo de projeto de arquitetura para um ginásio poliesportivo, é
a) concorrência.
b) tomada de preços.
c) convite.
d) leilão.
e) concurso.

Questão 62 (FCC/PROC/SANASA/JURÍDICO/2019) A um procedimento de licitação instau-


rado para a contratação de serviços de consultoria para modelagem financeira de um projeto
da Administração pública compareceram três empresas interessadas. Ainda não foi realizado
o julgamento do certame.
Não obstante, a Administração pública responsável pelo projeto recebeu de sua área técnica
sugestão de alteração nas premissas anteriores constantes do termo de referência. Diante da
possibilidade de impacto no objeto da contratação da consultoria, a Administração pública

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a) deve revogar a licitação, sob pena de incorrer em nulidade formal na contratação da con-
sultoria.
b) pode anular ou revogar a licitação, considerando que a indicação de ilegalidade é, no caso
concreto, conduta discricionária da Administração pública.
c) pode revogar a licitação, diante do risco de inadequação da contratação à finalidade pre-
tendida.
d) deve anular a licitação, diante de inequívoca imprestabilidade do objeto do certame, vedada
qualquer indenização aos licitantes.
e) deve revogar a licitação, o que enseja indenização aos licitantes que demonstrarem preju-
ízo concreto, independentemente da fase do certame.

Questão 63 (FCC/AUD FISC/SEFAZ-BA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2019) Conside-


re que determinado órgão público necessite contratar serviços técnicos especializados de
engenharia para elaboração de um projeto arquitetônico inovador para a construção de um
equipamento público voltado a concertos e espetáculos de dança. De acordo com as dispo-
sições da Lei n. 8.666/1993, tal situação
a) permite a seleção de profissionais mediante credenciamento, com a adoção de ata de re-
gistro de preços precedida de qualificação técnica.
b) constitui hipótese de dispensa de licitação, autorizando a contratação direta de profissio-
nal, pessoalmente, ou por intermédio de empresário exclusivo.
c) configura inviabilidade de competição caracterizadora de inexigibilidade de licitação, pres-
cindida da comprovação da notória especialização do contratado.
d) determina a adoção de licitação do tipo melhor técnica, vedada a adoção do tipo menor
preço ou técnica e preço.
e) enseja a adoção da modalidade licitatória concurso, independentemente do valor estimado
da contratação.

Questão 64 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) A introdução da modalidade licitató-


ria pregão trouxe ganhos inegáveis para a Administração, notadamente quanto à simplifica-
ção e redução dos preços nas aquisições. Não obstante, tal modalidade, justamente em face

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da propalada simplificação, não contempla algumas das salvaguardas previstas nos procedi-
mentos licitatórios realizados sob as modalidades clássicas previstas na Lei n. 8.666/1993.
Exemplo de tal circunstância é a
a) vedação à exigência aos licitantes de garantia de proposta.
b) impossibilidade de desclassificação da proposta econômica por inexequibilidade.
c) inexistência de fase de habilitação dos licitantes.
d) impossibilidade de interposição de recursos pelos licitantes.
e) ausência de responsabilização do licitante vencedor que se recusar a assinar o contrato
pelo preço ofertado.

Questão 65 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Suponha que o Município pretenda


alienar alguns imóveis que não estejam afetados a nenhuma finalidade pública, como forma
de obter recursos adicionais para concluir obras de infraestrutura consideradas prioritárias.
De acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993,
a) a modalidade licitatória cabível para a alienação dependerá do valor de avaliação individu-
alizada dos imóveis, vedado o fracionamento do objeto visando a adoção de modalidade mais
simplificada, salvo em função de desmembramento da correspondente matrícula.
b) poderá ser adotada a modalidade leilão para alienação dos imóveis, independentemente
da forma de aquisição dos mesmos pela Administração, e desde que o valor individual não
ultrapasse R$ 1.500.000,00.
c) deverá ser adotada, obrigatoriamente, a modalidade concorrência pública, salvo para os
imóveis cuja aquisição derive de dação em pagamento ou de procedimentos judiciais, os quais
poderão ser alienados mediante licitação na modalidade leilão.
d) apenas os imóveis adquiridos mediante desapropriação ou os remanescentes de procedi-
mentos expropriatórios deverão ser alienados mediante concorrência pública, cabendo, nos
demais casos, a adoção da modalidade leilão.
e) é possível a venda em bloco dos referidos imóveis, desde que possuam características
similares, adotando-se a modalidade convite, com pré-qualificação dos interessados ou con-
corrência pública, dispensada, neste caso, a pré-qualificação.

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Questão 66 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Considere que o Município tenha ins-


taurado um procedimento licitatório para contratação de serviços de limpeza em escolas da
rede pública e que, transcorrido o prazo estabelecido no edital, não tenham se apresentado
interessados em participar do certame. Diante de tal situação, o Município procedeu à con-
tratação direta de empresa para a realização do objeto da licitação que restou frustrada. De
acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993, tal conduta afigura-se
a) legal, desde que a licitação, justificadamente, não pudesse ser repetida sem prejuízo para
a Administração e tenham sido mantidas todas as condições preestabelecidas na licitação
deserta.
b) ilegal, devendo a Administração repetir o procedimento licitatório tantas vezes quantas
necessárias para a contratação dos serviços, vedada a contratação direta.
c) ilegal, eis que a licitação somente poderia ser dispensada se, instaurado novo certame com
as mesmas condições do anterior, este também viesse a ser deserto.
d) legal apenas se configurada situação emergencial, limitada a contratação ao prazo máxi-
mo de 90 dias.
e) ilegal, admitindo-se, contudo, a instauração de procedimento simplificado para a contrata-
ção, com redução do preço estimado em até 30% em relação ao orçado pela Administração.

Questão 67 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Suponha que o Município intente reali-


zar um evento de entretenimento em determinada data comemorativa e, para tanto, esteja nego-
ciando a contratação de determinado cantor consagrado pela opinião pública, por intermédio de
empresário exclusivo. De acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993, tal contratação
a) depende de prévio procedimento licitatório, na modalidade concurso ou concorrência
pública.
b) poderá ser efetuada diretamente, estando presente hipótese expressa de inexigibilidade de
licitação.
c) somente poderá ocorrer sem prévio procedimento licitatório se o valor do “cachê” for infe-
rior a R$ 80.000,00.
d) poderá ocorrer com dispensa de licitação desde que efetuada diretamente junto ao artista,
vedada a intermediação por empresário exclusivo.

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e) pressupõe a seleção mediante pré-qualificação e com escolha por banca de, no mínimo, 3
profissionais do setor com notória especialização.

Questão 68 (FCC/ASSGP/PREFEITURA DE RECIFE/2019) A cidade “X” pretende fazer um


show especial para comemorar 100 anos da sua fundação e para esse show pretende con-
tratar o famoso cantor “S”, consagrado pela opinião pública, e a famosa dupla sertaneja “Y”
também consagrada pela opinião pública. Nesse caso, considerando que a contratação de
“S” ocorrerá diretamente e a da dupla “Y” por meio de empresário exclusivo, a licitação para
a) ambas as contratações é obrigatória.
b) ambas as contratações é dispensável.
c) a contratação de “S” é inexigível e da dupla “Y” é dispensável.
d) a contratação da dupla “Y” é inexigível e de “S” é dispensável.
e) ambas as contratações são inexigíveis.

Questão 69 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Quanto à eventual possibilidade de


fungibilidade das modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993, tem-se que
a) a modalidade pregão, presencial ou eletrônico, poderá ser utilizada em substituição às de-
mais modalidades previstas para contratação de obras, independentemente do valor, desde
que de natureza comum.
b) admite-se a substituição da modalidade concorrência pública pela modalidade pregão
para alienação de bens móveis inservíveis.
c) é viável a adoção da modalidade convite, alternativamente à concorrência pública, para
contratação de serviços com valor estimado acima de R$ 650.000,00, vedada a tomada de
preços.
d) é sempre possível adotar a modalidade concorrência pública, independentemente do valor
estimado para a contratação de obras ou serviços, em substituição às modalidades tomada
de preços ou convite.
e) a modalidade concurso, cabível para a contratação de projetos, pode ser substituída por
convite, independentemente do valor, sempre que houver menos de 3 potenciais licitantes.

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Questão 70 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Considere que em determinado certa-


me instaurado pelo Município tenha sido exigida dos licitantes a apresentação de metodolo-
gia de execução. Tal circunstância significa, necessariamente, que
a) foi adotada a pré-qualificação dos licitantes, com o credenciamento como procedimento
substitutivo da modalidade licitatória ordinariamente aplicável.
b) o critério de julgamento adotado foi o de melhor técnica, utilizando-se a pontuação obtida
com a metodologia apresentada.
c) se trata de licitação do tipo técnica e preço, devendo a metodologia de execução ser ava-
liada após a apresentação da proposta econômica.
d) foi dispensada, na fase de habilitação, a apresentação de atestados, utilizando-se os ele-
mentos constantes da metodologia para fins de aferição da qualificação técnica.
e) o objeto licitado consiste em obras, serviços ou compras de grande vulto, de alta comple-
xidade técnica, devendo a metodologia ser avaliada exclusivamente por critérios objetivos.

Questão 71 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Suponha que empresa pública encar-


regada da prestação de serviços de saneamento básico e fornecimento de água tenha ins-
taurado um procedimento licitatório para a construção de um novo reservatório. Contudo,
no curso do procedimento licitatório, defrontando-se com fato superveniente, consistente no
agravamento da crise hídrica, a  empresa constatou que seria fundamental a realização de
obras de outra natureza, relativas a controle de perdas, para as quais, contudo, não possuiria
recursos caso prosseguisse com a licitação e subsequente contratação da construção do
reservatório. Diante da situação posta e de acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993,
o Município
a) poderá alterar o objeto da licitação em curso, aproveitando todos os atos praticados e
mantendo a data de apresentação da proposta econômica, desde que mantida a mesma mo-
dalidade licitatória.
b) deverá anular o procedimento, por razões de interesse público devidamente justificado,
cuja eventual comprovação de falsidade enseja a responsabilização da autoridade prolatora
do ato.

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c) poderá revogar a licitação, porém apenas se não ultrapassada a fase de habilitação, caben-
do à autoridade licitante a revogação e a ratificação por seu superior imediato.
d) poderá revogar a licitação em curso, comprovando, em parecer fundamentado, que as ra-
zões de interesse público invocadas são determinantes para tanto.
e) poderá suspender o procedimento licitatório, o qual deverá, obrigatoriamente, ser retomado
após a contratação das obras de controle de perdas, salvo se ultrapassado o prazo de 2 anos.

Questão 72 (FCC/AG FOM EX/AFAP/2019) Um participante de pregão presencial que discor-


de do resultado anunciado ou mesmo de alguma conduta do pregoeiro
a) deve aguardar a homologação da licitação e a celebração do contrato para impugnar judi-
cial e administrativamente o procedimento, dado que este não contempla a possibilidade de
interposição de recurso em momento anterior.
b) deve deduzir irresignação judicial contra a decisão proferida no curso do procedimento,
tendo em vista que o presidente da comissão de licitação não detém poderes para revisão
dos próprios atos.
c) pode apresentar recurso administrativo contra cada decisão que repute ilegal ou inade-
quada, sendo dever do pregoeiro suspender o procedimento para prévia análise das impug-
nações.
d) pode apresentar recurso oral, cujas razões serão reduzidas a termo pelo pregoeiro e deci-
didas antes da nomeação do vencedor.
e) deve, após a declaração do vencedor, manifestar sua irresignação, consignando intenção
de recorrer, quando lhe será concedido prazo, nos termos da lei, para apresentar as respecti-
vas razões, sem prejuízo de poder deduzir pleito judicial para eventual anulação do certame.

Questão 73 (FCC/ANA G)/DPE-AM/ESPECIALIZADO DE DEFENSORIA/ADMINISTRA-


ÇÃO/2018) Uma determinada autarquia pretende alienar parcela de seu patrimônio imobili-
ário, permanecendo apenas com a propriedade de seu edifício sede, eis que os demais imó-
veis não estão afetados a suas finalidades, tendo sido adquiridos em processos de execução
judicial mediante adjudicação. Para tanto, procedeu à avaliação individualizada dos bens e
efetuou a venda direta de parcela significativa desse patrimônio, mediante chamamentos pú-
blicos a potenciais interessados, publicados no Diário Oficial e em jornais de grande circulação.

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De acordo com as disposições aplicáveis da Lei no 8.666/1993, o procedimento adotado pela


Autarquia afigura-se
a) correto, fundado no princípio da eficiência, que afasta a necessidade de procedimento lici-
tatório para alienações quando observados os preços e critérios praticados no mercado.
b) ilegal, pois não se vislumbra enquadramento em hipótese normativa de dispensa ou inexi-
gibilidade de licitação, podendo, contudo, ser realizada na modalidade leilão e não necessa-
riamente mediante concorrência pública.
c) legal, tendo em vista a existência de previsão legal expressa para dispensa de licitação e
adoção de chamamento público para alienação de imóveis inservíveis.
d) ilegal, pois a alienação de bens imóveis de pessoas jurídicas de direito público somente
pode se dar mediante concorrência pública, independentemente da forma de aquisição.
e) legal, considerando se tratar de bens não afetados ao serviço público, os quais podem ser
livremente alienados, desde que observado o preço mínimo de avaliação e a isonomia entre
os potenciais interessados.

Questão 74 (FCC/CON TEC LEG/CLDF/INSPETOR DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) Um órgão


da Administração pública direta deseja vender um prédio público desativado para uma enti-
dade autárquica. Em conformidade com a Lei n. 8.666/1993, tal alienação é
a) vedada, já que os bens públicos são inalienáveis.
b) possível, por se tratar de um bem público dominical, desde que exista interesse público
devidamente justificado e seja precedida de avaliação e de autorização legislativa, sendo dis-
pensada a licitação na modalidade concorrência.
c) possível, por se tratar de um bem de uso comum, desde que exista interesse público de-
vidamente justificado e seja precedida de licitação na modalidade concorrência, sendo dis-
pensada a autorização legislativa, já que não está cumprindo a função social da propriedade.
d) possível, por se tratar de um bem de uso especial, desde que exista interesse público devi-
damente justificado e seja precedida de avaliação e de autorização legislativa, bem como de
licitação na modalidade concorrência.
e) possível, por se tratar de um bem público dominical, desde que exista interesse público
devidamente justificado e seja precedida de avaliação e de autorização legislativa, bem como
de licitação na modalidade concorrência.

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Questão 75 (FCC/ANA G/DPE-AM/ESPECIALIZADO DE DEFENSORIA/ENGENHARIA CI-


VIL/2018) Segundo a Lei n. 8.666/1993, as obras e serviços de engenharia de grande vulto
que se enquadram na modalidade de licitação concorrência, são aquelas cujo valor estimado
seja superior a X vezes o valor limite estabelecido para a modalidade de concorrência. O valor
de X é
a) 30.
b) 35.
c) 25.
d) 20.
e) 15.

Questão 76 (FCC/TEC GEST/SABESP/”SEM ÁREA”/2018) De acordo com a Constituição Fe-


deral, as contratações de obras e serviços efetuadas por entidades integrantes da Adminis-
tração devem ser precedidas de prévio procedimento licitatório. Não obstante, existem situa-
ções em que o procedimento licitatório pode ser dispensado
a) como, por exemplo, para a contratação de objeto que, pela sua singularidade ou preferência
pela Administração, enseje inviabilidade de competição.
b) a critério da autoridade competente, com base em juízo de conveniência e oportunidade,
precedida de pesquisa de preços e divulgação a potenciais interessados.
c) em relação somente a alienações e aquisições de bens efetuados por tais entidades, pre-
cedida de avaliação ou cotação de preços.
d) para evitar custos desnecessários à Administração e atrasos nas conclusões de obras e
empreendimentos, bastando a comprovação de tais circunstâncias para justificar a dispensa.
e) de acordo com hipóteses claramente definidas na legislação de regência, em um rol exaus-
tivo, com observância dos preços praticados no mercado.

Questão 77 (FCC/ESP ED/PREFEITURA DE MACAPÁ/ADMINISTRADOR/2018) De acordo


com as disposições da Lei n. 8.666/1993, a anulação de um procedimento licitatório em curso
a) não é possível se já ultrapassada a fase de habilitação, que implica em saneamento das
eventuais falhas.

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b) é cabível por razões supervenientes de interesse público, devidamente comprovadas.


c) é obrigatória, por ato da autoridade competente, se constatada ilegalidade.
d) somente é possível judicialmente, por provocação dos interessados ou da própria Admi-
nistração.
e) não é juridicamente possível, violando os direitos subjetivos dos licitantes e a vinculação
ao instrumento convocatório.

Questão 78 (FCC/TEC LEG/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018) A empresa X


pretende participar de licitação na modalidade pregão a ser promovida pelo Estado de Sergi-
pe. Iniciado o certame licitatório, o prazo fixado para apresentação das propostas, contado a
partir da publicação do aviso, foi de nove dias úteis. No entanto, a empresa X opôs-se ao re-
ferido prazo, alegando que o mesmo contraria disposição da Lei no 10.520/2002. Nos termos
da referida Lei, o prazo fixado no citado pregão para a apresentação das propostas, contado
a partir da publicação do aviso, está
a) incorreto, pois não deve ser inferior a 15 dias úteis.
b) correto, pois não deve ser inferior a 8 dias úteis.
c) incorreto, pois não deve ser inferior a 10 dias úteis.
d) correto, pois pode ser inferior a 5 dias úteis, mas não deve ultrapassar o prazo máximo de
15 dias úteis.
e) correto, pois pode ser inferior a 8 dias úteis, mas não deve ultrapassar o prazo máximo de
12 dias úteis.

Questão 79 (FCC/AJ/TRT-23ª/JUDICIÁRIA/2016) De acordo com a ordem estabelecida pelo


§ 2º do art. 3º da Lei no 8.666/1993, em igualdade de condições, como critério de desempate,
é assegurada preferência aos bens e serviços produzidos
a) ou prestados por empresas que possuam, no mínimo, 30% do capital estrangeiro.
b) ou prestados por empresas brasileiras que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País ou no exterior.
c) no País, ou seja dentro do território nacional brasileiro.
d) por empresas estrangeiras que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia
do País.

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e) ou prestados por empresas que comprovem o cumprimento de reserva de cargos legal para
pessoa com deficiência.

Questão 80 (FCC/TJ/TRT-23ª/ADMINISTRATIVA/2016) Considere três licitações na moda-


lidade convite: (i) No primeiro convite, o interessado cadastrado na correspondente especia-
lidade manifestou interesse em participar do certame 36 horas antes da apresentação das
propostas. (ii) O segundo convite, em virtude de limitações do mercado devidamente justifica-
das no processo, foi realizado com apenas dois interessados do ramo pertinente a seu objeto,
cadastrados, escolhidos e convidados pela respectiva unidade administrativa. (iii) O terceiro
convite foi realizado com apenas três interessados do ramo pertinente a seu objeto, não ca-
dastrados, escolhidos e convidados pela respectiva unidade administrativa. A propósito dos
fatos narrados e nos termos da Lei no 8.666/1993, está
a) correto apenas o que ocorreu no primeiro convite.
b) correto o que ocorreu em todos os convites.
c) correto apenas o que ocorreu no primeiro e no terceiro convites.
d) correto apenas o que ocorreu no segundo convite.
e) incorreto o que ocorreu em todos os convites.

Questão 81 (FCC/TJ/TRT-14ª/ADMINISTRATIVA/2016) Em razão do caos da limpeza públi-


ca em determinado Município do Acre, que afetou, inclusive, a situação ambiental da Cidade,
a  Prefeitura dispensou o procedimento licitatório, justificando tratar-se de situação emer-
gencial. Assim, efetivou a contratação direta e imediata de empresa para a prestação dos
serviços de limpeza. Nesse caso, os serviços deverão ser concluídos em prazo máximo, con-
tado, em dias consecutivos e ininterruptos, da ocorrência da emergência, sendo vedada a
prorrogação do respectivo contrato. Nos termos da Lei n. 8.666/1993, o prazo a que se refere
o enunciado é de
a) 210 dias.
b) 120 dias.
c) 90 dias.
d) 60 dias.
e) 180 dias.

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Questão 82 (FCC/AJ/TRT-23ª/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2016) No curso do


pregão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até dez por cento
superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do
vencedor. Nos termos da Lei n. 10.520/2002, NÃO havendo pelo menos
a) cinco ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, devendo os preços, obrigatoria-
mente, circundarem em torno de limite máximo fixado pelo pregoeiro.
b) duas ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de cinco, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
oferecidos.
c) três ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de cinco, oferecer novos lances verbais e sucessivos, devendo os preços, obrigato-
riamente, circundarem em torno de limite máximo fixado pelo pregoeiro.
d) duas ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
oferecidos.
e) três ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
oferecidos.

Questão 83 (FCC/AJ/TRT-14ª/JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2016) Nos termos da Lei


n. 10.520/2002, a equipe de apoio do pregão deverá ser integrada
a) em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração,
obrigatoriamente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do
evento.
b) apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração, perten-
centes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento.
c) em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração,
preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do
evento.

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d) apenas por servidores ocupantes de cargo em comissão, obrigatoriamente pertencentes


ao quadro do órgão ou entidade promotora do evento.
e) apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração, não se
exigindo que sejam do quadro do órgão ou entidade promotora do evento.

Questão 84 (FCC/TJ/TRE-RR/ADMINISTRATIVA/2015) Um determinado Município do Esta-


do de Roraima, ao concluir procedimento licitatório, deixou, injustificadamente, de atribuir o
objeto da licitação ao vencedor do certame. Nesse caso, houve violação ao princípio
a) do julgamento objetivo.
b) da ampla defesa.
c) da adjudicação compulsória.
d) da vinculação ao instrumento convocatório.
e) da publicidade.

Questão 85 (FCC/TM/MPE-PB/TÉCNICO MINISTERIAL/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) A


União Federal, ao realizar processo licitatório para construção de obra pública, estabelecerá
margem de preferência para produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam
às normas técnicas brasileiras. As margens de preferência por produto, serviço, grupo de pro-
dutos ou grupo de serviços criadas com escopo de estimular a competitividade e produção da
indústria nacional serão definidas pelo Poder Executivo
a) Federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% sobre o preço dos pro-
dutos manufaturados e serviços estrangeiros.
b) Estadual, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% sobre o preço dos
produtos manufaturados e serviços estrangeiros.
c) Federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 15% sobre o preço dos pro-
dutos manufaturados e serviços estrangeiros.
d) Estadual, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 15% sobre o preço dos
produtos manufaturados e serviços estrangeiros.
e) Federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 10% sobre o preço dos pro-
dutos manufaturados e serviços estrangeiros.

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Questão 86 (FCC/ADM/DPE-RR/2015) As contratações de obras, serviços, compras e alie-


nações levadas a efeito pela Administração pública, conforme determina a Constituição Fe-
deral, devem, como regra, ser precedidas de processo de licitação pública. Nos termos do que
estabelece a Lei Geral de Licitações, o procedimento licitatório destina-se a garantir a
a) melhor contratação para a Administração, considerada aquela de menor preço, indepen-
dentemente da observância do princípio constitucional da isonomia, isso em razão da positi-
vação dos princípios da eficiência e da economicidade.
b) melhor contratação para a Administração, considerada aquela de menor custo e melhor
técnica, independentemente da observância do princípio constitucional da isonomia, isso em
razão da positivação do princípio da promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
c) seleção da proposta mais vantajosa para a Administração e a promoção do desenvolvimen-
to nacional sustentável, com a observância do princípio constitucional da isonomia, devendo,
ainda, ser processada e julgada em estrita conformidade com os princípios constitucionais
básicos regedores do agir administrativo e com os princípios da vinculação ao instrumento
convocatório e do julgamento objetivo.
d) seleção da proposta mais vantajosa para a Administração e a promoção do desenvolvi-
mento nacional sustentável, o que pode implicar a não observância do princípio constitucio-
nal da isonomia, bem como a desobrigação de seu processamento em conformidade com os
princípios da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo.
e) melhor contratação para a Administração, considerada aquela de menor preço, indepen-
dentemente da qualidade dos produtos e serviços, isso em razão do princípio que veda a
preferência de marcas.

Questão 87 (FCC/AJ/TRE-SP/APOIO ESPECIALIZADO/ASSISTÊNCIA SOCIAL/2017) Aten-


ção: A questão refere-se ao conteúdo de Noções de Direito Administrativo.
A vedação à alteração das condições de participação na licitação, bem como das cláusulas
que constarão do contrato, cuja minuta integrou o edital, é expressão do princípio
a) do julgamento objetivo da licitação, tendo em vista que eventuais alterações interfeririam
no resultado do certame, salvo se restasse demonstrada concordância dos demais licitantes.
b) da vinculação ao instrumento convocatório, que se dirige somente aos licitantes, para que
esses saibam os termos e condições que regerão a relação jurídica, cuja alteração não pode-
rão propor.

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c) da adjudicação compulsória, que possibilita que o licitante vencedor exija a assinatura do


contrato nos estritos termos que constaram do edital, no prazo de 48 horas após a divulgação
do resultado do certame.
d) da vinculação ao instrumento convocatório, pois as propostas foram apresentadas com
base nas condições que constavam do edital, de forma que eventual alteração violaria a igual-
dade que deve reger a competição.
e) do julgamento objetivo da licitação, que depende da igualdade de participação entre os
participantes, de forma que eventual alteração demandaria reabertura do certame, ainda que
já findo.

Questão 88 (FCC/TJ/TRT-24ª/APOIO ESPECIALIZADO/ENFERMAGEM/2017) O Supremo


Tribunal Federal em importante julgamento declarou inconstitucional considerar como fato-
res de averiguação da proposta mais vantajosa os valores relativos aos impostos pagos ao
ente federativo que realiza a licitação. Isto porque, tais fatores, obviamente, desfavorecem
eventuais competidores locais e prejudicam sensivelmente os instalados em localidades di-
versas. A situação narrada traz exemplo de clara aplicação de um dos princípios que norteiam
as licitações públicas. Trata-se do princípio da
a) adjudicação compulsória.
b) vinculação ao instrumento convocatório.
c) julgamento objetivo.
d) igualdade.
e) publicidade.

Questão 89 (FCC/AJ/TRE-RR/JUDICIÁRIA/2015) Nos termos da Lei n. 8.666/1993, existindo


na praça mais de três possíveis interessados, a cada nova licitação na modalidade convite,
realizada para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um
determinado número de interessado(s), enquanto existirem cadastrados não convidados nas
últimas licitações. O número mínimo de interessados a que se refere o enunciado é de
a) seis.
b) um.
c) cinco.

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d) dois.
e) três.

Questão 90 (FCC/AJ/TRE-AP/ADMINISTRATIVA/2015) A Prefeitura de Macapá pretende


vender alguns de seus bens móveis, tais como mesas e cadeiras, por serem inservíveis à Ad-
ministração. Nesse caso, a licitação é
a) cabível, na modalidade leilão.
b) dispensável.
c) inexigível.
d) cabível, na modalidade pregão.
e) cabível, na modalidade convite.

Questão 91 (FCC/TJ/TRE-AP/ADMINISTRATIVA/2015) O Tribunal Regional Eleitoral do


Amapá realizou licitação na modalidade concurso para a escolha de determinado trabalho
técnico. Assim, publicou, na Imprensa Oficial, o edital referente ao aludido procedimento li-
citatório e, posteriormente, foram apresentados os respectivos trabalhos. Nos termos da Lei
n. 8.666/1993, o prazo mínimo que deve ser respeitado entre a publicação do edital na Im-
prensa Oficial e a apresentação dos trabalhos é
a) 45 dias.
b) 30 dias.
c) 90 dias.
d) 60 dias.
e) 20 dias.

Questão 92 (FCC/TJ/TRE-SP/APOIO ESPECIALIZADO/PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS/2017)


Atenção: A questão, refere-se ao conteúdo de Noções de Direito Administrativo.
Uma unidade pública escolar conseguiu recursos para modernização de seus equipamentos
de informática, pois a quase totalidade dos computadores utilizados pelos alunos foi inu-
tilizada durante uma inundação ocorrida no imóvel em período de fortes chuvas. Conside-
rando-se que esse conjunto de computadores era patrimoniado e que a diretoria de ensino
competente pretende se desfazer dele,

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a) deverá licitar a alienação desse material, por meio de concorrência ou convite.


b) deverá licitar a alienação dos bens, por meio de leilão.
c) poderá licitar a alienação dos bens, por meio de qualquer das modalidades legalmente pre-
vistas, conforme o valor de avaliação dos mesmos.
d) poderá alienar os bens com dispensa de licitação, por se tratar de hipótese expressamente
prevista para tanto.
e) deverá licitar a alienação dos bens, por meio de leilão ou tomada de preços.

Questão 93 (FCC/AJ/TRT-24ª/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2017) A União Fe-


deral pretende contratar instituição brasileira que exerce atividade de recuperação social do
preso. Cumpre salientar que a instituição não tem fins lucrativos, sendo seu objetivo de cará-
ter exclusivamente social. Além disso, é detentora de indubitável reputação ético-profissio-
nal. Nesse caso, conforme preceitua a Lei n. 8.666/1993, a licitação é
a) dispensável.
b) obrigatória na modalidade convite.
c) obrigatória na modalidade concurso.
d) inexigível.
e) obrigatória na modalidade tomada de preços.

Questão 94 (FCC/AJ/TRT-6ª/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2018)


A escolha entre as modalidades de licitação, de acordo com a Lei no 8.666/1993,
a) dá-se sempre por opção discricionária do administrador, que deve considerar a natureza e
a relevância da contratação em prol do interesse público.
b) dá-se por determinação expressa da lei, cabendo a escolha ao administrador dentre as
diversas modalidades existentes, no caso de omissão legal.
c) é estabelecida expressamente somente em virtude do valor da contratação, aplicando-se,
nos demais casos, a modalidade que melhor atender as finalidades da Administração pública.
d) difere conforme o valor ou o bem objeto do certame, aplicando-se o leilão na omissão legal
ou, a critério do administrador, a concorrência.
e) pode se dar em razão do valor da contratação ou da natureza do objeto, aplicando-se a
concorrência nos casos de omissão.

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Questão 95 (FCC/AJ/TRT-6ª/ADMINISTRATIVA/2018) Conforme a Lei n.  8.666/1993, que


institui normas para licitações e contratos da Administração pública e dá outras providências,
a modalidade licitatória concorrência pública
a) destina-se a trazer o maior número possível de licitantes ao certame e propiciar a maior
competição possível entre entes.
b) permite que qualquer interessado possa contratar com o poder público, pois não admite
habilitação técnica e financeira.
c) destina-se à contratação de bens e serviços comuns, observado o limite legal do valor da
contratação.
d) prevê o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias entre a publicação do edital e a apresentação
dos envelopes de habilitação e propostas de preços.
e) permite a participação apenas de licitantes previamente cadastrados, o que pode dispensar
a apresentação de documentos relativos à capacidade jurídica e regularidade fiscal.

Questão 96 (FCC/ANA LEG/ALESE/APOIO TÉCNICO AO PROCESSO LEGISLATIVO/PRO-


CESSO LEGISLATIVO/2018) Dentre os princípios aplicáveis às licitações regidas pela Lei
n. 8.666/1993 e que também podem ser transpostos para outros procedimentos da mesma
natureza, destaca-se o princípio
a) da adjudicação compulsória, na medida em que finda a licitação, fica o poder público obriga-
do a celebrar o contrato com o licitante vencedor, sob pena de indenização por perdas e danos.
b) da publicidade, que possui sentido peculiar, na medida em que os orçamentos e planilhas
de custo da Administração são divulgados apenas na sessão de abertura dos envelopes das
propostas, para garantir o menor preço.
c) do julgamento objetivo, que exige que as licitações sejam sempre realizadas pelo critério
do menor preço, a fim de garantir a racionalização dos gastos públicos.
d) da vinculação ao instrumento convocatório, que exige da Administração e dos licitantes
a observância das regras e condições impostas no edital, durante todo o processamento da
licitação, garantindo igualdade entre os competidores.
e) da livre competição, que não admite o estabelecimento de requisitos de habilitação técnica
ou financeira, desde que sejam apresentadas garantias.

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Questão 97 (FCC/ENG/EMAE/CIVIL/2018) A Lei no 8.666/1993 e respectivas alterações es-


pecifica as regras para licitações e contratos. Em termos gerais, subordinam-se ao regime
desta lei SOMENTE
a) os órgãos da Administração direta, fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas,
as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas di-
reta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
b) os órgãos de Administração direta, as autarquias, as fundações públicas e as empresas de
caráter público.
c) as fundações públicas, os  fundos especiais e entidades diretamente controladas pela
União, Estado, Distrito Federal e Municípios.
d) os órgãos de Administração direta, as autarquias e empresas públicas.
e) os órgãos da Administração direta, as  empresas públicas, as  sociedades de economia
mista e demais entidades controladas diretamente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.

Questão 98 (FCC/ENG/EMAE/MECÂNICA/2018) A Lei no 8.666/1993 estabelece que, em


igualdade de condições, como critério de desempate em licitações, será assegurada prefe-
rência, sucessivamente, aos bens e serviços
I – tempo de atuação da empresa no mercado brasileiro.
II – histórico de produtos comercializados pela empresa no mercado brasileiro.
III – empresa nacional ou multinacional e respectivo capital.
IV – produzidos no País.
V – produzidos por empresas brasileiras.
VI – produzidos por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecno-
logia no País.

Está correto o que consta APENAS em


a) I, II, III e V.
b) I, II e III.
c) I, IV e VI.

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d) II, III e VI.


e) IV, V e VI.

Questão 99 (FCC/ESP ED/PREFEITURA DE MACAPÁ/ADMINISTRADOR/2018) Considere que


a Secretaria da Educação necessite adquirir insumos para preparação da merenda dos alu-
nos, entre os quais frutas e verduras. Em se tratando de produtos perecíveis, a  autoridade
encarregada das compras considerou juridicamente possível efetuar as compras sem prévio
procedimento licitatório, pelo preço do dia. De acordo com as disposições aplicáveis da Lei
n. 8.666/1993, a dispensa de licitação afigura-se juridicamente
a) incabível, salvo em situação de emergência ou calamidade pública, devidamente comprovada.
b) cabível, desde que durante o tempo necessário para a realização do correspondente pro-
cedimento licitatório.
c) cabível, apenas se as compras forem realizadas sob o regime de adiantamento, observados
os preços de mercado.
d) incabível, salvo se houver ata de registro de preços em vigor, que poderá ser utilizada para
fins de dispensa do procedimento licitatório cabível.
e) cabível, desde que configurada inviabilidade de competição pela existência de menos de 3
produtores locais.

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GABARITO
1. E 29. C 57. a
2. E 30. C 58. d
3. E 31. C 59. c
4. e 32. C 60. c
5. C 33. E 61. e
6. E 34. C 62. c
7. C 35. E 63. e
8. C 36. E 64. a
9. E 37. b 65. c
10. C 38. E 66. a
11. E 39. E 67. b
12. C 40. E 68. e
13. C 41. C 69. d
14. C 42. E 70. e
15. E 43. E 71. d
16. E 44. C 72. e
17. E 45. E 73. b
18. E 46. a 74. b
19. E 47. b 75. c
20. C 48. C 76. e
21. C 49. a 77. c
22. E 50. b 78. b
23. C 51. E 79. c
24. E 52. c 80. b
25. E 53. E 81. e
26. E 54. E 82. e
27. e 55. d 83. c
28. C 56. d 84. c

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85. a
86. c
87. d
88. d
89. b
90. a
91. a
92. b
93. a
94. e
95. a
96. d
97. a
98. e
99. b

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ENGENHARIA CIVIL/2020) Julgue o pró-
ximo item, relativo a licitação de obras públicas.
Em processo licitatório para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, deve-se utili-
zar uma combinação das modalidades convite e concurso.

Errado.

A escolha de trabalho técnico, científico ou artístico deve ser feita por meio da modalidade
licitatória denominada concurso.

Art. 22, § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedên-
cia mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

Questão 2 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ENGENHARIA CIVIL/2020) Julgue o item


a seguir, relativo a contratos de obras públicas.
O edital de processo de contratação de obra e serviço de engenharia deve conter, entre outras
informações, a modalidade, o regime de execução e o tipo de licitação, bem como as condi-
ções de pagamento, sendo facultado ao agente público divulgar o cronograma de desembol-
so máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros.

Errado.

O erro da questão está em afirmar que o cronograma de desembolso máximo por período
trata-se de uma faculdade do edital da licitação. De acordo com a Lei das Licitações, tal cro-
nograma deve obrigatoriamente ser divulgado.

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição
interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de
que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem
como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:

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XIV – condições de pagamento, prevendo:


b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de
recursos financeiros;

Questão 3 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ENGENHARIA CIVIL/2020) Julgue o pró-


ximo item, relativo à licitação de obras públicas.
A revogação consiste em desfazer um ato válido, legítimo, porém não mais conveniente, útil
ou oportuno para a administração pública, não cabendo recurso administrativo após a inti-
mação desse ato ou a lavratura da ata.

Errado.

Considerando que a revogação pode afetar os direitos dos particulares que participaram da
licitação, nada mais natural do que assegurar que estes, caso entendam devido, possam in-
terpor recurso administrativo.

Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:


I – recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata,
nos casos de:
c) anulação ou revogação da licitação;

Questão 4 (CEBRASPE/CESPE/AJ/TJ-PA/ADMINISTRAÇÃO/2020) Nos casos de inexigi-


bilidade de licitação, a  autoridade superior de órgão público possui uma função específica
como condição para eficácia do ato de contratação direta. Essa condição consiste em
a) ratificar o atestado de exclusividade expedido pelo órgão de registro do comércio local,
após a pesquisa de preços.
b) realizar a pesquisa de preço e publicá-la conjuntamente com a comissão de licitação.
c) aprovar e publicar o projeto básico antes do lançamento do respectivo edital.
d) ratificar e publicar os serviços considerados como de natureza singular.
e) ratificar e publicar a contratação direta na imprensa oficial, no prazo de cinco dias, após
receber a comunicação, feita dentro do prazo de três dias.

Letra e.
A questão deve ser respondida com base nas disposições do artigo 26 da Lei das Licitações,
de seguinte redação:

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Art.  26. As  dispensas previstas nos §§  2º e 4º do art.  17 e no inciso III e seguintes do art.  24,
as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento
previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três)
dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco)
dias, como condição para a eficácia dos atos.

Sendo assim, devemos memorizar para a prova que as seguintes medidas devem ser pratica-
das como condição para a eficácia dos atos de inexigibilidade:
• comunicação, no prazo de 3 dias, à autoridade superior;
• ratificação e publicação na imprensa oficial, por parte da autoridade superior, no prazo
de 5 dias.

Questão 5 (CEBRASPE/CESPE/AFRE/SEFAZ-AL/2020) Julgue o próximo item, relativo a li-


citações e contratos administrativos.
A existência de fornecedor exclusivo de determinado produto é hipótese de inexigibilidade de
licitação.

Certo.
Conforme afirmado, a existência de fornecedor exclusivo é um dos motivos ensejadores da
inexigibilidade de licitação.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por pro-
dutor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

Questão 6 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPECE/DIREITO/2020) Acerca de dispensa e ine-


xigibilidade de licitação, julgue o item que se segue à luz da Lei n.º 8.666/1993.
Na legislação pertinente, as hipóteses de dispensa são exemplificativas, ao passo que o rol de
hipóteses de inexigibilidade é taxativo.

Errado.
É justamente o contrário. As situações de licitação dispensável constam como uma lista ta-
xativa, ainda que várias sejam as hipóteses que tenham sido incorporadas ao texto legal
desde a sua edição.

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Já as hipóteses de licitação inexigível estão exemplificativamente presentes no texto da Lei


das Licitações.

Questão 7 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020) Acerca de dispensa e


inexigibilidade de licitação, julgue o item que se segue à luz da Lei n.º 8.666/1993.
Comprovado superfaturamento em um processo de contratação direta, a responsabilidade do
fornecedor e do agente público que originaram o dano causado à fazenda pública é solidária.

Certo.
De acordo com o §2º do artigo 25 da Lei das Licitações, “na hipótese deste artigo e em qual-
quer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente
pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente
público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis”.

Questão 8 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ENGENHARIA CIVIL/2020) Julgue o pró-


ximo item, relativo à licitação de obras públicas.
É hipótese de inexigibilidade de licitação a contratação de profissional ou empresa de notória
especialização para fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras, de natureza singu-
lar, quando houver inviabilidade de competição.

Certo.
A situação em questão se enquadra nos serviços técnicos de natureza singular, oportunidade
em que a licitação, nas situações de inviabilidade jurídica de competição, será inexigível.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação;
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os
trabalhos relativos a:
IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;

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Questão 9 (CEBRASPE/CESPE/TEC MIN/MPE-CE/2020) À luz das disposições da Lei n.º


8.666/1993, que institui normas para licitações e contratos da administração pública, julgue
o próximo item.
Caracteriza hipótese de dispensa de licitação a necessidade de contratação de serviços téc-
nicos, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, para
restauração de obra de arte, com valor histórico, de determinado museu municipal.

Errado.
A situação narrada pelo enunciado é hipótese de licitação inexigível, e não de licitação dis-
pensável.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação;
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os
trabalhos relativos a:
VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

Questão 10 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STM/APOIO ESPECIALIZADO/ANÁLISE DE SISTE-


MAS/2018) Acerca do acesso à informação e da licitação administrativa, julgue o item que se
segue.
Nas hipóteses de contratação direta por dispensa ou por inexigibilidade de licitação, caso
se comprove superfaturamento, o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público
responsável pelo ato responderão, de forma solidária, pelo dano causado à fazenda pública.

Certo.
Tanto nas situações de inexigibilidade quanto nos casos de dispensa, em caso de superfatu-
ramento, responderão pelo dano causado, de forma solidária, o fornecedor ou o prestador de
serviços e o agente público responsável.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfatura-
mento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o pres-
tador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.

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Questão 11 (CESPE/AUFC/TCU/CONTROLE EXTERNO/2015) Com base nas normas que re-


gulam as licitações e os contratos administrativos, julgue o item.
Dado o princípio da isonomia, é vedado atribuir preferências para bens e serviços produzidos
e prestados no Brasil, ou por empresas brasileiras, mesmo que se trate de critério de desem-
pate em procedimentos licitatórios, situação que deverá ser resolvida por sorteio.

Errado.
Ainda que a isonomia seja um princípio norteador de todas as licitações, deve o Poder Públi-
co, em caso de empate, assegurar preferência aos bens e serviços que atendam uma séria de
peculiaridades, conforme previsão do artigo 3º, § 2º, da Lei n. 8.666/1993:

§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, suces-
sivamente, aos bens e serviços:
II – produzidos no País;
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País.
V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que aten-
dam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

Questão 12 (CESPE/ADM/FUB/2015) Com base na Lei de Licitações e Contratos e no Esta-


tuto e Regimento Geral da Universidade de Brasília, julgue o item que se segue.
Se, em determinado processo licitatório, houver empate e igualdade de condições entre con-
correntes, deverá ser dada preferência à concorrente que produzir bens e serviços no Brasil
em detrimento da empresa que o fizer em país estrangeiro.

Certo.
Em caso de empate, uma série de critérios são utilizados para assegurar margem de prefe-
rência a certos licitantes. E o primeiro destes critérios é o de bens e serviços produzidos no
Brasil, conforme previsão do artigo 3º, §2º, II, da Lei n. 8.666/1993:

§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, suces-
sivamente, aos bens e serviços:
II – produzidos no País;

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Questão 13 (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o seguinte item, referente a li-


citações, pregão e sistema de registro de preços.
A impessoalidade é princípio que norteia a administração e está intimamente afeta às licita-
ções públicas.

Certo.
O princípio que fundamenta a realização das licitações é a impessoalidade, por meio do qual a
Administração Pública deve assegurar igualdade de condições a todos os interessados, sem
levar em conta características pessoais dos licitantes.

Questão 14 (CESPE/TJ/STJ/APOIO ESPECIALIZADO/SAÚDE BUCAL/2015) Julgue o item a


seguir, referentes a institutos diversos do direito administrativo.
O objetivo da licitação pública é escolher a proposta mais vantajosa para o futuro contrato e
fazer prevalecer o princípio da isonomia, visando à promoção do desenvolvimento nacional
sustentável.

Certo.
Trata-se do objetivo da licitação, conforme previsão do artigo 3º da Lei n. 8.666/1993, de se-
guinte teor:

Art.  3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia,


a  seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios bá-
sicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos.

Questão 15 (CESPE/ANA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com base no que dispõe a


Lei n.º 8.666/1993 e suas alterações, julgue o item que se segue.
Dado o princípio da transparência dos atos administrativos, o conteúdo das propostas apre-
sentadas na licitação deve ficar disponível à consulta pública até a data de sua abertura.

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Errado.
O conteúdo das propostas apenas ficará disponível ao público em geral após a respectiva
abertura, conforme previsão do artigo 3º, § 3º, da Lei n. 8.666/1993: “a licitação não será si-
gilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao
conteúdo das propostas, até a respectiva abertura”.

Questão 16 (CESPE/AJ/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Determinado ente da administra-


ção pública deseja realizar procedimento licitatório para a contratação de serviços de segu-
rança patrimonial armada para seu edifício sede.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item.
O valor estimado da contratação é determinante na escolha da modalidade licitatória a ser
adotada: concorrência pública, tomada de preços, convite ou pregão.

Errado.
Dentre as modalidades previstas na Lei n. 8.666/1993, três delas levam em conta o valor es-
timado da contratação: concorrência, tomada de preços e convite.

Modalidade Obras e Serviços de Engenharia Compras e demais Serviços


Convite Até R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Mais que R$ 3.300.000,00 Mais que R$ 1.430.000,00

Já o pregão, que não está previsto na Lei n. 8.666/1993, destina-se à aquisição de bens e
serviços comuns, não possuindo limite de preço para a sua utilização.

Questão 17 (CESPETRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o item a seguir, referente a res-


ponsabilidade civil do Estado e licitações.
As modalidades de licitação incluem a concorrência, a tomada de preços, o convite, o concur-
so, o leilão e a seleção por melhor técnica e preço.

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Errado.
São modalidades de licitação previstas na Lei n. 8.666/1993 a concorrência, a  tomada de
preços, o convite, o leilão e o concurso. Além destas, são modalidades previstas em nosso
ordenamento o pregão e a consulta.
A melhor técnica e a técnica e preço são tipos (e não modalidades) de licitação.

Questão 18 (CESPE/TJ/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) Com rela-


ção a licitações, julgue o item que se segue.
Na modalidade convite, empresas que não tenham sido convidadas pela administração não
poderão participar da licitação.

Errado.
Encontramos a resposta para a questão com base no conceito apresentado no artigo 22, §3º,
da Lei n. 8.666/1993, de seguinte teor:

Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastra-
dos ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa,
a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência
de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

Observa-se, desta forma, que poderão participar do convite tanto os licitantes cadastrados
quanto os não cadastrados.

Questão 19 (CESPE/ATA/DPU/2016) Uma autarquia federal, desejando comprar um bem


imóvel — não enquadrado nas hipóteses em que a licitação é dispensada, dispensável ou
inexigível — com valor de contratação estimado em R$ 50.000,00, efetuou licitação na moda-
lidade concorrência.
Considerando a situação descrita, julgue o item a seguir, acerca da organização administra-
tiva da União, das licitações e contratos administrativos e do disposto na Lei n.º 8.112/1990.
Em virtude do valor de contratação estimado, se cumpridas as exigências legais, seria permi-
tida a realização da licitação sob a modalidade convite.

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Errado.
A modalidade licitatória que deve ser utilizada para a aquisição de bens imóveis é a concor-
rência, conforme previsão do artigo 23, §3º da Lei n. 8.666/1993:

§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto,
tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas con-
cessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso,
observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de
cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou
serviço no País.

Questão 20 (CESPE/ANA/FUNPRESP/ ADMINISTRATIVA/2016) Com relação às hipóteses de


dispensa e inexigibilidade de licitação previstas na Lei n.º 8.666/1993, julgue o item a seguir.
A licitação é dispensável para a aquisição ou restauração de obras de arte e de objetos his-
tóricos com autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do
órgão ou da entidade.

Certo.
Trata-se de uma das hipóteses de licitação dispensável, conforme previsão do artigo 24, XV,
da Lei das Licitações.

Art. 24. É dispensável a licitação:


XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certi-
ficada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.

Questão 21 (CESPE/ADM/FUB/2015) De acordo com os dispositivos legais que regulam as


licitações públicas, julgue o item a seguir.
Nos casos de inviabilidade de competição, como a contratação de profissional de qualquer
setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública, apli-
ca-se a contratação direta, pois se caracteriza a inexigibilidade de licitação.

Certo.
A contratação de profissional artístico reconhecido pela crítica trata-se de uma das hipóteses
de licitação inexigível, conforme previsão do artigo 25, III, da Lei n. 8.666/1993:

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Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre-
sário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Questão 22 (CESPE/TEC NS/MPOG/”ENAP”/2015) Sobre procedimento licitatório e inexigi-


bilidade de licitação, julgue o item subsecutivo.
Se um órgão público tiver de adquirir material que só possa ser fornecido por representante
comercial exclusivo, a licitação será inexigível e a administração ficará dispensada de justifi-
car os preços praticados.

Errado.
Na situação narrada, estamos diante de uma inviabilidade de competição, devendo a licitação
ser declarada inexigível.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por pro-
dutor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

No caso, ainda que a licitação seja inexigível, deve o Poder Público justificar os preços con-
tratados, conforme disposição do artigo 25 da Lei n. 8.666/1993:

Art.  26. As  dispensas previstas nos §§  2º e 4º do art.  17 e no inciso III e seguintes do art.  24,
as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento
previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três)
dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco)
dias, como condição para a eficácia dos atos.

Questão 23 (CESPE/ANA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com relação às hipóteses de


dispensa e inexigibilidade de licitação previstas na Lei n.º 8.666/1993, julgue o item a seguir.
Será inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição para contratação de
profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou por intermédio de empresário exclusi-
vo, se o profissional for consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

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Certo.
A contratação de profissional artístico reconhecido pela crítica trata-se de uma das hipóteses
de licitação inexigível, conforme previsão do artigo 25, III, da Lei n. 8.666/1993:

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre-
sário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Questão 24 (CESPE/ADM/MPOG/2015) De acordo com a Lei de Licitações, julgue o item que


se segue.
O registro de preços é a modalidade de licitação utilizada para as compras efetuadas pela
administração pública.

Errado.
O registro de preços não se trata de uma modalidade de licitação, mas sim de uma técnica
utilizada com a finalidade de otimizar as compras realizadas pelo Poder Público.

Questão 25 (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o seguinte item, referente a li-


citações, pregão e sistema de registro de preços.
As entidades federais não participantes do sistema de registro de preços poderão aderir à
ata de registro de preços de outros entes da Federação, desde que devidamente justificada a
vantagem e mediante anuência do órgão gerenciador, cabendo ao fornecedor beneficiário da
ata, observadas as condições nela estabelecidas, aceitar ou não a adesão.

Errado.
Com relação aos caronas (entidades que fazem uso da ata de registro de preços de outros
entes federativos), a contratação apenas ocorrerá, atendidas as demais condições, se o par-
ticular fornecedor assim concordar.

Art. 22. Desde que devidamente justificada a vantagem, a ata de registro de preços, durante sua
vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou entidade da administração pública federal que
não tenha participado do certame licitatório, mediante anuência do órgão gerenciador.

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§ 2º Caberá ao fornecedor beneficiário da ata de registro de preços, observadas as condições nela
estabelecidas, optar pela aceitação ou não do fornecimento decorrente de adesão, desde que não
prejudique as obrigações presentes e futuras decorrentes da ata, assumidas com o órgão geren-
ciador e órgãos participantes.

Questão 26 (CESPE/ANA/FUNPRESP/ ADMINISTRATIVA/2016) De acordo com o Decreto n.º


7.892/2013, que regula o sistema de registro de preços, julgue o item a seguir.
Entidades da administração pública federal podem aderir a atas de registro de preços geren-
ciadas por órgãos e entidades municipais, distritais ou estaduais.

Errado.
De acordo com os §§ 8º e 9º do artigo 22 do Decreto 7.892, temos a regra a ser observado
com relação às atas de registro de preços de outros entes federativos:

§ 8º É vedada aos órgãos e entidades da administração pública federal a adesão a ata de registro
de preços gerenciada por órgão ou entidade municipal, distrital ou estadual.
§ 9º É facultada aos órgãos ou entidades municipais, distritais ou estaduais a adesão a ata de re-
gistro de preços da Administração Pública Federal.

Logo, os órgãos da Administração Pública Federal não podem utilizar a ata de órgãos ou en-
tidades estaduais, distritais ou municipais. Em sentido oposto, é permitida a utilização, pelas
entidades e órgãos municipais, estaduais e distritais, da ata de registro de preços realizada
na esfera federal.

Questão 27 (CESPE/TNS/PREF SL/ENGENHARIA CIVIL/2017) Se a administração decidir li-


citar uma obra sem previsão de recursos orçamentários, o gestor público responsável pela
decisão
a) poderá licitar a obra, mas a homologação da licitação estará condicionada à existência de
crédito orçamentário.
b) poderá licitar a obra, mas a assinatura do contrato estará condicionada à existência de
crédito orçamentário.
c) deverá captar recursos até o momento da homologação da licitação.
d) poderá prever no edital que o futuro contratado providencie o financiamento necessário
para a obra em bancos públicos.
e) não poderá licitar a obra enquanto não houver previsão de recursos orçamentários.

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Letra e.
Para que a licitação possa ser realizada, deve, obrigatoriamente, haver a previsão de recursos
orçamentários para o pagamento de todas as obrigações decorrentes do procedimento.

Art. 7º, § 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:


III – houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações de-
correntes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo
com o respectivo cronograma;

Questão 28 (CESPE/AGE/SE-DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Acerca de licitações, contratos e


convênios na administração pública, julgue o item.
A estrita observância ao edital constitui princípio básico de toda licitação. Assim, o descum-
primento desse requisito enseja nulidade do certame.

Certo.
Estamos diante do princípio da vinculação ao instrumento convocatório, conforme previsão
do artigo 41 da Lei n. 8.666/1993:

Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha
estritamente vinculada.

Questão 29 (CESPE/AGE/SE-DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Acerca de licitações, contratos e


convênios na administração pública, julgue o item.
A aquisição de produtos e serviços com recursos transferidos pela União, por meio de convê-
nios com entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, deve ser precedida de licitação,
ressalvados os casos previstos pela legislação própria.

Certo.
Importante questão para conhecermos o posicionamento da banca acerca da obrigatoriedade
de realização de licitação quando os recursos forem decorrentes da celebração de convênios.
No caso, devemos fazer uso das disposições do artigo 116 da Lei das Licitações:

Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e
outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.

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Questão 30 (CESPE/PROC MUN/PREFEITURA DE FORTALEZA/2017) Acerca da intervenção do


Estado na propriedade, das licitações e dos contratos administrativos, julgue o seguinte item.
Situação hipotética: Pretendendo contratar determinado serviço por intermédio da modalida-
de convite, a administração convidou para a disputa cinco empresas, entre as quais apenas
uma demonstrou interesse apresentando proposta. Assertiva: Nessa situação, a administra-
ção poderá prosseguir com o certame, desde que devidamente justificado.

Certo.
Na situação apresentada, a licitação deve ser continuada, uma vez que, ainda que o número
de convidados tenha sido superior a 3, apenas uma das empresas, por desinteresse das de-
mais, apresentou proposta.

Art. 22, § 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for
impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3º deste artigo, essas cir-
cunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.

Questão 31 (CESPE/PROC MUN/PREFEITURA DE FORTALEZA/2017) Acerca da intervenção do


Estado na propriedade, das licitações e dos contratos administrativos, julgue o seguinte item.
Caso, em decorrência de uma operação da Polícia Federal, venha a ser apreendida grande
quantidade de equipamentos com entrada ilegal no país, a administração poderá realizar lei-
lão para a venda desses produtos.

Certo.
Uma das finalidades do leilão é a utilização para a venda de produtos legalmente apreendidos
ou penhorados.

Art. 22, § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.

Questão 32 (CESPE/AUX TEC CE/TCE-PA/INFORMÁTICA/2016) Com base no disposto nas


Leis n.º 8.666/1993 e n.º 10.520/2002, julgue o item que se segue.

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A administração deve realizar procedimento licitatório para a contratação, com terceiros, de


compras, serviços, obras, alienações e permissões, entre outros objetos.

Certo.
A questão apresenta o conceito geral acerca da obrigatoriedade da realização de licitação.
Assim, as obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permis-
sões e locações devem, como regram geral, ser precedidas de licitação.

Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões


e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.

Questão 33 (CESPE/AUD CE/TCE-PA/FISCALIZAÇÃO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca das


normas para licitações e contratos da administração pública, julgue o item subsequente.
De acordo com a legislação vigente, é permitida, conforme o tamanho do contrato, a criação de
novas modalidades de licitação ou a implantação de processos licitatórios mistos e adaptados.

Errado.
A criação de novas modalidades licitatórias ou a combinação das modalidades existentes é
vedada pela Lei n. 8.666/1993:

Art. 22, § 8º É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas
neste artigo.

Questão 34 (CESPE/ANA MPU/MPU/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ATUARIAL/2015)


Julgue o próximo item, acerca de inexigibilidade de licitação e do leilão como modalidade
licitatória.
Se a administração pública pretender vender bens móveis inservíveis, ela deverá fazê-lo me-
diante leilão a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação dos bens
em questão.

Certo.
Trata-se de uma das possibilidades de utilização da modalidade licitatória leilão.

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Art. 22, § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.

Questão 35 (CESPE/AUD GOV/CGE-PI/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2015) A respei-


to da contratação de bens e serviços de TI, julgue o item a seguir, de acordo com a Lei n.º
8.666/1993.
A modalidade de licitação por leilão pode ocorrer entre os interessados, previamente cadas-
trados, que atendam aos requisitos exigidos para o cadastramento até o terceiro dia anterior
à data de recebimento das propostas.

Errado.
A modalidade licitatória que exige o cadastramento até o terceiro dia anterior à data do rece-
bimento das propostas é a tomada de preços, e não o leilão.

Art. 22, § 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente ca-
dastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

Questão 36 (CESPE/AUD CE/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/ADMINISTRAÇÃO/2016) Com rela-


ção à licitação pública, julgue o item seguinte.
Concurso é a modalidade de licitação indicada para a escolha de trabalho técnico ou científi-
co, mediante a instituição aos vencedores de prêmios em dinheiro, conforme critérios cons-
tantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de trinta dias.

Errado.
No concurso, a antecedência do edital deve ser de 45 dias, e não 30, conforme afirmado pela
questão.

Art. 22, § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos ven-
cedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência
mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

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Questão 37 (CESPE/TJ/TRE-PI/ADMINISTRATIVA/2016) Caso determinado órgão público


pretenda contratar serviço técnico de treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, de natureza
singular, a ser prestado por pessoa jurídica de notória especialização, a licitação
a) será dispensada.
b) será inexigível.
c) será dispensável, devido ao fato de se referir a serviço técnico específico.
d) deverá ser do tipo melhor técnica.
e) deverá ser realizada na modalidade convite.

Letra b.
No caso em tela, a licitação é considerada inexigível, uma vez que se trata de serviço de na-
tureza singular.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação;

Questão 38 (CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) No que se re-


fere aos contratos e licitações e à responsabilidade civil, julgue o item subsequente.
As hipóteses de dispensa de licitação estão previstas em rol exemplificativo, cabendo ao
agente público justificar a necessidade de contratação direta.

Errado.
As situações de dispensa constam como um rol taxativo, e não exemplificativo. Logo, a licita-
ção apenas poderá ser dispensada nas hipóteses previstas na Lei n. 8.666/1993.

Questão 39 (CESPE/TA/ANVISA/2016) O teto de um imóvel pertencente à União desabou em


decorrência de fortes chuvas, as quais levaram o poder público a decretar estado de calami-
dade na região. Maria, servidora pública responsável por conduzir o processo licitatório para

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a contratação dos serviços de reparo pertinentes, diante da situação de calamidade pública,


decidiu contratar mediante dispensa de licitação. Findo o processo de licitação, foi escolhida
a Empresa Y, que apresentou preços superiores ao preço de mercado, mas, reservadamente,
prometeu, caso fosse contratada pela União, realizar, com generoso desconto, uma grande
reforma no banheiro da residência de Maria. Ao final, em razão da urgência, foi firmado con-
trato verbal entre a União e a Empresa Y e executados tanto os reparos contratados quanto a
reforma prometida.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Maria equivocou-se ao enquadrar a situação como típica de dispensa de licitação, tendo em
vista que, nos casos de calamidade, é possível a contratação por inexigibilidade.

Errado.
A situação em questão enquadra-se como licitação dispensável, ou seja, que pode ou não ser
realizada. Não é possível, ao contrário do que afirmado pela questão, a contratação por meio
de inexigibilidade.

Art. 24. É dispensável a licitação:


IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendi-
mento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens neces-
sários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e ser-
viços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos;

Questão 40 (CESPE/TEC AE/DPU/2016) A respeito da responsabilidade civil do Estado e das


licitações, julgue o item subsequente.
A exigência de processo licitatório para a contratação aplica-se apenas às pessoas jurídicas
de direito público.

Errado.
A exigência de licitação trata-se de um imperativo destinado, dentre outros, a todos os órgãos
e entidades da Administração Pública. Dentre as entidades, encontram-se as empresas pú-
blicas e as sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de direito privado.

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Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes
a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta,
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades
de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.

Questão 41 (CESPE/TCU/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/2015) A respeito de licita-


ções, julgue o item.
Dado o princípio da adjudicação compulsória, a administração não pode, concluída a licita-
ção, atribuir o objeto desse procedimento a outrem que não o vencedor.

Certo.
Concluído o procedimento licitatório, o objeto da licitação é adjudicado a um vencedor. Com
isso, caso a Administração Pública resolva realizar uma contratação pertinente ao objeto,
apenas poderá fazer com o licitante que recebeu a adjudicação, ou seja, com o vencedor do
procedimento licitatório.

Questão 42 (CESPE/AGE/SE-DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) Acerca de licitações, contratos e


convênios na administração pública, julgue o item.
Concorrência, pregão e parcerias são, segundo a Lei n.º 8.666/1993, as  modalidades de
licitação.

Errado.
Cinco são as modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993:

Art. 22. São modalidades de licitação:


I – concorrência;
II – tomada de preços;
III – convite;
IV – concurso;
V – leilão.

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Questão 43 (CESPE/ADM/FUB/2015) De acordo com os dispositivos legais que regulam as


licitações públicas, julgue o item a seguir.
A concorrência pública é a modalidade de licitação que deve ser utilizada para a venda de
bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou pe-
nhorados, ou para a alienação de bens imóveis.

Errado.
Nas situações apresentadas, a modalidade que deve ser utilizada é o leilão, conforme previ-
são do artigo 22, § 5º da Lei n. 8.666/1993:

Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis in-
servíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a
alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao
valor da avaliação.

Questão 44 (CESPE/ESP GT/TELEBRAS/CONTADOR/2015) A respeito das licitações públi-


cas e dos contratos administrativos, julgue o item a seguir à luz da legislação pertinente.
A fase externa da licitação, conforme previsão legal, tem início com a divulgação do edital.

Certo.
A fase externa das licitações tem início com a publicação do edital, oportunidade em que os
particulares tomam conhecimento do interesse da Administração Pública em contratar.

Questão 45 (CESPE/APF/DEPEN/ÁREA 1/2015) Com relação aos processos licitatórios na


administração pública, julgue o item.
A homologação do certame é o ato administrativo pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da
licitação, outorgando-lhe a titularidade jurídica do resultado alcançado.

Errado.
A homologação é o ato pelo qual a autoridade atesta que todas as etapas do procedimento
licitatório foram cumpridas dentro da legalidade. A adjudicação, por sua vez, é o ato no qual o
Poder Público atribui ao vencedor o objeto da licitação.

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Questão 46 (CEBRASPE/CESPE/AFRE/SEFAZ-RS/2019) Um estado da Federação criou uma


premiação como forma de reconhecimento pelos serviços prestados por agentes públicos de
diversos órgãos. Assim, o estado contratou um artista plástico amplamente consagrado pela
crítica especializada para elaborar os troféus e as medalhas, hipótese que configura
a) inexigibilidade de licitação.
b) dispensa de licitação.
c) leilão.
d) concorrência.
e) tomada de preço.

Letra a.
Na situação narrada, estamos diante da contratação de artista consagrado pela crítica espe-
cializada, hipótese que configura inexigibilidade de licitação.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre-
sário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Questão 47 (CEBRASPE/CESPE/JE/TJ-BA/2019) Um município deseja realizar obra de


construção de uma ponte. Embora pequena, a  obra é complexa, sem especificação usual,
dada a peculiaridade do terreno, e está orçada em cerca de R$ 1,6 milhão.
Nessa situação hipotética, o gestor poderá escolher, para a contratação, a licitação na moda-
lidade
a) convite.
b) concorrência.
c) pregão.
d) leilão.
e) concurso.

Letra b.
Para responder à questão, vejamos os valores que devem ser observados para a utilização de
determinadas modalidades licitatórias.

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Modalidade Obras e Serviços de Engenharia Compras e demais Serviços


Convite Até R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 Acima de R$ 1.430.000,00

Além disso, é importante destacar que, de acordo com o §4º do artigo 23 da Lei n. 8.666/1993,
“nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em
qualquer caso, a concorrência”.
Assim, analisando a tabela de valores, verifica-se que, em razão do valor da contratação, duas
são as modalidades licitatórias que podem ser utilizadas, sendo elas a concorrência e a to-
mada de preços.

Questão 48 (CEBRASPE/CESPE/ASSP/PGE-PE/2019) Julgue o item subsequente, relativo a


processos licitatórios.
A contratação direta por notória especialização é caso especial de inexigibilidade de licitação.

Certo.
Quando a contratação está pautada no requisito da notória especialização, a licitação não
poderá ser realizada, uma vez que a hipótese se enquadra em licitação inexigível.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação;

Questão 49 (CEBRASPE/CESPE/JE/TJ-SC/2019) Um bem imóvel, que foi adquirido pela ad-


ministração pública em decorrência de procedimento judicial, deverá ser alienado.
Nessa situação, à luz da Lei n.º 8.666/1993, as modalidades de licitação que podem ser ado-
tadas pela administração pública para alienação do referido bem são
a) concorrência e leilão.
b) concorrência e convite.
c) leilão e pregão.
d) convite e tomada de preço.
e) tomada de preço e pregão.

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Letra a.
Em caso de bens imóveis que tenham sido adquiridos em razão de procedimentos judiciais,
a alienação deverá ser realizada por meio de licitação nas modalidades concorrência ou leilão.

Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos
judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente,
observadas as seguintes regras:
III – adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.

Questão 50 (CEBRASPE/CESPE/ACI/COGE-CE/AUDITORIA/OBRAS PÚBLICAS/2019) Con-


forme a Lei n.º 8.666/1993, a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadas-
trados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação, é
a) a concorrência.
b) a tomada de preços.
c) o convite.
d) o leilão.
e) o pregão.

Letra b.
A definição apresentada é a da modalidade licitatória tomada de preços, conforme previsão
do artigo 22, §2º, da Lei n. 8.666/1993:

Art. 22, § 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente ca-
dastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

Questão 51 (CEBRASPE/CESPE/ASSP/PGE-PE/2019) Julgue o item subsequente, relativo a


processos licitatórios.
Para a promoção de atividades de natureza artística, técnica ou científica, a modalidade lici-
tatória apropriada é o convite.

Errado.
Neste caso, a modalidade licitatória que deve ser utilizada é o concurso, e não o convite.

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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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Art. 22, § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos ven-
cedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência
mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

Questão 52 (CEBRASPE/CESPE/ACI/COGE-CE/AUDITORIA/GOVERNAMENTAL/2019) A ad-


ministração pública adotou a modalidade licitatória pregão para contratar uma empresa para
realizar a troca do piso de uma sala de órgão público.
Nesse caso, a escolha da referida modalidade licitatória foi
a) errada, pois o pregão é permitido apenas para contratar serviços de engenharia que sejam
de natureza estritamente intelectual.
b) errada, pois o pregão é vedado para qualquer tipo de obra ou serviço de engenharia.
c) correta, pois a troca de piso de uma sala é considerada um serviço de engenharia comum.
d) errada, pois a troca de piso de uma sala é uma complexa obra de engenharia.
e) correta, pois a troca do piso de uma sala é apenas um serviço de fornecimento de material
comum.

Letra c.
Inicialmente, vejamos a definição de bens e serviços comuns, conforme previsão da Lei 10.520:

Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de
pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aque-
les cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por
meio de especificações usuais no mercado.

No caso concreto (troca do piso de uma sala de órgão público), estamos diante de um serviço
de natureza comum. Logo, a modalidade licitatória pregão pode perfeitamente ser utilizada.

Questão 53 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/APOIO ESPECIALIZADO/BIBLIOTECONOMIA/2018)


Com relação à organização da administração pública e a licitações e contratos administrati-
vos, julgue o item que se segue.
Em respeito ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório, não é permitido à admi-
nistração pública alterar edital de licitação já publicado.

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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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Errado.
A Administração Pública pode, mesmo após a publicação do edital, realizar as alterações que
se mostrarem necessárias. O que deve ser observado, no entanto, é que, em caso de modifi-
cação, uma nova divulgação deverá ser realizada, oportunidade em que o prazo será reaberto
para os eventuais interessados.
A exceção fica por conta das situações em que a alteração, inquestionavelmente, não afetar a
formulação das propostas.

Art. 21, § 4º Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto
original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a al-
teração não afetar a formulação das propostas.

Questão 54 (CEBRASPE/CESPE/ANA/EMAP/ADMINISTRATIVA/2018) Em relação a dispen-


sa e inexigibilidade de licitação, julgue o item que se segue.
Não havendo interessados quando da realização de procedimento licitatório, é  permitida a
dispensa de licitação se o certame não puder ser repetido sem prejuízo para a administração,
situação em que devem ser suprimidas as condições que tiverem impedido tal certame.

Errado.
A licitação será dispensável, por ser considerada deserta, quando não acudirem interessados
na licitação anterior, e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para o Po-
der Público.
Neste caso, ao contrário do que informado, serão mantidas todas as condições preestabe-
lecidas.

Art. 24. É dispensável a licitação:


V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser
repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabe-
lecidas;

Questão 55 (FCC/ASS LEG/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E OPERACIONAL/ASSIS-


TENTE DE OPERAÇÕES TÉCNICAS/2020) A Administração Pública pretende alienar bem imó-
vel que lhe pertence, cuja aquisição derivou de procedimento judicial. Em conformidade com

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a Lei n. 8.666/1993, referido bem, devidamente avaliado, poderá ser alienado por ato da auto-
ridade competente, através da adoção de procedimento licitatório, sob a modalidade
a) de concorrência apenas, independentemente da necessidade ou utilidade da alienação.
b) de concorrência ou leilão, independentemente da necessidade ou utilidade da alienação.
c) de concorrência apenas, comprovada a necessidade ou utilidade da alienação.
d) de concorrência ou leilão, comprovada a necessidade ou utilidade da alienação.
e) de leilão apenas, comprovada a necessidade ou utilidade da alienação.

Letra d.

A questão deve ser respondida com base no artigo 19, que informa que a alienação de bens
imóveis cuja aquisição tenha sido decorrente de procedimentos judiciais, desde que atendi-
dos os demais requisitos legais, pode ser feita por meio das modalidades licitatórias concor-
rência ou leilão.

Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos
judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente,
observadas as seguintes regras:
I – avaliação dos bens alienáveis;
II – comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III – adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.

Questão 56 (FCC/ASS LEG/ALAP/ATIVIDADE LEGISLATIVA/ASSISTENTE LEGISLATI-


VO/2020) São modalidades licitatórias adequadas à alienação de bens da Administração pú-
blica, de acordo com os critérios previstos na Lei n. 8.666/93:
a) a tomada de preços e a concorrência.
b) o concurso e o convite.
c) o pregão e a tomada de preços.
d) o leilão e a concorrência.
e) o concurso e a tomada de preços.

Letra d.
As modalidades licitatórias previstas no texto da Lei n. 8.666/1993 como adequadas para a
alienação de bens da Administração Pública são a concorrência e o leilão.

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Art. 22, § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.
Art. 23, § 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu
objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas
concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso,
observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de
cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou
serviço no País.

Questão 57 (FCC/JE/TJ-MS/2020) No tocante aos chamados “tipos de licitação”, dispõe a


Lei Federal n. 8.666/1993 que
a) quando a concorrência for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”, o prazo mínimo
para recebimento das propostas será de 45 dias.
b) é vedada a adoção dos tipos “melhor técnica” ou “técnica e preço” para licitações na mo-
dalidade convite.
c) quando a tomada de preço for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”, o prazo mínimo
para recebimento das propostas será de 20 dias.
d) a adoção dos tipos “melhor técnica” ou “técnica e preço” para licitações na modalidade
pregão é possível, porém limitada à fase de julgamento e classificação das propostas, não se
aplicando à fase de lances.
e) para contratação de bens e serviços de informática, a Administração Pública adotará obri-
gatoriamente o tipo de licitação “melhor técnica”, permitido o emprego de outro tipo de licita-
ção nos casos indicados em decreto do Poder Executivo.

Letra a.
a) Certa. Sendo a concorrência for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”, o prazo mí-
nimo a ser observado entre a publicação do edital e a data de recebimento das propostas é
de 45 dias.

Art. 21, § 2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:
I – quarenta e cinco dias para:
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou
quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”;

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b) Errada. Todos os tipos de licitação podem ser adotados por qualquer uma das modalidades
licitatórias, com exceção do concurso. Logo, poderá o convite fazer uso dos tipos de licitação
“melhor técnica” ou “técnica e preço”.

Art. 45, § 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade con-
curso:
I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administra-
ção determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especi-
ficações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II – a de melhor técnica;
III – a de técnica e preço.
IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real
de uso.

c) Errada. Neste caso, o prazo mínimo entre a publicação do edital e o recebimento das pro-
postas é de 30 dias.

Art. 21, § 2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:
II – trinta dias para:
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”;

d) Errada. O pregão, inicialmente, apenas previa como forma de julgamento o menor preço.
Atualmente, quando o pregão for realizado de forma eletrônica, é admitido também a utiliza-
ção do critério do maior desconto.
e) Errada. Neste caso, deverá ser utilizado, como regra geral, o  tipo de licitação técnica e
preço.

Art.  45, §  4º Para contratação de bens e serviços de informática, a  administração observará o


disposto no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores espe-
cificados em seu parágrafo 2º e adotando obrigatoriamente o tipo de licitação “técnica e preço”,
permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo.

Questão 58 (FCC/ASS LEG/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E OPERACIONAL/ASSIS-


TENTE ADMINISTRATIVO/2020) XYZ, convocada dentro do prazo de validade da sua proposta
oferecida em pregão, não a manteve. Em conformidade com a Lei n. 10.520 de 17 de julho de
2002, XYZ
a) ficará impedida de licitar e contratar apenas com a entidade perante a qual não manteve a
sua proposta e, será descredenciada no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de forne-
cedores semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até

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10 anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações
legais.
b) ficará impedida de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios
e, será descredenciada no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores seme-
lhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até 10 anos, se
não pagar as multas específicas previstas no edital para esta hipótese.
c) ficará impedida de licitar e contratar apenas com a entidade perante a qual não manteve a
sua proposta e, será descredenciada no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de forne-
cedores semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de 10
anos, se não pagar as multas específicas previstas no edital para esta hipótese.
d) ficará impedida de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios
e, será descredenciada no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores seme-
lhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até 5 anos, sem
prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.
e) será compelida a cumprir a proposta como oferecida, mediante execução forçada a ser
determinada pelo Poder Judiciário, ficando impedida de contratar pelo prazo não inferior a 8
anos com a entidade perante a qual ofereceu a proposta não cumprida voluntariamente.

Letra d.
A questão deve ser respondida com base nas disposições do artigo 7º da Lei 10.520, norma
responsável por estabelecer as regras gerais acerca do pregão.

Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, dei-
xar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento
da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato,
comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com
a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas
de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4º desta Lei, pelo prazo de
até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais comi-
nações legais.

No caso apresentado, como a empresa XYZ, convocada dentro do prazo de validade da sua
proposta oferecida em pregão, não a manteve, a  pena aplicável será a do impedimento de
contratar com a Administração Pública pelo prazo de até 5 anos. Além disso, a empresa será

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descredenciada do SICAF e dos demais sistemas de credenciamento de fornecedores por


igual prazo, sem prejuízo da aplicação de multas e demais sanções legais cabíveis.

Questão 59 (FCC/ASS TF/PREFEITURA DE MANAUS/”SEM ÁREA”/2019) Uma sociedade de


economia mista estadual criada em 1990 no âmbito da administração de determinado esta-
do presta serviços técnicos especializados em conservação e desenvolvimento rural e am-
biental, tais como recuperação e conservação de solo e de nascentes. O  estado contratou
a empresa para execução de serviços de medição, avaliação e realização de estudos para
desenvolvimento econômico de seus imóveis rurais. A medida
a) viola o princípio da isonomia, tendo em vista que a empresa não é a única no mercado que
desenvolve os serviços objeto da contratação.
b) é lícita e regular, caso a contratação tenha se dado por inexigibilidade de licitação.
c) é regular e observa a lei de licitações, que permite, no caso como descrito, a contratação de
empresa integrante da Administração indireta estadual.
d) configura ato ilícito, tendo em vista que as empresas estatais submetem-se a regime ju-
rídico típico das empresas privadas, sendo necessária a realização de prévio procedimento
licitatório.
e) pode configurar ato de improbidade se restar configurado prejuízo ao erário, considerando
que não há dispositivo legal autorizando a contratação direta da empresa estatal.

Letra c.
A questão exige o conhecimento de uma das hipóteses de licitação dispensável mais peculia-
res do texto da Lei das Licitações.

Art. 24. É dispensável a licitação:


VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou servi-
ços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado
para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado;

No caso narrado pela questão, estamos diante de uma sociedade de economia mista (pessoa
jurídica de direito privado) criada para uma finalidade específica (prestação de serviços téc-
nicos especializados em conservação e desenvolvimento rural e ambiental) em data anterior

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à entrada em vigor da Lei n. 8.666/1993 (a entidade foi criada em 1990, sendo que a Lei das
Licitações entrou em vigor em 1993).
Consequentemente, por atender a todos estes requisitos, a contratação da entidade é regular
e observa a lei de licitações.

Questão 60 (FCC/AJ/TRF-4ª/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2019)


O Ministério da Saúde necessita promover licitação, a fim de contratar o fornecimento de um
lote de 3 milhões de fraldas geriátricas descartáveis, para uso nos hospitais federais, descrito
esse objeto com base em especificações usuais do mercado. O valor estimado da contrata-
ção é de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) e a entrega se dará até o final do exercício
fiscal. Em vista das características da aquisição e à luz do que dispõem as leis federais sobre
licitação, são elegíveis as modalidades
a) leilão e concorrência.
b) tomada de preços e convite.
c) concorrência e pregão.
d) tomada de preços e concorrência.
e) concurso e pregão.

Letra c.
Na situação descrita, estamos diante de uma compra cujo valor estimado excede a R$
1.430.000,00. Logo, a modalidade licitatória que deve ser utilizada é a concorrência.
Modalidade Obras e Serviços de Engenharia Compras e demais Serviços
Convite Até R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 Acima de R$ 1.430.000,00

Além disso, considerando que a compra de fraldas geriátricas descartáveis se insere na defi-
nição de bem comum, também poderá ser feito uso da modalidade licitatória pregão.

Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de
pregão, que será regida por esta Lei.

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meio de especificações usuais no mercado.

Questão 61 (FCC/PJ/MPE-MT/2019) A modalidade de licitação adequada para escolha do


trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração
aos vencedores, a exemplo de projeto de arquitetura para um ginásio poliesportivo, é
a) concorrência.
b) tomada de preços.
c) convite.
d) leilão.
e) concurso.

Letra e.
A modalidade licitatória que deve ser aplicada para a situação descrita é o concurso, confor-
me previsão da Lei das Licitações.

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Questão 62 (FCC/PROC/SANASA/JURÍDICO/2019) A um procedimento de licitação instau-


rado para a contratação de serviços de consultoria para modelagem financeira de um projeto
da Administração pública compareceram três empresas interessadas. Ainda não foi realizado
o julgamento do certame.
Não obstante, a Administração pública responsável pelo projeto recebeu de sua área técnica
sugestão de alteração nas premissas anteriores constantes do termo de referência. Diante da
possibilidade de impacto no objeto da contratação da consultoria, a Administração pública
a) deve revogar a licitação, sob pena de incorrer em nulidade formal na contratação da con-
sultoria.
b) pode anular ou revogar a licitação, considerando que a indicação de ilegalidade é, no caso
concreto, conduta discricionária da Administração pública.
c) pode revogar a licitação, diante do risco de inadequação da contratação à finalidade pre-
tendida.

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d) deve anular a licitação, diante de inequívoca imprestabilidade do objeto do certame, vedada


qualquer indenização aos licitantes.
e) deve revogar a licitação, o que enseja indenização aos licitantes que demonstrarem preju-
ízo concreto, independentemente da fase do certame.

Letra c.
Inicialmente, devemos saber que a anulação da licitação apenas ocorre por motivos de ilega-
lidade, o que não é o caso da questão. Consequentemente, podemos eliminar as Letras B e D.
a/e) Erradas. O erro está em afirmar que a revogação deve ser realizada. Em sentido diverso,
a medida, que é pautada pela conveniência e pela oportunidade, trata-se de uma faculdade
para o Poder Público.
c) Certa. Na situação descrita, uma das medidas que podem ser adotadas pela Administração
Pública é a revogação do procedimento licitatório.

Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a


licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprova-
do, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou
por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

Questão 63 (FCC/AUD FISC/SEFAZ-BA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2019) Conside-


re que determinado órgão público necessite contratar serviços técnicos especializados de
engenharia para elaboração de um projeto arquitetônico inovador para a construção de um
equipamento público voltado a concertos e espetáculos de dança. De acordo com as dispo-
sições da Lei n. 8.666/1993, tal situação
a) permite a seleção de profissionais mediante credenciamento, com a adoção de ata de re-
gistro de preços precedida de qualificação técnica.
b) constitui hipótese de dispensa de licitação, autorizando a contratação direta de profissio-
nal, pessoalmente, ou por intermédio de empresário exclusivo.
c) configura inviabilidade de competição caracterizadora de inexigibilidade de licitação, pres-
cindida da comprovação da notória especialização do contratado.
d) determina a adoção de licitação do tipo melhor técnica, vedada a adoção do tipo menor
preço ou técnica e preço.

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e) enseja a adoção da modalidade licitatória concurso, independentemente do valor estimado


da contratação.

Letra e.
No caso, estamos diante de um serviço técnico especializado. Nestas situações, quando a
contratação ocorrer com profissionais ou empresas de notória especialização e houver invia-
bilidade jurídica de competição, a licitação será inexigível.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação;

Esta, contudo, não é a situação apresentada. Observe que o enunciado nada menciona sobre
a impossibilidade jurídica de competição ou sobre a contratação obrigatoriamente dar-se
com profissionais de notória especialização. Sendo assim, e  considerando que a licitação
será realizada, deverá ela fazer uso, preferencialmente, da modalidade licitatória concurso.

Art. 13, § 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de


serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados median-
te a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração.

Questão 64 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) A introdução da modalidade licitatória


pregão trouxe ganhos inegáveis para a Administração, notadamente quanto à simplificação
e redução dos preços nas aquisições. Não obstante, tal modalidade, justamente em face da
propalada simplificação, não contempla algumas das salvaguardas previstas nos procedimentos
licitatórios realizados sob as modalidades clássicas previstas na Lei n. 8.666/1993. Exemplo
de tal circunstância é a
a) vedação à exigência aos licitantes de garantia de proposta.
b) impossibilidade de desclassificação da proposta econômica por inexequibilidade.
c) inexistência de fase de habilitação dos licitantes.
d) impossibilidade de interposição de recursos pelos licitantes.
e) ausência de responsabilização do licitante vencedor que se recusar a assinar o contrato
pelo preço ofertado.

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Letra a.
Uma das principais peculiaridades do pregão em relação às demais modalidades licitatórias
é a vedação à exigência da garantia de proposta.
No âmbito da Lei n. 8.666/1993, o Poder Público poderá exigir dos interessados em participar
da licitação a exigência do pagamento de uma garantia como condição para a participação no
procedimento. Tal garantia, que não poderá exceder à 1% do valor orçado, é conhecida como
garantia de proposta, podendo ser exigida em caráter cumulativo com as garantias contratuais.
No âmbito do pregão, existe vedação expressa neste sentido, conforme previsão da Lei 10.520:

Art. 5º É vedada a exigência de:


I – garantia de proposta;

Sendo assim, o gabarito é a


Letra A. Em todas as demais alternativas, encontramos circunstâncias presentes tanto na Lei
das Licitações quanto na Lei do Pregão.

Questão 65 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Suponha que o Município pretenda


alienar alguns imóveis que não estejam afetados a nenhuma finalidade pública, como forma
de obter recursos adicionais para concluir obras de infraestrutura consideradas prioritárias.
De acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993,
a) a modalidade licitatória cabível para a alienação dependerá do valor de avaliação individu-
alizada dos imóveis, vedado o fracionamento do objeto visando a adoção de modalidade mais
simplificada, salvo em função de desmembramento da correspondente matrícula.
b) poderá ser adotada a modalidade leilão para alienação dos imóveis, independentemente
da forma de aquisição dos mesmos pela Administração, e desde que o valor individual não
ultrapasse R$ 1.500.000,00.
c) deverá ser adotada, obrigatoriamente, a modalidade concorrência pública, salvo para os
imóveis cuja aquisição derive de dação em pagamento ou de procedimentos judiciais, os quais
poderão ser alienados mediante licitação na modalidade leilão.
d) apenas os imóveis adquiridos mediante desapropriação ou os remanescentes de procedi-
mentos expropriatórios deverão ser alienados mediante concorrência pública, cabendo, nos
demais casos, a adoção da modalidade leilão.

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e) é possível a venda em bloco dos referidos imóveis, desde que possuam características
similares, adotando-se a modalidade convite, com pré-qualificação dos interessados ou con-
corrência pública, dispensada, neste caso, a pré-qualificação.

Letra c.
a) Errada. No caso apresentado, a  modalidade que deve ser utilizada é, como regra geral,
a concorrência. A exceção fica por conta da alienação de bem imóvel cuja aquisição haja de-
rivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, quando poderá ser utilizado,
também, o leilão.
b) Errada. O leilão apenas será utilizado, conforme mencionado, quando os bens imóveis fo-
rem oriundos de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento.
c) Certa. Temos aqui a regra geral acerca da modalidade a ser utilizada quando estivermos
diante de alienação de bens imóveis. Como regra geral, utiliza-se a concorrência. Se os bens
forem decorrentes de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, o leilão poderá ser
utilizado.

Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos
judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente,
observadas as seguintes regras:
I – avaliação dos bens alienáveis;
II – comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III – adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.

d) Errada. O leilão apenas poderá ser utilizado quando os bens forem decorrentes de procedi-
mentos judiciais ou de dação em pagamento.
e) Errada. Na alienação de bens imóveis, não há que se falar na possibilidade de utilização da
modalidade convite, independentemente do valor de avaliação do bem.

Questão 66 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Considere que o Município tenha ins-


taurado um procedimento licitatório para contratação de serviços de limpeza em escolas da
rede pública e que, transcorrido o prazo estabelecido no edital, não tenham se apresentado
interessados em participar do certame. Diante de tal situação, o Município procedeu à con-
tratação direta de empresa para a realização do objeto da licitação que restou frustrada. De
acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993, tal conduta afigura-se

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a) legal, desde que a licitação, justificadamente, não pudesse ser repetida sem prejuízo para
a Administração e tenham sido mantidas todas as condições preestabelecidas na licitação
deserta.
b) ilegal, devendo a Administração repetir o procedimento licitatório tantas vezes quantas
necessárias para a contratação dos serviços, vedada a contratação direta.
c) ilegal, eis que a licitação somente poderia ser dispensada se, instaurado novo certame com
as mesmas condições do anterior, este também viesse a ser deserto.
d) legal apenas se configurada situação emergencial, limitada a contratação ao prazo máxi-
mo de 90 dias.
e) ilegal, admitindo-se, contudo, a instauração de procedimento simplificado para a contrata-
ção, com redução do preço estimado em até 30% em relação ao orçado pela Administração.

Letra a.
No caso, a contratação realizada diretamente é plenamente legal, estando pautada, inclusive,
em uma das hipóteses de licitação dispensável previstas no texto da Lei n. 8.666/1993:

Art. 24. É dispensável a licitação:


V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser
repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabe-
lecidas;

Questão 67 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Suponha que o Município intente re-


alizar um evento de entretenimento em determinada data comemorativa e, para tanto, esteja
negociando a contratação de determinado cantor consagrado pela opinião pública, por in-
termédio de empresário exclusivo. De acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993, tal
contratação
a) depende de prévio procedimento licitatório, na modalidade concurso ou concorrência
pública.
b) poderá ser efetuada diretamente, estando presente hipótese expressa de inexigibilidade de
licitação.
c) somente poderá ocorrer sem prévio procedimento licitatório se o valor do “cachê” for infe-
rior a R$ 80.000,00.

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d) poderá ocorrer com dispensa de licitação desde que efetuada diretamente junto ao artista,
vedada a intermediação por empresário exclusivo.
e) pressupõe a seleção mediante pré-qualificação e com escolha por banca de, no mínimo, 3
profissionais do setor com notória especialização.

Letra b.
As situações de licitação inexigível são aqueles em que a realização do procedimento é invi-
ável, uma vez que não há possibilidade jurídica de competição. Nestas hipóteses, a contrata-
ção ocorre de forma direta, como, por exemplo, o caso apresentado pela questão.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre-
sário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

a) Errada. Na situação apresentada, a realização de licitação não é possível, uma vez que não
há possibilidade jurídica de competição.
b) Certa. A  contratação apenas pode ser realizada por meio de licitação inexigível. Assim,
o mais correto seria afirmar que a contratação “deverá” ser realizada desta forma. Ainda as-
sim, a alternativa está correta, uma vez que a Administração Pública tem, no caso, a faculdade
de não realizar a contratação.
c) Errada. O que a norma exige é que as situações de licitação inexigível sejam pautadas, den-
tre outros elementos, pela justificativa do preço.
d) Errada. A dispensa poderá ocorrer ainda que a contratação seja realizada por meio de em-
presário exclusivo.
e) Errada. O  procedimento mencionado pela alternativa não é exigido para a contratação
direta.

Questão 68 (FCC/ASSGP/PREFEITURA DE RECIFE/2019) A cidade “X” pretende fazer um


show especial para comemorar 100 anos da sua fundação e para esse show pretende con-
tratar o famoso cantor “S”, consagrado pela opinião pública, e a famosa dupla sertaneja “Y”
também consagrada pela opinião pública. Nesse caso, considerando que a contratação de
“S” ocorrerá diretamente e a da dupla “Y” por meio de empresário exclusivo, a licitação para

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a) ambas as contratações é obrigatória.


b) ambas as contratações é dispensável.
c) a contratação de “S” é inexigível e da dupla “Y” é dispensável.
d) a contratação da dupla “Y” é inexigível e de “S” é dispensável.
e) ambas as contratações são inexigíveis.

Letra e.
Em ambas as contratações, estamos diante de situações de licitação inexigível, ou seja, hipó-
teses em que, por inviabilidade jurídica de competição, a contratação deve ocorrer de forma
direta.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:


III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre-
sário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Questão 69 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Quanto à eventual possibilidade de


fungibilidade das modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993, tem-se que
a) a modalidade pregão, presencial ou eletrônico, poderá ser utilizada em substituição às de-
mais modalidades previstas para contratação de obras, independentemente do valor, desde
que de natureza comum.
b) admite-se a substituição da modalidade concorrência pública pela modalidade pregão
para alienação de bens móveis inservíveis.
c) é viável a adoção da modalidade convite, alternativamente à concorrência pública, para
contratação de serviços com valor estimado acima de R$ 650.000,00, vedada a tomada de
preços.
d) é sempre possível adotar a modalidade concorrência pública, independentemente do valor
estimado para a contratação de obras ou serviços, em substituição às modalidades tomada
de preços ou convite.
e) a modalidade concurso, cabível para a contratação de projetos, pode ser substituída por
convite, independentemente do valor, sempre que houver menos de 3 potenciais licitantes.

Letra d.
A fungibilidade mencionada pelo enunciado refere-se a possibilidade de utilização de uma
modalidade licitatória no lugar de outra. Neste sentido, precisamos conhecer o teor do artigo
23, §4º, da Lei n. 8.666/1993, de seguinte redação:

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Art. 23, § 4º, Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços
e, em qualquer caso, a concorrência.

a) Errada. O pregão é a modalidade utilizada para a aquisição de bens e serviços comuns,


e não, conforme informado, para a contratação de obras.
b) Errada. A alienação de bens móveis inservíveis ocorre, nos termos da Lei n. 8.666/1993, por
meio da modalidade leilão:

Art. 22, § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.

c) Errada. No caso de serviços, o valor máximo da licitação, para utilização da modalidade


convite, é R$ 330 mil (quando de engenharia) e R$ 176 mil (nos demais casos).

Modalidade Obras e Serviços de Engenharia Compras e demais Serviços


Convite Até R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 Acima de R$ 1.430.000,00

d) Certa. Conforme verificado no mencionado artigo 22, §5º, a concorrência sempre pode ser
utilizada no lugar das modalidades tomada de preços e convite, independentemente do valor
da contratação.
e) Errada. Considerando que a modalidade concurso é destinada a um objetivo bastante es-
pecífico, não há possibilidade de substituição por outra modalidade licitatória.

Art. 22, § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos ven-
cedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência
mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

Questão 70 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Considere que em determinado certa-


me instaurado pelo Município tenha sido exigida dos licitantes a apresentação de metodolo-
gia de execução. Tal circunstância significa, necessariamente, que
a) foi adotada a pré-qualificação dos licitantes, com o credenciamento como procedimento
substitutivo da modalidade licitatória ordinariamente aplicável.

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b) o critério de julgamento adotado foi o de melhor técnica, utilizando-se a pontuação obtida


com a metodologia apresentada.
c) se trata de licitação do tipo técnica e preço, devendo a metodologia de execução ser ava-
liada após a apresentação da proposta econômica.
d) foi dispensada, na fase de habilitação, a apresentação de atestados, utilizando-se os ele-
mentos constantes da metodologia para fins de aferição da qualificação técnica.
e) o objeto licitado consiste em obras, serviços ou compras de grande vulto, de alta comple-
xidade técnica, devendo a metodologia ser avaliada exclusivamente por critérios objetivos.

Letra e.
Se houve, no processo licitatório, a  exigência, por parte dos licitantes, de apresentação de
metodologia de execução, estamos diante de uma licitação de grande vulto e de alta comple-
xidade técnica, conforme previsão do artigo 30, §8º, da Lei das Licitações:

Art. 30, § 8º No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica,
poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito
de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente
por critérios objetivos.

A exigência da metodologia possui o objetivo de garantir que as obras, serviços ou compras,


por serem de grande vulto, sejam executadas de forma previamente conhecida pela Adminis-
tração Pública. Por isso mesmo, a avaliação da metodologia deverá ser feita de acordo com
critérios exclusivamente objetivos.

Questão 71 (FCC/AGA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Suponha que empresa pública encar-


regada da prestação de serviços de saneamento básico e fornecimento de água tenha ins-
taurado um procedimento licitatório para a construção de um novo reservatório. Contudo,
no curso do procedimento licitatório, defrontando-se com fato superveniente, consistente no
agravamento da crise hídrica, a  empresa constatou que seria fundamental a realização de
obras de outra natureza, relativas a controle de perdas, para as quais, contudo, não possuiria
recursos caso prosseguisse com a licitação e subsequente contratação da construção do
reservatório. Diante da situação posta e de acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993,
o Município

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a) poderá alterar o objeto da licitação em curso, aproveitando todos os atos praticados e


mantendo a data de apresentação da proposta econômica, desde que mantida a mesma mo-
dalidade licitatória.
b) deverá anular o procedimento, por razões de interesse público devidamente justificado,
cuja eventual comprovação de falsidade enseja a responsabilização da autoridade prolatora
do ato.
c) poderá revogar a licitação, porém apenas se não ultrapassada a fase de habilitação, caben-
do à autoridade licitante a revogação e a ratificação por seu superior imediato.
d) poderá revogar a licitação em curso, comprovando, em parecer fundamentado, que as ra-
zões de interesse público invocadas são determinantes para tanto.
e) poderá suspender o procedimento licitatório, o qual deverá, obrigatoriamente, ser retomado
após a contratação das obras de controle de perdas, salvo se ultrapassado o prazo de 2 anos.

Letra d.
A questão apresenta uma típica situação em que a Administração Pública pode revogar o
procedimento licitatório, conforme previsão do artigo 49 da Lei n. 8.666/1993:

Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a


licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprova-
do, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou
por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

a) Errada. Não há possibilidade de alteração do objeto da licitação em curso, medida que, se


possível, prejudicaria uma série de licitantes participantes.
b) Errada. A anulação da licitação ocorre por razões de ilegalidade, algo que não está presente
na situação narrada pela questão.
c) Errada. O entendimento majoritário da doutrina é de que a revogação poderá ocorrer antes
da celebração do contrato. Logo, mesmo após a fase da habilitação, poderemos ter a revoga-
ção do procedimento.
d) Certa. Temos aqui a perfeita definição acerca da revogação, conforme anteriormente ex-
posto no mencionado artigo 49.
e) Errada. Não há que se falar em suspensão do procedimento licitatório. Ao contrário, a Ad-
ministração Pública revoga o procedimento em curso e realiza, em momento futuro, outra
licitação.

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Questão 72 (FCC/AG FOM EX/AFAP/2019) Um participante de pregão presencial que discor-


de do resultado anunciado ou mesmo de alguma conduta do pregoeiro
a) deve aguardar a homologação da licitação e a celebração do contrato para impugnar judi-
cial e administrativamente o procedimento, dado que este não contempla a possibilidade de
interposição de recurso em momento anterior.
b) deve deduzir irresignação judicial contra a decisão proferida no curso do procedimento,
tendo em vista que o presidente da comissão de licitação não detém poderes para revisão
dos próprios atos.
c) pode apresentar recurso administrativo contra cada decisão que repute ilegal ou inadequa-
da, sendo dever do pregoeiro suspender o procedimento para prévia análise das impugnações.
d) pode apresentar recurso oral, cujas razões serão reduzidas a termo pelo pregoeiro e deci-
didas antes da nomeação do vencedor.
e) deve, após a declaração do vencedor, manifestar sua irresignação, consignando intenção
de recorrer, quando lhe será concedido prazo, nos termos da lei, para apresentar as respecti-
vas razões, sem prejuízo de poder deduzir pleito judicial para eventual anulação do certame.

Letra e.
Para responder à questão, devemos conhecer as disposições do artigo 4º, XVIII, da Lei 10.520,
de seguinte redação:

Art. 4º, XVIII – declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivada-
mente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresen-
tação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar
contrarrazões em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente,
sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos;

Sendo assim, deve o licitante interessado em recorrer manifestar esta intenção após a decla-
ração do vencedor do pregão. Feito isso, será concedido a ele o prazo de 3 dias para a apre-
sentação das razões de recurso.
E como vigora, em nosso ordenamento jurídico, o princípio da inafastabilidade de jurisdição,
pode o licitante, a qualquer momento, recorrer ao Poder Judiciário com o objetivo de anular a
licitação. A anulação pode ocorrer na medida em que o Poder Judiciário pode analisar o pro-
cedimento sob o aspecto da legalidade.

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Questão 73 (FCC/ANA G)/DPE-AM/ESPECIALIZADO DE DEFENSORIA/ADMINISTRA-


ÇÃO/2018) Uma determinada autarquia pretende alienar parcela de seu patrimônio imobili-
ário, permanecendo apenas com a propriedade de seu edifício sede, eis que os demais imó-
veis não estão afetados a suas finalidades, tendo sido adquiridos em processos de execução
judicial mediante adjudicação. Para tanto, procedeu à avaliação individualizada dos bens e
efetuou a venda direta de parcela significativa desse patrimônio, mediante chamamentos pú-
blicos a potenciais interessados, publicados no Diário Oficial e em jornais de grande circula-
ção. De acordo com as disposições aplicáveis da Lei no 8.666/1993, o procedimento adotado
pela Autarquia afigura-se
a) correto, fundado no princípio da eficiência, que afasta a necessidade de procedimento lici-
tatório para alienações quando observados os preços e critérios praticados no mercado.
b) ilegal, pois não se vislumbra enquadramento em hipótese normativa de dispensa ou inexi-
gibilidade de licitação, podendo, contudo, ser realizada na modalidade leilão e não necessa-
riamente mediante concorrência pública.
c) legal, tendo em vista a existência de previsão legal expressa para dispensa de licitação e
adoção de chamamento público para alienação de imóveis inservíveis.
d) ilegal, pois a alienação de bens imóveis de pessoas jurídicas de direito público somente
pode se dar mediante concorrência pública, independentemente da forma de aquisição.
e) legal, considerando se tratar de bens não afetados ao serviço público, os quais podem ser
livremente alienados, desde que observado o preço mínimo de avaliação e a isonomia entre
os potenciais interessados.

Letra b.
Na situação apresentada, estamos diante de uma autarquia que está interessada em vender
parte de seu patrimônio imobiliário. Nesta situação, de acordo com as disposições da Lei n.
8.666/1993, não há possibilidade de venda direta, devendo ser feito uso das modalidades
concorrência ou leilão.

Art. 22, § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.

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Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos
judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente,
observadas as seguintes regras:
I – avaliação dos bens alienáveis;
II – comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III – adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.
Sendo assim, estão erradas as alternativas A, C e E (uma vez que afirmam que o procedimento
adotado é legal). Na Letra D, o erro está em afirmar que apenas a concorrência poderia ter sido
utilizada.
Logo, o gabarito é a Letra B, uma vez que a alternativa afirma que o procedimento de venda
direta está errado e que o leilão, assim como a concorrência, pode ser utilizado.

Questão 74 (FCC/CON TEC LEG/CLDF/INSPETOR DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) Um órgão


da Administração pública direta deseja vender um prédio público desativado para uma enti-
dade autárquica. Em conformidade com a Lei n. 8.666/1993, tal alienação é
a) vedada, já que os bens públicos são inalienáveis.
b) possível, por se tratar de um bem público dominical, desde que exista interesse público
devidamente justificado e seja precedida de avaliação e de autorização legislativa, sendo dis-
pensada a licitação na modalidade concorrência.
c) possível, por se tratar de um bem de uso comum, desde que exista interesse público de-
vidamente justificado e seja precedida de licitação na modalidade concorrência, sendo dis-
pensada a autorização legislativa, já que não está cumprindo a função social da propriedade.
d) possível, por se tratar de um bem de uso especial, desde que exista interesse público devi-
damente justificado e seja precedida de avaliação e de autorização legislativa, bem como de
licitação na modalidade concorrência.
e) possível, por se tratar de um bem público dominical, desde que exista interesse público
devidamente justificado e seja precedida de avaliação e de autorização legislativa, bem como
de licitação na modalidade concorrência.

Letra b.
No caso apresentado pela questão, estamos diante de um bem público dominical, ou seja, um
bem que não está afetado a uma atividade ou serviço público e que constitui o patrimônio da
Administração Pública.

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De acordo com a doutrina administrativista, os  bens públicos que estejam nesta condição
podem ser alienados, sendo esta, inclusive, a previsão do Código Civil:

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

No entanto, para que a venda possa ser realizada, uma série de requisitos da Lei n. 8.666/1993
precisam ser atendidos, conforme previsão do artigo 17:

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse públi-


co devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e en-
tidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá
de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes
casos (...)
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;

No caso, como estamos diante de uma venda para uma autarquia, a licitação é dispensada.
Desta forma, a alternativa que apresenta todas as características expostas é a Letra B.

Questão 75 (FCC/ANA G/DPE-AM/ESPECIALIZADO DE DEFENSORIA/ENGENHARIA CI-


VIL/2018) Segundo a Lei n. 8.666/1993, as obras e serviços de engenharia de grande vulto
que se enquadram na modalidade de licitação concorrência, são aquelas cujo valor estimado
seja superior a X vezes o valor limite estabelecido para a modalidade de concorrência. O valor
de X é
a) 30.
b) 35.
c) 25.
d) 20.
e) 15.

Letra c.
De acordo com a Lei n. 8.666/1993, são consideradas obras e serviços de grande vulto aque-
les cujos valores ultrapassem a 25 vezes o limite estabelecido para a concorrência nas obras
e serviços de engenharia.

Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:


V – Obras, serviços e compras de grande vulto – aquelas cujo valor estimado seja superior a 25
(vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23 desta Lei;

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De acordo com recente alteração legislativa, os limites estabelecidos para as modalidades


concorrência, tomada de preços e convite passaram a ser os seguintes:
Modalidade Obras e Serviços de Engenharia Compras e demais Serviços
Convite Até R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 Acima de R$ 1.430.000,00

Sendo assim, a alternativa correta é a Letra C, ou seja, 25 vezes o limite estabelecido para a
concorrência.

Questão 76 (FCC/TEC GEST/SABESP/”SEM ÁREA”/2018) De acordo com a Constituição Fe-


deral, as contratações de obras e serviços efetuadas por entidades integrantes da Adminis-
tração devem ser precedidas de prévio procedimento licitatório. Não obstante, existem situa-
ções em que o procedimento licitatório pode ser dispensado
a) como, por exemplo, para a contratação de objeto que, pela sua singularidade ou preferência
pela Administração, enseje inviabilidade de competição.
b) a critério da autoridade competente, com base em juízo de conveniência e oportunidade,
precedida de pesquisa de preços e divulgação a potenciais interessados.
c) em relação somente a alienações e aquisições de bens efetuados por tais entidades, pre-
cedida de avaliação ou cotação de preços.
d) para evitar custos desnecessários à Administração e atrasos nas conclusões de obras e
empreendimentos, bastando a comprovação de tais circunstâncias para justificar a dispensa.
e) de acordo com hipóteses claramente definidas na legislação de regência, em um rol exaus-
tivo, com observância dos preços praticados no mercado.

Letra e.
a) Errada. A inviabilidade de competição enseja a inexigibilidade de licitação, e não a sua dis-
pensa.
b) Errada. O  procedimento licitatório apenas pode ser dispensado, a  critério da autoridade
competente, nas hipóteses legalmente previstas em lei. Em sentido oposto, não pode a Ad-
ministração, fora das situações de licitação dispensável previstas em lei, realizar tal forma de
dispensa.

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c) Errada. Diversas são as situações em que poderemos ter a dispensa de licitação. Estas si-
tuações, ao contrário do que afirmado, não se restringem somente às alienações e aquisições
de bens.
d) Errada. Todas as situações de dispensa devem estar previstas em lei. Não pode a Adminis-
tração, desta forma, afirmar que a contratação direta foi realizada sob o fundamento exclusi-
vo de evitar custos desnecessários ou atrasos nas conclusões de obras e empreendimentos.
e) Certa. As situações de licitação dispensável constam em uma lista exaustiva prevista no
artigo 24 da Lei das Licitações. Sendo assim, apenas nestas situações é que a Administração
Pública poderá, a seu critério, escolher entre realizar ou não o procedimento licitatório.

Questão 77 (FCC/ESP ED/PREFEITURA DE MACAPÁ/ADMINISTRADOR/2018) De acordo


com as disposições da Lei n. 8.666/1993, a anulação de um procedimento licitatório em curso
a) não é possível se já ultrapassada a fase de habilitação, que implica em saneamento das
eventuais falhas.
b) é cabível por razões supervenientes de interesse público, devidamente comprovadas.
c) é obrigatória, por ato da autoridade competente, se constatada ilegalidade.
d) somente é possível judicialmente, por provocação dos interessados ou da própria Admi-
nistração.
e) não é juridicamente possível, violando os direitos subjetivos dos licitantes e a vinculação
ao instrumento convocatório.

Letra c.
A anulação da licitação está fundamentada em um juízo de legalidade do Poder Público. Logo,
sempre que for verificado qualquer tipo de ilegalidade, independente do momento em que a
licitação estiver, deve a Administração Pública, obrigatoriamente, anular o procedimento.

Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a


licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprova-
do, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou
por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

Questão 78 (FCC/TEC LEG/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018) A empresa X


pretende participar de licitação na modalidade pregão a ser promovida pelo Estado de

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Sergipe. Iniciado o certame licitatório, o prazo fixado para apresentação das propostas, con-
tado a partir da publicação do aviso, foi de nove dias úteis. No entanto, a empresa X opôs-se
ao referido prazo, alegando que o mesmo contraria disposição da Lei no 10.520/2002. Nos
termos da referida Lei, o prazo fixado no citado pregão para a apresentação das propostas,
contado a partir da publicação do aviso, está
a) incorreto, pois não deve ser inferior a 15 dias úteis.
b) correto, pois não deve ser inferior a 8 dias úteis.
c) incorreto, pois não deve ser inferior a 10 dias úteis.
d) correto, pois pode ser inferior a 5 dias úteis, mas não deve ultrapassar o prazo máximo de
15 dias úteis.
e) correto, pois pode ser inferior a 8 dias úteis, mas não deve ultrapassar o prazo máximo de
12 dias úteis.

Letra b.
Inicialmente, precisamos saber que, nos termos da Lei 10.520, o prazo fixado para a apresen-
tação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a 8 dias úteis.

Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as
seguintes regras:
V – o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não
será inferior a 8 (oito) dias úteis;

E, de acordo com o enunciado da questão, temos a informação de que “o prazo fixado para
apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, foi de nove dias úteis”.
Logo, a Administração Pública atendeu, no caso, o prazo legalmente exigido, motivo pelo qual
não merece prosperar a reclamação da empresa X.

Questão 79 (FCC/AJ/TRT-23ª/JUDICIÁRIA/2016) De acordo com a ordem estabelecida pelo


§ 2º do art. 3º da Lei no 8.666/1993, em igualdade de condições, como critério de desempate,
é assegurada preferência aos bens e serviços produzidos
a) ou prestados por empresas que possuam, no mínimo, 30% do capital estrangeiro.
b) ou prestados por empresas brasileiras que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País ou no exterior.

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c) no País, ou seja dentro do território nacional brasileiro.


d) por empresas estrangeiras que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia
do País.
e) ou prestados por empresas que comprovem o cumprimento de reserva de cargos legal para
pessoa com deficiência.

Letra c.
Vejamos o teor do mencionado artigo, que apresenta os critérios que serão utilizados no caso
de empate entre duas ou mais propostas:

Art. 3º, §2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços:
II – produzidos no País;
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País.
V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que aten-
dam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

Desta forma, o primeiro critério de preferência é para os bens e serviços produzidos no país.

Questão 80 (FCC/TJ/TRT-23ª/ADMINISTRATIVA/2016) Considere três licitações na moda-


lidade convite: (i) No primeiro convite, o interessado cadastrado na correspondente especia-
lidade manifestou interesse em participar do certame 36 horas antes da apresentação das
propostas. (ii) O segundo convite, em virtude de limitações do mercado devidamente justifica-
das no processo, foi realizado com apenas dois interessados do ramo pertinente a seu objeto,
cadastrados, escolhidos e convidados pela respectiva unidade administrativa. (iii) O terceiro
convite foi realizado com apenas três interessados do ramo pertinente a seu objeto, não ca-
dastrados, escolhidos e convidados pela respectiva unidade administrativa. A propósito dos
fatos narrados e nos termos da Lei no 8.666/1993, está
a) correto apenas o que ocorreu no primeiro convite.
b) correto o que ocorreu em todos os convites.
c) correto apenas o que ocorreu no primeiro e no terceiro convites.

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d) correto apenas o que ocorreu no segundo convite.


e) incorreto o que ocorreu em todos os convites.

Letra b.
Inicialmente, vejamos o conceito da modalidade licitatória convite:

Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastra-
dos ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa,
a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência
de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

No primeiro caso, estamos diante de um interessado cadastrado que manifestou seu interes-
se em participar com antecedência de 36 horas. Como a norma estabelece que o prazo é de
até 24 horas antes, o convite é plenamente lícito.
No segundo caso, temos limitações do mercado devidamente comprovadas, ensejando a par-
ticipação de apenas 2 interessados. Nesta situação, devemos fazer uso das disposições do
artigo 22, § 7º da Lei n. 8.666/1993:

Art.  22, §  7º, Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados,
for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3º deste artigo, essas
circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do
convite.

Na terceira hipótese, temos 3 licitantes convidados (e não cadastrados) pela Administração


Pública. Isso é possível? Certamente que sim! O que a Administração deve fazer, apenas, é es-
tender o convite em questão aos demais interessados cadastrados.
Assim, todas as hipóteses apresentadas são situações em que o convite pode perfeitamente
ser realizado.

Questão 81 (FCC/TJ/TRT-14ª/ADMINISTRATIVA/2016) Em razão do caos da limpeza públi-


ca em determinado Município do Acre, que afetou, inclusive, a situação ambiental da Cidade,
a Prefeitura dispensou o procedimento licitatório, justificando tratar-se de situação emergen-
cial. Assim, efetivou a contratação direta e imediata de empresa para a prestação dos serviços
de limpeza. Nesse caso, os serviços deverão ser concluídos em prazo máximo, contado, em dias

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consecutivos e ininterruptos, da ocorrência da emergência, sendo vedada a prorrogação do


respectivo contrato. Nos termos da Lei n. 8.666/1993, o prazo a que se refere o enunciado é de
a) 210 dias.
b) 120 dias.
c) 90 dias.
d) 60 dias.
e) 180 dias.

Letra e.
Trata-se de questão que exige o conhecimento de uma das mais importantes situações de
licitação dispensável:

Art. 24. É dispensável a licitação:


IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendi-
mento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens neces-
sários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e ser-
viços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos;

Assim, o prazo para conclusão dos serviços é de 180 dias.

Questão 82 (FCC/AJ/TRT-23ª/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2016) No curso do


pregão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até dez por cento
superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do
vencedor. Nos termos da Lei n. 10.520/2002, NÃO havendo pelo menos
a) cinco ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, devendo os preços, obrigatoria-
mente, circundarem em torno de limite máximo fixado pelo pregoeiro.
b) duas ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de cinco, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
oferecidos.

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c) três ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de cinco, oferecer novos lances verbais e sucessivos, devendo os preços, obrigato-
riamente, circundarem em torno de limite máximo fixado pelo pregoeiro.
d) duas ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
oferecidos.
e) três ofertas nas condições narradas poderão os autores das melhores propostas, até o
máximo de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
oferecidos.

Letra e.
No curso do pregão, uma das mais importantes fases é a possibilidade de oferecimento de
lances verbais como forma de desempate. De acordo com a Lei 12.520, temos o seguinte re-
gramento:

Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as
seguintes regras:
VIII – no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até
10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a pro-
clamação do vencedor;
IX – não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão
os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e su-
cessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;

Questão 83 (FCC/AJ/TRT-14ª/JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2016) Nos termos da Lei


n. 10.520/2002, a equipe de apoio do pregão deverá ser integrada
a) em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração,
obrigatoriamente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do
evento.
b) apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração, perten-
centes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento.
c) em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração,
preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do
evento.

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d) apenas por servidores ocupantes de cargo em comissão, obrigatoriamente pertencentes


ao quadro do órgão ou entidade promotora do evento.
e) apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração, não se
exigindo que sejam do quadro do órgão ou entidade promotora do evento.

Letra c.
Apenas a maioria da equipe de apoio deverá ser composta, preferencialmente, por servidores
do órgão ou entidade, conforme previsão do artigo 3º, § 1º, da Lei 10.520:

A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo
ou emprego da administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou
entidade promotora do evento.

Questão 84 (FCC/TJ/TRE-RR/ADMINISTRATIVA/2015) Um determinado Município do Esta-


do de Roraima, ao concluir procedimento licitatório, deixou, injustificadamente, de atribuir o
objeto da licitação ao vencedor do certame. Nesse caso, houve violação ao princípio
a) do julgamento objetivo.
b) da ampla defesa.
c) da adjudicação compulsória.
d) da vinculação ao instrumento convocatório.
e) da publicidade.

Letra c.
De acordo com a adjudicação compulsória, o objeto da licitação deve, obrigatoriamente, ser
atribuído ao licitante que apresentou a melhor proposta. Logo, a situação narrada é um exem-
plo de violação ao mencionado princípio.

Questão 85 (FCC/TM/MPE-PB/TÉCNICO MINISTERIAL/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) A


União Federal, ao realizar processo licitatório para construção de obra pública, estabelecerá
margem de preferência para produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam
às normas técnicas brasileiras. As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos

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ou grupo de serviços criadas com escopo de estimular a competitividade e produção da in-


dústria nacional serão definidas pelo Poder Executivo
a) Federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% sobre o preço dos pro-
dutos manufaturados e serviços estrangeiros.
b) Estadual, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% sobre o preço dos
produtos manufaturados e serviços estrangeiros.
c) Federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 15% sobre o preço dos pro-
dutos manufaturados e serviços estrangeiros.
d) Estadual, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 15% sobre o preço dos
produtos manufaturados e serviços estrangeiros.
e) Federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 10% sobre o preço dos pro-
dutos manufaturados e serviços estrangeiros.

Letra a.
De acordo com o artigo 3º, § 8º, da Lei n. 8.666/1993, as margens de preferência por produto,
serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços serão definidas pelo Poder Executivo Federal,
sendo que a soma não poderá ultrapassar o percentual de 25% sobre o preço dos produtos
manufaturados e serviços estrangeiros.

Art. 3º, § 8º As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de ser-
viços, a que se referem os §§ 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a
soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos
manufaturados e serviços estrangeiros.

Questão 86 (FCC/ADM/DPE-RR/2015) As contratações de obras, serviços, compras e alie-


nações levadas a efeito pela Administração pública, conforme determina a Constituição Fe-
deral, devem, como regra, ser precedidas de processo de licitação pública. Nos termos do que
estabelece a Lei Geral de Licitações, o procedimento licitatório destina-se a garantir a
a) melhor contratação para a Administração, considerada aquela de menor preço, indepen-
dentemente da observância do princípio constitucional da isonomia, isso em razão da positi-
vação dos princípios da eficiência e da economicidade.
b) melhor contratação para a Administração, considerada aquela de menor custo e melhor
técnica, independentemente da observância do princípio constitucional da isonomia, isso em
razão da positivação do princípio da promoção do desenvolvimento nacional sustentável.

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c) seleção da proposta mais vantajosa para a Administração e a promoção do desenvolvimen-


to nacional sustentável, com a observância do princípio constitucional da isonomia, devendo,
ainda, ser processada e julgada em estrita conformidade com os princípios constitucionais
básicos regedores do agir administrativo e com os princípios da vinculação ao instrumento
convocatório e do julgamento objetivo.
d) seleção da proposta mais vantajosa para a Administração e a promoção do desenvolvi-
mento nacional sustentável, o que pode implicar a não observância do princípio constitucio-
nal da isonomia, bem como a desobrigação de seu processamento em conformidade com os
princípios da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo.
e) melhor contratação para a Administração, considerada aquela de menor preço, indepen-
dentemente da qualidade dos produtos e serviços, isso em razão do princípio que veda a
preferência de marcas.

Letra c.
Para responder à questão, temos que fazer uso do artigo 3º da Lei n. 8.666/1993, que, por sua
vez, estabelece os objetivos a serem alcançados com a realização do procedimento licitatório.

Art.  3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia,


a  seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios bá-
sicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos.

Questão 87 (FCC/AJ/TRE-SP/APOIO ESPECIALIZADO/ASSISTÊNCIA SOCIAL/2017) Aten-


ção: A questão refere-se ao conteúdo de Noções de Direito Administrativo.
A vedação à alteração das condições de participação na licitação, bem como das cláusulas
que constarão do contrato, cuja minuta integrou o edital, é expressão do princípio
a) do julgamento objetivo da licitação, tendo em vista que eventuais alterações interfeririam
no resultado do certame, salvo se restasse demonstrada concordância dos demais licitantes.
b) da vinculação ao instrumento convocatório, que se dirige somente aos licitantes, para que
esses saibam os termos e condições que regerão a relação jurídica, cuja alteração não pode-
rão propor.

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c) da adjudicação compulsória, que possibilita que o licitante vencedor exija a assinatura do


contrato nos estritos termos que constaram do edital, no prazo de 48 horas após a divulgação
do resultado do certame.
d) da vinculação ao instrumento convocatório, pois as propostas foram apresentadas com
base nas condições que constavam do edital, de forma que eventual alteração violaria a igual-
dade que deve reger a competição.
e) do julgamento objetivo da licitação, que depende da igualdade de participação entre os
participantes, de forma que eventual alteração demandaria reabertura do certame, ainda que
já findo.

Letra d.
A vedação à alteração das condições de participação na licitação, bem como das cláusulas
que constarão do contrato, é medida decorrente do princípio da vinculação ao instrumento
convocatório. Com isso, ficamos entre as Letras B e D.
Na Letra B, o erro está em afirmar que o mencionado princípio deve ser observado, apenas,
pelos licitantes. Diversamente, a  vinculação deve ser cumprida, preponderantemente, pela
Administração Pública.
Na Letra D, temos a correta definição do princípio apresentado pela questão.

Questão 88 (FCC/TJ/TRT-24ª/APOIO ESPECIALIZADO/ENFERMAGEM/2017) O Supremo


Tribunal Federal em importante julgamento declarou inconstitucional considerar como fato-
res de averiguação da proposta mais vantajosa os valores relativos aos impostos pagos ao
ente federativo que realiza a licitação. Isto porque, tais fatores, obviamente, desfavorecem
eventuais competidores locais e prejudicam sensivelmente os instalados em localidades di-
versas. A situação narrada traz exemplo de clara aplicação de um dos princípios que norteiam
as licitações públicas. Trata-se do princípio da
a) adjudicação compulsória.
b) vinculação ao instrumento convocatório.
c) julgamento objetivo.

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d) igualdade.
e) publicidade.

Letra d.
O princípio da igualdade, também chamado de igualdade entre os participantes, é a clássica
definição de isonomia defendida pela Lei das Licitações.
Segundo tal princípio, que em muito se confunde com a impessoalidade, a comissão de licita-
ção não deve dispensar tratamento favorecido a nenhum dos participantes.
No julgamento mencionado pelo enunciado da questão, estamos diante de uma medida de-
corrente do princípio da igualdade.

Questão 89 (FCC/AJ/TRE-RR/JUDICIÁRIA/2015) Nos termos da Lei n. 8.666/1993, existindo


na praça mais de três possíveis interessados, a cada nova licitação na modalidade convite,
realizada para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um
determinado número de interessado(s), enquanto existirem cadastrados não convidados nas
últimas licitações. O número mínimo de interessados a que se refere o enunciado é de
a) seis.
b) um.
c) cinco.
d) dois.
e) três.

Letra b.
Questão que exige o conhecimento específico de uma das regras do convite, modalidade pre-
vista na Lei n. 8.666/1993:

Art.  22, §  3º Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu
objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estende-
rá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com
antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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§ 6º Na hipótese do § 3º deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados,
a  cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é  obrigatório o convite a,
no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas
licitações.

Logo, sempre que houver mais de 3 possíveis interessados, a Administração Pública, ao reali-
zar nova licitação para objetos idênticos ou assemelhados, deve, obrigatoriamente, convidar,
no mínimo, mais um interessado. Tal medida deve ser aplicada enquanto existirem cadastra-
dos não convidados nas últimas licitações.

Questão 90 (FCC/AJ/TRE-AP/ADMINISTRATIVA/2015) A Prefeitura de Macapá pretende


vender alguns de seus bens móveis, tais como mesas e cadeiras, por serem inservíveis à Ad-
ministração. Nesse caso, a licitação é
a) cabível, na modalidade leilão.
b) dispensável.
c) inexigível.
d) cabível, na modalidade pregão.
e) cabível, na modalidade convite.

Letra a.
Para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração Pública, a  modalidade que
deve ser utilizada é o leilão. Neste sentido é o teor do artigo 22, §5º, da Lei n. 8.666/1993, de
seguinte redação:

Art. 22, § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.

Questão 91 (FCC/TJ/TRE-AP/ADMINISTRATIVA/2015) O Tribunal Regional Eleitoral do


Amapá realizou licitação na modalidade concurso para a escolha de determinado trabalho
técnico. Assim, publicou, na Imprensa Oficial, o edital referente ao aludido procedimento li-
citatório e, posteriormente, foram apresentados os respectivos trabalhos. Nos termos da Lei

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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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n. 8.666/1993, o prazo mínimo que deve ser respeitado entre a publicação do edital na Im-
prensa Oficial e a apresentação dos trabalhos é
a) 45 dias.
b) 30 dias.
c) 90 dias.
d) 60 dias.
e) 20 dias.

Letra a.
O prazo mínimo de tempo a ser observado na modalidade concurso é, conforme previsão da
Lei n. 8.666/1993, 45 dias.

Art. 22, § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos ven-
cedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência
mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

Questão 92 (FCC/TJ/TRE-SP/APOIO ESPECIALIZADO/PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS/2017)


Atenção: A questão, refere-se ao conteúdo de Noções de Direito Administrativo.
Uma unidade pública escolar conseguiu recursos para modernização de seus equipamentos
de informática, pois a quase totalidade dos computadores utilizados pelos alunos foi inu-
tilizada durante uma inundação ocorrida no imóvel em período de fortes chuvas. Conside-
rando-se que esse conjunto de computadores era patrimoniado e que a diretoria de ensino
competente pretende se desfazer dele,
a) deverá licitar a alienação desse material, por meio de concorrência ou convite.
b) deverá licitar a alienação dos bens, por meio de leilão.
c) poderá licitar a alienação dos bens, por meio de qualquer das modalidades legalmente pre-
vistas, conforme o valor de avaliação dos mesmos.
d) poderá alienar os bens com dispensa de licitação, por se tratar de hipótese expressamente
prevista para tanto.
e) deverá licitar a alienação dos bens, por meio de leilão ou tomada de preços.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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Letra b.
Na situação narrada, estamos diante de bens móveis inservíveis para a Administração Públi-
ca. Consequentemente, a modalidade licitatória que deve ser utilizada é o leilão.

Art. 22, § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.

Questão 93 (FCC/AJ/TRT-24ª/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2017) A União Fe-


deral pretende contratar instituição brasileira que exerce atividade de recuperação social do
preso. Cumpre salientar que a instituição não tem fins lucrativos, sendo seu objetivo de cará-
ter exclusivamente social. Além disso, é detentora de indubitável reputação ético-profissio-
nal. Nesse caso, conforme preceitua a Lei n. 8.666/1993, a licitação é
a) dispensável.
b) obrigatória na modalidade convite.
c) obrigatória na modalidade concurso.
d) inexigível.
e) obrigatória na modalidade tomada de preços.

Letra a.
A situação apresentada é uma das hipóteses taxativamente previstas para a licitação dispen-
sável, conforme teor da Lei n. 8.666/1993:

Art. 24. É dispensável a licitação:


XIII – na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pes-
quisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação
social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não
tenha fins lucrativos;

Questão 94 (FCC/AJ/TRT-6ª/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2018)


A escolha entre as modalidades de licitação, de acordo com a Lei no 8.666/1993,
a) dá-se sempre por opção discricionária do administrador, que deve considerar a natureza e
a relevância da contratação em prol do interesse público.

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Lei n. 8.666/1993 – Licitações Públicas
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b) dá-se por determinação expressa da lei, cabendo a escolha ao administrador dentre as


diversas modalidades existentes, no caso de omissão legal.
c) é estabelecida expressamente somente em virtude do valor da contratação, aplicando-se,
nos demais casos, a modalidade que melhor atender as finalidades da Administração pública.
d) difere conforme o valor ou o bem objeto do certame, aplicando-se o leilão na omissão legal
ou, a critério do administrador, a concorrência.
e) pode se dar em razão do valor da contratação ou da natureza do objeto, aplicando-se a
concorrência nos casos de omissão.

Letra e.
Ainda que o administrador público tenha certa liberdade de atuação no momento de escolher a
modalidade licitatória que poderá utilizar, esta escolha não é totalmente livre ou discricionária.
Neste sentido, a Lei n. 8.666/1993 estabelece que as modalidades poderão ser escolhidas em
razão do valor da contratação (como nos casos de convite, tomada de preços e concorrência)
ou em razão da natureza do objeto (como o concurso, utilizado para a escolha de trabalho
técnico, científico ou artístico).
Nos casos omissos, ou seja, quando a norma não estipular expressamente a modalidade que
deverá ser utilizada, poderá a Administração Pública fazer uso da concorrência, que é a mo-
dalidade tida como “universal”.

Questão 95 (FCC/AJ/TRT-6ª/ADMINISTRATIVA/2018) Conforme a Lei n.  8.666/1993, que


institui normas para licitações e contratos da Administração pública e dá outras providências,
a modalidade licitatória concorrência pública
a) destina-se a trazer o maior número possível de licitantes ao certame e propiciar a maior
competição possível entre entes.
b) permite que qualquer interessado possa contratar com o poder público, pois não admite
habilitação técnica e financeira.
c) destina-se à contratação de bens e serviços comuns, observado o limite legal do valor da
contratação.

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d) prevê o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias entre a publicação do edital e a apresentação


dos envelopes de habilitação e propostas de preços.
e) permite a participação apenas de licitantes previamente cadastrados, o que pode dispensar
a apresentação de documentos relativos à capacidade jurídica e regularidade fiscal.

Letra a.
a) Certa. A concorrência é considerada a modalidade universal de licitação. Quando utilizada,
o objetivo da administração é que o maior número de interessados participem do procedi-
mento. Com isso, estimula-se a competição e uma melhor proposta para o Poder Público.
b) Errada. A habilitação financeira e técnica deve ser observada pelos interessados em con-
tratar com o Poder Público na modalidade concorrência.
c) Errada. Para bens e serviços comuns, a modalidade licitatória utilizada é o pregão.
d) Errada. Quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou
quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”, o prazo mínimo exigido
entre o edital e a entrega das propostas, na concorrência, será de 45 dias. Nas demais situa-
ções de concorrência, o prazo será de 30 dias.
e) Errada. Na concorrência, não há necessidade de cadastro prévio como condição para a
participação no procedimento.

Questão 96 (FCC/ANA LEG/ALESE/APOIO TÉCNICO AO PROCESSO LEGISLATIVO/PRO-


CESSO LEGISLATIVO/2018) Dentre os princípios aplicáveis às licitações regidas pela Lei
n. 8.666/1993 e que também podem ser transpostos para outros procedimentos da mesma
natureza, destaca-se o princípio
a) da adjudicação compulsória, na medida em que finda a licitação, fica o poder público obri-
gado a celebrar o contrato com o licitante vencedor, sob pena de indenização por perdas e
danos.
b) da publicidade, que possui sentido peculiar, na medida em que os orçamentos e planilhas
de custo da Administração são divulgados apenas na sessão de abertura dos envelopes das
propostas, para garantir o menor preço.

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c) do julgamento objetivo, que exige que as licitações sejam sempre realizadas pelo critério
do menor preço, a fim de garantir a racionalização dos gastos públicos.
d) da vinculação ao instrumento convocatório, que exige da Administração e dos licitantes
a observância das regras e condições impostas no edital, durante todo o processamento da
licitação, garantindo igualdade entre os competidores.
e) da livre competição, que não admite o estabelecimento de requisitos de habilitação técnica
ou financeira, desde que sejam apresentadas garantias.

Letra d.
a) Errada. A Administração Pública não tem a obrigação de contratar com o particular ven-
cedor do procedimento. A  adjudicação compulsória, desta forma, apenas trata-se de uma
garantia de que o Poder Público, caso resolva celebrar um contrato referente ao objeto da
licitação, deverá assim fazer com o vencedor do procedimento.
b) Errada. A publicidade, enquanto princípio norteador das licitações, deve ser ampla. Logo,
todas as fases do procedimento, com exceção do valor das propostas (até o momento da
abertura dos envelopes) devem ser públicas.
c) Errada. Além do menor preço, outros critérios podem ser utilizados no julgamento da licita-
ção. Como exemplo, temos os critérios da técnica e preço e da melhor técnica.
d) Certa. A alternativa apresenta a definição acerca do princípio da vinculação ao instrumento
convocatório, cujo objetivo principal é o de proporcionar condições de igualdade entre todos
os licitantes.
e) Errada. Ao contrário do que informa a alternativa, é possível o estabelecimento de requisitos
de habilitação técnica ou financeira como condição para contratação com o Poder Público.

Questão 97 (FCC/ENG/EMAE/CIVIL/2018) A Lei no 8.666/1993 e respectivas alterações es-


pecifica as regras para licitações e contratos. Em termos gerais, subordinam-se ao regime
desta lei SOMENTE
a) os órgãos da Administração direta, fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas,
as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas di-
reta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

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b) os órgãos de Administração direta, as autarquias, as fundações públicas e as empresas de


caráter público.
c) as fundações públicas, os  fundos especiais e entidades diretamente controladas pela
União, Estado, Distrito Federal e Municípios.
d) os órgãos de Administração direta, as autarquias e empresas públicas.
e) os órgãos da Administração direta, as  empresas públicas, as  sociedades de economia
mista e demais entidades controladas diretamente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.

Letra a.
Em seu artigo 1º, a Lei n. 8.666/1993 estabelece as pessoas que estão regidas pelas disposi-
ções da mencionada norma legal:

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes
a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta,
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades
de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.

Claramente se percebe, desta forma, que a alternativa correta é a Letra A.

Questão 98 (FCC/ENG/EMAE/MECÂNICA/2018) A Lei no 8.666/1993 estabelece que, em


igualdade de condições, como critério de desempate em licitações, será assegurada prefe-
rência, sucessivamente, aos bens e serviços
I – tempo de atuação da empresa no mercado brasileiro.
II – histórico de produtos comercializados pela empresa no mercado brasileiro.
III – empresa nacional ou multinacional e respectivo capital.
IV – produzidos no País.
V – produzidos por empresas brasileiras.
VI – produzidos por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecno-
logia no País.

Está correto o que consta APENAS em

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a) I, II, III e V.
b) I, II e III.
c) I, IV e VI.
d) II, III e VI.
e) IV, V e VI.

Letra e.
O §2º do artigo 3º da Lei n. 8.666/1993 estabelece os critérios que devem ser observados, em
igualdade de condições, para chegarmos ao vencedor do procedimento licitatório.

Art. 3º, § 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos bens e serviços:
II – produzidos no País; (Item IV)
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras. (Item V)
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no País. (Item VI)
V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que aten-
dam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

Questão 99 (FCC/ESP ED/PREFEITURA DE MACAPÁ/ADMINISTRADOR/2018) Considere que


a Secretaria da Educação necessite adquirir insumos para preparação da merenda dos alu-
nos, entre os quais frutas e verduras. Em se tratando de produtos perecíveis, a  autoridade
encarregada das compras considerou juridicamente possível efetuar as compras sem prévio
procedimento licitatório, pelo preço do dia. De acordo com as disposições aplicáveis da Lei
n. 8.666/1993, a dispensa de licitação afigura-se juridicamente
a) incabível, salvo em situação de emergência ou calamidade pública, devidamente com-
provada.
b) cabível, desde que durante o tempo necessário para a realização do correspondente pro-
cedimento licitatório.
c) cabível, apenas se as compras forem realizadas sob o regime de adiantamento, observados
os preços de mercado.
d) incabível, salvo se houver ata de registro de preços em vigor, que poderá ser utilizada para
fins de dispensa do procedimento licitatório cabível.

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e) cabível, desde que configurada inviabilidade de competição pela existência de menos de 3


produtores locais.

Letra b.
No caso apresentado, a licitação é dispensável, podendo a contratação, desta forma, ocorrer
de forma direta. Contudo, ressalta-se que a dispensa ocorre durante o tempo necessário para
a realização do correspondente procedimento licitatório, conforme previsão do artigo 24, XII,
da Lei n. 8.666/1993:

Art. 24. É dispensável a licitação:


XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário
para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no
preço do dia;

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e
MPU.

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